SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
TEORIA DE SAINT SIMON
Claude Henri Saint-Simon (1760-1825) pertencia a uma família aristocrata,
embora seus pais não fossem muito ricos. Mesmo assim, nasceu rodeado de confortos e
luxos. Assim, foi rapidamente introduzido nos altos meios sociais de Paris e da França,
o que o distanciou, durante certo tempo, de conhecer intelectuais notáveis na época,
como d'Alembert e Rousseau.
Durante sua brilhante carreira militar, Saint-Simon teve a oportunidade de
batalhar ao lado dos Americanos, na própria América, contra os Britânicos, na Batalha
de Yorktown. Sua estadia de dois meses no novo continente o influenciou
decisivamente, ajudando-lhe a descobrir sua maior afinidade pela ciência política do que
pelas armas. A experiência americana provocou-lhe o desejo de trabalhar pela
"evolução da civilização", que ele acreditava estar ocorrendo na América. Para Saint-
Simon, havia na América quatro condições para a evolução da sociedade, inexistentes
na Europa: “tolerância religiosa, ausência de privilégios sociais, noção de que poder
econômico e político não podem se confundir e aceitação universal de uma filosofia
baseada no pacifismo, na indústria e na economia frugal". O pensador francês
acreditava na existência de um regime muito mais liberal e democrático na América do
que na Europa.
O que Saint-Simon desejava, era um estado industrializado dirigido pela
ciência moderna, no qual a sociedade seria organizada para o trabalho produtivo pelos
homens mais capazes. O alvo da sociedade seria produzir as coisas úteis à vida. Suas
obras revolveram em torno da ideia de que sua época sofria de um individualismo
doentio e selvagem resultante de uma quebra da ordem e da hierarquia. Mas afirmava
que a época continha também as sementes de sua própria salvação, que deviam ser
buscadas no nível de crescimento da ciência e da tecnologia e na colaboração dos
industriais e dos técnicos que tinham começado já a construir uma ordem industrial
nova. A união do conhecimento científico e tecnológico à industrialização inauguraria o
governo dos peritos. A nova sociedade não poderia nunca ser igualitária, Saint-Simon
sustentava, porque os homens não foram dotados igualmente pela natureza. Saint-Simon
não era um "igualitário" estrito, um sentido em que parte de seus seguidores haveria de
radicalizar suas ideias.
Para Saint-Simon, a sociedade estava divida entre “ociosos” (comandantes,
livres de trabalho pesado ou braçal) e os “produtores” (homens encarregados dos demais
trabalhos, braçais) e necessitava de um governo de trabalhadores, isto é, de operários,
industriais, banqueiros e comerciantes. Ele aceitava a libre empresa e o lucro do
capitalismo, desde que estes concordassem em assumir certas responsabilidades sociais.
Apesar de que o contraste entre as classes trabalhadora e proprietária não é
enfatizado por Saint-Simon, a causa dos pobres é discutida e no seu trabalho mais
conhecido, Nouveau Christianisme (1825), e assume o caráter de uma religião. Antes da
publicação dessa obra, Saint-Simon não havia se preocupado com teologia, mas neste
trabalho, começando com uma crença em Deus, ele tenta desdobrar o Cristianismo em
seus elementos essenciais. Nele propõe o preceito de que a religião "deveria guiar a
comunidade no sentido do grande propósito de melhorar tão rapidamente quanto
possível as condições da classe mais pobre".
Segundo Saint-Simon:
 O avanço da ciência determinava a mudança político-
social.
 Lettres d’um habitant de Genève à ses contemporains,
em 1803
 Cientistas tomem lugar dos padres
 A sociedade como uma fabrica.
 Reforma do cristianismo.
 Homem procura sempre alterar o meio social.
 Sociedade hierarquizada;
 No topo diretores da produção, engenheiros, artistas e
cientistas;
 Na de baixo trabalhadores que executam projetos dos que estão no topo
 Ideais Industriais.
 O crescimento das classes industriais.
 Um novo governo com menos poder,e ação voltada as condições para o
exercício do trabalho.
 Necessidade básica: liberdade
 Desejos e prazeres vencem a preguiça
 Uma nova estrutura para garantir maior segurança ao
trabalhador.
 Se essa estrutura for corrompida,pode se tornar autoritária
e tirânica,sendo nociva à industria.
 Industriais desejam ser governados o mínimo possível
 Governo quer ampliar seu poder.
 Para Saint Simon deve-se anular o governo
 A CARTA OITAVA:
 Simon faz sete afirmações sobre o governo e a industria.
 Sintetiza a ciência política como "ciência da produção"
 O novo cristianismo.
Filósofo francês Saint-Simon
No dia 19 de maio de 1825, morre em Paris Claude Henri de Rouvroy, economista e filósofo
francês mais conhecido como conde de Saint-Simon. Suas ideias influenciariam a maioria dos
filósofos do século XIX. Foi ele o pensador da sociedade industrial francesa que estava em vias de
substituir o antigo regime. Segundo o historiador André Piettra, ele foi “o último dos fidalgos e o
primeiro dos socialistas”.
Durante a Revolução Francesa, enriquece com a venda dos bens da Igreja. Em1798, com o
dinheiro ganho, instala-se num apartamento em frente à Escola Politécnica. Sob a influência de Jean
Burdin, frequenta o curso de física. Mais tarde, muda-se para as proximidades da Escola de
Medicina, onde cursa disciplinas de biologia e fisiologia.
Saint-Simon desejava, na realidade, dar um sentido comum à ciência e unificar os princípios
