Este documento discute vários tópicos relacionados à febre, incluindo sintomas, causas, avaliação, consequências e tipos específicos de febre como febre neutropênica e febre de origem desconhecida. A febre é uma resposta natural do corpo a estresses fisiológicos e pode ser causada por infecções, doenças metabólicas, traumatismos e outras condições. Uma avaliação adequada é necessária para identificar a causa subjacente e tratar a febre e qualquer condi
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FEBRE
SINTOMASCOMUNS
Febre, ou pirexia significam, em grego, “em fogo” . A febre constitui
uma resposta natural adaptativa e sistémica a um evento de stress
fisiológico, que recorre a mecanismos neuronais, endócrinos e
autonómicos para realizar um acerto da temperatura corporal para
valores superiores ao intervalo de valores fisiológico.
A febre é uma manifestação comum a muitas doenças. O corpo
saudável mantém uma temperatura constante situada entre os 36-37ºC,
estabelecendo um equilíbrio entre o calor que produz e o que liberta.
Dizemos que uma criança ou adulto tem febre quando a temperatura
está acima dos 37ºC, significando isto que o equilíbrio está perturbado.
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• A febre é um sinal de doença. A gravidade da doença depende da existência de outros sintomas, do período de duração da
febre se esta cede (baixa) com a medicação.
• Ainda que uma temperatura de 37 °C seja considerada normal, a temperatura corporal varia de acordo com a hora do dia. Ela
é mais baixa de manhã cedo e mais alta ao final da tarde, às vezes atingindo 37,7 °C. Da mesma forma, a febre não
permanece em constante temperatura. Por vezes a temperatura atinge um pico máximo todos os dias, voltando logo em
seguida à normalidade. Esse processo é chamado de febre intermitente. Alternativamente, a temperatura varia, mas não
retorna ao normal. Esse processo é chamado de febre remitente. Os médicos não acham mais que o padrão de elevação e
queda da febre seja muito importante no diagnóstico de certos distúrbios
• Avaliação da temperatura
• Existem termómetros com depósito de mercúrio e digitais.
• Com os termómetros digitais a temperatura é avaliada no ouvido externo .
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CONSEQUÊNCIAS DAFEBRE
• Fisiopatologia
• As causas de febre são amplas e variadas, como por exemplo infeções, neoplasias, hemorragias, doenças
metabólicas agudas, traumatismos, distúrbios autoimunes, fármacos, drogas, obstrução vascular, distúrbios
endócrinos e stress psicológico.
• Os sintomas que as pessoas têm são devido, principalmente, ao estado que causa a febre, não à febre em si.
• Embora muitas pessoas se preocupem achando que a febre possa ser prejudicial, as típicas elevações temporárias
da temperatura corporal para 38 °C a 40 °C causadas por doenças praticamente de curta duração ,são bem toleradas
por adultos saudáveis. Porém, uma febre moderada pode ser ligeiramente perigosa para adultos com doença
cardíaca ou pulmonar, porque a febre causa o aumento da frequência cardíaca e respiratória. A febre pode também
piorar o estado mental em pessoas com demência.
• A elevação extrema da temperatura (geralmente mais de 41 °C) pode ser prejudicial. Uma temperatura corporal alta
assim pode causar o mau funcionamento da maioria dos órgãos e, por fim, a insuficiência destes. Tal elevação
extrema às vezes resulta de infeção muito grave (tal como sepse , malária ou meningite ), mas é mais comum ser
causada por insolação ou pelo uso de certas drogas.
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• Importância da febre
• A febre aumenta a eficácia da resposta imune e diminui a replicação de microrganismos por
mecanismos como a diminuição dos níveis sanguíneos de ferro, zinco e cobre, promoção da
desgranulação dos lisossomas ou a autodestruição celular.
