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Desenho Arquitetônico
UNIDADE 11
ESCADAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG
ESCOLA DE ENGENHARIA
NÚCLEO DE EXPRESSÃO GRÁFICA
Prof. Sinval Xavier
ESCADAS
Prof. Sinval Xavier
As escadas é um dos tipos de circulação vertical utilizadas nas
edificações com mais de um pavimento. Além das escadas
existem as rampas e os elevadores.
ESCADAS
As escadas são elementos construtivos que permitem a
comunicação entre dois ou mais pisos situados em níveis
diferentes.
Elas são formadas por uma série de pequenos planos
horizontais, denominados pisos e uma série de planos verticais
consecutivos denominados espelhos. Ao conjunto formado pelo
piso e pelo espelho dá-se a denominação de degrau.
O piso às vezes avança sobre o espelho formando o que
chamamos de bocel (nariz). Existem também degraus sem
espelho físico.
A existência de elevador em um edifício não dispensa a
construção da escada.
Prof. Sinval Xavier
ESCADAS
Além do código de obras municipal, as escadas, no que couber, devem
atender ao disposto nas seguintes normas técnicas:
NBR 9050 – Acessibilidade
NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios
Prof. Sinval Xavier
Após um certo número de degraus coloca-se um de maior
largura a que se dá o nome de patamar ou descanso, tendo
em vista o papel que desempenha.
A série de degraus intercalados entre o pavimento e o patamar
ou entre dois patamares consecutivos chamamos de lance.
As escadas são formadas por um ou mais lances, separados por
patamares, conforme a altura a vencer. Esses lances podem ser
retos ou curvos.
O número máximo de degraus de cada lance depende do fim
a que se destina o edifício e da utilização da escada. Nas
residenciais esse número é normalmente 16.
ESCADAS
Prof. Sinval Xavier
As escadas possuem parapeito a fim de evitar possíveis quedas
das pessoas que delas se utilizam. Esses parapeitos denominam-
se guarda-corpo e são utilizados em conjunto por uma peça,
geralmente arredondada, chamada corrimão. Os guarda-corpos
podem ser contínuos (ex: parede de alvenaria) ou vazados (ex:
grade)
ESCADAS
Prof. Sinval Xavier
GUARDA-CORPO CONTÍNUO
Prof. Sinval Xavier
GUARDA-CORPO CONTÍNUO
Prof. Sinval Xavier
GUARDA-CORPO VAZADO
Prof. Sinval Xavier
GUARDA-CORPO VAZADO
Prof. Sinval Xavier
FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES
Os lances podem ser retos ou curvos e a sua combinação dá
lugar à formação de escadas retas, curvas ou mistas.
Escadas retas
São constituídas por lances retos e podem estar dispostos de
diversas formas. Temos portanto, escadas:
Prof. Sinval Xavier
ESCADA NORMAL (EM “L”)
1
2
3
4
5
6
7 8 16
15
14
13
12
11
10
9
FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES
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ESCADA PARALELA (EM “U”)
16 15 14 13 12 11 10 9
8
7
6
5
4
3
2
1
FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES
Prof. Sinval Xavier
ESCADA NORMAL e PARALELA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11 12 13 14 15 16
FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES
Prof. Sinval Xavier
ESCADA RETILÍNEA
FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES
Prof. Sinval Xavier
Escadas curvas
São constituídas unicamente por lances curvos e têm geralmente
forma circular. Encontra-se, também, as elípticas, helicoidais, em
leques e outras.
Escadas mistas
São formadas pela combinação de
lances retos ou curvos.
FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES
Prof. Sinval Xavier
ESCADA HELICOIDAL (CARACOL)
FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES
Prof. Sinval Xavier
DEGRAUS INGRAUXIDOS
TIPOS ESPECIAIS DE DEGRAUS
Prof. Sinval Xavier
Degrau cujo formato se assemelha em maior ou menor escala
ao de uma cunha, e cuja a finalidade é criar uma mudança de
direção.
degraus ingrauxidos
DEGRAUS COMPENSADOS (BALANCEADOS)
TIPOS ESPECIAIS DE DEGRAUS
Prof. Sinval Xavier
Cada um dentre uma série de degraus ingrauxidos dispostos de
modo tal a apresentarem a mesma largura na linha de percurso que
os degraus comuns adjacentes
Linha de percurso de uma escada: linha imaginária sobre a qual sobe ou
desce uma pessoa que segura o corrimão, estando afastada de 0.50 a 0,60 m
da borda livre da escada ou da parede. Sobre esta linha, todos os degraus
devem possuir piso de largura igual
A largura das escadas dependem da importância e finalidade do
edifício. Deve-se sempre verificar o Código de Obras da cidade e,
quando for o caso, NBR 9077 e a NBR 9050. Veja abaixo
exemplos de ocupação (fila) de uma escada.
LARGURA DAS ESCADAS
Prof. Sinval Xavier
Piso perpendicular ao espelho
Espelho inclinado com o piso
FORMA DOS DEGRAUS
Prof. Sinval Xavier
Piso engastado sem espelho
Piso sobre vigas
FORMA DOS DEGRAUS
Prof. Sinval Xavier
EXEMPLOS
Prof. Sinval Xavier
EXEMPLOS
Prof. Sinval Xavier
EXEMPLOS
Prof. Sinval Xavier
EXEMPLOS
Prof. Sinval Xavier
O dimensionamento dos degraus depende do fim a que se destina a
escada. Geralmente dimensionamos diferentemente uma escada de
serviço de uma escada social de um residência. Em uma existe a
preocupação da economia e na outra o conforto.
