Jesus escolheu doze discípulos para serem seus testemunhas e espalhar o evangelho após sua ascensão. Ele orou antes de escolhê-los, mostrando que a escolha veio de Deus. Os doze foram chamados para ficarem com Jesus e anunciar a boa nova do Reino de Deus. Sua autoridade vinha de curas milagrosas e expulsão de demônios.
1. 16ª LIÇÃO – A ESCOLHA DOS DOZE
Mc 3. 13-19
INTRODUÇÃO: No estudo anterior vimos que JC prossegue na sua missão de
propagar o evangelho, ou seja, a boa notícia de que o Reino de Deus está entre nós e que
através da fé em JC temos vida eterna. Esta boa notícia despertou a atenção e interesse
de muitos que passaram a seguir a JC. JC, o Deus-Homem, já sabia (presciência) que
seria levantado no madeiro, cessando, assim, seu ministério terreno. Para continuar sua
missão de propagar a boa-nova de salvação ele precisaria de pessoas para fazê-lo. Na
presente seção vemos que JC escolheu 12 pessoas (na verdade mais 7, pois cinco ele já
havia escolhido – Mc 1.16,19; 2.14) para serem suas fieis testemunhas.
DESENVOLVIMENTO:
a) V. 13 – “subiu ao monte” em Lc 6.12 vemos que JC subiu o monte a
fim de se retirar e orar.
A escolha dos doze não foi ao léu; sob oração é que foram
escolhidos e comissionados.
“chamou os que ele mesmo quis” – aqui vemos que a comissão
especial é prerrogativa única e exclusiva de Deus. Todos temos
uma missão (ide – Mt 28.19), mas o comissionamento específico
(ministério pastoral, p.e.) é feito dentro da soberana vontade de
Deus; assim não basta querermos, temos que ser chamados.
“e vieram para junto dele” – o chamado requer uma resposta da
parte do discípulo. A soberana vontade de Deus deve pautar nossa
resposta.
b) V. 14 – Aqui vemos a essência do apostolado bíblico: “para estarem
com ele” e “os enviar a pregar”
a primeira importa em fazer dos discípulos testemunhas de JC. Numa
época em que a impressão era coisa rara, o prosseguimento dos
desígnios do SENHOR com os homens, agora através da sua Igreja, se
daria, num primeiro momento, através da tradição oral. Segundo o
Novo Dicionário da Bíblia (Ed. Vida Nova) os apóstolos são “tesouros
da tradição autêntica sobre cristo”, por isso são considerados as
colunas da Igreja (Gl. 2.9).
foram também testemunhas oculares da ressurreição de JC (At 1.22;
2.32; 3.15 e 13.31). Fora do ministério de JC vemos Ap. Paulo (At 9.5)
e Tiago, irmão de Jesus, (1Co 15.7).
Só até aqui descartamos 101% dos que atualmente se autointitulam
Apóstolos. Apesar de JC ter aparecido, num determinado evento, a mais
de 500 pessoas (1Co 15.6), nenhuma delas continua viva.
em segundo vemos que tinham uma comissão específica: pregar o
evangelho. A palavra Apostolo no grego (apostellé) significa enviado.
Por isso a igreja primitiva escolheu diáconos, a fim de que os apóstolos
não deixassem o ministério da Palavra para cuidar dos necessitados
(At.: 6.1-7).
2. c) V. 15 –
a cura e expulsão de demônios era a chancela divina do apostolado dos
doze (At 5.12-16; 14.10; 16.18);
d) V. 16-19 – Porque doze?
Porque JC estava ali iniciando uma nova etapa da história da
humanidade. Através Dele (Jo 15.1) ele constituiu um novo povo
para ser sua propriedade; este novo povo é a Igreja de Jesus.
Assim como no AT Deus inicia seu povo através de 12 tribos (os
doze filhos de Jacó – Gn 49.1-28) no NT ele o faz através de 12
apóstolos.
Os nomes atribuídos por JC denotam que Ele tinha um senso de
humor aguçado (gosto de pensar desta forma!):
• a Simão, chamou Pedro (gr. Kefa, ou seja, pedra). Será
que algo no caráter dele indicava isso?
• a Tiago e João, os filhos do trovão (boanerges). Não sei
porque, mas isso me lembra Ana raio e Zé trovão....
• Tomé, chamou Dídimo. Tomé é gêmeo em hebraico e
Dídimo é gêmeo em grego. Uma tradição siríaca e egípcia
diz que o nome verdadeiro deste discípulo era Judas.
• a Simão, chamou zelote, que eram ativistas políticos há
época que queriam a independência de Israel do Império
Romano. Este grupo se contrapunha aos cobradores de
impostos, pois estes trabalhavam para o governo Romano.
• Judas, chamado Iscariotes, talvez por ser o único que não
era da Galileia. “Iscariotes” remonta a uma palavra que
designa uma região de Moabe. Outros teólogos acreditam
que “Iscariotes” remete a mesma ideia de “Zelote”.
Interessante que JC chamou pessoas simples, como já vimos em
estudos anteriores, e, até mesmo, pessoas completamente opostas
(Simão Zelote x Mateus).
Isso nos indica que apesar de não possuir muita afinidade e, quem
sabe, certas ressalvas em relação a alguns irmãos em Cristo,
devemos trabalhar lado a lado destes, suportando-os em amor (Ef
4.2). JC nos ensinou isso quando chamou os doze.
CONCLUSÃO: A mensagem da cruz precisa continuar a ser anunciada; hoje não mais
pelos apóstolos (nenhum deles conseguiu viver 1970 anos, para fazer uma conta
redonda), mas através da Igreja de Jesus. Vamos prosseguir neste plano divino para a
humanidade e deixar de lado diferenças pessoais. Temos um único objetivo e ele deve
nos motivar a prosseguir.