Tema da Festa da Sagrada Família - Ano C
As leituras deste domingo complementam-se ao apresentar as duas coordenadas fundamentais a partir das quais se deve construir a família cristã: o amor a Deus e o amor aos outros, sobretudo a esses que estão mais perto de nós – os pais e demais familiares.
O Evangelho sublinha, sobretudo, a dimensão do amor a Deus: o projecto de Deus tem de ser a prioridade de qualquer cristão, a exigência fundamental, a que todas as outras se devem submeter. A família cristã constrói-se no respeito absoluto pelo projecto que Deus tem para cada pessoa.
A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos de todos os que vivem “em Cristo” e aceitaram ser Homem Novo. Esse amor deve atingir, de forma mais especial, todos os que connosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em determinadas atitudes de compreensão, de bondade, de respeito, de partilha, de serviço.
A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais. É uma forma de concretizar esse amor de que fala a segunda leitura.
3. A 1ª Leitura
fala da alegria despertada em Jerusalém
pela volta dos exilados (Is 52,7-10)
É imagem da alegria de todos os homens que
hoje celebram o começo de um mundo novo
e contemplam os sinais do seu crescimento.
4. O Povo vivia
uma situação
dramática
de sua história:
O povo escravo
na Babilônia,
com Jerusalém
e o templo
destruídos,
vivia
com saudades
da pátria distante.
5. O Profeta imagina
estar no monte
de Jerusalém
e contempla
o povo inteiro
a cantar e a gritar
de alegria.
Vê sentinelas correndo
para anunciar
uma grande notícia:
Um grupo numeroso
de exilados se aproxima,
voltando da Babilônia.
Começará
um novo tempo,
um reino no qual
o Senhor guiará
pessoalmente
o seu povo.
6. A Libertação da Babilônia era uma figura
de uma outra libertação plena,
que Deus teria realizado no futuro.
* Essa libertação é ainda imperfeita,
mas continuamos acreditando e esperando.
E nós somos as Sentinelas que o anunciam...
7. A 2ª Leitura nos lembra
como Deus se revelou
de forma progressiva
aos Homens. (Hb 1,1-6)
Deus usou muitas maneiras
para revelar aos homens
que os amava.
- Falou através da Criação...
- Através dos Profetas...
- Na plenitude dos tempos,
através do próprio Filho:
a sua imagem perfeita,
a sua Palavra: "o Verbo".
Jesus é a revelação
mais sublime e eloqüente
da pessoa do Pai.
O Evangelho de hoje
nos revela o porquê.
8. O Evangelho sublinha que a Encarnação do "Verbo"
foi a maior das revelações de Deus. (Jo 1,1-18)
O Texto é um Hino ao "Verbo",
que se fez homem em Jesus
e que já existia antes que o mundo fosse criado.
9. A palavra serve para comunicar alguma coisa aos outros.
Aquilo que nós temos na mente e no coração
chega à mente e ao coração dos outros mediante a palavra.
João nos revela que o Filho de Deus é a Palavra do Pai.
O Pai, para nos dizer que nos ama, nos envia a sua Palavra.
10. Há 2.000 anos a Palavra
de Deus se fez carne,
tornou-se pessoa como nós,
falou a nossa linguagem,
pôde dizer-nos quem é o Pai,
o que somos nós para Ele
e qual é o seu projeto.
Para conhecer o Pai
basta contemplar Cristo,
observar o que ele faz,
o que diz, o que ensina,
como ama, a quem prefere,
com quem anda,
com quem toma o alimento,
a quem escolhe,
a quem recrimina,
a quem defende...
porque é assim
que o Pai procede.
11. Deus pode ser encontrado, ouvido,
tocado com as mãos na pessoa de Jesus.
Ele torna visível o Pai.
A Encarnação do Filho de Deus nos ensina
que o Pai nos ama. Ele permanece conosco.
O Evangelho nos diz que
"o Verbo se fez carne e veio habitar entre nós".
12. Se o Pai ama tanto os homens,
por que eles não se amam?
Por que se matam?
Por que se odeiam?
Será que entenderam
alguma coisa daquilo que o Pai
queria ensinar aos homens,
quando enviou seu Filho?
O "Verbo" veio como luz
no meio das trevas.
Entre os homens imersos
no pecado surgiu de repente
um homem novo e com ele
começou uma nova criação.
Essa luz não foi recebida de
forma pacífica no mundo
13. O Evangelho fala da luta entre a luz vinda do céu
e as trevas que continuam envolvendo o mundo.
Trata-se das forças do mal que se chamam pecado,
egoísmo, exploração, opressão...
A luz luta contra essas trevas sem conseguir aniquilá-las;
mas as trevas também não conseguem apagá-la.
Esta luta continuará até a plena vitória da luz,
vitória que já está garantida pela Páscoa de Cristo.
14. NATAL
é a celebração de
um NASCIMENTO:
Algo de novo
deve nascer
também
dentro de nós...
É o NATAL
repleto
de felicidade
que desejo
a todos vocês...
Pe. Antônio G. Dalla Costa CS - 25.12.2021
15. Meditada por:
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa CS
MEU DOMINGO
Com a Palavra de Deus
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Ilustração:
Nelso Geraldo Ferronatto
Música: hoje é dia da gente se encontrar
Acácio Santana
CD: Natal de Jesus
Paulinas COMEP