1. Cerrado (MG)
GRÁFICOS
Evolução do Indicador do CAFÉ ARÁBICA CEPEA/ESALQ
Noroeste do Paraná
Paulista
7,33
7,18
Sul de Minas
19,16
15,51
7,34
Mogiana (SP)
ANÁLISE CONJUNTURAL
ANÁLISE CEPEA - ARÁBICA
SÉRIES ESTATÍSTICAS
Diferenciais de Preços (Indicador e praças)
Indicador
Média mensal à vista
R$ 438,33
Região
Indicador do CAFÉ ARÁBICA CEPEA/ESALQ (em dólar)
x
Ajustes do mês corrente x primeiro vencimento na BMF&Bovespa
* tipo 6, bebida dura para melhor
**Indicador inclui frete; preços regionais são valores a retirar
Fonte: Cepea - Esalq/USP
Nota: Diferencial = Indicador – Região
Fonte: Cepea-Esalq/USP
Bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor, à vista, valor
descontado o prazo de pagamento pela NPR, posto na cidade de São
Paulo - valores nominais
Fontes: Cepea-Esalq/USP e BM&FBovespa
* Bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor, à vista, prazo de pagamento
Fevereiro/2018
R$/scde60kgUS$/scde60kg
As cotações de arábica seguiram em queda em fevereiro. Além da
expectativa de uma boa safra 2018/19, os preços internos também
foram pressionados pelos futuros da variedade e pelo câmbio. No
mês passado, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica foi de
R$ 438,32/saca de 60 kg, 1,8% inferior à de janeiro. Em relação a
fevereiro de 2017, o recuo chega a 13,83%. Vale mencionar que,
com as desvalorizações externas e do dólar, os preços domésticos
do arábica caíram com força em meados do mês: no dia 20, o
Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para
melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 433,39/saca de 60
kg, o menor patamar real desde fevereiro de 2014 (os valores
foram deflacionados pelo IGP-DI de jan/18). Nesse cenário,
produtores seguiram retraídos, esperando melhores preços para
retornar ao mercado. Já do lado comprador, muitos exportadores
aguardam o início da nova temporada (2018/19) para adquirir
grãos mais novos. Além disso, o mês mais curto e o recesso de
Carnaval também contribuíram para a retração de agentes,
dificultando os negócios. A média de todos os contratos na Bolsa
de Nova York (ICE Futures) em fevereiro foi de 122,44 centavos de
dólar por libra-peso, queda de 3,07% em relação à de janeiro. O
dólar, por sua vez, teve média de R$ 3,246, avanço de 1,1% na
mesma comparação.
O clima seguiu favorável na maior parte das regiões produtoras de
arábica em fevereiro, auxiliando no desenvolvimento dos cafezais e
na maturação dos grãos. Choveu durante quase todo o mês, mas
os maiores volumes foram registrados no final do período. No
Cerrado Mineiro, colaboradores indicam que as chuvas foram
satisfatórias, sendo que, na estação de Patrocínio, o acumulado
chegou a 241,4 mm. No Sul de Minas (Varginha), choveu 166,2 mm
no mês, enquanto no Noroeste do Paraná (Londrina), choveu 116,6
mm em fevereiro. Nas regiões paulistas, os acumulados variaram:
enquanto na estação de Bauru (Garça), o acumulado foi de 79,8
mm, na estação de Franca (Mogiana), o total foi de 245,8 mm. Já
em Manhuaçu (Zona da Mata Mineira), as precipitações somaram
apenas 27 mm no mês, porém, colaboradores indicam que, até o
momento, esse cenário não prejudicou o desenvolvimento das
lavouras de café arábica, cujo ritmo é considerado bom – em
grande parte das regiões, a maturação está adiantada, segundo
colaboradores do Cepea. Há informações de que, em alguns locais,
a colheita da variedade pode ser iniciada ainda em maio,
antecipando a oferta de cafés da nova temporada 2018/19,
principalmente na Zona da Mata e nas regiões paulistas de Garça e
Mogiana. Já no Cerrado mineiro, enquanto alguns agentes também
apostam no adiantamento da colheita, outros acreditam que as
atividades devem ser iniciadas efetivamente apenas em junho. No
Sul de Minas e no Noroeste do Paraná, colaboradores do Cepea
indicam que a colheita de arábica deve começar apenas em junho,
período normal para a região. Também vale lembrar que o regime
de chuvas nos próximos meses vai influenciar o calendário de
colheita.
