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FACULDADE REGIONAL DE ALAGOINHAS - UNIRB
BACHARELADO EM DIREITO
JANIELLE CAROLINE SANTOS DE SOUZA
ECONOMIA DE ADAM SMITH E JOHN MAYNARD KEYNES
Alagoinhas - Ba
2013
JANIELLE CAROLINE SANTOS DE SOUZA
ECONOMIA DE ADAM SMITH E JOHN MAYNARD KEYNES
Atividade realizada como parte da avaliação da
primeira unidade da disciplina de economia da
graduação em Direito.
Orientador: Prof. Leandro Sanson
Alagoinhas-Ba
2013
1 INTRODUÇÃO
Conforme conceitua Gregory (2001), economia é uma ciência que estuda e
administra os recursos escassos da sociedade. Nessa ciência existiram diversos pensadores,
que contribuiram para a formulação das principais teorias econômicas, dentre eles Adam
SmitheJohn Maynard Keynes.
Adam Smith é um dos principais economistas e formulador da teoria econômica,
grande parte das contribuições de Smith para o campo da economia não foi original. Porém,
ele foi o primeiro a lançar os fundamentos para o campo desta ciência.
Em plena época do Iluminismo, Smith tornou-se um dos principais teóricos do
liberalismo econômico. Sua principal teoria baseava-se na ideia de que deveria haver total
liberdade econômica para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a
intervenção do Estado. As ideias dele tiveram uma grande influência na burguesia européia
do século XVIII, pois atacavam a política econômica mercantilista promovida pelos reis
absolutistas.
Smith em seu primeiro livro, “A teoria dos sentimentos” discute as forças morais
que restringiam o egoísmo e uniam as pessoas em uma sociedade trabalhista, onde o
mesmo enfatiza a solidariedade em todos os âmbitos, acreditando que com a solidariedade
supera-se até mesmo o egoísmo.
A segunda obra, “A Riqueza das Nações” foi a qual marcou a sua carreira, a mesma
enfatiza que uma divisão apropriada da mão-de-obra pela sociedade com cada pessoa se
especializando naquilo que melhor sabe fazer, seria maneira mais eficaz de aumentar a
produtividade e a riqueza de uma nação. Ele criticou o governo com excessivas
intervenções e restrições, demonstrando que economia planejada na verdade atrapalha o
crescimento. O conceito principal do autor era de que, o mercado é organizado e produz
espécies e quantidades de bens, dos quais estes são os mais desejados pela população.
Smth apregoa em sua obra que o governo não precisava intervir na economia, pois,
um mercado livre produziria bens na quantidade e no preço que a sociedade aguardava. Isso
ocorria porque a sociedade na procura por lucros acompanhava às exigências do mercado.
Já segundo John Maynard Keynes, a premissa fundamental para se compreender
uma economia encontrava-se na simples observação dos níveis de consumo e investimento
do governo, das empresas, e dos próprios consumidores. Partindo desse princípio, a
doutrina keynesiana aponta que no momento em que as empresas tendem a investir menos,
inicia-se todo um processo de retração econômica que abre portas para o estabelecimento
de uma crise.
Em 1936 Keynes publicou um livro que mudaria a história da economia, “Teoria
geral do emprego, dos juros e da moeda”, que impactou o mundo na década de 30, por
defender a intervenção do Estado nas relações econômicas, através de uma política de
gastos públicos. Neste livro ele argumenta que o nível de emprego é determinado não pelos
preços do trabalho como ocorre na economia neoclássica, mas pelos gastos em dinheiro.
Expõe que é errado assumir que mercados competitivos irão, no longo prazo, levar ao pleno
emprego ou que o pleno emprego é o Estado de equilíbrio natural de uma economia
monetária. Pelo contrário, subemprego e subinvestimento é provavelmente um estado
natural a não ser que medidas ativas sejam tomadas.