A NBR 9077 e a NBR 9050 recomendam que a altura do degrau
esteja compreendida entre 0,16 a 0,18m, com tolerância de
0,05cm. As mesmas normas estabelecem que a base do degrau
deve ficar compreendida entre 0,28 a 0,32m
Pela fórmula de BLONDEL, o dobro da altura mais a largura do
degrau, deverá estar entre 0,63 a 0,64m.
0,63m ≤ ( 2.h + b) ≥ 0,64m
Numa mesma escada os espelhos e os pisos não poderão sofrer
alteração de dimensões em seu desenvolvimento.
DIMENSIONAMENTO
Prof. Sinval Xavier
As escadas devem ser dispostas, de tal forma que assegurem a
passagem com altura livre igual ou superior a 2,00 m.
DIMENSIONAMENTO
Prof. Sinval Xavier
As escadas deverão ter a inclinação sempre constante. O valor do
plano horizontal e da altura (plano vertical) não devem variar
jamais de um patamar a outro.
A inclinação mais favorável é de 30° para as escadas internas.
DIMENSIONAMENTO
Prof. Sinval Xavier
De acordo com a NBR 9050, os corrimãos devem ser instalados em
ambos os lados dos degraus das escadas fixas e das rampas. Os
corrimãos devem ter largura entre 3,0 cm e 4,5 cm, sem arestas
vivas.
Deve ser deixado um espaço livre de no mínimo 4,0 cm entre a
parede e o corrimão. Devem permitir boa empunhadura e
deslizamento, sendo preferencialmente de seção circular, conforme
figura a seguir.
GUARDAS-CORPOS E CORRIMÃOS
Prof. Sinval Xavier
As escadas e rampas que não forem isoladas das áreas
adjacentes por paredes devem dispor de guarda-corpo associado
ao corrimão, conforme figura a seguir.
GUARDAS-CORPOS E CORRIMÃOS
Prof. Sinval Xavier
Como exemplo de dimensionamento iremos projetar uma escada
para uma “caixa da escada” de 2,15m de largura por 3,10m de
comprimento, em uma residência unifamiliar de 2 pavimentos, em
que os níveis são de 0,50 metros no pavimento térreo e de 3,30
metros no pavimento superior.
Cálculo do desnível entre pavimentos
É a diferença entre o nível do pavimento superior menos o nível
do pavimento inferior.
3,30m - 0,50m = 2,80m
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
Prof. Sinval Xavier
Quantidade de espelhos
A NBR 9077 define que os espelhos de uma escada deverão estar
entre 0,16m à 0,18m; então a quantidade de espelhos que
teremos será: o desnível dividido pelo número de espelhos.
2,80m / 0,16m = 17,5 espelhos
2,80m / 0,18m = 15,55 espelhos
Então teremos de 15,55 a 17,5 espelhos. Como só pode existir
número de espelhos inteiros, a escada poderá ter 16 ou 17
espelhos.
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO
Prof. Sinval Xavier
Dimensão dos espelhos ( h )
Como nesse projeto poderemos ter 16 ou 17 espelhos; os
valores dos espelhos será o desnível dividido pela quantidade
de espelhos.
h1 = 2,80m /16 = 0,175m
h2 = 2,80m /17 = 0,1647m
Base do degrau
Escolhemos a altura de 0,175 (por ser a menos fracionada)
Aplicando-se a fórmula de BLONDEL para a altura escolhida
tem-se:
0,63m ≤ ( 2.h + b) ≥ 0,64m
(2.h + b) = 0,63 a 0,64m
b= 0,63 - (2 x 0,175) = 0,28 m
b= 0,64 - (2 x 0,175) = 0,29 m
Base entre 0,28 e 0,29m
Prof. Sinval Xavier
1º - Caixa
EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO
Prof. Sinval Xavier
2º - degraus
EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO
Prof. Sinval Xavier
3º - guarda corpo e corrimão
EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO
Prof. Sinval Xavier
4º - Indicações
EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO
Prof. Sinval Xavier
Corte Longitudinal - AA
EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO
Prof. Sinval Xavier
Corte Longitudinal - AA
EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO
Prof. Sinval Xavier
Corte Longitudinal - AB
EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO
Prof. Sinval Xavier
Corte Longitudinal - AA
EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO
Prof. Sinval Xavier
Corte Longitudinal - AA
EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO
Prof. Sinval Xavier
Corte Longitudinal - BB
EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO
Prof. Sinval Xavier
Corte Transversal - CC
EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO
Prof. Sinval Xavier
Corte Transversal - DD
EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO
Prof. Sinval Xavier
Conceitos básicos
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Prof. Sinval Xavier
Saída de emergência, rota de saída ou saída
Caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas,
corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas,
rampas ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a ser
percorrido pelo usuário, em caso de um incêndio, de qualquer ponto
da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto, protegido do
incêndio, em comunicação com o logradouro.
ESCADAS EM SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível para o
espaço livre exterior devem ser dotados de escadas, enclausuradas
ou não, as quais devem, entre outras coisas:
• atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga, mas
terminando obrigatoriamente no piso desta, não podendo ter
comunicação direta com outro lance na mesma prumada (conforme
exemplo a seguir)
Prof. Sinval Xavier
sobe p/ pav. superior
Vem do pav. inferior
Conceitos básicos
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Prof. Sinval Xavier
Largura das escadas
as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do
pavimento de maior população, o qual determina as larguras
mínimas para os lances correspondentes aos demais pavimentos,
considerando-se o sentido da saída.
A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, e
outros, é dada pela seguinte fórmula:
N = P/C
Onde:
N = número de unidades de passagem, arredondado para número
inteiro;
P = população, conforme coeficiente da Tabela 5 da norma;
C = capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 5 da
norma
Conceitos básicos
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Prof. Sinval Xavier
As larguras das escadas devem atender aos seguintes requisitos:
a) ser proporcionais ao número de pessoas que por elas devam
transitar em caso de emergência;
b) ser medidas no ponto mais estreito da escada ou patamar,
excluindo os corrimãos (mas não as guardas ou balaustradas), que
se podem projetar até 10 cm de cada lado, sem obrigatoriedade de
aumento na largura das escadas;
c) ter, quando se desenvolver em lances paralelos, espaço mínimo de
10 cm entre lances, para permitir localização de guarda ou fixação do
corrimão.
