METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
20160203.Estudo PGs 37
1. Estudo PGs 03/02/2016
Tema: Ensinos práticos de Paulo para a igreja
Estudo 11: Vivendo pelo próximo (Ef. 5.18-6.9)
O ensino
E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do
Espírito; Efésios 5:18
Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus. Efésios 5:21
Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; Efésios 5:22
Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si
mesmo se entregou por ela, Efésios 5:25
Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa;
Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e
admoestação do Senhor.
Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e
tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo; Não servindo à vista,
como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de
coração a vontade de Deus; Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não
como aos homens. Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que
fizer, seja servo, seja livre.
E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças,
sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com ele
não há acepção de pessoas. Ef. 6.1-9
Entendendo o ensino
O trecho que estudamos esta semana apresenta uma série de
conselhos de Paulo sobre como os cristãos deveriam se portar em relação às
pessoas mais próximas. As relações marido-mulher, pais-filhos e servos-
senhores (hoje entendidas como as relações de trabalho), sabidamente, são
complexas e geram muitas dificuldades ao longo dos tempos. Por isso, Paulo
quis trabalhar estas questões com os cristãos de Éfeso, de forma ajuda-los a
lidar com os problemas gerados nestas dinâmicas relacionais.
Apesar de cada relacionamento destacado acima ter suas
peculiaridades, um tema perpassa todos os ensinamentos específicos: A
importância da alteridade, ou a visão de que devemos guiar nossos atos
visando o bem estar do próximo. O ensino de não se embriagarem, logo no
começo do texto, visava evitar contendas no grupo, o que afetava as relações
entre os irmãos. A relação marido-mulher é tratada como um binômio de
2. sujeição, onde marido e mulher devem alegrar seus cônjuges com o que estes
esperam (respeito, amor, carinho, atenção). A relação entre pais e filhos é
tratada como uma relação de obediência e paciência, manifestando-se uma
hierarquia educacional carinhosa, sem a imposição ditatorial da paternidade
sobre a criança. Por fim, a relação patronal é mostrada como uma relação de
respeito e obediência por um lado e atenção e humildade do outro, de forma
que as relações de trabalho funcionem de forma amistosa e correta.
É difícil, para nós, aceitar esta postura, especialmente quando entramos
em conflito, pois sempre achamos que estamos certos em nossas posições. O
mundo tenta nos apresentar uma filosofia individualista, onde o que importa é
nós sermos felizes. Porém, o que Paulo aconselha os efésios e o que ele quer
nos mostrar é que nossa busca pela felicidade deve começar quando
proporcionamos àquele que está próximo de nós a chance de se alegrar. A
felicidade do próximo depende de nós e devemos nos tornar ativamente
responsáveis por isso. Se assim o fizermos, a recíproca será na mesma
medida e nos deleitaremos com relações melhores e mais saudáveis.
O ensinamento em nossas vidas
1. Abdique da síndrome de Gabriela. Já dizia a música: “Eu nasci assim,
eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim... Gabriela...
sempre Gabriela”. Muitos cristãos, infelizmente, vivem suas vidas desta
forma, achando que o mundo deve aceita-los como são. Contudo,
sabemos que o Espírito Santo pode transformar nossas vidas, nossas
condutas e nossas próprias personalidades, se assim o deixarmos agir.
Para você olhar o próximo, você precisa primeiro exorcizar a síndrome
de Gabriela de sua vida.
2. Ame o próximo como a si mesmo. Este é um dos dois mandamentos
que Cristo nos transmitiu, mas temos muita dificuldade de aplica-lo, pois
muitas vezes agimos mal com os outros porque não nos valorizamos
corretamente. Por ver nossas falhas e fraquezas, projetamos sobre os
outros nossos medos e temores, fazendo com que cometamos
injustiças, enxergando a realidade com olhos enviesados por nossas
próprias interpretações. Para amar o próximo, precisamos nos amar,
enxergar nossas qualidades e virtudes, para perceber que o próximo
também possui seu lado positivo e é merecedor de nosso carinho,
respeito e atenção.
3. Seja a bênção. Muitas vezes oramos, pedindo que Deus melhore
nossos relacionamentos. Porém, o que vemos é que, em muitos casos,
nós mesmos alimentamos a negatividade em nossas relações, o que
gera um ciclo vicioso de desconfiança e medo. Para quebrar este ciclo,
tome a iniciativa de ser o agente de mudança da relação. Passe a
enxergar o outro em suas necessidades, busque iniciar uma relação de
amizade, respeito e alegria com o outro, e você se surpreenderá como o
clima de suas relações irá melhorar tremendamente. Não apenas
busque a bênção do Senhor. Seja a bênção do Senhor na vida do seu
próximo.
Próximo estudo: A humildade nas relações (Fp. 2.3-16)