Grande volatilidade e valorização marcaram o mercado de café em abril. Estudos projetaram redução de 6,3 a 6,7 milhões de sacas na safra brasileira 2014/15, repercutindo positivamente nos preços. Fundos de investimento mantiveram-se comprados, sustentando as cotações do café arábica.
1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 06/05/2014
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Boletim Conjuntural do Mercado de Café - Abril de 2014
P1 / Ascom CNC
06/05/2014
Grande volatilidade e tendência de valorização marcaram o mercado de café no mês passado.
Silvia Pizzol
Em abril, começaram a ser divulgadas estimativas mais concretas do impacto do veranico sobre o
volume da safra brasileira 2014/15, as quais repercutiram positivamente sobre os preços do café.
Mereceu destaque, por seu embasamento científico, o estudo encomendado pelo Conselho Nacional
do Café (CNC) junto à Fundação Procafé, que projeta uma quebra de 6,3 milhões a 6,7 milhões de
sacas na temporada 2014/15, com a produção situando-se no intervalo de 40,09 milhões a 43,30
milhões de sacas. Para 2015/16, a Procafé projeta perdas mais acentuadas, com a expectativa inicial
de volume a ser colhido no intervalo entre 38,7 e 43,6 milhões de sacas.
Após o anúncio do estudo contratado pelo CNC, diversas tradings e consultorias internacionais
revisaram para baixo suas estimativas para a produção do Brasil neste ano, reforçando a percepção
dos investidores de aperto de oferta no mercado.
Além das consequências do veranico que predominou sobre as origens brasileiras no primeiro
bimestre do ano, mais para o final do mês a atenção dos investidores também se voltou para a maior
probabilidade de ocorrência do El Niño em 2014. Esse fenômeno climático aumenta as chances de
fortes chuvas durante o inverno brasileiro, com maior concentração na região Sul. O período é
coincidente com a colheita do café, gerando a preocupação de maiores perdas devido à redução da
qualidade e à queda dos grãos.
Diante desse cenário, os fundos de investimento mantiveram-se fortemente comprados, dando
sustentação às cotações do café arábica na Bolsa de Nova York. Em 22 de abril, a Commodity
Futures Trading Comission (CTFC) informou que esses grandes players mantinham, no mercado
futuro e de opções de café arábica da ICE Futures US, um saldo líquido comprado de 38.863 lotes.
Mas as incertezas geradas pelas condições climáticas resultaram em forte volatilidade nos preços do
café arábica em abril. Após atingir o valor mais baixo de fechamento diário de US$ 1,748 no início do
mês, o vencimento julho do Contrato C da ICE alcançou US$ 2,148 no encerramento da sessão de
24 de abril, a maior cotação para um segundo vencimento desde fevereiro de 2012. No acumulado do
mês, o vencimento julho ganhou 2.585 pontos e encerrou abril cotado a US$ 2,0585 por libra-peso. A
valorização mensal dos preços futuros atingiu 14,9%. A cotação média de abril foi de US$ 1,9938 por
libra-peso, valor 43,8% superior ao do mesmo período do ano passado.
Os estoques certificados de café da Bolsa de Nova York apresentaram redução de 13,7 mil sacas,
encerrando o mês em 2,57 milhões de sacas. Esse volume é 6% inferior ao registrado em abril de
2013, de 2,74 milhões de sacas.
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O mercado futuro do café robusta seguiu tendência similar ao da variedade arábica, com significativa
volatilidade e tendência de valorização dos preços. No acumulado de abril, as cotações do contrato
409 da Liffe, com vencimento em julho de 2014, apresentaram alta de US$ 84, encerrando o mês a
US$ 2.168 por tonelada. A valorização mensal dos preços futuros foi de 83%. A cotação média de
abril, de US$ 2.119/t, foi 3,6% superior à do mesmo período do ano passado.
A arbitragem entre as bolsas londrina e nova-iorquina apresentou tendência de alargamento. Esses
diferenciais, que eram de US$ 0,86 no início do mês, chegaram a atingir o valor máximo do ano de
US$ 1,17 nos últimos dias de abril.
Os estoques certificados monitorados pela Liffe, mesmo com pequena recuperação no final do mês,
mantiveram a tendência de redução, encerrando abril em 274 mil sacas, volume 87% menor do que o
apurado no mesmo período do ano anterior.
