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APOSTILA COM SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM A LITERATURA INFANTIL
ELABORAÇÃO: PROFª ELISA MARIA DALLA-BONA
1. Músicas para criar um “clima” de preparação do ambiente:
Antes de começar a narração é preciso criar um clima de atenção e concentração.
Acomodar os alunos para que se sintam confortáveis e bem sentados.
Era uma vez
assim vai começar
a linda história
que agora vou contar
Bata palmas, minha gente
bata palmas, outra vez
bata palmas, bem contente
vou contar... era uma vez
No mundo da fantasia
nós todos vamos estar
qual será a musiquinha
que juntos vamos cantar?
qual será a historinha
que todos vamos contar?
2. Fazendo a narração
A opção do professor pode ser por LER ou por NARRAR uma história. Qualquer que seja a opção é indispensável o estudo antecipado da
história, lendo-a atentamente e preparando a leitura ou a narração.
O uso da voz é muito importante. A entonação, a boa dicção, a transmissão de sentimentos de calma, segredo, atenção, emoção, medo,
etc. Os gestos, a expressão facial, ajudam a dar ênfase na narração. Incluir na narração pausas rápidas, momentos de suspense, dar o
―tempo certo‖ para introduzir um novo momento da história, são indispensáveis para atrair o ouvinte.
Há textos que requerem, indispensavelmente, a apresentação do livro, pois a ilustração os completa. Devemos mostrar o livro para a
classe virando lentamente as páginas com a mão direita, enquanto a esquerda sustenta a parte inferior do livro, aberto de frente para o
público.
Ao LER é muito importante segurar o livro virado para as crianças, de forma que possam visualizar a ilustração paralelamente à leitura
feita pelo professor.
O NARRAR consiste em recorrer à memória para espontaneamente apresentar a história às crianças. A escolha de uma história com que
o narrador se identifique, facilita a sua memorização e lhe dá prazer em trabalhar. È mais envolvente quando o narrador apresenta
detalhes dos personagens, seus nomes, características psicológicas, as frases essenciais, os lugares e situações que chamem a atenção. Isto
auxilia a criação de um cenário que facilita a imaginação das crianças.
Evitar interromper a narrativa para dar explicações do vocabulário, ou chamar a atenção dos alunos.
As palavras desconhecidas podem dificultar a compreensão dos alunos? Tauveron (2002) afirma:
O vocabulário não constitui um obstáculo maior à compreensão. Uma palavra só faz sentido num contexto, assim é preciso primeiro
compreender o contexto e às vezes o texto para finalmente compreender a palavra. Saber ler é saber não parar, não se bloquear sobre uma
palavra, é não interromper seu trabalho intelectual com uma particularidade.
Nos enganamos quando pensamos ajudar os alunos ao fazermos a ―tradução‖ do vocabulário, além de criarmos a falsa idéia de que a
compreensão de cada palavra leva à compreensão do texto. A caça às palavras ―difíceis‖ ignora também as intenções estéticas do autor e
a interação do texto e do leitor. O uso de um sinônimo ou de uma paráfrase no lugar de uma palavra do texto é uma maneira de
subestimar os valores da escolha lexical do autor. Cabe ao leitor fazer a ligação entre as palavras que vacilam quando as aproximamos e
que lembram uma rede plural, na medida em que a cada confrontação fazem aparecer novos estratos de sentido.
Sempre permitir que ao final da narrativa os alunos expressem suas ideias e emoções.
Permitir que os alunos façam a leitura em voz alta das suas próprias produções.
Os alunos precisam sempre de um tempo de preparação ou um tempo de leitura silenciosa, antes da leitura em voz alta, para preparar a
entonação que é um excelente meio de tradução de tudo o que pode se constituir o implícito do texto: a atmosfera da narrativa, os
sentimentos dos personagens, o humor.
3. A criança como protagonista
Misturar o nome das crianças da sala nas histórias, nos poemas, nas parlendas, etc.
Descrever os personagens de uma história a partir das características físicas das crianças. Por exemplo: O Mário Marinheiro tinha os
cabelos crespos como o do Fulano, os olhos pretos como os do Ciclano, era magro como o Beltrano, etc.
4. Adivinhe quem é
Prepara-se cartões com a imagem de personagens e cartões com a sua descrição (características físicas, psicológicas, hábitos, moradia,
alimentação etc.). As crianças devem juntar os cartões correspondentes e comentá-los com os colegas. O passo seguinte seria que os
alunos tentassem descrever personagens de contos conhecidos para que os colegas adivinhassem de quem se trata.
5. Autobiografias
Solicitar aos alunos que destaquem um episódio de suas vidas e o relacionem com um episódio de um livro. Essa busca de paralelos pode
ser tanto de semelhanças quando de diferenças. Outra consiste em contrapor a vida do aluno à trajetória da protagonista. O aluno também
pode dizer o que faria se estivesse vivendo tal situação ou pode aconselhar à personagem assumindo o papel de membro da família ou
amigo.
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6. Atividades diversificadas
Realização de uma atividade onde paralelamente, os alunos divididos em grupos, realizam a leitura, a dramatização e o registro simbólico
e/ou gráfico da história lida.
7. Atualização de contos
Propor que as crianças relembrem os contos de fada, atualizando-os: Como seria a história se acontecesse hoje? Contar versões atuais
como: ―Chapeuzinho Vermelho de raiva‖ de Mario Prata; ―A mãe da Chapeuzinho Vermelho‖ de Lívia Garcia Roza; ―Cinderela
Brasileira‖, de Marycarolyn France.
8. Ao redor de um autor
a) Selecionar um autor a ser estudado e justificar esta escolha. O professor não deve impor um autor, mas junto com as crianças fazer esta
escolha.
b) Os alunos devem localizar dados biográficos do autor (internet, contracapas das suas publicações). Ver sua foto, conhecer a cidade
onde nasceu, os cursos que fez, os autores que o influenciaram etc.
Podem organizar estes dados num livro coletivo elaborado pela turma.
c) Os alunos devem ir a bibliotecas para emprestar as suas obras.
Trazer todas as obras possíveis deste autor, para que sejam lidas pelos alunos.
d) Na sala devem fazer uma organização cronológica destas publicações.
e) Os alunos podem ser divididos em grupos. Cada grupo será responsável pelo aprofundamento em uma obra.
Localizar os indícios da obra:
- tema do livro;
- retrato do personagem principal;
- indicações sobre o lugar da ação;
- características da ilustração.
Cada grupo deve ler (pesquisa internet) e escrever a crítica do livro.
O objetivo é ajudar as crianças a superarem as opiniões superficiais sobre um livro, emitindo uma opinião avaliativa sobre o interesse que
uma obra provoca e o valor que lhe atribuímos.
Primeiramente, os alunos precisam conhecer críticas de filmes e livros para entenderem como funciona a elaboração de uma crítica.
Algumas questões que podem auxiliar nas discussões sobre o conteúdo de uma crítica:
- Para quem este texto foi escrito? Por quem? Por quê?
- Vocês estão de acordo com o autor desta crítica? Explique a tua resposta.
Num segundo momento as crianças escrevem as suas críticas, seguindo um roteiro básico:
- esclarecer o que está em jogo no texto e seu propósito: tentar ver as qualidades e as fragilidades de um livro para realizar um julgamento
argumentado e motivado;
- para ajudar as crianças em sua reflexão podemos lhes propor uma grade de análise:
Qual o interesse global do livro?
- É um livro que faz rir: como?
- É um livro que faz sonhar: por quê?
- É um livro que faz refletir: sobre o que?
- É um livro que faz descobrir coisas desconhecidas: quais?
Qual é o interesse da história?
- A ação, o suspense?
- Provoca o desejo de ler e saber a continuação?
Qual é o interesse dos personagens?
- Podemos imaginá-los bem?
- Eles são bem diferenciados e vivos?
- Eles são engraçados?
- Eles nos ensinam coisas?
- Nós gostaríamos de ser como eles?
Qual é o interesse das ilustrações?
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- Você tem desejo de ler outro livro deste autor?
f) Apresentar as obras aos demais alunos.
g) Comparar as obras estudadas e a evolução do trabalho do autor.
h) Trabalhar a intertextualidade. Encontrar outros autores com características literárias semelhantes.
9. A verdadeira história dos três porquinhos
Ler a história dos três porquinhos e depois ler: SCIESZKA, Jon. A verdadeira história dos três porquinhos. São Paulo: Companhia das
Letrinhas, 1993.
Criar uma nova versão para o conto original.
10. Binômio fantástico
Duas crianças, cada uma diz ao ouvido da professora uma palavra. A professora escreve as duas palavras no quadro negro. As crianças
criam frases com as palavras. Por exemplo:
―Cão‖ / ―Armário‖; o cão com o armário; o armário do cão; o cão sobe no armário, etc.
Em seguida inventam uma pequena história a partir da frase mais engraçada. Montar um painel ou livro e colocar no cantinho de
literatura. Sempre que possível recontar estas histórias criadas pelas crianças.
11. Boneco contador de histórias
As crianças confeccionam um boneco (de meia, jornal, etc). Com o boneco no colo, contam histórias, recitam poemas e trava-línguas. As
crianças adoram confeccionar o boneco, este facilita a expressão para os mais tímidos.
12. Brincando com o absurdo
Imaginar situações absurdas partindo da fórmula: O que aconteceria se... o fulano acordasse transformado em uma horripilante barata? E
o Ciclano de tão bravo se transformasse no lobo mal? E a Beltrana se perdesse na floresta? E o Lobo Mau se perdesse na floresta? E a
bruxa precisasse ir a uma festa, mas tivesse perdido sua vassoura? O saco de papai Noel fura na noite de Natal e então...
Podem-se montar livros com recortes de figuras, ou desenhos das crianças e recortar em tiras horizontais cada página que ao serem
folheadas, alternadamente, criam-se personagens absurdos.
Os livros de pano, com elementos fixados com velcrom, permitem a criação de paisagens e personagens absurdos na medida em que as
peças são grudadas em páginas diferentes.
O livro ―Quem espia se arrepia‖, de Eva Furnari é uma boa inspiração para criar um livro jogo, com ilustrações de situações absurdas.
13. Caixa-surpresa
Confecção de uma caixa-surpresa que conterá sugestões de livros, recortes de jornais, de revistas que divulguem determinados títulos.
Pode-se criar quebra-cabeças que quando montados recordam alguma história, título ou personagem.
14. Caixa do impossível
Após a leitura de um livro, os alunos são provocados a conversar sobre ele e emitir opiniões. Depois são chamados, um a um, para pegar
na Caixa do Impossível uma frase, como: um tubarão vegetariano, uma cabra voadora, um sertão que neva etc. Eles devem justificar
aquele impossível , por exemplo, o tubarão é vegetariano porque é alérgico a carne, a cabra voa porque mergulhou no pó do
pirilimpimpim. Após devem escrever a frase e ilustrá-la para construírem um livro coletivo sobre as justificativas do impossível.
15. Características selecionadas
Cada criança coloca num papel, sem se identificar, suas qualidades, hábitos e/ou preferências. Os papéis são misturados numa caixa e
cada participante tira um, lê alto e tenta descobrir a quem pertence as características indicadas. Caso não consiga acertar a pessoa deve se
identificar. Ao final, em pequenos grupos, criam histórias com algumas das características selecionadas.
16. Cartazes de pregas
Confeccionar cartazes de pregas. Em tiras escrever trava-língua, poemas, parlendas, etc. e encaixar nas pregas do cartaz.
Diariamente as crianças retiram as tiras, lêem e ou copiam e renovam as tiras quando aprendem novidades.
17. Cartazes publicitários
Para iniciar a percepção das crianças sobre o trabalho publicitário, podem-se trazer propagandas de todo tipo para a classe. As crianças
podem analisá-las, classificá-las e recortá-las para tirar suas próprias conclusões.
Confeccionam cartazes alusivos aos contos que mais gostaram, ou de novos títulos adquiridos pela escola, para serem fixados nas salas de
aula e corredores da escola.
A criação de cartazes deve ser orientada para que sejam sintéticos e impactantes, característicos do trabalho publicitário.
18. Cena preferida
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As crianças escolhem uma história a ser contada. Logo em seguida pede-se para que desenhem a cena mais interessante. Registram em
baixo, por escrito, o porquê da escolha da história e daquela cena.
19. Cesta dos sustos
Cada criança confecciona com restos de lã e com pequenos círculos de cartolina uma careta ―monstruosa‖ e põe esse objeto em uma caixa
de fósforos. Depois que todos os ―sustos‖ estão feitos, as crianças colocam sua caixa de fósforos numa cesta, que passa a circular entre
elas. Cada criança abre uma caixa e expressa seu espanto ou medo diante do ―susto‖. Podem-se reunir, por escrito, histórias que contem
os medos das crianças e os demais dão soluções para enfrentar os medos.
20. Cineminha
Com desenhos e gravuras sobre folhas sulfites emendadas, confeccionar um ―rolo de filme‖. Com caixa de papelão confeccionar uma
televisão. Colocar um pedaço de pau em cima e outro embaixo para passar o ―filme‖. Ir desenrolando e contando a história ou a lenda.
O cineminha pode ser de poemas ou parlendas. Neste caso haverá a parlenda ou o poema escrito e ilustrado pelas crianças. À medida que
o filme vai passando as crianças recitam.
21. Clubes de leitura
Incentivo à criação de clubes de leitura, onde crianças mais velhas contam histórias para as mais novas, realizam atividades de leitura
entre crianças da mesma idade, fazem campanhas de leitura e de ampliação de acervos, etc.
22. Confecção de livros
Ler determinado livro, procurar figuras de revistas, montar personagens e cenário. As próprias crianças colam nas folhas que depois serão
grampeadas. Em seguida todos juntos contam a história. Escrever em baixo das gravuras a história. Pode-se montar histórias criadas pelas
crianças e confeccionar livros individuais.
As ilustrações podem ser feitas pelas crianças que desenham os personagens, recortam e compõem com os das outras crianças e os
recortes de revistas as páginas do livro.
O livro pode ser também de parlendas, lendas, adivinhas, poemas, etc.
Os livros com dobraduras ficam muito interessantes.
23. Criação de final de história
A professora lê um trecho de uma história, com muita ênfase, faltando pouco para terminar, ela interrompe e as crianças criam um
desfecho para a história iniciada pela professora.
O registro da história criada pode ser feito num livro, num painel, num cineminha, etc.
24. Criar histórias a partir de um título
Esse título pode ser escolhido entre os criados pelas crianças, e a história escrita em pequenos grupos.
Os títulos podem surgir dos prefixos arbitrários, de palavras tabus etc.
25. Diários
É uma atividade inspirada nos diários de bordo ou diários de campo. O professor orienta o aluno a escrever um diário, registrando suas
impressões sobre o livro durante a leitura. Pode ser feito o diário de classe, em que o professor e os alunos, coletivamente, escrevem
relatos de leitura.
26. Descrição de gravuras
Dar gravuras e pedir para as crianças montarem o texto.
A professora deve fazer uma seleção de gravuras retiradas de revistas ou jornais. As crianças escolhem a que mais lhe agrada.
Primeiramente descrevem o que visualizam e em seguida colocam as figuras numa seqüência que permita a criação de uma história.
Registrar em papel bobina as histórias contadas pelas crianças.
27. Desenho de personagem
Motivar as crianças para que primeiramente imaginem um personagem. Fazer perguntas como: Este personagem é uma pessoa? É um
animal? É gordo ou magro? É alto ou baixo? É brabo ou tranqüilo? O que gosta de comer? O que gosta de fazer? Etc.
Depois desenhar o personagem e descrevê-lo para os demais colegas.
Em equipe formar uma história, juntando os personagens.
Montar um livro ou um painel com os personagens e escrever a história criada.
28. Diagrama
 Dada uma palavra criar um diagrama encontrando outras palavras que tenham sentido com ela:
B R A S I L N
E I A
S B Ç
P E L E I Ç Ã O
5
O R O
N D
S P A T R I A
A D
B E
I
A L E G R I A
I
D
A
D
E
29. Diferentes versões de uma história
Por exemplo, colocar à disposição dos alunos diferentes versões de Chapeuzinho Vermelho. Fazer um estudo comparado:
- modo de apresentação da heroína: "a mais bela da aldeia", "curiosa, pouco obediente", "loira, doce e alegre", etc. Mas também o modo
de apresentar a vestimenta que dá o nome ao conto: "capa", "capuz", "capuzinho vermelho", "touca" etc.;
- conteúdo do cesto: "boroa de bom pão, garrafa de vinho novo", "gulodices, pãezinhos, frutas e bolos", "coisas boas para comer",
"bolachas e um pote pequeno de manteiga" etc.;
- descrição da avó: "avó doente", ―triste‖ etc.
- descrição das ações do lobo: "devora a avó, mas não a neta", "empurra a avó para dentro do armário", "mau, manhoso, come a avó e o
Chapeuzinho Vermelho" etc.;
- descrição das acções do salvador: "lenhador que abre a barriga do lobo à machadada", "caçador que mata o lobo"; "caçador com uma
faca; o lobo foge", "lenhador que assusta o lobo" etc.;
- conclusão do conto: "promessa de nunca mais falar com estranhos", "promessa de não voltar a desobedecer", "o lobo parece-se com as
pessoas, tem cuidado!" etc.
30. Dramatização
Após lida uma história, uma lenda, um poema, etc. as crianças comentam sobre os personagens que mais lhes agradou, criam roupas (de
jornal, etc) para caracterizar os personagens e dramatizam.
Para enriquecer ainda mais o jogo o educador pode assumir papéis de caçador; lobisomem, etc. e participar junto com as crianças.
Dramatizações podem ser coletivas ou individuais.
Se o jogo tiver sido divertido, escrevem um texto sobre as atividades feitas neste dia. Se o texto ficar realmente interessante e as crianças
animadas, elas poderão tentar copiá-lo em uma folha individual e fazer as ilustrações à vontade.
As dramatizações podem ser com fantoches, marionetes, bonecos de luvas, de vara, de massa, de sucata, com atores, máscara, mímica,
corpo e voz, sonoplastia e cenário.
31. Entrevistando um personagem
As crianças escolhem uma personagem de uma história, lenda, etc. Uma criança ou um grupo de crianças se caracteriza (fantasia,
maquiagem, etc.) como o personagem escolhido. Outro grupo elabora perguntas que serão feitas ao personagem que terá que respondê-
las.
O livro ―A verdadeira história dos três porquinhos‖ (Jon Scieszka) mostra a versão do lobo sobre a clássica história.
32. Errando as histórias
Inventar um início ou final para uma história já conhecida pelas crianças. Por exemplo: um lobo bom e uma Chapeuzinho Vermelho má.
Uma Cinderela mais má que a madrasta. Trocam palavras das parlendas, respeitando as rimas. Por exemplo: chuva e sol casamento de
espanhol, chuva e sol casamento de caracol.
33. Fantasias
As crianças fantasiam-se como quiserem e apresentam os personagens que criaram. Unindo os personagens criam uma nova história ou
encenam a contada.
Depois de ouvirem lendas as crianças serão o personagem principal, por exemplo:
 Fantasia do Curupira
Pés de papel que deverão ser presos aos tornozelos das crianças, apontando para trás.
Peruca vermelha confeccionada com retalhos de jornal ou papel colorido; costurados ou colados a uma touca de meia.
Pequenos retalhos de jornal para prender no corpo e imitar os pelos do corpo do Curupira.
Disfarçar um cabo de vassoura para transformá-lo na montaria do Curupira.
 Fantasia de Saci
Cachimbo de jornal enrolado ou pedacinhos de madeira ou ainda modelado de massinha.
Capuz vermelho, feito de jornal pintado ou papel colorido.
Dramatizar as atitudes do Saci como andar numa perna só, equilibrar o cachimbo na boca, etc.
Podem ainda costurar as fantasias: deixar um lugar (uma mesinha ou um canto qualquer) em que estarão os materiais (agulhas, panos,
―recheio‖, etc.).
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Esta atividade pode ser feita dividindo a sala em pequenos grupos, diversificando a atividade. Enquanto uns costuram, outros lêem,
outros colam, outros recortam, etc. Em 15 minutos faz-se rodízio, até que todos passem por todas as atividades.
34. Fantoche
A professora lê a história, a lenda, etc., para as crianças. Ao término as crianças montam fantoches dos personagens (com cartuchos, de
dedo, etc) e reconstroem a história, a lenda, etc.
Os fantoches podem ensinar parlendas, trava-líguas, adivinhas e outros.
Os fantoches também podem ser usados de forma interativa com as crianças, elas mesmas manuseando-os durante a narração.
Podem-se utilizar os ―dedoches‖ que são pequenos fantoches utilizados nos dedos.
35. Ficção e realidade
Relacionamento dos elementos ficcionais do texto com a realidade, utilizando jornais, revistas, reportagens, depoimentos e ilustrações.
Estabelecer relações entre a fantasia e a realidade (ex. contar a história ―João e Maria‖ e retirar reportagens de jornais que tratam de
crianças abandonadas), a fim de que os leitores apreendam a literatura como um processo simbólico.
36. Figuras sobre cenário
O cenário será um quadro básico (paisagem, ambiente) a ser criado coletivamente pelas crianças. As figuras poderão ser presas com
tachinhas, ou ser do tipo velcômetro (fixadas com velcrom), que irão compondo as cenas conforme o desenrolar da história.
37. Fotos
Fazer a caracterização das crianças para a encenação de um conto. Fotografar as cenas principais. Com as fotos colocadas em seqüência
recontar os contos. Fazer um acervo de ―contos fotografados‖ para o cantinho de leitura.
38. Formas, cores e elementos mágicos
Atribuir emoções e ações para cores, formas e objetos.
Ao ser sugerida uma cor as crianças lhe atribuem uma intensidade (ex.: vermelho – vibrante; azul – sereno; etc.).
Ao ser sugerida uma forma as crianças lhe atribuem uma emoção (ex. quadrado – sério; círculo – divertido; etc.).
Ao ser sugerido um objeto as crianças lhe atribuem uma função mágica (ex.: tapete – voador; anel – extraterrestre; etc.).
Montar histórias com o que for criado.
39. Gravuras
Reproduzem-se desenhos de livros, e, conforme for se desenvolvendo a história, a professora vai apresentando as gravuras, respectivas à
situação apresentada. Ou ainda, a professora mostra uma gravura, como um cachimbo, por exemplo, e as crianças recitam a parlenda,
inspiradas pela gravura.
40. História em três partes
Dividir uma história em três partes (começo, meio e fim). Dividir as crianças em três grupos, sendo que cada um receberá uma parte da
história. A partir do que receberam criam o restante da história.
41. Histórias no gravador
A professora grava um conto. Ao término da leitura de cada página, gravar um som (sino, palma, bip etc.) Ao ouvir o conto sozinha, com
o livro, a cada ―bip‖ a criança virará a página.
A gravação pode ser feita a partir de histórias criadas pelas crianças e acompanhadas nos livros confeccionados por elas.
A gravação pode ser de poemas e parlendas recitados pelas crianças individualmente, em coro ou em jogral. Sempre acompanhando no
livro ou no cineminha.
42. Histórias para rir
Por exemplo: O Curupira coloca os pés nas mãos; quer tomar sopa com o cachimbo do Saci; o pai coloca os sapatos nas mãos; etc.
Montar livro com páginas duplas que abrem para a direita e para a esquerda. Quando folheadas alternadamente cria-se situações
engraçadas. Por exemplo: animais que trocam de rabo.
43. Histórias tabus
Ouvir a narrativa de poema como: ―Era uma vez‖, de Sérgio Caparelli (no livro Tigres no Quintal, Ed. Kuarup) ou Merda e ouro (Paulo
Leminski). Ler a história: ―Da pequena toupeira que queria saber quem tinha feito cocô na cabeça dela‖, de Werner Holzwarth e Wolf
Erlbruch (Ed. Companhia das Letrinhas).
Com palavras proibidas (palavrões) ou evitadas normalmente as crianças poderão inventar histórias. O objetivo é favorecer o crescimento
da livre expressão, a confiança da criança em si mesma.
44. Inventando poemas
A professora sugere algumas rimas e as crianças inventam poemas.
Por exemplo:
A professora sugere:
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1) Mão – Anão
2) Dione – Microfone
45. Jogo de contar histórias
Uma criança conta uma história de sua própria autoria. A professora ou a criança que desejar escreve e ilustra a história.
46. Jogo de inventiva
 Palavras excêntricas (como em Marcelo, Marmelo, Martelo – de Ruth Rocha).
 Objetos inúteis (Ex.: uma cadeira sem acento que só não serve para sentar)
Fazer mímica, criar aventuras, sons, etc para expressar o que inventaram.
Conhecer várias histórias de humor, os recursos usados pelos autores neste gênero literário e depois escrever as suas histórias engraçadas.
47. Jogral
Dividir as crianças em pequenos grupos. Cada grupo será responsável por recitar uma parte do poema, parlenda ou trava-língua.
Algumas partes os grupos recitam juntos.
48. Júri simulado
Escolher uma personagem da obra lida e submetê-la a julgamento por suas ações. Também pode ser um acontecimento ou o próprio livro
como um todo. Com as crianças maiores o professor dividirá a turma em várias equipes, uma para cada função do julgamento. Haverá,
assim, a equipe do promotor, a equipe da defesa, a equipe dos jurados, a equipe da assistência. Apenas o juiz, a testemunha e a
personagem a ser julgada são constituídas por um único aluno. Todos devem estudar suas tarefas antes do julgamento, inclusive com
registro escrito dessa preparação.
49. Laços de palavras
O professor seleciona várias palavras que tenham o mesmo final, como se fossem rimas. Ele escreve cada uma dessas palavras em
papeizinhos e distribui aos alunos. Em seguida, pede que formem frases com ela, porém deixando essa palavra no final da frase. Depois, a
turma forma um círculo e vai unindo as frases, gerando um poema. Com as frases que sobrarem podem compor novos poemas.
50. Leitura de imagens
Realização de leitura das ilustrações de uma determinada obra, mostrando sua significação dentro desse contexto.
As ilustrações podem ser feitas pelas crianças ou de recortes de revistas. Montam um livro e criam a história.
51. Leitura desafio
Duas classes se corresponderem durante um ano sobre diferentes questionamentos a partir de um conjunto de livros.
52. Leitura em Rede
Trata-se de urn conjunto de atividades em torno dos livros, sobre um determinado tema, de modo que, de aproximação em aproximação,
as crianças sejam levadas a explorar livros de gêneros diferentes, colecções, técnicas narrativas, a explicitar pouco a pouco o tema, na sua
complexidade. Muitas vezes, as crianças acabam por criar elas próprias histórias relacionadas com o tema estudado.
Por exemplo, sobre o tema da metamorfose, as primeiras atividades são descritas assim:
Primeira sessão (2 horas)
Distribuímos a cada um dos alunos um livro diferente, sem lhes ter dado hipótese de escolher. Os alunos começaram por observar os
livros, as capas, os títulos, o resumo. Pouco a pouco, apareceu o tema.
Muito rapidamente a discussão começou, porque todos conheciam outras metamorfoses: o filme A Mosca, um desenho animado, um
anúncio publicitário. O tema estava lançado e a expectativa criada. Os alunos puseram-se a ler. Exercício proposto: preencher um
questionário de tipo jornalístico - Vais entrevistar aquele que se transforma.
Segunda sessão
Apresentação dos questionários aos colegas.
Uma única instrução nesta apresentação: não era possível, em caso algum, revelar o título do livro. Os colegas tinham à sua frente uma
série de fotocópias que representavam as ilustrações decisivas das obras lidas na aula. Tinham, portanto, de identificar a imagem evocada.
Ao longo das evocações, a estrutura narrativa da metamorfose revelava-se claramente.
Num quadro, as crianças foram capazes de identificar aquele que se metamorfoseava, como, por que razão o fazia, qual o meio pelo qual
o herói se tornava um outro. Terminado este quadro, os alu nos inventaram um novo jogo de imaginação. Selecionando um item de cada
coluna, começaram a fabricar a sua própria história.
No fim da sessão, os livros foram trocados.
53. Leque
Sanfonar um papel em forma de leque, colocando em cada dobra uma das seguintes perguntas: Quem era? De onde veio? O que
pretendia? Com quem se encontrou? Em que se transformou? Por quem foi transformado? Por que foi transformado? Que rumo tomou?
Colocar 8 crianças em círculo e distribuir um pequeno pedacinho de papel e uma caneta. O leque será passado para que cada crianças
escreva a resposta a uma pergunta e a insira na sanfona do leque. É importante que elas não vejam o que foi escrito pelo colega.
Ao final, coletivamente criam uma história, na medida em que vão retomando as perguntas e respostas do leque.
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54. Letras do próprio nome
Transformar as letras do próprio nome em objetos ou personagens, criando desenhos para representá-los. Recortá-los e montar uma
história.
55. Livros coletivos
A partir de uma história, selecionada pelas crianças, definem como será organizado o livro: número de páginas, capa, contracapa,
ilustração e texto de cada página etc. Em pequenos grupos as crianças serão responsáveis pelo desenho dos personagens, objetos e
cenários definidos para cada página. Montam, ainda sem colar, sobre uma folha branca e colocam-nas em seqüência, uma ao lado da
outra. Fazem a análise do que falta, ou precisa ser aprimorado para respeitar a seqüência da história. Definem detalhes do texto de cada
página, que será escrito em pequenos papéis a serem colados em composição com a ilustração. Colam tudo para montar o livro.
56. Livroamiga
Livroamiga é uma personagem disfarçada e que está sempre acompanhada de uma marionete e uma mala de livros. Ela conta histórias,
cria expectativas sobre personagens, esconde objetos alusivos às histórias.
57. Livro de criação de personagens
Imaginar um personagem, as suas características físicas e psicológicas.
Em folhas A4, a professora marca 3 linhas, com distância de 7 cm uma da outra.
Distribui as folhas para que os alunos desenhem o personagem imaginado, sendo no 1º espaço adereço de cabeça, no 2º cabeça, no 3º
corpo e no 4º as pernas. Apresentam o seu personagem para os colegas.
Colam dois personagens, pelo verso do desenho. Encadernam todos os personagens num único livro. Recortam nas linhas separando as 4
partes dos personagens. Viram algumas partes e criam novos personagens.
58. Mala de animação
Levar para a sala uma mala bem decorada (capas de livros, bilhetes de viagem, fotos etc.). Quando a mala se abre o professor faz a
propaganda dos livros que escolheu para colocar lá dentro e motiva os alunos para emprestá-los. A próxima mala pode ser organizada
pelos alunos que ocuparão o lugar do professor.
59. Manchetes
A partir de manchetes de jornal e revistas criam histórias, ou artigos.
60. Maquete
Conta-se uma história, lenda, etc. Em seguida, as crianças montam o cenário e os personagens da história numa maquete. Em outros dias
retomam a maquete incluindo outros personagens, outros objetos e recriando a história.
61. Marionetes
São bonecos comandados por fios presos na cabeça, nas mãos e nos pés.
62. Máscaras
Distribuir folhas, cartolina ou cartuchos e as crianças confeccionam máscaras, inventando histórias e dramatizando.
63. Massa mágica
Música de fundo, de olhos fechados criam formas na massa de modelar. Abrem os olhos e observam as formas que obtiveram. Compor
maquete com a junção das criações.
64. Novelo de lã
Espalhar sobras de lã no chão e explicar às crianças que elas pegarão as cores que melhor expressem as situações colocadas pela
professora:
— Observem que tempestade lá fora! Raios! Trovões! Nuvens carregadas!
As crianças pegam um pedaço de lã e dizem o que estão vendo (por exemplo: um pedaço branco que lembra um raio; um preto que
lembra o céu; um amarelo que lembra a chuva, etc.)
— Vocês estão sentindo um cheiro?
As crianças pegam um pedaço de lã e dizem que cheiro estão sentindo.
9
— Vocês estão ouvindo este barulho?
O início desta atividade objetiva familiarizar as crianças com o fato de que as cores nos transmitem sentimentos, sensações e nos
lembram de coisas e situações. A atividade continua com a emenda dos pedaços de lã num novelo colorido.
Colocar as crianças em círculo e na medida em que vão desenrolando o novelo, contam uma história, recitam parlendas ou poemas. Estas
vão sendo criadas pelas crianças, com o desenrolar da lã. A história ou o que recitam torna-se alegre ou triste conforme as cores que estão
sendo desenroladas. É importante a participação da professora para dar ênfase à história criada e para fazer os ganchos quando necessário.
Obs. Pode ser feito com barbante, pintado de diversas cores ou retalhos emendados.
65. Objetos variados
Confeccionar um saco bem colorido, ou uma caixa bem atraente ou uma cartola. Colocar no interior objetos como clips, canetas, retalhos,
pedaços de pau, pedra, sucata, etc. A professora inicia uma história motivada por um objeto retirado do saco, as crianças procedem da
mesma forma dando seqüência à história.
Ao escolher o que colocar na caixa opte por coisas que instiguem a imaginação da criança. Um simples pedaço de papel pode se
transformar numa borboleta e ainda um pedaço de pau num caminhão, etc.. Evite colocar brinquedos, pois as crianças dispersam a
atenção.
A história inventada pode ser escrita e colocada no cantinho da literatura.
66. O que você faria
O que você faria para enfrentar situações como: ...voltando de um passeio, acabasse a gasolina de seu carro? Estivesse sozinho num lugar
desconhecido e acabasse seu dinheiro?
67. Palavras contidas
Encontrar palavras contidas em outras:
PA NELA; MEL AÇO; MEL ANCIA
68. Paratextos
Exploração dos índices, da capa e da contracapa
O animador reparte as crianças em diferentes grupos e distribui a cada equipa a fotocópia da capa e da contracapa de um romance.
As crianças devem produzir oralmente hipóteses sobre o conteúdo do livro, e um relator, por cada grupo, faz o resumo oral da discussão.
No final desta série de hipóteses, o animador propõe os livros para empréstimo.
Exploração do título
O animador faz as crianças tirarem à sorte um de entre vários papéis; em cada um está escrito o título e o nome do autor de um livro. Em
pequenos grupos ou individualmente, as crianças imaginam, durante um quarto de hora, a história do livro. As hipóteses são relatadas ao
grupo e segue-se uma discussão. O animador pode criar suspense, dizendo se a história imaginada se aproxima ou não da do livro. Pode
também fazer perguntas.
Para aumentar ainda o interesse, um mesmo título pode ser proposto a vários grupos ou crianças individualmente.
No final da sessão, os livros são propostos às crianças.
Exploração dos índices
O animador traz uma fotocópia de um índice completo ou parcial (sem o título do romance). A partir desse elemento, por grupos o
oralmente, as crianças deverão elaborar uma história, em meia hora, respeitando a ordem dos capítulos.
No fim da sessão, o livro é proposto para leitura (deve prever-se a existência de vários exemplares).
Exploração da ilustração
O animador propõe simplesmente as ilustrações de um livro, apresentando-as directamente, fotocopiando-as ou com a ajuda de um
projector. As crianças tentam referenciar e descrever a personagem principal e as personagens secundárias; os locais da ação, as peripé-
cias, o tema da narrativa. Este trabalho é feito oralmente. O animador também pode fazer perguntas. No fim da sessão, o livro é proposto
às crianças (deve prever-se a existência de vários exemplares).
Exploração de catálogos
O objetivo é levar os jovens a ler quer os títulos quer os resumos que se lhes seguem, nos catálogos das editoras, para que descubram uma
obra que tenham, eventualmente, vontade de ler.
Em grupos, as crianças devem fazer o inventário dos títulos ou dos temas que lhes interessam.
Pode acrescentar-se um caráter lúdico, pedindo às crianças de cada grupo para elogiarem perante os colegas, um dos livros escolhidos, a
partir apenas dos elementos que possuem.
Depois desta animação, impõe-se uma visita coletiva à biblioteca da escola.
Exploração das novidades
O animador apresenta, periodicamente, num painel ou oralmente, as novidades ligadas aos livros (filmes, telenovelas, emissões literárias
etc.) e propõe a leitura dos livros em causa ANTES da difusão do filme ou da emissão.
A partir de originais ou de fotocópias de um mesmo livro em edições diferentes: descoberta das diferenças (formato, edição para adultos
ou para crianças, variações da ilustração...), explicação das diferentes impressões, da informação dada, das representações induzidas...
Constituir grupos (três ou quatro). Propor a cada grupo um livro ilustrado cujo texto se tapou. Os grupos trabalham com os mesmos livros
ou com livros diferentes. Os grupos poderão confrontar as suas próprias produções, entre eles ou, depois, com o texto do autor.
69. Parlendas e gestos
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Recitam parlendas e criam gestos para expressá-las (batendo palmas, só com os dedos, batendo as mãos nos joelhos, etc.).
Podem também brincar de cobra-cega, passa anel, amarelinha, cara ou coroa, etc e incluir na brincadeira como desafio ou castigo recitar
poemas, parlendas, trava-língua e adivinhas.
Há inúmeras sugestões de jogos com parlendas na obra (citada na bibliografia) Parlenda, Riqueza Folclórica.
70. Personagem em casa
As crianças confeccionam coletivamente um boneco. Ele vai receber um nome e a descrição de suas características psicológicas e suas
preferências. O personagem vai ser levado para casa, a cada dia por uma criança. Junto com ele seguirá um caderno onde deverá ser
registrado por escrito (se ainda não souberem escrever um membro da família deve ajudar) e ilustrado, descrevendo como foi a visita. No
dia seguinte o aluno relata aos colegas como foram os momentos vividos com o personagem.
71. Personagens amigos e seus inimigos
Inventar personagens amigos e seus inimigos. Criar histórias a partir de suas aventuras.
72. Personagens desgostosos
Criar histórias para personagens ou objetos que não gostam da função que exercem (ex.: pneu que não gosta de rodar; estrada que tem
medo de ser pisada; cadeira que não gosta de servir de acento)
73. Poemas
Declamar poemas.
Ouvir um poema e criar um título para ele.
Buscar palavras que rimem com as dos poemas que mais gostam e então recriá-los.
Compor um poema já aprendido baseando-se nas estrofes dadas de maneira desordenada.
Dar uma folha com um poema conhecido, com espaços vazios. as crianças têm que preencher esses espaços lembrando o poema.
Criar um livro de poemas da classe.
Mostrar caligramas. Comenta-se que esta é uma das maneiras de se escrever poemas, que o caligrama evoca de maneira visual um objeto
ou um tema a que o poema alude. As palavras desenham o que o poema quer dizer.
74. Poetoteca
Professor e alunos selecionam na internet e em bibliotecas poemas. Fazem cópias dos poemas e os organizam pelo sobrenome dos
autores, numa pasta com divisórias.
75. Ponto em Comum
Trata-se de uma introdução à literatura comparada. É preciso prever algumas pilhas de livros, dos quais dez têm um ponto em comum e 2
são intrusos (ex.: autores estrangeiros; ação principal e passa num país estrangeiro; mesmo gênero literário; personagens animais; mesmo
tema.). Em equipes, cada uma é responsável por desvendar o ponto em comum e os intrusos. Decidem qual dos livros querem ler.
76. Prefixo arbitrário
Basta um ―des‖ para transformar um canivete objeto cotidiano e negligenciável, porém perigoso e agressivo - em um ―descanivete‖,
objeto fantástico e pacifista.
Invente com as crianças o reino das ―descoisas‖, onde há um ―descanhão‖ que serve
antes de mais nada para desfazer a guerra.
Invente o mundo do semifantasma, ou do binóculo, ou do antiguarda-chuva.
Use os prefixos micro, super, macro para criar as histórias mais fantásticas.
77. Quadrinhos
Mostrar história em quadrinhos como: ―Mafalda‖ (Quino), ―A bruxinha encantadora‖ (Eva Furnari), ―Calvin e Haroldo‖ (Bill Watterson).
Criar história em quadrinhos em que as crianças apareçam como personagens.
Ordenar quadrinhos, dando seqüência a uma história.
Colocar fala em balões.
Distribuir duas folhas: uma folha com quadrinhos com imagens de objetos que possuam um ruído característico e outra com várias
onomatopéias (Fom! Fom!; Triiiing!; Tic Tac; Vrummmmm!). As crianças terão que recortar e relacionar os objetos e os sons. Criam
uma história em quadrinhos a partir do(s) objeto(s) escolhido(s).
Transformar uma história qualquer, em história em quadrinhos.
Apresentar às crianças uma história conhecida, no formato de quadrinhos, sem texto, com um personagem trocado. Recriar a história.
11
78. Quebra-cabeça
Montagem de um quebra cabeça que contenha o início, o meio e o fim da história lida.
O quebra-cabeça pode ser montado com desenhos das crianças ou recortes de figuras que são coladas sobre cartolina e cortadas as peças.
79. Roda dos livros
Os alunos podem escolher livremente os livros que desejam ler. Os que encontrarem algo que julguem ser interessante divulgar aos
colegas pode fazê-lo na hora da Roda: leitura de uma passagem atraente; apenas abordar o tema da obra para debater com os colegas; ou
contar a história lida. Podem organizar uma Mala de animação.
80. Rompendo o conjunto
Algumas palavras são ditas às crianças que com elas inventam uma história. Escolher 5 palavras que sugerem uma história conhecida e
uma incompatível com a história. Por exemplo: chapeuzinho vermelho, bosque, flores, lobo, vovó, helicóptero.
Selecionar três palavras que sugerem um poema conhecido e uma palavra incompatível com o poema, mas que garanta a rima. As
crianças recitam o poema alternando seu final a partir da palavra que se inclui.
Por exemplo:
Palavras selecionadas: batatinha, chão, menininha, colchão.
Poema criado pelas crianças.
Batatinha quando nasce
Esparrama pelo chão
Menininha quando nasce
Faz xixi no colchão.
81. Relógio
Essa é uma oficina destinada à construção de narrativas. Ela consiste em dividir os alunos em dois grupos. Um deles será o futuro e outro
o passado. O professor inicia uma história e aponta para o aluno para que ele continue a contá-la - no passado ou no futuro. Depois o
texto criado coletivamente é registrado. Para que a oficina ganhe dinâmica é importante que o professor escolha os alunos aleatoriamente,
movendo os braços como se fossem ponteiros de um relógio. O ponteiro da hora poderá ser o passado e o ponteiro dos minutos poderá ser
o futuro. O mesmo pode ser feito em termos de positivo e negativo para qualidades de uma personagem e daí por diante. A história básica
que o professor usa nessa oficina pode ser justamente o início de um conto ou de um romance. Assim, os alunos poderão em seguida
verificar como as histórias deles e a do autor se aproximam e se afastam ao retratar o futuro e o passado das personagens.
82. Sacola da leitura
A cada dia uma das crianças da sala leva para casa uma sacola com um livro de literatura infantil que deverá ser lido por ela, ou se ainda
não estiver alfabetizada ouvirá a narração feita por alguém da família. Juntamente com o livro é enviado um caderno onde será descrito
(por ela ou por quem leu para ela a história) como foi este momento. A criança deve ilustrar esta página. No dia seguinte a criança
apresentará o livro e o caderno aos colegas.
83. Salada de contos
Contam uma história misturando partes de histórias conhecidas. Por exemplo:
Pinóquio encontra um lobo, e tomam uma poção mágica diminuindo de tamanho e indo para a Terra do Nunca e então...
Usar dedoches ou fantoches com personagens de diferentes histórias para que as crianças criem uma história misturando-os.
Ver: ―Alice viaja nas histórias‖, de Gianni Rodari e Anna Laura Cartone.
84. Situações-problema
Colocar numa caixa situações-problema: Como você sairia de uma ilha deserta cercada de tubarões, sem nenhuma embarcação? Você e
um grupo de amigos viajavam por um país que você não falava o idioma. Num determinado momento você se perdeu do grupo. O que
fez? Que situações viveu?
85. Sonoplastia e sensações
A professora conta a história, a lenda, a parlenda normalmente, mas para qualquer ruído são utilizados materiais que imitam o respectivo
som. Exemplo: Fogo (amassar folhas secas, amassar celofane); Chuva (mexer em água), etc.
A sonoplastia pode ser feita pelas crianças ou adultos escondidos de forma que só ouçam o barulho, sem vê-los.
Exemplo com parlenda:
Sol e Chuva casamento de viúva (quando falar chuva despeja água de uma caneca para um balde).
12
Para criar sensações de vento usa-se um ventilador ou um abanador; sensações de odor usar um spray; sensações de chuva fazem-se
com borrifos de água.
86. Substituindo palavras
Substituir palavras num poema ou parlenda reinventando as rimas.
87. Suspense
Ouvir histórias de suspense. Discutir as estratégias criadas pelo autor. Criar história de suspense a partir de perguntas como: Quem é o
culpado? Quem é o detetive? Onde ocorreu o fato? Quem presenciou tudo? Quem é a falsa testemunha?
88. Teatro de sombras
Uma luz projeta figuras em uma superfície opaca. A sombra pode ser de bichinhos feitos com as mãos e com figuras recortadas. A
apresentação pode conter músicas e efeitos especiais.
São silhuetas dos personagens da história afixadas em uma haste. Estas figuras são movimentadas em um teatro semelhante ao de
fantoches, com uma lâmina fosca na janela e iluminação por trás. Permite também retroprojeção de slides de paisagens.
89. Varal poético
É a exposição de poemas ou mesmo de textos em prosa feitos pelos alunos ou selecionados por eles em um cordão e presos por grampo,
fitas ou outro meio. Esse varal pode ser usado para exposições ou para registro de atividades especiais feitas em sala de aula. Também é
possível ser um espaço permanente de divulgação das leituras feitas pelos alunos e pode conter tanto o resultado da leitura quanto
simplesmente um texto lido e que se deseje compartilhar com o conjunto da turma.
90. Visita a livrarias e biblioteca
Organizar visitas procurando reconhecer como são organizados os ambientes; a partir de que critérios os livros são distribuídos nos
espaços; quais os gêneros mais requisitados; entrevistar livreiros e bibliotecários; participar de atividades desenvolvidas nestes espaços.
91. Cantinho da Leitura
Encontramos em Jolibert (1994) algumas sugestões para a criação do canto da leitura, na sala de aula:
Classificação dos livros para conhecê-los: a classificação não é, nesse caso, a meta fundamental. As crianças são postas frente aos livros
amontoados e devem classificá-las da maneira que quiserem: por tema, coleção, cor, formato... O importante é que elas os manuseiem
para apropriarem-se (grosso modo) do acervo.
A apropriação do próprio canto de leitura
. As crianças decidem onde e como instalá-lo na sala (carpete, almofadas ou, simplesmente, mesas e cadeiras de seu tamanho). Pode-se
decidir, durante o ano, mudá-lo para outro local ou modificar sua organização.
. Para isolar o canto de leitura do resto da sala, aproveitar ao máximo os recursos proporcionados pelo material escolar: o painel traseiro
do armário pode servir de mostrador (bastam dois suportes de prateleiras, elásticos, alguns pregos e um martelo): ao invés de ver apenas a
borda do livro, as crianças descobrem de uma só vez a capa e a sua ilustração, as cores, o título em letras grandes, o que é mais atraente,
mais tentador para elas.
. Os livros do expositor são trocados a cada semana. Esse momento deve ser respeitado, um pouco como se fosse um ritual.
. Os outros livros são guardados em caixas, em prateleiras simples (tijolos e tábuas) ou no armário (sem as portas).
. Um painel pode permitir a apresentação dos poemas-cartazes ou das histórias inventadas.
. Em vez de instalar o conjunto de livros de que a turma dispõe, o professor pode fazer com que eles apareçam progressivamente.
Paulatinamente vai apresentando os livros, suas ilustrações, título etc., para que as crianças tenham uma primeira idéia do acervo
disponível e definam critérios de organização nas prateleiras (ex.: livros sem texto, contos de fada, histórias de animais, ordem alfabética
etc.) Podem criar etiquetas escritas e desenhadas para identificar o conjunto de livros de acordo com sua classificação.
. Criar momentos de contação das histórias, por crianças mais velhas, ou pelos pais.
. Organizar um serviço de empréstimo de livros. Um envelope de plástico, colado na terceira capa, contém uma ficha com o título.
Aquele que pede emprestado retira esta ficha, escreve ali sua marca, a data do dia, usando o carimbo da classe, e coloca a ficha na caixa
prevista para isso. Os "bibliotecários" podem ficar encarregados, um de cada vez, de velar pelo bom funcionamento das operações. Na
devolução, o processo é inverso, a marca é riscada, a ficha volta para o seu envelope e o livro para o seu lugar na prateleira. Senão, o
professor marca num caderno o dia dos empréstimos das crianças. Se o professor escolhe um dia fixo para os empréstimos, ele consagrará
a isso um tempo previsto no horário, com uma certa encenação (apresentação do caderno de empréstimo, discussão sobre os livros
escolhidos, etc.). Em algumas escolas, são reservados sacos plásticos de cores vivas só para isso: proteger o livro emprestado oferecendo
às crianças, que geralmente não têm pasta, um meio cômodo para transportá-los. Se o professor permite que sejam retirados livros todos
os dias da semana, a atividade será mais informal. Muitas vezes as crianças querem mostrar aos pais o que leram, ou reler com a mãe ou
com um irmão mais velho, a história que a professora acabou de contar. Tanto num caso como noutro, o empréstimo é destinado a
facilitar as trocas entre a escola e a casa, a fornecer às crianças um objeto mediador para falar com seus pais sobre o que acontece na aula.
Quais os escritos no canto de leitura?
13
Escritos imaginários: contos, álbuns de literatura infantil, romances curtos, coleções de livrinhos que permitem ler histórias curtas
"inteiramente". Preocupa-se particularmente com a presença de contos dos países de onde são oriundas as crianças migrantes (Portugal,
Argélia, África, Turquia, Ásia, etc.) com alguns exemplares bilíngües ou na versão original.
- Poemas e canções: evitar a simples apresentação em livro que faz com que apenas uma criança possa utilizá-lo. É melhor utilizar o
fichário (mesmo que seja necessário recortar as páginas de dois exemplares da obra para colá-las em fichas de cartão).
- Livros de receitas (de cozinha, de trabalhos manuais).
- Catálogos e revistas para recortar.
- Revistas de informação.
- Histórias em quadrinhos.
- Jornais infantis: a aula tem assinatura de uma ou mais publicações infantis. As crianças descobrem o prazer da assinatura: a cada mês
chega um pacote pelo correio, e elas são os destinatários!
- Jornais, diários ou semanais, trazidos pelas crianças quando falam de uma questão da atualidade que lhes interessa.
- Álbuns nos quais estão as produções de escritos das próprias crianças ou de seus vários correspondentes: histórias, contos, poemas,
dossiês, etc.
Quais as atividades em torno do canto de leitura?
. Lê-se um livro para si, sem ter que relatá-lo nem para o professor, nem para os colegas. Pode ser folheado em grupo.
. Tira-se livros que podem ser levados para casa. Autogestão do fichário de retiradas: cada criança tem uma ficha com seu nome sobre a
qual escreve o nome do livro escolhido.
. Emprestar um belo álbum novinho, para cada criança, que se compromete a devolvê-lo no mesmo estado. Isso é feito no início do ano e
permite que a criança se familiarize com o objeto-livro e tenha intercâmbios com sua família. Quando toda a turma o leu, fala-se
coletivamente sobre ele.
. Mini-exposição em torno de um tema. Após a leitura de um conto, um grupo de crianças procura por outros contos, canções, poesias,
documentários sobre o mesmo tema. As outras crianças são convidadas a vir ver a exposição.
. Uma criança apresenta a alguns colegas o livro que leu em casa ou a professora lê, ou conta, uma história completa ou em episódios.
. Pode-se também convidar as crianças a darem vida ao canto de leitura através de algumas palavras, um desenho ou uma história em
quadrinhos afixada num painel especial, com pelo menos o título e a assinatura da criança, o livro que serve de referência. (Incitação para
escrever para quem acaba de ler e para ler para os outros.)
O essencial, para nós, é que o canto de leitura não seja mais o canto" onde-se-vai quando-se-terminou-a-tarefa", mas que seja vivo,
familiar, aproveitado e continuamente renovado.
Com efeito, nossa hipótese é que lendo para comunicar aos outros o fruto de sua leitura é que se vive uma situação de leitura exigente,
muito mais do que respondendo a supostas "questões de compreensão" ou de controle.
. Receber as crianças travestida de um personagem. Logo surgirão os personagens prediletos e os amigos imaginários.
92. Escrita literária
Após ouvir muitas histórias de um gênero literário (suspense, humor, conto de fadas, policial etc) e se sentirem motivados a criar a sua
história daquele gênero, as crianças deverão escrever no espaço em branco o pedido na coluna do lado esquerdo.
Esqueleto de ideias
Protagonista da história -
características físicas e psicológicas do
personagem. Não esqueça de usar
adjetivos!
Onde a história se passa? Como era o
lugar? Usar adjetivos aqui também!
Antagonista da história -características físicas
e psicológicas do personagem. Usar adjetivos
aqui também!
Qual o problema da história? Como o
problema surgiu?
Quais as consequências desse
problema para o personagem?
Pense em como deixar o enredo envolvente
para o leitor!
Como o problema será resolvido ? Lembre-se
que a história não pode ser resolvida por
"passes de mágicas".
Tem que haver coerência entre inicio
meio e fim.
Narrativa de viagem 1
Para iniciar seu trabalho com narrativas de viagem, você vai escrever alguns parágrafos sobre um dia de viagem imaginário. Siga as
instruções:
14
• Escreva um parágrafo informando que você recebeu o convite de um parente para passar um dia em São Paulo. Conte quem é esse
parente, em que dia você deveria viajar, que meio de transporte usaria, o que deveria levar, e o que mais considerar interessante contar
sobre os preparativos.
• Você chegou a São Paulo no período da manhã, bem cedo. Conte onde e como foi seu café da manhã. Em seguida, vocês foram
passear no maior parque da cidade. Relate o que você viu, o que fez lá e quais foram suas impressões.
• Às 13h, vocês foram almoçar. Conte onde e como foi seu almoço. Depois, você visitou um museu. Relate o que havia em cada sala e
quais foram suas impressões sobre o que viu.
• No início da noite, vocês iniciaram a viagem de volta para Curitiba. Conte como foi a viagem e a chegada à cidade.
Leia todos os parágrafos que você escreveu. Juntos, eles formam uma narrativa de viagem. Sempre que você for escrever esse gênero
textual, use esse modelo. Em ordem cronológica, relatar detalhadamente e com impressões pessoais, tudo o que você fez e viu.
Narrativa de viagem 2
Imagine que, por algum motivo, você tenha participado de uma viagem espacial a um planeta ainda desconhecido. Escreva uma história,
contando sobre a viagem e sobre as impressões que você teve sobre o planeta: descreva o lugar e seus habitantes, explique como você fez
para se comunicar, que tipo de alimento havia lá, que aventuras viveu,...
Lembre-se: você deve...
• participar dos fatos relatados;
• apresentar fatos ou ações que já aconteceram;
• apresentar palavras e expressões que indicam tempo;
• descrever as paisagens, os habitantes e os lugares.
Seja bem criativo!
Rascunho:
Agora, avalie seu texto:
O título é sugestivo.
Relata fatos ocorridos com o narrador.
Os verbos estão no passado, ern 1ª pessoa.
Há descrições das pessoas e dos lugares.
Há indicações de tempo e de lugar.
As palavras estão escritas de acordo com as normas ortográficas.
Versão definitiva:
Avaliação:
Parabéns! Você cumpriu os seguintes itens:
Título sugestivo Indicações de tempo e lugar Respeito à paragrafação
Relato de viagem Descrições Linguagem adequada à proposta
Relato de fatos em 1a
pessoa Respeito à ortografia Respeito à proposta de redação
Verbos no passado Respeito à pontuação Letra legível
Jogo de Inventiva - Receita Deliciosa
1. Complete os quadros com o que se pede:
1 nome da sua comida preferida.
2 seu nome.
3 número maior que dois.
4 substantivo masculino no plural.
5 número maior que seis.
6 substantivo masculino no plural.
7 adjetívo masculino no plural.
8 utensílio de cosinha no plural.
Ex: garfos, panelas, colheres etc.
9 nome de uma verdura.
Ex: espinafre, repolho, chuchu etc.
10 nome de uma comida que você não gosta.
11 medida de tempo no plural.
Ex: minutos, horas, dias, etc.
12 nome feminino de uma fruta no plural.
15
Ex: laranjas, jacas, etc.
13 adjetivo masculino no singular.
14 adjetivo feminino no plural.
Agora complete o texto abaixo utilizando as palavras que você escolheu. Em cada um dos espaços você deverá escrever apenas a palavra
que está indicada pelo número.
(1)____________________ a la (2)__________________________
Ingredientes
(3) ________________ (4) ____________________
(5) ____________ (8) _____________ de(6) ____________ (7) _____________
(9) ________________
(12) ____________ (14) _____________
Modo de fazer
Lave e corte os (3) ____________ (4) _____________ e leve-os para cozinhar em fogo baixo. Amasse bem os (6) ____________ (7)
_____________ e faça uma massa bem macia. Reserve.
Forre uma forma com (9) ____________ , como se estivesse fazendo (10) ____________.
Mexa os (4) ____________com a massa de (6) ______________ (7) ________________ e leve tudo ao forno
por (5) ____________ (11) _____________.
Deixe esfriar e enfeite com(12) ____________ (14)____________ frescas. Fica muito
(13) _____________!
Serve(5) ____________ pessoas.
93. Dobraduras
A professora cria uma história e vai executando dobraduras. As crianças podem participar tentando acompanhar as dobras, ou
simplesmente vendo e ouvindo a mágica transformação do papel. Nesse caso, ela não fica passiva, mas é estimulada a se exprimir
verbalmente, enriquecendo o vocabulário, o senso artístico, cantando canções alusivas às figuras que surgem.
Às crianças pequenas que ainda não possuem habilidades para fazer dobradura sugerimos que sejam incluídas nas histórias dobras como:
 sons de raios e trovões: balançar folhas no ar; rasgar a folha bruscamente de uma vez.
 ondas revoltas do mar: rasgar o papel em tiras.
 luneta: enrolar uma folha formando um canudo.
 gravetos: torcer folhas de papel
a) Dobrando de qualquer jeito:
A professora distribui retângulos ou quadrados para as crianças que os dobram, como desejarem. As dobraduras são analisadas individual
ou coletivamente e pintadas ou completadas com lápis colorido.
As crianças contam o que dobraram e reunindo as dobraduras inventam histórias.
b) Kirigami:
Dobram-se tiras de papel retas ou escantilhadas, e que tem a fascinante propriedade de mudar de cara quando dobradas e recortadas.
As crianças inventam histórias a partir das imagens que surgirem dos recortes e dobras.
Exemplo:
c) Dobraduras e painel
Cada criança faz a dobradura que souber (peixes, aves, aviões, barcos, etc). Ao final, juntas, montam um painel e inventam uma história
que será escrita.
d) Dobraduras e maquete
As crianças escolhem o que desejam dobrar (bichos, objetos, etc). Montam uma maquete integrando as dobraduras. Criam histórias sobre
ela.
e) Histórias com dobraduras e dramatização
O banho
16
Distribuir às crianças duas folhas de sulfite. Avisar que vão usar uma folha de cada vez. ―Faz de conta que hoje está muito quente. O
que podemos fazer com esta folha de papel para refrescar?" (leque, ventarola, abano etc).
Que tal tomarmos um banho? seguram a outra folha sobre a cabeça. Uma criança passa sabonete na outra; lava as costas; etc.
A toalha está encharcada? Vamos torcê-la? (torcer o papel)
"Vamos pendurar a toalha?‖ (desamassar as folhas e pendurar no varal)
"Que tal dobrá-la e pôr no armário?‖ (dobrar o papel)
"E o banho virou festa!‖
Cada criança inventa um instrumento com uma das folhas (corneta, flauta, etc).
Cantar e tocar os instrumentos.
Mário Marinheiro
Mário Marinheiro vivia ao ar livre, ele podia observar o vôo das aves e os ninhos de passarinhos dos mais variados
formatos.
Certo dia Mário resolveu morar numa casa.
Para se proteger do sol ele usava um bonito chapéu.
Quando precisava de saquinho para pipoca, copo ou coador, podia obtê-los virando o chapéu para baixo.
Um dia, sentiu que o chapéu que construíra era muito grande e resolveu reformá-lo. Uniu então as pontas do chapéu, como se fossem o
bico de um passarinho.
Levantando as pontas que apontavam para baixo, uma para cada lado, Mário Marinheiro obteve um chapéu menor.
Como o chapéu continuava grande, tentou diminuí-lo novamente, repetindo as mesmas dobras.
Mas, arrependido, desdobrou as últimas dobras, puxando para fora suas duas pontas.
Qual não foi sua surpresa ao ver o chapéu transformar-se num barco!
Certo dia, navegando em alto mar, o barco de Mário Marinheiro começou a balançar de um lado para o outro, pois as ondas estavam
revoltas por causa da chuva que começara a cair. No céu havia muitas nuvens, que provocaram trovões barulhentos.
* Neste ponto da brincadeira, as crianças podem participar, produzindo ruídos de tempestade com outras folhas de
papel.
De repente, o barco bateu num rochedo, o que lhe arrancou a parte da frente – a proa.
17
O barco rodopiou e foi arrancada a parte de trás – a popa.
Em seguida o barco emborcou, virando o mastro de ponta-cabeça e bateu num recife, perdendo a ponta do mastro.
O barco foi então afundando, afundando e se desmanchando. Como Mário Marinheiro sabia nadar e boiar muito
bem, pois praticava esportes e tinha muita resistência, foi nadando até a praia e salvou-se... graças a seu barco, que
se transformara adivinhem em quê?
Numa camiseta salva-vidas!
f) Trava-língua com dobradura
Recitar o trava-língua e ir dobrando o papel.
O rato e a rosa Rita ou a rata.
Para o corpo
Para a cabeça
g) Parlenda com dobradura
Recitar e dobrar:
―Lá em cima do piano,
tem um copo de veneno
quem bebeu, morreu
o culpado não fui eu.‖
Piano
Copo
h) Enrolar um papel como uma trombeta e recitar Retreta:
18
"Quando toca a retreta
na praça repleta
se cala o trombone
se toca a trombeta.‖
i) Gato
Pode pintar o gato com listras amarelas e pretas e recitar TIGRES TRISTES:
"Três pratos
de trigo
para três tigres
tristes.‖
j) Dobrar uma ave
Fazer um ninho para as dobraduras e recitar:
―Num ninho de mafagafos
havia três mafagafinhos.
Quem desmafagafizar
os três mafagafinhos,
bom desmafagafizador será.‖
Pode recitar também PARDAL PARDO:
―— Pardal pardo, por que pairas?
— Pairo sempre e pairarei,
porque sou o pardal pardo,
o pairador d’el-rei.‖
k) Dobrar a cara de uma pessoa
Papel lustro duplo
Recitar:
ZÉ É
Zé é
ducatiribe
salamacute
fifirifife
Cadê a Aninha inha,
ducatiribinha
saIamacutinha
fifirififinha?
— Saiu com a Rute ute,
ducatiribute
salamacutute
fifirififute,
visitar o João ão,
ducatiribão
19
salamacutão
fifirififão.
ou
O VELHO
Por aquela serra acima
vai um velho seco e peco.
— Ó seu velho seco e peco!
este cepo seco é seu?
ou
VELHA FURUNFUNFELHA
Era uma vez um caçador
furunfunfor, triunfunfor, misericuntor,
que foi a caça
furunfunfaça, triunfunfaça,
misericuntaça ;
e caçou um coelho
furunfunfelho, triunfunfelho,
mesiricuntelho...
Então pegou o bicho
furunfunficho, triunfunficho,
misericunticho,
e pediu:
"— Velha fufunfunfelha, triunfunfelha,
misericuntelha,
assa-me este coelho
furunfunfelho, triunfunfelho,
misericuntelho.
— Pois não – disse a velha
furunfunfelha, triunfunfelha,
miseticuntelha.
E pegou o coelho
furunfunfelho, triunfunfelho,
e assou no forno
furunforno, triunfunforno,
misericuntorno;
mas tendo fome
furunfunfome, triunfunfome,
misericuntome
comeu o assado
furunfunfado, triunfunfelho,
misericuntado.
Quando veio o caçador
furunfunfor, triunfunfor, misericuntor
procurar o almoço
furunfunfoço, triunfunfoço,
misericuntoço
perguntou assim:
— Velha furunfunfelha, triunfunfelha,
misericuntelha,
onde está minha caça
furunfunfaça, triunfunfaça,
misecicuntaça?
— Ó meu senhor
furunfunfor, triunfunfor, misericuntor
disse a velha
furunfunfelha, triunfunfelha,
misericuntelha.
O seu coelho
furunfunfelho, triunfunfelho,
misericuntelho,
comeu-o o gato
furunfunfato, triunfunfato,
miserincuntato...
l) Pintinho
1 círculo grande
1 círculo pequeno
1 triângulo bem pequeno
Algumas crianças fazem o pintinho e outras a pipa.
Recitam:
20
PINTO
O pinto pia,
a pipa pinga.
Pinga a pipa,
o pinto pia.
Pinto pia,
pipa pinga.
Quanto mais
o pinto pia
mais a pipa pinga.
m) Dobradura do sapo e do saco
Confeccionar um saco e o sapo:
Recitar:
O SAPO NO SACO
Olha o sapo dentro do saco,
o saco com o sapo dentro.
o sapo batendo papo
e o papo soltando vento.
n) Carta do Saci
A professora simula o recebimento de uma carta do Saci que diz o seguinte:
―Mata dos Tucanos, dia de São Nunca.
Oi piazadal Aqui quem tá falando é o Saci-Pererê.
Quem nunca me viu? Tem cara de pavio!
Prá quem não me conhece, estou mandando uns papéis recortados que é só dobrar pra me conhecer.
E vai dobrar antes quem disser isto daqui bem rápido:
O Saci tem o peito preto
quem disser que o peito do Saci não é preto,
tem o peito mais preto,
que o peito do Saci.
Vê se vocês gostam dessa?
O Saci não é pato,
O Saci só tem um pé.
O Saci roubou o sapato
Da coitada da muié!
Distribuir 8 quadrados de papel para cada criança dobrar o Saci criar histórias, adivinhas, escrever cartas, etc,
para o Saci.
Dobradura do Saci
Cabeça
Abre
Corpo
21
Abre Desvira Desenhar
Perna
Abre Dobra no meio
Braço
Abre Dobra no meio
Cachimbo (dobrar em papel bem pequeno)
BIBLIOGRAFIA
ASCHENBACH, Lena; et al. A arte-magia das dobraduras. São Paulo: Scipione, 1990.
BERALDO, Alda. Trabalhando com poesia. vol. 1 e 2, São Paulo: Ática, 1990.
CHARTIER, Anne-Marie et alli. Ler e Escrever. Entrando no mundo da escrita. Porto Alegre: ARTMED, 2001.
CRAMER, Eugene H. e CASTLE, Marietta (org.). Incentivando o amor pela leitura. Porto Alegre: ARTMED,
2001.
COELHO, Betty. Contar histórias, uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 1989.
COSSON, Rildo. Letramento Literário. Teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006.
22
COSSON, Rildo. Círculos de leitura e letramento literário. São Paulo: Contexto, 2014.
FARIA, Maria Alice. Como usar a literatura infantil na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004.
JOLIBERT, Josette (coord.). Formando crianças leitoras. Porto Alegre: ARTMED, 1994.
HEYLEM, Jaqueline. Parlenda. Riqueza Folclórica. São Paulo: HUCITEC, 1987.
MELO, Veríssimo de. Folclore Infantil. Belo Horizonte: ltatiaia, 1985.
PAUSAS, Ascen (org.). A Aprendizagem da Leitura e da Escrita a Partir de uma Perspectiva
Construtivista. Porto Alegre: ARTMED, 2004.
POSLANIEC, Chistian. Incentivar o prazer de ler. Actividades de leitura para jovens. Porto, Portugal: Editora
Asa, 2006.
RICHE, Rosa; HADDAD, Luciane. Oficina da palavra. São Paulo: FTD, 1994.
RODARI, Gianni. Gramática da fantasia. 5ª ed., São Paulo: Summus, 1982.
DOHME, Vânia. Técnicas de contar histórias. São Paulo: Informal Editora, 2000.
SARAIVA, Juraci Assmann (org.) Literatura e alfabetização: do plano do choro ao plano da ação. Porto
Alegre: ARTMED, 2001.
SARAIVA, Juracy Assmann; MÜGGE, Ernani. Literatura na escola. Propostas para o ensino fundamental.
Porto Alegre: ARTMED, 2006.
SISTO, Celso. Textos e pretextos sobre a arte de contar histórias. Curitiba: Positivo, 2005.

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  • 1. 1 APOSTILA COM SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM A LITERATURA INFANTIL ELABORAÇÃO: PROFª ELISA MARIA DALLA-BONA 1. Músicas para criar um “clima” de preparação do ambiente: Antes de começar a narração é preciso criar um clima de atenção e concentração. Acomodar os alunos para que se sintam confortáveis e bem sentados. Era uma vez assim vai começar a linda história que agora vou contar Bata palmas, minha gente bata palmas, outra vez bata palmas, bem contente vou contar... era uma vez No mundo da fantasia nós todos vamos estar qual será a musiquinha que juntos vamos cantar? qual será a historinha que todos vamos contar? 2. Fazendo a narração A opção do professor pode ser por LER ou por NARRAR uma história. Qualquer que seja a opção é indispensável o estudo antecipado da história, lendo-a atentamente e preparando a leitura ou a narração. O uso da voz é muito importante. A entonação, a boa dicção, a transmissão de sentimentos de calma, segredo, atenção, emoção, medo, etc. Os gestos, a expressão facial, ajudam a dar ênfase na narração. Incluir na narração pausas rápidas, momentos de suspense, dar o ―tempo certo‖ para introduzir um novo momento da história, são indispensáveis para atrair o ouvinte. Há textos que requerem, indispensavelmente, a apresentação do livro, pois a ilustração os completa. Devemos mostrar o livro para a classe virando lentamente as páginas com a mão direita, enquanto a esquerda sustenta a parte inferior do livro, aberto de frente para o público. Ao LER é muito importante segurar o livro virado para as crianças, de forma que possam visualizar a ilustração paralelamente à leitura feita pelo professor. O NARRAR consiste em recorrer à memória para espontaneamente apresentar a história às crianças. A escolha de uma história com que o narrador se identifique, facilita a sua memorização e lhe dá prazer em trabalhar. È mais envolvente quando o narrador apresenta detalhes dos personagens, seus nomes, características psicológicas, as frases essenciais, os lugares e situações que chamem a atenção. Isto auxilia a criação de um cenário que facilita a imaginação das crianças. Evitar interromper a narrativa para dar explicações do vocabulário, ou chamar a atenção dos alunos. As palavras desconhecidas podem dificultar a compreensão dos alunos? Tauveron (2002) afirma: O vocabulário não constitui um obstáculo maior à compreensão. Uma palavra só faz sentido num contexto, assim é preciso primeiro compreender o contexto e às vezes o texto para finalmente compreender a palavra. Saber ler é saber não parar, não se bloquear sobre uma palavra, é não interromper seu trabalho intelectual com uma particularidade. