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O PALHACINHO TRISTE!!
Num circo, as luzes acenderam-se uma vez mais... O espectáculo ia começar!! As crianças estavam impacientes, não  Conseguiam ficar quietas por causa da ansiedade .
Uma menina vestida de boneca gritava pelos corredores: -Quem quer  pipocas? Ou... algodão doce?Hum... chupa-chupas? Quem quer? Todas elas queriam...Só os pais, muitos (muitos deles) não lhos davam...
As luzes apagam-se todas, sr. Ambrósio começou: -senhoras e senhores, meninas e meninos, bem vindos ao circo Internacional! (Aplausos...) -  Temos para vocês um espectáculo com leões ,cães que jogam futebol, trapézios, magia e um número de surpresas...AH! E o nosso querido palhacinho Dionísio!
O público aplaudiu com toda a força, pois o palhaçinho era adorado por todos. -Agora, vai começar o espectáculo!! Os trapezistas entram em cena... Nos camarins, o palhaçinho Dionísio pintava lentamente o rosto. Dionísio ficava sempre sentado na sua cadeira até ouvir o seu nome.  Dionísio era um rapaz magro, e com muita genica! Era um rapaz muito pensativo e solitário...
Infiltrava-se nos seus pensamentos durante horas a fio. De repente ouviu o Sr.Ambrósio: -Senhores e senhoras, meninos e meninas, chegou o momento que tanto esperavam! Dionísio levantou-se e dirigiu-se para a passagem que dava acesso ao palco, pois  já sabia que era a sua vez de actuar… -O palhacinho Díonisio! Chega directamente da cidade do riso, no pais da gargalhada!!!
Entrou…e o público aplaudiu-o com força, pois gostavam muito do palhacinho Dionísio e das suas brincadeiras e piadas! Actuou com toda a  vivacidade, fazendo tropelias e brincadeiras…As crianças  contorciam-se de  tanto rir!! No fim  do número, despediu-se com uma vénia, virou-se e de propósito tropeçou como despedida, e de seguida saiu.
Ao sair do palco, lembrou-se da sua mãe…O trabalho do palhacinho era fazer  todos felizes , menos uma pessoa…ele próprio. O palhacinho Dionísio vivia triste, apesar de estar sempre rodeado de pessoas que o adoravam, o Senhor Ambrósio que o recolhera, o palhaço Bonifácio que o criou como se fosse seu filho, a Dalila em cujo ombro já tinha chorado várias vezes… Mesmo assim ,continuava triste porque o único sonho que tinha era encontrar a sua mãe que ali o tinha deixado…
O Palhacinho Dionísio lembrava-se dos olhos Azuis da sua mãe, da voz doce e musical, do calor dos lábios e do sorriso maravilhoso que o enchia de alegria e segurança. No fim do seu espectáculo, como todas as outras vezes, nas outras cidades, países, o Palhacinho Dionísio senta-se em frente ao espelho e retira a maquilhagem muito lentamente.
Os seus colegas passavam e felicitavam-no por mais uma actuação fantástica. Havia  Também pessoas que queriam falar sempre com ele…e ele gostava de falar com as pessoas, principalmente com crianças, porque elas abraçavam-no e atiravam-se para o seu pescoço, felizes da vida. Nesta noite teve muita gente a felicitá-lo e a pedir-lhe autógrafos !!! Era uma noite especial, mas em algo diferente, porque depois de todas as visitas saírem, uma senhora manteve-se de pé, alguns passos atrás dele, sem dizer nada…
Só olhava, com um olhar estranho….um olhar familiar… Lentamente , rodou a cadeira e olhou para uns olhos azuis lindíssimos, cercados de rugas e  Cheios de lágrimas presas por um fio, à espera para caírem pelo rosto abaixo… Viu a senhora a abrir um grande sorriso e a exclamar: -Olá Pirilampo!! Sentiu os seus olhos a encherem-se de lágrimas e exclamou: -Olá…Mãe… Deu um salto e abraçou-a com força durante uma eternidade.
- Como eu te procurei meu filho! -Na altura em que te deixei aqui no circo estava tão doente que nunca mais me lembrei do nome deste circo. Nunca pensei que continuasses no circo, muito menos que te tornasses num artista mas hoje… hoje ouvi na rua uma menina a falar com a sua mãe…estava a perguntar se era neste Circo que estava um palhacinho que dizia”Boa noite pirilampos!” A sua mãe disse que sim.
Naquele exacto momento lembrei-me de ti…o meu filho perdido…não resisti e tive de vir Verificar se eras mesmo tu…o meu filho! -sim! Sou eu, mãe! Sou eu! -Isto quer dizer que agora podemos viver juntos outra vez? Perguntou ele cheio de esperança. -Ó meu filho…a tua vida agora é aqui no circo, e a minha…a minha não é  em lugar nenhum… -Então a tua vida é agora aqui no circo! disse o palhacinho todo contente.
Virou-se para todos os outros artistas do circo, que tinham parado para ver o reencontro Entre mãe e filho e perguntou: -Não acham? -Claro que sim! Virou-se para a sua mãe e abraçou-se a ela como se o mundo fosse acabar, ou com medo  que fosse só um sonho que acabaria…Não…Não era um sonho! Era a realidade!
Nunca se sentira tão feliz em toda a sua vida como naquele dia…pura alegria! E foi assim que o palhacinho Dionísio reencontrou a felicidade, que durante anos, só Conseguira dar aos outros… FIM

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O Palhacinho

  • 2. Num circo, as luzes acenderam-se uma vez mais... O espectáculo ia começar!! As crianças estavam impacientes, não Conseguiam ficar quietas por causa da ansiedade .