Os estudos de Keynes tiveram grande influência na ascensão econômica dos países
capitalistas arrasados no pós-guerra.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 ADAM SMITH
Adam Smithnasceu em 1723, em Kirkcaldy, na Escócia. Ele frequentou a
Universidade de Oxford, e nos anos de 1751 a 1764 ensinou filosofia na Universidade de
Glasgow onde publicou seu primeiro livro: ”A Teoria dos Sentimentos Morais”. Contudo,
foi com outra obra que ele conquistou grande fama, uma pesquisa sobre a “Natureza e as
Causas das Riquezas das Nações”, lançado em 1776.
As ideias dos fisiocratas e de Adam Smith deveriam ser consideradas dentro de
um campo da Politicial Oeconomy, uma maneira de entender melhor não só seu conteúdo,
mas também a própria evolução da ciência econômica. No caso de Adam Smith, identificar
o seu argumento econômico nesse campo era uma tarefa imediata.
No séculoXVIII, o conhecimento humano estava contido e diga-se, codificado, no
campo maior, denominado Filosofia. Este campo dividia-se em Filosofia Natural e
Filosofia Moral. O primeiro tinha como objeto de investigação os fenômenos naturais, os
que ocorrem na natureza independente da vontade humana. Ele é compreendido como
ciência exata e biológica, tais como a Física, matemática, biologia, entre outras. Já o
segundo estudava os fenômenos humanos, tendo como padrão o método científico
empregado na Filosofia Natural.
De acordo com o livro” Manual De Economia - Equipe De Professores Da Usp”
, o curso de Filosofia Moral de Adam Smith, dividia-se em: Teologia, Ética e
Jurisprudência. A economia ainda não constituía-se disciplina autônoma, sendo parte
integrante do estudo da ética.
Smith tendo presenciado o começo da Revolução Industrial, deu-se conta do
significado da divisão do trabalho e os ganhos de produtividade que adviriam dos
aperfeiçoamentos que estavam sendo introduzidos no processo produtivo. E ainda que
tivesse contribuído para autonomizar o estudo da economia, entendia-a como parte da
moral e a este tema dedicou uma obra que se constituiria um ponto de referência: “Teoria
dos sentimentos morais” (1759), que trouxe o reconhecimento acadêmico, é a expressão
direta das aulas sobre a Ética do curso de Filosofia Moral.
Já na parte da Jurisprudência a preocupação principal era com a regulação do
Estado, fator necessário á implementação e á manutenção da ordem social. Por outro lado,
essas regulações preocupava-se com a eficiência com que os indivíduos na sociedade
poderiam se prover dos meios necessários á sua sobrevivência.
Outro livro com grande repercussão foi riqueza das nações,cuja doutrina foi
inicialmente denominada de “livre cambismo” e, posteriormente, de liberalismo
econômico. Desde então, com os ajustamentos requeridos pelos avanços registrados no
processo produtivo, o liberalismo econômico é a doutrina adotada pelos países capitalistas,
onde vigora o que se convencionou chamar de economia de mercado.
2.2 ECONOMIA DE ADAM SMITH
Adam Smith defendia os ideais do liberalismo dentro da economia, porém, não
negava que o Estado, em ocasiões pontuais, deveria intervir para evitar a ocorrência de
monopólios ou de cartéis comerciais, uma vez que a o mercado para se auto regular
necessita de competitividade, livre concorrência, a fim de atender os anseios da sociedade,
tanto na produção quanto na qualidade dos produtos ofertados e até mesmo no preço destes.
Enfim, Smith demonstrou através de sua obra que o Estado deveria intervir o
mínimo possível na economia, ponto em que estamos nos referindo: a baixa tributação e ao
estímulo da livre concorrência entre os membros da sociedade, pois somente desta forma o
mercado se auto-regularia e produziria bens na quantidade e no preço que a própria
sociedade espera. Afinal, a intervenção direta do Estado na economia acarretaria na redução
do bem estar social. ·.
2.3 PROGRESSO ECONÔMICO DE ADAM SMITH
A análise de Smith acerca do mercado como um mecanismo alto-regulador era
impressionante. A riqueza das nações cresceria somente se os homens, através de seus
governos, não inibissem este crescimento concedendo privilégios especiais que iriam
impedir o sistema competitivo de exercer seus efeitos benéficos.