científicos. Em 1803, escreve a Carta de um habitante de Genebra aos seus contemporâneos – um
elogio à ciência, colocada quase como uma nova religião. Dono de saber eclético, imerso em seus
contatos com cientistas, mas, sobretudo, com ideólogos, elabora uma filosofia pregando o progresso
da humanidade pela indústria. Em 1817, publica A Indústria, que já levanta a questão da política
positiva. Nesse mesmo ano, Auguste Comte, recém-formado na Escola Politécnica, torna-se seu
secretário particular e o auxilia na redação de obras filosóficas e artigos de imprensa.
Herdeiro do Iluminismo e de Rousseau, Saint-Simon encontra-se entre os grandes utopistas do
século XIX. Autor de numerosas obras, entre as quais O Novo Cristianismo (1825), se apresenta
como o profeta de uma nova religião fundada na fraternidade e na fé em meio ao progresso e à
industrialização. O saintsimonismo iria exercer uma profunda influência sobre a elite francesa do
Segundo Império. Dessa filosofia partiriam o próprio Comte, fundador do positivismo, os banqueiros
Jacob e Isaac Pereire, organizadores do crédito na França, o politécnico Michel Chevalier, redator do
Tratado de Livre Mercado de 1860, e Prosper Enfantin, outro politécnico que convenceu Ferdinand
de Lesseps a construir o Canal de Suez.
Saint-Simon desenvolveu uma teoria de classes sociais em que opõe uma maioria explorada de
trabalhadores a uma minoria de exploradores, que são os ociosos, os proprietários rentistas e, de
modo geral, aqueles que não empreendem. Era favorável a um “Conselho de Luizes” constituído de
sábios, artistas, artesãos, donos de empresas capazes de privilegiar os fatos e o fundo em detrimento
dos princípios e da forma. De outra parte, entendia que governar não era uma particularidade e que a
política deveria se limitar a aspectos do sistema econômico.
A proximidade socialista de Saint-Simon notava-se pela tendência à organização e à
planificação, em especial no seu projeto de “melhoria geral do território da França” voltado a
enriquecer o país e a levar, em seguida, a uma melhoria das condições de vida de todos. Seu objetivo
era a elevação moral do proletariado graças a uma organização das riquezas pelos próprios
capitalistas. As concepções de Saint-Simon prenunciaram os temas fundamentais do socialismo
moderno.
TEORIA SOCIOLÓGICA DE AUGUSTO COMT
Isidore-Auguste-Marie-François-Xavier Comte, nasceu em 19 de janeiro de 1798, em
Montpellier na França, e faleceu em 5 de setembro de 1857, em Paris. De uma família católica
e monarquista. Filósofo e auto-proclamado líder religioso, deu à ciência da Sociologia seu
nome e estabeleceu a nova disciplina em uma forma sistemática. Um de seus primeiros
empregos foi o de secretário do Conde Henri de Saint-Simon, o primeiro filósofo a ver
claramente a importância da organização econômica na sociedade moderna, e cujas idéias
Comte absorveu, sistematizou com um estilo pessoal e difundiu. Durante os anos 1830-1842,
quando escreveu sua obra prima, Curso de filosofia positiva, Comte continuou a viver
miseravelmente na margem do mundo acadêmico.
Depois de se afastar de Saint-Simon, a principal preocupação de Comte tornou-se a
elaboração de sua filosofia positiva. Embora seja considerado fundador da sociologia, não
desenvolveu nenhum método de estudo sociológico. Pensava que, assim como a natureza, a
sociedade também possuiria leis. Assim como as leis naturais trazem o equilíbrio para a
Natureza, as leis sociais também trariam equilíbrio para a sociedade. Para restabelecer a ordem
e a paz, para encontrar um estado de equilíbrio na sociedade capitalista que surgia, seria
necessário, segundo eles, conhecer as leis que regem os fenômenos sociais.
A sociologia seria a ciência que descobriria as leis da sociedade. Para Comte, a
sociedade moderna modificou o mundo feudal baseado na aliança entre o poder espiritual
(igreja) e o poder temporal (militar). A reorganização da sociedade moderna exigia a união
entre a ciência (novo poder espiritual) e os empresários (novo poder temporal) para o pleno
desenvolvimento e equilíbrio do mundo industrial nascente. Assim, o mundo dos conflitos
militares da sociedade medieval seria substituído pela união pacífica de todos na sociedade
industrial.
Lei dos três estados: a evolução da humanidade está condicionada pelo progresso do
conhecimento, que acontece em três fases:
• Estado teológico: Neste momento, explicam-se os fenômenos pelos deuses (fetichismo: o homemconfere
vida, ação e poder sobrenaturais aos seres inanimados e aos animais; politeísmo, monoteísmo).
• Estado metafísico (filosófico) – As causas divinas são substituídas por causas mais gerais, entidades
abstratas (idéias); o princípio da causalidade é atribuído às essências das coisas.
• Estado positivo (científico). O homem tenta compreender as relações entre coisas e acontecimentos
através da observação e experimentação científica.
A evolução do conhecimento é comparada à evolução do ser humano. Religião
(infância), Filosofia (adolescência), ciência (vida adulta). Para Comte, as ciências não
evoluíram todas ao mesmo tempo. Quando a humanidade chegou ao estado positivo foi
necessário que elas se desenvolvessem de acordo com a complexidade de seus objetos,
começando pelos mais simples até chegar aos mais complexos.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

