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ISSN 2176-1396
JUNG E A EDUCAÇÃO PARA A PERSONALIDADE
Albertina Laufer1
- FACELPR
Eixo – Psicologia da Educação
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
Este artigo busca refletir sobre a educação para a personalidade, assim como concebida por
Jung (1875-1961). Toma-se por base a obra O Desenvolvimento da Personalidade, onde o
autor apresenta as três formas de educar: educação pelo exemplo, quando acontece
espontaneamente e de modo inconsciente; educação coletiva, aquela que se desenvolve por
meio de regras, princípios e métodos e a educação individual, quando se concentra na índole
específica de cada indivíduo. Portanto, ao ingressar na escola, a criança necessita desligar-se
da família para poder desenvolver sua personalidade, realidade esta que vem considerada
como um segundo nascimento, ou seja, um rompimento simbólico do cordão umbilical, ou
ainda, uma diferenciação gradual que a torna consciente de si. A partir desse pressuposto, a
escola se constitui num meio eficaz quando auxilia a criança de modo apropriado, e também
por ser o primeiro ambiente encontrado por ela fora da família de origem. Neste sentido, o
professor não pode resumir-se a um mero transmissor de conceitos, mas necessita atuar como
mediador da evolução psíquica da criança. Cabe a ele o contínuo exercício da percepção para
poder tocar o íntimo daqueles a quem educa, pois só assim os seus ensinamentos se tornarão
em substância vital para a alma de todos. Para o autor, somente educa para a personalidade,
quem supostamente tenha se tornado personalidade, ou seja, quem segue em fidelidade à
própria lei, denominada por ele de designação e considerada um privilégio que é possível a
todos. Assim, o que ocorre é que, em grande parte, pelo não desenvolvimento da
personalidade, a voz interior torna-se imprecisa e inconsciente, podendo confundir-se com a
voz do grupo e com as suas convenções, passando, em seguida, a ser substituída por elas.
Palavras-chave: Jung. Psicologia Analítica. Educação. Personalidade.
Introdução
A educação é um direito de todos garantido pela lei e deve ser direcionada para o
desenvolvimento humano em sua globalidade. A este respeito muito se tem discorrido. No
entanto, o fato é que a proposta educativa parece ainda não ter alcançado os objetivos para os
1
Mestre em Teologia - PUC/PR; Pós-graduada em Counseling e Psicologia Analítica. Graduada em Letras.
Graduanda em Psicologia - FACEL/PR. Pedagoga. Escritora e poeta. Email: albertinalaufer@gmail.com
13303
quais está pautada. Por este motivo, este artigo, visa aprofundar o questionamento quanto às
formas de educação para a personalidade propostas por Carl Gustav Jung, bem como perceber
o papel do professor em relação a essas mesmas formas e, consequentemente, aprofundar
sobre a função da escola em relação ao desligamento familiar da criança. Desse modo,
pretende-se evidenciar que Jung apresenta a educação para a personalidade por meio de três
formas: educação pelo exemplo, educação coletiva/consciente e educação individual. Neste
contexto, o professor e a família são de fundamental importância para o desenvolvimento de
todo o processo.
Diante do exposto, percebe-se que Jung não se voltou para a educação,
especificamente, no sentido de método educativo, mas enquanto um processo terapêutico e
um modo de educar para a personalidade. Sabe-se também que, além de abordar o
funcionamento psíquico do adulto e as questões relativas à individuação, sua abordagem foi
bem mais extensa, pois oferece alguns fundamentos teóricos que vieram contribuir para as
áreas do conhecimento, como por exemplo, as considerações sobre a importância da sua
Psicologia para a educação.
Portanto, considerando as conferências realizadas nos anos de 1923, 1925 e 1932, em
Territet – Montreux, Heidelberg e Viena, respectivamente, Jung (2006) discorre sobre a
relevância da Psicologia para a Educação, bem como, sobre a importância do inconsciente
para a educação individual e da personalidade, trabalhos estes que oferecem alguns
fundamentos da sua compreensão sobre as formas de se educar. Ao mesmo tempo, ressalta a
que “não é possível descrever com umas poucas teses sobrecarregadas de conteúdo” (2006, p.
53), uma área da experiência humana de tamanha abrangência, num curto espaço de tempo.
Por acreditar que as crianças necessitam de uma realidade educativa particular e
propícia ao pleno desenvolvimento, Jung se propôs a transmitir uma compreensão das leis
gerais que orientam o seu desenvolvimento psíquico e com isso concebe a educação como
auxiliar no processo de desenvolvimento da consciência. No seu entendimento, o primeiro
ambiente a ser encontrado pela criança, fora da família, será a escola e esta desempenha um
papel importante na sua estruturação psíquica. Para ele, esta elaboração vem intermediada
pelo inconsciente dos pais, numa crescente relação de interdependência, caso o processo
educativo seja eficaz.
Sobre a pessoa do professor, Jung evidencia que é muito importante que esteja
consciente de seu papel, pois “o conhecimento psíquico mais aprofundado, por parte do
13304
professor, não deveria jamais ser descarregado diretamente sobre o aluno [...]. Tal
conhecimento deve em primeiro lugar ajudar o professor a conseguir uma atitude mais
compreensiva em relação à vida psíquica da criança” (2006, p. 54). Portanto, uma vez que as
crianças necessitam de coisas mais elementares, o conhecimento mais aprofundado deveria
ser reservado para a fase adulta.
Jung e as três modalidades de educação
Quando se fala em Educação, constantemente remete-se para a Pedagogia e com isso
dá-se, na maioria das vezes, a referência à sua acepção puramente pedagógica, ou seja, sua
aplicação caracterizada pelos métodos e competências necessárias à transmissão de
conhecimentos. Para Jung a educação compõe uma dinâmica bem mais abrangente, motivo
pelo qual ele apresenta três modos pelos quais se deve educar.
A educação pelo exemplo: Saiani (2000) ressalta o fato de uma mãe ensinando o seu
bebê a bater palmas. Ali, o bebê adquire condições de selecionar características da mãe,
passando a coordenar seus próprios movimentos. No entanto, ele é “capaz de não considerar
características irrelevantes da demonstração da mãe (um piscar de olhos, por exemplo) para
executar os movimentos exibidos” (SAIANI, 2000, p. 13). Porém, a criança neste momento já
é um germe em relação á capacidade de abstração e de seleção, no sentido de selecionar o que
é essencial nas ações por ela observadas. De acordo com o seu amadurecimento, essa
capacidade de imitação, seja de um colega ou de um instrutor, desempenha importante papel
na aquisição das habilidades. Além do mais, o processo de imitação faz com que a criança na
condição de aprendiz, centre sua atenção não só no processo original observado, mas também
em todas as tentativas de reprodução a que está sujeita.
Portanto, quando Jung se refere a esse processo, afirma que é a forma de educação que
“ocorre espontaneamente e de forma inconsciente” (2006, p. 155) e confere a ela grande
importância, uma vez que se trata de um método sempre eficiente, ainda que um dos outros
venha a falhar porque este “se fundamenta em uma das partes primitivas da psique” (2006, p.
155). Por outro lado, um mau exemplo pode negligenciar ou, até mesmo, anular este método.
Alega ainda ser esta a “forma mais antiga e talvez a mais eficaz de toda e qualquer educação”
(2006, p. 155), constituindo-se, assim, em uma forma natural de se educar.
Na concepção do autor, isso ocorre porque a criança identifica-se, do ponto de vista
psicológico, mais ou menos com seus pais. É sobre esse “fato de identidade psíquica” (JUNG,
13305
2006, p. 155), que se procede toda e qualquer educação e a sua eficácia dar-se-á a partir desta
espécie de contágio que ocorre quase que de forma automática. Esta realidade é tão
importante que até mesmo o melhor método educacional consciente perderia o seu efeito, em
decorrência do mau exemplo dado por parte de quem educa, o que seria capaz de anular o
melhor método educacional consciente (cf. SAIANI, 2000, p. 13).
Para Jung, “o bom exemplo é o melhor método de ensino. Por mais perfeito que seja
um bom método, de nada adiantará, se a pessoa que o executa não se encontrar acima dele em
virtude do valor de sua personalidade” (JUNG, 2006, p. 60). Neste sentido, ele compreende
que o êxito da educação não depende tanto do método, porque o mais importante não é
preencher a cabeça ou a criança com informações, mas contribuir para que estas possam se
tornar adultas de verdade. Por esse motivo, o que importa não é o grau de saber com que um
educando sai da escola, mas o quanto ela conseguiu ser a ponte de auxilio, a fim de que quem
ali entre, possa sair consciente de si própria, sem identificação psíquica com a família.
