SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 70
 
Sabemos que a poesia tem o dom de tornar as pessoas mais sensíveis. Através da poesia nossas crianças descobrem que podem e devem brincar com as palavras, expressando seus desejos e sentimentos. Assim, nossos projetos não objetivam transformar nossos alunos em escritores, mas despertar o gosto pela leitura, desenvolver leitores críticos e pessoas mais sensíveis, cidadãos que a sociedade anseia.
Ingrid João Lara Larissa Luís Manoel Mariana Natália Pedro Tiago André Beatriz Camille Caroline Catharina Daniel Negreiros Douglas Emanuela Felipo Gustavo
Convite José Paulo Paes  Poesia  é brincar com palavras  como se brinca  com bola, papagaio, pião.  Só que  bola, papagaio, pião  de tanto brincar  se gastam.  As palavras não:  quanto mais se brinca  com elas  mais novas ficam.  Como a água do rio  que é água sempre nova.  Como cada dia  que é sempre um novo dia.  Vamos brincar de poesia?
Folhinha verde    Marieta Leite Folhinha verde Está quietinha Parada no ramo Vem balançar.       Vem um vento ligeirinho Sopra de lá Sopra de cá   Folhinha verde Balança no ramo Pra lá... pra cá.
O cavalinho  Branco Á  tarde, o cavalinho branco  Está muito cansado; Mas  há um pedacinho do campo  Onde  é sempre feriado.   Cecília Meireles O cavalo sacode a crina  Loura e comprida  e nas verdes ervas atira  sua branca vida Seu relincho  estremece  as  raízes e  ele  ensina aos ventos  a  alegria  de sentir  livre  seus  movimentos. Trabalhou  todo  o dia, tanto!  Desde a madrugada! Descansa entre  as  flores , cavalinho branco,  de crina  dourada!
A bailarina Cecília  Meireles Esta menina Tão pequenina Quer ser bailarina Não conhece nem mi nem dó ré Mas inclina o corpo para cá e para Lá Não conhece nem lá nem si  Mas fecha os olhos e sorri Roda,  roda,  roda Com os bracinhos no ar E não fica tonta nem sai do  lugar Põe no cabelo uma estrela  e um véu E diz que quer  ser  bailarina Esta menina tão pequenina quer ser  bailarina Mas  depois  esquece  todas as danças  E também quer dormir  como  as outras  crianças.  CAMILE
 
As  Mariposa Adoniran Barbosa As mariposa quando chega o frio Fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si isquentá Elas roda, roda, roda e dispois se senta Em cima do prato da lâmpida pra descansá Eu sou a lâmpida E as muié é as mariposa Que fica dando vorta em vorta de mim Todas noite só pra me beijá As mariposa quando chega o frio Fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si isquentá Elas roda, roda, roda e dispois se senta Em cima do prato da lâmpida pra descansá Tá muitu bom... Mas num vai si acostumá, viu Dona mariposinha?
ALÉM DA TERRA, ALÉM DO CÉU Carlos Drummond de Andrade Além da Terra, além do Céu,  no trampolim do sem-fim das estrelas,  no rastro dos astros,  na magnólia das nebulosas.  Além, muito além do sistema solar,  até onde alcançam o pensamento e o coração,  vamos!  vamos conjugar  o verbo fundamental essencial,  o verbo transcendente, acima das gramáticas  e do medo e da moeda e da política,  o verbo sempreamar,  o verbo pluriamar,  razão de ser e de viver.
O Relógio  Vinícius de Moraes Passa, tempo, tic-tac Tic-tac, passa, hora Chega logo, tic-tac Tic-tac, e vai-te embora Passa, tempo Bem depressa Não atrasa Não demora Que já estou Muito cansado Já perdi Toda a alegria De fazer Meu tic-tac Dia e noite Noite e dia Tic-tac Tic-tac Tic-tac …
O zumbido Da abelha Faz coceguinha Na orelha "Zum-Zum" Lalau e Laurabeatriz
Com seu colar de coral, Carolina  corre por entre as colunas  da colina. O colar de Carolina colore o colo de cal, torna corada a menina. E o sol, vendo aquela cor do colar de Carolina,  põe coroas de coral nas colunas da colina. Colar de Carolina Cecília Meireles
Convite José Paulo Paes  Poesia  é brincar com palavras  como se brinca  com bola, papagaio, pião.  Só que  bola, papagaio, pião  de tanto brincar  se gastam.  As palavras não:  quanto mais se brinca  com elas  mais novas ficam.  Como a água do rio  que é água sempre nova.  Como cada dia  que é sempre um novo dia.  Vamos brincar de poesia?
Viajar pela leitura Clarice Pacheco Viajar pela leitura sem rumo, sem intenção. Só para viver a aventura que é ter um livro nas mãos. É uma pena que só saiba disso quem gosta de ler. Experimente! Assim sem compromisso, você vai me entender. Mergulhe de cabeça  na imaginação!
 
ARGH!   Elias José Barata não é bem-vinda Na cozinha de ninguém; Mas quando aparece uma Vamos ver, tem mais de cem.
Faz de conta   Eu vi um coelhinho nadando Dois  patinhos dançando Três boizinhos cantando Eu vi um gatinho  pintando Dois peixinhos voando Três burrinhos falando! E você o que viu?
Um anjo em minha casa Sandra Carrascoza Ontem recebi a visita de um anjo Sem auréola Sem asinhas, Mas de olhar puro e sorriso iluminado Que fez brilhar minha casa e meu coração... Ontem recebi a visita de um anjo que trazia no olhar saudade esperança simplicidade E deixou em meu olhar o brilho da alegria e iluminou meu sorriso com a luz da felicidade... Obrigada, Meu Deus... por ter mandado um anjo me visitar!
 