O maior exportador mundial da variedade robusta tem ofertado mais café na temporada 2013/14, em
relação ao período antecedente, a despeito dos preços mais baixos. Segundo informações do
Escritório Geral de Estatísticas do Vietnã, de outubro de 2013 a abril de 2014, foram exportadas
18,37 milhões de sacas de café, a um preço médio de US$ 1.941/t. No mesmo período da temporada
antecedente, o país asiático exportou 16,37 milhões de sacas, a um valor médio de US$ 2.163/t.
No mercado doméstico brasileiro, os preços do café arábica acumularam valorização, mas a elevada
volatilidade inibiu a realização de negócios. Já preços da variedade robusta não apresentaram
variação significativa. Os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
(Cepea) para as variedades arábica e conilon encerraram o mês com alta de 18% e 0,2%, cotados,
respectivamente, a R$ 470,59/sc e a R$ 257,05/sc no último dia de abril. Com a valorização mais
acentuada do arábica, o diferencial entre as variedades ampliou-se substancialmente, partindo de R$
67/sc no início do mês para valores superiores a R$ 200/sc na segunda quinzena de abril.
Pelo terceiro mês consecutivo, a cotação do dólar no Brasil sofreu desvalorização. Em abril, a queda
acumulada foi de 1,7%, com a moeda norte-americana encerrando o mês a R$ 2,23. O principal fator
que motivou essa tendência foi o fluxo cambial positivo. Maiores quedas foram impedidas pela tensa
situação internacional, com a crise na Ucrânia e a redução das intervenções do Banco Central do
Brasil no mercado de câmbio.
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Em relação à política cafeeira, merece destaque a publicação da Resolução BACEN nº 4.325, de 25
de abril de 2014, que distribui os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé)
aprovados para este ano, de acordo com o gráfico abaixo. No total, foram disponibilizados R$ 2,92
bilhões para as operações de custeio, estocagem, aquisição de café, mercados futuros e contratos de
opções e recuperação de cafezais danificados.
Para maio, o setor aguarda o anúncio oficial de disponibilização de recursos da ordem de
aproximadamente R$ 900 milhões para capital de giro das cooperativas e indústria de café, durante o
lançamento do Plano de Safra 2014/15. Com a concretização dessa linha de financiamento, o setor
contará com um volume de crédito de aproximadamente R$ 3,8 bilhões, ante os R$ 3,16 bilhões
aprovados para o orçamento do Funcafé de 2013.
Também em abril, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou a revisão do preço
mínimo do café conilon de R$ 156,57/sc para R$ 180,80/sc, representando aumento de 15,48%. O
CNC entende que essa elevação era necessária, haja vista que a cotação mínima estava congelada
desde 2009, quando havia sido reajustada de R$ 124,40 para R$ 156,57, e que os custos de
produção da variedade robusta também apresentaram crescimento, conforme análises da Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab).
A solicitação do café conilon foi atendida, no entanto, o Governo ainda precisa honrar seu
compromisso com a cafeicultura de arábica. Nas reuniões que o CNC coordenou junto aos
Ministérios vinculados ao setor, houve comprometimento na elevação dos preços mínimos de ambas
as variedades e na mesma proporção. Dessa maneira, seguiremos cobrando os governantes para
que a variedade arábica tenha seu preço reajustado, fazendo uma aproximação do valor com o custo
real de produção que se encontra defasado.
O atual preço mínimo do arábica é de R$ 307,00 por saca – reajustado no ano passado após
congelamento desde 2009, quando equivalia a R$ 261,69 –, bem abaixo dos gastos para se cultivar,
levando-se em conta que a tabela de custo médio apresentada à época do reajuste anterior era de
R$ 343,00. Como não houve cumprimento por parte dos Ministérios envolvidos com a correção de
preços no arábica, os produtores têm convivido com um endividamento crônico, razão pela qual o
CNC continuará trabalhando para que este pleito seja atendido.
É de bom alvitre que o Conselho Nacional do Café e a Comissão Nacional do Café da CNA
continuam trabalhando exaustivamente junto ao Governo Federal para sensibilizar as autoridades
competentes sobre o efeito nefasto do veranico ocorrido no cinturão produtor de café.
