1) O autor reflete sobre sua experiência de 10 anos como pastor, especialmente sobre a convivência com a dor alheia e própria.
2) A dor alheia inclui o sofrimento de famílias enfrentando câncer e outras doenças. A dor própria veio com o nascimento de seu filho com síndrome de Down.
3) Para enfrentar as dores, o autor busca conforto na pregação da Palavra de Deus.
1. A EXPERIÊNCIA DA DOR NO MINISTÉRIO PASTORAL
Rev. Moisés Coelho Castro
moshecastro@gmail.com
Dez anos e seis meses de ministério pastoral em uma mesma igreja representam
um tempo sugestivo para uma parada estratégica e necessária. Após ter vivido diversas
experiências durante todos esses anos, sinto-me impulsionado a empreender uma jornada
auto-reflexiva em busca de compreensões, respostas e caminhos alternativos para a
continuidade do exercício ministerial.
Para esta reflexão escolhi uma dessas experiências que têm marcado a minha
praxis1 ministerial, exercida no tempo, no espaço e em meio à vida humana. Esta vida que,
aos olhos do poeta, “não pára”2, lançando-me sobre as tramas e teias da existência humana.
“Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma; até quando o corpo pede um pouco
mais de alma; a vida não pára”3. Nessa mesma veia poética, falando sobre a beleza e
importância do tempo, Rubem Alves adverte em seu Tempus Fugit: “Quem sabe que o
tempo está fugindo descobre, subitamente, a beleza única do momento que nunca mais
será...”4
Preciso, então, valorizar e aproveitar o tempo que Deus tem me concedido para
viver em meio à vida das pessoas, experimentar suas experiências e chorar suas dores.
Refletir sobre isso, hoje, é compreender o que é tempus fugit.
A experiência a que me refiro, como o próprio título deste trabalho especifica,
trata-se da convivência com a dor, que tanto pode ser a minha própria dor, enquanto pastor
e ser humano inserido em um universo de aflições (Jo 16.33), como bem pode ser a dor
alheia, do próximo, com a qual tenho me confrontado no exercício do aconselhamento
1
Mantenho o termo original por compreender, na linha de Aristóteles e juntamente com Groome, que “Praxis
é a ação ética decidida, intencional e reflexivamente escolhida.” Nesta acepção, “praxis inclui sempre
‘momentos gêmeos’ – ação (isto é, participação) e reflexão, mas não separadas entre si; é ação praticada
reflexivamente, e reflexão sobre o que se faz.” As citações foram extraídas de: GROOME, Thomas H.
Educação religiosa cristã: compartilhando nosso caso e visão. São Paulo: Paulinas, 1985, p. 229 e 233.
2
Faço referência ao poema “Paciência” de Lenine e Dudu Falcão, selecionado em: BORGATTO, Ana M.
Trinconi, BERTINI, Teresinha Costa H. e MARCHESI, Vera Lúcia de Carvalho (Orgs.). Antologia Poética
Nestlé. São Paulo: Fundação Nestlé de Cultura, 2002, p. 15.
3
Ibid.
4
ALVES, Rubem. Tempus Fugit. São Paulo: Paulus, 1990, p. 11.
2. 2
pastoral, nas visitas aos enfermos e angustiados, nas casas, nos hospitais, nos púlpitos e em
diversos lugares por onde transito, não como habitante, mas como passageiro convidado
ou, até mesmo, como clandestino, viajando sem pedir licença e introduzindo-me “sub-
repticiamente” na vida e no cotidiano das pessoas.