Por enquanto eu sou pequeno Pedro Bandeira Por enquanto eu sou pequeno Muita coisa eu não sei. Eu só sei que estou gostando Deste mundo onde eu cheguei. Não me apressem por favor, Sei que ainda não cresci. Mas vejam que eu estou tentando Me esperem que eu chego aí.
Com seu colar de coral, Carolina  corre por entre as colunas  da colina. O colar de Carolina colore o colo de cal, torna corada a menina. E o sol, vendo aquela cor do colar de Carolina,  põe coroas de coral nas colunas da colina. Colar de Carolina Cecília Meireles
 
 
Juan Júlia Jurandy Leonardo Lucas Maria Eduarda Milena Pablo Pedro Thales victor Ana Clara Diogo Ellen Fernanda  Gabriel Gabriella George Giovanna Gustavo Iagho João
A Foca Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca  Ficar feliz?  É por uma bola  No seu nariz.  Quer ver a foca  Bater palminha?  É dar a ela  Uma sardinha.  Quer ver a foca  Comprar uma briga?  É espetar ela  Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada.  Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
A PIPA E O VENTO Cleonice Rainho Aprumo a máquina, dou linha à pipa e ela sobe alto pela força do vento. O vento é feliz porque leva a pipa, a pipa é feliz porque tem o vento. Se tudo correr bem, pipa e vento, num lindo momento, vão chegar ao céu.
Bom dia, pingüim Onde vai assim Com ar apressado? Eu não sou malvado Não fique assustado Com medo de mim Eu só gostaria De dar um tapinha No seu chapéu jaca Ou bem de levinho Puxar o rabinho Da sua casaca O Pingüim Vinicius de Moraes Quando você caminha Parece o Chacrinha Lelé da caixola E um velho senhor Que foi meu professor No meu tempo de escola Pingüim, meu amigo Não zangue comigo Nem perca a estribeira Não pergunte por quê Mas todos põem você Em cima da geladeira
A Foca Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca  Ficar feliz?  É por uma bola  No seu nariz.  Quer ver a foca  Bater palminha?  É dar a ela  Uma sardinha.  Quer ver a foca  Comprar uma briga?  É espetar ela  Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada.  Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
A vizinhança Tanta gente diferente Um triste Outro contente Dona Sonia  Seu Silvério  Ele é serio Ela é risonha O Manuel Da padaria que sotaque  Diferente  Seu Heitor Tão bem vestido Lá no banco Ele é gerente
A Foca Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca  Ficar feliz?  É por uma bola  No seu nariz.  Quer ver a foca  Bater palminha?  É dar a ela  Uma sardinha.  Quer ver a foca  Comprar uma briga?  É espetar ela  Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada.  Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
A PIPA E O VENTO Cleonice Rainho Aprumo a máquina, dou linha à pipa e ela sobe alto pela força do vento. O vento é feliz porque leva a pipa, a pipa é feliz porque tem o vento. Se tudo correr bem, pipa e vento, num lindo momento, vão chegar ao céu.
A Casa Vinicius de Moraes Era uma casa muito engraçada Não tinha teto, não tinha nada Ninguém podia entrar nela, não Porque na casa não tinha chão Ninguém podia dormir na rede Porque na casa não tinha parede Ninguém podia fazer pipi Porque penico não tinha ali Mas era feita com muito esmero na rua dos bobos numero zero
A Foca Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca  Ficar feliz?  É por uma bola  No seu nariz.  Quer ver a foca  Bater palminha?  É dar a ela  Uma sardinha.  Quer ver a foca  Comprar uma briga?  É espetar ela  Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada.  Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
Corujice Elias José  A cara coruja não encara a cara do Sol, mas à noite fica bem na sua cara a cara com a lua.
Leilão de jardim Cecília Meireles Quem me compra um jardim com flores? borboletas de muitas cores, lavadeiras e passarinhos, ovos verdes e azuis nos ninhos? Quem me compra este caracol? Quem me compra um raio de sol? Um lagarto entre o muro e a hera, Uma estátua da Primavera? Quem me compra este formigueiro? E este sapo que é jardineiro? E a cigarra e a sua canção? E o grilinho dentro do chão? (Este é o meu leilão!)
 
A  AVÓ DO MENINO Cecília Meireles A avó vive só. Na casa da avó o galo liró faz “cocorocó!” A avó bate pão-de-ló E anda um vento-t-o-tó Na cortina de filó. A avó vive só. Mas se o neto meninó Mas se o neto Ricardó Mas se o neto travessó Vai à casa da avó, Os dois jogam dominó. . .
 
Por do sol   A  tarde Foi  embora Mas  fozeen  do Muita manha Pintou  Com batom  vermelho As  bochachas Da  montanha   Autora  Neusa sorrenti
O que é que eu vou ser? Pedro Bandeira Bete quer ser bailarina, Zé quer ser aviador. Carlos vai plantar batata, Juca quer ser um ator. Camila gosta de música. Patrícia quer desenhar. Uma vai pegando o lápis, a outra põe-se a cantar. Mas eu não sei se vou ser poeta, doutora ou atriz. Hoje eu só sei uma coisa: quero ser muito feliz!
A FOCA Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca  Ficar feliz?  É por uma bola  No seu nariz.  Quer ver a foca  Bater palminha?  É dar a ela  Uma sardinha.  Quer ver a foca  Comprar uma briga?  É espetar ela  Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada.  Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
A bailarina Cecília  Meireles Esta menina Tão pequenina Que ser bailarina Não conhece nem mi nem dó ré Mas inclina o corpo para cá e para Lá Não conhece nem lá nem si  Mas fecha os olhas e sorri Roda,  roda,  roda Com os bracinhos no ar E não fica tonta nem sai do  lugar Põe no cabelo uma estrela  e um véu E diz que quer  ser  bailarina Esta menina tão pequenina quer ser  bailarina Mas  depois  esquece  todas as danças  E também quer dormir  como  as outras  crianças.
A FOCA Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca  Ficar feliz?  É por uma bola  No seu nariz.  Quer ver a foca  Bater palminha?  É dar a ela  Uma sardinha.  Quer ver a foca  Comprar uma briga?  É espetar ela  Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada.  Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
 
A caixa da vovó   Caixa  de madeira Em cima do armário Vestido, rosário ? Caixa da vovó  Cheia de segredos O que há na caixa? Carrinhos/brinquedos   
O MENINO AZUL Cecília Meireles O menino quer um burrinho para passear. Um burrinho manso, que não corra nem pule, mas que saiba conversar. O menino quer um burrinho que saiba dizer o nome dos rios,  das montanhas, das flores, - de tudo o que aparecer. O menino quer um burrinho que saiba inventar histórias bonitas com pessoas e bichos  e com barquinhos no mar. E os dois sairão pelo mundo que é como um jardim  apenas mais largo e talvez mais comprido e que não tenha fim. (Quem souber de um burrinho desses, pode escrever para a  Ruas das Casas, Número das Portas, ao Menino Azul que não sabe ler.)
Leonardo Leticia Magno Melina Rafael Samara Samir Sofia yasmin Amanda Ana Antonio pedro Catarina  Cauê Christine Clariana Felipe Fernando João pedro João victor Kauê
Amizade Leminski Meus amigos quando me dão a mão Sempre deixam outra coisa: Presença Olhar Lembrança Calor Meus amigos quando me dão a mão, Deixam na minha a sua mão.
A LUA É DO RAUL Cecília Meireles Raio de lua. Luar. Lua do ar azul. Roda da lua. Aro da roda na tua rua, Raul! Roda o luar na rua toda azul. Roda o aro da lua. Raul, a lua é tua, a lua da tua rua! A lua do aro azul.
 