390
410
430
450
470
490
510
530
550
570
j f m a m j j a s o n d
2015 2016 2017 2018
132
142
152
162
01/02/2018
02/02/2018
03/02/2018
04/02/2018
05/02/2018
06/02/2018
07/02/2018
08/02/2018
09/02/2018
10/02/2018
11/02/2018
12/02/2018
13/02/2018
14/02/2018
15/02/2018
16/02/2018
17/02/2018
18/02/2018
19/02/2018
20/02/2018
21/02/2018
22/02/2018
23/02/2018
24/02/2018
25/02/2018
26/02/2018
27/02/2018
28/02/2018
Indicador US$
Ajustes de fevereiro para o vencimento Maio/18
2. Mês
(2016 e 2017)
Robusta 6 Arábica 6
Diferença
(Ara-Rob)*
Robusta 7/8
jan/17 495,19 514,23 19,04 485,44
fev/17 449,93 508,65 58,72 440,89
mar/17 444,97 485,91 40,94 436,45
abr/17 411,31 467,63 56,32 400,76
mai/17 408,81 455,69 46,88 398,73
jun/17 414,96 445,85 30,89 405,53
jul/17 411,84 451,9 40,06 403,28
ago/17 410,77 458,76 47,99 403,18
set/17 400,5 453,46 52,96 392,79
out/17 382,43 445,95 52,96 373,88
nov/17 365,36 452,87 87,51 358,31
dez/17 362,3 447,36 85,06 353,92
jan/18 331,57 446,42 114,85 323,40
fev/18 319,12 438,32 119,20 311,03
GRÁFICO
Evolução do Indicador do CAFÉ ROBUSTA CEPEA/ESALQ
SÉRIE ESTATÍSTICA
Médias nominais do Arábica x Robusta R$/sc de 60 kg
ANÁLISE CONJUNTURAL
ANÁLISE CEPEA - ROBUSTA
* Diferencial de preços, em R$/saca, entre o arábica tipo 6 (duro
para melhor) e o robusta tipo 6 no Espírito Santo (todos os
valores são à vista)
Fonte: Cepea-Esalq /USP
Fonte: Cepea-Esalq/USP
Tipo 6, peneira 13 acima, com 86 defeitos, à vista, valor
descontado o prazo de pagamento pela taxa da NPR, a retirar
na origem (ES) - valores nominais
R$/scde60kg
Os preços do café robusta caíram no mercado interno
em fevereiro, pressionados pelas cotações externas da
variedade e por um leve aumento da oferta. Alguns
produtores têm ofertado um volume maior de grãos no
mercado, devido à necessidade de caixa, principalmente
para adubação. Entretanto, ainda tem sido difícil o
fechamento de negócios mais volumosos, por conta das
diferenças entre os preços pedidos e ofertados. Além
disso, as indústrias de torrefação nacionais, maiores
compradores da variedade, seguem distantes do
mercado, dificultando as negociações. O Indicador
CEPEA/ESALQ do robusta peneira 13 acima registrou
média de R$ 319,12/saca de 60 kg em fevereiro, forte
queda de 3,7% frente à média de janeiro. Para o tipo 7/8
bica corrida, o recuo foi de 3,7% na mesma comparação,
para a média de R$ 311,03/sc. O contrato Março/18 do
robusta negociado na Bolsa de Londres (ICE Futures
Europe) fechou a US$ 1770,0/tonelada em 28 de
fevereiro, alta de 0,4% em comparação com o dia 31 de
janeiro.
As chuvas ao longo de fevereiro aliviaram produtores de
robusta, em especial no Espírito Santo, onde o clima
firme e quente em janeiro já preocupava parte dos
agentes – as lavouras capixabas de robusta estão em
fase de enchimento de grão e longos períodos de
escassez hídrica poderiam prejudicar o desenvolvimento
da safra 2018/19. No acumulado do mês, a estação de
Linhares (ES) registrou 145,8 mm de chuva, segundo o
Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), enquanto
nas estações de São Mateus e Marilândia (ES), os
acumulados no período foram, respectivamente, de
190,2 mm e de 191,6 mm. Apesar desse cenário
possibilitar a recuperação dos cafezais e auxiliar o
enchimento dos grãos (devendo elevar a produtividade),
as chuvas mais constantes podem prolongar o período
de enchimento dos grãos no Espírito Santo e,
consequentemente, atrasar a maturação. Com isso, uma
parcela dos produtores deve iniciar a colheita em
meados de maio, com a intensificação apenas em junho,
diferente de anos anteriores, quando a safra já
começava na segunda quinzena de abril. Vale lembrar
que a maturação ainda pode ser acelerada, caso as
temperaturas permaneçam altas e o clima mais seco
daqui para frente. Além disso, produtores podem
preferir colher grãos parcialmente verdes, concentrando
as atividades em maio. Já em Rondônia, colaboradores
acreditam que a colheita de café robusta deve ser
iniciada no final de março – assim como em safras
anteriores –, com a entrada de um maior volume de
grãos em abril. Porém, a maturação também pode ser
atrasada no estado, caso as chuvas sejam intensas nas
próximas semanas.
250
300
350
400
450
500
550
j f m a m j j a s o n d
2015 2016 2017 2018