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A escolarização no universo literário:
acomodações e transformações.
Maria Lucilena Gonzaga Costa Tavares
marialucilena@yahoo.com.br
marialucilena@hotmail.com
Por que a literatura deixou de ser a forma mais difundida
de explicação do mundo, do homem, bem como da
transmissão de valores?
Problematizando...
A leitura tornou-se, depois de três séculos, um gesto do
olho. Ela não é mais acompanhada, como antes, pelo
rumor de uma articulação vocal, nem pelo movimento de
manducação muscular. Ler sem pronunciar em voz alta ou à
meia-voz é uma experiência “moderna”, desconhecida
durante milênios. Antigamente, o leitor interiorizava o
texto; ele fazia de sua voz o corpo do outro; ele era, ao
mesmo tempo, autor. Hoje o texto não impõe o seu ritmo
ao indivíduo, ele não se manifesta mais pela voz do leitor.
Essa suspensão do emprego do corpo, condição de sua
autonomia, equivale a um distanciamento do texto. Ela é o
habeas-corpus do leitor. (Michel de Certeau)
José de Alencar (Como e Porque sou Romancista)
Era eu quem lia para minha boa mãe não somente as cartas e os jornais, como
os volumes de uma diminuta livraria romântica formada ao gosto do
tempo(...). Lia-se até a hora do chá, e tópicos havia tão interessantes que eu
era obrigado à repetição.
Relação professor x aluno...
Vínculo adequado entre professor e aluno, como
condição para ensinar algo tão ligado às experiências
pessoais quanto a literatura.
O Ensino literário visto como realidade
• Interação professor x aluno;
• Formação do professor;
• Preferência do aluno;
• Motivação e escolha da obra;
• Texto de Prazer x Texto de Fruição;
• Estudar a literariedade da obra;
• Nível de expectativa x Nível de realização;
• Satisfação professor x aluno x obra literária.
Segundo Regina Zilberman
Para a leitura ser um hábito estável e regular entre pessoas ou grupos de
menor poder aquisitivo, é preciso que exista uma literatura popular
(existia no passado, primeiramente de modo oral depois escrito)
Para Nelly Novaes Coelho
Os textos devem atender ao interesse do aluno (ou devemos criar
condições para que esse interesse seja despertado); a leitura deve
obedecer a um objetivo que, afinal, a transcenda e ilumine a problemática
visada como motivação. (Por exemplo, problemática a ser posta, como
motivação de um romance romântico: Como eram as relações
homem/mulher na sociedade do século XIX? o amor, como era encarado
pelos jovens? e pelos os adultos? quais eram as relações entre pais e
filhos? quais as semelhanças com os dias de hoje? e as diferenças? etc.
São inumeráveis as questões a serem colocadas. Ou então, o tipo de
heroísmo... Ou ainda o confronto das maneiras de falar, a linguagem
tradicional ou contemporânea, etc.) Quanto ao critério para a seleção das
obras, está também ligado à determinação da tal problemática ou
motivação. Bem trabalhado, o livro pode ser de autor antigo ou moderno,
não importa... a leitura atingirá o objetivo visado.
Os Benefícios da Literatura...
Democratiza o Saber;
Dessacraliza Tabus;
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A escolarização no universo literário

  • 1. A escolarização no universo literário: acomodações e transformações. Maria Lucilena Gonzaga Costa Tavares marialucilena@yahoo.com.br marialucilena@hotmail.com
  • 2. Por que a literatura deixou de ser a forma mais difundida de explicação do mundo, do homem, bem como da transmissão de valores? Problematizando...
  • 3. A leitura tornou-se, depois de três séculos, um gesto do olho. Ela não é mais acompanhada, como antes, pelo rumor de uma articulação vocal, nem pelo movimento de manducação muscular. Ler sem pronunciar em voz alta ou à meia-voz é uma experiência “moderna”, desconhecida durante milênios. Antigamente, o leitor interiorizava o texto; ele fazia de sua voz o corpo do outro; ele era, ao mesmo tempo, autor. Hoje o texto não impõe o seu ritmo ao indivíduo, ele não se manifesta mais pela voz do leitor. Essa suspensão do emprego do corpo, condição de sua autonomia, equivale a um distanciamento do texto. Ela é o habeas-corpus do leitor. (Michel de Certeau)
  • 4. José de Alencar (Como e Porque sou Romancista) Era eu quem lia para minha boa mãe não somente as cartas e os jornais, como os volumes de uma diminuta livraria romântica formada ao gosto do tempo(...). Lia-se até a hora do chá, e tópicos havia tão interessantes que eu era obrigado à repetição.
  • 5. Relação professor x aluno... Vínculo adequado entre professor e aluno, como condição para ensinar algo tão ligado às experiências pessoais quanto a literatura.
  • 6. O Ensino literário visto como realidade • Interação professor x aluno; • Formação do professor; • Preferência do aluno; • Motivação e escolha da obra; • Texto de Prazer x Texto de Fruição; • Estudar a literariedade da obra; • Nível de expectativa x Nível de realização; • Satisfação professor x aluno x obra literária.
  • 7. Segundo Regina Zilberman Para a leitura ser um hábito estável e regular entre pessoas ou grupos de menor poder aquisitivo, é preciso que exista uma literatura popular (existia no passado, primeiramente de modo oral depois escrito)
  • 8. Para Nelly Novaes Coelho Os textos devem atender ao interesse do aluno (ou devemos criar condições para que esse interesse seja despertado); a leitura deve obedecer a um objetivo que, afinal, a transcenda e ilumine a problemática visada como motivação. (Por exemplo, problemática a ser posta, como motivação de um romance romântico: Como eram as relações homem/mulher na sociedade do século XIX? o amor, como era encarado pelos jovens? e pelos os adultos? quais eram as relações entre pais e filhos? quais as semelhanças com os dias de hoje? e as diferenças? etc. São inumeráveis as questões a serem colocadas. Ou então, o tipo de heroísmo... Ou ainda o confronto das maneiras de falar, a linguagem tradicional ou contemporânea, etc.) Quanto ao critério para a seleção das obras, está também ligado à determinação da tal problemática ou motivação. Bem trabalhado, o livro pode ser de autor antigo ou moderno, não importa... a leitura atingirá o objetivo visado.
  • 9. Os Benefícios da Literatura... Democratiza o Saber; Dessacraliza Tabus; Desmistifica Valores.