Com seu colar de coral, Carolina  corre por entre as colunas  da colina. O colar de Carolina colore o colo de cal, torna corada a menina. E o sol, vendo aquela cor do colar de Carolina,  põe coroas de coral nas colunas da colina. Colar de Carolina Cecília Meireles
A FOCA Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca  Ficar feliz?  É por uma bola  No seu nariz.  Quer ver a foca  Bater palminha?  É dar a ela  Uma sardinha.  Quer ver a foca  Comprar uma briga?  É espetar ela  Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada.  Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
Brancas  Azuis Amarelas E pretas Brincam Na luz As belas Borboletas Borboletas brancas São alegres e francas. Borboletas azuis Gostam muito de luz. As amarelinhas São tão bonitinhas! E as pretas, então... As Borboletas Vinicius de Moraes
Riminhas   Um  fantasma Com  asma Um  anjo Tocando  banjo Um  macaco Vestindo  um Casaca Uma  lombriga Com  dor  de Barriga Uma  chuva De  suco  de uva E um  tchau  tchau!
A FOCA Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca  Ficar feliz?  É por uma bola  No seu nariz.  Quer ver a foca  Bater palminha?  É dar a ela  Uma sardinha.  Quer ver a foca  Comprar uma briga?  É espetar ela  Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada.  Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
A Casa Vinicius de Moraes Era uma casa muito engraçada Não tinha teto, não tinha nada Ninguém podia entrar nela, não Porque na casa não tinha chão Ninguém podia dormir na rede Porque na casa não tinha parede Ninguém podia fazer pipi Porque penico não tinha ali Mas era feita com muito esmero na rua dos bobos número zero
Batatinha quando nasce, Espalha ramas pelo chão Menininha quando dorme Põe a mão no coração.
 
 
Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas É fácil fazer um castelo... Corro o lápis em torno Da mão e me dou uma luva E se faço chover Com dois riscos Tenho um guarda-chuva... Se um pinguinho de tinta Cai num pedacinho Azul do papel Num instante imagino Uma linda gaivota A voar no céu... Vai voando Contornando a imensa Curva Norte e Sul Vou com ela Viajando Havaí Pequim ou Istambul Pinto um barco a vela Brando navegando É tanto céu e mar Num beijo azul... Entre as nuvens Vem surgindo um lindo Avião rosa e grená Tudo em volta colorindo Com suas luzes a piscar... Basta imaginar e ele está Partindo, sereno e lindo Se a gente quiser Ele vai pousar... Numa folha qualquer Eu desenho um navio De partida Com alguns bons amigos Bebendo de bem com a vida... De uma América a outra Eu consigo passar num segundo Giro um simples compasso E num círculo eu faço o mundo... Um menino caminha E caminhando chega no muro E ali logo em frente A esperar pela gente O futuro está... E o futuro é uma astronave Que tentamos pilotar Não tem tempo, nem piedade Nem tem hora de chegar Sem pedir licença Muda a nossa vida E depois convida A rir ou chorar... Aquarela Toquinho Nessa estrada não nos cabe Conhecer ou ver o que virá O fim dela ninguém sabe Bem ao certo onde vai dar Vamos todos Numa linda passarela De uma aquarela Que um dia enfim Descolorirá... Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo (Que descolorirá!) E com cinco ou seis retas É fácil fazer um castelo (Que descolorirá!) Giro um simples compasso Num círculo eu faço O mundo (Que descolorirá!)
Caderno de poesias Clarice Pacheco Caderno de poesias é um belo lugar. Tantas coisas lindas que eu gostaria de falar. Eu falo em forma de versos para todos poderem escutar. Agora você já sabe por que os poetas passam os dias escrevendo em seus cadernos de poesias.
A FOCA Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca  Ficar feliz?  É por uma bola  No seu nariz.  Quer ver a foca  Bater palminha?  É dar a ela  Uma sardinha.  Quer ver a foca  Comprar uma briga?  É espetar ela  Na barriga! Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada.  Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas É fácil fazer um castelo... Corro o lápis em torno Da mão e me dou uma luva E se faço chover Com dois riscos Tenho um guarda-chuva... Se um pinguinho de tinta Cai num pedacinho Azul do papel Num instante imagino Uma linda gaivota A voar no céu... Vai voando Contornando a imensa Curva Norte e Sul Vou com ela Viajando Havaí Pequim ou Istambul Pinto um barco a vela Brando navegando É tanto céu e mar Num beijo azul... Entre as nuvens Vem surgindo um lindo Avião rosa e grená Tudo em volta colorindo Com suas luzes a piscar... Basta imaginar e ele está Partindo, sereno e lindo Se a gente quiser Ele vai pousar... Numa folha qualquer Eu desenho um navio De partida Com alguns bons amigos Bebendo de bem com a vida... De uma América a outra Eu consigo passar num segundo Giro um simples compasso E num círculo eu faço o mundo... Um menino caminha E caminhando chega no muro E ali logo em frente A esperar pela gente O futuro está... E o futuro é uma astronave Que tentamos pilotar Não tem tempo, nem piedade Nem tem hora de chegar Sem pedir licença Muda a nossa vida E depois convida A rir ou chorar... Aquarela Toquinho Nessa estrada não nos cabe Conhecer ou ver o que virá O fim dela ninguém sabe Bem ao certo onde vai dar Vamos todos Numa linda passarela De uma aquarela Que um dia enfim Descolorirá... Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo (Que descolorirá!) E com cinco ou seis retas É fácil fazer um castelo (Que descolorirá!) Giro um simples compasso Num círculo eu faço O mundo (Que descolorirá!)
Brancas  Azuis Amarelas E pretas Brincam Na luz As belas Borboletas Borboletas brancas São alegres e francas. Borboletas azuis Gostam muito de luz. As amarelinhas São tão bonitinhas! E as pretas, então... As Borboletas Vinicius de Moraes
 