A dor que tenho sentido e que agora reflito talvez seja da mesma intensidade
daquela experimentada pelo profeta Jeremias, tão bem externada em seu desabafo: “Por
que dura a minha dor continuamente, e a minha ferida me dói e não admite cura?” (Jr
15.18). Uma dor que é constante, não vai embora, permanece diante dos meus olhos todos
os dias; a dor que o ministério pastoral me obriga a ver, a sentir e a enfrentar com realismo,
com fé, com esperança e, acima de tudo, com amor; a dor que me desafia a fugir às
armadilhas da apatia e do conformismo, afinal de contas tenho visto essa dor todos os dias
nos olhos dos doentes, dos enlutados, dos abandonados, dos traídos, dos humilhados, dos
alcoolizados, dos deprimidos e de todos aqueles e aquelas que me procuram para uma
oração, que me encontram para ouvir os meus sermões aos domingos ou que me são
apresentados todos os dias na labuta pastoral. Dor e sofrimento que não são maus, mas que,
por ocorrerem continuamente diante dos meus olhos, podem me levar à indiferença, à
apatia. A esse respeito, Moltmann afirma que
O mal e o sofrimento não são maus, mas a indiferença. Insensíveis esquecemo-nos
dos acontecimentos desagradáveis. Não notamos que os jovens desempregados se
multiplicam. Não percebemos que, sem esperança, entregam-se às drogas e se
viciam. Acostumamo-nos a vê-los roubando para comprar “a matéria-prima” de
seus falsos sonhos. Não mais nos alarmamos quando, à luz do dia, vemos assaltos
ou atropelamentos. Ninguém se espanta. E assim o mal se expande como um tumor
no corpo doente. Amplia-se o círculo diabólico da pobreza, do desemprego, da
criminalidade e das prisões. Por quê? Porque, simplesmente, não paramos para
pensar, e não nos deixamos impressionar. Aceitamos a brutalidade. Não queremos
admitir a miséria dos outros. Evitamos, destarte, sofrer com eles. Perdemos a
paixão pela vida.5
Minha reflexão sobre a experiência da dor no ministério pastoral, apresentada
neste texto, possui dois propósitos: em primeiro lugar, quer ser uma contribuição ao Fórum
de Reflexão Ministerial no 5 Congresso Brasileiro de Teologia Vida Nova; em segundo
lugar, quer ser uma reflexão pessoal de uma parte da minha experiência ministerial com o
intuito de me auxiliar na busca e realização de minha vocação, que além de me confrontar
com a realidade e existência de muitos seres humanos, também me desafia a empreender
5
MOLTMANN, Jürgen. Paixão pela vida. São Paulo: Aste, 1978, p. 11. Essa obra reúne as conferências
pronunciadas pelo teólogo de Tübingen, em diversas escolas de teologia, quando esteve no Brasil, em
setembro de 1977.
3. 3
uma busca de mim mesmo, do meu “eu-em-construção”, visto que, enquanto pessoa,
jamais estarei pronto, acabado. Dessa forma, unindo experiência individual e experiência
coletiva estarei dando um importante passo para não perder a “paixão pela vida”.
A consciência da vocação e a atuação pastoral me empurram na direção de uma
busca existencial, que e envolve a todos os seres humanos e me faz cantar a canção
Caçador de mim, eternizada pela voz de Milton Nascimento: “Por tanto amor, por tanta
emoção, a vida me fez assim: manso ou feroz, louco ou atroz, eu, caçador de mim”6.
Indubitavelmente, cada ser, em todo o mundo, está à procura de si mesmo. Não basta estar
no mundo, é preciso ser no mundo. Para tanto, como todos os seres humanos, eu preciso
empreender, sempre, a busca por mim mesmo para provocar o que Heidegger denomina
“des-ocultação do Ser”7.
Tentando viver e compreender essa busca existencial, desafiado pela minha
vocação, apresento esta reflexão a respeito de um aspecto do meu próprio ministério,
exclusivamente, em primeira pessoa, fugindo-me da frieza da linguagem científica, porque
não desejo qualquer distância do objeto refletido, ao contrário, prezo pela aproximação,
quero estar bem perto daquilo que me toca e me confronta, fazendo-me derramar lágrimas
e apertar o peito à experiência da dor.
Por ser um reflexo da minha praxis ministerial, dou prioridade à experiência e
faço uso limitado e parcimonioso de conteúdos e expressões teológicos. Com isso não
quero diminuir a teologia e exaltar a experiência, mas reconhecer que a principal evidência
de que sou um pastor não é a minha teologia, que dá sentido e significado ao que faço, mas
a prática ministerial refletida em minha experiência através daquilo que faço. Nesse
sentido, guardadas as devidas proporções, lembro-me de Campbell:
Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso que seja
assim. Penso que o que estamos procurando é uma experiência de estar vivos, de
modo que nossas experiências de vida, no plano puramente físico, tenham
ressonância no interior do nosso ser e da nossa realidade mais íntimos, de modo
que realmente sintamos o enlevo de estar vivos. 8
6
MAGRÃO, Sérgio; SÁ, Luiz Carlos (Compositores). Em: NASCIMENTO, Milton. Minha História. Rio de
Janeiro: Polygram do Brasil, s.d. 1 CD (1:00’08”). Faixa 11.
7
Cf.: HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. 2 vols. Petrópolis: Vozes, 1997.
8
CAMPBELL, Joseph. O poder do mito. Joseph Campbell, com Bill Moyers; org. por Betty Sue Flowers.
Trad. Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Palas Athena, 1990, p. 3.
4. 4
Como pastor, sou chamado por Deus a colocar-me ao lado das pessoas a fim de
orientá-las e ajudá-las na busca da superação, da resistência e da perseverança. Além de
sentir e enfrentar minhas próprias dores, tenho que sentir e enfrentar a dor alheia. A mim,
pastor, não me basta a própria experiência de dor, pois estou inserido no universo das
experiências das dores da humanidade que me cerca; sou interpelado, diariamente, pelos
olhares das “ovelhas aflitas e exaustas” (Mt 9.36).
