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Literatura Infantil
2017
Literatura Infantil Brasileira: conceitos, características, origens e
novas perspectivas
(ARROYO, 2011; COELHO, 2010; GREGORIN FILHO, 2009)
Grande questão-problema:
Literatura Infantil é apenas um
instrumento pedagógico ou é
literatura e, consequentemente,
arte?
A literatura infantil é, antes de tudo,
literatura; ou melhor, é arte: fenômeno de
criatividade que representa o mundo, o
homem, a vida através da palavra. Funde
sonhos e a vida prática, o imaginário e o
real, os ideais e sua possível/impossível
realização...
Nelly Novaes Coelho
Gêneros literários:
• Lírico (em verso).
• Narrativo ou épico (em prosa: romances,
epopeias, novelas, contos, crônicas,
fábulas).
• Dramático (peças de teatro).
CONCEITOS:
1. Literatura Infantil é arte.
2. Literatura Infantil é subgênero literário.
3. “Não é mero entretenimento...É uma
aventura espiritual que engaja o eu em uma
experiência de vida, inteligência e emoções”.
(COELHO, 2010, p. 32)
www.portuguesblogado.blogspot.com
CARACTERÍSTICAS:
(GREGORIN FILHO, 2009)
1. As temáticas apresentam “valores humanos,
construídos através da longa caminhada humana
pela história, e não valores que circulam apenas no
universo infantil das sociedades contemporâneas”.
2. Autor apresenta o tema com uma “roupa” infantil,
de acordo com a faixa etária do leitor.
3. Dois planos de expressão (semióticas): texto visual
+ texto verbal.
4. Pressupõe leitor intersemioticamente competente.
5. Há um “cardápio” ao qual o autor recorre, de
acordo com a sociedade e/ou indicações da
Pedagogia.
6. Temas recorrentes: folclórico, pedagógico, ficção.
“Geleia Geral” + Literatura Infantil +
Formação de Nova Mentalidade
(COELHO, 2010)
O TRADICINAL
1. Espírito individualista
2. Obediência à autoridade
3. Valorização do ter e do
parecer, acima do ser
4. Moral dogmática
5. Sociedade sexófoba
6. Reverência pelo passado
7. Visão transcendental da
condição humana
8. Racionalismo
9. Racismo
10. Criança = “adulto em miniatura”
O NOVO
1. Espírito solidário
2. Questionamento da autoridade
3. Valorização do fazer como
manifestação autêntica do ser
4. Moral da responsabilidade ética
5. Sociedade sexófila
6. Redescoberta e reinvenção do passado
7. Visão cósmica/existencial/mutante da
condição humana
8. Fenomenologia
9. Antirracismo
10. Criança = “ser em formação”
(mutantes do novo milênio)
Literatura Clássica Mundial
(ARROYO, 2011)
1. A tradição oral: mitos, lendas,contos
exemplares.
2. Fábulas orientais (séc. V a.C.): Pantcha-
Tantra, Ramayana, Hitopadexa, Calila
e Dimna, as Mil de uma noites
3. Homero (séc. VIII a.c.) com Odisseia e
Ilíada. Fábulas de Esopo (séc. VII a.C.) e
Fedro (14 d.C.)
4. Della Croce (1550-1620) com Bertoldo
5. Straparola de Caravaggio (1557), As 13
noites prazerosas, aparece o Gato de
Botas.
6. Giambattista Basile (1575-1632), Conti
de conti, aparecem a Gata
Borralheira, Bela Adormecida, Branca
de Neve, etc.
7. Gonçalo Trancoso (1575), Contos e
histórias de proveito, histórias
colhidas da tradição portuguesa,
árabe, influencia de Caravaggio e
Basile
8. La Fontaine (1621-1695), Fábulas, retoma
Esopo e Fedro.
9. Charles Perrault (1623-1703), da tradição
oral, Contos da mamãe Ganso,
aparecem Cinderela, Chapeuzinho
Vermelho, Gato de Botas, Barba Azul,
Bela Adormecida
10. Madame D’Aulnoy (1650-1705), Contos de
fadas (1ª vez)
11. Comenius (1592-1670), Orbis Pictus
(1658), 1º livro didático ilustrado
12. Fénelon (1651-1715), Fábulas e
Télémaque.