A educação coletiva consciente: é a que acontece por meio da inserção de “regras,
princípios e métodos” (JUNG, 2006, p. 155). São três pontos considerados, essencialmente de
natureza coletiva e por isso servem para a maioria dos indivíduos. Pode-se aqui incorrer numa
uniformização excessiva, de modo que o indivíduo seja capaz de responder com certa
perfeição às normas e aos processos coletivos, segundo os quais já foi educado. No entanto,
demonstrará “insegurança quando se tratar de tomar uma decisão individual, uma vez que lhe
faltem regras conhecidas” (SAIANI, 2000, p. 15).
É também, uma forma de educação necessária, mas dela não se pode esperar nada
além daquilo a que está destinada: educar ou formar os indivíduos conforme as regras,
princípios e métodos gerais. A esse respeito Jung afirma que a partir do momento em que a
“índole individual do educando cede à natureza coletiva” (JUNG, 2006, p. 156), do processo
educacional, “surge naturalmente um tipo semelhante ao de outro indivíduo, dotado
originalmente de outra índole, mas que tem a mesma tendência a ceder (JUNG, 2006, p. 156),
o que pode gerar a uniformidade correspondente ao método empregado.
Para o autor, a educação coletiva é indispensável e não deve ser trocada por nenhuma
outra forma. É indispensável porque o indivíduo vive na coletividade humana para a qual se
fazem necessárias as normas coletivas. Por essa razão, não se deve negligenciar esse princípio
educativo, em detrimento do desenvolvimento da índole individual. Faz-se necessária certa
ponderação, pois quando se evidencia exacerbadamente uma qualidade individual, incorre-se
13306
em prejuízo para as outras. Jung ressalta que as crianças que se opõem à educação coletiva,
geralmente são crianças portadoras de certas anormalidades psíquicas, podendo ser elas inatas
ou adquiridas, dentre as quais ele inclui as mimadas ou estragadas por seus pais. Para ele,
“mais de um educando desse tipo encontrará sua cura com o apoio de uma coletividade
normal, ao conseguir certa uniformidade que o projeta contra sua índole individual que o
prejudica” (JUNG, 2006, p. 157). Portanto, percebe-se que não só considera imprescindível,
mas afirma que, apesar de parecer suficiente para muitos, não deve ser considerada completa
como tal, uma vez que não o é para grande parte das crianças.
A educação individual: Aqui devem passar para o segundo plano, todas as regras,
princípios e modelos coletivos, pois ela consiste em desenvolver sempre mais “a índole
específica do indivíduo” (JUNG, 2006, p. 157). É o oposto da educação coletiva que é dada a
todas as crianças num mesmo nível e que visa criar uma uniformidade. É direcionada para as
crianças que apresentam resistências significativas à educação coletiva e que por isso devem
receber tratamento individual. Dizendo isso ele aponta para o fato de como os programas
educativos podem pecar contra a singularidade psíquica de alguns educandos. Estes podem
ser completamente inúteis para alguns casos de singularidade psíquica que requerem
tratamento individualizado. Em relação a isso afirma: “acontece com relativa freqüência que
não são apenas determinadas regras pedagógicas que encontram resistência, mas toda a ação
educativa” (JUNG, 2006, p. 158).
Parece existir a possibilidade de que Jung esteja sendo influenciado pela sua passagem
escolar (JUNG, 1975), uma vez que relata experiências análogas em relação à matemática.
Porém, se pode considerar que todas as formas de educação exercem funções
complementares, embora seja necessário no decorrer da vida, romper com alguns dos
paradigmas estabelecidos. Por outro lado, afirma Saiani: “no atual contexto de globalização, a
sociedade não exige autômatos, mas seres dotados de poder de decisão e iniciativa” (SAIANI,
2000, p. 17). Assim sendo, a atuação do professor consiste em ser capaz de sintetizar estas
duas formas de se educar. Caso contrário, em nada auxiliará no desenvolvimento do indivíduo
e, tampouco, da sociedade como um todo.
O papel da escola no desligamento do aluno em relação à família
Sabemos que Jung não era favorável ao fato de se considerar o inconsciente das
crianças, uma vez que estas ainda estão ligadas ao inconsciente original. Neste sentido, ele,
13307
apresenta ser fundamental para elas, nesta fase, a adaptação ao ambiente. Em relação a esta
afirmativa a sua posição é decisiva: “devemos precaver-nos contra a posição de que as
crianças têm a mesma vida psíquica que os adultos. A criança não pode ser tratada como um
adulto” (JUNG, 2006, p. 124-125).
Na sua visão, o próprio professor necessita de alguns conhecimentos sobre a
psicologia, fato este que servirá mais para sua própria formação. Diz ele que, ao lidar com
uma criança difícil, vale mais “a simplicidade e o bom senso” (JUNG, 2006, p. 158). Assim,
“é fato notório que as crianças têm um instinto seguro para perceber as incapacidades pessoais
do educador” (JUNG, 2006, p. 125) e descobre quanto se está sendo verdadeiro ou não. E
continua:
O pedagogo precisa, por isso, dar atenção especial ao seu próprio estado psíquico, a
fim de estar apto a perceber seu erro, quando houver qualquer fracasso com as
crianças que lhe são confiadas. Ele mesmo pode muitas vezes ser a causa
inconsciente do mal. Naturalmente também não convém ser simplório nestas coisas
(JUNG, 2006, p. 125).
Portanto, Jung não se posiciona apoiando uma educação que concebe o professor
como mero transmissor de conhecimento, mas como mediador da evolução psíquica da
criança, pois “a criança se desenvolve a partir de um estado inicial inconsciente e semelhante
ao do animal até atingir a consciência primitiva e, a seguir, gradativamente, a consciência
civilizada” (JUNG, 2006, p. 105). Vivendo no estado de “participation mystique” com os
pais, estado este de completa indiferenciação. Quanto a isso, Saiane observa que é
fundamental que aos poucos ela vá libertando-se da atmosfera psíquica criada pelos pais (cf.
2000, p. 18). Para Jung, a “ligação muito forte aos pais constitui impedimento direto para a
acomodação futura ao mundo. O adolescente está destinado para o mundo e não para
continuar a ser para sempre filho de seus pais” (JUNG, 2006, p. 59).
Ao evidenciar o necessário desligamento do aluno em relação à família, Jung estaria se
referindo a algo que se poderia comparar a um segundo nascimento, “a um rompimento de um
cordão umbilical simbólico, sem o qual não seria possível a produção de cultura” (SAIANI,
2000, p. 19). Percebe-se que aqui, Jung não esteja se referindo a uma pessoa, mas a um
princípio
que pode, em determinada fase da vida do indivíduo, se encarnar na mãe pessoal,
mas também em outras instâncias, todas elas ligadas ao mundo dos instintos, à
nutrição, à proteção, à simbiose e, mesmo, á fusão do indivíduo com um todo maior,
com a conseqüente anulação do ego. Por outro lado, o arquétipo paterno está ligado
à disciplina, à criação de hábitos (SAIANI, 2000, p. 21).
13308
É sempre voltado para este sentido, que se evidencia a função da escola, enquanto
instituição educativa, na sua contribuição para a diferenciação do ego na criança e assim
formá-lo enquanto indivíduo consciente e na luta pela independência, “a escola desempenha
um papel muito importante por ser o primeiro ambiente que a criança encontra fora da
família. Os companheiros substituem os irmãos, o professor, o pai e a professora, a mãe”
(JUNG, 2006, p. 59). Jung ainda considera que, caso se deixasse as crianças entregues a elas
mesmas continuariam na sua inconsciência em grau mais elevado.
Seria um estado primitivo o que significa que, quando chegassem á idade adulta, não
passariam de primitivos, apesar de toda a experiência natural de que dispõem;
seriam apenas selvagens, como qualquer membro de uma tribo inteligente de negros
ou de índios. De maneira nenhuma seriam meros bobos, mas apenas inteligentes por
instinto; seriam ignorantes e, por isso, inconscientes quanto a si e quanto ao mundo.
Começariam sua vida no estado de cultura consideravelmente inferior e em muito
pouca coisa se distinguiriam das raças primitivas (JUNG, 2006, p. 56).
Enfatiza também que a possibilidade do retrocesso a uma fase primitiva, baseia-se na
lei biogenética que é percebida não apenas quanto ao desenvolvimento do corpo, mas também
da alma. Segundo ela, o homem percorre até certo grau um estado embrionário de formas
anatômicas do seu passado longínquo. Esta mesma lei acontece quanto ao desenvolvimento
psíquico, pois a criança se desenvolve “a partir de um estado inicial inconsciente e semelhante
ao do animal, até atingir a consciência: primeiro a consciência primitiva e, a seguir,
gradativamente, a consciência civilizada” (JUNG, 2006, p. 57). Para Jung, da mesma forma
com que a criança na fase embrionária é parte do corpo materno do qual é completamente
dependente, do mesmo modo ocorre com a psique da primeira infância que, até certo ponto, é
parte da psique materna e logo depois, da paterna, em consequência da atuação comum dos
pais (cf. 2006, p. 57). Deste estado de perturbações na esfera psíquica dos pais, provêm
também as perturbações nervosas e psíquicas infantis, tão comuns na idade escolar e para
além dela. Do mesmo modo, as dificuldades no relacionamento dos pais entre si também se
refletem infalivelmente na psique da criança, podendo produzir as perturbações doentias nas
mais variadas formas.