Larguras mínimas a serem adotadas
As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem ser de
1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem (largura
mínima para a passagem de uma fila de pessoas, fixada em 0,55 m),
para as ocupações em geral.
Conceitos básicos
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Prof. Sinval Xavier
Dimensionamento de degraus e patamares
Os degraus devem:
a) ter altura compreendida entre 16,0 cm e 18,0 cm, com tolerância
de 0,05 cm;
b) ter largura dimensionada pela fórmula de Blondel:
63 cm < (2h + b) < 64 cm;
c) ser balanceados quando o lance da escada for curvo (escada em
leque), caso em que a medida do degrau (largura do degrau) será
feita segundo a linha de percurso e a parte mais estreita destes
degraus ingrauxidos não tenha menos de 15 cm;
OBS: Linha de percurso de uma escada: linha imaginária sobre a
qual sobe ou desce uma pessoa que segura o corrimão, estando
afastada 0,55 m da borda livre da escada ou da parede. Sobre esta
linha, todos os degraus devem possuir piso de largura igual.
Conceitos básicos
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Prof. Sinval Xavier
d) ter, num mesmo lance, larguras e alturas iguais e, em lances
sucessivos de uma mesma escada, diferenças entre as alturas de
degraus de, no máximo, 5 mm;
e) ter bocel (nariz) de 1,5 cm, no mínimo, ou, quando este inexistir,
balance da quina do degrau sobre o imediatamente inferior com este
mesmo valor mínimo;
f) O lance mínimo deve ser de três degraus e o lance máximo, entre
dois patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,70 m de altura.
O comprimento dos patamares deve ser:
i) dado pela fórmula: p = (2h + b)n + b,
em que o n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando se tratar de
escada reta, medido na direção do trânsito;
ii) no mínimo, igual à largura da escada, quando há mudança de
direção da escada sem degraus ingrauxidos, não se aplicando, neste
caso, a fórmula anterior.
Conceitos básicos
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Prof. Sinval Xavier
Escadas em edificações com população total inferior a 50
pessoas
Qualquer tipo de escada de emergência pode ter largura de 90 cm e
degraus ingrauxidos, respeitadas as demais exigências para escadas
de saídas de emergência, quando se enquadrar em uma das
seguintes situações:
a) atender a edificações classificadas nos grupos de ocupação A, B,
D, G, I ou J, com população total do prédio inferior a 50 pessoas,
sendo uma edificação baixa (tipo L - altura até 6,00 m);
b) a escada for exigida apenas como segunda saída, desde que haja
outra escada que atenda a toda população, que não pode ultrapassar
50 pessoas, nos mesmos grupos de ocupação citados na alínea
anterior.
Conceitos básicos
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Prof. Sinval Xavier
Escadas com lances curvos
As escadas com lances curvos podem ser utilizadas em saídas de
emergência quando:
a)só atenderem a edificações com ocupações do grupo A
(residencial), ou se tratar de escadas não enclausuradas (escadas
comuns), exceto no caso de ocupações da divisão F-3 (centros
esportivos);
b) os lances curvos forem constituídos de degraus ingrauxidos iguais,
as linhas de bocéis convergindo em um ponto (centro da
circunferência), havendo, pois, bomba ou escaparate com diâmetro
mínimo de 0,97 m (escada com degraus b = 32 cm) a 1,375 m (para
b = 27 cm) (ver Figura 6);
c) tiverem larguras entre 1,10 m e 1,65 m, sem corrimão
intermediário.
OBS: as escadas à prova de fumaça não podem ter lances curvos.
Conceitos básicos
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Prof. Sinval Xavier
Escadas com lances mistos
As escadas com lances mistos, isto é, as chamadas escadas em
leque, podem ser escadas de emergência nas seguintes condições:
a) devem obedecer à alínea b escadas com lances curvos;
b) os degraus em leque devem ser balanceados de acordo com as
regras da boa técnica, utilizando-se um dos sistemas de
balanceamento recomendados, com largura (b) constante na linha de
percurso;
c) a borda interna (borda da bomba) do degrau em posição mais
desfavorável deve ter, no mínimo, 15 cm;
Conceitos básicos
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Prof. Sinval Xavier
Não são admissíveis lances mistos, em saídas de emergência:
a) em escadas à prova de fumaça;
b) em edificações com ocupações dos grupos F e H.
Conceitos básicos
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Escada com lances curvos e degraus balanceados
Prof. Sinval Xavier
Conceitos básicos
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Escada enclausurada protegida com degraus ingrauxidos balanceados
Prof. Sinval Xavier
Escadas não destinadas a saídas de emergência
As escadas secundárias, não destinadas a saídas de emergência,
mas que podem eventualmente funcionar como tais, isto é, todas as
demais escadas da edificação, devem, entre outras coisas:
a) ser dotadas de corrimãos, atendendo ao prescrito na norma,
bastando, porém, apenas um corrimão nas escadas com até 1,20 m
de largura e dispensando-se corrimãos intermediários;
b) ser dotadas de guardas em seus lados abertos, conforme a
norma;
c) atender ao prescrito na norma (dimensionamento dos degraus
conforme lei de Blondel, balanceamento e outros), admitindo-se,
porém, nas escadas curvas, que a parte mais estreita dos degraus
ingrauxidos chegue a um mínimo de 7 cm e dispensando-se a
aplicação da fórmula dos patamares, bastando que o patamar tenha
um mínimo de 80 cm.
Conceitos básicos
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Prof. Sinval Xavier
Tipos de escadas conforme a NBR 9077
Escada não enclausurada ou escada comum (NE)
Escada que, embora possa fazer parte de uma rota de saída, se
comunica diretamente com os demais ambientes, como corredores,
halls e outros, em cada pavimento, não possuindo portas corta-fogo.
Escada enclausurada protegida (EP)
Escada devidamente ventilada situada em ambiente envolvido por
paredes corta-fogo e dotada de portas resistentes ao fogo.
Escada enclausurada à prova de fumaça (PF)
Escada cuja caixa é envolvida por paredes corta-fogo e dotada de
portas corta-fogo, cujo acesso é por antecâmara igualmente
enclausurada ou local aberto, de modo a evitar fogo e fumaça em
caso de incêndio.
Obs: o número de saídas de emergência e o tipo de escada a ser
utilizada são definidas através da tabela 7 da norma (NBR 9077)
Conceitos básicos
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Prof. Sinval Xavier
Exemplo de escada enclausurada protegida
Conceitos básicos
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Prof. Sinval Xavier
Exemplo de escada enclausurada á prova de fumaça
Conceitos básicos
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
Prof. Sinval Xavier
Conceitos básicos
ACESSIBILIDADE – NBR 9077
Degraus e escadas fixas em rotas acessíveis
Degraus e escadas fixas em rotas acessíveis devem estar associados
à rampa ou ao equipamento de transporte vertical.
Características dos pisos e espelhos
Nas rotas acessíveis não devem ser utilizados degraus e escadas
fixas com espelhos vazados. Quando for utilizado bocel ou espelho
inclinado, a projeção da aresta pode avançar no máximo 1,5 cm
sobre o piso abaixo, conforme figura abaixo.
Prof. Sinval Xavier
Conceitos básicos
ACESSIBILIDADE – NBR 9077
Dimensionamento de degraus isolados
A dimensão do espelho de degraus isolados deve ser inferior a 0,18
m e superior a 0,16 m. Devem ser evitados espelhos com dimensão
entre 1,5 cm e 15 cm. Para degraus isolados recomenda-se que
possuam espelho com altura entre 0,15 m e 0,18 m.
Dimensionamento de escadas fixas
As dimensões dos pisos e espelhos devem ser constantes em toda a
escada, atendendo às seguintes condições:
a) pisos (p): 0,28 m < p < 0,32 m;
b) espelhos (e) 0,16 m < e < 0,18 m;
c) 0,63 m < p + 2e < 0,65 m.
Escadas fixas com lances curvos ou mistos devem atender ao
disposto na ABNT NBR 9077.
Prof. Sinval Xavier
Conceitos básicos
ACESSIBILIDADE – NBR 9077
Largura das escadas fixas
A largura das escadas deve ser estabelecida de acordo com o fluxo
de pessoas, conforme ABNT NBR 9077. A largura mínima
recomendável para escadas fixas em rotas acessíveis é de 1,50 m,
sendo o mínimo admissível 1,20 m.
O primeiro e o último degraus de um lance de escada devem
distar no mínimo 0,30 m da área de circulação adjacente, conforme
figura abaixo
Prof. Sinval Xavier
Conceitos básicos
ACESSIBILIDADE – NBR 9077
Patamares das escadas fixas
As escadas fixas devem ter no mínimo um patamar a cada 3,20 m de
desnível e sempre que houver mudança de direção.Entre os lances
de escada devem ser previstos patamares com dimensão longitudinal
mínima de 1,20 m. Os patamares situados em mudanças de direção
devem ter dimensões iguais à largura da escada.
Corrimãos e guarda-corpos
Os corrimãos e guarda-corpos devem ser construídos com materiais
rígidos, ser firmemente fixados às paredes, barras de suporte ou
guarda-corpos, oferecer condições seguras de utilização, e serem
sinalizados
Corrimãos
Os corrimãos devem ser instalados em ambos os lados dos degraus
isolados, das escadas fixas e das rampas. Devem ter largura entre
3,0 cm e 4,5 cm, sem arestas vivas. Deve ser deixado um espaço
livre de no mínimo 4,0 cm entre a parede e o corrimão. Devem
permitir boa empunhadura e deslizamento, sendo preferencialmente
de seção circular.
Prof. Sinval Xavier
Conceitos básicos
ACESSIBILIDADE – NBR 9077
Quando embutidos na parede, os corrimãos devem estar afastados
4,0 cm da parede de fundo e 15,0 cm da face superior da
reentrância, conforme demonstrado na figura 15.
Os corrimãos laterais devem prolongar-se pelo menos 30 cm antes
do início e após o término da rampa ou escada, sem interferir com
áreas de circulação ou prejudicar a vazão. Em edificações existentes,
onde for impraticável promover o prolongamento do corrimão no
sentido do caminhamento, este pode ser feito ao longo da área de
circulação ou fixado na parede adjacente.
Prof. Sinval Xavier
Conceitos básicos
ACESSIBILIDADE – NBR 9077
As extremidades dos corrimãos devem ter acabamento recurvado,
ser fixadas ou justapostas à parede ou piso, ou ainda ter desenho
contínuo, sem protuberâncias.
Para degraus isolados e escadas, a altura dos corrimãos deve ser de
0,92 m do piso, medidos de sua geratriz superior. Para rampas e
opcionalmente para escadas, os corrimãos laterais devem ser
instalados a duas alturas: 0,92 m e 0,70 m do piso, medidos da
geratriz superior.
Prof. Sinval Xavier
Conceitos básicos
ACESSIBILIDADE – NBR 9077
Quando se tratar de escadas ou rampas com largura superior a
2,40m, é necessária a instalação de corrimão intermediário. Os
corrimãos intermediários somente devem ser interrompidos quando o
comprimento do patamar for superior a 1,40m, garantindo o
espaçamento mínimo de 0,80m entre o término de um segmento e o
início do seguinte, conforme figura abaixo.
Prof. Sinval Xavier
Conceitos básicos
ACESSIBILIDADE – NBR 9077
Guarda-corpos
As escadas e rampas que não forem isoladas das áreas adjacentes
por paredes devem dispor de guarda-corpo associado ao corrimão,
conforme figura abaixo, e atender ao disposto na ABNT NBR 9077..

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Projeto de Escada Arquitetônica

  • 1. Desenho Arquitetônico UNIDADE 11 ESCADAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG ESCOLA DE ENGENHARIA NÚCLEO DE EXPRESSÃO GRÁFICA Prof. Sinval Xavier
  • 2. ESCADAS Prof. Sinval Xavier As escadas é um dos tipos de circulação vertical utilizadas nas edificações com mais de um pavimento. Além das escadas existem as rampas e os elevadores.
  • 3. ESCADAS As escadas são elementos construtivos que permitem a comunicação entre dois ou mais pisos situados em níveis diferentes. Elas são formadas por uma série de pequenos planos horizontais, denominados pisos e uma série de planos verticais consecutivos denominados espelhos. Ao conjunto formado pelo piso e pelo espelho dá-se a denominação de degrau. O piso às vezes avança sobre o espelho formando o que chamamos de bocel (nariz). Existem também degraus sem espelho físico. A existência de elevador em um edifício não dispensa a construção da escada. Prof. Sinval Xavier
  • 4. ESCADAS Além do código de obras municipal, as escadas, no que couber, devem atender ao disposto nas seguintes normas técnicas: NBR 9050 – Acessibilidade NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios Prof. Sinval Xavier
  • 5. Após um certo número de degraus coloca-se um de maior largura a que se dá o nome de patamar ou descanso, tendo em vista o papel que desempenha. A série de degraus intercalados entre o pavimento e o patamar ou entre dois patamares consecutivos chamamos de lance. As escadas são formadas por um ou mais lances, separados por patamares, conforme a altura a vencer. Esses lances podem ser retos ou curvos. O número máximo de degraus de cada lance depende do fim a que se destina o edifício e da utilização da escada. Nas residenciais esse número é normalmente 16. ESCADAS Prof. Sinval Xavier
  • 6. As escadas possuem parapeito a fim de evitar possíveis quedas das pessoas que delas se utilizam. Esses parapeitos denominam- se guarda-corpo e são utilizados em conjunto por uma peça, geralmente arredondada, chamada corrimão. Os guarda-corpos podem ser contínuos (ex: parede de alvenaria) ou vazados (ex: grade) ESCADAS Prof. Sinval Xavier
  • 11. FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES Os lances podem ser retos ou curvos e a sua combinação dá lugar à formação de escadas retas, curvas ou mistas. Escadas retas São constituídas por lances retos e podem estar dispostos de diversas formas. Temos portanto, escadas: Prof. Sinval Xavier
  • 12. ESCADA NORMAL (EM “L”) 1 2 3 4 5 6 7 8 16 15 14 13 12 11 10 9 FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES Prof. Sinval Xavier
  • 13. ESCADA PARALELA (EM “U”) 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES Prof. Sinval Xavier
  • 14. ESCADA NORMAL e PARALELA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES Prof. Sinval Xavier
  • 15. ESCADA RETILÍNEA FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES Prof. Sinval Xavier
  • 16. Escadas curvas São constituídas unicamente por lances curvos e têm geralmente forma circular. Encontra-se, também, as elípticas, helicoidais, em leques e outras. Escadas mistas São formadas pela combinação de lances retos ou curvos. FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES Prof. Sinval Xavier
  • 17. ESCADA HELICOIDAL (CARACOL) FORMA E DISPOSIÇÃO DOS LANCES Prof. Sinval Xavier
  • 18. DEGRAUS INGRAUXIDOS TIPOS ESPECIAIS DE DEGRAUS Prof. Sinval Xavier Degrau cujo formato se assemelha em maior ou menor escala ao de uma cunha, e cuja a finalidade é criar uma mudança de direção. degraus ingrauxidos
  • 19. DEGRAUS COMPENSADOS (BALANCEADOS) TIPOS ESPECIAIS DE DEGRAUS Prof. Sinval Xavier Cada um dentre uma série de degraus ingrauxidos dispostos de modo tal a apresentarem a mesma largura na linha de percurso que os degraus comuns adjacentes Linha de percurso de uma escada: linha imaginária sobre a qual sobe ou desce uma pessoa que segura o corrimão, estando afastada de 0.50 a 0,60 m da borda livre da escada ou da parede. Sobre esta linha, todos os degraus devem possuir piso de largura igual
  • 20. A largura das escadas dependem da importância e finalidade do edifício. Deve-se sempre verificar o Código de Obras da cidade e, quando for o caso, NBR 9077 e a NBR 9050. Veja abaixo exemplos de ocupação (fila) de uma escada. LARGURA DAS ESCADAS Prof. Sinval Xavier
  • 21. Piso perpendicular ao espelho Espelho inclinado com o piso FORMA DOS DEGRAUS Prof. Sinval Xavier
  • 22. Piso engastado sem espelho Piso sobre vigas FORMA DOS DEGRAUS Prof. Sinval Xavier
  • 27. O dimensionamento dos degraus depende do fim a que se destina a escada. Geralmente dimensionamos diferentemente uma escada de serviço de uma escada social de um residência. Em uma existe a preocupação da economia e na outra o conforto. A NBR 9077 e a NBR 9050 recomendam que a altura do degrau esteja compreendida entre 0,16 a 0,18m, com tolerância de 0,05cm. As mesmas normas estabelecem que a base do degrau deve ficar compreendida entre 0,28 a 0,32m Pela fórmula de BLONDEL, o dobro da altura mais a largura do degrau, deverá estar entre 0,63 a 0,64m. 0,63m ≤ ( 2.h + b) ≥ 0,64m Numa mesma escada os espelhos e os pisos não poderão sofrer alteração de dimensões em seu desenvolvimento. DIMENSIONAMENTO Prof. Sinval Xavier
  • 28. As escadas devem ser dispostas, de tal forma que assegurem a passagem com altura livre igual ou superior a 2,00 m. DIMENSIONAMENTO Prof. Sinval Xavier
  • 29. As escadas deverão ter a inclinação sempre constante. O valor do plano horizontal e da altura (plano vertical) não devem variar jamais de um patamar a outro. A inclinação mais favorável é de 30° para as escadas internas. DIMENSIONAMENTO Prof. Sinval Xavier
  • 30. De acordo com a NBR 9050, os corrimãos devem ser instalados em ambos os lados dos degraus das escadas fixas e das rampas. Os corrimãos devem ter largura entre 3,0 cm e 4,5 cm, sem arestas vivas. Deve ser deixado um espaço livre de no mínimo 4,0 cm entre a parede e o corrimão. Devem permitir boa empunhadura e deslizamento, sendo preferencialmente de seção circular, conforme figura a seguir. GUARDAS-CORPOS E CORRIMÃOS Prof. Sinval Xavier
