1. Desenho Arquitetônico
UNIDADE 2b
ELEMENTOS DO DESENHO
ARQUITETÔNICO AUXILIADO POR
COMPUTADOR
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG
ESCOLA DE ENGENHARIA
NÚCLEO DE EXPRESSÃO GRÁFICA
Prof. Sinval Xavier
2. A LINHA
A linha, seja ela reta ou curva, é o elemento básico do desenho de
arquitetura. Através da linha são representados e caracterizados os
diferentes elementos de uma edificação.
A escolha correta dos tipos e espessuras das linhas é
determinantes da qualidade gráfica e de conteúdo da
informação arquitetônica.
A expressividade e, por consequência, a leitura e interpretação de
um desenho de arquitetura é condicionada pela diferenciação nas
espessuras das linhas que representam diferentes elementos, de
diferentes dimensões e materiais, em diferentes situações e posições
em relação ao plano de projeção e/ou corte e ao observador.
As figuras seguintes ilustram diferentes situações de espessuras nas
linhas de um mesmo desenho.
Prof. Sinval Xavier
3. Prof. Sinval Xavier
Figura 1 – Todas as linhas com a mesma espessura Figura 2 – Espessuras das linhas sem critério
Figura 3 – Espessuras das linhas seguindo os critérios do DA.
4. A LINHA NO DESENHO DIGITAL
No desenho CAD as linhas são, em geral, representadas na tela com
uma espessura única, que permanece invariável mesmo durante as
operações de manipulação de tela (aproximar e afastar o desenho),
e podem ser impressas em diferentes espessuras.
No sistema tradicional do desenho CAD as espessuras das linhas são
associadas as cores. Desta forma, linhas representadas em
diferentes cores podem ser impressas em diferentes espessuras.
O uso de cores associadas as linhas além de permitir a diferenciação
de espessuras, auxilia na visualização do desenho na tela do
computador.
Prof. Sinval Xavier
6. A ESCALA
A escala é um atributo fundamental do desenho arquitetônico. O
tamanho de seu objeto, a edificação, impossibilita que o mesmo seja
representado de forma integral em tamanho real, ou seja, na escala
de 1/1. Desta forma, somos obrigados a utilizar escalas de redução,
que variam de 1/2 até 1/1000 ou menores.
A escolha da escala deve levar em conta:
a) o tamanho do objeto a ser representado;
b) o tamanho da folha de papel empregada;
c) o nível de informação a ser transmitida;
d) a clareza e legibilidade do desenho.
Segundo Montenegro (1978), escala “é a relação entre cada
medida do desenho e a sua dimensão real no objeto”.
Prof. Sinval Xavier
7. As escalas comumente utilizadas no desenho arquitetônico são as
seguintes:
1/2, 1/5 e 1/10 – desenho de detalhes construtivos;
1/20 e 1/25 – mobiliário e detalhamento de compartimentos;
1/50, 1/75 – plantas baixas, cortes e fachadas;
1/100 – plantas baixas, cortes, fachadas, localização e cobertura
1/200 e 1/250 – localização e cobertura
1/500, 1/750 e 1/1000 – situação
Edificações de grande porte, como hospitais, escolas, industrias,
etc. podem necessitar o uso de escalas menores que 1/100 para
representação das plantas, cortes e fachadas. Mas, como no caso
de projetos executivos, isto pode ocasionar um comprometimento
do nível de informação e/ou da clareza do desenho, convém, nestes
casos, representar a edificação por partes em maior escala.
Prof. Sinval Xavier
8. NÍVEL DE INFORMAÇÃO X ESCALA DE REPRESENTAÇÃO
Um erro recorrente, principalmente no desenho digital, é a
incompatibilidade entre o nível de informação do objeto e a escala
de representação, que geralmente é observado em duas situações:
a) Objetos com muitos detalhes (elementos) representados em
escala pequena demais;
b) Objetos pouco detalhados representados em escala grande
demais;
No primeiro caso as linhas dos objetos, em grande número,
visualmente se unem, ocasionando um peso visual excessivo e/ou
borrando o desenho.
No segundo, deixa-se de representar elementos que poderiam
auxiliar na execução da obra e/ou na leitura e interpretação do
desenho.