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Períodos de Reação Febril
Durante a progressão da febre, a temperatura central segue um curso dinâmico com quatro fases distintas:
pródromos(sinal ou conjunto de sintomas que precedem a manifestação próxima de uma doença;), calafrios,
rubor e defervescência. A fase de pródromos caracteriza-se por fadiga e mal-estar geral, mialgias e cefaleias, a
par com vasoconstrição e Piloereção. A fase de calafrios ocorre com tremores até que seja gerada a quantidade de
calor necessária para atingir, de forma progressiva, a temperatura reajustada pelo hipotálamo. Segue-se a fase de
rubor com vasodilatação cutânea, numa tentativa de dissipar calor, e a fase de defervescência que se inicia por
sudação, complementando a dissipação de calor para o regresso a valores de temperatura eu térmicos, após
reajustamento do termostato hipotalâmico para valores normais de temperatura. A fase de defervescência pode
ocorrer por crise, quando se verifica uma descida abrupta, em horas, ou em lise, quando ocorre progressivamente,
ao longo de vários dias
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SÍNDROME FEBRIL
• A febre não é um sinal isolado, faz parte de uma síndrome que pode incluir vários sintomas e
sinais que resultam da resposta de fase aguda, com produção de citocinas inflamatórias,
alterações metabólicas e circulatórias. A apresentação típica inclui: astenia, anorexia, sonolência,
cefaleias, delírio, mialgias, tremores, artralgias, náuseas, vómitos, convulsões, desidratação,
taquicardia, taquipneia, sinais de desidratação e lesões herpéticas
• Esta síndrome associa-se a um aumento de 13% da taxa metabólica por cada aumento de 1ºC de
temperatura corporal, aumento da produção de glucocorticóides, da hormona do crescimento, da
aldosterona e das proteínas de fase aguda, a um balanço azotado negativo e à diminuição da
produção de vasopressina e dos níveis plasmáticos de catiões bivalentes
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AUMENTO PERSISTENTE DOSVALORES DE
TEMPERATURA
• O aumento persistente dos valores de temperatura no doente febril pode em vários casos ser na
infeção pelo vírus dengue ou numa infeção complicada.
• Sinal de Faget
• A importância da relação fisiológica pulso-temperatura é habitualmente menosprezada. Por cada
aumento de 0,55°C há um aumento no pulso de 10 batimentos/minuto. Excluindo doentes com
arritmias, pacemakers, tratados com β-bloqueantes e bloqueadores de canais de cálcio, um pulso
inferior ao apropriado para um dado grau de temperatura é designado como bradicardia relativa
(dissociação pulso-temperatura ou sinal de Faget) tendo um significado diagnóstico relevante em
doentes febris pois pode ocorrer na febre tifóide, leishmaniose, brucelose, doença do Legionário,
psitacose e febre amarela.
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FEBRE NEUROGÉNICA
• A febre neurogénica, apesar de constituir um diagnóstico de exclusão, é comum em
doentes com lesões cerebrais graves, como traumatismo crânio-encefálico, encefalopatia
hipóxica-isquémica, AVC isquémico ou hemorrágico ou nas hemorragias subaracnoides,
com realce para lesões que afetem o lobo frontal . A causa dever-se-á a lesão do
hipotálamo com alteração do ponto de ajuste de temperatura, associada a uma sucessão
de acontecimentos que envolvem o aumento local de citocinas inflamatórias, com
agravamento das lesões iniciais e prognóstico reservado. Estes doentes apresentam-se
tipicamente em bradicardia relativa, com ausência de transpiração e com curvas de
temperatura elevadas “em planalto”, sem variação diurna, que permanecem inalteradas
durante dias ou semanas e que resistem a medicação antipirética associada à gravidade
da doença
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• A febre demonstrou exacerbar lesões cerebrais em modelos animais. Este aumento de temperatura
pode surgir em 50% dos doentes após AVC e em 60% dos casos de AVC isquémico agudo, após
72 horas do início do mesmo 40,41.
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FEBRE NEUTROPÉNICA
• A febre neutropénica está associada a disfunção do sistema imunitário e pode assumir várias formas de apresentação. Pode ser
isolada, persistente, recrudescente, inexplicável, com infeção documentada pela clínica, com infeção documentada
microbiologicamente ou surgir sob a forma de uma síndrome de reconstituição mielóide. Na forma isolada, a temperatural oral
pode-se apresentar igual ou superior a 38,3°C, sendo observada uma só vez, sem associação a inflamação das mucosas orais, ou
com uma temperatura superior a 38°C observada durante 12 horas e que não está associada temporalmente a causas não-infeciosas
de febre.
• A forma persistente carateriza-se por não ceder a pelo menos cinco dias de terapêutica antibiótica de largo espetro. Na forma
recrudescente o episódio febril apresenta recidiva concomitante à existência de um episódio neutropénico, durante a administração
de terapêutica antibiótica empírica de largo espetro.
