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As principais escolas da economia e a crise atual
                                              Eleutério Gustavo Correia Alecrim




De acordo com os registros encontrados até hoje, a economia está presente na vida
humana desde a que o homem deixou de ser nômade e fixou-se às margens dos
rios Nilo e Eufrates. Porém, apenas no período do Antigo regime, a fim de justificar
uma revolução e criar uma nova ordem política na Europa, visto as tensões entre a
monarquia e a burguesia crescente, surgia a necessidade de um olhar teórico para
a economia. Nascendo assim a corrente clássica.


Mais tarde, em 1870 outro momento de crise conhecido como revolução
marginalista, desencadeia uma nova visão sobre a teoria econômica, onde o
principal foco da economia seria a margem de lucro, que é o ponto em que as
decisões são tomadas, criando assim, a corrente neoclássica.




A Escola Clássica teve como principais representantes teóricos, Adam Smith, David
Ricardo e o inglês John Locke.


A Escola Clássica defende o direito de propriedade privada, colocando inclusive, o
Estado como garantidor desta propriedade a quem for de fato. Outra característica
desta Escola, era a defesa do crescimento de longo prazo, por intermédio da
acumulação do capital.


Adam Smith, principal teórico Liberal, traz a teoria da Mão Invisível, onde os
interesses individuais dos elementos ativos dentro da economia, colaboram com um
sistema auto-regulador, fazendo a seleção natural de elementos prejudiciais a
economia. Com esta teoria, Smith é a favor do livre comércio, ou seja, da não
atuação do Estado para regular a economia, sendo esta, um mecanismo auto-
regulador pela concorrência existente em um mercado de consumo, forçando o
empresário a busca de melhores meios de produção.


Outra grande contribuição para esta Escola foi o conceito de Produto e trabalho que
foi aproximado por David Ricardo, onde o valor do produto está relacionado com a




                                                                                       1
quantidade de trabalho nele empregado.




A Escola Neoclássica aborda a questão do equilíbrio entre mercados. Pois, segundo
Leon Walras, as forças econômicas movem-se em direção ao equilíbrio. Assim, se
um mercado estiver em equilíbrio, todos os mercados também estarão.


Nesta Escola, o conceito de escassez, utilizado até hoje como principal escopo da
economia. Onde, os bens econômicos são bens escassos, e o valor desses bens
aumenta de acordo com sua escassez. Foi apontado como solução ao paradoxo da
água-diamante de Smith.




A principal semelhança destas escolas, vem da questão da escassez do - bem, com
o paradoxo água-diamante de Adam Smith, que serviu de base para o conceito de
escassez da Escola Neoclássica.


“(...) a água era extremante útil, entretanto não possuía poder de compra.
                                                                                 1
... o diamante – apesar de não ser essencial à vida – tinha um preço elevado.”




A crise de 1929 apresentou um plano econômico adotado por Roosevelt baseado na
teoria de Maynard Keynes, surgindo assim a Escola Keynesiana.


Esta teoria contrapõe a Escola Neoclássica, onde os recursos produtores dos bens,
não devem ser dependentes ao coeficiente da oferta e procura dos bens, devendo
ter seus salários independente deste.


Para Keynes, o capitalismo funciona mal por insuficiência de demanda – uma das
características mais comuns do sistema. Desta forma, o Estado deve intervir no
mercado no controle e criação de demanda.




1
 BEZERRA, Rogério Sobreira. Introdução a economia: Rio de Janeiro: FGV, 2012,
p. 43.



                                                                                     2
A principal diferença entra as teorias Keynesiana e Liberal está na questão do
intervencionismo do Estado na economia.


Enquanto a teoria Keynesiana defende um modelo mais intervencionista, onde as
empresas transnacionais não contavam somente com a liberdade, mas,
principalmente, com o estímulo ao investimento externo. A Escola Liberal apoia um
modelo não intervencionista, estimulando a livre concorrência. Pois, acredita que o
estímulo desequilibra o mercado e o sistema auto-regulador.




Na crise da Europa, hoje, não há que se falar em liberdade de mercado, pois as
principais empresas que atuam no continente, são multinacionais, com isso buscam
o fortalecimento e compensação das perdas em outros países. Assim, agravando
ainda mais a economia interna.


A Grécia é a principal afetada nesta crise, pois, as empresas estão migrando para
mercados mais “quentes”.


Assim, não resta outra alternativa que a intervenção do estado no mercado. Porém,
este também encontra-se com os cofres em níveis preocupantes, buscando
recursos financeiros com os países pertencentes a zona do Euro.




Verificamos que assim como as correntes teóricas em economia devem ser
consideradas e de acordo com o cenário observado o economista utiliza-se do
modelo apresentado pelas diferentes teorias.


Quanto ao intervencionismo, acreditamos que este torna-se necessário para
garantir o equilíbrio do consumo dos recursos ambientais e necessidade de
produção. Pois a utilização não sustentável dos recursos naturais acarreta o
desgaste e impacto ambiental agravado.


O Estado deve garantir a economia de seu território de forma a controlar os
interesses humanos. Evitando assim o encarecimento dos bens observado na teoria
da escassez.




                                                                                      3
Referências bibliográficas

BEZERRA, Rogério Sobreira. Introdução a economia: Rio de Janeiro: FGV, 2012.