  • 31. As escadas e rampas que não forem isoladas das áreas adjacentes por paredes devem dispor de guarda-corpo associado ao corrimão, conforme figura a seguir. GUARDAS-CORPOS E CORRIMÃOS Prof. Sinval Xavier
  • 32. Como exemplo de dimensionamento iremos projetar uma escada para uma “caixa da escada” de 2,15m de largura por 3,10m de comprimento, em uma residência unifamiliar de 2 pavimentos, em que os níveis são de 0,50 metros no pavimento térreo e de 3,30 metros no pavimento superior. Cálculo do desnível entre pavimentos É a diferença entre o nível do pavimento superior menos o nível do pavimento inferior. 3,30m - 0,50m = 2,80m EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO Prof. Sinval Xavier
  • 33. Quantidade de espelhos A NBR 9077 define que os espelhos de uma escada deverão estar entre 0,16m à 0,18m; então a quantidade de espelhos que teremos será: o desnível dividido pelo número de espelhos. 2,80m / 0,16m = 17,5 espelhos 2,80m / 0,18m = 15,55 espelhos Então teremos de 15,55 a 17,5 espelhos. Como só pode existir número de espelhos inteiros, a escada poderá ter 16 ou 17 espelhos. EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO Prof. Sinval Xavier
  • 34. Dimensão dos espelhos ( h ) Como nesse projeto poderemos ter 16 ou 17 espelhos; os valores dos espelhos será o desnível dividido pela quantidade de espelhos. h1 = 2,80m /16 = 0,175m h2 = 2,80m /17 = 0,1647m Base do degrau Escolhemos a altura de 0,175 (por ser a menos fracionada) Aplicando-se a fórmula de BLONDEL para a altura escolhida tem-se: 0,63m ≤ ( 2.h + b) ≥ 0,64m (2.h + b) = 0,63 a 0,64m b= 0,63 - (2 x 0,175) = 0,28 m b= 0,64 - (2 x 0,175) = 0,29 m Base entre 0,28 e 0,29m Prof. Sinval Xavier
  • 35. 1º - Caixa EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO Prof. Sinval Xavier
  • 36. 2º - degraus EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO Prof. Sinval Xavier
  • 37. 3º - guarda corpo e corrimão EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO Prof. Sinval Xavier
  • 38. 4º - Indicações EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO Prof. Sinval Xavier
  • 39. Corte Longitudinal - AA EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO Prof. Sinval Xavier
  • 40. Corte Longitudinal - AA EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO Prof. Sinval Xavier
  • 41. Corte Longitudinal - AB EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO Prof. Sinval Xavier
  • 42. Corte Longitudinal - AA EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO Prof. Sinval Xavier
  • 43. Corte Longitudinal - AA EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO Prof. Sinval Xavier
  • 44. Corte Longitudinal - BB EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO Prof. Sinval Xavier
  • 45. Corte Transversal - CC EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO Prof. Sinval Xavier
  • 46. Corte Transversal - DD EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO Prof. Sinval Xavier
  • 47. Conceitos básicos SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077 Prof. Sinval Xavier Saída de emergência, rota de saída ou saída Caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas, corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, em caso de um incêndio, de qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto, protegido do incêndio, em comunicação com o logradouro. ESCADAS EM SAÍDAS DE EMERGÊNCIA Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível para o espaço livre exterior devem ser dotados de escadas, enclausuradas ou não, as quais devem, entre outras coisas: • atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga, mas terminando obrigatoriamente no piso desta, não podendo ter comunicação direta com outro lance na mesma prumada (conforme exemplo a seguir)
  • 48. Prof. Sinval Xavier sobe p/ pav. superior Vem do pav. inferior Conceitos básicos SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
  • 49. Prof. Sinval Xavier Largura das escadas as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior população, o qual determina as larguras mínimas para os lances correspondentes aos demais pavimentos, considerando-se o sentido da saída. A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, e outros, é dada pela seguinte fórmula: N = P/C Onde: N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro; P = população, conforme coeficiente da Tabela 5 da norma; C = capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 5 da norma Conceitos básicos SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
  • 50. Prof. Sinval Xavier As larguras das escadas devem atender aos seguintes requisitos: a) ser proporcionais ao número de pessoas que por elas devam transitar em caso de emergência; b) ser medidas no ponto mais estreito da escada ou patamar, excluindo os corrimãos (mas não as guardas ou balaustradas), que se podem projetar até 10 cm de cada lado, sem obrigatoriedade de aumento na largura das escadas; c) ter, quando se desenvolver em lances paralelos, espaço mínimo de 10 cm entre lances, para permitir localização de guarda ou fixação do corrimão. Larguras mínimas a serem adotadas As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem ser de 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem (largura mínima para a passagem de uma fila de pessoas, fixada em 0,55 m), para as ocupações em geral. Conceitos básicos SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
  • 51. Prof. Sinval Xavier Dimensionamento de degraus e patamares Os degraus devem: a) ter altura compreendida entre 16,0 cm e 18,0 cm, com tolerância de 0,05 cm; b) ter largura dimensionada pela fórmula de Blondel: 63 cm < (2h + b) < 64 cm; c) ser balanceados quando o lance da escada for curvo (escada em leque), caso em que a medida do degrau (largura do degrau) será feita segundo a linha de percurso e a parte mais estreita destes degraus ingrauxidos não tenha menos de 15 cm; OBS: Linha de percurso de uma escada: linha imaginária sobre a qual sobe ou desce uma pessoa que segura o corrimão, estando afastada 0,55 m da borda livre da escada ou da parede. Sobre esta linha, todos os degraus devem possuir piso de largura igual. Conceitos básicos SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