O livro “Riqueza das Nações", especialmente o Livro IV, é uma polêmica contra as
medidas restritivas do "sistema mercantil" que favorecem monopólios no país e no exterior.
A grande contribuição de Adam Smith para o Pensamento Econômico é exatamente
a chamada "Teoria da Mão Invisível.
Para Smith todos aplicam o seu capital para que ele renda o mais possível. A pessoa
ao fazer isto não tem como objetivo o interesse geral da comunidade, mas sim o seu próprio
interesse, neste sentido é egoísta. O que Smith defende é que, ao promover o interesse
pessoal, o indivíduo acaba por ajudar na promoção do interesse geral e coletivo. Dizia ele,
que não pela benevolência do padeiro ou do açougueiro que nós temos o nosso jantar, mas
é pelo egoísmo deles, pois os homens agindo segundo seu próprio interesse é que todos se
ajudam mutuamente. Neste caminho ele é conduzido e guiado por uma espécie de “Mão
Invisível”.
Smith acreditava então que ao conduzir e perseguir os seus interesses, o homem
acabou por beneficiar a sociedade como um todo de uma maneira mais eficaz. Graças à
mão invisível não há necessidade de fixar o preço.
3 JOHN MAYNARD KEYNES
John MaynardKeynes nasceu em 1883, em Cambridge, Inglaterra, filho de
intelectuais estudou no colégio Eton, da aristocracia inglesa, onde se destacou pelas altas
notas em Matemática. Em 1902, recebeu uma bolsa de estudos para estudar no King’s
College, da Universidade de Cambridge, onde foi aluno do economista neoclássico Alfred
Marshall.
Em 1937 Keynes sofre um severo ataque cardíaco. Ainda não totalmente recuperado
regressa aos meios oficiais agora como um dos administradores do Banco de Inglaterra,
sendo considerado por muitos como o “Economista oficial da Grã-Bretanha”.
Em 1942 ele recebe o título de Barão de Tilton. Durante a Segunda Grande Guerra
Keynes foi o principal arquiteto da política econômica da Grã-Bretanha, depois teve um
importante papel como representante do Reino Unido aonde viria a ser criado um novo
sistema monetário internacional.
Keynes iniciou uma revolução no pensamento econômico, opondo-se às ideias
da economia neoclássica que defendiam que os mercados livres ofereceriam
automaticamente empregos aos trabalhadores contanto que eles fossem flexíveis na sua
procura salarial.
Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, as ideias econômicas de Keynes foram
adotadas pelas principais potências econômicas do Ocidente. Durante as décadas
de 1950 e 1960, o sucesso da economia keynesiana foi tão retumbante que quase todos os
governos capitalistas adotaram suas recomendações.
Ele sempre esteve envolvido em assuntos públicos numa posição ou outra,
particularmente em questões de comércio e finanças. Este aspecto de sua carreira está em
perfeita consonância com sua abordagem predominantemente pragmática: a economia
como ciência pura era-lhe muito menos interessante do que a economia a serviços de
políticas.
O keynesianismo é uma doutrina ativista, que preconiza a ação do Estado na
promoção e sustentação do pleno emprego em economias empresariais.
Para Keynes um dos pontos principais a serem discutidos era a liquidez da moeda.
Para qualquer tipo de negociação seria necessária que se tenha a moeda, que possuia valor
real para que pudessem aumentar a capacidade de consumo.
No pensamento de Keynes, o capitalismo sem a intervenção do Estado seria vítima
de suas próprias crises. A crise que atingiria o sistema significaria, o fim de uma visão do
capitalismo como um sistema harmônico e auto-regulável, que tende para um equilíbrio
estável, espontâneo e automatico de pleno emprego.
3.1 ECONOMIA DE KEYNES
A Economia Keynesiana é uma teoria da despesa total da economia designada por
procura agregada dos seus efeitos na produção e na inflação.
