MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
Aparência x Realidade na Igreja de Sardes
1. (Apocalipse 3:1b)
“Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.”
Certa vez, o Senhor Jesus estando com fome aproximou-se
de uma figueira. Em Marcos 11:12-14 é relatado que ela estava com
muitas folhas dando a entender que possuía muitos frutos. Apesar
disso, o Senhor não encontrou um fruto sequer. Por que isso ocor-
reu? - Aparência!
A cidade de Sardes ficava localizada na província romana da
Ásia na parte ocidental - hoje Turquia Asiática. Ela possuía muito
ouro do rio Pactolo, era próspera na indústria de lanifícios (produção
de lã) e também era rica na extração de metais entre outras riquezas.
Mesmo passando por um terremoto se reergueu com o Imperador
Augusto.
A igreja de Sardes tinha uma vida ativa, porém estava infecta-
da pelo pecado. Possuía uma boa aparência, mas era corrupta em seu
interior. Era complacente com a adoração ao Imperador e a Artemis
(deusa da guerra e fertilidade). Apesar desse cenário catastrófico, al-
guns cristãos não contaminaram as suas vestes (Apocalipse 3:4). Esse
é um grande ensinamento para os dias atuais. Não seja complacente
com o pecado! Não viva de aparência!
Palavra Pastoral:
Editor: Pr. Marcello Rocha, São Pedro da Aldeia/RJ.
jesusnafamilia.blogspot.com
O que você vai ler:
Palavra Pastoral;
A fome no Brasil;
Síndrome da gaiola;
Covid-19, sai daqui!;
Uma rainha perversa;
Profeta Obadias; e
A família no NT.
02 DE AGOSTO DE 2021 EDIÇÃO MENSAL VIA WEB
Ossos de boi como alimento
Mara Siqueira, 35 anos,
costuma acordar por volta de 5h30
e começa uma peregrinação em
busca de doações para alimentar os
sete filhos. Três vezes na semana,
ela é uma das dezenas de pessoas
que se enfileiram em frente a um
açougue no bairro CPA 2, na peri-
feria de Cuiabá, para conseguir levar para casa pedaços de ossos doa-
dos pelo estabelecimento. Trata-se dos restos do processo de desos-
sa do boi. Nesses pequenos pedaços, ficam resquícios de carne, que
se tornam prato principal na casa de cuiabanos em situação de vulne-
rabilidade financeira e insegurança alimentar. A distribuição dos os-
sos começa às 11h, às segundas, quartas e sextas.
Mara mora no bairro Planalto, a mais de três quilômetros do
açougue Atacadão da Carne. Ela aguardava no local com três vizi-
nhas. Todas têm filhos e afirmam que não podem se dar ao luxo de
deixar de ir ao estabelecimento, já que isso significaria não ter o que
comer em casa. Elen Cristina de Souza, 17 anos, também aguarda
com Mara.
Notícia do Brasil
Até a publicação dessa edição, todas as edições divulgadas já ultrapassa-
ram 2.960 leituras somente no “slideshare”. Obrigado Senhor!
2. Enquanto muitos jovens são motivo de preocupação por não se a-
daptarem a longos períodos isolados em casa e assim desrespeitarem o dis-
tanciamento social durante a pandemia do coronavírus, outros preocupam
por se adaptarem muito bem ao isolamento. O termo Síndrome da Gaiola
foi escrito pelo psiquiatra da infância e adolescência da Associação Brasilei-
ra de Psiquiatria, Gabriel Lopes, e, em alusão aos pássaros que não deixam
o cativeiro, refere-se aos jovens que estão no outro extremo, apoiando-se
nas modalidades virtuais e desconsiderando por completo os estímulos vin-
dos do contato com o mundo exterior. A educação foi uma das áreas-alvo
da síndrome.