As três gerações do jornalismo na internet
As três gerações do jornalismo na internetAs três gerações do jornalismo na internet
As três gerações do jornalismo na internet
Claudio Toldo
 
Video aula -Sociologia
Video aula -SociologiaVideo aula -Sociologia
Video aula -Sociologia
Alan Rodrigues
 

Mais procurados (20)

Max weber
Max weberMax weber
Max weber
 
Thommas Hobbes
Thommas HobbesThommas Hobbes
Thommas Hobbes
 
Sociologia - O processo de desnaturalização ou estranhamento da realidade.
Sociologia - O processo de desnaturalização ou estranhamento da realidade.Sociologia - O processo de desnaturalização ou estranhamento da realidade.
Sociologia - O processo de desnaturalização ou estranhamento da realidade.
 
Max weber
Max weberMax weber
Max weber
 
Exercícios de Sociologia (Correntes Sociológicas)
Exercícios de Sociologia (Correntes Sociológicas)Exercícios de Sociologia (Correntes Sociológicas)
Exercícios de Sociologia (Correntes Sociológicas)
 
teoria Crítica e Escola de Frankfurt
teoria Crítica e Escola de Frankfurtteoria Crítica e Escola de Frankfurt
teoria Crítica e Escola de Frankfurt
 
CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA
CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIACLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA
CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA
 
Sociologia da Educação. Durkheim,Marx & weber -Prof.Altair Aguilar.
 Sociologia da Educação. Durkheim,Marx & weber -Prof.Altair Aguilar. Sociologia da Educação. Durkheim,Marx & weber -Prof.Altair Aguilar.
Sociologia da Educação. Durkheim,Marx & weber -Prof.Altair Aguilar.
 