13. Mademoiselle De La Force (1654-1724),
As fadas (2ª vez)
14. Daniel Defoe (1661-1731), Robinson
Crusoé
15. Jonathan Swift (1667-1745), As viagens
de Gulliver
16. Condessa de Murat (1670-1716),
Novos contos de fadas
17. Dama de Villeneuve (1740), A Bela
e a Fera
18. Irmãos Grimm (1785-1863), fábulas e
contos recolhidos da tradição
folclórica alemã: Branca de Neve,
Cinderela, O Alfaiate Valente, O
Flautista de Hamelin, Os músicos
de Bremen, Rapunzel, Chapeuzinho
Vermelho, A Bela Adormecida, João
e Maria, Rumpelstiltskin etc.
19. Condessa de Ségur (1799-1894),
Biblioteca cor de rosa
20. Hans Christian Andersen (1805-1875),
O patinho feio, Soldadinho de
chumbo, A pequena Sereia, O
rouxinol, A rainha da Neve etc.
21. Collodi (1826-1890), Pinóquio
22. Lewis Carroll (1832-1898), Alice no
país das maravilhas
23. Mark Twain (1834-1911), Tom Sawyer
e Huckleberry Finn.
24. Edmundo Amicis (1846-1908), Coração
25. Stevenson (1850-1894), A Ilha do
Tesouro e Raptado
26. James Barrie (1860-1937), Peter Pan
27. Edgar Rice Burroughs (1875-1950),
Tarzan
Origens da Literatura Infantil no Brasil
Brasil Colônia 1500-1808
Educação Jesuítica (até 1759)
Tradição oral = literatura
ágrafa. Contribuição dos
contadores de histórias africanos:
griôs, akpalôs, arokins, dialis.
Andavam pelos engenhos contando
histórias para crianças. Na maioria,
histórias de amedrontar.
Período imperial: de D. João VI a D. Pedro II
•Permanência da literatura ágrafa e popular
(de cordel)
•Fundação de colégios, aulas e liceus
•A permanência do status religioso na
educação
•Falta de livros de textos
•Instalação da Imprensa Régia
•Criança: adulto em miniatura
•Escola do castigo, textos adultos para
memorização
•Educação diferenciada para meninas e
meninos
•Destaque para professores/preceptores
franceses. Havia também ingleses e alemães
•Livros da literatura mundial traduzidos no
português de Portugal ou lidos no original
•Literatura escolar /ilustrações pobres
•Leitura obrigatória: Os Lusíadas de Luiz de
Camões
D. João VI
D. Pedro I
D. Pedro II
Trecho de “Os Lusíadas”
Luiz de Camões
Eis presto as Nereidas, surgindo das furnas,
Rodeiam a frota, que oscila nas águas;
Tritão que, soberbo, levava Dione,
Da ardente petrina se abrasa nas fráguas.
......
De mui remotos séculos
De Lísias vem a origem;
Some-lhe o berço mítico
Do tempo atra caligem
.......
“Os Lusíadas” – poema épico que narra os feitos do povo Luso (português), de 1556. A
ação central é a decoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, à volta
da qual se vão descrevendo outros episódios da História de Portugal, glorificando o povo
português. Muitas referência à mitologia grega. Os pontinhos representam partes
“impróprias” censuradas pelo Barão de Paranapiacaba.
Imaginem crianças no Brasil decorando e declamando esse poema, certamente nada
entendiam. Como diziam críticos da época “estavam preparando crianças para falarem e
escreverem como pessoas de 500 anos atrás. Ninguém era capaz de escrever um simples
bilhete, se não fosse em um português rebuscado, complicado e antigo...”
República até Monteiro Lobato
•Leitura de livros para adultos: internacionais e
nacionais, exemplo: José de Alencar, Gonçalves Dias...
•Predomínio da literatura escolar (didatismo
moralizante): Coração (1886), de Amicis; Saudade
(1919), de Tales de Andrade; Cazuza (1938), de Viriato
Correa
• Destaque para imprensa escolar e infantil: jornais
publicados por escolas e estudantes (séc. XVIII e XIX)
•Revista Tico-Tico (1905). 50 anos de existência.
Entretenimento, histórias em quadrinhos, literatura
infantil. Desaparece após surgimentos das histórias em
quadrinhos estrangeiras: Fantasma, Mandrake etc.
