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ESTÓRIAS DA  VOVÓ MIMA
Tonico, um  garoto  triste
Numa pequena cidade do interior vivia Tonico, filho de lavrador e costureira. Sempre foi um garoto quietão, desses de pouca prosa e até meio triste. Sua mãe ficava aborrecida ao ver tanta tristeza nos olhos do filho, e procurava agradá-lo com um gostoso bolo de chocolate. Ele se alegrava enquanto comia seu bolo preferido e logo depois já estava tristonho de novo. Não tenho amigos, não gosto de jogar bola...  E a minha vida é uma chateação!
Um dia foi com a mãe entregar umas costuras e a pequena cidade, sempre tão quieta, estava no maior alvoroço. Música tocava alto, criançada corria... Dona Zefa, sua mãe, procurou saber o que estava acontecendo, e logo descobriu a causa de tanta confusão – o circo tinha chegado! Um circo, meu filho, alegre-se!   disse no maior entusiasmo Dona Zefa.
Mas, o que é um circo?  Tonico tinha uma vaga idéia e, animado pela mãe, lá foi ele ver o desfile do circo. Era a coisa mais linda de se ver! Bailarinas dançavam, macacos faziam macaquices, palhaços faziam palhaçadas e a banda tocava, tocava alegrando a cidade.
E, para agradar o filho, Dona Zefa comprou dois ingressos para o espetáculo – quem sabe Tonico gostasse... Ela sabia que o dinheiro que ganhara com a costura ia fazer falta, mas um sorriso no rosto do filho valia o sacrifício. Dona Zefa e Tonico foram até a casa de uma  comadre, tomaram refresco, comeram bolinhos  e, quando era noitinha foram para o circo. O movimento era grande, todos  animados... menos Tonico, que  parecia estar ali obrigado,  na maior má vontade... Eu sei, vou odiar!!!
Quando o espetáculo começou, a bandinha tocava, o mágico fazia maravilhas, os palhaços contavam piadas e todos se divertiam... menos Tonico, que não achava a menor graça naquilo tudo. Que coisa mais sem graça!
Aí, o apresentador anunciou o número mais importante da noite – os trapezistas! Eram dois rapazes fortes, com roupas muito coloridas e brilhantes e uma linda moça, que parecia até uma princesa. Os tambores rufaram e eles subiram uma escada bem alta. Os rapazes balançavam, balançavam e a mocinha bailava lá no alto. Que coisa mais sem graça,  pensou Tonico.  Ficar balançando pra cá e pra lá, que graça pode ter?  Ficar dançando lá em cima... Que chato! Teve até vontade de ir embora...
De repente, um dos rapazes se soltou da balancinha, fez piruetas no ar e...  Parecia que ia cair, aí o outro companheiro o apanhou e os dois foram seguros para uma pequena plataforma. Todos aplaudiram... Menos Tonico.
Mais piruetas dos rapazes e da moça. Davam o que o apresentador dizia ser um tal salto mortal, perigoso demais – parecia que não conseguiriam e...  Tudo dava certo.  Eles sorriam, agradeciam e saltavam, saltavam, saltavam, sorriam, sorriam... Tonico foi se entusiasmando e, quando Dona Zefa olhou para o lado viu o filho aplaudindo, gritando e sorrindo. Ele era só alegria e entusiasmo. E o palhaço não parava  com suas palhaçadas...
A partir desse dia, Tonico foi um novo menino – alegre, brincalhão e com um sonho na cabeça:  ia ser um trapezista! Mas, ele se lembrou dos moços do circo,  da mocinha e pensou que eles deviam ser amigos, já que confiavam tanto uns nos outros. Enquanto um saltava, lá estava o outro amigo de mãos estendidas para segurá-lo e, quando a mocinha fazia suas peripécias, os rapazes a esperavam com mãos fortes e um grande sorriso. Tonico então...
Tonico percebeu que não tinha amigos e pensou: por quê? Se todos tinham amigos, ele também queria tê-los... E, a partir desse dia procurou estar por perto dos meninos na hora do recreio da escola e na rua onde morava. Fez amizade com um, com outro, com mais um e, de repente já tinha sua turma. A turma do Tonico
Dona Zefa continuou trabalhando na sua máquina de costura e ela, hoje, também é mais contente, pois sabe que seu filho tem um sonho. Um sonho de menino que modificou sua vida, e fez dele alguém mais feliz. E sonhando, Tonico espera pela volta do circo, dos palhaços, dos trapezistas mas agora rodeado pelos amigos. VOLTAREMOS!!!