  • 52. Prof. Sinval Xavier d) ter, num mesmo lance, larguras e alturas iguais e, em lances sucessivos de uma mesma escada, diferenças entre as alturas de degraus de, no máximo, 5 mm; e) ter bocel (nariz) de 1,5 cm, no mínimo, ou, quando este inexistir, balance da quina do degrau sobre o imediatamente inferior com este mesmo valor mínimo; f) O lance mínimo deve ser de três degraus e o lance máximo, entre dois patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,70 m de altura. O comprimento dos patamares deve ser: i) dado pela fórmula: p = (2h + b)n + b, em que o n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando se tratar de escada reta, medido na direção do trânsito; ii) no mínimo, igual à largura da escada, quando há mudança de direção da escada sem degraus ingrauxidos, não se aplicando, neste caso, a fórmula anterior. Conceitos básicos SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
  • 53. Prof. Sinval Xavier Escadas em edificações com população total inferior a 50 pessoas Qualquer tipo de escada de emergência pode ter largura de 90 cm e degraus ingrauxidos, respeitadas as demais exigências para escadas de saídas de emergência, quando se enquadrar em uma das seguintes situações: a) atender a edificações classificadas nos grupos de ocupação A, B, D, G, I ou J, com população total do prédio inferior a 50 pessoas, sendo uma edificação baixa (tipo L - altura até 6,00 m); b) a escada for exigida apenas como segunda saída, desde que haja outra escada que atenda a toda população, que não pode ultrapassar 50 pessoas, nos mesmos grupos de ocupação citados na alínea anterior. Conceitos básicos SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
  • 54. Prof. Sinval Xavier Escadas com lances curvos As escadas com lances curvos podem ser utilizadas em saídas de emergência quando: a)só atenderem a edificações com ocupações do grupo A (residencial), ou se tratar de escadas não enclausuradas (escadas comuns), exceto no caso de ocupações da divisão F-3 (centros esportivos); b) os lances curvos forem constituídos de degraus ingrauxidos iguais, as linhas de bocéis convergindo em um ponto (centro da circunferência), havendo, pois, bomba ou escaparate com diâmetro mínimo de 0,97 m (escada com degraus b = 32 cm) a 1,375 m (para b = 27 cm) (ver Figura 6); c) tiverem larguras entre 1,10 m e 1,65 m, sem corrimão intermediário. OBS: as escadas à prova de fumaça não podem ter lances curvos. Conceitos básicos SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
  • 55. Prof. Sinval Xavier Escadas com lances mistos As escadas com lances mistos, isto é, as chamadas escadas em leque, podem ser escadas de emergência nas seguintes condições: a) devem obedecer à alínea b escadas com lances curvos; b) os degraus em leque devem ser balanceados de acordo com as regras da boa técnica, utilizando-se um dos sistemas de balanceamento recomendados, com largura (b) constante na linha de percurso; c) a borda interna (borda da bomba) do degrau em posição mais desfavorável deve ter, no mínimo, 15 cm; Conceitos básicos SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
  • 56. Prof. Sinval Xavier Não são admissíveis lances mistos, em saídas de emergência: a) em escadas à prova de fumaça; b) em edificações com ocupações dos grupos F e H. Conceitos básicos SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077 Escada com lances curvos e degraus balanceados
  • 57. Prof. Sinval Xavier Conceitos básicos SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077 Escada enclausurada protegida com degraus ingrauxidos balanceados
  • 58. Prof. Sinval Xavier Escadas não destinadas a saídas de emergência As escadas secundárias, não destinadas a saídas de emergência, mas que podem eventualmente funcionar como tais, isto é, todas as demais escadas da edificação, devem, entre outras coisas: a) ser dotadas de corrimãos, atendendo ao prescrito na norma, bastando, porém, apenas um corrimão nas escadas com até 1,20 m de largura e dispensando-se corrimãos intermediários; b) ser dotadas de guardas em seus lados abertos, conforme a norma; c) atender ao prescrito na norma (dimensionamento dos degraus conforme lei de Blondel, balanceamento e outros), admitindo-se, porém, nas escadas curvas, que a parte mais estreita dos degraus ingrauxidos chegue a um mínimo de 7 cm e dispensando-se a aplicação da fórmula dos patamares, bastando que o patamar tenha um mínimo de 80 cm. Conceitos básicos SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
  • 59. Prof. Sinval Xavier Tipos de escadas conforme a NBR 9077 Escada não enclausurada ou escada comum (NE) Escada que, embora possa fazer parte de uma rota de saída, se comunica diretamente com os demais ambientes, como corredores, halls e outros, em cada pavimento, não possuindo portas corta-fogo. Escada enclausurada protegida (EP) Escada devidamente ventilada situada em ambiente envolvido por paredes corta-fogo e dotada de portas resistentes ao fogo. Escada enclausurada à prova de fumaça (PF) Escada cuja caixa é envolvida por paredes corta-fogo e dotada de portas corta-fogo, cujo acesso é por antecâmara igualmente enclausurada ou local aberto, de modo a evitar fogo e fumaça em caso de incêndio. Obs: o número de saídas de emergência e o tipo de escada a ser utilizada são definidas através da tabela 7 da norma (NBR 9077) Conceitos básicos SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
  • 60. Prof. Sinval Xavier Exemplo de escada enclausurada protegida Conceitos básicos SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
  • 61. Prof. Sinval Xavier Exemplo de escada enclausurada á prova de fumaça Conceitos básicos SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS – NBR 9077
  • 62. Prof. Sinval Xavier Conceitos básicos ACESSIBILIDADE – NBR 9077 Degraus e escadas fixas em rotas acessíveis Degraus e escadas fixas em rotas acessíveis devem estar associados à rampa ou ao equipamento de transporte vertical. Características dos pisos e espelhos Nas rotas acessíveis não devem ser utilizados degraus e escadas fixas com espelhos vazados. Quando for utilizado bocel ou espelho inclinado, a projeção da aresta pode avançar no máximo 1,5 cm sobre o piso abaixo, conforme figura abaixo.
