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TÉCNICAS DE INALAÇÃO
E DISPOSITIVOS INALATÓRIOS
Dr. Ramon Florez Acuña
luanda-angola
comuc 2020
TERAPÊUTICA INALATÓRIA
Introdução  A via inalatória é atualmente a via
de eleição para a administração de
fármacos no tratamento das
doenças respiratórias.
 A sua otimização exige uma
adequada técnica inalatória e uma
boa adesão por parte dos doentes.
 Menor incidência de efeitos
indesejáveis.
Eficacia  Deve ser desenvolvidas intervenções
educativas orientadas, adequadas e
personalizadas.
 Requere processo educativo, com acções
práticas de informação e formação com
treino do uso dos diversos dispositivos
inalatórios.
Vantagens
da
terapêutica
inalatória
Uso de menor
quantidade de drogas
para obter o mesmo
efeito terapêutico.
Um início mais rápido de
acção.
Menos efeitos
secundários.
 Drug Discovery Today Volume 23, Number 10 October 2018
Factores que influenciam a deposição
de drogas inaladas no pulmão
 Óptimas condições, em adultos e crianças
colaborantes apenas 14-40% atinge o
pulmão. Há factores:
 Aspectos anatomofisiológicos das vias aéreas.
 Características da partícula inalada.
 Factores inerentes ao doente / padrão
ventilatório
 Métodos de aerossolterapia.
Características da partícula…
 Deposição por mecanismos:
 Impacto por inércia - Partículas maiores depositadas logo nos
primeiros obstáculos encontrados (orofaringe e vias aéreas
centrais).
 Sedimentação gravitacional - Condiciona a deposição de
partículas a nível das pequenas vias aéreas e alvéolos.
 Difusão – Partículas diâmetro < 1 μm (escasso valor
terapêutico).
Características da
partícula…Tamanho
> 5 μm. vias aéreas superiores
(orofaringe e traqueia), por
impacto e por inércia.
5 e 2 μm. Vias aéreas inferiores
(alvéolos e ácinos), por
sedimentação.
3 e 0,8 μm. Atingem
habitualmente o parênquima.
< 0,8 μm. Não cumprem
objectivos terapêuticos já que
a maior parte são expiradas.
Factores inerentes ao doente /
padrão ventilatório
 Características físicas e o padrão ventilatório:
 Idade
 Doenças respiratórias (Asma-DPOC)
 A inalação rápida aumenta a probabilidade de
impacto na orofaringe e vias aéreas centrais.
 A inalação lenta e uma pausa após a inspiração
favorece a deposição mais periférica,
penetrando mais profundamente.
Formas de terapêutica inalatória
 Para que a terapêutica inalatória seja
uma terapêutica eficaz, é necessário uma
correcta utilização dos dispositivos de
inalação, requerendo a sua
demonstração e ensino repetido aos
doentes.
Dispositivos para inalação
Objetivo principal:
 Deposição do fármaco nas vias áreas inferiores para se obter os
seus efeitos terapêuticos.
Inaladores pressurizados de
dose calibrada
(pressurised metered dose inhaler -
pMDI)
 Vantagens:
 Baixo custo
 Portáteis
 Discretos
 Prontos a ser utilizados
 Desvantagens:
 Dificuldade na coordenação mão-pulmão
 Efeito cold freon
 Elevada deposição na orofaringe
 Efeito broncoconstritor propelente/aditivos
 Crianças sempre com câmara expansora
Técnica do pMDI
1. Aquecer a embalagem à temperatura
corporal
2. Retirar a tampa e agitar a embalagem
(na posição vertical)
3. Colocar a embalagem na posição
vertical (em forma de L) com o
indicador na parte superior e o dedo
polegar na parte inferior da mesma
4. Inclinar ligeiramente a cabeça para
trás (para diminuir o ângulo reto entre
a orofaringe e a traqueia)
5. Efetuar uma expiração lenta (até à
capacidade de reserva funcional)
6. Colocar o bucal na boca, fechando os
lábios e a língua por baixo
7. Começar a inspirar lentamente e ativar
o pMDI (débito inspiratório de 30 L/min)
8. Continuar a inspirar lentamente e
profundamente até à capacidade
pulmonar total (3-5 segundos)
9. Suster a respiração durante 10
segundos (adultos).
Se tiver sido prescrito mais de um puff,
aguardar 30 segundos a 1 minuto para
nova inalação.