Riminhas   Um  fantasma Com  asma Um  anjo Tocando  banjo Um  macaco Vestindo  um Casaca Uma  lombriga Com  dor  de Barriga Uma  chuva De  suco  de uva E um  tchau  tchau!
Sempre que o sol  Pinta de anil  Todo o céu  O girassol  Fica um gentil  Carrossel Roda, roda, roda  Carrossel  Roda, roda, roda  Rodador  Vai rodando, dando mel  Vai rodando, dando flor O Girassol Vinicius de Moraes Sempre que o sol  Pinta de anil  Todo o céu  O girassol Fica um gentil Carrossel Roda, roda, roda Carrossel Gira, gira, gira Girassol Redondinho como o céu Marelinho como o sol
 
 

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Gênero textual: Fabulas e contos
Gênero textual: Fabulas e contos Gênero textual: Fabulas e contos
Gênero textual: Fabulas e contos Mary Alvarenga
 
1 jogos diversos pnaic u_nidade 4
1 jogos diversos  pnaic u_nidade 41 jogos diversos  pnaic u_nidade 4
1 jogos diversos pnaic u_nidade 4Isa ...
 
119 atividades-envolvendo-temas-relacionados-a-natureza-e-sociedade
119 atividades-envolvendo-temas-relacionados-a-natureza-e-sociedade119 atividades-envolvendo-temas-relacionados-a-natureza-e-sociedade
119 atividades-envolvendo-temas-relacionados-a-natureza-e-sociedadecrisold
 
Diversidade - Tatiana Belinky
Diversidade - Tatiana BelinkyDiversidade - Tatiana Belinky
Diversidade - Tatiana BelinkyBete Feliciano
 
Relatórios Educação Infantil
Relatórios Educação InfantilRelatórios Educação Infantil
Relatórios Educação InfantilMelissa Oliveira
 
Historia palhaço geométrico
Historia palhaço geométricoHistoria palhaço geométrico
Historia palhaço geométricoInes Martins
 
Era Uma Vez de Sandy & Júnior e Toquinho - Análise e entendimento da música
Era Uma Vez de Sandy & Júnior e Toquinho - Análise e entendimento da músicaEra Uma Vez de Sandy & Júnior e Toquinho - Análise e entendimento da música
Era Uma Vez de Sandy & Júnior e Toquinho - Análise e entendimento da músicaMary Alvarenga
 
Camila e a volta às aulas
Camila e a volta às aulasCamila e a volta às aulas
Camila e a volta às aulasDinilso Marques
 
O dia em que um monstro veio à escola
O dia em que um monstro veio à escolaO dia em que um monstro veio à escola
O dia em que um monstro veio à escolaMafalda Souto
 
exercício - o leão e o ratinho
exercício - o leão e o ratinhoexercício - o leão e o ratinho
exercício - o leão e o ratinhoescolaodeteribaroli
 
LINGUA PORTUGUESA CADERNO DE PRODUÇÃO TEXTUAL 5º ANO_1º_e_2º_BIMESTRE-PAIC+ A...
LINGUA PORTUGUESA CADERNO DE PRODUÇÃO TEXTUAL 5º ANO_1º_e_2º_BIMESTRE-PAIC+ A...LINGUA PORTUGUESA CADERNO DE PRODUÇÃO TEXTUAL 5º ANO_1º_e_2º_BIMESTRE-PAIC+ A...
LINGUA PORTUGUESA CADERNO DE PRODUÇÃO TEXTUAL 5º ANO_1º_e_2º_BIMESTRE-PAIC+ A...orientadoresdeestudopaic
 
Slides joaninha-diferente
Slides joaninha-diferenteSlides joaninha-diferente
Slides joaninha-diferentebethinhapm
 

Mais procurados (20)

Gênero textual: Fabulas e contos
Gênero textual: Fabulas e contos Gênero textual: Fabulas e contos
Gênero textual: Fabulas e contos
 
A bota do bode
A bota do bodeA bota do bode
A bota do bode
 
O cabelo de lele
O cabelo de leleO cabelo de lele
O cabelo de lele
 
Sequência Didática PARLENDA
Sequência Didática PARLENDASequência Didática PARLENDA
Sequência Didática PARLENDA
 
1 jogos diversos pnaic u_nidade 4
1 jogos diversos  pnaic u_nidade 41 jogos diversos  pnaic u_nidade 4
1 jogos diversos pnaic u_nidade 4
 
119 atividades-envolvendo-temas-relacionados-a-natureza-e-sociedade
119 atividades-envolvendo-temas-relacionados-a-natureza-e-sociedade119 atividades-envolvendo-temas-relacionados-a-natureza-e-sociedade
119 atividades-envolvendo-temas-relacionados-a-natureza-e-sociedade
 
Sequência didática a casa e seu dono (1)
Sequência didática a casa e seu dono (1)Sequência didática a casa e seu dono (1)
Sequência didática a casa e seu dono (1)
 
Diversidade - Tatiana Belinky
Diversidade - Tatiana BelinkyDiversidade - Tatiana Belinky
Diversidade - Tatiana Belinky
 
Relatórios Educação Infantil
Relatórios Educação InfantilRelatórios Educação Infantil
Relatórios Educação Infantil
 
Historia palhaço geométrico
Historia palhaço geométricoHistoria palhaço geométrico
Historia palhaço geométrico
 
Era Uma Vez de Sandy & Júnior e Toquinho - Análise e entendimento da música
Era Uma Vez de Sandy & Júnior e Toquinho - Análise e entendimento da músicaEra Uma Vez de Sandy & Júnior e Toquinho - Análise e entendimento da música
Era Uma Vez de Sandy & Júnior e Toquinho - Análise e entendimento da música
 
Prova de Língua Portuguesa
Prova de Língua PortuguesaProva de Língua Portuguesa
Prova de Língua Portuguesa
 
Diario de uma minhoca
Diario de uma minhocaDiario de uma minhoca
Diario de uma minhoca
 
Slide sítio com atividades
Slide sítio com atividadesSlide sítio com atividades
Slide sítio com atividades
 