Material elaborado pela assessoria técnica do Conselho Nacional do Café (CNC).
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Brasil representa 39% da exportação mundial de café arábica em março, diz OIC
P1 / Ascom CNC
06/05/2014
Paulo A. C. Kawasaki
Segundo dados preliminares do informe estatístico mensal da
Organização Internacional do Café (OIC), as exportações mundiais da
variedade arábica totalizaram 5.897.477 sacas de 60 kg em março de
2014, implicando alta de 7,48% na comparação com as 5.486.808 sacas
registradas no mesmo mês de 2013, e de 7,64% frente às 5.478.670 sacas de fevereiro deste ano.
Respondendo por 39,36% do total, o Brasil permanece na liderança das exportações mundiais de
café arábica, tendo remetido 2.321.051 sacas ao exterior em março. Esse montante representou
crescimento de 5,33% sobre o embarcado no terceiro mês de 2013 (2.203.626 sacas), porém recuo
de 2,14% ante fevereiro deste ano. Veja, abaixo, tabela com as exportações mundiais da variedade
ao longo dos últimos seis meses.
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OIC: Vietnã responde por 72% da exportação mundial de café robusta em março
P1 / Ascom CNC
06/05/2014
Paulo A. C. Kawasaki
O Vietnã segue como líder das exportações mundiais de café
robusta, com seus embarques apresentando avanço de 29,62% em
março deste ano frente ao mesmo mês de 2013 (2.082.963 sacas de
60 kg). No terceiro mês de 2014, os vietnamitas responderam por
72,17% das exportações globais de conilon, tendo comercializado 2,7 milhões de sacas com o
exterior. Os dados, preliminares, são do relatório estatístico da Organização Internacional do Café
(OIC).
De acordo com a entidade, o total embarcado por todos os países produtores, em março passado,
foi de 3.741.273 sacas de robusta, montante 1,43% superior ao registrado no terceiro mês de 2013,
quando a exportação mundial da variedade somou 3.688.554 sacas, e 25,46% maior do que as
2.982.090 sacas de fevereiro deste ano.
O Brasil figurou como quinto colocado no ranking mundial, em março. No mês retrasado, o País
remeteu 136.345 sacas de conilon ao exterior, volume que implicou alta de 126,10% em relação a
março de 2013 (60.303 sacas) e representou 3,64% do total. Confira, na sequência, tabela com os
principais exportadores de robusta nos últimos seis meses.
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Cepea: diferencial de preço entre café arábica e robusta aumenta em abril
Agência Estado
06/05/2014
Análise do mercado cafeeiro elaborada pela Equipe Café CEPEA/ESALQ.
Equipe: Dra. Margarete Boteon, Caroline Lorenzi, Ana Carolina Racioni, Fernanda
Geraldini e Mayra Viana.
A variação entre as cotações do café arábica e robusta tem aumentado em 2014,
atingindo, em abril, R$ 192,68/saca de 60 kg na comparação entre os tipos 6, o
maior patamar mensal desde janeiro/12. Em relação ao robusta tipo 7/8, a diferença foi de R$
201,65/sc. O afastamento nos preços está atrelado à valorização expressiva do arábica, enquanto o
robusta recuou no último mês. Este cenário tende a favorecer a demanda pelo robusta por parte das
torrefadoras nacionais. Por enquanto, porém, essa substituição tem sido pontual.
De acordo com agentes do setor, os menores preços do robusta podem ampliar o percentual desta
variedade nos blends. No entanto, o ajuste é feito com cautela, visto que a quantidade atual de
robusta na composição do café em pó brasileiro já é elevada. Diante disso, ainda não houve
aumento da procura pela variedade mais barata, visto que boa parte das torrefadoras nacionais está
relativamente abastecida. Além disso, os negócios antecipados do robusta estão sendo entregues.
Em abril, houve forte valorização do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures) em razão da
estiagem que castigou as lavouras das principais regiões produtoras de café no Brasil no início
deste ano e reduziu a produção nacional. Já as lavouras de robusta, que se concentram
principalmente na região do Espírito Santo, não sofreram tanto com a falta hídrica. As altas
externas, por sua vez, elevaram o preço doméstico do arábica.
