SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 37
Ao ensinar a vida e princípios do Reino, Jesus guia seus discípulos a pensar,
viver e orar para que seu Reino alcance todo o planeta (Mt 6.10). Isso é visto claramente
nos ensinos de suas parábolas no capítulo 13 de Mateus. A missão de pregar em ‘todos os
lugares’ que ‘o reino de Deus está chegando’ dada por Jesus aos discípulos também
reflete esse caráter expansivo do reino. Não podemos esquecer que a intenção das
parábolas é transmitir uma verdade eterna, então, usam elementos diários de tal forma
que ainda hoje, podem ser facilmente entendidas por todos. Permanece ainda, a verdade
de que sua compreensão só é possível mediante a iluminação do Espírito Santo, por que
as coisas de Deus só são perfeitamente compreendidas por quem é espiritual.
Como ensina o teólogo Vincent Cheung, a Parábola do Semeador é uma
parábola fundacional, é a primeira parábola dita por Jesus e contém elementos para
entendermos melhor as outras parábolas, assim como o Reino de Deus; Jesus diz aqui
que falhar em entender essa parábola implica que a pessoa falhará também em entender
todas as outras parábolas. Agora, note que até mesmo os discípulos não entenderam essa
parábola até que receberam do Senhor a explanação detalhada. Portanto, é um engano
dizer que Jesus usou parábolas para tornar as verdades espirituais mais fáceis de
entender, visto que até mesmo aqueles que deveriam entendê-la falharam em fazê-lo. Mas
os discípulos parecem não ter tido nenhum problema para entender a explicação da
parábola, dada em discurso claro.
"Semearei a casa de Israel e a casa de Judá com a semente de homens e com
a semente de animais" (Jr 31.27) - Deus compara-se a um semeador. Também Jesus é um
semeador, como Ele mesmo compara-se e proclama-se ‘O Semeador’. Em Mateus 13.37,
Jesus fala de si mesmo como "O que semeia a boa semente, é o Filho do homem". Esse
título é muito apropriado a ele. A semente é a Palavra de Deus (Lc 8.11) que o habilidoso
semeador espalha por igual - a semente é, indiscutivelmente, boa, mas a capacidade de
germinação da semente depende da natureza do solo, e este é o centro da parábola.
Ainda que não seja a mensagem primária desta parábola, o fato que a palavra de Deus é o
poder que constrói o reino de Deus precisa de ênfase.
“O outro elemento decisivo é o terreno, que responde de diferentes maneiras segundo a
“qualidade” da terra. A boa disposição de cada pedaço da parcela constitui o fator decisivo
para o êxito do empreendimento. A semente é boa, mas nem sempre o terreno, que
deverá responder de maneira desigual. A vida humana, por sua vez, é um portento, um
fenômeno que não se compara a nenhuma outra forma de vida, tantas são as experiências
possíveis, algumas até prodigiosas, que se dá a qualquer homem ou mulher. As que se
perdem ou se diluem na memória, e as que vencem as barreiras do tempo e permanecem
vivas para sempre.”
“O trabalho habilidoso do semeador e a germinação da semente dependem da
qualidade e natureza do solo para ter sucesso. Havia vários tipos de terrenos na parábola
contada. Jesus fala de quatro tipos de solos: o solo impenetrável (beira do caminho); o
solo superficial (o rochoso); o solo ocupado (cheios de espinhos) e o solo fértil (terra boa e
frutífera). Nos três primeiros tipos de solo houve uma resistência para a semente produzir.
Há na parábola uma clara analogia entre o solo e o coração. Isso porque o alvo da
pregação da Palavra não é apenas a mente, mas principalmente o coração. Se este
estiver fechado, nada adianta. Mas, quanto à pregação do Evangelho, não nos cabe
escolher o tipo de solo para semearmos. Devemos apenas semear sempre que tivermos
oportunidade, pois, em última instância, quem conhece os corações é o Senhor. Talvez por
isso Paulo, apóstolo, ordena a Timóteo para pregar quer seja ou não oportuno (2Tm 4.2). A
grande necessidade da igreja é ter um espírito de evangelização, não um esforço
evangelístico temporário.” (John Blanchard)”
O cerne da parábola é justamente o tipo de solo onde a semente é lançada,
ela descreve as várias respostas ao “ouvir” a Palavra de Deus. Note que a semente foi
lançada zelosamente em todos os tipos de solos, mas os resultados foram muito
diferentes. “A semente é boa, mas nem sempre o terreno, que deverá responder de
maneira desigual. A vida humana, por sua vez, é um portento, um fenômeno que não se
compara a nenhuma outra forma de vida, tantas são as experiências possíveis, algumas
até prodigiosas, que se dá a qualquer homem ou mulher. As que se perdem ou se diluem
na memória, e as que vencem as barreiras do tempo e permanecem vivas para sempre.”
Há em última análise, só duas espécies de terreno: aquele que genuinamente
recebe a palavra para produzir fruto e aquele que não a recebe. Enquanto que nos outros
terrenos as sementes não tiveram como germinar, crescer e frutificar, neste último terreno
haverá bons resultados. Neste, a semente frutifica. Neste terreno, que representa o
coração receptivo à Palavra de Deus, a semente não será roubada por Satanás; não será
sufocada pelos espinhos; o calor das aflições não lhes desanimará. É o terreno bom, fértil.