• Na forma inexplicável não é encontrado um agente infecioso ou um foco clínico. A febre com infeção documentada clinicamente
está associada a um foco inflamatório definível, que é consistente com existência de infeção.
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• A forma documentada microbiologicamente requer o conhecimento de um microrganismo causal e
um local do corpo suscetível a infeção por determinado microrganismo, como por exemplo uma
cárie.
• Por fim, a síndrome reconstituição mieloide é definida pelo aparecimento recente ou pelo
agravamento de sinais e sintomas consistentes com o aparecimento de processos inflamatórios
e/ou infeciosos, que apresentam relação temporal com a recuperação de neutrófilos após aplasia.
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FEBRE DE ORIGEM DESCONHECIDA
• A definição de febre de origem desconhecida em adultos é a de febre ocasional que dura mais de
3 semanas com temperatura superior a 38,3ºC e que não apresenta diagnóstico após uma semana
de esforço diagnóstico. Na população pediátrica as definições são mais vastas, por exemplo:
temperatura igual ou superior a 38,3ºC sem outros sinais ou sintomas clínicos associados durante
cinco a sete dias e a febre igual ou superior a 38,5ºC em mais de quatro ocasiões durante duas ou
mais semanas, acompanhada ou não de investigação médica.
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• No primeiro ano de vida, a infeção respiratória é a causa mais comum de febre sem outra causa específica .
• Após os 12 meses e até à idade adulta as infeções continuam a ser a principal causa de febre de origem
desconhecida, sendo a prevalência de doenças de tecido conjuntivo e neoplasias baixa.
• Nos adultos, 40% dos casos têm como base processos infeciosos, 20% doenças inflamatórias ou distúrbios do
colagénio, em outros 20% a causa não se descobre por um período de tempo prolongado e em 8% é causada
por neoplasias .
• Entre as infeções as principais causas são abcessos, endocardite, tuberculose e ITU.
• De entre as neoplasias malignas causadoras de febre as mais comuns são as hematopoiéticas, o
adenocarcinoma renal e as neoplasias coloretais.
• No que diz respeito a doenças do tecido conjuntivo a artrite reumatóide juvenil (doença de Still) e o lúpus
eritematoso sistémico predominam em doentes jovens enquanto nos doentes idosos a arterite temporal e a
polimialgia reumática são mais prevalentes
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• A febre de origem desconhecida nosocomial é manifesta durante o período de
tratamento médico para outra patologia, nomeadamente no contexto de procedimentos
cirúrgicos que envolvem instrumentação do trato urinário e aparelho respiratório,
complicações pós-operatórias como abcessos, trombose venosa profunda,
tromboembolia pulmonar, enfarte do miocárdio, transfusão sanguínea e colite por
Clostridium difficile e colocação de aparelhos intravasculares .
• A ausência congénita do corpo caloso está associada a disfunção da termorregulação,
podendo ser uma causa rara de febre de origem desconhecida
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PSEUDO-FEBRE DE ORIGEM DESCONHECIDA
• Ocorre quando uma criança desenvolve, durante um curto período de tempo, mais do que uma
doença que cursa com febre. A febre resolve num período de tempo expetável de acordo com a
causa mas há persistência de sintomas vagos, intercalados com a perceção de temperaturas febris
isoladas e perceção de que a criança não está recuperada totalmente. Este quadro pode ocorrer
repetidamente, dando a impressão de que a criança tem uma ou mais doenças crónicas associadas
a períodos febris, durante semanas ou meses. Na identificação desta forma de apresentação de
febre tem importância a presença ou ausência de doença nos familiares e colegas, a associação ou
não a sintomas constitucionais como perda de peso e astenia na altura da primeira doença, a
existência de disfunção cognitivo social associada e uma história de convulsões febris ou de um
parto prematuro com internamento em unidade de cuidados intensivos.
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CONVULSÕES FEBRIS
• As convulsões febris são a urgência neurológica da infância mais comum.
• A febre está associada à diminuição do limiar de convulsões ocorrendo em crianças situadas na
faixa etária entre os 3 meses e os 5 anos, com pico entre os 9-20 meses .
• As hipóteses avançadas para o desencadear de convulsões pela febre incluem processos
inflamatórios que influenciam a excitabilidade neuronal, mutações nos genes que codificam
canais de iões associadas este fenótipo, e alterações na ventilação pulmonar induzida pela febre .
