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Amostra estudo piloto
• 57 alunos do 9.º ano
• 6 professores do grupo 510
a Departamento de Química e Bioquímica, FCUL, Campo Grande, 1749-016 Lisboa, Portugal; email sergioleal20@gmail.com
b Unidade de Ciências Químicas e Radiofarmacêuticas, Instituto Tecnológico Nuclear, EN 10, 2686-953 Sacavém, Portugal;
email jpleal@itn.pt
Produção de materiais didáctico/
pedagógicos para o ensino da
Química
Sérgio Leal,a João Leal,a,b
1. Leal, S. C., A química orgânica no ensino secundário: percepções e propostas. Dissertação de Mestrado inédita, 2006, Aveiro: Universidade
de Aveiro.
2. Martins, A., Malaquias, I., Martins, D., Campos, A. C., Lopes, J. M., Fiúza, E. M., S., Maria M., Neves, M. & Soares, R., Livro branco da
física e da química (1.ª ed.), 2002, Aveiro: Minerva Central.
3. Paiva, J., O fascínio de ser professor, 2007, Lisboa: Texto Editores.
Agradecimentos: Sérgio L. agradece uma bolsa de doutoramento concedida pela
Fundação para a Ciência e Tecnologia (SFRH/BD/44889/2008).
A Química Orgânica (QO) é uma das áreas científicas mais recentes
(surgiu nos finais do século XVIII), contudo, é actualmente a que se
encontra em maior expansão, desde que Friedrich Whöler sintetizou, sem
querer, a ureia.
Apesar do interesse científico actual da QO, nos currículos do ensino pré-
universitário não lhe é dada a devida importância1,2, pois apenas
surgem conceitos de QO no 9.º ano de escolaridade (ensino básico).
No ensino secundário, só os alunos que seguem o Curso Científico-
Humanístico de Tecnologias é que volta a falar apenas de alcanos no 10.º ano
e quem decidir escolher como opção a disciplina de Química no 12.º ano de
escolaridade é que realmente tomará conhecimentos de vários conteúdos de
QO. Existe ainda um módulo de Química Orgânica que mais uma vez é
opcional e poderá ser leccionado em Cursos Profissionais que possuam a
disciplina de Física e Química no seu currículo.
Vários estudos1,2 referem que alunos e professores do ensino pré-universitário
se encontram desmotivados e desinteressados por esta área temática. As razões
apontadas pelo desinteresse e desmotivação dos alunos pelas disciplinas
científicas em geral e pela QO em particular são principalmente metodologias
desadequadas (práticas pedagógicas pouco atractivas e
descontextualizadas)1,3.
É urgente inverter esta situação, pois a QO, sem detrimento de qualquer outra
área científica, deve surgir “visivelmente” no currículo do ensino pré-
universitário. A solução parece residir na aposta em material didáctico/
pedagógico inovador que recorra à tecnologia e ao trabalho laboratorial1. Para
que surja mais material didáctico/pedagógico com qualidade e inovador é
fundamental a formação contínua de professores na área da QO.
Com este estudo pretende-se elaborar e validar materiais didáctico/
pedagógicos que sejam importantes para o processo ensino/aprendizagem no
ensino básico, nomeadamente no âmbito da QO leccionada ao nível do 9.º ano
de escolaridade.
O presente estudo pretende ainda contribuir para a mudança de práticas
pedagógicas, da mentalidade dos alunos e dos próprios professores em relação
às suas práticas de sala de aula, através da elaboração de materiais didáctico/
pedagógicos relevantes. Os resultados preliminares indicam que apesar dos alunos mudarem as suas
opiniões antes e depois de aulas dadas recorrendo a outros recursos, as
principais causas negativas para a dificuldade em aprender QO são a falta de
estudo (é necessário mudar a mentalidade dos alunos para uma
cultura de maior exigência e trabalho) e o facto do professor usar sempre a
mesma estratégia para ensinar as várias matérias. Há também, especialmente
após terem experimentado esse tipo de aulas, uma preferência muito marcada
dos alunos por aulas experimentais e com componente interactiva (seja esta
componente interactiva experimental ou recorrendo a simulações). Parece
assim, e corroborando anteriores conclusões, que o recurso a tecnologias e ao
trabalho laboratorial podem levar os alunos a estar mais motivados e
interessados para a disciplina de Química.