Inaladores de pó seco
(Dry power inhaler – DPI)
 Vantagens:
 Pequenos e portáteis
 Não necessitam de coordenação inspiratória
 Eficácia clínica ≥ pMDI
 Não têm propelentes
 Podem ser utilizados por crianças > 5 anos
 Muitos têm contador de doses
 Desvantagens:
 Débito inspiratório ≥ 30 L/min
 Requerem inspiração ativa
 Necessidade de proteger da humidade
 Risco de contaminação
 Custo mais elevado do que os pMDI
DPI
 A desagregação do pó para se conseguir partículas
respiráveis depende da inalação.
 A inspiração deve ser profunda e a inalação rápida,
forçada e constante, desde o início.
 Uma inalação pouco vigorosa e lenta compromete a
eficácia da medicação (pouca deposição no pulmão e
maior na orofaringe).
 A partir dos 5/6 anos já se consegue que muitas das
crianças realizem a técnica correta de forma a obter a
eficácia terapêutica.
DPI…
Utilização individual, exclusiva,
uma vez que não podem ser
submetidos a nenhum
processo de lavagem.
pMDI com câmaras expansoras
 Vantagens:
 Para todas as idades
 Redução da deposição na orofaringe (↓ velocidade)
 Maior tempo de evaporação do propulsor reduz o tamanho das
partículas (aumenta a fracção de partículas finas respiráveis) e
melhora a deposição pulmonar.
 Diminuição da necessidade de coordenação mão-pulmão
 Ausência do efeito cold freon
 Possibilidade de utilização em doentes de todas as Idades
 Desvantagens:
 Pouco portáteis
 O atraso entre a ativação do pMDI e a inalação diminui o efeito
terapêutico, por deposição de partículas de DAMM <5μm
 Substituição anual
 Lavagem semanal (detergente suave)
 Secar ao ar (↓ a eletricidade estática)
The five devices and valved holding chambers a) Tips-haler spacer; b) Dolphin chamber; c)
homemade spacer from a water bottle; d) Aerochamber plus flow Vu chamber; e) Able spacer.
Mina Nicola et al. ERJ Open Res 2020;6:00073-2020
©2020 by European Respiratory Society
Técnica de pMDI com câmara
expansora
1. O doente deve estar de pé, sentado ou
semissentado
2. Aquecer o pMDI à temperatura corporal
3. Retirar a tampa do pMDI e agitar durante
5 segundos (ou colocar o pMDI na
câmara e agitar em seguida)
4. Colocar o pMDI na posição vertical (em
forma de L) e adaptá-lo à câmara
expansora
5. Efetuar uma expiração lenta (adultos e
crianças > 5 anos)
6. Colocar o bucal da câmara entre os
dentes, fechando os lábios e colocando
a língua para baixo. No caso das
câmaras com máscara, esta deve ficar
bem adaptada à face, com as narinas
ocluídas
7. Ativar o pMDI (no final da expiração)
8. Inspirar lenta e profundamente até à
capacidade pulmonar total
9. Suster a respiração durante 10 segundos
(adultos) ou 5 segundos (crianças)
10. Pode realizar-se uma segunda inalação
lenta, para assegurar o esvaziamento da
câmara e aproveitamento completo da
dose administrada (durante 30 segundos
ou 5 inspirações na idade pediátrica)
 Esperar pelo menos 30 segundos antes de
repetir e ativação do pMDI
Técnica de pMDI com câmara
expansora…
Recomenda-se ainda:
 Se prescrito mais de um puff, retirar da boca e
aguardar 30 segundos para nova inalação. Agitar
novamente o pMDI adaptado ou não à câmara
expansora e repetir os passos 6 a 9
 Nas crianças < 3 anos usar máscara facial (acima
desta idade preferir peça bucal sempre que haja
colaboração, o que deve ser observado em
consulta)
 A verificação do movimento da válvula durante a
respiração é fundamental
Erros frequentes
Não ajustar adequadamente a máscara
facial à face.
O atraso da inalação após a ativação
do pMDI.
A não higienização semanal da câmara
expansora.
Acionar múltiplos puffs do fármaco
numa só inalação.
DISPOSITIVOS PARA INALAÇÃO...
 Nebulizadores
 Aparelhos que produzem um aerossol a partir duma
solução aquosa contendo o fármaco.
 O aerossol pode ser produzido por nebulizador:
pneumático ou ultra-sónico.