A função do professor
Embora Jung apresente as três formas de educar, tem ainda certa restrição em relação
ao uso da Psicologia Analítica, por parte do professor, afirmando que ela não deve ser
utilizada por divertimento. Diz ser desejável que o professor tenha conhecimento, mas não no
13309
sentido de aplicar na educação das crianças, mas é ser de grande valia para a educação do
professor, pois a sua boa educação reverterá indiretamente em benefício das crianças. O que
atua não é o que o educador ensina mediante palavras, mas o que ele verdadeiramente é. Por
esse motivo, deve ter sido educado anteriormente para poder educar. Neste sentido, o
professor não pode resumir-se num mero transmissor de certos conceitos. Sua tarefa vai além
de “meter na cabeça das crianças certa quantidade de ensinamentos, mas consiste em influir
sobre as crianças, em favor de sua personalidade total. Esta atuação, no mínimo é importante,
pelos menos em certos casos” (JUNG, 2006, p. 59). Com isso se requer do educador um
compromisso que se estende para além da técnica ou do método.
O êxito do ensino não depende do método. De acordo com a verdadeira finalidade
da escola, o mais importante não é abarrotar de conhecimentos, mas sim contribuir
para que elas se tornem adultos de verdade. O que importa não é o grau de saber
com que a criança termina a escola, mas se a escola conseguiu libertar ou não o
jovem ser humano de sua identidade com a família e torná-lo consciente de si
próprio. Sem esta consciência de si mesmo, a pessoa jamais saberá o que deseja de
verdade e continuará sempre na dependência da família e apenas procurará imitar os
outros experimentando o sentimento de estar sendo desconhecida e oprimida pelos
outros (JUNG, 2006, p. 60).
Embora Jung considere imprescindível a educação dos adultos, afirma que ninguém,
ao deixar um curso superior, está com a sua educação concluída. Além do que, recomenda
que o autoconhecimento e a continuidade no aprendizado, devem ser como que uma segunda
natureza na vida do educador. “O educador não pode contentar-se em ser o portador da
cultura de modo passivo, mas deve também desenvolver ativamente a cultura, e isso por meio
de si próprio” (JUNG, 2006, p. 62). Entretanto, a “sua cultura não deve estacionar, pois, de
outro modo, começará a corrigir nas crianças os defeitos que não corrigiu em si próprio”
(JUNG, 2006, p. 62).
Enquanto personalidade, o professor não pode atuar de modo a subjugar o aluno.
Também não pode eximir-se da autoridade que lhe compete, pois “tal atitude não pode ser
obtida artificialmente” (JUNG, 2006, p. 60). Faz-se necessário que seja uma pessoa de certo
modo sadia, pois para Jung, “o bom exemplo é o melhor método de ensino. Por mais perfeito
que seja o método, de nada adianta se a pessoa que o executa não estiver acima dele em
virtude do valor de sua personalidade” (JUNG, 2006, p. 60). Neste sentido, “desde que o
relacionamento pessoal entre a criança e o professor seja bom, pouca importância terá se o
método didático corresponde ou não às exigências mais modernas. O êxito do ensino não
depende do método” (JUNG, 2006, p. 60).
13310
Quanto ao emprego prático da Psicologia Analítica, Jung considera que não deve ser
empregada pelo professor. Porém, afirma ser bom que o professor a conheça para fins de sua
própria educação. “A educação do próprio professor, porém, reverterá indiretamente em
benefício das crianças” (JUNG, 2006, p. 61). Sobre este fato ele assim se manifesta:
ninguém, absolutamente ninguém, esta com a sua educação terminada ao deixar a
escola, ainda que conclua o curso superior [...]. Cabe única e exclusivamente à falta
de educação dos adultos a culpa de tantos casamentos desajustados e infelizes, assim
como inúmeras decepções na vida profissional; todos esses adultos vivem muitas
vezes na mais completa ignorância das coisas principais da vida. (JUNG, 2006, p.
61).
Afirma ainda que nem sempre o educador é o único a educar os outros, nem tampouco
entende que a criança seja a única a ser educada. Ocorre, portanto, que o educador também é
um ser humano que está sempre sujeito a erros e a criança educada por ele passa a repeti-los.
Poe esse motivo, acredita ser oportuno que o professor tenha sempre a maior clareza de seus
pontos de vista, bem como das suas próprias falhas. Para ele, “exatamente o que a pessoa é,
na realidade, tal será o aspecto da verdade que acabará apresentando e tal será, igualmente, o
efeito dominante que produz” (JUNG, 2006, p. 126). “O próprio educador deve ter sido
educado antes e ter experimentado em si mesmo se são eficientes ou não as verdades
psicológicas que aprendeu em sua escola” (JUNG, 2006, p. 138), pois na medida em que ele
persistir nesse esforço dotado de inteligência e paciência é provável que não seja um mau
educador.
A educação para a personalidade
Quando Jung pensa a educação para a personalidade, está se referindo a uma
concepção mais ampliada de educação, haja vista as considerações feitas a respeito de uma
pedagogia social dos arquétipos. Tal pedagogia tem como função educar uma sociedade pelas
visões de mundo e pelas ideias que vão sendo veiculadas através dos mitos, das ideologias,
das utopias, das ciências das religiões e da literatura. Assim sendo, tornam possível integrar e
educar os indivíduos, os grupos e as sociedades (TEIXEIRA, Vol 8, p. 18). É dessa forma
que se percebe o referencial pedagógico de Jung nas suas conferências. Ele não constituiu
métodos educativos. Sendo muito mais do que lições pedagógicas, são um profundo
conhecimento do ser humano e da sua dinâmica interna (psique individual) e externa (psique
coletiva), e por isso, capazes de traçar o destino individual e coletivo do indivíduo.
13311
Outro aspecto é o valor que Jung atribui aos processos de simbolização que são de
interesse, particularmente na proposta de conexão entre psicologia e religião (Jung, 1999)2
.
Na sua concepção, a psique cria por meio de símbolos e estas são formas básicas que tornam
possível ao homem organizar suas experiências e ações. Estes processos permitem-lhe
assumir sua humanidade por meio dos elementos inconscientes e responsáveis pela ação e
adaptação do indivíduo no mundo.
É impossível conceber a educação como o ideal pedagógico de Jung sem pensar no
desenvolvimento da personalidade. Por personalidade Jung entende o “desenvolvimento da
totalidade do ser humano” (JUNG, 2006, p. 173). Educar para a personalidade tornou-se,
hoje, um ideal pedagógico por excelência, na medida em que é um processo gradual de
realizar as potencialidades inatas através de um descobrir-se aos poucos, por um desvelar-se
em conhecimento pleno. Esse ideal se “contrapõe ao homem coletivizado ou normal” (JUNG,
2006, p. 173), o que difere de uma educação autômata, cuja ênfase se dá mais na repetição de
comportamentos e/ou conhecimentos, sem apontar para a construção destes. Para Jung, quem
educa deve estar primeiramente educado, fato que livraria as crianças de serem educadas por
pais incompetentes, que permanecem a vida inteira, “meio ou totalmente crianças”. (JUNG,
2006, p. 174). Jung diz que os educadores foram educados, mas afirma que não se pode dizer
que todos eles sejam personalidades, uma vez que tiveram a mesma educação defeituosa que
as crianças a quem estão incumbidos de educar. Afirma, entretanto, que a educação possui
uma orientação falha, que vê apenas a criança que deve ser educada, sem levar em
consideração a carência em relação à educação do educador adulto.
Compreende-se, dessa forma, que a educação para a personalidade, assim como
proposta por Jung, é um ideal difícil de ser atingido e não conveniente de ser aplicado
integralmente às crianças, pelo fato de se compreender a personalidade como a “totalidade
psíquica, dotada de decisão, resistência e força” (JUNG, 2006, p. 175). É um ideal a se
esperar de uma pessoa adulta que, muitas vezes, de forma errônea se atribui à infância.
“Certamente que na criança já existe o germe da personalidade, mas esta se desenvolve
paulatinamente por meio e no decurso da vida e requer para tanto determinação, inteireza e
maturidade” (JUNG, 2006, p. 176). Tais qualidades não são próprias da criança, caso fossem
ela perderia a infantilidade que lhe é própria.