Este é o tipo de ouvinte ideal. Importante lembrar que é o Espírito Santo quem prepara
este terreno, afinal, é Ele quem convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8).
Paulo afirma em Romanos 10.17 que a fé vem pelo ouvir, só encontramos fé
para sermos salvos quando ouvimos, ou entramos em contato, com a verdade do
Evangelho. A semente da parábola precisa ser lançada para alcançarmos mais vidas,
precisamos pregar a palavra de Deus. Não sabemos qual o perfil de nossos ouvintes, esse
papel cabe ao Espírito Santo; o nosso papel é tão somente semear. Note que quando a
semente conseguiu encontrar uma boa terra, isto é, aquela que não possui os acréscimos
oferecidos por este mundo por meio dos homens, ela produziu fruto bom. “Quanto melhor
o indivíduo compreende a vontade do Eterno (Ef 5.16,17), a recebe e conserva num
coração honesto e bom, maior a produtividade. E não pense que isto é apenas
momentâneo. Tais indivíduos dão fruto com perseverança. No entanto, a semente tem que
nascer, vingar, crescer para, então, dar fruto. Ou seja, só é possível alcançar isto quando o
indivíduo habita no esconderijo do Altíssimo (Sl 91.1,2), faz Dele seu prazer (Sl 37.4),
descanso (Sl 37.7; Mt 11.28-30), lugar de permanência (Jo 15.9), refúgio e fortaleza (Sl
46.1). Quando Jesus semeia a Si mesmo, à Sua Palavra e a Seus filhos neste tipo de
coração, não existe interesse neste mundo para gerar facção. A união se dá em torno dos
valores espirituais. Ou seja, o importante não é fazer obrar, mas sim desenvolver conceitos
e valores, a fim de que os mesmos possam ser vistos na perfeita unidade (Jo 17.11,21-
23), quando todos os envolvidos pensarem e sentirem a mesma coisa (At 4.32; Rm 12.16;
1Co 1.10; Fp 4.2). O esforço é para preservar a unidade do Espírito Santo pelo vinculo da
paz (Ef 4.3-6)”.
Todo cristão foi convocado para anunciar as Boas Novas; Pregar o Evangelho
é a missão mais urgente e importante nesses últimos dias, e por isso mesmo, é o dever de
todo Cristão. O caminho é estreito, porém, “quão formosos os pés dos que anunciam o
evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas” (Rm 10.15). Podemos
pregar de várias maneiras diferentes. Algumas pessoas são chamadas para pregar com
sermões e estudos bíblicos mas todos podemos pregar de outras maneiras:
Com a vida – muitas vezes as ações falam mais alto que as palavras; viver o evangelho
é uma forma de pregar o evangelho
Em conversas – uma conversa sobre Jesus e a fé é uma forma de pregar a palavra de
Deus
Com testemunho pessoal – você pode explicar a palavra de Deus contando sobre sua
experiência de vida com Jesus.
Em suas últimas palavras, o Rei deu-nos a ‘Grande Comissão’, a incumbência
máxima de ir a todas as nações, ensinando e batizando a fim de integrá-las ao seu Reino.
Escatologicamente, Cristo afirma que o fim somente chegaria quando ‘este evangelho do
Reino’ fosse pregado ‘em todo o mundo’ (Mt 24.14). “Ide... ensinai...batizando”, estas
palavras constituem a Grande Comissão de Cristo a todos os seus seguidores, em todas
as gerações. Declaram o alvo, a responsabilidade e a autorga da tarefa missionária da
Igreja. A igreja deve ir a todo o mundo e pregar o evangelho a todos de conformidade com
a revelação do Novo Testamento, da parte de Cristo e dos apóstolos. Esta tarefa inclui a
responsabilidade primordial de enviar missionários a todas as nações (At 13.1-4). O
evangelho pregado centraliza-se no arrependimento e na remissão de pecados (Lc 24.47),
na promessa do recebimento de ”o dom do Espírito Santo” (At 2.38), e na exortação de
separar-nos desta geração perversa (At 2.40), ao mesmo tempo em que esperamos a
volta de Jesus, do céu (At 3.19, 20; 1Ts 1.10)
O próprio Cristo instituiu a obra missionária cristã como uma tarefa santa e
obrigatória da Igreja. “E, quando saiam, encontraram um homem cirineu, chamado Simão,
a quem constrangeram a levar a sua cruz” (Mt 27.32) – esse texto nos lembra de que as
diferentes culturas foram representadas no Calvário e na Igreja:
1) Simão: homens sábios de todas as idades teriam a honra de poder realizar a tarefa que
era concedida a Simão de Cirene, um homem negro do noroeste da África.
Independentemente de serem voluntárias ou obrigadas, as mãos negras foram estendidas
para ajudar o Salvador a carregar sua cruz;
2) O eunuco etíope da África (At 8.26) foi o primeiro convertido gentio citado pelo nome
nos Atos dos Apóstolos. A história relata que ele retornou à Etiópia para fundar a Igreja
Cristã Abssínia, que existe até hoje (Adaptado de Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP,
Sociedade Bíblica do Brasil, 2001,Dinâmica do Reino, p.990). O termo grego ethne,
traduzido por nações em Mateus 28.19, significa ‘grupos de pessoas’ – hoje em dia
estima-se que haja cerca de 24.000 etnias no mundo. A exemplo de Paulo, que centralizou
seu esforço ministerial nas missões, principalmente nas áreas onde o evangelho não tinha
sido pregado suficientemente e assim facultou áqueles que não tinham ouvido a
oportunidade de aceitarem a Cristo. Paulo questiona: “Como ouvirão, se não há quem
pregue?” (Rm 10.14).
@livrariafontesdeconhecimento
livrariafontesdeconhecimento
Fontes de Conhecimento