 A maior parte da dose do fármaco a nebulizar é
fornecida nos primeiros 5 minutos. O tempo de
nebulização recomendado é entre 10-15 minutos
(ideal 10 minutos na idade pediátrica).
“O ensino da técnica inalatória tem que ser efetuado e
revisto em cada consulta (Evidência A)”
 Preparar um procedimento
para ensinar cada doente
que venha a uma consulta
como usar os seus inaladores
 Quando prescrever um
inalador, dar uma
explicação, sem pressa, de
cada passo da técnica
inalatória
 Em seguida, realizar todo o
procedimento de inalação
usando um inalador de
placebo, na frente do
doente
 Pedir ao doente para trazer o
seu inalador a cada consulta
de acompanhamento para
observar como o usa
 Corrigir os erros cometidos
pelo doente até que adquira
a técnica correta; se não
conseguir usá-lo
corretamente, altere o
inalador
 Perguntar ao doente se se
sente confortável a usar o
inalador prescrito ou se
prefere um diferente. Se for
necessário, voltar para o
inalador anterior ou explique
porque foi substituído
 Informar o doente de que o
inalador deve ser utilizado
sempre que necessário e
deve estar sempre acessível,
de modo a estar
imediatamente pronto em
caso de necessidade
 No caso de um inalador sem
contador, dizer ao doente
para anotar a data em que
começou a usá-lo e as vezes
que o usou. Informar para
nunca deixar o inalador em
ambiente muito frio ou em
ambiente quente e húmido
 Se prescrever uma câmara
expansora, verificar como o
doente a usa e certificar-se
de que a manutenção é
levada a cabo de acordo
com o método e os tempos
indicados na folha de
informação do fabricante
Referencias
 Cates CJ,Welsh EJ, Rowe BH. Holding chambers (spacers) versus
nebulisers for betaagonist treatment of acute asthma. Cochrane
Database Syst Rev 2013;9:CD000052.
 Vincken W, Levy ML, Scullion J, et al. Spacer devices for inhaled
therapy: why use them, and how? ERJ Open Res 2018; 4
 Nicola M, Soliman YMA, Hussein R, et al. Comparison between
traditional and nontraditional add-on devices used with pressurised
metered-dose inhalers. ERJ Open Res 2020; 6
 Terapêutica inalatória: Técnicas de inalação e dispositivos
inalatórios. Rev Port Imunoalergologia 2017;25(1):9-26
Obrigado

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Terapêutica inalatória

  • 1. TÉCNICAS DE INALAÇÃO E DISPOSITIVOS INALATÓRIOS Dr. Ramon Florez Acuña luanda-angola comuc 2020 TERAPÊUTICA INALATÓRIA
  • 2. Introdução  A via inalatória é atualmente a via de eleição para a administração de fármacos no tratamento das doenças respiratórias.  A sua otimização exige uma adequada técnica inalatória e uma boa adesão por parte dos doentes.  Menor incidência de efeitos indesejáveis.
  • 3. Eficacia  Deve ser desenvolvidas intervenções educativas orientadas, adequadas e personalizadas.  Requere processo educativo, com acções práticas de informação e formação com treino do uso dos diversos dispositivos inalatórios.
  • 4. Vantagens da terapêutica inalatória Uso de menor quantidade de drogas para obter o mesmo efeito terapêutico. Um início mais rápido de acção. Menos efeitos secundários.
  • 5.
  • 6.  Drug Discovery Today Volume 23, Number 10 October 2018
  • 7. Factores que influenciam a deposição de drogas inaladas no pulmão  Óptimas condições, em adultos e crianças colaborantes apenas 14-40% atinge o pulmão. Há factores:  Aspectos anatomofisiológicos das vias aéreas.  Características da partícula inalada.  Factores inerentes ao doente / padrão ventilatório  Métodos de aerossolterapia.
  • 8. Características da partícula…  Deposição por mecanismos:  Impacto por inércia - Partículas maiores depositadas logo nos primeiros obstáculos encontrados (orofaringe e vias aéreas centrais).  Sedimentação gravitacional - Condiciona a deposição de partículas a nível das pequenas vias aéreas e alvéolos.  Difusão – Partículas diâmetro < 1 μm (escasso valor terapêutico).
  • 9. Características da partícula…Tamanho > 5 μm. vias aéreas superiores (orofaringe e traqueia), por impacto e por inércia. 5 e 2 μm. Vias aéreas inferiores (alvéolos e ácinos), por sedimentação. 3 e 0,8 μm. Atingem habitualmente o parênquima. < 0,8 μm. Não cumprem objectivos terapêuticos já que a maior parte são expiradas.