2
JUNG, Carl Gustav. Psicologia e Religião. 6 ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
13312
Só educa para a personalidade, quem supostamente tenha personalidade e só o adulto é
capaz de atingi-la pelo esforço consciente dispensado em direção à vida orientada para este
fim, pois assim como concebida por Jung, personalidade,
é a realização máxima da índole inata e específica de um ser vivo em particular.
Personalidade é a obra a que se chega pela máxima coragem de viver, pela
afirmação absoluta do ser individual, e pela adaptação, a mais perfeita possível, a
tudo que existe de universal, e tudo isto aliado à máxima liberdade de decisão
própria. (JUNG, 2006, p. 177).
Jung afirma também que ninguém desenvolve sua personalidade, somente porque
alguém tenha lhe dito que deveria ser assim (cf. JUNG, 2006, p. 178). Para tanto, o indivíduo
precisa sentir a premente necessidade, que, na maioria das vezes vem motivada por
acontecimentos sejam eles internos ou externos. Vale dizer também aqui a frase de Jesus
“Muitos são os chamados e poucos os escolhidos” (Mt 22,1ss.). Desenvolver completamente
a personalidade é um carisma e ao mesmo tempo uma maldição. Requer, inevitavelmente, de
forma consciente a separação da grande massa inconsciente e a direção rumo a certo
isolamento. Ele é o preço a ser pago pela felicidade do desenvolvimento da personalidade.
O desenvolvimento da personalidade requer ainda a “fidelidade à própria lei” (JUNG,
2006, p. 179). Para tanto, é indispensável a confiança nesta mesma lei, comparada àquela que
uma pessoa religiosa tem para com o seu Deus. Para Jung, a personalidade só se desenvolve
se a pessoa escolher o seu próprio caminho que, para ela, é o melhor dentre todos os outros.
Percorrendo o caminho das convenções, deixa de desenvolver a si mesmas, seguem um
método coletivo em detrimento da totalidade que lhe é própria.
Na história da humanidade sempre se tem falado em grandes personalidades que se
diferenciaram e cuja luta foi no sentido de destacarem-se da grande massa. A esta força que
impulsiona alguém a seguir com decisão e vontade o seu próprio caminho, Jung denomina de
designação. Ela age no indivíduo “como se fosse uma lei de Deus, da qual não é possível
esquivar-se” (JUNG, 2006, p. 180). Parece ser um fator irracional, denominada por alguns de
voz interna, por outros age como força ou o chamado que impele a emancipar-se,
supostamente viver designado.
Portanto, somente se torna personalidade, quem é capaz de dizer um sim sempre mais
consciente ao poder de sua voz interior, permitindo ser guiado por ela. Quem, de antemão, se
torna infiel ou sucumbe diante dos seus apelos, entregando-se ao desenrolar cego dos
acontecimentos, deixa de tornar-se personalidade e perde o sentido de sua própria vida. Mas
quem decide lançar-se no aprofundamento da sua designação, este sim se torna personalidade.
13313
Afinal de contas, relata Jung, “também o herói, o líder, o salvador, é certamente aquele que
descobre um caminho novo para chegar ao que é mais alto e mais seguro” (2006, p. 192).
E continua dizendo que “o caminho por descobrir é como algo psiquicamente vivo
que a filosofia clássica chinesa denomina Tao” (JUNG, 2006, p. 192) e quem vive por ele
direcionado, se torna como um rio que flui na direção da meta. Para Jung esta é uma realidade
que “adquire o significado de perfeição, totalidade, desígnio cumprido, começo e fim”
(JUNG, 2006, p. 192), ou seja, a plena realização do sentido inato da própria existência.
Considerações Finais
Quando se trata da educação, nota-se que, cada vez mais, que a relação entre educador
e educando vem despertando o interesse e a atenção, não somente de pedagogos e psicólogos,
mas também de outros estudiosos. O intuito destes se volta para a tentativa de maior
compreensão a respeito da sua relação com o fenômeno ensino-aprendizagem. Esta relação
sabe-se, vem sendo analisada nos vários contextos educacionais: salas de aula, espaços onde
se ocorrem o desmembramento das disciplinas curriculares, assim como também nas
instâncias informais, sejam elas dentro ou fora das instituições de ensino e também nos níveis
infantil, fundamental, médio, universitário e de pós-graduação. Neste sentido, alunos, pais e
comunidade educativa têm vivido as mais diversas tensões, quando estas questões vêm à tona.
Considerando a extensão de sua obra, Jung pouco escreveu sobre educação, ficando
sua reflexão restrita a algumas conferências proferidas entre os anos de 1923 e 1942. Aliados
a estas, encontram-se acenos ao longo de outras obras, porém, em nenhum momento ele se
propõe ou se ocupa com a construção de um projeto pedagógico ou um método educativo
formal. Ao discorrer a respeito, atém-se a pensar sob o ponto de vista da teoria psicológica,
reflexão esta que elucida alguns elementos que poderão auxiliar a todos os envolvidos no
processo de auto-educação ou de educação de outrem.
Ao abordar a temática educativa, Jung a concebe enquanto um modo de educação para
a personalidade, que se desenvolve por três formas: pelo exemplo, coletiva e consciente e
individual. Para o autor, estas formas de educar são imprescindíveis, porém, não se pode
pressupor nem que seja conhecida de todos, “nem que possa ser aplicada com facilidade aos
problemas da educação” (2006, p. 53). Por isso, a responsabilidade que os educadores
possuem em relação à psique da criança é imensa. Assim sendo, o “conhecimento psíquico
mais aprofundado por parte do professor, não deveria jamais ser descarregado diretamente
13314
sobre o aluno” (2006, p. 54). Esta forma de conhecimento serve para auxiliar o professor a ter
uma atitude mais compreensiva em relação à psique da criança. Para Lorthiois, “as crianças
estão cheias de entusiasmo, esta é uma característica dos seres humanos que elas afirmam
(etimologicamente o entusiasta é aquele que está preenchido por Deus)” (2008, p. 66). Existe
também “a criança que se disciplina e se transdisciplina” (KIRINUS, 2011, p. 31), no sentido
que é capaz de criar para além do que se apresenta na escola. Cabe, portanto, ao professor
sintonizar para perceber estes momentos iluminados da existência infantil, pois podem se
traduzir em instantes propícios para que o desenvolvimento da personalidade aconteça de
modo sempre mais abrangente e menos prejudicial.
Entretanto, para Jung, o conhecimento no sentido mais profundo está destinado às
pessoas adultas e nunca às crianças, uma vez que estas, neste momento, necessitam de coisas
mais elementares. É importante que o adulto explore sua criança interior e deve-se esperar do
adulto, antes de qualquer coisa, não da criança. Este é o objetivo da educação para a
personalidade, uma vez que “personalidade é a obra a que se chega pela máxima coragem de
viver, pela afirmação absoluta do ser individual, e pela adaptação, a mais perfeita possível, a
tudo o que existe de universal” (JUNG, 2006, p. 177). Portanto, uma vez que a personalidade
se constrói na relação entre ego e Self, ao ego cabe o respeito em relação às indicações do
Self, que rumam sempre para o seu desenvolvimento. Assim sendo, a força propulsora desse
desenvolvimento provem tanto da necessidade, quanto da decisão consciente e moral, “aliado
à máxima liberdade de decisão própria” (JUNG, 2006, p. 177).
Diante do exposto, as reflexões de Jung, apontam para dois elementos indispensáveis:
o primeiro indica a necessidade de que o educador seja educado e o segundo aponta para o
fato de que o percurso da educação para a personalidade engendra peculiaridades,
dificuldades e escolhas. Cabe, portanto, a cada indivíduo posicionar-se diante delas, arcando
com as consequências de suas decisões. Das condições, empenho, decisão e perseverança,
aliados ao fator designação, virão os resultados e estes sempre concorrem para o
desenvolvimento completo da personalidade.
REFERÊNCIAS
BÍBLIA SAGRADA. Edição Pastoral. São Paulo: Paulus, 1990.
FREITAS, Laura Vilares. Jung e a educação: um caleidoscópio. In: “Revista Educação
Especial: Biblioteca do Professor Jung pensa a Educação”. Vol 8, p. 68-75.
13315
FREITAS, Laura V.ilares; LIMA FILHO, A. P. Pensadores e a Educação: Carl G. Jung.
São Paulo: ATTA mídia e educação, 2010.
JUNG, Carl Gustav. Memórias Sonhos e Reflexões. 8ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1975.
JUNG, Carl Gustav. Psicologia e Religião. 6ª ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
JUNG, Carl Gustav. O Desenvolvimento da Personalidade. 9ª ed. Petrópolis: Vozes, 2006.
KIRINUS, Gloria. Synthomas de poesia na infância. São Paulo: Paulinas, 2011.
LORTHIOIS, Céline. Exercícios de Pedagogia profunda. São Paulo: Paulus, 2008.