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Lição 02 - Para Ouvir e Anunciar a Palavra de Deus.pptx

Eae 35 As Parábolas III - Vida Rural
Eae 35 As Parábolas III - Vida RuralEae 35 As Parábolas III - Vida Rural
Eae 35 As Parábolas III - Vida RuralPatiSousa1
 
Semeador
SemeadorSemeador
SemeadorFUNVIC
 
Aula Jonatas 21: As parábolas do reino 2: Candeia, semente e grão de mostarda
Aula Jonatas 21: As parábolas do reino 2: Candeia, semente e grão de mostardaAula Jonatas 21: As parábolas do reino 2: Candeia, semente e grão de mostarda
Aula Jonatas 21: As parábolas do reino 2: Candeia, semente e grão de mostardaAndre Nascimento
 
Bênçãos divinas a. w. pink
Bênçãos divinas   a. w. pinkBênçãos divinas   a. w. pink
Bênçãos divinas a. w. pinkSilvio Dutra
 
Comentário: 1º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 1º Domingo do Advento - Ano BComentário: 1º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 1º Domingo do Advento - Ano BJosé Lima
 
Pregando as parábolas de jesus o semeador
Pregando as parábolas de jesus   o semeadorPregando as parábolas de jesus   o semeador
Pregando as parábolas de jesus o semeadorRev. Giovanni Guimarães
 