Por exemplo, mutações na subunidade ɣ2 do recetor GABAA, que é mediador dos efeitos do
neurotransmissor inibidor ácido gama aminobutírico (GABA) no cérebro, causam redução na sua
expressão face a temperaturas febris e induzem alcalose respiratória decorrente de
hiperventilação em modelos animais com um limiar de 0,2 a 0,3 pontos de aumento no pH para a
indução de convulsões.
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FEBREASSOCIADAANEOPLASIA
• A febre por neoplasia é mais comum em linfomas, sendo habitualmente um diagnóstico de
exclusão, não se associando aos sinais típicos de doença infeciosa. A elevação da taxa de
sedimentação eritrocitária e da proteína C reativa (CRP) são comuns e a febre tende a não
responder a medicação anti-inflamatória.
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FEBRE EM DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS
• Os valores expectáveis de febre são distintos nas diferentes faixas etárias.
• Os recém nascidos podem não desenvolver febres altas, mesmo face a infeções graves, e podem
manifestar valores altos de temperatura face a infeções menos graves .
• Isto ocorre porque, nos recém-nascidos, a baixa relação entre a massa metabolicamente ativa e a
superfície corporal dificulta a dissipação de calor face a temperaturas ambientes superiores a 33ºC,
e também porque o seu sistema nervoso central e periférico é imaturo na resposta homeotérmica .
• Entre 1 e 2 meses de idade acima da temperatura média rectal corresponde a cerca de 38,1°C e
durante o 3º mês de vida acima da média atinge cerca de 38,2°C.
• Entre os 3 e os 4 meses de idade o limite superior da temperatura retal normal é 37,8°C, valor
mantido durante o primeiro ano de vida.
• 37,2ºC,
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• Após os 12 meses de idade os valores de temperatura retal correspondem a uma média de 37,6ºC
a 37,8 °C.
• Em adultos, a febre ocorre com uma temperatura mínima acima da temperatura corporal média, o
que corresponde a um intervalo entre 37,5ºC a 37,7ºC .
• Em idosos, a existência de febre pode-se definir por temperaturas orais iguais ou superiores a
temperaturas retais persistentes acima de 37,5ºC, ou ainda por um aumento igual ou superior a
1,3ºC nos valores de temperatura basais normais do idoso.
• Os valores de temperatura febril no idoso podem apresentar maior variabilidade devido à
diminuição das respostas termorreguladoras por declínio das funções vasomotora de sudação, a
par com a ineficiência na produção de pirogénios endógenos e a dificuldade de acesso destes a
partir da corrente sanguínea através dos órgãos circunventriculares hipotalâmicos
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FEBRE EMVIAJANTES REGRESSADOS
• A febre em viajantes regressados tem como causas mais frequentes a infeção por malária ,
hepatite viral , infeção do trato respiratório (trato respiratório superior, pneumonia e bronquite),
infeção do trato urinário, disenteria, dengue , febre entérica , tuberculose , rickettsiose , infeção
aguda por VIH e abcesso hepático amebiano. As que se apresentam mais frequentemente sob a
forma de uma febre de origem desconhecida são a malária, a febre tifóide e infeção aguda por
VIH . Neste grupo de doenças é essencial tomar conhecimento das datas de chegada e partida,
trajeto realizado, possibilidade de exposição a vetores e história de vacinação. Principalmente
nos detidos clandestinos e refugiados que pedem asilo .
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CONCLUINDO
• A febre pode ser classificada consoante a temperatura atingida, a sua duração e a variação de
valores num intervalo de tempo. A sua interpretação diagnóstica e prognóstica tem de ser rea
• Temperatura
• Usando como referência valores de temperatura retal, o método mais preciso de avaliação da
temperatura corporal nuclear, a febre de baixo grau compreende valores entre 38,1°C e 39,0°C
(100,5°F a 102,2°F), a febre de grau moderado 39,1°C a 40,0°C (102,2°F a 104,0°F) e a febre de
alto grau 40,1°C a 41,1°C (104,1°F a 106,0°F), denominando-se hiperpirexia se superior a
41,1°C (106,0°F)lizada a par com a avaliação do estado geral do doente.
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• É essencial perceber como se processam os mecanismos fisiológicos de termorregulação corporal, para que
se possa compreender as alterações fisiopatológicas que conduzem à alteração dos valores de temperatura
corporal.