Com o intuito de tornar claros os meus propósitos, apresento essa reflexão
procurando evidenciar três momentos distintos que se misturam nas tramas e teias da
experiência da dor.
Primeiramente, preciso falar da dor alheia, aquela que as pessoas dividem comigo,
deliberadamente ou não, na minha caminhada pastoral. Dor que não se cala e que me faz
lembrar das palavras do Rev. Élben Lenz César, que me foram ditas quando, juntos,
compartilhávamos nossas dores à mesa de refeições no último dia do 4 Congresso de
Teologia Vida Nova, em 2006: “Dor dividida é dor diminuída”. De fato, o pastor é
chamado a receber a parte que lhe cabe das dores alheias. A dor dos cânceres que
acometem crianças, jovens, adultos e velhos. A dor e a angústia maior9, que me faz
lembrar daquela menina, que aos cinco ou seis anos de idade passou a lutar contra um
câncer na cabeça. Como foi difícil e dolorido ter que acompanhar essa dor no limiar do
meu ministério. Mais difícil, ainda, foi ter que realizar o primeiro e, até hoje, único ofício
fúnebre de uma criança que sempre esperou a cura. Como ser pastor diante de tamanha
dor? Como ter que falar quando a dor alheia insiste em me fazer calar? O mesmo câncer
que levou a menina, também, levou ao extremo da dor dois irmãos em tempos diferentes,
mas nas mesmas condições, fazendo-os definhar, exaurindo-lhes todas as forças. E eu
estive com eles até ao fim. O que dizer da dor de uma mesma família, que teve a mãe, o
pai, a filha mais velha e a filha mais nova dizimados por cânceres diferentes, em anos
diferentes e, agora, o neto mais velho, o filho da irmã mais velha descobre, também, um
tipo diferente de câncer em seu corpo. Que dor essa família não tem enfrentado? Que
insegurança? Quem será o próximo? Como aguardar a dor que ainda virá?
Em segundo lugar, preciso falar da minha própria experiência de dor, enfrentada e
resistida dia-a-dia com minha esposa, Eliza e meus dois filhos, Laila e Pedro, aqueles a
quem dedico este trabalho, por caminharem ao meu lado pela via dolorosa. Essa dor veio
9
Poderia ter usado outros exemplos, como o desemprego, a traição, as drogas e outras doenças, mas escolhi o
câncer por ser o mal que mais tem causado angústia, insegurança e medo na vida das minhas ovelhas.
5. 5
uma semana após ter pregado um sermão, baseado em Jó 40 e 41, com o título “A resposta
de Deus a Jó do meio de um redemoinho”, quando mostrei à igreja que, muitas vezes,
diante da dor, Deus responde perguntando, pois, no caso de Jó, Deus responde ao homem
de dores com cinqüenta e três perguntas. Naquele domingo, falei sobre o silêncio de Deus
diante das dores humanas; no domingo seguinte, no mesmo instante do culto, nascia o meu
filho Pedro, um lindo garoto portador da Síndrome de Down. Por quê? A dor da minha
esposa, a minha dor, incertezas, fragilidades, frustrações e lágrimas se misturando de uma
vez só. Aprendi, de fato, o que é prantear, chorar até as lágrimas não escorrerem mais dos
olhos. Hoje, meu filho está lindo, crescendo e se desenvolvendo, pela graça de Deus, além
das expectativas, provocando muitos risos e alegrias. Deus tem planos para minha família,
pois tem mostrado os caminhos. Não obstante os risos, as alegrias e a consciência dos
planos de Deus, continuo a sentir a mesma dor, a mesma insegurança, os mesmos medos e
a ausência de algumas respostas. Sou homem e continuo a questionar: Por quê?
Por último, gostaria de dizer que, para a dor alheia e para a minha própria dor, a
melhor alternativa de enfrentamento, resistência e superação que tenho encontrado em meu
ministério tem sido a pregação da Palavra de Deus. Este aspecto do meu ministério tem se
tornado refrigério para mim e para os meus ouvintes nos momentos difíceis de
enfrentamento das dores. Através da pregação, Deus tem me feito unir o horizonte da vida
ao horizonte da Palavra; a realidade da dor à realidade antecipada e esperada pela fé; o
desespero humano à esperança divina. Através da pregação na força do Espírito, tenho
conseguido enfrentar minha dor de frente, passar pelo silêncio de Deus, mas, acima de
tudo, encher-me de esperança, porque se não tenho respostas que satisfazem, a Palavra de
Deus me mostra que ele está comigo em minha dor, seja ela qual for. Essa experiência, que
tenho levado ao púlpito, também, tem-me feito comunicar à igreja que “a tribulação produz
perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança” (Rm 5.3-4).