  • 63. Prof. Sinval Xavier Conceitos básicos ACESSIBILIDADE – NBR 9077 Dimensionamento de degraus isolados A dimensão do espelho de degraus isolados deve ser inferior a 0,18 m e superior a 0,16 m. Devem ser evitados espelhos com dimensão entre 1,5 cm e 15 cm. Para degraus isolados recomenda-se que possuam espelho com altura entre 0,15 m e 0,18 m. Dimensionamento de escadas fixas As dimensões dos pisos e espelhos devem ser constantes em toda a escada, atendendo às seguintes condições: a) pisos (p): 0,28 m < p < 0,32 m; b) espelhos (e) 0,16 m < e < 0,18 m; c) 0,63 m < p + 2e < 0,65 m. Escadas fixas com lances curvos ou mistos devem atender ao disposto na ABNT NBR 9077.
  • 64. Prof. Sinval Xavier Conceitos básicos ACESSIBILIDADE – NBR 9077 Largura das escadas fixas A largura das escadas deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas, conforme ABNT NBR 9077. A largura mínima recomendável para escadas fixas em rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m. O primeiro e o último degraus de um lance de escada devem distar no mínimo 0,30 m da área de circulação adjacente, conforme figura abaixo
  • 65. Prof. Sinval Xavier Conceitos básicos ACESSIBILIDADE – NBR 9077 Patamares das escadas fixas As escadas fixas devem ter no mínimo um patamar a cada 3,20 m de desnível e sempre que houver mudança de direção.Entre os lances de escada devem ser previstos patamares com dimensão longitudinal mínima de 1,20 m. Os patamares situados em mudanças de direção devem ter dimensões iguais à largura da escada. Corrimãos e guarda-corpos Os corrimãos e guarda-corpos devem ser construídos com materiais rígidos, ser firmemente fixados às paredes, barras de suporte ou guarda-corpos, oferecer condições seguras de utilização, e serem sinalizados Corrimãos Os corrimãos devem ser instalados em ambos os lados dos degraus isolados, das escadas fixas e das rampas. Devem ter largura entre 3,0 cm e 4,5 cm, sem arestas vivas. Deve ser deixado um espaço livre de no mínimo 4,0 cm entre a parede e o corrimão. Devem permitir boa empunhadura e deslizamento, sendo preferencialmente de seção circular.
  • 66. Prof. Sinval Xavier Conceitos básicos ACESSIBILIDADE – NBR 9077 Quando embutidos na parede, os corrimãos devem estar afastados 4,0 cm da parede de fundo e 15,0 cm da face superior da reentrância, conforme demonstrado na figura 15. Os corrimãos laterais devem prolongar-se pelo menos 30 cm antes do início e após o término da rampa ou escada, sem interferir com áreas de circulação ou prejudicar a vazão. Em edificações existentes, onde for impraticável promover o prolongamento do corrimão no sentido do caminhamento, este pode ser feito ao longo da área de circulação ou fixado na parede adjacente.
  • 67. Prof. Sinval Xavier Conceitos básicos ACESSIBILIDADE – NBR 9077 As extremidades dos corrimãos devem ter acabamento recurvado, ser fixadas ou justapostas à parede ou piso, ou ainda ter desenho contínuo, sem protuberâncias. Para degraus isolados e escadas, a altura dos corrimãos deve ser de 0,92 m do piso, medidos de sua geratriz superior. Para rampas e opcionalmente para escadas, os corrimãos laterais devem ser instalados a duas alturas: 0,92 m e 0,70 m do piso, medidos da geratriz superior.
  • 68. Prof. Sinval Xavier Conceitos básicos ACESSIBILIDADE – NBR 9077 Quando se tratar de escadas ou rampas com largura superior a 2,40m, é necessária a instalação de corrimão intermediário. Os corrimãos intermediários somente devem ser interrompidos quando o comprimento do patamar for superior a 1,40m, garantindo o espaçamento mínimo de 0,80m entre o término de um segmento e o início do seguinte, conforme figura abaixo.
  • 69. Prof. Sinval Xavier Conceitos básicos ACESSIBILIDADE – NBR 9077 Guarda-corpos As escadas e rampas que não forem isoladas das áreas adjacentes por paredes devem dispor de guarda-corpo associado ao corrimão, conforme figura abaixo, e atender ao disposto na ABNT NBR 9077..