“Existem pessoas que estão muito assustadas com a pandemia, em
um nível em que realmente não saem de casa e recebem, de uma forma
muito distante, outras pessoas e estímulos externos”, afirma Guilherme Po-
lanczyk, psiquiatra da infância e adolescência e professor do Departamento
de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. O professor explica que
as relações sociais são fundamentais para o desenvolvimento das crianças e
dos adolescentes. Nestes, a interação com os amigos, as experiências que
acontecem a partir dessas experiências, festas, viagens, namoros e conflitos
são muito importantes para o desenvolvimento da identidade dos jovens.
“Nesse período em que os adolescentes estiveram afastados uns dos outros
e essas experiências não ocorreram, houve perdas importantes em termos
de desenvolvimento, então eles saem da pandemia ou iniciam uma retoma-
da das atividades de uma forma gradual, na medida em que pandemia está
mais ou menos controlada, com perdas e com déficits”, afirma Polanczyk.
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“Ame a Palavra”
Covid-19, sai daqui!
A covid-19 é uma doença contagiosa e muito perigosa. Essa doença está no mundo
todo. Todos podem se prevenir usando máscara, lavando as mãos frequentemente
com água e sabão, evitando aglomerações e etc.
Os grupos de risco são:
Pessoas acima de 60 anos;
Com doenças cardiovasculares;
Com diabetes;
Com hipertensão;
Com imunidade baixa;
Com doenças crônicas;
Com insuficiência renal;
Com doenças respiratórias; e
Profissionais da área de saúde.
E a covid-19 é isso. Assim, podemos nos prevenir.
Covid-19, sai daqui!
(Redação escolar: Marcos José P. Costa. M., 9 anos - aluno 4º ano, Colégio Futuro/
SPA, RJ.)
Síndrome da gaiola
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Atalia: Uma rainha perversa!
Atalia, filha do rei Acabe e da rainha Je-
zabel, e neta de Onri (2º Reis 8:18;26), nasceu
num ambiente que negava completamente o
Deus único e verdadeiro. Casou-se com Jeorão,
o primogênito de Josafá, um rei justo e reto
quando o reino de Judá se aliou a Israel por
motivos políticos (2º Crônicas 22:5). Seguindo
o exemplo de sua mãe, Atalia promoveu o cul-
to a Baal e desviou tanto o povo de Judá quan-
to seu marido dos caminhos do Senhor (2º
Crônicas 21:6). Jeorão morreu prematuramente
aos 40 anos (2º Crônicas 21:18-20).
Quando Acazias, filho de Jeorão e de
Atalia, subiu ao trono, sua mãe continuou a e-
xercer influência perversa (2º Crônicas 22:3).
Depois da morte de seus filhos nas mãos dos filisteus e dos árabes, Atalia
assassinou os próprios netos, herdeiros legítimos da coroa (2º Crônicas
21:17), e reinou durante seis anos como ocupante ilegítima do trono real,
uma vez que não havia nascido na linhagem de Davi.
Judá jamais havia tido um governante que não fosse descendente de
Davi. Assim, quando os sacerdotes levitas que apoiavam o direito davídico
ao reinado organizaram e lideraram uma rebelião contra essa usurpadora do
Norte, o povo os seguiu prontamente (2º Reis 11:13-20). Atalia foi morta
com desonra (como os outros membros da família de Acabe) junto à porta
dos Cavalos. Sua perversidade é uma nódoa nas páginas da história de Israel
e serve de advertência severa sobre a influência crescente do mal no coração
de uma mulher que decide trilhar seu próprio caminho e rejeitar a Deus (2º
Crônicas 22:3,10; 24:7).
Conhecendo os profetas menores: Obadias
Quando Jerusalém foi destruída pela Babilô-
nia, a nação vizinha Edom, comemorou o fim de
Judá. Embora Judá e Edom tivessem antepassados
em comum (Edom descendia de Esaú, e Israel, de
seu irmão gêmeo, Jacó), Edom foi um constante
inimigo de Deus. Obadias traz uma mensagem de
juízo contra Edom. Deus não ignoraria os inimigos do seu povo, e a justiça seria
feita.