  • 10. Factores inerentes ao doente / padrão ventilatório  Características físicas e o padrão ventilatório:  Idade  Doenças respiratórias (Asma-DPOC)  A inalação rápida aumenta a probabilidade de impacto na orofaringe e vias aéreas centrais.  A inalação lenta e uma pausa após a inspiração favorece a deposição mais periférica, penetrando mais profundamente.
  • 11. Formas de terapêutica inalatória  Para que a terapêutica inalatória seja uma terapêutica eficaz, é necessário uma correcta utilização dos dispositivos de inalação, requerendo a sua demonstração e ensino repetido aos doentes.
  • 12. Dispositivos para inalação Objetivo principal:  Deposição do fármaco nas vias áreas inferiores para se obter os seus efeitos terapêuticos.
  • 13. Inaladores pressurizados de dose calibrada (pressurised metered dose inhaler - pMDI)  Vantagens:  Baixo custo  Portáteis  Discretos  Prontos a ser utilizados  Desvantagens:  Dificuldade na coordenação mão-pulmão  Efeito cold freon  Elevada deposição na orofaringe  Efeito broncoconstritor propelente/aditivos  Crianças sempre com câmara expansora
  • 14. Técnica do pMDI 1. Aquecer a embalagem à temperatura corporal 2. Retirar a tampa e agitar a embalagem (na posição vertical) 3. Colocar a embalagem na posição vertical (em forma de L) com o indicador na parte superior e o dedo polegar na parte inferior da mesma 4. Inclinar ligeiramente a cabeça para trás (para diminuir o ângulo reto entre a orofaringe e a traqueia) 5. Efetuar uma expiração lenta (até à capacidade de reserva funcional) 6. Colocar o bucal na boca, fechando os lábios e a língua por baixo 7. Começar a inspirar lentamente e ativar o pMDI (débito inspiratório de 30 L/min) 8. Continuar a inspirar lentamente e profundamente até à capacidade pulmonar total (3-5 segundos) 9. Suster a respiração durante 10 segundos (adultos). Se tiver sido prescrito mais de um puff, aguardar 30 segundos a 1 minuto para nova inalação.
  • 15. Inaladores de pó seco (Dry power inhaler – DPI)  Vantagens:  Pequenos e portáteis  Não necessitam de coordenação inspiratória  Eficácia clínica ≥ pMDI  Não têm propelentes  Podem ser utilizados por crianças > 5 anos  Muitos têm contador de doses  Desvantagens:  Débito inspiratório ≥ 30 L/min  Requerem inspiração ativa  Necessidade de proteger da humidade  Risco de contaminação  Custo mais elevado do que os pMDI
  • 16. DPI  A desagregação do pó para se conseguir partículas respiráveis depende da inalação.  A inspiração deve ser profunda e a inalação rápida, forçada e constante, desde o início.  Uma inalação pouco vigorosa e lenta compromete a eficácia da medicação (pouca deposição no pulmão e maior na orofaringe).  A partir dos 5/6 anos já se consegue que muitas das crianças realizem a técnica correta de forma a obter a eficácia terapêutica.
  • 17. DPI… Utilização individual, exclusiva, uma vez que não podem ser submetidos a nenhum processo de lavagem.