SAIANI, Cláudio. Jung e a Educação: Uma análise da relação professor/aluno. 3ª ed. São
Paulo: Ingraf, 2000.
TEIXEIRA, Maria Cecília Sanches. O pensamento pedagógico de Jung e suas implicações
para a educação. In: “Revista Educação Especial: Biblioteca do Professor Jung pensa a
Educação”. Vol 8, p. 18-29.

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Personalidade jung

  • 1. ISSN 2176-1396 JUNG E A EDUCAÇÃO PARA A PERSONALIDADE Albertina Laufer1 - FACELPR Eixo – Psicologia da Educação Agência Financiadora: não contou com financiamento Resumo Este artigo busca refletir sobre a educação para a personalidade, assim como concebida por Jung (1875-1961). Toma-se por base a obra O Desenvolvimento da Personalidade, onde o autor apresenta as três formas de educar: educação pelo exemplo, quando acontece espontaneamente e de modo inconsciente; educação coletiva, aquela que se desenvolve por meio de regras, princípios e métodos e a educação individual, quando se concentra na índole específica de cada indivíduo. Portanto, ao ingressar na escola, a criança necessita desligar-se da família para poder desenvolver sua personalidade, realidade esta que vem considerada como um segundo nascimento, ou seja, um rompimento simbólico do cordão umbilical, ou ainda, uma diferenciação gradual que a torna consciente de si. A partir desse pressuposto, a escola se constitui num meio eficaz quando auxilia a criança de modo apropriado, e também por ser o primeiro ambiente encontrado por ela fora da família de origem. Neste sentido, o professor não pode resumir-se a um mero transmissor de conceitos, mas necessita atuar como mediador da evolução psíquica da criança. Cabe a ele o contínuo exercício da percepção para poder tocar o íntimo daqueles a quem educa, pois só assim os seus ensinamentos se tornarão em substância vital para a alma de todos. Para o autor, somente educa para a personalidade, quem supostamente tenha se tornado personalidade, ou seja, quem segue em fidelidade à própria lei, denominada por ele de designação e considerada um privilégio que é possível a todos. Assim, o que ocorre é que, em grande parte, pelo não desenvolvimento da personalidade, a voz interior torna-se imprecisa e inconsciente, podendo confundir-se com a voz do grupo e com as suas convenções, passando, em seguida, a ser substituída por elas. Palavras-chave: Jung. Psicologia Analítica. Educação. Personalidade. Introdução A educação é um direito de todos garantido pela lei e deve ser direcionada para o desenvolvimento humano em sua globalidade. A este respeito muito se tem discorrido. No entanto, o fato é que a proposta educativa parece ainda não ter alcançado os objetivos para os 1 Mestre em Teologia - PUC/PR; Pós-graduada em Counseling e Psicologia Analítica. Graduada em Letras. Graduanda em Psicologia - FACEL/PR. Pedagoga. Escritora e poeta. Email: albertinalaufer@gmail.com
  • 2. 13303 quais está pautada. Por este motivo, este artigo, visa aprofundar o questionamento quanto às formas de educação para a personalidade propostas por Carl Gustav Jung, bem como perceber o papel do professor em relação a essas mesmas formas e, consequentemente, aprofundar sobre a função da escola em relação ao desligamento familiar da criança. Desse modo, pretende-se evidenciar que Jung apresenta a educação para a personalidade por meio de três formas: educação pelo exemplo, educação coletiva/consciente e educação individual. Neste contexto, o professor e a família são de fundamental importância para o desenvolvimento de todo o processo. Diante do exposto, percebe-se que Jung não se voltou para a educação, especificamente, no sentido de método educativo, mas enquanto um processo terapêutico e um modo de educar para a personalidade. Sabe-se também que, além de abordar o funcionamento psíquico do adulto e as questões relativas à individuação, sua abordagem foi bem mais extensa, pois oferece alguns fundamentos teóricos que vieram contribuir para as áreas do conhecimento, como por exemplo, as considerações sobre a importância da sua Psicologia para a educação. Portanto, considerando as conferências realizadas nos anos de 1923, 1925 e 1932, em Territet – Montreux, Heidelberg e Viena, respectivamente, Jung (2006) discorre sobre a relevância da Psicologia para a Educação, bem como, sobre a importância do inconsciente para a educação individual e da personalidade, trabalhos estes que oferecem alguns fundamentos da sua compreensão sobre as formas de se educar. Ao mesmo tempo, ressalta a que “não é possível descrever com umas poucas teses sobrecarregadas de conteúdo” (2006, p. 53), uma área da experiência humana de tamanha abrangência, num curto espaço de tempo. Por acreditar que as crianças necessitam de uma realidade educativa particular e propícia ao pleno desenvolvimento, Jung se propôs a transmitir uma compreensão das leis gerais que orientam o seu desenvolvimento psíquico e com isso concebe a educação como auxiliar no processo de desenvolvimento da consciência. No seu entendimento, o primeiro ambiente a ser encontrado pela criança, fora da família, será a escola e esta desempenha um papel importante na sua estruturação psíquica. Para ele, esta elaboração vem intermediada pelo inconsciente dos pais, numa crescente relação de interdependência, caso o processo educativo seja eficaz. Sobre a pessoa do professor, Jung evidencia que é muito importante que esteja consciente de seu papel, pois “o conhecimento psíquico mais aprofundado, por parte do
  • 3. 13304 professor, não deveria jamais ser descarregado diretamente sobre o aluno [...]. Tal conhecimento deve em primeiro lugar ajudar o professor a conseguir uma atitude mais compreensiva em relação à vida psíquica da criança” (2006, p. 54). Portanto, uma vez que as crianças necessitam de coisas mais elementares, o conhecimento mais aprofundado deveria ser reservado para a fase adulta. Jung e as três modalidades de educação Quando se fala em Educação, constantemente remete-se para a Pedagogia e com isso dá-se, na maioria das vezes, a referência à sua acepção puramente pedagógica, ou seja, sua aplicação caracterizada pelos métodos e competências necessárias à transmissão de conhecimentos. Para Jung a educação compõe uma dinâmica bem mais abrangente, motivo pelo qual ele apresenta três modos pelos quais se deve educar. A educação pelo exemplo: Saiani (2000) ressalta o fato de uma mãe ensinando o seu bebê a bater palmas. Ali, o bebê adquire condições de selecionar características da mãe, passando a coordenar seus próprios movimentos. No entanto, ele é “capaz de não considerar características irrelevantes da demonstração da mãe (um piscar de olhos, por exemplo) para executar os movimentos exibidos” (SAIANI, 2000, p. 13). Porém, a criança neste momento já é um germe em relação á capacidade de abstração e de seleção, no sentido de selecionar o que é essencial nas ações por ela observadas. De acordo com o seu amadurecimento, essa capacidade de imitação, seja de um colega ou de um instrutor, desempenha importante papel na aquisição das habilidades. Além do mais, o processo de imitação faz com que a criança na condição de aprendiz, centre sua atenção não só no processo original observado, mas também em todas as tentativas de reprodução a que está sujeita. Portanto, quando Jung se refere a esse processo, afirma que é a forma de educação que “ocorre espontaneamente e de forma inconsciente” (2006, p. 155) e confere a ela grande importância, uma vez que se trata de um método sempre eficiente, ainda que um dos outros venha a falhar porque este “se fundamenta em uma das partes primitivas da psique” (2006, p. 155). Por outro lado, um mau exemplo pode negligenciar ou, até mesmo, anular este método. Alega ainda ser esta a “forma mais antiga e talvez a mais eficaz de toda e qualquer educação” (2006, p. 155), constituindo-se, assim, em uma forma natural de se educar. Na concepção do autor, isso ocorre porque a criança identifica-se, do ponto de vista psicológico, mais ou menos com seus pais. É sobre esse “fato de identidade psíquica” (JUNG,