Já os valores internacionais de robusta na Bolsa de Londres (Euronext Liffe) registraram pequeno
avanço no período, mas os preços internos da variedade recuaram. O mercado esteve bastante
volátil, o que dificultou o avanço dos preços, mesmo com as altas observadas no período. Na Bolsa
de Londres, o contrato com vencimento em julho fechou a US$ 2.168,00/tonelada no dia 30 de abril,
alta de 3,53% frente ao dia 31 de março.
Em abril, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São
Paulo, teve média de R$ 449,45/saca de 60 kg, avanço de 2,72% em relação a março. Quanto ao
robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima teve média de R$ 256,77/saca de
60 kg em abril, queda de 2,52% em relação ao mês anterior. O tipo 7/8 bica corrida teve média de
R$ 247,80/sc de 60 kg, baixa de 2,96% na mesma comparação – ambos a retirar no Espírito Santo.
Quanto ao mercado de arábica nos últimos sete dias, houve avanços nos preços externo e
doméstico. No entanto, os negócios envolvendo a variedade ainda estiveram desaquecidos, com
poucos vendedores ativos. O feriado do Dia do Trabalho limitou as negociações.
Nessa segunda-feira, 5, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor,
posto em São Paulo, fechou a R$ 469,72/saca de 60 kg, queda de 4,59% em relação à segunda
anterior, 28 de abril.
Na Bolsa de Nova York, o contrato de arábica com vencimento em julho, o mais líquido, fechou na
segunda-feira, 5, a 205,25 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 3,82% em relação à segunda
anterior. Já a moeda norte-americana fechou a R$ 2,247 na segunda, aumento de 0,22% no mesmo
período.
No mercado de robusta, as cotações da variedade registraram pequeno avanço na semana. Os
feriados de Nossa Senhora da Penha, na segunda-feira, 28, em Vitória (ES), e do Dia do Trabalho
na quinta, limitaram os negócios. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a
R$ 256,17/saca de 60 kg na segunda-feira, 5, recuo de 1,62% em relação à segunda anterior, 28 de
abril. O tipo 7/8 bica corrida finalizou a R$ 248,03/sc, baixa de 2,44% no mesmo período – ambos a
retirar no Espírito Santo.
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Consórcio Pesquisa Café promove dia de campo de tecnologias de pós-colheita em MG
Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
06/05/2014
Flávia Bessa
A colheita e pós-colheita do café são as atividades que mais
contribuem para a qualidade final do produto. Conscientes disso,
instituições participantes do Consórcio Pesquisa Café,
coordenado pela Embrapa Café, estão unindo esforços para
incentivar a adoção de práticas culturais inovadoras e eficientes
por meio de treinamentos especializados a técnicos,
extensionistas e produtores (agentes multiplicadores). As ações estão em consonância com as
normas técnicas específicas para a Produção Integrada do Café, publicadas na Instrução Normativa
(IN) nº 49, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa.
Como parte dessa iniciativa, será realizado no próximo dia 7, quarta-feira, em Lajinha-MG, dia de
campo cujo tema será tecnologias de processamento e secagem para produção de café de
qualidade. O objetivo é a transferência de tecnologias de pós-colheita recomendadas pelo
Consórcio Pesquisa Café. O evento é uma realização da Cooperativa dos Cafeicultores da Região
de Lajinha – COOCAFÉ e das instituições participantes do Consórcio Pesquisa Café: Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais – Emater-MG, Empresa de
Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig, Universidade Federal de Viçosa – UFV e
Embrapa Café. Os interessados em se inscrever devem manter contato pelo e-mail
cintia@coocafe.com.br ou pelo telefone (33) 8408-1701, falar com Cintia Matos.
Para o professor Juarez Sousa e Silva, que desenvolve pesquisas na UFV, a expectativa é de que
entre 150 e 200 pessoas participem do evento para receber informações sobre o terreiro secador, o
silo secador híbrido, a abanadora, o lavador de café e ainda sobre o reuso da água do
processamento do café. “Nossa expectativa é que essas tecnologias alcancem o maior número de
pessoas e que cada uma delas possa nos ajudar a replicá-las continuamente, angariando sempre
novos parceiros dessas ações”.
