O documento descreve a jornada de uma professora em se tornar educadora ao longo de décadas. Ela começou lecionando em uma escola pública em 1987, onde enfrentou desafios como alunos com dificuldades de aprendizagem e falta de recursos. Ao longo do tempo, passou a enfatizar a escrita, debates e a valorização dos estudantes como forma de superar os problemas. Sua abordagem enfrentou resistência inicial, mas acabou gerando bons resultados entre os alunos.
1. Como nos tornamos professores Essa é uma história que eu conheço apenas o começo, assim dizia Kasper Hauser ao tentar elaborar uma narrativa.E ele mesmo justificava que para continuar era preciso conhecer mais.Assim, ao tecer uma história, ele se enredava, tecendo a história, tecia a si mesmo.
2. O Princípio...o sonho... “A certeza na frente a história na mão” Um medo: Será que dou conta? A eterna pergunta que me persegue ...que provoca sempre o eterno retorno.
3. 1987 Duas escolas – mesma cidade – Realidades diferentes Escola da Comunidade São Benedito O susto veio na forma de conselho: O conselho ( professora de história) diante de meu entusiasmo: “ Não se preocupe esses alunos daqui não aprendem nada...não vale a pena”
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5. “ É preciso estar atento e forte...” Olhando para os estudantes: Quem eram? Quem são? Movimentos sociais: Jornal do Bairro: O Estopim Associação de Bairro dirigida por mulheres Padres Franciscanos Xaverianos Comunidade Kolpping Invasão das Terras da Caixa Econômica
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7. A 2a. Escola – Estudantes de classe média – Bairro Padre Eustáquio. O Susto – o poder Primeiro dia de aula A sala e eu Paulo Leminski
8. Atrás da Porta... Alunos que vigiavam o professor fazendo relatórios Textos censurados pela supervisão Livros questionados pelos pais Um manual didático....horroroso Um estudante desprezado pelas matérias exatas, Um grande comentário: “Então o que nos dizem na televisão sobre a reforma agrária é mentira?”
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12. Democracia que não se confunde com democratite. Da Escuta verdadeira que provoca busca de respostas,e principalmente da ideia de que o estudante é um indivíduo e um sujeito surgiram os trabalhos.Além disso, o estudo, como busca desesperada, das habilidades cognitivas que podemos despertar.
13. A avaliação como processo, o erro como ganho Mesmo na rigidez da instituição
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15. Às Terças Hoje, escrevo sem compromisso sem obrigação de escrever em busca de pontuação.Escrevo, por não mais conseguir passar uma terça-feira sem fazê-lo.Não tenho culpa pois, se tenho ao redor de mim um ambiente tão agradável, estou sé em casa, e tenho como sempre as mesmas figuras.Olho pela janela e como sempre vejo os pequenos pinheiros sendo levados de um lado para o outro pelo vento, na minha frente belas pinturas.Tudo tão rotineiro, menos esta incrível necessidade de estar com a lapiseira em punho para escrever. Vontade tão grande que mesmo não tendo afazeres da disciplina de Redação, resolvi inventá-los em busca de prazer. E estas linhas podem não ser tão importantes para quem estiver lendo, mas digo que para mim são.E se isto já foi dito, gostaria de saber o que nunca foi.
16. Mais diretamente... Se eu tiver realmente a coragem e a vontade de lhe entregar estas linhas, não espero que a senhora compreenda a minha pura intenção, mas sim a boa imagem que tenho de seus atos que provocam em mim tão bom sentimento. Fico imaginando, quando lê várias redações que lhe são entregues, como se sente.Pois para mim basta ler as escritas de colegas (quando estes transmitem a mim a confiança de poder lê-las), para que desça sobre mim um sentimento diferente do normal, que não tenho até com outros autores consagrados o de estar por alguns momentos vendo e lendo apenas as partes boas das pessoas.Pois ao escreverem não buscam somente os atos do dia-a dia e sim uma mistura com seus sentimentos. Logo então, digo que esta redação tem esta mistura, e espero que como outras seja proveitosa. Alexandre Martins – 17/09/96
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18. Da observação e da relação dialógica, a percepção de que com a escrita não se pode ter pressa.
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22. O que se perde na escola, muitas vezes, é a chance de discutir os projetos, de fazer com que tenham sentido, dar condições para que de informação,se transformem em conhecimento, mas somos nós, professores, que, individualmente, decidimos em sala de aula.
23. À Provocação de um visitante sempre fui uma cigana, instigada pelo clima da sala. Quem provoca quem? “ Professora, como é que cabe tanta coisa nessa sua cabecinha , heim fia?” Nem tudo são flores é verdade... Mas essa é a história que consigo compartilhar nesse momento....