Atividade leitura frases
Atividade leitura frasesAtividade leitura frases
Atividade leitura frases
 
Camila e a volta às aulas
Camila e a volta às aulasCamila e a volta às aulas
Camila e a volta às aulas
 
O dia em que um monstro veio à escola
O dia em que um monstro veio à escolaO dia em que um monstro veio à escola
O dia em que um monstro veio à escola
 
exercício - o leão e o ratinho
exercício - o leão e o ratinhoexercício - o leão e o ratinho
exercício - o leão e o ratinho
 
LINGUA PORTUGUESA CADERNO DE PRODUÇÃO TEXTUAL 5º ANO_1º_e_2º_BIMESTRE-PAIC+ A...
LINGUA PORTUGUESA CADERNO DE PRODUÇÃO TEXTUAL 5º ANO_1º_e_2º_BIMESTRE-PAIC+ A...LINGUA PORTUGUESA CADERNO DE PRODUÇÃO TEXTUAL 5º ANO_1º_e_2º_BIMESTRE-PAIC+ A...
LINGUA PORTUGUESA CADERNO DE PRODUÇÃO TEXTUAL 5º ANO_1º_e_2º_BIMESTRE-PAIC+ A...
 
Slides joaninha-diferente
Slides joaninha-diferenteSlides joaninha-diferente
Slides joaninha-diferente
 

Semelhante a PROJETO POESIA

Caderno de leitura poesias
Caderno de leitura poesias Caderno de leitura poesias
Caderno de leitura poesias Lakalondres
 
Faça Lá Um Poema! 2010
Faça Lá Um Poema! 2010Faça Lá Um Poema! 2010
Faça Lá Um Poema! 2010Isabel DA COSTA
 
A-arca-de-Noé-Vinícius-de-Moraes-alguns-poemas.pdf
A-arca-de-Noé-Vinícius-de-Moraes-alguns-poemas.pdfA-arca-de-Noé-Vinícius-de-Moraes-alguns-poemas.pdf
A-arca-de-Noé-Vinícius-de-Moraes-alguns-poemas.pdfaraujomanoell23
 
Portefólio da linguagem
Portefólio da linguagemPortefólio da linguagem
Portefólio da linguagemDiana Sousa
 
Cantigas de roda
Cantigas de rodaCantigas de roda
Cantigas de rodawendulino
 
Livro de musicas_infantis
Livro de musicas_infantisLivro de musicas_infantis
Livro de musicas_infantisDulce Silva
 
Adivinhas proverbios
Adivinhas proverbiosAdivinhas proverbios
Adivinhas proverbiosJoanaPaiva16
 
Livro de poesia 7 a para blogue
Livro de poesia 7 a para blogueLivro de poesia 7 a para blogue
Livro de poesia 7 a para blogueVeronica Baptista
 
Poesias para sonhar...
Poesias para sonhar...Poesias para sonhar...
Poesias para sonhar...estercotrim
 
Oficina de Poesia Infantis
Oficina de Poesia InfantisOficina de Poesia Infantis
Oficina de Poesia Infantisestercotrim
 
Poemas Pra CriançAs
Poemas Pra CriançAsPoemas Pra CriançAs
Poemas Pra CriançAsPaulo Fochi
 
Lengalengas
LengalengasLengalengas
LengalengasTC2S
 
Apresentação ciranda on-line criança em versos - 2015 oficial * Antonio ...
  Apresentação ciranda on-line criança em versos  - 2015   oficial * Antonio ...  Apresentação ciranda on-line criança em versos  - 2015   oficial * Antonio ...
Apresentação ciranda on-line criança em versos - 2015 oficial * Antonio ...ANTONIO CABRAL FILHO
 

Semelhante a PROJETO POESIA (20)

Fichas De Poesia
Fichas De PoesiaFichas De Poesia
Fichas De Poesia
 
Fichas De Poesia
Fichas De PoesiaFichas De Poesia
Fichas De Poesia
 
Caderno de leitura poesias
Caderno de leitura poesias Caderno de leitura poesias
Caderno de leitura poesias
 
Faça Lá Um Poema! 2010
Faça Lá Um Poema! 2010Faça Lá Um Poema! 2010
Faça Lá Um Poema! 2010
 
Caderno de leitura
Caderno de leituraCaderno de leitura
Caderno de leitura
 
A-arca-de-Noé-Vinícius-de-Moraes-alguns-poemas.pdf
A-arca-de-Noé-Vinícius-de-Moraes-alguns-poemas.pdfA-arca-de-Noé-Vinícius-de-Moraes-alguns-poemas.pdf
A-arca-de-Noé-Vinícius-de-Moraes-alguns-poemas.pdf
 
Poeima na ong
Poeima na ongPoeima na ong
Poeima na ong
 
Figuras linguagem[1]
Figuras linguagem[1]Figuras linguagem[1]
Figuras linguagem[1]
 
Vinícius de Moraes
Vinícius de MoraesVinícius de Moraes
Vinícius de Moraes
 
Portefólio da linguagem
Portefólio da linguagemPortefólio da linguagem
Portefólio da linguagem
 
Cantigas de roda
Cantigas de rodaCantigas de roda
Cantigas de roda
 
Livro de musicas_infantis
Livro de musicas_infantisLivro de musicas_infantis
Livro de musicas_infantis
 
Adivinhas proverbios
Adivinhas proverbiosAdivinhas proverbios
Adivinhas proverbios
 
Livro de poesia 7 a para blogue
Livro de poesia 7 a para blogueLivro de poesia 7 a para blogue
Livro de poesia 7 a para blogue
 
Poesias para sonhar...
Poesias para sonhar...Poesias para sonhar...
Poesias para sonhar...
 
Oficina de Poesia Infantis
Oficina de Poesia InfantisOficina de Poesia Infantis
Oficina de Poesia Infantis
 
Poemas Pra CriançAs
Poemas Pra CriançAsPoemas Pra CriançAs
Poemas Pra CriançAs
 
A Arca De Noé
A Arca De NoéA Arca De Noé
A Arca De Noé
 
Lengalengas
LengalengasLengalengas
Lengalengas
 
Apresentação ciranda on-line criança em versos - 2015 oficial * Antonio ...
  Apresentação ciranda on-line criança em versos  - 2015   oficial * Antonio ...  Apresentação ciranda on-line criança em versos  - 2015   oficial * Antonio ...
Apresentação ciranda on-line criança em versos - 2015 oficial * Antonio ...
 

