3. Dados Biográficos:
Nasceu em Lisboa, na freguesia dos Mártires, a 16 de Março de 1825;
Filho ilegítimo de Manuel Joaquim Botelho e Jacinta Maria (ou Jacinta Rosa);
Foi registado como filho de mãe incógnita, por esta ser de condição humilde e por exigência da
família;
Ficou órfão de mãe aos dois anos e de pai aos dez anos;
É enviado para junto de familiares, em Vila Real e, mais tarde, para Vilarinho da Samardã, onde
recebeu uma formação cívica e religiosa;
Aos 16 anos casou-se com Joaquina Pereira, com 15 anos, que abandona um ano depois, com uma
filha (que morrerá com cinco anos);
Abandona a família com quem vivia e vai para o Porto e depois Coimbra, onde ingressa no curso de
Medicina;
Em 1846 rapta a jovem órfã Patrícia Emília, de quem terá uma filha e é preso por isso, na Cadeia da
Relação do Porto;
4. Dados Biográficos:
Em 1847 fica viúvo de Joaquina Pereira;
A partir de 1848 fixa residência no Porto e dedica-se à Literatura;
Envolve-se, sucessivamente em escândalos amorosos, primeiro com a freira Isabel Cândida, depois
com uma humilde costureira e, posteriormente, com Maria Felicidade Brown;
Em 1850 conhece aquela que será a mulher fatal, Ana Plácido, por quem se apaixona e que casara
com o conselheiro brasileiro Pinheiro Alves;
Devido ao casamento de Ana Plácido com Pinheiro Alves, decide seguir a vida religiosa num
seminário do Porto;
Tempos depois, Ana Plácido e Camilo C. Branco fogem e vão viver para Lisboa;
São perseguidos pela Justiça e presos e acusados de adultério, o que os leva para a Cadeia de
Relação do Porto, que Camilo já conhecia; é neste período de encarceramento que escreverá Amor
de Perdição, Memórias de Uma família, no ano de 1861, inspirado nas suas próprias desventuras,
em episódios da vida do seu tio, Simão Botelho e na peça Romeu e Julieta, de William Shakespeare;
Após 348 dias de cativeiro, são absolvidos do crime de adultério por morte de Pinheiro Alves;
5. Dados Biográficos:
O casal muda-se para São Miguel de Ceide (Vila Nova de Famalicão), onde Camilo começará a
escrever para sobreviver. Ali viverão 27 anos;
A vida do escritor continua a ser marcada por vários episódios trágicos: dificuldades financeiras, a
loucura do seu filho Jorge, a cegueira que se começou a manifestar em 1867, devido a sífilis
contraída enquanto jovem e mal curada, além de outros desgostos;
Em 1890, no dia 1 de Junho, Camilo Castelo Branco suicida-se com um tiro de pistola.
6. Árvore Genealógica:
São as personagens que se
encontram mais “disponíveis” para
a ficção
7. Personagens
Históricas (adulteradas pela Inventadas (encarnam as
imaginação do escritor) características hereditárias
dominantes)
• O pai de Simão é de origem plebeia; • Baltasar, como assassino;
• Manuel foi o desertor encoberto pelo pai; • João da Cruz como matador;
• Teresa, Baltasar, João da Cruz e Mariana • Teresa, o amor levado ao extremo da paixão e
são produto da imaginação, são o suicídio;
inventadas. • Mariana, o suicídio (amor e violência).
8.
9. William Shakespeare (1564 – 1616)
• Foi um poeta e dramaturgo inglês, considerado o maior escritor do
idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo. É
considerado o poeta nacional da Inglaterra e é conhecido como o
“Bardo do Avon” ou simplesmente “O Bardo”. De suas obras restaram
até os dias de hoje 38 peças, 154 sonetos, dois longos poemas
narrativos e diversos outros poemas. Entre as suas obras mais
conhecidas estão Romeu e Julieta, que se tornou a história de amor
por excelência, e Hamlet, que possui uma das frases mais conhecidas
da língua inglesa: “To be or not to be: that's the question”.
Shakespeare produziu a maior parte de sua obra entre 1590 e 1613.
As suas primeiras peças eram principalmente comédias e obras
baseadas em eventos e personagens históricos. Em 1623, dois dos
seus antigos colegas de teatro publicaram o chamado First Folio, uma
coletânea das suas obras dramáticas que incluía todas as peças (com
a exceção de duas) reconhecidas atualmente como sendo da sua
autoria.
Os românticos aclamaram a genialidade de Shakespeare e os
vitorianos idolatraram-no como um herói, com uma reverência que
George Bernard Shaw chamava de “bardolatria”.