Pregando as parábolas de Jesus - A semente de mostarda
Pregando as parábolas de Jesus - A semente de mostardaPregando as parábolas de Jesus - A semente de mostarda
Pregando as parábolas de Jesus - A semente de mostardaRev. Giovanni Guimarães
 
Arevelaobsicanasescriturassagradas 110324204623-phpapp02
Arevelaobsicanasescriturassagradas 110324204623-phpapp02Arevelaobsicanasescriturassagradas 110324204623-phpapp02
Arevelaobsicanasescriturassagradas 110324204623-phpapp02antonio ferreira
 
Lição 2- Para Ouvir e Anunciar a Palavra de Deus
Lição 2- Para Ouvir e Anunciar a Palavra de DeusLição 2- Para Ouvir e Anunciar a Palavra de Deus
Lição 2- Para Ouvir e Anunciar a Palavra de DeusÉder Tomé
 
Lição 6 - Deus, o Autor de Missões
Lição 6 - Deus, o Autor de MissõesLição 6 - Deus, o Autor de Missões
Lição 6 - Deus, o Autor de MissõesÉder Tomé
 
Comentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano B
Comentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano BComentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano B
Comentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano BJosé Lima
 
O meu reino não é deste mundo
O meu reino não é deste mundoO meu reino não é deste mundo
O meu reino não é deste mundoMaxuel Alves
 
Manual para novos convertidos2
Manual para novos convertidos2Manual para novos convertidos2
Manual para novos convertidos2Willams Alfaia
 
A Igreja MinistéRio Templo Vivo, Doutrina
A Igreja MinistéRio Templo Vivo, DoutrinaA Igreja MinistéRio Templo Vivo, Doutrina
A Igreja MinistéRio Templo Vivo, Doutrinaministeriotemplovivo
 

Semelhante a Lição 02 - Para Ouvir e Anunciar a Palavra de Deus.pptx (20)

Eae 35 As Parábolas III - Vida Rural
Eae 35 As Parábolas III - Vida RuralEae 35 As Parábolas III - Vida Rural
Eae 35 As Parábolas III - Vida Rural
 
Missões : Eu Um Missionário
Missões : Eu Um MissionárioMissões : Eu Um Missionário
Missões : Eu Um Missionário
 
Semeador
SemeadorSemeador
Semeador
 
Quatro substantivos femininos
Quatro substantivos femininosQuatro substantivos femininos
Quatro substantivos femininos
 
Cat04
Cat04Cat04
Cat04
 
Aula Jonatas 21: As parábolas do reino 2: Candeia, semente e grão de mostarda
Aula Jonatas 21: As parábolas do reino 2: Candeia, semente e grão de mostardaAula Jonatas 21: As parábolas do reino 2: Candeia, semente e grão de mostarda
Aula Jonatas 21: As parábolas do reino 2: Candeia, semente e grão de mostarda
 
Bênçãos divinas a. w. pink
Bênçãos divinas   a. w. pinkBênçãos divinas   a. w. pink
Bênçãos divinas a. w. pink
 
Comentário: 1º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 1º Domingo do Advento - Ano BComentário: 1º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 1º Domingo do Advento - Ano B
 
Port bhc
Port bhcPort bhc
Port bhc
 
Pregando as parábolas de jesus o semeador
Pregando as parábolas de jesus   o semeadorPregando as parábolas de jesus   o semeador
Pregando as parábolas de jesus o semeador
 
Pregando as parábolas de Jesus - A semente de mostarda
Pregando as parábolas de Jesus - A semente de mostardaPregando as parábolas de Jesus - A semente de mostarda
Pregando as parábolas de Jesus - A semente de mostarda
 
Arevelaobsicanasescriturassagradas 110324204623-phpapp02
Arevelaobsicanasescriturassagradas 110324204623-phpapp02Arevelaobsicanasescriturassagradas 110324204623-phpapp02
Arevelaobsicanasescriturassagradas 110324204623-phpapp02
 
Lição 2- Para Ouvir e Anunciar a Palavra de Deus
Lição 2- Para Ouvir e Anunciar a Palavra de DeusLição 2- Para Ouvir e Anunciar a Palavra de Deus
Lição 2- Para Ouvir e Anunciar a Palavra de Deus
 
Lição 6 - Deus, o Autor de Missões
Lição 6 - Deus, o Autor de MissõesLição 6 - Deus, o Autor de Missões
Lição 6 - Deus, o Autor de Missões
 
Comentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano B
Comentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano BComentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano B
Comentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano B
 
O meu reino não é deste mundo
O meu reino não é deste mundoO meu reino não é deste mundo
O meu reino não é deste mundo
 
Manual para novos convertidos2
Manual para novos convertidos2Manual para novos convertidos2
Manual para novos convertidos2
 
32 mensagem em exodo 13 do 17-22
32 mensagem em exodo 13 do 17-2232 mensagem em exodo 13 do 17-22
32 mensagem em exodo 13 do 17-22
 
A Igreja MinistéRio Templo Vivo, Doutrina
A Igreja MinistéRio Templo Vivo, DoutrinaA Igreja MinistéRio Templo Vivo, Doutrina
A Igreja MinistéRio Templo Vivo, Doutrina
 
Batismo no espirito santo
Batismo no espirito santoBatismo no espirito santo
Batismo no espirito santo
 

Último

Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresNilson Almeida
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPIB Penha
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxCelso Napoleon
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoRicardo Azevedo
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...PIB Penha
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfmhribas
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfAgnaldo Fernandes
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealizaçãocorpusclinic
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)natzarimdonorte
 

Último (15)

Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)
 