• È essencial para a captação de estímulos térmicos e a manutenção da função da medula espinhal, tronco
cerebral e hipotálamo é obrigatória para o correto processamento dos estímulos.
• Para o sucesso de respostas efetoras de regulação térmica, é importante que os sistemas circulatório,
muscular e endócrino funcionem corretamente, a par com a normal função das capacidades intelectuais, para
que as respostas comportamentais possam ocorrer.
• Na interpretação dos valores individuais de temperatura, não podemos esquecer que entre diferentes
indivíduos, os valores normais de temperatura corporal e a capacidade de resposta termorreguladora podem
variar, em função de fatores como o ritmo circadiano, alterações endócrinas e a idade, e também que os
valores de temperatura corporal variam em décimas de grau consoante o local de medição.
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• Quando é identificado um aumento da temperatura corporal num doente é importante perceber se o
aumento corresponde a febre ou se o indivíduo esteve ou está exposto a fatores que alteram a produção
ou a dissipação de calor, como ocorre após a toma de alguns fármacos ou nas patologias
hipermetabólicas.
• Na febre, o aumento de temperatura fora do intervalo de valores fisiológicos ocorre por estimulação
exógena ou endógena, via circulatória ou neuroendócrina, através de um acerto de temperatura
estabelecido pelo sistema nervoso central. O conhecimento das vias de indução e manutenção da
resposta febril é fulcral para perceber os sinais e sintomas que constituem a síndrome febril.
• A síndrome febril pode apresentar particularidades com utilidade diagnóstica e prognóstica, como a
presença do sinal de Faget ou a ocorrência de convulsões.
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• A avaliação da temperatura, embora sendo a mais rigorosa deve ser apenas ser feita por indicação médica. Para tal deve proceder da
seguinte forma:
• 1- Use um termómetro , com ponta curta e arredondada.
• 2- Posicione debaixo das axila, baixando o antebraço em contato com caixa torácica lateral e axila do antebraço.
• 4- Faça a leitura após 2-3 minutos. Cuidados a ter:
• Avalie a temperatura caso suspeite que esta “está quente” ou “não está bem”. Se a temperatura está acima de 38º-38,5 C axilar ou 39º-39,5
C, proceda do seguinte modo:
• • Desagasalhe-se, deite-se e cubra-se com um lençol que será mudado quando necessário.
• • Ventile o quarto
• • Avalie a temperatura
• • Dê um antipirético (medicamento para baixar a febre), tipo Benuron, em xarope, comprimido ou supositório. A dose deve ser adequada à
idade e peso, e será indicada pelo médico.
• • Dê muitos líquidos, de preferência não açucarados e do agrado gustativo (150cc x Kg de peso x por dia).
• • Não force a alimentação.
• • Se a temperatura não baixar, passe no corpo um toalhete embebido em água tépida, no sentido da cabeça para os pés, ou tome um banho
de imersão tépido. Vá avaliando a temperatura até esta baixar.
• • Se entrar em convulsão atue prontamente
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Para isso:
1- Deite –se ou sente-se com a cabeça encostada.
2- Puxe com cuidado a orelha para trás de modo a endireitar o canal auditivo.
3- Ligue o termómetro.
4- Introduza cuidadosamente a ponta do termómetro no canal auditivo.
5- Carregue no botão durante um segundo e leia a temperatura após o termómetro ter apitado.
6- Desligue o termómetro.
Com os termómetros de vidro e depósito de mercúrio, a temperatura é avaliada na axila ou no reto.
Para avaliar a temperatura axilar proceda do seguinte modo:
1- Sacuda o termómetro até o mercúrio ter descido até ao fundo da escala.
2- Coloque o termómetro na axila e dobre o braço sobre o peito.
3- Segure-se nessa posição com firmeza.
4- Faça a leitura após cinco minutos, verificando até onde subiu o mercúrio.
5- Sacuda de novo o termómetro.
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• A observação de padrões de febre caraterísticos é muitas vezes condicionada por fatores como a toma
de fármacos, infeções por mais que um agente, estados de malnutrição ou imunossupressão. Contudo,
quando identificados, como no caso da febre tifóide, malária, doença de Pel-Ebstein, tuberculose miliar
e brucelose, revelar-se-ão úteis, sobretudo em locais com acesso limitado a meios complementares de
diagnóstico ou quando se tem em consideração um elevado número de possibilidades diagnósticas,
permitindo direcionar e adaptar a seleção de métodos de investigação, influenciar a abordagem
terapêutica e as perspetivas prognósticas.