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As principais escolas econômicas e a crise atual

  • 1. As principais escolas da economia e a crise atual Eleutério Gustavo Correia Alecrim De acordo com os registros encontrados até hoje, a economia está presente na vida humana desde a que o homem deixou de ser nômade e fixou-se às margens dos rios Nilo e Eufrates. Porém, apenas no período do Antigo regime, a fim de justificar uma revolução e criar uma nova ordem política na Europa, visto as tensões entre a monarquia e a burguesia crescente, surgia a necessidade de um olhar teórico para a economia. Nascendo assim a corrente clássica. Mais tarde, em 1870 outro momento de crise conhecido como revolução marginalista, desencadeia uma nova visão sobre a teoria econômica, onde o principal foco da economia seria a margem de lucro, que é o ponto em que as decisões são tomadas, criando assim, a corrente neoclássica. A Escola Clássica teve como principais representantes teóricos, Adam Smith, David Ricardo e o inglês John Locke. A Escola Clássica defende o direito de propriedade privada, colocando inclusive, o Estado como garantidor desta propriedade a quem for de fato. Outra característica desta Escola, era a defesa do crescimento de longo prazo, por intermédio da acumulação do capital. Adam Smith, principal teórico Liberal, traz a teoria da Mão Invisível, onde os interesses individuais dos elementos ativos dentro da economia, colaboram com um sistema auto-regulador, fazendo a seleção natural de elementos prejudiciais a economia. Com esta teoria, Smith é a favor do livre comércio, ou seja, da não atuação do Estado para regular a economia, sendo esta, um mecanismo auto- regulador pela concorrência existente em um mercado de consumo, forçando o empresário a busca de melhores meios de produção. Outra grande contribuição para esta Escola foi o conceito de Produto e trabalho que foi aproximado por David Ricardo, onde o valor do produto está relacionado com a 1
  • 2. quantidade de trabalho nele empregado. A Escola Neoclássica aborda a questão do equilíbrio entre mercados. Pois, segundo Leon Walras, as forças econômicas movem-se em direção ao equilíbrio. Assim, se um mercado estiver em equilíbrio, todos os mercados também estarão. Nesta Escola, o conceito de escassez, utilizado até hoje como principal escopo da economia. Onde, os bens econômicos são bens escassos, e o valor desses bens aumenta de acordo com sua escassez. Foi apontado como solução ao paradoxo da água-diamante de Smith. A principal semelhança destas escolas, vem da questão da escassez do - bem, com o paradoxo água-diamante de Adam Smith, que serviu de base para o conceito de escassez da Escola Neoclássica. “(...) a água era extremante útil, entretanto não possuía poder de compra. 1 ... o diamante – apesar de não ser essencial à vida – tinha um preço elevado.” A crise de 1929 apresentou um plano econômico adotado por Roosevelt baseado na teoria de Maynard Keynes, surgindo assim a Escola Keynesiana. Esta teoria contrapõe a Escola Neoclássica, onde os recursos produtores dos bens, não devem ser dependentes ao coeficiente da oferta e procura dos bens, devendo ter seus salários independente deste. Para Keynes, o capitalismo funciona mal por insuficiência de demanda – uma das características mais comuns do sistema. Desta forma, o Estado deve intervir no mercado no controle e criação de demanda. 1 BEZERRA, Rogério Sobreira. Introdução a economia: Rio de Janeiro: FGV, 2012, p. 43. 2
  • 3. A principal diferença entra as teorias Keynesiana e Liberal está na questão do intervencionismo do Estado na economia. Enquanto a teoria Keynesiana defende um modelo mais intervencionista, onde as empresas transnacionais não contavam somente com a liberdade, mas, principalmente, com o estímulo ao investimento externo. A Escola Liberal apoia um modelo não intervencionista, estimulando a livre concorrência. Pois, acredita que o estímulo desequilibra o mercado e o sistema auto-regulador. Na crise da Europa, hoje, não há que se falar em liberdade de mercado, pois as principais empresas que atuam no continente, são multinacionais, com isso buscam o fortalecimento e compensação das perdas em outros países. Assim, agravando ainda mais a economia interna. A Grécia é a principal afetada nesta crise, pois, as empresas estão migrando para mercados mais “quentes”. Assim, não resta outra alternativa que a intervenção do estado no mercado. Porém, este também encontra-se com os cofres em níveis preocupantes, buscando recursos financeiros com os países pertencentes a zona do Euro. Verificamos que assim como as correntes teóricas em economia devem ser consideradas e de acordo com o cenário observado o economista utiliza-se do modelo apresentado pelas diferentes teorias. Quanto ao intervencionismo, acreditamos que este torna-se necessário para garantir o equilíbrio do consumo dos recursos ambientais e necessidade de produção. Pois a utilização não sustentável dos recursos naturais acarreta o desgaste e impacto ambiental agravado. O Estado deve garantir a economia de seu território de forma a controlar os interesses humanos. Evitando assim o encarecimento dos bens observado na teoria da escassez. 3
  • 4. Referências bibliográficas BEZERRA, Rogério Sobreira. Introdução a economia: Rio de Janeiro: FGV, 2012. 4