Da parte da Emater-MG, a expectativa é de que o curso melhore a qualidade do café, agregando
valor ao produto e à cafeicultura local. “São tecnologias simples, já bastante difundidas na região,
de fácil acesso e baixo custo de implantação que, ao contribuir para a melhoria da qualidade vai
propiciar também a obtenção de preços diferenciados. Queremos que mais cafeicultores conheçam
esses recursos tecnológicos e os utilizem em suas propriedades para a sustentabilidade de sua
produção”, diz o coordenador técnico regional da Emater-MG, Paulo Roberto Correa.
Programação, participantes e local - A programação faz parte de atividades previstas nos projetos
“Transferência de tecnologias para a melhoria da qualidade do café produzido pela agricultura
familiar”, que tem recursos da Embrapa, e "Capacitação em pós-colheita de café como prática de
sustentabilidade", que tem apoio financeiro do Consórcio Pesquisa Café.
Haverá quatro estações (unidades demonstrativas) com temas diferentes a serem demonstrados:
colheita, processamento e secagem do café e construção de terreiro e silo secador. Em cada
estação haverá um pesquisador e um técnico para conduzir os ensinamentos. Entre eles, o
professor Juarez de Sousa e Silva e os pesquisadores Sammy Fernandes Soares (Embrapa Café) e
Sérgio Donzeles (Epamig).
Além da presença de pesquisadores das instituições envolvidas e de técnicos da COOCAFÉ e da
Emater-MG, o evento contará, também, com a presença de cafeicultores, microempresários da área
de construção de equipamentos, pedreiros e eletricistas. O dia de campo será realizado na
propriedade do senhor Agostinho Bernardes, próximo ao Córrego do Carvalho.
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Produtores atrasam colheitas de café por causa da estiagem
Jovem Pan
06/05/2014
Por Jovem Pan
A estiagem obriga agricultores a atrasarem a colheita do café, que encerrou abril com alta de 14,4%
no mercado internacional. As perdas nas lavouras, principalmente em Minas Gerais, diminuíram a
oferta e fizeram com que o valor da saca de 60 quilos alcançasse R$ 467.
O ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira afirmou que o problema é agravado devido à
deficiência de logística. Em entrevista ao repórter Daniel Lian, Cesário Ramalho disse que a
produção anual será reduzida, mas aguarda recuperação na próxima safra.
No primeiro trimestre do ano, houve queda de 13,7% na exportação do café. O professor da Fipe,
Heron do Carmo, explicou que o produto não tem impacto expressivo sobre a inflação.
No total, as estimativas de produção de café para 2014/2015 da safra do Brasil variam entre 40
milhões e 51 milhões de sacas.
Na safra anterior, o governo apontou 49 milhões de sacas, embora estimativas do mercado
variassem entre 53 e 60 milhões.
Café: colheita da safra 2014 chega a 8% no Paraná, aponta Deral
Agência Safras
06/05/2014
Fábio Rübenich
Conforme relatório semanal de acompanhamento das culturas do Departamento de Economia Rural
(Deral), o índice de área colhida da safra 2014 de café atinge oito por cento até o dia 06 de maio,
com avanço de três pontos percentuais em relação à última atualização, de 28 de abril.
O Deral indica que serão colhidas apenas 32.563 toneladas em 2014 (543 mil sacas de 60 quilos),
com queda de 67 por cento em comparação à safra anterior, em uma área de 34.335 hectares
(recuo de 47 por cento). A produtividade dos cafezais também será menor, com previsão de 948
quilos de café por hectare cultivado, 38 por cento a menos que em 2013 (1.531 quilos por hectare).
As condições são consideradas boas para apenas 43 por cento das lavouras de café do Paraná. O
estado é classificado como médio para 42 por cento delas, e as demais 15 por cento são
consideradas como ruins. Já há um índice de 48 por cento de frutos em maturação, prontos para a
colheita, enquanto 52 por cento ainda está em frutificação.
As geadas do ano passado e ainda a estiagem do último verão reduziram a produtividade dos
cafezais paranaenses, também com muitas lavouras sendo podadas e erradicadas.
O Deral acompanha também a comercialização da safra 2014 de café. O índice de produção já
comercializada alcança três por cento até 06 de maio.