No primeiro momento o Keynesianismo tratava de dar primazia ao crescimento e
ao pleno emprego, e não à estabilidade monetária e à competitividade externa. Já no
segundo momento, quanto aos instrumentos, e às políticas monetárias e orçamentais, estas
deveriam estimular à procura agregada do consumo e investimento à escala nacional, e o
próprio investimento público teria um papel importante a desempenhar. Além do mais,
poderiam justificar-se finanças públicas desequilibradas em curto prazo, para estímulo da
atividade econômica e maior capacidade de criação de empregos.
Keynes entendia que se o consumo era o grande estímulo e o motor do crescimento,
a redução das grandes desigualdades sociais aumentaria de forma crescente a média de
consumo da população, e isso seria vantajoso do ponto de vista econômico e também
social.
O Estado assumia assim um papel ativo e decisivo na atividade econômica mesmo
em um sistema capitalista. Não se tratava apenas de regular a conjuntura do curto prazo,
evitando ou minimizando ciclos de inflação ou desemprego, mas também, e principalmente,
de assegurar um crescimento equilibrado da economia nacional.
Ele também acreditava que o governo tinha poder fundamental na economia, para
proporcionar bens coletivos à sociedade, como produtor de bens e serviços, como regulador
da moeda, intervindo no mercado financeiro para controlar o fluxo da moeda, como
comprador, consumidor e agente econômico. Defendia a teoria do pleno emprego, que seria
o uso eficaz de todos os fatores de produção e equilíbrio de mercado dos neoclássicos.
4 CONCLUSÃO
4.1 LIBERALISMO X KEYNESIANISMO
O liberalismo baseou-se nas ideias de Adam Smith. Segundo ele o próprio
capitalismo continha mecanismos racionais e eficientes de auto-regulação das
condições socioeconômicas de uma sociedade. Dessa forma, o papel do Estado
deveria se limitar a duas coisas: cumprir os contratos e garantir a propriedade
privada. Para ele o Estado podia intervir minimamente na economia.
Smith usou a teoria da “mão invisível” a qual foi questionada a eficiência do
capitalismo. Depois da crise da “mão invisível”, os supostos mecanismos auto-
reguladores do capitalismo não eram suficientes para manter a economia nos
trilhos.
Já o keynesianismo baseou-se nas ideias deJohn MaynardKeynes, o
mesmo postulou uma teoria que rompia totalmente com a ideia liberalista do
“deixai fazer”, afirmando que o Estado deveria sim, interferir na sociedade, na
economia, e em quais áreas achasse necessário. O modelo do Estado
intervencionista foi adotado por muitos países após o fim da Segunda Guerra
Mundial, já que a interferência estatal parecia essencial para a recuperação do
mundo no pós-guerra.
Assim como o liberalismo foi questionado, o keynesianismo também foi,
pois problemas como inflação e instabilidade econômica tornaram-se reais.
REFERÊNCIAS
DIVA, Benavides.Pinho. Manual de economia. 5º edição. S.P: Saraiva, 2005.
HUNT, E. K. História do Pensamento Econômico. Campus, 7º edição. Rio de
Janeiro, 1989.
MANKIW N. Gregory. Introdução à Economia:princípios de micro e
macroeconomia/ N. Gregory Mankiw; tradução da 2ªed.original Mariajosé Cyhalar
Mankiw.- Rio de Janeiro: Elsevier, 2001- 28ª reimpressão.
PEREIRA, Leandro. Ramos; ALMEIDA, Rodrigo Bonecini de. A Utopia
Keynesiana: os princípios políticos e econômicos de John Maynard
Keynes. Disponível em: <http.
www.anpec.org.br/encontro2010/inscricao/arquivos/247-
5e5566e256850fa7bdd3a16da63d16a2_.pdf>. Acesso em: 13. Mar.2013.
SCRIBD. História do Pensamento Económico Adam Smith. Disponível em:
<http.www. pt.scribd.com/doc/6816407/Adam-Smith-Historia-do-Pensamento-
Economico-resumo-rev>Acesso em: 12. Mar.2013.
TRABALHOS FEITOS.Biografia Adam Smith.Disponível em: <http.
www.suapesquisa.com/biografias/adam_smith.htm>Acesso em: 12. Mar.2013.