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DESIDRATAÇÃO
• A desidratação ocorre quando não há água suficiente no corpo.
• A desidratação surge quando o corpo perde mais água do que ingere
• Alguns medicamentos ou doenças (por exemplo, diabetes) que fazem com que a pessoa urine bastante podem
causar desidratação
• Vomitar, ter diarreia e transpirar em excesso devido a um clima quente ou à prática de atividade física intensa
também podem causar desidratação
• As pessoas idosas e crianças pequenas são mais propensas a ficarem desidratadas
• A desidratação grave faz com que a pessoa tenha confusão, tontura e fraqueza
• A pessoa desidratada precisa receber líquidos e eletrólitos por via oral ou, às vezes, por via intravenosa (IV)
• Se não for tratada, a desidratação grave pode causar a morte
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O QUE FAZER EM CASO DE DESIDRATAÇÃO?
• A desidratação ocorre quando uma pessoa não bebe água em quantidade suficiente para repor os
fluídos perdidos pelo organismo através do mecanismo normal da transpiração ou em caso de
vómitos e diarreia. Como tal, é importante ajudar a vítima a hidratar-se, para evitar que uma
ligeira desidratação se transforme num problema mais grave. Os sintomas da desidratação
começam a surgir quando o organismo perde apenas 1% dos seus fluídos.
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Desidratação ligeira – Sinais e sintomas:
– Cansaço invulgar, sede, dor de cabeça, boca, lábios e olhos secos,
– Fraqueza muscular e possíveis cãibras
– Tonturas ou sensação de cabeça leve, quando está de pé
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DESIDRATAÇÃOMODERADAAGRAVE –SINAISESINTOMAS:
• – Indisposição relacionada com o calor
• – Sede crescente
• – Irritabilidade
• – Urina mais escura e pouco frequente, podendo mesmo deixar de urinar
• – Presença de prega cutânea, isto é, depois de beliscada e pele não volta ao normal – (sobretudo em bebés e idosos)
• – Convulsões (contrações involuntárias e generalizadas dos músculos)
• – Inconsciência – a vítima deixa de responder à chamada, não abrindo os olhos, não se mexendo e não falando
• Estas duas últimas situações ocorrem nos casos mais graves.
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O QUE FAZER:
• – Se a vítima estiver consciente e falar bem consigo, sente-a e dê-lhe a beber água em pequenos goles,
de forma compassada, mas repetida e persistente.
• – Em caso de vómitos e/ou diarreia, existem preparados hidratantes que poderá obter numa farmácia;
• – Não lhe dê nada para comer, porque poderá desidratar ainda mais a vítima.
• – Aconselhe a vítima a descansar num local abrigado do calor. Ela deverá começar a melhorar, mas se
isso não acontecer procure apoio médico.
• Atenção:
• – Nunca dê nada a beber a uma vítima inconsciente, porque ela poderá engasgar-se e sufocar;
• – Não coloque sal na água que oferecer à vítima
• – Se a vítima ficar inconsciente ou tiver alguma convulsão ligue de imediato 112.
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O QUE CAUSAADESIDRATAÇÃO?
• A pessoa fica desidratada quando perde líquido e não repõe uma quantidade suficiente.
• Causas comuns de perda de líquido:
• Vômitos
• Diarreia
• Urinar em excesso por causa de um problema de saúde, como diabetes
• Tomar medicamentos que fazem com que a pessoa urine mais (diuréticos)
• Transpirar em excesso, sobretudo durante ondas de calor fortes ou se a pessoa estiver trabalhando ou se exercitando em
clima quente
• Geralmente, se a pessoa perde líquido, ela apenas bebe mais para repô-lo. Porém, às vezes, a pessoa não consegue beber uma
quantidade suficiente de líquido.
• Razões comuns que fazem com que a pessoa não consiga beber uma quantidade suficiente de líquido:
• Não há nenhuma água por perto, como no deserto
• Ela não consegue comunicar o fato de que está com sede, como bebês ou idosos que estão confusos ou tiveram um acidente
vascular cerebral
• Ela não consegue buscar água por conta própria, como pessoas que não conseguem sair da cama porque estão doentes
• A pessoa está vomitando imenso
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QUAIS SÃO OS SINTOMAS DADESIDRATAÇÃO?