•Literatura reflete todas as principais tendências da
Europa: fábulas, contos de fada maravilhosos, novelas
de aventura e cavalaria
•Nacionalismo com ênfase na vida rural
•Culto da inteligência
• Moralismo e religiosidade
•Exemplaridade e doutrinação
Autores brasileiros da época da Literatura Escolar
(didatismo moralizante, nacionalista – realismo sem
fantasia)
•José Saturnino da Costa Pereira, com Leitura para meninos (1818)
•Ildefonso Laura César, com Lições a meus filhos ( 1854)
•César Augusto Marques, com A meus filhos (1872)
•Gabriela de Jesus Ferreira França, com Contos Brasileiros (1881)
•Antônio Marques Rodrigues, com o Livro do Povo (1881)
•Adelina A. Lopes Vieira e Julia Lopes de Almeida, com Contos
Infantis (1886)
•Olavo Bilac, com Através do Brasil, Contos Pátrios, Poesias, Livro
de leitura, Teatro infantil (1906 a 1910)
•Julia Lopes de Almeida, com Histórias da nossa terra (1907); Era
uma vez... e Jardim florido (1917)
•Tales de Andrade, com Saudade (1919)
Monteiro Lobato: gênio revolucionário/
divisor de águas/pai da literatura infantil brasileira
•Desvinculou a literatura infantil da literatura escolar/pedagógica/didática
•Deu voz à criança, por meio da boneca Emília.
•Narizinho Arrebitado (1921); O Saci (1921); Fábulas (1922); e mais 21 títulos com milhares e
milhares de exemplares publicados.
•Criou as bases da verdadeira literatura infantil brasileira: apelo à imaginação, o non-sense (o
absurdo), harmonia com o complexo ecológico brasileiro, movimentação dos diálogos, graça
na expressão, linguagem visual e concreta, o enredo...
•Muitos autores renomados da literatura para adultos escreveram livros para crianças, na
mesma época que Monteiro Lobato, no entanto, não na mesma quantidade.
Leitor infantil hoje (COELHO, 2010)
PRÉ-LEITOR LEITOR
INICIANTE
LEITOR EM
PROCESSO
LEITOR
FLUENTE
LEITOR CRÍTICO
15 MESES AOS
5 ANOS
APROXIMADA-
MENTE
A PARTIR DOS 5
OU 6 ANOS
A PARTIR DOS 8
ANOS
A PARTIR DOS
10 ANOS
A PARTIR DOS
12 ANOS
EDUCAÇÃO
INFANTIL
ENSINO FUNDAMENTAL
Criança: ser em processo de formação (mutantes do novo milênio)
A literatura Infantil na sala de aula
(GREGORIN FILHO, 2011)
LIVROS DIDÁTICOS DE APOIO DIDÁTICO DE LITERATURA
INFANTIL
Usados para ensinar as
disciplinas formadoras
do currículo: Português,
Matemática, Geografia,
História, Ciências...
Publicações para
aprofundar os
conhecimentos de cada
disciplina
Livros de ficção,
Linguagem artística
LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA
PÓS-LOBATO (1980/1990)
CONTEMPORÂNEA
(1990 até atualidade)
-”Boom” editorial;
-influências da abertura política na
concepção de educação;
-literatura inquieta e questionadora;
-questões cotidianas e mais realistas;
-apelo à curiosidade do leitor;
-diálogo entre autor e leitor;
-computador passa a tomar seu lugar
nas casas e vida cotidiana;
-apelo à visualidade.
EXPERIMENTALISMO
-LDBEN 9394/1996;
-PCNs;
-Temas transversais: Ética; Pluralidade
Cultural; Meio Ambiente; Saúde;
Orientação Sexual; Temas locais.
-movimentos sociais e de minorias
como reação à estereótipos negativos;
-Lei 11645/2008; “História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena”
-tecnologias e múltilas linguagens;
-hipertextualidade.
MORAL RELATIVA E
DIÁLOGOS COM O LEITOR
(GREGORIN FILHO, 2011)
Abobrinhas
Carlos Queiroz Telles (1999)
Batatinhas, quando nascem,
esparramam pelo chão,
invadem as escolinhas,
entram em todas as festinhas
e viram, declamação:
-Que chateação!
Ao contrário das colegas
de terreiro e de pomar,
as alegres abobrinhas
crescem fortes e felizes,
sem nunca se perguntar
onde meninas dormindo
colocam os pés e as mãos.
Referências Bibliográficas:
ARROYO, Leonardo. Literatura infantil brasileira. 3. ed. São Paulo: Editora
UNESP, 2011.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática. 7. ed.