ISTITUTO HUMANISTAS UNISINOS.Smith, Keynes e os Paradoxos da Ciência
Econômica. Disponível em: <http.www.ihu.unisinos.br/noticias/44078-smith-
keynes-e-os-paradoxos-da-ciencia-economica>Acesso em: 11. Mar.2013.

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  • 1. FACULDADE REGIONAL DE ALAGOINHAS - UNIRB BACHARELADO EM DIREITO JANIELLE CAROLINE SANTOS DE SOUZA ECONOMIA DE ADAM SMITH E JOHN MAYNARD KEYNES Alagoinhas - Ba 2013
  • 2. JANIELLE CAROLINE SANTOS DE SOUZA ECONOMIA DE ADAM SMITH E JOHN MAYNARD KEYNES Atividade realizada como parte da avaliação da primeira unidade da disciplina de economia da graduação em Direito. Orientador: Prof. Leandro Sanson Alagoinhas-Ba 2013
  • 3. 1 INTRODUÇÃO Conforme conceitua Gregory (2001), economia é uma ciência que estuda e administra os recursos escassos da sociedade. Nessa ciência existiram diversos pensadores, que contribuiram para a formulação das principais teorias econômicas, dentre eles Adam SmitheJohn Maynard Keynes. Adam Smith é um dos principais economistas e formulador da teoria econômica, grande parte das contribuições de Smith para o campo da economia não foi original. Porém, ele foi o primeiro a lançar os fundamentos para o campo desta ciência. Em plena época do Iluminismo, Smith tornou-se um dos principais teóricos do liberalismo econômico. Sua principal teoria baseava-se na ideia de que deveria haver total liberdade econômica para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a intervenção do Estado. As ideias dele tiveram uma grande influência na burguesia européia do século XVIII, pois atacavam a política econômica mercantilista promovida pelos reis absolutistas. Smith em seu primeiro livro, “A teoria dos sentimentos” discute as forças morais que restringiam o egoísmo e uniam as pessoas em uma sociedade trabalhista, onde o mesmo enfatiza a solidariedade em todos os âmbitos, acreditando que com a solidariedade supera-se até mesmo o egoísmo. A segunda obra, “A Riqueza das Nações” foi a qual marcou a sua carreira, a mesma enfatiza que uma divisão apropriada da mão-de-obra pela sociedade com cada pessoa se especializando naquilo que melhor sabe fazer, seria maneira mais eficaz de aumentar a produtividade e a riqueza de uma nação. Ele criticou o governo com excessivas intervenções e restrições, demonstrando que economia planejada na verdade atrapalha o crescimento. O conceito principal do autor era de que, o mercado é organizado e produz espécies e quantidades de bens, dos quais estes são os mais desejados pela população. Smth apregoa em sua obra que o governo não precisava intervir na economia, pois, um mercado livre produziria bens na quantidade e no preço que a sociedade aguardava. Isso ocorria porque a sociedade na procura por lucros acompanhava às exigências do mercado.