• Sintomas da desidratação leve a moderada:
• Sentir muita sede
• Ter boca seca
• Urinar menos
• Sintomas de desidratação grave:
• Tontura ou sensação de desmaio iminente, sobretudo quando a pessoa se levanta
• Choque (uma queda perigosa da pressão arterial) e danos graves aos órgãos, como aos rins, fígado e cérebro
• Confusão
• Desmaio
• Por fim, morte
• Conforme a pessoa perde água, o sangue se torna mais concentrado e passa a ter uma quantidade maior de eletrólitos (por
exemplo, sódio).
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• Para desidratação leve:
• Beber água pode ser suficiente
• Às vezes, sobretudo em crianças, o médico administra uma mistura especial de água, glicose e minerais
denominada solução de reidratação oral
• As bebidas esportivas (bebidas isotônicas) não são prejudiciais, mas não são o melhor tipo de líquido para
tratar a desidratação. Elas têm açúcar em excesso e não têm o equilíbrio correto de eletrólitos.
• Para desidratação moderada ou grave:
• O médico administra à pessoa uma solução de reidratação oral
• Se a pessoa não conseguir beber o suficiente ou estiver gravemente desidratada, os eletrólitos e líquidos
serão administrados por via intravenosa
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COMO É POSSÍVELPREVENIRADESIDRATAÇÃO?
• Em dias quentes e antes, durante e depois de praticar exercícios pesados, beber bastante
líquido, tanto água como bebidas esportivas
• Ficar de olho em pessoas idosas em clima quente, especialmente se elas vivem
sozinhas, e dar água para elas beberem ou garantir que elas conseguem obtê-la quando
precisam
• Antigamente, as pessoas acreditavam que tomar cápsulas de sal ajudava. Porém, as
cápsulas de sal não são necessárias e podem ser prejudiciais.
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40. A Hidratação
Conceito
A água é o principal constituinte do organismo e é essencial para a vida. Como diz umantigo provérbio «um Homem
pode viver 3 semanas sem comer, 3 dias sem beber e apenas 3 minutos sem ar».
Hidratação essencialmente é a reposição de água no organismo, mantendo a sua composição corporal. A hidratação
pode ser realizada por via oral ou intravenosa.
Num ser humano adulto o total de água corporal é de 52 a 66% do peso do corpo, dependendo de vários fatores, como
da idade, do sexo e da quantidade de gordura corporal. Por exemplo, um homem médio de 70 kg e 45 anos contém
cerca de 42 litros (60%) de água no organismo.
A água tem funções essenciais no organismo:
Meio onde se dão todas as reações do organismo, como por exemplo a digestão;
Transporta os nutrientes e os produtos resultantes do metabolismo;
Regula a temperatura corporal;
Interfere no funcionamento de todos os sistemas e órgãos.
Uma desidratação continuada, ainda que leve, tem efeitos a longo prazo, nomeadamente a nível cardíaco, renal,
respiratório e digestivo.
Na nova Roda dos Alimentos a água também está representada. Está localizada
ao centro uma vez que é essencial para a vida e faz parte de quase todos os
alimentos.
41. A importância da hidratação
A ingestão de líquidos é muito importante para a saúde mesmo quando não se realiza exercício. As perdas diárias de
água não se resumem apenas a perdas pela urina.
Estamos continuamente a perder a água do organismo (através da respiração e do suor), o que vem reforçar a
necessidade de uma hidratação correta.
Em condições normais a ingestão de líquidos deve compensar as perdas para o corpo manter o equilíbrio hídrico e
desta forma não desidratar.
O equilíbrio entre a ingestão e a perda de líquidos é fundamental para não colocar a saúde em risco. A regulação do
balanço hídrico depende de mecanismos hipotalâmicos de controlo de sede, da harmonia antidiurética, da capacidade
em reter ou excretar água da função renal e das perdas por respiração e transpiração.
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Efeitos da desidratação na saúde
A desidratação resulta da eliminação de água e sais minerais do organismo e acontece quando o balanço hídrico é negativo, quando as
perdas de água não são repostas. Pode dizer-se que existe uma tendência natural para a desidratação na medida em que os rins têm que,
continuamente e mesmo numa pessoa desidratada, excretar uma quantidade mínima de urina (idealmente cerca de 100 ml /hora), de
modo a haver eliminação das substâncias tóxicas do organismo. Por outro lado, estamos continuamente a libertar água pela pele e pela
respiração.