Atendendo à reduzida amostra de professores envolvidos, apenas há a destacar
que os professores necessitam de formação contínua em QO .
Acha o estudo de conteúdos de Física e Química Interessante?
Sente dificuldade em compreender aspectos relacionados com a Química Orgânica?
Causas:
falta de estudo; desinteresse pelos conteúdos; o
professor usa sempre a mesma estratégia
Causas:
entende como o professor explica; falta de estudo;o
professor usa sempre a mesma estratégia
Antes das aulas Depois das aulas
1- Aulas predominantemente teóricas (expositivas)
2- Aulas predominantemente de resolução de exercícios e/ou problemas
3- Aulas predominantemente de trabalho experimental
4- Aulas predominantemente interactivas (recurso a apresentações PowerPoint, vídeos, Internet, simulações interactivas
5- Aulas teóricas com exemplificação experimental
6- Aulas teóricas com resolução de exercícios e/ou problemas
7- Aulas teóricas interactivas
8- Aulas experimentais interactivas
Que tipo de aulas das áreas de Física e Química prefere ter?
Um estudo piloto na área da QO para alunos de 9.º ano de escolaridade
realizado no ano lectivo 2009/2010 envolveu três questionários
(dois para alunos, um pré-questionário antes de ser leccionada uma aula com
recursos tecnológicos e um pós-questionário, bem como um questionário para
os professores que leccionam com o material fornecido).
Já este ano lectivo de 2010/2011 se iniciou um estudo mais alargado, que se
prolongará no próximo ano lectivo, sendo possível consultar essa informação e
respectivos materiais utilizados em http://materiaisdequimica.wikispaces.com/

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Estudo piloto sobre materiais didáticos de Química Orgânica

  • 1. Amostra estudo piloto • 57 alunos do 9.º ano • 6 professores do grupo 510 a Departamento de Química e Bioquímica, FCUL, Campo Grande, 1749-016 Lisboa, Portugal; email sergioleal20@gmail.com b Unidade de Ciências Químicas e Radiofarmacêuticas, Instituto Tecnológico Nuclear, EN 10, 2686-953 Sacavém, Portugal; email jpleal@itn.pt Produção de materiais didáctico/ pedagógicos para o ensino da Química Sérgio Leal,a João Leal,a,b 1. Leal, S. C., A química orgânica no ensino secundário: percepções e propostas. Dissertação de Mestrado inédita, 2006, Aveiro: Universidade de Aveiro. 2. Martins, A., Malaquias, I., Martins, D., Campos, A. C., Lopes, J. M., Fiúza, E. M., S., Maria M., Neves, M. & Soares, R., Livro branco da física e da química (1.ª ed.), 2002, Aveiro: Minerva Central. 3. Paiva, J., O fascínio de ser professor, 2007, Lisboa: Texto Editores. Agradecimentos: Sérgio L. agradece uma bolsa de doutoramento concedida pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (SFRH/BD/44889/2008). A Química Orgânica (QO) é uma das áreas científicas mais recentes (surgiu nos finais do século XVIII), contudo, é actualmente a que se encontra em maior expansão, desde que Friedrich Whöler sintetizou, sem querer, a ureia. Apesar do interesse científico actual da QO, nos currículos do ensino pré- universitário não lhe é dada a devida importância1,2, pois apenas surgem conceitos de QO no 9.º ano de escolaridade (ensino básico). No ensino secundário, só os alunos que seguem o Curso Científico- Humanístico de Tecnologias é que volta a falar apenas de alcanos no 10.º ano e quem decidir escolher como opção a disciplina de Química no 12.