  • 4. 13305 2006, p. 155), que se procede toda e qualquer educação e a sua eficácia dar-se-á a partir desta espécie de contágio que ocorre quase que de forma automática. Esta realidade é tão importante que até mesmo o melhor método educacional consciente perderia o seu efeito, em decorrência do mau exemplo dado por parte de quem educa, o que seria capaz de anular o melhor método educacional consciente (cf. SAIANI, 2000, p. 13). Para Jung, “o bom exemplo é o melhor método de ensino. Por mais perfeito que seja um bom método, de nada adiantará, se a pessoa que o executa não se encontrar acima dele em virtude do valor de sua personalidade” (JUNG, 2006, p. 60). Neste sentido, ele compreende que o êxito da educação não depende tanto do método, porque o mais importante não é preencher a cabeça ou a criança com informações, mas contribuir para que estas possam se tornar adultas de verdade. Por esse motivo, o que importa não é o grau de saber com que um educando sai da escola, mas o quanto ela conseguiu ser a ponte de auxilio, a fim de que quem ali entre, possa sair consciente de si própria, sem identificação psíquica com a família. A educação coletiva consciente: é a que acontece por meio da inserção de “regras, princípios e métodos” (JUNG, 2006, p. 155). São três pontos considerados, essencialmente de natureza coletiva e por isso servem para a maioria dos indivíduos. Pode-se aqui incorrer numa uniformização excessiva, de modo que o indivíduo seja capaz de responder com certa perfeição às normas e aos processos coletivos, segundo os quais já foi educado. No entanto, demonstrará “insegurança quando se tratar de tomar uma decisão individual, uma vez que lhe faltem regras conhecidas” (SAIANI, 2000, p. 15). É também, uma forma de educação necessária, mas dela não se pode esperar nada além daquilo a que está destinada: educar ou formar os indivíduos conforme as regras, princípios e métodos gerais. A esse respeito Jung afirma que a partir do momento em que a “índole individual do educando cede à natureza coletiva” (JUNG, 2006, p. 156), do processo educacional, “surge naturalmente um tipo semelhante ao de outro indivíduo, dotado originalmente de outra índole, mas que tem a mesma tendência a ceder (JUNG, 2006, p. 156), o que pode gerar a uniformidade correspondente ao método empregado. Para o autor, a educação coletiva é indispensável e não deve ser trocada por nenhuma outra forma. É indispensável porque o indivíduo vive na coletividade humana para a qual se fazem necessárias as normas coletivas. Por essa razão, não se deve negligenciar esse princípio educativo, em detrimento do desenvolvimento da índole individual. Faz-se necessária certa ponderação, pois quando se evidencia exacerbadamente uma qualidade individual, incorre-se
  • 5. 13306 em prejuízo para as outras. Jung ressalta que as crianças que se opõem à educação coletiva, geralmente são crianças portadoras de certas anormalidades psíquicas, podendo ser elas inatas ou adquiridas, dentre as quais ele inclui as mimadas ou estragadas por seus pais. Para ele, “mais de um educando desse tipo encontrará sua cura com o apoio de uma coletividade normal, ao conseguir certa uniformidade que o projeta contra sua índole individual que o prejudica” (JUNG, 2006, p. 157). Portanto, percebe-se que não só considera imprescindível, mas afirma que, apesar de parecer suficiente para muitos, não deve ser considerada completa como tal, uma vez que não o é para grande parte das crianças. A educação individual: Aqui devem passar para o segundo plano, todas as regras, princípios e modelos coletivos, pois ela consiste em desenvolver sempre mais “a índole específica do indivíduo” (JUNG, 2006, p. 157). É o oposto da educação coletiva que é dada a todas as crianças num mesmo nível e que visa criar uma uniformidade. É direcionada para as crianças que apresentam resistências significativas à educação coletiva e que por isso devem receber tratamento individual. Dizendo isso ele aponta para o fato de como os programas educativos podem pecar contra a singularidade psíquica de alguns educandos. Estes podem ser completamente inúteis para alguns casos de singularidade psíquica que requerem tratamento individualizado. Em relação a isso afirma: “acontece com relativa freqüência que não são apenas determinadas regras pedagógicas que encontram resistência, mas toda a ação educativa” (JUNG, 2006, p. 158). Parece existir a possibilidade de que Jung esteja sendo influenciado pela sua passagem escolar (JUNG, 1975), uma vez que relata experiências análogas em relação à matemática. Porém, se pode considerar que todas as formas de educação exercem funções complementares, embora seja necessário no decorrer da vida, romper com alguns dos paradigmas estabelecidos. Por outro lado, afirma Saiani: “no atual contexto de globalização, a sociedade não exige autômatos, mas seres dotados de poder de decisão e iniciativa” (SAIANI, 2000, p. 17). Assim sendo, a atuação do professor consiste em ser capaz de sintetizar estas duas formas de se educar. Caso contrário, em nada auxiliará no desenvolvimento do indivíduo e, tampouco, da sociedade como um todo. O papel da escola no desligamento do aluno em relação à família Sabemos que Jung não era favorável ao fato de se considerar o inconsciente das crianças, uma vez que estas ainda estão ligadas ao inconsciente original. Neste sentido, ele,
  • 6. 13307 apresenta ser fundamental para elas, nesta fase, a adaptação ao ambiente. Em relação a esta afirmativa a sua posição é decisiva: “devemos precaver-nos contra a posição de que as crianças têm a mesma vida psíquica que os adultos. A criança não pode ser tratada como um adulto” (JUNG, 2006, p. 124-125). Na sua visão, o próprio professor necessita de alguns conhecimentos sobre a psicologia, fato este que servirá mais para sua própria formação. Diz ele que, ao lidar com uma criança difícil, vale mais “a simplicidade e o bom senso” (JUNG, 2006, p. 158). Assim, “é fato notório que as crianças têm um instinto seguro para perceber as incapacidades pessoais do educador” (JUNG, 2006, p. 125) e descobre quanto se está sendo verdadeiro ou não. E continua: O pedagogo precisa, por isso, dar atenção especial ao seu próprio estado psíquico, a fim de estar apto a perceber seu erro, quando houver qualquer fracasso com as crianças que lhe são confiadas. Ele mesmo pode muitas vezes ser a causa inconsciente do mal. Naturalmente também não convém ser simplório nestas coisas (JUNG, 2006, p. 125). Portanto, Jung não se posiciona apoiando uma educação que concebe o professor como mero transmissor de conhecimento, mas como mediador da evolução psíquica da criança, pois “a criança se desenvolve a partir de um estado inicial inconsciente e semelhante ao do animal até atingir a consciência primitiva e, a seguir, gradativamente, a consciência civilizada” (JUNG, 2006, p. 105). Vivendo no estado de “participation mystique” com os pais, estado este de completa indiferenciação. Quanto a isso, Saiane observa que é fundamental que aos poucos ela vá libertando-se da atmosfera psíquica criada pelos pais (cf. 2000, p. 18). Para Jung, a “ligação muito forte aos pais constitui impedimento direto para a acomodação futura ao mundo. O adolescente está destinado para o mundo e não para continuar a ser para sempre filho de seus pais” (JUNG, 2006, p. 59). Ao evidenciar o necessário desligamento do aluno em relação à família, Jung estaria se referindo a algo que se poderia comparar a um segundo nascimento, “a um rompimento de um cordão umbilical simbólico, sem o qual não seria possível a produção de cultura” (SAIANI, 2000, p. 19). Percebe-se que aqui, Jung não esteja se referindo a uma pessoa, mas a um princípio que pode, em determinada fase da vida do indivíduo, se encarnar na mãe pessoal, mas também em outras instâncias, todas elas ligadas ao mundo dos instintos, à nutrição, à proteção, à simbiose e, mesmo, á fusão do indivíduo com um todo maior, com a conseqüente anulação do ego. Por outro lado, o arquétipo paterno está ligado à disciplina, à criação de hábitos (SAIANI, 2000, p. 21).