Uma desidratação continuada tem efeitos no organismo, a médio e a longo prazo , nomeadamente:
No sistema renal
Uma desidratação leve constante e o aumento consequente da concentração do líquido extracelular leva ao aumento da secreção de
vasopressina, levando ao processo de concentração de urina. Este efeito vai induzir alterações morfológicas e funcionais no rim,
nomeadamente na taxa de filtração glomerular, podendo funcionar como fator de risco para insuficiência renal crónica e nefropatia
diabética.
Infeções do trato urinário – a possibilidade de infeção do trato urinário não é dependente do estado de hidratação, embora, em caso de
infeção, seja muito importante para melhorar os resultados da terapia anti microbiana, uma vez que a diurese diminui o volume
bacteriano por eliminação.
Urolitíase – um volume de urina baixo é um importante fator de risco para a formação de cálculos nos rins; o aumento do volume e
consequente diluição da urina tem um efeito protetor da cristalização de sais.
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No sistema digestivo:
Secreção salivar – a desidratação provoca uma diminuição da secreção salivar. Sabe-se que existe uma relação entre a
desidratação e o fluxo salivar, muito importante para neutralizar os ácidos da placa bacteriana. Não existe, no entanto,
uma relação direta entre a desidratação e as doenças dos dentes, como cárie e erosão dentárias.
Obstipação – a ingestão inadequada de líquidos é uma das causas importantes de obstipação, especialmente em
crianças. Embora em pessoas hidratadas o aumento da ingestão de líquidos não altere o volume fecal, em pessoas
desidratadas e obstipadas, esse aumento vai melhorar substancialmente a consistência das fezes.
No sistema respiratório:
Doenças bronco-pulmonares – embora se aconselhe frequentemente uma ingestão elevada de líquidos em doentes
com bronquite crónica e asma, são necessários mais estudos para se esclarecer o papel da desidratação nestas doenças.
No sistema circulatório:
Doença coronária – alguns autores descrevem uma associação inversa entre o consumo de água e o risco de doença
coronária.
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NACOGNIÇÃO:
• Vários trabalhos que testaram sujeitos em estado de desidratação ligeira,observaram alterações de funções
cognitivas como diminuição da capacidade de atenção, concentração e memória,comprometendo em alguns casos,
a tomada de decisão e a eficácia da resolução de problemas de aritmética.
• As crianças e os adolescentes parecem estar particularmente sujeitos a risco de comprometimento da função
cognitiva devido a insuficiente hidratação.
• Sintomas da desidratação:
• Cãibras;
• Fadiga;
• Hipertensão Arterial;
• Vertigens e tonturas;
• Náuseas e vómitos;
• Alterações visuais e auditivas
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AS RESTRIÇÕES HÍDRICAS
• A avaliação do estado de hidratação pode ser realizada por testes laboratoriais, por medições
objetivas não invasivas e por observações subjetivas. Os marcadores do estado de hidratação mais
frequentemente descritos são os indicadores sanguíneos, os indicadores urinários e a análise da
impedância Bioelétrica.
• A restrição hídrica é um fator importante no controlo da tensão arterial, e por isso na prevenção de
doenças cardiovasculares. A ingestão excessiva de líquido, com consequente ganho excessivo de peso
entre diálises, aumenta o risco de edema agudo do pulmão.
• A necessidade de remoção de líquido em excesso durante a sessão de Hemodiálise , pode causar
rápida redução do volume sanguíneo e provocar hipotensão, angina arritmias e cãibras musculares,
uma vez que a taxa de ultrafiltração é aumentada e a velocidade de reposição plasmática não
acompanha a velocidade de remoção de líquido na diálise.
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• GABA: Recetor do Ácido Gama Aminobutírico
• REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Mota-Pinto, A. in Fisiopatologia - Fundamentos e Aplicações 65–77 (Lidel, Edições Técnicas,
2013).
• Conti, F. Termoregolazione in Fisiologia Medica (Ermes, 2005).
• Rui Gradiz; Anabela M. Pinto. in Fisiopatologia - Fundamentos e Aplicações 233–242 (Lidel,
Edições Técnicas, 2013).
• Cross, J. H. Fever and fever-related epilepsies. Epilepsia 53, 3–8 (2012).
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