São Paulo: Editora Moderna, 2010.
GREGORIN FILHO, José Nicolau. Literatura infantil: múltiplas linguagens na
formação de leitores. São Paulo: Melhoramentos, 2009.

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  • 2. Literatura Infantil Brasileira: conceitos, características, origens e novas perspectivas (ARROYO, 2011; COELHO, 2010; GREGORIN FILHO, 2009)
  • 3. Grande questão-problema: Literatura Infantil é apenas um instrumento pedagógico ou é literatura e, consequentemente, arte?
  • 4. A literatura infantil é, antes de tudo, literatura; ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida através da palavra. Funde sonhos e a vida prática, o imaginário e o real, os ideais e sua possível/impossível realização... Nelly Novaes Coelho
  • 5. Gêneros literários: • Lírico (em verso). • Narrativo ou épico (em prosa: romances, epopeias, novelas, contos, crônicas, fábulas). • Dramático (peças de teatro).
  • 6. CONCEITOS: 1. Literatura Infantil é arte. 2. Literatura Infantil é subgênero literário. 3. “Não é mero entretenimento...É uma aventura espiritual que engaja o eu em uma experiência de vida, inteligência e emoções”. (COELHO, 2010, p. 32) www.portuguesblogado.blogspot.com
  • 7.
  • 8. CARACTERÍSTICAS: (GREGORIN FILHO, 2009) 1. As temáticas apresentam “valores humanos, construídos através da longa caminhada humana pela história, e não valores que circulam apenas no universo infantil das sociedades contemporâneas”. 2. Autor apresenta o tema com uma “roupa” infantil, de acordo com a faixa etária do leitor. 3. Dois planos de expressão (semióticas): texto visual + texto verbal. 4. Pressupõe leitor intersemioticamente competente. 5. Há um “cardápio” ao qual o autor recorre, de acordo com a sociedade e/ou indicações da Pedagogia. 6. Temas recorrentes: folclórico, pedagógico, ficção.
  • 9. “Geleia Geral” + Literatura Infantil + Formação de Nova Mentalidade (COELHO, 2010) O TRADICINAL 1. Espírito individualista 2. Obediência à autoridade 3. Valorização do ter e do parecer, acima do ser 4. Moral dogmática 5. Sociedade sexófoba 6. Reverência pelo passado 7. Visão transcendental da condição humana 8. Racionalismo 9. Racismo 10. Criança = “adulto em miniatura” O NOVO 1. Espírito solidário 2. Questionamento da autoridade 3. Valorização do fazer como manifestação autêntica do ser 4. Moral da responsabilidade ética 5. Sociedade sexófila 6. Redescoberta e reinvenção do passado 7. Visão cósmica/existencial/mutante da condição humana 8. Fenomenologia 9. Antirracismo 10. Criança = “ser em formação” (mutantes do novo milênio)
  • 10. Literatura Clássica Mundial (ARROYO, 2011) 1. A tradição oral: mitos, lendas,contos exemplares. 2. Fábulas orientais (séc. V a.C.): Pantcha- Tantra, Ramayana, Hitopadexa, Calila e Dimna, as Mil de uma noites 3. Homero (séc. VIII a.c.) com Odisseia e Ilíada. Fábulas de Esopo (séc. VII a.C.) e Fedro (14 d.C.) 4. Della Croce (1550-1620) com Bertoldo 5. Straparola de Caravaggio (1557), As 13 noites prazerosas, aparece o Gato de Botas. 6. Giambattista Basile (1575-1632), Conti de conti, aparecem a Gata Borralheira, Bela Adormecida, Branca de Neve, etc. 7. Gonçalo Trancoso (1575), Contos e histórias de proveito, histórias colhidas da tradição portuguesa, árabe, influencia de Caravaggio e Basile 8. La Fontaine (1621-1695), Fábulas, retoma Esopo e Fedro. 9. Charles Perrault (1623-1703), da tradição oral, Contos da mamãe Ganso, aparecem Cinderela, Chapeuzinho Vermelho, Gato de Botas, Barba Azul, Bela Adormecida 10. Madame D’Aulnoy (1650-1705), Contos de fadas (1ª vez) 11. Comenius (1592-1670), Orbis Pictus (1658), 1º livro didático ilustrado 12. Fénelon (1651-1715), Fábulas e Télémaque. 13. Mademoiselle De La Force (1654-1724), As fadas (2ª vez) 14. Daniel Defoe (1661-1731), Robinson Crusoé 15. Jonathan Swift (1667-1745), As viagens de Gulliver