O ministério pastoral tem me feito ver que na experiência da dor não estou
sozinho, mas em companhia do mundo inteiro. Todas as pessoas enfrentam dor, em maior
ou menor grau e por razões diversas. Não há no mundo ninguém sem angústias ou isento
de dores. Afinal de contas, como o próprio Jesus ensinou, enfrentar aflições é a
normalidade da vida. Como diz Jonathan Menezes, fazendo uma leitura do pensamento de
Henri Nouwen, “Ele [Jesus] não veio eliminar as dores, mas ajudar-nos a enfrentá-las com
6. 6
o realismo e a esperança que a vida nesse mundo requer, na perspectiva da graça e do amor
de Deus”10.
Um dos principais desafios do Ministério da Palavra, em seu caráter profético, é
oferecer, sempre, uma pregação que se transforme em alternativa. Como afirma
Brueggemann, “A função do ministério profético é alimentar, nutrir, fazer surgir uma
consciência e uma percepção alternativa” 11, é claro, da realidade. Nesse sentido, a pregação
é a principal ferramenta do pastor, que o capacita a oferecer essa alternativa às pessoas no
enfrentamento, resistência e superação da dor. Não apenas porque a Palavra pode
transformar o mundo, mas porque “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de
toda palavra que procede da boca de Deus.” (Mt 4.4).
A pregação da Palavra de Deus tem sido uma ferramenta imprescindível ao meu
pastorado, pois tem me feito cumprir o ministério da consolação nos moldes de Isaías 40.1-
2: “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém”. De
fato, somente a Palavra de Deus, quando dita, é capaz de falar aos corações de homens e
mulheres que se encontram em seus desertos, vales, montes e em seus “Getsêmanis”,
povoados por suas dores.
À dimensão da dor e do desespero humano tenho apresentado, todos os domingos
nos púlpitos, a dimensão da esperança, gerada, nutrida e preservada pela Palavra de Deus.
E, dessa forma, tenho me encontrado como pastor e homem que vive em meio às
dores do próximo e se sente desafiado a enfrentar a própria dor com a Palavra, além de se
ver, sempre, fortalecido em suas fraquezas pela graça de Deus.
Ao concluir este texto, sei que estou “avançando para as coisas que diante de mim
estão e prosseguindo para o alvo” (Fl 3.13-14). Essa consciência me faz lembrar as
palavras do cantador François Silvestre, das quais me aproprio em paráfrase para finalizar:
“Só é pastor quem traz no peito o cheiro e a cor de sua terra, a marca de sangue
de seus mortos e a certeza de luta de seus vivos...”12
10
MENEZES, Jonathan. Espiritualidade para o século XXI: o pensamento de Henri Nouwen. Disponível em:
<http://www.ftl.org.br/index2.php?option=com_content&task=view&id=59&pop=1&pag...> Acessado em 6
de junho de 2007.
11
BRUEGGEMANN, Walter. Imaginação profética. São Paulo: Paulinas, 1983 p. 12.
12
Verso original: “Só é cantador quem traz no peito o cheiro e a cor de sua terra, a marca de sangue de seus
mortos e a certeza de luta de seus vivos...” Cf. ARANTANHA, Mário de (Produtor). Elomar, Geraldo
Azevedo, Vital Farias, Xangai – Cantoria 1. Rio de Janeiro: Kuarup, 1984. 1 CD. Encarte.
7. 7
MOISÉS COELHO CASTRO
Breve Currículo
Tenho 38 anos, sou casado com Eliza Mary Moisés Castro e temos dois
filhos: Laila Moisés Castro (4 anos) e Pedro Moisés Castro (1 ano). Sou
pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, ordenado pelo Presbitério Vale do
Rio Grande em 29 de dezembro de 1996; atuo como pastor da Igreja
Presbiteriana de Passos (Passos/MG) desde o ano de 1997; sou Mestre em
Teologia, na área de Antigo Testamento, pelo Centro Presbiteriano de Pós-
Graduação Andrew Jumper (2003), em São Paulo/SP; Bacharel em Teologia
pelo Seminário Presbiteriano do Sul (1996), em Campinas/SP; Bacharel em
Direito pela Faculdade de Direito de Passos – FESP/UEMG (2005), em
Passos/MG; atuei como professor de Teologia do Novo Testamento e
Introdução ao Novo Testamento, no ano de 2002, no Seminário Presbiteriano
do Sul, em Campinas/SP; fui convidado, recentemente, para lecionar Filosofia
na Faculdade de Serviço Social de Passos – FESP/UEMG, em Passos/MG.
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