  • 7. 13308 É sempre voltado para este sentido, que se evidencia a função da escola, enquanto instituição educativa, na sua contribuição para a diferenciação do ego na criança e assim formá-lo enquanto indivíduo consciente e na luta pela independência, “a escola desempenha um papel muito importante por ser o primeiro ambiente que a criança encontra fora da família. Os companheiros substituem os irmãos, o professor, o pai e a professora, a mãe” (JUNG, 2006, p. 59). Jung ainda considera que, caso se deixasse as crianças entregues a elas mesmas continuariam na sua inconsciência em grau mais elevado. Seria um estado primitivo o que significa que, quando chegassem á idade adulta, não passariam de primitivos, apesar de toda a experiência natural de que dispõem; seriam apenas selvagens, como qualquer membro de uma tribo inteligente de negros ou de índios. De maneira nenhuma seriam meros bobos, mas apenas inteligentes por instinto; seriam ignorantes e, por isso, inconscientes quanto a si e quanto ao mundo. Começariam sua vida no estado de cultura consideravelmente inferior e em muito pouca coisa se distinguiriam das raças primitivas (JUNG, 2006, p. 56). Enfatiza também que a possibilidade do retrocesso a uma fase primitiva, baseia-se na lei biogenética que é percebida não apenas quanto ao desenvolvimento do corpo, mas também da alma. Segundo ela, o homem percorre até certo grau um estado embrionário de formas anatômicas do seu passado longínquo. Esta mesma lei acontece quanto ao desenvolvimento psíquico, pois a criança se desenvolve “a partir de um estado inicial inconsciente e semelhante ao do animal, até atingir a consciência: primeiro a consciência primitiva e, a seguir, gradativamente, a consciência civilizada” (JUNG, 2006, p. 57). Para Jung, da mesma forma com que a criança na fase embrionária é parte do corpo materno do qual é completamente dependente, do mesmo modo ocorre com a psique da primeira infância que, até certo ponto, é parte da psique materna e logo depois, da paterna, em consequência da atuação comum dos pais (cf. 2006, p. 57). Deste estado de perturbações na esfera psíquica dos pais, provêm também as perturbações nervosas e psíquicas infantis, tão comuns na idade escolar e para além dela. Do mesmo modo, as dificuldades no relacionamento dos pais entre si também se refletem infalivelmente na psique da criança, podendo produzir as perturbações doentias nas mais variadas formas. A função do professor Embora Jung apresente as três formas de educar, tem ainda certa restrição em relação ao uso da Psicologia Analítica, por parte do professor, afirmando que ela não deve ser utilizada por divertimento. Diz ser desejável que o professor tenha conhecimento, mas não no
  • 8. 13309 sentido de aplicar na educação das crianças, mas é ser de grande valia para a educação do professor, pois a sua boa educação reverterá indiretamente em benefício das crianças. O que atua não é o que o educador ensina mediante palavras, mas o que ele verdadeiramente é. Por esse motivo, deve ter sido educado anteriormente para poder educar. Neste sentido, o professor não pode resumir-se num mero transmissor de certos conceitos. Sua tarefa vai além de “meter na cabeça das crianças certa quantidade de ensinamentos, mas consiste em influir sobre as crianças, em favor de sua personalidade total. Esta atuação, no mínimo é importante, pelos menos em certos casos” (JUNG, 2006, p. 59). Com isso se requer do educador um compromisso que se estende para além da técnica ou do método. O êxito do ensino não depende do método. De acordo com a verdadeira finalidade da escola, o mais importante não é abarrotar de conhecimentos, mas sim contribuir para que elas se tornem adultos de verdade. O que importa não é o grau de saber com que a criança termina a escola, mas se a escola conseguiu libertar ou não o jovem ser humano de sua identidade com a família e torná-lo consciente de si próprio. Sem esta consciência de si mesmo, a pessoa jamais saberá o que deseja de verdade e continuará sempre na dependência da família e apenas procurará imitar os outros experimentando o sentimento de estar sendo desconhecida e oprimida pelos outros (JUNG, 2006, p. 60). Embora Jung considere imprescindível a educação dos adultos, afirma que ninguém, ao deixar um curso superior, está com a sua educação concluída. Além do que, recomenda que o autoconhecimento e a continuidade no aprendizado, devem ser como que uma segunda natureza na vida do educador. “O educador não pode contentar-se em ser o portador da cultura de modo passivo, mas deve também desenvolver ativamente a cultura, e isso por meio de si próprio” (JUNG, 2006, p. 62). Entretanto, a “sua cultura não deve estacionar, pois, de outro modo, começará a corrigir nas crianças os defeitos que não corrigiu em si próprio” (JUNG, 2006, p. 62). Enquanto personalidade, o professor não pode atuar de modo a subjugar o aluno. Também não pode eximir-se da autoridade que lhe compete, pois “tal atitude não pode ser obtida artificialmente” (JUNG, 2006, p. 60). Faz-se necessário que seja uma pessoa de certo modo sadia, pois para Jung, “o bom exemplo é o melhor método de ensino. Por mais perfeito que seja o método, de nada adianta se a pessoa que o executa não estiver acima dele em virtude do valor de sua personalidade” (JUNG, 2006, p. 60). Neste sentido, “desde que o relacionamento pessoal entre a criança e o professor seja bom, pouca importância terá se o método didático corresponde ou não às exigências mais modernas. O êxito do ensino não depende do método” (JUNG, 2006, p. 60).
  • 9. 13310 Quanto ao emprego prático da Psicologia Analítica, Jung considera que não deve ser empregada pelo professor. Porém, afirma ser bom que o professor a conheça para fins de sua própria educação. “A educação do próprio professor, porém, reverterá indiretamente em benefício das crianças” (JUNG, 2006, p. 61). Sobre este fato ele assim se manifesta: ninguém, absolutamente ninguém, esta com a sua educação terminada ao deixar a escola, ainda que conclua o curso superior [...]. Cabe única e exclusivamente à falta de educação dos adultos a culpa de tantos casamentos desajustados e infelizes, assim como inúmeras decepções na vida profissional; todos esses adultos vivem muitas vezes na mais completa ignorância das coisas principais da vida. (JUNG, 2006, p. 61). Afirma ainda que nem sempre o educador é o único a educar os outros, nem tampouco entende que a criança seja a única a ser educada. Ocorre, portanto, que o educador também é um ser humano que está sempre sujeito a erros e a criança educada por ele passa a repeti-los. Poe esse motivo, acredita ser oportuno que o professor tenha sempre a maior clareza de seus pontos de vista, bem como das suas próprias falhas. Para ele, “exatamente o que a pessoa é, na realidade, tal será o aspecto da verdade que acabará apresentando e tal será, igualmente, o efeito dominante que produz” (JUNG, 2006, p. 126). “O próprio educador deve ter sido educado antes e ter experimentado em si mesmo se são eficientes ou não as verdades psicológicas que aprendeu em sua escola” (JUNG, 2006, p. 138), pois na medida em que ele persistir nesse esforço dotado de inteligência e paciência é provável que não seja um mau educador. A educação para a personalidade Quando Jung pensa a educação para a personalidade, está se referindo a uma concepção mais ampliada de educação, haja vista as considerações feitas a respeito de uma pedagogia social dos arquétipos. Tal pedagogia tem como função educar uma sociedade pelas visões de mundo e pelas ideias que vão sendo veiculadas através dos mitos, das ideologias, das utopias, das ciências das religiões e da literatura. Assim sendo, tornam possível integrar e educar os indivíduos, os grupos e as sociedades (TEIXEIRA, Vol 8, p. 18). É dessa forma que se percebe o referencial pedagógico de Jung nas suas conferências. Ele não constituiu métodos educativos. Sendo muito mais do que lições pedagógicas, são um profundo conhecimento do ser humano e da sua dinâmica interna (psique individual) e externa (psique coletiva), e por isso, capazes de traçar o destino individual e coletivo do indivíduo.
  • 10. 13311 Outro aspecto é o valor que Jung atribui aos processos de simbolização que são de interesse, particularmente na proposta de conexão entre psicologia e religião (Jung, 1999)2 . Na sua concepção, a psique cria por meio de símbolos e estas são formas básicas que tornam possível ao homem organizar suas experiências e ações. Estes processos permitem-lhe assumir sua humanidade por meio dos elementos inconscientes e responsáveis pela ação e adaptação do indivíduo no mundo. É impossível conceber a educação como o ideal pedagógico de Jung sem pensar no desenvolvimento da personalidade. Por personalidade Jung entende o “desenvolvimento da totalidade do ser humano” (JUNG, 2006, p. 173). Educar para a personalidade tornou-se, hoje, um ideal pedagógico por excelência, na medida em que é um processo gradual de realizar as potencialidades inatas através de um descobrir-se aos poucos, por um desvelar-se em conhecimento pleno. Esse ideal se “contrapõe ao homem coletivizado ou normal” (JUNG, 2006, p. 173), o que difere de uma educação autômata, cuja ênfase se dá mais na repetição de comportamentos e/ou conhecimentos, sem apontar para a construção destes. Para Jung, quem educa deve estar primeiramente educado, fato que livraria as crianças de serem educadas por pais incompetentes, que permanecem a vida inteira, “meio ou totalmente crianças”. (JUNG, 2006, p. 174). Jung diz que os educadores foram educados, mas afirma que não se pode dizer que todos eles sejam personalidades, uma vez que tiveram a mesma educação defeituosa que as crianças a quem estão incumbidos de educar. Afirma, entretanto, que a educação possui uma orientação falha, que vê apenas a criança que deve ser educada, sem levar em consideração a carência em relação à educação do educador adulto. Compreende-se, dessa forma, que a educação para a personalidade, assim como proposta por Jung, é um ideal difícil de ser atingido e não conveniente de ser aplicado integralmente às crianças, pelo fato de se compreender a personalidade como a “totalidade psíquica, dotada de decisão, resistência e força” (JUNG, 2006, p. 175). É um ideal a se esperar de uma pessoa adulta que, muitas vezes, de forma errônea se atribui à infância. “Certamente que na criança já existe o germe da personalidade, mas esta se desenvolve paulatinamente por meio e no decurso da vida e requer para tanto determinação, inteireza e maturidade” (JUNG, 2006, p. 176). Tais qualidades não são próprias da criança, caso fossem ela perderia a infantilidade que lhe é própria. 2 JUNG, Carl Gustav. Psicologia e Religião. 6 ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
  • 11. 13312 Só educa para a personalidade, quem supostamente tenha personalidade e só o adulto é capaz de atingi-la pelo esforço consciente dispensado em direção à vida orientada para este fim, pois assim como concebida por Jung, personalidade, é a realização máxima da índole inata e específica de um ser vivo em particular. Personalidade é a obra a que se chega pela máxima coragem de viver, pela afirmação absoluta do ser individual, e pela adaptação, a mais perfeita possível, a tudo que existe de universal, e tudo isto aliado à máxima liberdade de decisão própria. (JUNG, 2006, p. 177). Jung afirma também que ninguém desenvolve sua personalidade, somente porque alguém tenha lhe dito que deveria ser assim (cf. JUNG, 2006, p. 178). Para tanto, o indivíduo precisa sentir a premente necessidade, que, na maioria das vezes vem motivada por acontecimentos sejam eles internos ou externos. Vale dizer também aqui a frase de Jesus “Muitos são os chamados e poucos os escolhidos” (Mt 22,1ss.). Desenvolver completamente a personalidade é um carisma e ao mesmo tempo uma maldição. Requer, inevitavelmente, de forma consciente a separação da grande massa inconsciente e a direção rumo a certo isolamento. Ele é o preço a ser pago pela felicidade do desenvolvimento da personalidade. O desenvolvimento da personalidade requer ainda a “fidelidade à própria lei” (JUNG, 2006, p. 179). Para tanto, é indispensável a confiança nesta mesma lei, comparada àquela que uma pessoa religiosa tem para com o seu Deus. Para Jung, a personalidade só se desenvolve se a pessoa escolher o seu próprio caminho que, para ela, é o melhor dentre todos os outros. Percorrendo o caminho das convenções, deixa de desenvolver a si mesmas, seguem um método coletivo em detrimento da totalidade que lhe é própria. Na história da humanidade sempre se tem falado em grandes personalidades que se diferenciaram e cuja luta foi no sentido de destacarem-se da grande massa. A esta força que impulsiona alguém a seguir com decisão e vontade o seu próprio caminho, Jung denomina de designação. Ela age no indivíduo “como se fosse uma lei de Deus, da qual não é possível esquivar-se” (JUNG, 2006, p. 180). Parece ser um fator irracional, denominada por alguns de voz interna, por outros age como força ou o chamado que impele a emancipar-se, supostamente viver designado. Portanto, somente se torna personalidade, quem é capaz de dizer um sim sempre mais consciente ao poder de sua voz interior, permitindo ser guiado por ela. Quem, de antemão, se torna infiel ou sucumbe diante dos seus apelos, entregando-se ao desenrolar cego dos acontecimentos, deixa de tornar-se personalidade e perde o sentido de sua própria vida. Mas quem decide lançar-se no aprofundamento da sua designação, este sim se torna personalidade.