Conceitos liberalismo, anarquismo socialismo
Conceitos liberalismo, anarquismo socialismo Conceitos liberalismo, anarquismo socialismo
Conceitos liberalismo, anarquismo socialismo
 
PARA SI E SUBJETIVIDADE
PARA SI E SUBJETIVIDADEPARA SI E SUBJETIVIDADE
PARA SI E SUBJETIVIDADE
 
Karl marx
Karl marxKarl marx
Karl marx
 
Manifesto do Partido Comunista
Manifesto do Partido ComunistaManifesto do Partido Comunista
Manifesto do Partido Comunista
 
imperialismo em charges.pdf
imperialismo em charges.pdfimperialismo em charges.pdf
imperialismo em charges.pdf
 
Rousseau
RousseauRousseau
Rousseau
 
Introdução à filosofia - Aula para o 9º ano, 1º ano e 2º ano
Introdução à filosofia - Aula para o 9º ano, 1º ano e 2º anoIntrodução à filosofia - Aula para o 9º ano, 1º ano e 2º ano
Introdução à filosofia - Aula para o 9º ano, 1º ano e 2º ano
 
As três gerações do jornalismo na internet
As três gerações do jornalismo na internetAs três gerações do jornalismo na internet
As três gerações do jornalismo na internet
 
Sociologia caracteristicas da comunidade
Sociologia   caracteristicas da comunidadeSociologia   caracteristicas da comunidade
Sociologia caracteristicas da comunidade
 
Planejamento de Filosofia e arte 2º bimestre
Planejamento de Filosofia e  arte  2º bimestrePlanejamento de Filosofia e  arte  2º bimestre
Planejamento de Filosofia e arte 2º bimestre
 
Teoria hipodermica
Teoria hipodermicaTeoria hipodermica
Teoria hipodermica
 
Video aula -Sociologia
Video aula -SociologiaVideo aula -Sociologia
Video aula -Sociologia
 

Destaque

Mapa mental socialismo comunismo
Mapa mental socialismo comunismoMapa mental socialismo comunismo
Mapa mental socialismo comunismo
camilohenao264
 
Sesión 1. Sociología
Sesión 1. SociologíaSesión 1. Sociología
Sesión 1. Sociología
Emilita829
 
Sociologia 1ano Tema 3- As ciências sociais e o estudo da vida social
Sociologia 1ano  Tema 3- As ciências sociais e o estudo da vida socialSociologia 1ano  Tema 3- As ciências sociais e o estudo da vida social
Sociologia 1ano Tema 3- As ciências sociais e o estudo da vida social
Sérgio Coelho
 
Construção do Social 2
Construção do Social 2Construção do Social 2
Construção do Social 2
Jorge Barbosa
 

Destaque (20)

Teoria de saint simon diapositivas (1)
Teoria de saint simon diapositivas (1)Teoria de saint simon diapositivas (1)
Teoria de saint simon diapositivas (1)
 
Saint-Simon
Saint-SimonSaint-Simon
Saint-Simon
 
Slides saint simon
Slides   saint simonSlides   saint simon
Slides saint simon
 
SOCIOLOGIA SOCIEDADE INDUSTRIAL E CONSUMO
SOCIOLOGIA SOCIEDADE INDUSTRIAL E CONSUMOSOCIOLOGIA SOCIEDADE INDUSTRIAL E CONSUMO
SOCIOLOGIA SOCIEDADE INDUSTRIAL E CONSUMO
 
Clase 1 - La sociología de Saint Simón - Pierre Ansart
Clase 1  - La sociología de Saint Simón - Pierre AnsartClase 1  - La sociología de Saint Simón - Pierre Ansart
Clase 1 - La sociología de Saint Simón - Pierre Ansart
 