  • 4. Já segundo John Maynard Keynes, a premissa fundamental para se compreender uma economia encontrava-se na simples observação dos níveis de consumo e investimento do governo, das empresas, e dos próprios consumidores. Partindo desse princípio, a doutrina keynesiana aponta que no momento em que as empresas tendem a investir menos, inicia-se todo um processo de retração econômica que abre portas para o estabelecimento de uma crise. Em 1936 Keynes publicou um livro que mudaria a história da economia, “Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda”, que impactou o mundo na década de 30, por defender a intervenção do Estado nas relações econômicas, através de uma política de gastos públicos. Neste livro ele argumenta que o nível de emprego é determinado não pelos preços do trabalho como ocorre na economia neoclássica, mas pelos gastos em dinheiro. Expõe que é errado assumir que mercados competitivos irão, no longo prazo, levar ao pleno emprego ou que o pleno emprego é o Estado de equilíbrio natural de uma economia monetária. Pelo contrário, subemprego e subinvestimento é provavelmente um estado natural a não ser que medidas ativas sejam tomadas. Os estudos de Keynes tiveram grande influência na ascensão econômica dos países capitalistas arrasados no pós-guerra. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 ADAM SMITH
  • 5. Adam Smithnasceu em 1723, em Kirkcaldy, na Escócia. Ele frequentou a Universidade de Oxford, e nos anos de 1751 a 1764 ensinou filosofia na Universidade de Glasgow onde publicou seu primeiro livro: ”A Teoria dos Sentimentos Morais”. Contudo, foi com outra obra que ele conquistou grande fama, uma pesquisa sobre a “Natureza e as Causas das Riquezas das Nações”, lançado em 1776. As ideias dos fisiocratas e de Adam Smith deveriam ser consideradas dentro de um campo da Politicial Oeconomy, uma maneira de entender melhor não só seu conteúdo, mas também a própria evolução da ciência econômica. No caso de Adam Smith, identificar o seu argumento econômico nesse campo era uma tarefa imediata. No séculoXVIII, o conhecimento humano estava contido e diga-se, codificado, no campo maior, denominado Filosofia. Este campo dividia-se em Filosofia Natural e Filosofia Moral. O primeiro tinha como objeto de investigação os fenômenos naturais, os que ocorrem na natureza independente da vontade humana. Ele é compreendido como ciência exata e biológica, tais como a Física, matemática, biologia, entre outras. Já o segundo estudava os fenômenos humanos, tendo como padrão o método científico empregado na Filosofia Natural. De acordo com o livro” Manual De Economia - Equipe De Professores Da Usp” , o curso de Filosofia Moral de Adam Smith, dividia-se em: Teologia, Ética e Jurisprudência. A economia ainda não constituía-se disciplina autônoma, sendo parte integrante do estudo da ética. Smith tendo presenciado o começo da Revolução Industrial, deu-se conta do significado da divisão do trabalho e os ganhos de produtividade que adviriam dos aperfeiçoamentos que estavam sendo introduzidos no processo produtivo. E ainda que tivesse contribuído para autonomizar o estudo da economia, entendia-a como parte da moral e a este tema dedicou uma obra que se constituiria um ponto de referência: “Teoria dos sentimentos morais” (1759), que trouxe o reconhecimento acadêmico, é a expressão direta das aulas sobre a Ética do curso de Filosofia Moral. Já na parte da Jurisprudência a preocupação principal era com a regulação do Estado, fator necessário á implementação e á manutenção da ordem social. Por outro lado, essas regulações preocupava-se com a eficiência com que os indivíduos na sociedade poderiam se prover dos meios necessários á sua sobrevivência.
  • 6. Outro livro com grande repercussão foi riqueza das nações,cuja doutrina foi inicialmente denominada de “livre cambismo” e, posteriormente, de liberalismo econômico. Desde então, com os ajustamentos requeridos pelos avanços registrados no processo produtivo, o liberalismo econômico é a doutrina adotada pelos países capitalistas, onde vigora o que se convencionou chamar de economia de mercado. 2.2 ECONOMIA DE ADAM SMITH Adam Smith defendia os ideais do liberalismo dentro da economia, porém, não negava que o Estado, em ocasiões pontuais, deveria intervir para evitar a ocorrência de monopólios ou de cartéis comerciais, uma vez que a o mercado para se auto regular necessita de competitividade, livre concorrência, a fim de atender os anseios da sociedade, tanto na produção quanto na qualidade dos produtos ofertados e até mesmo no preço destes. Enfim, Smith demonstrou através de sua obra que o Estado deveria intervir o mínimo possível na economia, ponto em que estamos nos referindo: a baixa tributação e ao estímulo da livre concorrência entre os membros da sociedade, pois somente desta forma o mercado se auto-regularia e produziria bens na quantidade e no preço que a própria sociedade espera. Afinal, a intervenção direta do Estado na economia acarretaria na redução do bem estar social. ·. 2.3 PROGRESSO ECONÔMICO DE ADAM SMITH A análise de Smith acerca do mercado como um mecanismo alto-regulador era impressionante. A riqueza das nações cresceria somente se os homens, através de seus governos, não inibissem este crescimento concedendo privilégios especiais que iriam impedir o sistema competitivo de exercer seus efeitos benéficos. O livro “Riqueza das Nações", especialmente o Livro IV, é uma polêmica contra as medidas restritivas do "sistema mercantil" que favorecem monopólios no país e no exterior. A grande contribuição de Adam Smith para o Pensamento Econômico é exatamente a chamada "Teoria da Mão Invisível.