Estas situações são exemplificadas pelas seguintes representações:
Prof. Sinval Xavier
10. A ESCALA NO DESENHO DIGITAL
A escala, que no desenho tradicional tinha que ser definida antes
da representação, no desenho digital, até a impressão, passou a
ser uma questão de proporção entre as representações que
aparecem na tela do computador.
Afastamos e aproximamos os desenhos alterando a escala visual,
sem, no entanto, alterar as dimensões de seus elementos.
Os desenhos podem ser executados em escala real, ou seja, na
1/1, bastando apenas definir a unidade de representação, se é o
centímetro ou o metro. A área gráfica dos programas permitem a
representação conjunta de elementos das mais diversas
dimensões. Representamos no desenho de arquitetura, na mesma
área gráfica, desde a quadra onde esta situado o terreno da
edificação, até os encaixes entre os perfis de uma janela de
alumínio, por exemplo.
Prof. Sinval Xavier
11. A ESCALA NO DESENHO DIGITAL
A mesma representação pode ser impressa em diferentes escalas,
bastando para isso, configurar os parâmetros de impressão, entre
eles as espessuras das linhas.
Mas essa flexibilidade encontra-se limitada, pelo menos, pelos
seguintes elementos e características do desenho de arquitetura:
TEXTOS
COTAS
NÍVEL DE DETALHAMENTO
Os tamanhos dos textos devem atender critérios de hierarquia e
legibilidade, que podem restarem comprometidos com a mudança
de escala sem a devida adequação nos valores (alturas) desses.
Prof. Sinval Xavier
12. A ESCALA NO DESENHO DIGITAL
As cotas, além dos textos de dimensionamento, possuem
elementos que igualmente necessitam de adequação para a
impressão em diferentes escalas.
E, conforme já citado, existe um nível de detalhamento
(informações gráficas) compatível com as diferentes escalas
utilizadas no desenho arquitetônico. Representar, por exemplo,
uma esquadria com todos seus principais elementos (folhas,
marcos, guarnições), em escala menor do que a 1/75 resultara em
sobreposição de linhas na impressão, borrando o desenho e não
representado corretamente o elemento.
Prof. Sinval Xavier
13. DESENHO EM CAMADAS
As geometrias que
representam os
diferentes elementos da
edificação são
agrupadas por temas,
formando camadas que
recebem um nome que
identifica seus
elementos principais e a
que projeto elas
pertencem.
Prof. Sinval Xavier
14. DESENHO EM CAMADAS
A organização do desenho em camadas possibilita uma série de
operações que facilitam sobremaneira o processo de representação.
Além de facilitar o desenho, a sobreposição de camadas (que podem
a qualquer momento ser ligadas ou desligadas, bloqueadas e
desbloqueadas) permite representar-se sobre uma mesma base,
como a planta baixa de uma edificação, diversos temas referentes a
esta edificação. Assim, por exemplo, pode-se sobrepor informações
dos diversos projetos complementares, verificando-se as
compatibilidades e os reflexos de uns sobre os outros.
Prof. Sinval Xavier
15. USO DE BIBLIOTECA DE BLOCOS
Outra significativa diferença entre o desenho tradicional e o auxiliado
por computador reside na representação dos elementos repetitivos
do desenho arquitetônico. No desenho digital, ao contrário do
tradicional, não há necessidade da representação múltipla desses
elementos, o que simplifica enormemente o processo.
Os programas CAD oferecem o recurso de uso de blocos ou gabaritos
eletrônicos (em analogia aos gabaritos do desenho tradicional), que
nada mais são do que estruturas geométricas compostas. Nessas
estruturas, é possível agrupar diversas entidades de qualquer tipo e
atribuir-lhe um nome de identificação e um ponto para sua inserção
em um ou mais desenhos.
Prof. Sinval Xavier
16. USO DE BIBLIOTECA DE BLOCOS
Desta forma, um elemento repetitivo, tal qual o desenho de uma
esquadria ou de um equipamento sanitário, necessita ser
representado uma única vez, e após ser estruturado e armazenado
como um bloco pode ser utilizado inúmeras vezes, em um ou mais
projetos.
Prof. Sinval Xavier