Edom era um constante espinho no lado de Judá. Os edomitas participa-
vam, frequentemente, de ataques iniciados por outros inimigos. A mensagem prin-
cipal no livro de Obadias é que Deus julgará Edom por seus maus atos contra o
povo de Deus. No Salmo 137:7 se encontra o incentivo de Edom para a Babilônia
destruir Jerusalém.
Os profetas contemporâneos foram Jeremias, Ezequiel e Daniel. Obadias
serviu como profeta para Judá possivelmente por volta de 586 a.C.
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Jesus e a família: Nosso Senhor Jesus Cristo valorizou a família. Veio ao mundo
através de uma família. Além de pais, teve irmãos e irmãs (Mateus 13:55-57).Teve
seu crescimento físico, social, intelectual e espiritual no seio da família (Lucas 2:52).
No seu ministério, não costumava a hospedar-se em hotéis, mas desfrutava da hos-
pitalidade de um lar, no meio de uma família
digna (Mateus 8:14; Lucas 10.38:42).
Em muitos milagres, demonstrou seu cuidado para com
a família (Mateus 8.14-15; Lucas 7.12-16). Seu primeiro
milagre foi realizado numa festa de casamento (João
2.12). Ensinou-nos a orar, chamando Deus de “Pai Nos-
so”(Mateus 6.9). Enfatizou o quarto mandamento, man-
dando honrar pai e mãe (Mateus 15.3-6; Marcos 7.10-13).
Teve um trato especial com as crianças, abençoando-as e
acolhendo-as de maneira exemplar (Marcos 10.13-16).
A família nas epístolas: De certa forma, a família no Novo Testamento não dife-
ria muito do modelo familiar do Antigo Testamento. Algumas influências fizeram-
se sentir pelo contato com os povos estranhos que dominaram a Palestina. Os ro-
manos contribuíram para que comportamentos libertinos tivessem lugar no meio
da sociedade em Israel. Quando escreve aos coríntios, o
apóstolo Paulo fala de práticas condenáveis entre judeus (1ª Coríntios 5:1). Nin-
guém combateu como Paulo a pretensa “família homoafetiva” (1ª Coríntios 6:10;
ler 1ª Timóteo 1:10).
A monogamia declarada: Se no Antigo Testamento a poligamia foi tolerada por
Deus, no Novo Testamento a monogamia é a regra doutrinária. Jesus em nenhum
momento avalizou outra forma de relacionamento conjugal que não fosse a mono-
gamia. Paulo, usado pelo Espírito Santo, doutrinou de forma clara e cristalina so-
bre esse tema. Escrevendo à Igreja de Corinto, formada por judeus e gentios con-
vertidos, deixou claro seu ensino a respeito das relações conjugais (1ª Coríntios 7:1-
2). Ele não disse: “cada um tenhas suas mulheres, ou cada uma tenha seus mari-
dos”; ou, pior ainda: “cada um tenha seu homem, ou cada uma tenha sua mulher”.
A preservação da família: O Novo Testamento declara o
valor da família de tal forma que prescreve a manutenção do
relacionamento conjugal entre um cristão e um infiel, nos
chamados casamentos mistos, a fim de resguardar a estabili-
dade da família. Mais uma vez, foi aos coríntios que ele mi-
nistrou precioso ensino acerca desse controvertido assunto,
dizendo que o marido crente não deve abandonar a esposa
não-crente por causa de sua conversão, e da mesma sorte, a mulher cristã, em rela-
ção ao marido infiel (1ª Coríntios 7:12-14). Note-se a preocupação com os filhos,
visando sua formação espiritual, em santidade, como decorrência da união de um
pai ou mãe crente, mesmo com um descrente. Se não fosse assim, quantas famílias
seriam desestruturadas, se um cristão abandonasse seu cônjuge por não ter aceitado
a Cristo. É a misericórdia de Deus em prática.
A família no Novo Testamento
Fontes de pesquisa: Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal, Livro “A família cristã e os ataques do inimigo” - Editora
CPAD, Bíblia de Estudo da Mulher - SBB, UOL notícias,