  • 7. Para Smith todos aplicam o seu capital para que ele renda o mais possível. A pessoa ao fazer isto não tem como objetivo o interesse geral da comunidade, mas sim o seu próprio interesse, neste sentido é egoísta. O que Smith defende é que, ao promover o interesse pessoal, o indivíduo acaba por ajudar na promoção do interesse geral e coletivo. Dizia ele, que não pela benevolência do padeiro ou do açougueiro que nós temos o nosso jantar, mas é pelo egoísmo deles, pois os homens agindo segundo seu próprio interesse é que todos se ajudam mutuamente. Neste caminho ele é conduzido e guiado por uma espécie de “Mão Invisível”. Smith acreditava então que ao conduzir e perseguir os seus interesses, o homem acabou por beneficiar a sociedade como um todo de uma maneira mais eficaz. Graças à mão invisível não há necessidade de fixar o preço. 3 JOHN MAYNARD KEYNES John MaynardKeynes nasceu em 1883, em Cambridge, Inglaterra, filho de intelectuais estudou no colégio Eton, da aristocracia inglesa, onde se destacou pelas altas notas em Matemática. Em 1902, recebeu uma bolsa de estudos para estudar no King’s College, da Universidade de Cambridge, onde foi aluno do economista neoclássico Alfred Marshall. Em 1937 Keynes sofre um severo ataque cardíaco. Ainda não totalmente recuperado regressa aos meios oficiais agora como um dos administradores do Banco de Inglaterra, sendo considerado por muitos como o “Economista oficial da Grã-Bretanha”. Em 1942 ele recebe o título de Barão de Tilton. Durante a Segunda Grande Guerra Keynes foi o principal arquiteto da política econômica da Grã-Bretanha, depois teve um
  • 8. importante papel como representante do Reino Unido aonde viria a ser criado um novo sistema monetário internacional. Keynes iniciou uma revolução no pensamento econômico, opondo-se às ideias da economia neoclássica que defendiam que os mercados livres ofereceriam automaticamente empregos aos trabalhadores contanto que eles fossem flexíveis na sua procura salarial. Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, as ideias econômicas de Keynes foram adotadas pelas principais potências econômicas do Ocidente. Durante as décadas de 1950 e 1960, o sucesso da economia keynesiana foi tão retumbante que quase todos os governos capitalistas adotaram suas recomendações. Ele sempre esteve envolvido em assuntos públicos numa posição ou outra, particularmente em questões de comércio e finanças. Este aspecto de sua carreira está em perfeita consonância com sua abordagem predominantemente pragmática: a economia como ciência pura era-lhe muito menos interessante do que a economia a serviços de políticas. O keynesianismo é uma doutrina ativista, que preconiza a ação do Estado na promoção e sustentação do pleno emprego em economias empresariais. Para Keynes um dos pontos principais a serem discutidos era a liquidez da moeda. Para qualquer tipo de negociação seria necessária que se tenha a moeda, que possuia valor real para que pudessem aumentar a capacidade de consumo. No pensamento de Keynes, o capitalismo sem a intervenção do Estado seria vítima de suas próprias crises. A crise que atingiria o sistema significaria, o fim de uma visão do capitalismo como um sistema harmônico e auto-regulável, que tende para um equilíbrio estável, espontâneo e automatico de pleno emprego. 3.1 ECONOMIA DE KEYNES A Economia Keynesiana é uma teoria da despesa total da economia designada por procura agregada dos seus efeitos na produção e na inflação.