  • 11. 16. Condessa de Murat (1670-1716), Novos contos de fadas 17. Dama de Villeneuve (1740), A Bela e a Fera 18. Irmãos Grimm (1785-1863), fábulas e contos recolhidos da tradição folclórica alemã: Branca de Neve, Cinderela, O Alfaiate Valente, O Flautista de Hamelin, Os músicos de Bremen, Rapunzel, Chapeuzinho Vermelho, A Bela Adormecida, João e Maria, Rumpelstiltskin etc. 19. Condessa de Ségur (1799-1894), Biblioteca cor de rosa 20. Hans Christian Andersen (1805-1875), O patinho feio, Soldadinho de chumbo, A pequena Sereia, O rouxinol, A rainha da Neve etc. 21. Collodi (1826-1890), Pinóquio 22. Lewis Carroll (1832-1898), Alice no país das maravilhas 23. Mark Twain (1834-1911), Tom Sawyer e Huckleberry Finn. 24. Edmundo Amicis (1846-1908), Coração 25. Stevenson (1850-1894), A Ilha do Tesouro e Raptado 26. James Barrie (1860-1937), Peter Pan 27. Edgar Rice Burroughs (1875-1950), Tarzan
  • 12. Origens da Literatura Infantil no Brasil Brasil Colônia 1500-1808 Educação Jesuítica (até 1759) Tradição oral = literatura ágrafa. Contribuição dos contadores de histórias africanos: griôs, akpalôs, arokins, dialis. Andavam pelos engenhos contando histórias para crianças. Na maioria, histórias de amedrontar.
  • 13. Período imperial: de D. João VI a D. Pedro II •Permanência da literatura ágrafa e popular (de cordel) •Fundação de colégios, aulas e liceus •A permanência do status religioso na educação •Falta de livros de textos •Instalação da Imprensa Régia •Criança: adulto em miniatura •Escola do castigo, textos adultos para memorização •Educação diferenciada para meninas e meninos •Destaque para professores/preceptores franceses. Havia também ingleses e alemães •Livros da literatura mundial traduzidos no português de Portugal ou lidos no original •Literatura escolar /ilustrações pobres •Leitura obrigatória: Os Lusíadas de Luiz de Camões D. João VI D. Pedro I D. Pedro II
  • 14. Trecho de “Os Lusíadas” Luiz de Camões Eis presto as Nereidas, surgindo das furnas, Rodeiam a frota, que oscila nas águas; Tritão que, soberbo, levava Dione, Da ardente petrina se abrasa nas fráguas. ...... De mui remotos séculos De Lísias vem a origem; Some-lhe o berço mítico Do tempo atra caligem ....... “Os Lusíadas” – poema épico que narra os feitos do povo Luso (português), de 1556. A ação central é a decoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, à volta da qual se vão descrevendo outros episódios da História de Portugal, glorificando o povo português. Muitas referência à mitologia grega. Os pontinhos representam partes “impróprias” censuradas pelo Barão de Paranapiacaba. Imaginem crianças no Brasil decorando e declamando esse poema, certamente nada entendiam. Como diziam críticos da época “estavam preparando crianças para falarem e escreverem como pessoas de 500 anos atrás. Ninguém era capaz de escrever um simples bilhete, se não fosse em um português rebuscado, complicado e antigo...”