Último

Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 

Último (20)

Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 

PROJETO POESIA

  • 1.  
  • 2. Sabemos que a poesia tem o dom de tornar as pessoas mais sensíveis. Através da poesia nossas crianças descobrem que podem e devem brincar com as palavras, expressando seus desejos e sentimentos. Assim, nossos projetos não objetivam transformar nossos alunos em escritores, mas despertar o gosto pela leitura, desenvolver leitores críticos e pessoas mais sensíveis, cidadãos que a sociedade anseia.
  • 3. Ingrid João Lara Larissa Luís Manoel Mariana Natália Pedro Tiago André Beatriz Camille Caroline Catharina Daniel Negreiros Douglas Emanuela Felipo Gustavo
  • 4. Convite José Paulo Paes Poesia é brincar com palavras como se brinca com bola, papagaio, pião. Só que bola, papagaio, pião de tanto brincar se gastam. As palavras não: quanto mais se brinca com elas mais novas ficam. Como a água do rio que é água sempre nova. Como cada dia que é sempre um novo dia. Vamos brincar de poesia?
  • 5. Folhinha verde   Marieta Leite Folhinha verde Está quietinha Parada no ramo Vem balançar.       Vem um vento ligeirinho Sopra de lá Sopra de cá   Folhinha verde Balança no ramo Pra lá... pra cá.
  • 6. O cavalinho Branco Á tarde, o cavalinho branco Está muito cansado; Mas há um pedacinho do campo Onde é sempre feriado.   Cecília Meireles O cavalo sacode a crina Loura e comprida e nas verdes ervas atira sua branca vida Seu relincho estremece as raízes e ele ensina aos ventos a alegria de sentir livre seus movimentos. Trabalhou todo o dia, tanto! Desde a madrugada! Descansa entre as flores , cavalinho branco, de crina dourada!
  • 7. A bailarina Cecília Meireles Esta menina Tão pequenina Quer ser bailarina Não conhece nem mi nem dó ré Mas inclina o corpo para cá e para Lá Não conhece nem lá nem si Mas fecha os olhos e sorri Roda, roda, roda Com os bracinhos no ar E não fica tonta nem sai do lugar Põe no cabelo uma estrela e um véu E diz que quer ser bailarina Esta menina tão pequenina quer ser bailarina Mas depois esquece todas as danças E também quer dormir como as outras crianças. CAMILE
  • 8.  
  • 9. As Mariposa Adoniran Barbosa As mariposa quando chega o frio Fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si isquentá Elas roda, roda, roda e dispois se senta Em cima do prato da lâmpida pra descansá Eu sou a lâmpida E as muié é as mariposa Que fica dando vorta em vorta de mim Todas noite só pra me beijá As mariposa quando chega o frio Fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si isquentá Elas roda, roda, roda e dispois se senta Em cima do prato da lâmpida pra descansá Tá muitu bom... Mas num vai si acostumá, viu Dona mariposinha?
  • 10. ALÉM DA TERRA, ALÉM DO CÉU Carlos Drummond de Andrade Além da Terra, além do Céu, no trampolim do sem-fim das estrelas, no rastro dos astros, na magnólia das nebulosas. Além, muito além do sistema solar, até onde alcançam o pensamento e o coração, vamos! vamos conjugar o verbo fundamental essencial, o verbo transcendente, acima das gramáticas e do medo e da moeda e da política, o verbo sempreamar, o verbo pluriamar, razão de ser e de viver.
  • 11. O Relógio Vinícius de Moraes Passa, tempo, tic-tac Tic-tac, passa, hora Chega logo, tic-tac Tic-tac, e vai-te embora Passa, tempo Bem depressa Não atrasa Não demora Que já estou Muito cansado Já perdi Toda a alegria De fazer Meu tic-tac Dia e noite Noite e dia Tic-tac Tic-tac Tic-tac …
  • 12. O zumbido Da abelha Faz coceguinha Na orelha "Zum-Zum" Lalau e Laurabeatriz
  • 13. Com seu colar de coral, Carolina corre por entre as colunas da colina. O colar de Carolina colore o colo de cal, torna corada a menina. E o sol, vendo aquela cor do colar de Carolina, põe coroas de coral nas colunas da colina. Colar de Carolina Cecília Meireles
  • 14. Convite José Paulo Paes Poesia é brincar com palavras como se brinca com bola, papagaio, pião. Só que bola, papagaio, pião de tanto brincar se gastam. As palavras não: quanto mais se brinca com elas mais novas ficam. Como a água do rio que é água sempre nova. Como cada dia que é sempre um novo dia. Vamos brincar de poesia?
  • 15. Viajar pela leitura Clarice Pacheco Viajar pela leitura sem rumo, sem intenção. Só para viver a aventura que é ter um livro nas mãos. É uma pena que só saiba disso quem gosta de ler. Experimente! Assim sem compromisso, você vai me entender. Mergulhe de cabeça na imaginação!
  • 16.  
  • 17. ARGH! Elias José Barata não é bem-vinda Na cozinha de ninguém; Mas quando aparece uma Vamos ver, tem mais de cem.
  • 18. Faz de conta   Eu vi um coelhinho nadando Dois patinhos dançando Três boizinhos cantando Eu vi um gatinho pintando Dois peixinhos voando Três burrinhos falando! E você o que viu?
  • 19. Um anjo em minha casa Sandra Carrascoza Ontem recebi a visita de um anjo Sem auréola Sem asinhas, Mas de olhar puro e sorriso iluminado Que fez brilhar minha casa e meu coração... Ontem recebi a visita de um anjo que trazia no olhar saudade esperança simplicidade E deixou em meu olhar o brilho da alegria e iluminou meu sorriso com a luz da felicidade... Obrigada, Meu Deus... por ter mandado um anjo me visitar!
  • 20.  
  • 21. Por enquanto eu sou pequeno Pedro Bandeira Por enquanto eu sou pequeno Muita coisa eu não sei. Eu só sei que estou gostando Deste mundo onde eu cheguei. Não me apressem por favor, Sei que ainda não cresci. Mas vejam que eu estou tentando Me esperem que eu chego aí.
  • 22. Com seu colar de coral, Carolina corre por entre as colunas da colina. O colar de Carolina colore o colo de cal, torna corada a menina. E o sol, vendo aquela cor do colar de Carolina, põe coroas de coral nas colunas da colina. Colar de Carolina Cecília Meireles
  • 23.  
  • 24.  
  • 25. Juan Júlia Jurandy Leonardo Lucas Maria Eduarda Milena Pablo Pedro Thales victor Ana Clara Diogo Ellen Fernanda Gabriel Gabriella George Giovanna Gustavo Iagho João
  • 26. A Foca Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
  • 27. A PIPA E O VENTO Cleonice Rainho Aprumo a máquina, dou linha à pipa e ela sobe alto pela força do vento. O vento é feliz porque leva a pipa, a pipa é feliz porque tem o vento. Se tudo correr bem, pipa e vento, num lindo momento, vão chegar ao céu.
  • 28. Bom dia, pingüim Onde vai assim Com ar apressado? Eu não sou malvado Não fique assustado Com medo de mim Eu só gostaria De dar um tapinha No seu chapéu jaca Ou bem de levinho Puxar o rabinho Da sua casaca O Pingüim Vinicius de Moraes Quando você caminha Parece o Chacrinha Lelé da caixola E um velho senhor Que foi meu professor No meu tempo de escola Pingüim, meu amigo Não zangue comigo Nem perca a estribeira Não pergunte por quê Mas todos põem você Em cima da geladeira
  • 29. A Foca Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
  • 30. A vizinhança Tanta gente diferente Um triste Outro contente Dona Sonia Seu Silvério Ele é serio Ela é risonha O Manuel Da padaria que sotaque Diferente Seu Heitor Tão bem vestido Lá no banco Ele é gerente
  • 31. A Foca Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
  • 32. A PIPA E O VENTO Cleonice Rainho Aprumo a máquina, dou linha à pipa e ela sobe alto pela força do vento. O vento é feliz porque leva a pipa, a pipa é feliz porque tem o vento. Se tudo correr bem, pipa e vento, num lindo momento, vão chegar ao céu.
  • 33. A Casa Vinicius de Moraes Era uma casa muito engraçada Não tinha teto, não tinha nada Ninguém podia entrar nela, não Porque na casa não tinha chão Ninguém podia dormir na rede Porque na casa não tinha parede Ninguém podia fazer pipi Porque penico não tinha ali Mas era feita com muito esmero na rua dos bobos numero zero
  • 34. A Foca Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
  • 35. Corujice Elias José A cara coruja não encara a cara do Sol, mas à noite fica bem na sua cara a cara com a lua.
  • 36. Leilão de jardim Cecília Meireles Quem me compra um jardim com flores? borboletas de muitas cores, lavadeiras e passarinhos, ovos verdes e azuis nos ninhos? Quem me compra este caracol? Quem me compra um raio de sol? Um lagarto entre o muro e a hera, Uma estátua da Primavera? Quem me compra este formigueiro? E este sapo que é jardineiro? E a cigarra e a sua canção? E o grilinho dentro do chão? (Este é o meu leilão!)
  • 37.  
  • 38. A AVÓ DO MENINO Cecília Meireles A avó vive só. Na casa da avó o galo liró faz “cocorocó!” A avó bate pão-de-ló E anda um vento-t-o-tó Na cortina de filó. A avó vive só. Mas se o neto meninó Mas se o neto Ricardó Mas se o neto travessó Vai à casa da avó, Os dois jogam dominó. . .
  • 39.  
  • 40. Por do sol   A tarde Foi embora Mas fozeen do Muita manha Pintou Com batom vermelho As bochachas Da montanha   Autora Neusa sorrenti
  • 41. O que é que eu vou ser? Pedro Bandeira Bete quer ser bailarina, Zé quer ser aviador. Carlos vai plantar batata, Juca quer ser um ator. Camila gosta de música. Patrícia quer desenhar. Uma vai pegando o lápis, a outra põe-se a cantar. Mas eu não sei se vou ser poeta, doutora ou atriz. Hoje eu só sei uma coisa: quero ser muito feliz!
  • 42. A FOCA Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
  • 43. A bailarina Cecília Meireles Esta menina Tão pequenina Que ser bailarina Não conhece nem mi nem dó ré Mas inclina o corpo para cá e para Lá Não conhece nem lá nem si Mas fecha os olhas e sorri Roda, roda, roda Com os bracinhos no ar E não fica tonta nem sai do lugar Põe no cabelo uma estrela e um véu E diz que quer ser bailarina Esta menina tão pequenina quer ser bailarina Mas depois esquece todas as danças E também quer dormir como as outras crianças.
  • 44. A FOCA Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
  • 45.  
  • 46. A caixa da vovó   Caixa de madeira Em cima do armário Vestido, rosário ? Caixa da vovó Cheia de segredos O que há na caixa? Carrinhos/brinquedos  
  • 47. O MENINO AZUL Cecília Meireles O menino quer um burrinho para passear. Um burrinho manso, que não corra nem pule, mas que saiba conversar. O menino quer um burrinho que saiba dizer o nome dos rios, das montanhas, das flores, - de tudo o que aparecer. O menino quer um burrinho que saiba inventar histórias bonitas com pessoas e bichos e com barquinhos no mar. E os dois sairão pelo mundo que é como um jardim apenas mais largo e talvez mais comprido e que não tenha fim. (Quem souber de um burrinho desses, pode escrever para a Ruas das Casas, Número das Portas, ao Menino Azul que não sabe ler.)
  • 48. Leonardo Leticia Magno Melina Rafael Samara Samir Sofia yasmin Amanda Ana Antonio pedro Catarina Cauê Christine Clariana Felipe Fernando João pedro João victor Kauê
  • 49. Amizade Leminski Meus amigos quando me dão a mão Sempre deixam outra coisa: Presença Olhar Lembrança Calor Meus amigos quando me dão a mão, Deixam na minha a sua mão.
  • 50. A LUA É DO RAUL Cecília Meireles Raio de lua. Luar. Lua do ar azul. Roda da lua. Aro da roda na tua rua, Raul! Roda o luar na rua toda azul. Roda o aro da lua. Raul, a lua é tua, a lua da tua rua! A lua do aro azul.
  • 51.  
  • 52. Com seu colar de coral, Carolina corre por entre as colunas da colina. O colar de Carolina colore o colo de cal, torna corada a menina. E o sol, vendo aquela cor do colar de Carolina, põe coroas de coral nas colunas da colina. Colar de Carolina Cecília Meireles
  • 53. A FOCA Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
  • 54. Brancas Azuis Amarelas E pretas Brincam Na luz As belas Borboletas Borboletas brancas São alegres e francas. Borboletas azuis Gostam muito de luz. As amarelinhas São tão bonitinhas! E as pretas, então... As Borboletas Vinicius de Moraes
  • 55. Riminhas   Um fantasma Com asma Um anjo Tocando banjo Um macaco Vestindo um Casaca Uma lombriga Com dor de Barriga Uma chuva De suco de uva E um tchau tchau!
  • 56. A FOCA Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Toda arrumada Dançar no circo Pra garotada. Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
  • 57. A Casa Vinicius de Moraes Era uma casa muito engraçada Não tinha teto, não tinha nada Ninguém podia entrar nela, não Porque na casa não tinha chão Ninguém podia dormir na rede Porque na casa não tinha parede Ninguém podia fazer pipi Porque penico não tinha ali Mas era feita com muito esmero na rua dos bobos número zero
  • 58. Batatinha quando nasce, Espalha ramas pelo chão Menininha quando dorme Põe a mão no coração.
  • 59.  
  • 60.  
  • 61. Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas É fácil fazer um castelo... Corro o lápis em torno Da mão e me dou uma luva E se faço chover Com dois riscos Tenho um guarda-chuva... Se um pinguinho de tinta Cai num pedacinho Azul do papel Num instante imagino Uma linda gaivota A voar no céu... Vai voando Contornando a imensa Curva Norte e Sul Vou com ela Viajando Havaí Pequim ou Istambul Pinto um barco a vela Brando navegando É tanto céu e mar Num beijo azul... Entre as nuvens Vem surgindo um lindo Avião rosa e grená Tudo em volta colorindo Com suas luzes a piscar... Basta imaginar e ele está Partindo, sereno e lindo Se a gente quiser Ele vai pousar... Numa folha qualquer Eu desenho um navio De partida Com alguns bons amigos Bebendo de bem com a vida... De uma América a outra Eu consigo passar num segundo Giro um simples compasso E num círculo eu faço o mundo... Um menino caminha E caminhando chega no muro E ali logo em frente A esperar pela gente O futuro está... E o futuro é uma astronave Que tentamos pilotar Não tem tempo, nem piedade Nem tem hora de chegar Sem pedir licença Muda a nossa vida E depois convida A rir ou chorar... Aquarela Toquinho Nessa estrada não nos cabe Conhecer ou ver o que virá O fim dela ninguém sabe Bem ao certo onde vai dar Vamos todos Numa linda passarela De uma aquarela Que um dia enfim Descolorirá... Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo (Que descolorirá!) E com cinco ou seis retas É fácil fazer um castelo (Que descolorirá!) Giro um simples compasso Num círculo eu faço O mundo (Que descolorirá!)
  • 62. Caderno de poesias Clarice Pacheco Caderno de poesias é um belo lugar. Tantas coisas lindas que eu gostaria de falar. Eu falo em forma de versos para todos poderem escutar. Agora você já sabe por que os poetas passam os dias escrevendo em seus cadernos de poesias.
  • 63. A FOCA Vinícius de Moraes/Toquinho Quer ver a foca Ficar feliz? É por uma bola No seu nariz. Quer ver a foca Bater palminha? É dar a ela Uma sardinha. Quer ver a foca Comprar uma briga? É espetar ela Na barriga! Lá vai a foca Subindo a escada Depois descendo Desengonçada. Quanto trabalha A coitadinha Pra garantir Sua sardinha.
  • 64. Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas É fácil fazer um castelo... Corro o lápis em torno Da mão e me dou uma luva E se faço chover Com dois riscos Tenho um guarda-chuva... Se um pinguinho de tinta Cai num pedacinho Azul do papel Num instante imagino Uma linda gaivota A voar no céu... Vai voando Contornando a imensa Curva Norte e Sul Vou com ela Viajando Havaí Pequim ou Istambul Pinto um barco a vela Brando navegando É tanto céu e mar Num beijo azul... Entre as nuvens Vem surgindo um lindo Avião rosa e grená Tudo em volta colorindo Com suas luzes a piscar... Basta imaginar e ele está Partindo, sereno e lindo Se a gente quiser Ele vai pousar... Numa folha qualquer Eu desenho um navio De partida Com alguns bons amigos Bebendo de bem com a vida... De uma América a outra Eu consigo passar num segundo Giro um simples compasso E num círculo eu faço o mundo... Um menino caminha E caminhando chega no muro E ali logo em frente A esperar pela gente O futuro está... E o futuro é uma astronave Que tentamos pilotar Não tem tempo, nem piedade Nem tem hora de chegar Sem pedir licença Muda a nossa vida E depois convida A rir ou chorar... Aquarela Toquinho Nessa estrada não nos cabe Conhecer ou ver o que virá O fim dela ninguém sabe Bem ao certo onde vai dar Vamos todos Numa linda passarela De uma aquarela Que um dia enfim Descolorirá... Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo (Que descolorirá!) E com cinco ou seis retas É fácil fazer um castelo (Que descolorirá!) Giro um simples compasso Num círculo eu faço O mundo (Que descolorirá!)
  • 65. Brancas Azuis Amarelas E pretas Brincam Na luz As belas Borboletas Borboletas brancas São alegres e francas. Borboletas azuis Gostam muito de luz. As amarelinhas São tão bonitinhas! E as pretas, então... As Borboletas Vinicius de Moraes
  • 66.  
  • 67. Riminhas   Um fantasma Com asma Um anjo Tocando banjo Um macaco Vestindo um Casaca Uma lombriga Com dor de Barriga Uma chuva De suco de uva E um tchau tchau!
  • 68. Sempre que o sol Pinta de anil Todo o céu O girassol Fica um gentil Carrossel Roda, roda, roda Carrossel Roda, roda, roda Rodador Vai rodando, dando mel Vai rodando, dando flor O Girassol Vinicius de Moraes Sempre que o sol Pinta de anil Todo o céu O girassol Fica um gentil Carrossel Roda, roda, roda Carrossel Gira, gira, gira Girassol Redondinho como o céu Marelinho como o sol
  • 69.  
  • 70.