  • 12. 13313 Afinal de contas, relata Jung, “também o herói, o líder, o salvador, é certamente aquele que descobre um caminho novo para chegar ao que é mais alto e mais seguro” (2006, p. 192). E continua dizendo que “o caminho por descobrir é como algo psiquicamente vivo que a filosofia clássica chinesa denomina Tao” (JUNG, 2006, p. 192) e quem vive por ele direcionado, se torna como um rio que flui na direção da meta. Para Jung esta é uma realidade que “adquire o significado de perfeição, totalidade, desígnio cumprido, começo e fim” (JUNG, 2006, p. 192), ou seja, a plena realização do sentido inato da própria existência. Considerações Finais Quando se trata da educação, nota-se que, cada vez mais, que a relação entre educador e educando vem despertando o interesse e a atenção, não somente de pedagogos e psicólogos, mas também de outros estudiosos. O intuito destes se volta para a tentativa de maior compreensão a respeito da sua relação com o fenômeno ensino-aprendizagem. Esta relação sabe-se, vem sendo analisada nos vários contextos educacionais: salas de aula, espaços onde se ocorrem o desmembramento das disciplinas curriculares, assim como também nas instâncias informais, sejam elas dentro ou fora das instituições de ensino e também nos níveis infantil, fundamental, médio, universitário e de pós-graduação. Neste sentido, alunos, pais e comunidade educativa têm vivido as mais diversas tensões, quando estas questões vêm à tona. Considerando a extensão de sua obra, Jung pouco escreveu sobre educação, ficando sua reflexão restrita a algumas conferências proferidas entre os anos de 1923 e 1942. Aliados a estas, encontram-se acenos ao longo de outras obras, porém, em nenhum momento ele se propõe ou se ocupa com a construção de um projeto pedagógico ou um método educativo formal. Ao discorrer a respeito, atém-se a pensar sob o ponto de vista da teoria psicológica, reflexão esta que elucida alguns elementos que poderão auxiliar a todos os envolvidos no processo de auto-educação ou de educação de outrem. Ao abordar a temática educativa, Jung a concebe enquanto um modo de educação para a personalidade, que se desenvolve por três formas: pelo exemplo, coletiva e consciente e individual. Para o autor, estas formas de educar são imprescindíveis, porém, não se pode pressupor nem que seja conhecida de todos, “nem que possa ser aplicada com facilidade aos problemas da educação” (2006, p. 53). Por isso, a responsabilidade que os educadores possuem em relação à psique da criança é imensa. Assim sendo, o “conhecimento psíquico mais aprofundado por parte do professor, não deveria jamais ser descarregado diretamente
  • 13. 13314 sobre o aluno” (2006, p. 54). Esta forma de conhecimento serve para auxiliar o professor a ter uma atitude mais compreensiva em relação à psique da criança. Para Lorthiois, “as crianças estão cheias de entusiasmo, esta é uma característica dos seres humanos que elas afirmam (etimologicamente o entusiasta é aquele que está preenchido por Deus)” (2008, p. 66). Existe também “a criança que se disciplina e se transdisciplina” (KIRINUS, 2011, p. 31), no sentido que é capaz de criar para além do que se apresenta na escola. Cabe, portanto, ao professor sintonizar para perceber estes momentos iluminados da existência infantil, pois podem se traduzir em instantes propícios para que o desenvolvimento da personalidade aconteça de modo sempre mais abrangente e menos prejudicial. Entretanto, para Jung, o conhecimento no sentido mais profundo está destinado às pessoas adultas e nunca às crianças, uma vez que estas, neste momento, necessitam de coisas mais elementares. É importante que o adulto explore sua criança interior e deve-se esperar do adulto, antes de qualquer coisa, não da criança. Este é o objetivo da educação para a personalidade, uma vez que “personalidade é a obra a que se chega pela máxima coragem de viver, pela afirmação absoluta do ser individual, e pela adaptação, a mais perfeita possível, a tudo o que existe de universal” (JUNG, 2006, p. 177). Portanto, uma vez que a personalidade se constrói na relação entre ego e Self, ao ego cabe o respeito em relação às indicações do Self, que rumam sempre para o seu desenvolvimento. Assim sendo, a força propulsora desse desenvolvimento provem tanto da necessidade, quanto da decisão consciente e moral, “aliado à máxima liberdade de decisão própria” (JUNG, 2006, p. 177). Diante do exposto, as reflexões de Jung, apontam para dois elementos indispensáveis: o primeiro indica a necessidade de que o educador seja educado e o segundo aponta para o fato de que o percurso da educação para a personalidade engendra peculiaridades, dificuldades e escolhas. Cabe, portanto, a cada indivíduo posicionar-se diante delas, arcando com as consequências de suas decisões. Das condições, empenho, decisão e perseverança, aliados ao fator designação, virão os resultados e estes sempre concorrem para o desenvolvimento completo da personalidade. REFERÊNCIAS BÍBLIA SAGRADA. Edição Pastoral. São Paulo: Paulus, 1990. FREITAS, Laura Vilares. Jung e a educação: um caleidoscópio. In: “Revista Educação Especial: Biblioteca do Professor Jung pensa a Educação”. Vol 8, p. 68-75.
  • 14. 13315 FREITAS, Laura V.ilares; LIMA FILHO, A. P. Pensadores e a Educação: Carl G. Jung. São Paulo: ATTA mídia e educação, 2010. JUNG, Carl Gustav. Memórias Sonhos e Reflexões. 8ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975. JUNG, Carl Gustav. Psicologia e Religião. 6ª ed. Petrópolis: Vozes, 1999. JUNG, Carl Gustav. O Desenvolvimento da Personalidade. 9ª ed. Petrópolis: Vozes, 2006. KIRINUS, Gloria. Synthomas de poesia na infância. São Paulo: Paulinas, 2011. LORTHIOIS, Céline. Exercícios de Pedagogia profunda. São Paulo: Paulus, 2008. SAIANI, Cláudio. Jung e a Educação: Uma análise da relação professor/aluno. 3ª ed. São Paulo: Ingraf, 2000. TEIXEIRA, Maria Cecília Sanches. O pensamento pedagógico de Jung e suas implicações para a educação. In: “Revista Educação Especial: Biblioteca do Professor Jung pensa a Educação”. Vol 8, p. 18-29.