  • 15. República até Monteiro Lobato •Leitura de livros para adultos: internacionais e nacionais, exemplo: José de Alencar, Gonçalves Dias... •Predomínio da literatura escolar (didatismo moralizante): Coração (1886), de Amicis; Saudade (1919), de Tales de Andrade; Cazuza (1938), de Viriato Correa • Destaque para imprensa escolar e infantil: jornais publicados por escolas e estudantes (séc. XVIII e XIX) •Revista Tico-Tico (1905). 50 anos de existência. Entretenimento, histórias em quadrinhos, literatura infantil. Desaparece após surgimentos das histórias em quadrinhos estrangeiras: Fantasma, Mandrake etc. •Literatura reflete todas as principais tendências da Europa: fábulas, contos de fada maravilhosos, novelas de aventura e cavalaria •Nacionalismo com ênfase na vida rural •Culto da inteligência • Moralismo e religiosidade •Exemplaridade e doutrinação
  • 16. Autores brasileiros da época da Literatura Escolar (didatismo moralizante, nacionalista – realismo sem fantasia) •José Saturnino da Costa Pereira, com Leitura para meninos (1818) •Ildefonso Laura César, com Lições a meus filhos ( 1854) •César Augusto Marques, com A meus filhos (1872) •Gabriela de Jesus Ferreira França, com Contos Brasileiros (1881) •Antônio Marques Rodrigues, com o Livro do Povo (1881) •Adelina A. Lopes Vieira e Julia Lopes de Almeida, com Contos Infantis (1886) •Olavo Bilac, com Através do Brasil, Contos Pátrios, Poesias, Livro de leitura, Teatro infantil (1906 a 1910) •Julia Lopes de Almeida, com Histórias da nossa terra (1907); Era uma vez... e Jardim florido (1917) •Tales de Andrade, com Saudade (1919)
  • 17. Monteiro Lobato: gênio revolucionário/ divisor de águas/pai da literatura infantil brasileira •Desvinculou a literatura infantil da literatura escolar/pedagógica/didática •Deu voz à criança, por meio da boneca Emília. •Narizinho Arrebitado (1921); O Saci (1921); Fábulas (1922); e mais 21 títulos com milhares e milhares de exemplares publicados. •Criou as bases da verdadeira literatura infantil brasileira: apelo à imaginação, o non-sense (o absurdo), harmonia com o complexo ecológico brasileiro, movimentação dos diálogos, graça na expressão, linguagem visual e concreta, o enredo... •Muitos autores renomados da literatura para adultos escreveram livros para crianças, na mesma época que Monteiro Lobato, no entanto, não na mesma quantidade.
  • 18. Leitor infantil hoje (COELHO, 2010) PRÉ-LEITOR LEITOR INICIANTE LEITOR EM PROCESSO LEITOR FLUENTE LEITOR CRÍTICO 15 MESES AOS 5 ANOS APROXIMADA- MENTE A PARTIR DOS 5 OU 6 ANOS A PARTIR DOS 8 ANOS A PARTIR DOS 10 ANOS A PARTIR DOS 12 ANOS EDUCAÇÃO INFANTIL ENSINO FUNDAMENTAL Criança: ser em processo de formação (mutantes do novo milênio)
  • 19. A literatura Infantil na sala de aula (GREGORIN FILHO, 2011) LIVROS DIDÁTICOS DE APOIO DIDÁTICO DE LITERATURA INFANTIL Usados para ensinar as disciplinas formadoras do currículo: Português, Matemática, Geografia, História, Ciências... Publicações para aprofundar os conhecimentos de cada disciplina Livros de ficção, Linguagem artística
  • 20. LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA PÓS-LOBATO (1980/1990) CONTEMPORÂNEA (1990 até atualidade) -”Boom” editorial; -influências da abertura política na concepção de educação; -literatura inquieta e questionadora; -questões cotidianas e mais realistas; -apelo à curiosidade do leitor; -diálogo entre autor e leitor; -computador passa a tomar seu lugar nas casas e vida cotidiana; -apelo à visualidade. EXPERIMENTALISMO -LDBEN 9394/1996; -PCNs; -Temas transversais: Ética; Pluralidade Cultural; Meio Ambiente; Saúde; Orientação Sexual; Temas locais. -movimentos sociais e de minorias como reação à estereótipos negativos; -Lei 11645/2008; “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” -tecnologias e múltilas linguagens; -hipertextualidade. MORAL RELATIVA E DIÁLOGOS COM O LEITOR (GREGORIN FILHO, 2011)
  • 21. Abobrinhas Carlos Queiroz Telles (1999) Batatinhas, quando nascem, esparramam pelo chão, invadem as escolinhas, entram em todas as festinhas e viram, declamação: -Que chateação! Ao contrário das colegas de terreiro e de pomar, as alegres abobrinhas crescem fortes e felizes, sem nunca se perguntar onde meninas dormindo colocam os pés e as mãos.
  • 22. Referências Bibliográficas: ARROYO, Leonardo. Literatura infantil brasileira. 3. ed. São Paulo: Editora UNESP, 2011. COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática. 7. ed. São Paulo: Editora Moderna, 2010. GREGORIN FILHO, José Nicolau. Literatura infantil: múltiplas linguagens na formação de leitores. São Paulo: Melhoramentos, 2009.