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  • 20. pMDI com câmaras expansoras  Vantagens:  Para todas as idades  Redução da deposição na orofaringe (↓ velocidade)  Maior tempo de evaporação do propulsor reduz o tamanho das partículas (aumenta a fracção de partículas finas respiráveis) e melhora a deposição pulmonar.  Diminuição da necessidade de coordenação mão-pulmão  Ausência do efeito cold freon  Possibilidade de utilização em doentes de todas as Idades  Desvantagens:  Pouco portáteis  O atraso entre a ativação do pMDI e a inalação diminui o efeito terapêutico, por deposição de partículas de DAMM <5μm  Substituição anual  Lavagem semanal (detergente suave)  Secar ao ar (↓ a eletricidade estática)
  • 21. The five devices and valved holding chambers a) Tips-haler spacer; b) Dolphin chamber; c) homemade spacer from a water bottle; d) Aerochamber plus flow Vu chamber; e) Able spacer. Mina Nicola et al. ERJ Open Res 2020;6:00073-2020 ©2020 by European Respiratory Society
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  • 23. Técnica de pMDI com câmara expansora 1. O doente deve estar de pé, sentado ou semissentado 2. Aquecer o pMDI à temperatura corporal 3. Retirar a tampa do pMDI e agitar durante 5 segundos (ou colocar o pMDI na câmara e agitar em seguida) 4. Colocar o pMDI na posição vertical (em forma de L) e adaptá-lo à câmara expansora 5. Efetuar uma expiração lenta (adultos e crianças > 5 anos) 6. Colocar o bucal da câmara entre os dentes, fechando os lábios e colocando a língua para baixo. No caso das câmaras com máscara, esta deve ficar bem adaptada à face, com as narinas ocluídas 7. Ativar o pMDI (no final da expiração) 8. Inspirar lenta e profundamente até à capacidade pulmonar total 9. Suster a respiração durante 10 segundos (adultos) ou 5 segundos (crianças) 10. Pode realizar-se uma segunda inalação lenta, para assegurar o esvaziamento da câmara e aproveitamento completo da dose administrada (durante 30 segundos ou 5 inspirações na idade pediátrica)  Esperar pelo menos 30 segundos antes de repetir e ativação do pMDI
  • 24. Técnica de pMDI com câmara expansora… Recomenda-se ainda:  Se prescrito mais de um puff, retirar da boca e aguardar 30 segundos para nova inalação. Agitar novamente o pMDI adaptado ou não à câmara expansora e repetir os passos 6 a 9  Nas crianças < 3 anos usar máscara facial (acima desta idade preferir peça bucal sempre que haja colaboração, o que deve ser observado em consulta)  A verificação do movimento da válvula durante a respiração é fundamental
  • 25. Erros frequentes Não ajustar adequadamente a máscara facial à face. O atraso da inalação após a ativação do pMDI. A não higienização semanal da câmara expansora. Acionar múltiplos puffs do fármaco numa só inalação.
  • 26. DISPOSITIVOS PARA INALAÇÃO...  Nebulizadores  Aparelhos que produzem um aerossol a partir duma solução aquosa contendo o fármaco.  O aerossol pode ser produzido por nebulizador: pneumático ou ultra-sónico.  A maior parte da dose do fármaco a nebulizar é fornecida nos primeiros 5 minutos. O tempo de nebulização recomendado é entre 10-15 minutos (ideal 10 minutos na idade pediátrica).
  • 27. “O ensino da técnica inalatória tem que ser efetuado e revisto em cada consulta (Evidência A)”  Preparar um procedimento para ensinar cada doente que venha a uma consulta como usar os seus inaladores  Quando prescrever um inalador, dar uma explicação, sem pressa, de cada passo da técnica inalatória  Em seguida, realizar todo o procedimento de inalação usando um inalador de placebo, na frente do doente  Pedir ao doente para trazer o seu inalador a cada consulta de acompanhamento para observar como o usa  Corrigir os erros cometidos pelo doente até que adquira a técnica correta; se não conseguir usá-lo corretamente, altere o inalador  Perguntar ao doente se se sente confortável a usar o inalador prescrito ou se prefere um diferente. Se for necessário, voltar para o inalador anterior ou explique porque foi substituído  Informar o doente de que o inalador deve ser utilizado sempre que necessário e deve estar sempre acessível, de modo a estar imediatamente pronto em caso de necessidade  No caso de um inalador sem contador, dizer ao doente para anotar a data em que começou a usá-lo e as vezes que o usou. Informar para nunca deixar o inalador em ambiente muito frio ou em ambiente quente e húmido  Se prescrever uma câmara expansora, verificar como o doente a usa e certificar-se de que a manutenção é levada a cabo de acordo com o método e os tempos indicados na folha de informação do fabricante
  • 28. Referencias  Cates CJ,Welsh EJ, Rowe BH. Holding chambers (spacers) versus nebulisers for betaagonist treatment of acute asthma. Cochrane Database Syst Rev 2013;9:CD000052.  Vincken W, Levy ML, Scullion J, et al. Spacer devices for inhaled therapy: why use them, and how? ERJ Open Res 2018; 4  Nicola M, Soliman YMA, Hussein R, et al. Comparison between traditional and nontraditional add-on devices used with pressurised metered-dose inhalers. ERJ Open Res 2020; 6  Terapêutica inalatória: Técnicas de inalação e dispositivos inalatórios. Rev Port Imunoalergologia 2017;25(1):9-26