Estória criada e formatada por  MIMA (WILMA) BADAN [email_address] MÚSICA:  Ingênuo – Pixinguinha IMAGENS:  da Net (Repasse com os devidos créditos) PARA Pietra e Martina, minhas netas queridas

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Tonico, um menino triste - Vovó Mima Badan

  • 1. ESTÓRIAS DA VOVÓ MIMA
  • 2. Tonico, um garoto triste
  • 3. Numa pequena cidade do interior vivia Tonico, filho de lavrador e costureira. Sempre foi um garoto quietão, desses de pouca prosa e até meio triste. Sua mãe ficava aborrecida ao ver tanta tristeza nos olhos do filho, e procurava agradá-lo com um gostoso bolo de chocolate. Ele se alegrava enquanto comia seu bolo preferido e logo depois já estava tristonho de novo. Não tenho amigos, não gosto de jogar bola... E a minha vida é uma chateação!
  • 4. Um dia foi com a mãe entregar umas costuras e a pequena cidade, sempre tão quieta, estava no maior alvoroço. Música tocava alto, criançada corria... Dona Zefa, sua mãe, procurou saber o que estava acontecendo, e logo descobriu a causa de tanta confusão – o circo tinha chegado! Um circo, meu filho, alegre-se! disse no maior entusiasmo Dona Zefa.
  • 5. Mas, o que é um circo? Tonico tinha uma vaga idéia e, animado pela mãe, lá foi ele ver o desfile do circo. Era a coisa mais linda de se ver! Bailarinas dançavam, macacos faziam macaquices, palhaços faziam palhaçadas e a banda tocava, tocava alegrando a cidade.
  • 6. E, para agradar o filho, Dona Zefa comprou dois ingressos para o espetáculo – quem sabe Tonico gostasse... Ela sabia que o dinheiro que ganhara com a costura ia fazer falta, mas um sorriso no rosto do filho valia o sacrifício. Dona Zefa e Tonico foram até a casa de uma comadre, tomaram refresco, comeram bolinhos e, quando era noitinha foram para o circo. O movimento era grande, todos animados... menos Tonico, que parecia estar ali obrigado, na maior má vontade... Eu sei, vou odiar!!!
  • 7. Quando o espetáculo começou, a bandinha tocava, o mágico fazia maravilhas, os palhaços contavam piadas e todos se divertiam... menos Tonico, que não achava a menor graça naquilo tudo. Que coisa mais sem graça!
  • 8. Aí, o apresentador anunciou o número mais importante da noite – os trapezistas! Eram dois rapazes fortes, com roupas muito coloridas e brilhantes e uma linda moça, que parecia até uma princesa. Os tambores rufaram e eles subiram uma escada bem alta. Os rapazes balançavam, balançavam e a mocinha bailava lá no alto. Que coisa mais sem graça, pensou Tonico. Ficar balançando pra cá e pra lá, que graça pode ter? Ficar dançando lá em cima... Que chato! Teve até vontade de ir embora...
  • 9. De repente, um dos rapazes se soltou da balancinha, fez piruetas no ar e... Parecia que ia cair, aí o outro companheiro o apanhou e os dois foram seguros para uma pequena plataforma. Todos aplaudiram... Menos Tonico.
  • 10. Mais piruetas dos rapazes e da moça. Davam o que o apresentador dizia ser um tal salto mortal, perigoso demais – parecia que não conseguiriam e... Tudo dava certo. Eles sorriam, agradeciam e saltavam, saltavam, saltavam, sorriam, sorriam... Tonico foi se entusiasmando e, quando Dona Zefa olhou para o lado viu o filho aplaudindo, gritando e sorrindo. Ele era só alegria e entusiasmo. E o palhaço não parava com suas palhaçadas...
  • 11. A partir desse dia, Tonico foi um novo menino – alegre, brincalhão e com um sonho na cabeça: ia ser um trapezista! Mas, ele se lembrou dos moços do circo, da mocinha e pensou que eles deviam ser amigos, já que confiavam tanto uns nos outros. Enquanto um saltava, lá estava o outro amigo de mãos estendidas para segurá-lo e, quando a mocinha fazia suas peripécias, os rapazes a esperavam com mãos fortes e um grande sorriso. Tonico então...
  • 12. Tonico percebeu que não tinha amigos e pensou: por quê? Se todos tinham amigos, ele também queria tê-los... E, a partir desse dia procurou estar por perto dos meninos na hora do recreio da escola e na rua onde morava. Fez amizade com um, com outro, com mais um e, de repente já tinha sua turma. A turma do Tonico
  • 13. Dona Zefa continuou trabalhando na sua máquina de costura e ela, hoje, também é mais contente, pois sabe que seu filho tem um sonho. Um sonho de menino que modificou sua vida, e fez dele alguém mais feliz. E sonhando, Tonico espera pela volta do circo, dos palhaços, dos trapezistas mas agora rodeado pelos amigos. VOLTAREMOS!!!
  • 14. Estória criada e formatada por MIMA (WILMA) BADAN [email_address] MÚSICA: Ingênuo – Pixinguinha IMAGENS: da Net (Repasse com os devidos créditos) PARA Pietra e Martina, minhas netas queridas