  • 3. Uma menina vestida de boneca gritava pelos corredores: -Quem quer pipocas? Ou... algodão doce?Hum... chupa-chupas? Quem quer? Todas elas queriam...Só os pais, muitos (muitos deles) não lhos davam...
  • 4. As luzes apagam-se todas, sr. Ambrósio começou: -senhoras e senhores, meninas e meninos, bem vindos ao circo Internacional! (Aplausos...) - Temos para vocês um espectáculo com leões ,cães que jogam futebol, trapézios, magia e um número de surpresas...AH! E o nosso querido palhacinho Dionísio!
  • 5. O público aplaudiu com toda a força, pois o palhaçinho era adorado por todos. -Agora, vai começar o espectáculo!! Os trapezistas entram em cena... Nos camarins, o palhaçinho Dionísio pintava lentamente o rosto. Dionísio ficava sempre sentado na sua cadeira até ouvir o seu nome. Dionísio era um rapaz magro, e com muita genica! Era um rapaz muito pensativo e solitário...
  • 6. Infiltrava-se nos seus pensamentos durante horas a fio. De repente ouviu o Sr.Ambrósio: -Senhores e senhoras, meninos e meninas, chegou o momento que tanto esperavam! Dionísio levantou-se e dirigiu-se para a passagem que dava acesso ao palco, pois já sabia que era a sua vez de actuar… -O palhacinho Díonisio! Chega directamente da cidade do riso, no pais da gargalhada!!!
  • 7. Entrou…e o público aplaudiu-o com força, pois gostavam muito do palhacinho Dionísio e das suas brincadeiras e piadas! Actuou com toda a vivacidade, fazendo tropelias e brincadeiras…As crianças contorciam-se de tanto rir!! No fim do número, despediu-se com uma vénia, virou-se e de propósito tropeçou como despedida, e de seguida saiu.
  • 8. Ao sair do palco, lembrou-se da sua mãe…O trabalho do palhacinho era fazer todos felizes , menos uma pessoa…ele próprio. O palhacinho Dionísio vivia triste, apesar de estar sempre rodeado de pessoas que o adoravam, o Senhor Ambrósio que o recolhera, o palhaço Bonifácio que o criou como se fosse seu filho, a Dalila em cujo ombro já tinha chorado várias vezes… Mesmo assim ,continuava triste porque o único sonho que tinha era encontrar a sua mãe que ali o tinha deixado…
  • 9. O Palhacinho Dionísio lembrava-se dos olhos Azuis da sua mãe, da voz doce e musical, do calor dos lábios e do sorriso maravilhoso que o enchia de alegria e segurança. No fim do seu espectáculo, como todas as outras vezes, nas outras cidades, países, o Palhacinho Dionísio senta-se em frente ao espelho e retira a maquilhagem muito lentamente.
  • 10. Os seus colegas passavam e felicitavam-no por mais uma actuação fantástica. Havia Também pessoas que queriam falar sempre com ele…e ele gostava de falar com as pessoas, principalmente com crianças, porque elas abraçavam-no e atiravam-se para o seu pescoço, felizes da vida. Nesta noite teve muita gente a felicitá-lo e a pedir-lhe autógrafos !!! Era uma noite especial, mas em algo diferente, porque depois de todas as visitas saírem, uma senhora manteve-se de pé, alguns passos atrás dele, sem dizer nada…
  • 11. Só olhava, com um olhar estranho….um olhar familiar… Lentamente , rodou a cadeira e olhou para uns olhos azuis lindíssimos, cercados de rugas e Cheios de lágrimas presas por um fio, à espera para caírem pelo rosto abaixo… Viu a senhora a abrir um grande sorriso e a exclamar: -Olá Pirilampo!! Sentiu os seus olhos a encherem-se de lágrimas e exclamou: -Olá…Mãe… Deu um salto e abraçou-a com força durante uma eternidade.
  • 12. - Como eu te procurei meu filho! -Na altura em que te deixei aqui no circo estava tão doente que nunca mais me lembrei do nome deste circo. Nunca pensei que continuasses no circo, muito menos que te tornasses num artista mas hoje… hoje ouvi na rua uma menina a falar com a sua mãe…estava a perguntar se era neste Circo que estava um palhacinho que dizia”Boa noite pirilampos!” A sua mãe disse que sim.
  • 13. Naquele exacto momento lembrei-me de ti…o meu filho perdido…não resisti e tive de vir Verificar se eras mesmo tu…o meu filho! -sim! Sou eu, mãe! Sou eu! -Isto quer dizer que agora podemos viver juntos outra vez? Perguntou ele cheio de esperança. -Ó meu filho…a tua vida agora é aqui no circo, e a minha…a minha não é em lugar nenhum… -Então a tua vida é agora aqui no circo! disse o palhacinho todo contente.
  • 14. Virou-se para todos os outros artistas do circo, que tinham parado para ver o reencontro Entre mãe e filho e perguntou: -Não acham? -Claro que sim! Virou-se para a sua mãe e abraçou-se a ela como se o mundo fosse acabar, ou com medo que fosse só um sonho que acabaria…Não…Não era um sonho! Era a realidade!
  • 15. Nunca se sentira tão feliz em toda a sua vida como naquele dia…pura alegria! E foi assim que o palhacinho Dionísio reencontrou a felicidade, que durante anos, só Conseguira dar aos outros… FIM