º ano de escolaridade é que realmente tomará conhecimentos de vários conteúdos de QO. Existe ainda um módulo de Química Orgânica que mais uma vez é opcional e poderá ser leccionado em Cursos Profissionais que possuam a disciplina de Física e Química no seu currículo. Vários estudos1,2 referem que alunos e professores do ensino pré-universitário se encontram desmotivados e desinteressados por esta área temática. As razões apontadas pelo desinteresse e desmotivação dos alunos pelas disciplinas científicas em geral e pela QO em particular são principalmente metodologias desadequadas (práticas pedagógicas pouco atractivas e descontextualizadas)1,3. É urgente inverter esta situação, pois a QO, sem detrimento de qualquer outra área científica, deve surgir “visivelmente” no currículo do ensino pré- universitário. A solução parece residir na aposta em material didáctico/ pedagógico inovador que recorra à tecnologia e ao trabalho laboratorial1. Para que surja mais material didáctico/pedagógico com qualidade e inovador é fundamental a formação contínua de professores na área da QO. Com este estudo pretende-se elaborar e validar materiais didáctico/ pedagógicos que sejam importantes para o processo ensino/aprendizagem no ensino básico, nomeadamente no âmbito da QO leccionada ao nível do 9.º ano de escolaridade. O presente estudo pretende ainda contribuir para a mudança de práticas pedagógicas, da mentalidade dos alunos e dos próprios professores em relação às suas práticas de sala de aula, através da elaboração de materiais didáctico/ pedagógicos relevantes. Os resultados preliminares indicam que apesar dos alunos mudarem as suas opiniões antes e depois de aulas dadas recorrendo a outros recursos, as principais causas negativas para a dificuldade em aprender QO são a falta de estudo (é necessário mudar a mentalidade dos alunos para uma cultura de maior exigência e trabalho) e o facto do professor usar sempre a mesma estratégia para ensinar as várias matérias. Há também, especialmente após terem experimentado esse tipo de aulas, uma preferência muito marcada dos alunos por aulas experimentais e com componente interactiva (seja esta componente interactiva experimental ou recorrendo a simulações). Parece assim, e corroborando anteriores conclusões, que o recurso a tecnologias e ao trabalho laboratorial podem levar os alunos a estar mais motivados e interessados para a disciplina de Química. Atendendo à reduzida amostra de professores envolvidos, apenas há a destacar que os professores necessitam de formação contínua em QO . Acha o estudo de conteúdos de Física e Química Interessante? Sente dificuldade em compreender aspectos relacionados com a Química Orgânica? Causas: falta de estudo; desinteresse pelos conteúdos; o professor usa sempre a mesma estratégia Causas: entende como o professor explica; falta de estudo;o professor usa sempre a mesma estratégia Antes das aulas Depois das aulas 1- Aulas predominantemente teóricas (expositivas) 2- Aulas predominantemente de resolução de exercícios e/ou problemas 3- Aulas predominantemente de trabalho experimental 4- Aulas predominantemente interactivas (recurso a apresentações PowerPoint, vídeos, Internet, simulações interactivas 5- Aulas teóricas com exemplificação experimental 6- Aulas teóricas com resolução de exercícios e/ou problemas 7- Aulas teóricas interactivas 8- Aulas experimentais interactivas Que tipo de aulas das áreas de Física e Química prefere ter? Um estudo piloto na área da QO para alunos de 9.º ano de escolaridade realizado no ano lectivo 2009/2010 envolveu três questionários (dois para alunos, um pré-questionário antes de ser leccionada uma aula com recursos tecnológicos e um pós-questionário, bem como um questionário para os professores que leccionam com o material fornecido). Já este ano lectivo de 2010/2011 se iniciou um estudo mais alargado, que se prolongará no próximo ano lectivo, sendo possível consultar essa informação e respectivos materiais utilizados em http://materiaisdequimica.wikispaces.com/