Este documento discute três parábolas de Jesus sobre o Reino de Deus: (1) A parábola da candeia representa a revelação gradual de Deus culminando em Jesus, (2) A parábola da semente simboliza o crescimento invisível do Reino, e (3) A parábola do grão de mostarda ilustra o crescimento surpreendente do Reino, apesar de seu início modesto.
Aula Jonatas 21: As parábolas do reino 2: Candeia, semente e grão de mostarda
1. 21ª LIÇÃO – PARÁBOLAS DO REINO Parte 2
A Candeia, a semente e o grão de mostarda
Mc 4.21-32
INTRODUÇÃO: No estudo anterior vimos a parábola do semeador. Identificamos cada
elemento na parábola e vimos a especial atenção ao solo. Nosso Senhor JC espera que
estejamos atentos aos “solos” e os tratemos com sabedoria.
Na presente seção vamos tratar de três parábolas ao mesmo tempo: A parábola
da candeia (ou lamparina), a semente e o grão de mostarda. Todas tratam de aspectos do
Reino de Deus aqui na terra: a completa revelação de Deus (a candeia) e sua necessária
aceitação e o crescimento imperceptível (a semente) e surpreendente (o grão de
mostarda) do Reino.
DESENVOLVIMENTO:
a) V. 21-25 (Parábola da Candeia) – Aqui vemos que o Senhor haveria
de se revelar completamente à humanidade.
A revelação divina foi gradual: Deus revelou-se aos patriarcas
instando-lhes a um pacto de fé, demonstrou seu poder quando livrou
seu povo do jugo egípcio, firmou uma aliança com seu povo através de
Moisés, mostrou sua irresignação com a quebra deste pacto através dos
profetas e, na pessoa de JC, revelou por completo seu amor para com a
humanidade, propiciando a cura (salvação) para nossa enfermidade
(pecado) (Hb 1.1-4).
Nosso Pastor (Pr Assis) costuma dizer que Deus foi “levantando o
véu”, tal como uma noiva, gradualmente; na pessoa de JC Ele jogou o
véu pra trás, mostrando-se completamente a humanidade.
Tal parábola significou, inicialmente, que o ensino parabólico haveria
de cessar: chegaria o dia em que o evangelho seria pregado
escancaradamente, por assim dizer.
Tal ensinamento, aplicado hoje, denota que devemos ser luz no meio
da escuridão. JC no Sermão do Monte (Mt 5.13-16) diz que precisamos
influenciar o meio em que vivemos.
2. Não devemos ficar reclusos do mundo; antes, devemos estar nele,
demonstrando não ser dele. Devemos refletir a Luz do mundo (Jo
8.12), luz esta que precisa dissipar as trevas!
Os v. 23 a 25 alertam sobre o perigo de quem vê a luz, mas não se
deixa influenciar por ela. Se com dureza se recebe o evangelho, com
dureza obterá o inafastável julgamento.
Este alerta significou um puxão de orelha para aqueles que seguiam JC
e faziam ouvido de mercador (ou seja, não davam crédito a sua
pregação). Deve servir de alerta ainda hoje: estamos refletindo a luz de
JC ou estamos camuflados nas trevas? Quem tem ouvidos para ouvir,
ouça. (v.23)
b) V. 26-29 (Parábola da semente)– Tal ensinamento mostra o
crescimento inesperado e inevitável do Reino de Deus.
Significou para os ouvintes originários que o evangelho inicialmente
pregado por um homem alastraria seus efeitos por todo o mundo.
Estamos tendo o privilégio de ver o cumprimento desta profecia.
Significou, também, que o Reino de Deus seria composto pelo Israel
espiritual (Gl 6.16), ou seja, por todos aqueles que, pela fé em JC, se
tornariam filhos de Deus (Jo 1.12). A partir de JC temos uma nova
videira frondosa (Jo 15.5; Os 10.1).
O v. 29 dá testemunho acerca da colheita que será empreendida. Assim
como a germinação não é perceptível pelo semeador, o momento
oportuno para a colheita também não poderá ser (Ap 14.14-16). A nós
cabe, apenas e tão somente, semear.
c) V. 30-32 (Parábola do Grão de Mostarda) – Tal ensinamento
apresenta o crescimento surpreendente do Reino de Deus.
O Pr Assis, quando pregou sobre esta Parábola, disse que o único
Reino que cresce na face da terra é o Reino de Deus; todos os outros
são apenas um remanejamento do reino das trevas.
3. Por vezes ouvimos que o Islamismo está em ascensão; trata-se apenas
de um “Rodízio de Zagueiros”1
por parte de satanás.
O Reino de Deus vai crescer com ou sem a sua ajuda. O que você
prefere: estar dentro ou fora desta empreitada vitoriosa?
Tal ensinamento significou para os ouvintes originários que o trabalho,
aparentemente irrisório, por parte de JC ganharia proporções
inimagináveis. Por isso Ele cita o grão de mostarda2
, símbolo de algo
diminuto (Mt 17.20).
Temos diversos exemplos de trabalhos missionários que iniciaram
pequenos e estão em constante crescimento. A Igreja Batista de Barra
Nova, Saquarema, começou com 05 pessoas (contando comigo, aos 10
anos) na sala da minha casa. A 1ª Igreja Batista do Brasil (em
Salvador-BA) foi fundada por três pessoas: um padre convertido ao
protestantismo (que veio a ser o 1º Pastor Batista brasileiro) e um casal
de missionários norteamericanos.
Não devemos desprezar as coisas pequenas (Zc 4.10).
CONCLUSÃO: A luz de JC na sua vida tem sido percebida por outras pessoas?
O Reino de Deus vai crescer; a verdade, ainda oculta a algumas pessoas, será,
necessariamente revelada. Qual a sua parte nesta empreitada?
Você já viu alguma igreja local “nascer”? Compartilhe com o grupo alguma
experiência neste sentido. Focalize, na discussão do grupo, o surgimento
despretensioso da igreja o crescimento constante e não terminado da mesma.
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1- Linguagem futebolística que significa um remanejamento na zaga (defesa), a fim de confundir o atacante
do time adversário que busca fugir da marcação. Citamos apenas para ilustrar que o crescimento de
movimentos como o Islamismo mostram uma estratégia satânica de aparente crescimento, mas real
declínio.
2- Mostarda (sinapis Alba L.) é uma árvore que geralmente alcança 1,20 m, mas que pode chegar até 5 m.
(Novo Dicionário da Bíblia, Ed. Vida Nova)