Lição 02 - Para Ouvir e Anunciar a Palavra de Deus.pptx

  • 1.
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Ao ensinar a vida e princípios do Reino, Jesus guia seus discípulos a pensar, viver e orar para que seu Reino alcance todo o planeta (Mt 6.10). Isso é visto claramente nos ensinos de suas parábolas no capítulo 13 de Mateus. A missão de pregar em ‘todos os lugares’ que ‘o reino de Deus está chegando’ dada por Jesus aos discípulos também reflete esse caráter expansivo do reino. Não podemos esquecer que a intenção das parábolas é transmitir uma verdade eterna, então, usam elementos diários de tal forma que ainda hoje, podem ser facilmente entendidas por todos. Permanece ainda, a verdade de que sua compreensão só é possível mediante a iluminação do Espírito Santo, por que as coisas de Deus só são perfeitamente compreendidas por quem é espiritual.
  • 11.
  • 12.
  • 13. Como ensina o teólogo Vincent Cheung, a Parábola do Semeador é uma parábola fundacional, é a primeira parábola dita por Jesus e contém elementos para entendermos melhor as outras parábolas, assim como o Reino de Deus; Jesus diz aqui que falhar em entender essa parábola implica que a pessoa falhará também em entender todas as outras parábolas. Agora, note que até mesmo os discípulos não entenderam essa parábola até que receberam do Senhor a explanação detalhada. Portanto, é um engano dizer que Jesus usou parábolas para tornar as verdades espirituais mais fáceis de entender, visto que até mesmo aqueles que deveriam entendê-la falharam em fazê-lo. Mas os discípulos parecem não ter tido nenhum problema para entender a explicação da parábola, dada em discurso claro.
  • 14.
  • 15.
  • 16. "Semearei a casa de Israel e a casa de Judá com a semente de homens e com a semente de animais" (Jr 31.27) - Deus compara-se a um semeador. Também Jesus é um semeador, como Ele mesmo compara-se e proclama-se ‘O Semeador’. Em Mateus 13.37, Jesus fala de si mesmo como "O que semeia a boa semente, é o Filho do homem". Esse título é muito apropriado a ele. A semente é a Palavra de Deus (Lc 8.11) que o habilidoso semeador espalha por igual - a semente é, indiscutivelmente, boa, mas a capacidade de germinação da semente depende da natureza do solo, e este é o centro da parábola. Ainda que não seja a mensagem primária desta parábola, o fato que a palavra de Deus é o poder que constrói o reino de Deus precisa de ênfase. “O outro elemento decisivo é o terreno, que responde de diferentes maneiras segundo a “qualidade” da terra. A boa disposição de cada pedaço da parcela constitui o fator decisivo para o êxito do empreendimento. A semente é boa, mas nem sempre o terreno, que deverá responder de maneira desigual. A vida humana, por sua vez, é um portento, um fenômeno que não se compara a nenhuma outra forma de vida, tantas são as experiências possíveis, algumas até prodigiosas, que se dá a qualquer homem ou mulher. As que se perdem ou se diluem na memória, e as que vencem as barreiras do tempo e permanecem vivas para sempre.”
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. “O trabalho habilidoso do semeador e a germinação da semente dependem da qualidade e natureza do solo para ter sucesso. Havia vários tipos de terrenos na parábola contada. Jesus fala de quatro tipos de solos: o solo impenetrável (beira do caminho); o solo superficial (o rochoso); o solo ocupado (cheios de espinhos) e o solo fértil (terra boa e frutífera). Nos três primeiros tipos de solo houve uma resistência para a semente produzir. Há na parábola uma clara analogia entre o solo e o coração. Isso porque o alvo da pregação da Palavra não é apenas a mente, mas principalmente o coração. Se este estiver fechado, nada adianta. Mas, quanto à pregação do Evangelho, não nos cabe escolher o tipo de solo para semearmos. Devemos apenas semear sempre que tivermos oportunidade, pois, em última instância, quem conhece os corações é o Senhor. Talvez por isso Paulo, apóstolo, ordena a Timóteo para pregar quer seja ou não oportuno (2Tm 4.2). A grande necessidade da igreja é ter um espírito de evangelização, não um esforço evangelístico temporário.” (John Blanchard)”
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. O cerne da parábola é justamente o tipo de solo onde a semente é lançada, ela descreve as várias respostas ao “ouvir” a Palavra de Deus. Note que a semente foi lançada zelosamente em todos os tipos de solos, mas os resultados foram muito diferentes. “A semente é boa, mas nem sempre o terreno, que deverá responder de maneira desigual. A vida humana, por sua vez, é um portento, um fenômeno que não se compara a nenhuma outra forma de vida, tantas são as experiências possíveis, algumas até prodigiosas, que se dá a qualquer homem ou mulher. As que se perdem ou se diluem na memória, e as que vencem as barreiras do tempo e permanecem vivas para sempre.”
  • 25.
  • 26. Há em última análise, só duas espécies de terreno: aquele que genuinamente recebe a palavra para produzir fruto e aquele que não a recebe. Enquanto que nos outros terrenos as sementes não tiveram como germinar, crescer e frutificar, neste último terreno haverá bons resultados. Neste, a semente frutifica. Neste terreno, que representa o coração receptivo à Palavra de Deus, a semente não será roubada por Satanás; não será sufocada pelos espinhos; o calor das aflições não lhes desanimará. É o terreno bom, fértil. Este é o tipo de ouvinte ideal. Importante lembrar que é o Espírito Santo quem prepara este terreno, afinal, é Ele quem convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8).