Dia 8 de maio tem colheita no cafezal do Instituto Biológico, em São Paulo
Tempo de Comunicação
06/05/2014
Pelo 9º ano consecutivo, a cidade de São Paulo viverá uma manhã diferente e atípica da sua rotina
de grande metrópole. Na próxima quinta-feira, dia 8 de maio, a partir das 9 horas, será realizado no
cafezal do Instituto Biológico (IB) o já tradicional evento “Sabor da Colheita”, que simbolicamente
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marca o início da atividade em todas as lavouras do Estado de São Paulo. Localizado no bairro da
Vila Mariana, atrás do antigo prédio do Detran e próximo ao Parque do Ibirapuera, este é o maior
cafezal urbano paulista.
O ‘Sabor da Colheita’ tem como objetivo trazer para a metrópole um pouco do dia a dia das
fazendas no interior, incluindo um café da manhã com inúmeras iguarias típicas, como milho cozido,
doce de abóbora, canjiquinha e bolo de fubá.
Aberto ao público, o evento reunirá baristas, donos de cafeterias, produtores, torrefadores,
representantes de cooperativas e do varejo e o demais apaixonados por café, que poderão colher
os grãos no cafezal do Instituto Biológico. Para isso, os participantes vão utilizar todo o aparato
necessário, como chapéu, peneiras e balaios, e sob a orientação de especialistas, farão a colheita
seletiva, retirando com as mãos apenas os grãos bem maduros, vivenciando uma experiência única
do trabalho que há décadas movimenta a economia paulista. Os frutos recolhidos pelos
participantes serão transformados numa Edição Especial, que será doada para o Fundo Social de
Solidariedade do Estado de São Paulo.
Outras atividades paralelas também estão programadas, como a apresentação de dupla formada
por sanfoneiro e violeiro, exposição de fotos “Café no Cotidiano”, degustação de cafés e mostra de
bio joias de café.
Realizado desde 2006, o ‘Sabor da Colheita’ é uma iniciativa da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo, através da Coordenadoria de Desenvolvimento do
Agronegócio (CODEAGRO), Câmara Setorial de Café e IB-APTA, e conta com o apoio do Sindicato
da Indústria do Café do Estado de São Paulo (SINDICAFÉ), da Associação Brasileira da Indústria
do Café (ABIC), do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro, Pequena e Média Empresa (SEBRAE-SP) e
das cooperativas de café do Estado.
O “Sabor da Colheita”, além de ser um momento de congraçamento entre todos os profissionais do
agronegócio café, também tem cunho educativo, e tem como objetivo divulgar a história do café e o
processo de produção da lavoura à xícara. É uma iniciativa que também pretende resgatar a
importância deste cafezal, que tem uma ‘irmandade’ com o vinhedo de Montmartre, igualmente
localizado no centro de uma grande metrópole: Paris. Assim como em São Paulo é promovido, no
Instituto Biológico, o evento para comemorar simbolicamente a colheita de café no Estado, a
confraria Commanderie de Clos de Montmartre comemora, em Paris, a colheita de uvas na França.
Cafezal Urbano – Ocupando uma área de 10 mil m², com 1.600 pés de café arábica das variedades
Novo Mundo e Catuaí, o cafezal foi formado a partir da década de 1920 e inicialmente tinha como
função servir de material de pesquisa para seus técnicos estudarem uma praga, conhecida como
‘broca-do-café’, que começou a atingir as plantações paulistas, provocando destruição dos grãos e
a queda da produção nas fazendas. Essa crise, que abalou o comércio cafeeiro, resultou na criação
do Instituto Biológico.
Atualmente, a maior finalidade do cafezal é didática, histórica e cultural, destinando-se à população
que quer conhecer sua história e outras particularidades como os princípios de uma boa plantação,
análise do solo, adubação, como o grão de café é beneficiado, etc. O local é ainda uma importante
opção de turismo dentro da cidade, atraindo não só brasileiros, mas muitos estrangeiros que
quando vêm ao Brasil querem conhecer uma planta de café.
Terceiro maior Estado produtor de café, São Paulo poderá colher, segundo estimativas do Instituto
de Economia Agrícola, 4,15 milhões de sacas de café beneficiado na safra 2014/15. Embora a
lavoura tenha perdido parte de sua vitalidade em terras paulistas, o coração desse agronegócio
ainda pertence aos paulistas, uma vez que, pelo Porto de Santos, movimentam-se quase 80% de
todos os embarques do produto e sua população residente responda por cerca de 40% do consumo
nacional de café.