Clase 2 - Los modelos epistemologicos de Saint Simón
Clase 2 -  Los modelos epistemologicos de Saint SimónClase 2 -  Los modelos epistemologicos de Saint Simón
Clase 2 - Los modelos epistemologicos de Saint Simón
 
Sociologia e sociedade industrial
Sociologia e sociedade industrialSociologia e sociedade industrial
Sociologia e sociedade industrial
 
Socialismo
SocialismoSocialismo
Socialismo
 
Mapa mental socialismo comunismo
Mapa mental socialismo comunismoMapa mental socialismo comunismo
Mapa mental socialismo comunismo
 
Sesion 1
Sesion 1Sesion 1
Sesion 1
 
Sesión 1. Sociología
Sesión 1. SociologíaSesión 1. Sociología
Sesión 1. Sociología
 
Sociologia 1ano Tema 3- As ciências sociais e o estudo da vida social
Sociologia 1ano  Tema 3- As ciências sociais e o estudo da vida socialSociologia 1ano  Tema 3- As ciências sociais e o estudo da vida social
Sociologia 1ano Tema 3- As ciências sociais e o estudo da vida social
 
Max weber
Max weberMax weber
Max weber
 
El socialismo
El socialismo El socialismo
El socialismo
 
MODELO 1 – INDICADO PARA ESTÁGIO, PRIMEIRO EMPREGO, APRENDIZ
MODELO  1 – INDICADO  PARA ESTÁGIO, PRIMEIRO EMPREGO, APRENDIZMODELO  1 – INDICADO  PARA ESTÁGIO, PRIMEIRO EMPREGO, APRENDIZ
MODELO 1 – INDICADO PARA ESTÁGIO, PRIMEIRO EMPREGO, APRENDIZ
 
Sociedade Industrial
Sociedade IndustrialSociedade Industrial
Sociedade Industrial
 
Construção do Social 2
Construção do Social 2Construção do Social 2
Construção do Social 2
 
Socialismo
SocialismoSocialismo
Socialismo
 
Sociologia para o vestibular
Sociologia para o vestibularSociologia para o vestibular
Sociologia para o vestibular
 
Filosofia do século xix
Filosofia do século xixFilosofia do século xix
Filosofia do século xix
 

Semelhante a Teoria de sain simon

Surgimento sociologia i
Surgimento sociologia iSurgimento sociologia i
Surgimento sociologia i
Lucio Braga
 
Socialismo 9º Ano
Socialismo 9º AnoSocialismo 9º Ano
Socialismo 9º Ano
Lucas Weiby
 

Semelhante a Teoria de sain simon (20)

Positivismo
PositivismoPositivismo
Positivismo
 
Aula-12-As-revolucoes-da-modernidade.pptx
Aula-12-As-revolucoes-da-modernidade.pptxAula-12-As-revolucoes-da-modernidade.pptx
Aula-12-As-revolucoes-da-modernidade.pptx
 
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 03 - Po...
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 03 - Po...FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 03 - Po...
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 03 - Po...
 
Socialismos e anarquismo
Socialismos e anarquismoSocialismos e anarquismo
Socialismos e anarquismo
 
Surgimento sociologia i
Surgimento sociologia iSurgimento sociologia i
Surgimento sociologia i
 
Surgimento da sociologia
Surgimento da sociologiaSurgimento da sociologia
Surgimento da sociologia
 
Socialismo 9º Ano
Socialismo 9º AnoSocialismo 9º Ano
Socialismo 9º Ano
 
Socialismos e anarquismo
Socialismos e anarquismoSocialismos e anarquismo
Socialismos e anarquismo
 
Sociologia – do nascimento ao positivismo
Sociologia – do nascimento ao positivismoSociologia – do nascimento ao positivismo
Sociologia – do nascimento ao positivismo
 
Doutrinas sociais do século XIX
Doutrinas sociais do século XIXDoutrinas sociais do século XIX
Doutrinas sociais do século XIX
 
Ciencias sociais
Ciencias sociaisCiencias sociais
Ciencias sociais
 
Ciencias sociais-imperialismo,socialismo e anarquismo
Ciencias sociais-imperialismo,socialismo e anarquismoCiencias sociais-imperialismo,socialismo e anarquismo
Ciencias sociais-imperialismo,socialismo e anarquismo
 
Socialismos e anarquismo
Socialismos e anarquismoSocialismos e anarquismo
Socialismos e anarquismo
 
Socialismo Em Angola
Socialismo Em AngolaSocialismo Em Angola
Socialismo Em Angola
 
O Iluminismo
O IluminismoO Iluminismo
O Iluminismo
 
AULA 2 SOCIALISMO CIENTIFICO.docx - Prof. Ms. Noe Assunção
AULA 2 SOCIALISMO CIENTIFICO.docx - Prof. Ms. Noe AssunçãoAULA 2 SOCIALISMO CIENTIFICO.docx - Prof. Ms. Noe Assunção
AULA 2 SOCIALISMO CIENTIFICO.docx - Prof. Ms. Noe Assunção
 
Sociologia
Sociologia Sociologia
Sociologia
 
Revolução e história da sociologia
Revolução e história da sociologiaRevolução e história da sociologia
Revolução e história da sociologia
 
O Iluminismo
O IluminismoO Iluminismo
O Iluminismo
 
Aula - Conceito Geral da Sociologia.pptx
Aula - Conceito Geral da Sociologia.pptxAula - Conceito Geral da Sociologia.pptx
Aula - Conceito Geral da Sociologia.pptx
 