  • 27.
  • 28. Paulo afirma em Romanos 10.17 que a fé vem pelo ouvir, só encontramos fé para sermos salvos quando ouvimos, ou entramos em contato, com a verdade do Evangelho. A semente da parábola precisa ser lançada para alcançarmos mais vidas, precisamos pregar a palavra de Deus. Não sabemos qual o perfil de nossos ouvintes, esse papel cabe ao Espírito Santo; o nosso papel é tão somente semear. Note que quando a semente conseguiu encontrar uma boa terra, isto é, aquela que não possui os acréscimos oferecidos por este mundo por meio dos homens, ela produziu fruto bom. “Quanto melhor o indivíduo compreende a vontade do Eterno (Ef 5.16,17), a recebe e conserva num coração honesto e bom, maior a produtividade. E não pense que isto é apenas momentâneo. Tais indivíduos dão fruto com perseverança. No entanto, a semente tem que nascer, vingar, crescer para, então, dar fruto. Ou seja, só é possível alcançar isto quando o indivíduo habita no esconderijo do Altíssimo (Sl 91.1,2), faz Dele seu prazer (Sl 37.4), descanso (Sl 37.7; Mt 11.28-30), lugar de permanência (Jo 15.9), refúgio e fortaleza (Sl 46.1). Quando Jesus semeia a Si mesmo, à Sua Palavra e a Seus filhos neste tipo de coração, não existe interesse neste mundo para gerar facção. A união se dá em torno dos valores espirituais. Ou seja, o importante não é fazer obrar, mas sim desenvolver conceitos e valores, a fim de que os mesmos possam ser vistos na perfeita unidade (Jo 17.11,21- 23), quando todos os envolvidos pensarem e sentirem a mesma coisa (At 4.32; Rm 12.16; 1Co 1.10; Fp 4.2). O esforço é para preservar a unidade do Espírito Santo pelo vinculo da paz (Ef 4.3-6)”.
  • 29.
  • 30.
  • 31. Todo cristão foi convocado para anunciar as Boas Novas; Pregar o Evangelho é a missão mais urgente e importante nesses últimos dias, e por isso mesmo, é o dever de todo Cristão. O caminho é estreito, porém, “quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas” (Rm 10.15). Podemos pregar de várias maneiras diferentes. Algumas pessoas são chamadas para pregar com sermões e estudos bíblicos mas todos podemos pregar de outras maneiras: Com a vida – muitas vezes as ações falam mais alto que as palavras; viver o evangelho é uma forma de pregar o evangelho Em conversas – uma conversa sobre Jesus e a fé é uma forma de pregar a palavra de Deus Com testemunho pessoal – você pode explicar a palavra de Deus contando sobre sua experiência de vida com Jesus.
  • 32.
  • 33. Em suas últimas palavras, o Rei deu-nos a ‘Grande Comissão’, a incumbência máxima de ir a todas as nações, ensinando e batizando a fim de integrá-las ao seu Reino. Escatologicamente, Cristo afirma que o fim somente chegaria quando ‘este evangelho do Reino’ fosse pregado ‘em todo o mundo’ (Mt 24.14). “Ide... ensinai...batizando”, estas palavras constituem a Grande Comissão de Cristo a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Declaram o alvo, a responsabilidade e a autorga da tarefa missionária da Igreja. A igreja deve ir a todo o mundo e pregar o evangelho a todos de conformidade com a revelação do Novo Testamento, da parte de Cristo e dos apóstolos. Esta tarefa inclui a responsabilidade primordial de enviar missionários a todas as nações (At 13.1-4). O evangelho pregado centraliza-se no arrependimento e na remissão de pecados (Lc 24.47), na promessa do recebimento de ”o dom do Espírito Santo” (At 2.38), e na exortação de separar-nos desta geração perversa (At 2.40), ao mesmo tempo em que esperamos a volta de Jesus, do céu (At 3.19, 20; 1Ts 1.10)
  • 34.
  • 35. O próprio Cristo instituiu a obra missionária cristã como uma tarefa santa e obrigatória da Igreja. “E, quando saiam, encontraram um homem cirineu, chamado Simão, a quem constrangeram a levar a sua cruz” (Mt 27.32) – esse texto nos lembra de que as diferentes culturas foram representadas no Calvário e na Igreja: 1) Simão: homens sábios de todas as idades teriam a honra de poder realizar a tarefa que era concedida a Simão de Cirene, um homem negro do noroeste da África. Independentemente de serem voluntárias ou obrigadas, as mãos negras foram estendidas para ajudar o Salvador a carregar sua cruz; 2) O eunuco etíope da África (At 8.26) foi o primeiro convertido gentio citado pelo nome nos Atos dos Apóstolos. A história relata que ele retornou à Etiópia para fundar a Igreja Cristã Abssínia, que existe até hoje (Adaptado de Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001,Dinâmica do Reino, p.990). O termo grego ethne, traduzido por nações em Mateus 28.19, significa ‘grupos de pessoas’ – hoje em dia estima-se que haja cerca de 24.000 etnias no mundo. A exemplo de Paulo, que centralizou seu esforço ministerial nas missões, principalmente nas áreas onde o evangelho não tinha sido pregado suficientemente e assim facultou áqueles que não tinham ouvido a oportunidade de aceitarem a Cristo. Paulo questiona: “Como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm 10.14).
  • 36.