  • 9. No primeiro momento o Keynesianismo tratava de dar primazia ao crescimento e ao pleno emprego, e não à estabilidade monetária e à competitividade externa. Já no segundo momento, quanto aos instrumentos, e às políticas monetárias e orçamentais, estas deveriam estimular à procura agregada do consumo e investimento à escala nacional, e o próprio investimento público teria um papel importante a desempenhar. Além do mais, poderiam justificar-se finanças públicas desequilibradas em curto prazo, para estímulo da atividade econômica e maior capacidade de criação de empregos. Keynes entendia que se o consumo era o grande estímulo e o motor do crescimento, a redução das grandes desigualdades sociais aumentaria de forma crescente a média de consumo da população, e isso seria vantajoso do ponto de vista econômico e também social. O Estado assumia assim um papel ativo e decisivo na atividade econômica mesmo em um sistema capitalista. Não se tratava apenas de regular a conjuntura do curto prazo, evitando ou minimizando ciclos de inflação ou desemprego, mas também, e principalmente, de assegurar um crescimento equilibrado da economia nacional. Ele também acreditava que o governo tinha poder fundamental na economia, para proporcionar bens coletivos à sociedade, como produtor de bens e serviços, como regulador da moeda, intervindo no mercado financeiro para controlar o fluxo da moeda, como comprador, consumidor e agente econômico. Defendia a teoria do pleno emprego, que seria o uso eficaz de todos os fatores de produção e equilíbrio de mercado dos neoclássicos. 4 CONCLUSÃO
  • 10. 4.1 LIBERALISMO X KEYNESIANISMO O liberalismo baseou-se nas ideias de Adam Smith. Segundo ele o próprio capitalismo continha mecanismos racionais e eficientes de auto-regulação das condições socioeconômicas de uma sociedade. Dessa forma, o papel do Estado deveria se limitar a duas coisas: cumprir os contratos e garantir a propriedade privada. Para ele o Estado podia intervir minimamente na economia. Smith usou a teoria da “mão invisível” a qual foi questionada a eficiência do capitalismo. Depois da crise da “mão invisível”, os supostos mecanismos auto- reguladores do capitalismo não eram suficientes para manter a economia nos trilhos. Já o keynesianismo baseou-se nas ideias deJohn MaynardKeynes, o mesmo postulou uma teoria que rompia totalmente com a ideia liberalista do “deixai fazer”, afirmando que o Estado deveria sim, interferir na sociedade, na economia, e em quais áreas achasse necessário. O modelo do Estado intervencionista foi adotado por muitos países após o fim da Segunda Guerra Mundial, já que a interferência estatal parecia essencial para a recuperação do mundo no pós-guerra. Assim como o liberalismo foi questionado, o keynesianismo também foi, pois problemas como inflação e instabilidade econômica tornaram-se reais. REFERÊNCIAS
  • 11. DIVA, Benavides.Pinho. Manual de economia. 5º edição. S.P: Saraiva, 2005. HUNT, E. K. História do Pensamento Econômico. Campus, 7º edição. Rio de Janeiro, 1989. MANKIW N. Gregory. Introdução à Economia:princípios de micro e macroeconomia/ N. Gregory Mankiw; tradução da 2ªed.original Mariajosé Cyhalar Mankiw.- Rio de Janeiro: Elsevier, 2001- 28ª reimpressão. PEREIRA, Leandro. Ramos; ALMEIDA, Rodrigo Bonecini de. A Utopia Keynesiana: os princípios políticos e econômicos de John Maynard Keynes. Disponível em: <http. www.anpec.org.br/encontro2010/inscricao/arquivos/247- 5e5566e256850fa7bdd3a16da63d16a2_.pdf>. Acesso em: 13. Mar.2013. SCRIBD. História do Pensamento Económico Adam Smith. Disponível em: <http.www. pt.scribd.com/doc/6816407/Adam-Smith-Historia-do-Pensamento- Economico-resumo-rev>Acesso em: 12. Mar.2013. TRABALHOS FEITOS.Biografia Adam Smith.Disponível em: <http. www.suapesquisa.com/biografias/adam_smith.htm>Acesso em: 12. Mar.2013. ISTITUTO HUMANISTAS UNISINOS.Smith, Keynes e os Paradoxos da Ciência Econômica. Disponível em: <http.www.ihu.unisinos.br/noticias/44078-smith- keynes-e-os-paradoxos-da-ciencia-economica>Acesso em: 11. Mar.2013.