Teoria de sain simon

  • 1. TEORIA DE SAINT SIMON Claude Henri Saint-Simon (1760-1825) pertencia a uma família aristocrata, embora seus pais não fossem muito ricos. Mesmo assim, nasceu rodeado de confortos e luxos. Assim, foi rapidamente introduzido nos altos meios sociais de Paris e da França, o que o distanciou, durante certo tempo, de conhecer intelectuais notáveis na época, como d'Alembert e Rousseau. Durante sua brilhante carreira militar, Saint-Simon teve a oportunidade de batalhar ao lado dos Americanos, na própria América, contra os Britânicos, na Batalha de Yorktown. Sua estadia de dois meses no novo continente o influenciou decisivamente, ajudando-lhe a descobrir sua maior afinidade pela ciência política do que pelas armas. A experiência americana provocou-lhe o desejo de trabalhar pela "evolução da civilização", que ele acreditava estar ocorrendo na América. Para Saint- Simon, havia na América quatro condições para a evolução da sociedade, inexistentes na Europa: “tolerância religiosa, ausência de privilégios sociais, noção de que poder econômico e político não podem se confundir e aceitação universal de uma filosofia baseada no pacifismo, na indústria e na economia frugal". O pensador francês acreditava na existência de um regime muito mais liberal e democrático na América do que na Europa. O que Saint-Simon desejava, era um estado industrializado dirigido pela ciência moderna, no qual a sociedade seria organizada para o trabalho produtivo pelos homens mais capazes. O alvo da sociedade seria produzir as coisas úteis à vida. Suas obras revolveram em torno da ideia de que sua época sofria de um individualismo doentio e selvagem resultante de uma quebra da ordem e da hierarquia. Mas afirmava que a época continha também as sementes de sua própria salvação, que deviam ser buscadas no nível de crescimento da ciência e da tecnologia e na colaboração dos industriais e dos técnicos que tinham começado já a construir uma ordem industrial nova. A união do conhecimento científico e tecnológico à industrialização inauguraria o governo dos peritos. A nova sociedade não poderia nunca ser igualitária, Saint-Simon sustentava, porque os homens não foram dotados igualmente pela natureza. Saint-Simon não era um "igualitário" estrito, um sentido em que parte de seus seguidores haveria de radicalizar suas ideias. Para Saint-Simon, a sociedade estava divida entre “ociosos” (comandantes, livres de trabalho pesado ou braçal) e os “produtores” (homens encarregados dos demais trabalhos, braçais) e necessitava de um governo de trabalhadores, isto é, de operários, industriais, banqueiros e comerciantes. Ele aceitava a libre empresa e o lucro do capitalismo, desde que estes concordassem em assumir certas responsabilidades sociais. Apesar de que o contraste entre as classes trabalhadora e proprietária não é enfatizado por Saint-Simon, a causa dos pobres é discutida e no seu trabalho mais conhecido, Nouveau Christianisme (1825), e assume o caráter de uma religião. Antes da publicação dessa obra, Saint-Simon não havia se preocupado com teologia, mas neste trabalho, começando com uma crença em Deus, ele tenta desdobrar o Cristianismo em seus elementos essenciais. Nele propõe o preceito de que a religião "deveria guiar a comunidade no sentido do grande propósito de melhorar tão rapidamente quanto possível as condições da classe mais pobre".
  • 2. Segundo Saint-Simon:  O avanço da ciência determinava a mudança político- social.  Lettres d’um habitant de Genève à ses contemporains, em 1803  Cientistas tomem lugar dos padres  A sociedade como uma fabrica.  Reforma do cristianismo.  Homem procura sempre alterar o meio social.  Sociedade hierarquizada;  No topo diretores da produção, engenheiros, artistas e cientistas;  Na de baixo trabalhadores que executam projetos dos que estão no topo  Ideais Industriais.  O crescimento das classes industriais.  Um novo governo com menos poder,e ação voltada as condições para o exercício do trabalho.  Necessidade básica: liberdade  Desejos e prazeres vencem a preguiça  Uma nova estrutura para garantir maior segurança ao trabalhador.  Se essa estrutura for corrompida,pode se tornar autoritária e tirânica,sendo nociva à industria.  Industriais desejam ser governados o mínimo possível  Governo quer ampliar seu poder.  Para Saint Simon deve-se anular o governo  A CARTA OITAVA:  Simon faz sete afirmações sobre o governo e a industria.  Sintetiza a ciência política como "ciência da produção"  O novo cristianismo.
  • 3. Filósofo francês Saint-Simon No dia 19 de maio de 1825, morre em Paris Claude Henri de Rouvroy, economista e filósofo francês mais conhecido como conde de Saint-Simon. Suas ideias influenciariam a maioria dos filósofos do século XIX. Foi ele o pensador da sociedade industrial francesa que estava em vias de substituir o antigo regime. Segundo o historiador André Piettra, ele foi “o último dos fidalgos e o primeiro dos socialistas”. Durante a Revolução Francesa, enriquece com a venda dos bens da Igreja. Em1798, com o dinheiro ganho, instala-se num apartamento em frente à Escola Politécnica. Sob a influência de Jean Burdin, frequenta o curso de física. Mais tarde, muda-se para as proximidades da Escola de Medicina, onde cursa disciplinas de biologia e fisiologia. Saint-Simon desejava, na realidade, dar um sentido comum à ciência e unificar os princípios científicos. Em 1803, escreve a Carta de um habitante de Genebra aos seus contemporâneos – um elogio à ciência, colocada quase como uma nova religião. Dono de saber eclético, imerso em seus contatos com cientistas, mas, sobretudo, com ideólogos, elabora uma filosofia pregando o progresso da humanidade pela indústria. Em 1817, publica A Indústria, que já levanta a questão da política positiva. Nesse mesmo ano, Auguste Comte, recém-formado na Escola Politécnica, torna-se seu secretário particular e o auxilia na redação de obras filosóficas e artigos de imprensa. Herdeiro do Iluminismo e de Rousseau, Saint-Simon encontra-se entre os grandes utopistas do século XIX. Autor de numerosas obras, entre as quais O Novo Cristianismo (1825), se apresenta como o profeta de uma nova religião fundada na fraternidade e na fé em meio ao progresso e à industrialização. O saintsimonismo iria exercer uma profunda influência sobre a elite francesa do Segundo Império. Dessa filosofia partiriam o próprio Comte, fundador do positivismo, os banqueiros Jacob e Isaac Pereire, organizadores do crédito na França, o politécnico Michel Chevalier, redator do Tratado de Livre Mercado de 1860, e Prosper Enfantin, outro politécnico que convenceu Ferdinand de Lesseps a construir o Canal de Suez. Saint-Simon desenvolveu uma teoria de classes sociais em que opõe uma maioria explorada de trabalhadores a uma minoria de exploradores, que são os ociosos, os proprietários rentistas e, de modo geral, aqueles que não empreendem. Era favorável a um “Conselho de Luizes” constituído de sábios, artistas, artesãos, donos de empresas capazes de privilegiar os fatos e o fundo em detrimento dos princípios e da forma. De outra parte, entendia que governar não era uma particularidade e que a política deveria se limitar a aspectos do sistema econômico. A proximidade socialista de Saint-Simon notava-se pela tendência à organização e à planificação, em especial no seu projeto de “melhoria geral do território da França” voltado a enriquecer o país e a levar, em seguida, a uma melhoria das condições de vida de todos. Seu objetivo era a elevação moral do proletariado graças a uma organização das riquezas pelos próprios capitalistas. As concepções de Saint-Simon prenunciaram os temas fundamentais do socialismo moderno.
  • 4.
  • 5. TEORIA SOCIOLÓGICA DE AUGUSTO COMT Isidore-Auguste-Marie-François-Xavier Comte, nasceu em 19 de janeiro de 1798, em Montpellier na França, e faleceu em 5 de setembro de 1857, em Paris. De uma família católica e monarquista. Filósofo e auto-proclamado líder religioso, deu à ciência da Sociologia seu nome e estabeleceu a nova disciplina em uma forma sistemática. Um de seus primeiros empregos foi o de secretário do Conde Henri de Saint-Simon, o primeiro filósofo a ver claramente a importância da organização econômica na sociedade moderna, e cujas idéias Comte absorveu, sistematizou com um estilo pessoal e difundiu. Durante os anos 1830-1842, quando escreveu sua obra prima, Curso de filosofia positiva, Comte continuou a viver miseravelmente na margem do mundo acadêmico. Depois de se afastar de Saint-Simon, a principal preocupação de Comte tornou-se a elaboração de sua filosofia positiva. Embora seja considerado fundador da sociologia, não desenvolveu nenhum método de estudo sociológico. Pensava que, assim como a natureza, a sociedade também possuiria leis. Assim como as leis naturais trazem o equilíbrio para a Natureza, as leis sociais também trariam equilíbrio para a sociedade. Para restabelecer a ordem e a paz, para encontrar um estado de equilíbrio na sociedade capitalista que surgia, seria necessário, segundo eles, conhecer as leis que regem os fenômenos sociais. A sociologia seria a ciência que descobriria as leis da sociedade. Para Comte, a sociedade moderna modificou o mundo feudal baseado na aliança entre o poder espiritual (igreja) e o poder temporal (militar). A reorganização da sociedade moderna exigia a união entre a ciência (novo poder espiritual) e os empresários (novo poder temporal) para o pleno desenvolvimento e equilíbrio do mundo industrial nascente. Assim, o mundo dos conflitos militares da sociedade medieval seria substituído pela união pacífica de todos na sociedade industrial. Lei dos três estados: a evolução da humanidade está condicionada pelo progresso do conhecimento, que acontece em três fases: • Estado teológico: Neste momento, explicam-se os fenômenos pelos deuses (fetichismo: o homemconfere vida, ação e poder sobrenaturais aos seres inanimados e aos animais; politeísmo, monoteísmo). • Estado metafísico (filosófico) – As causas divinas são substituídas por causas mais gerais, entidades abstratas (idéias); o princípio da causalidade é atribuído às essências das coisas. • Estado positivo (científico). O homem tenta compreender as relações entre coisas e acontecimentos através da observação e experimentação científica. A evolução do conhecimento é comparada à evolução do ser humano. Religião (infância), Filosofia (adolescência), ciência (vida adulta). Para Comte, as ciências não evoluíram todas ao mesmo tempo. Quando a humanidade chegou ao estado positivo foi necessário que elas se desenvolvessem de acordo com a complexidade de seus objetos, começando pelos mais simples até chegar aos mais complexos.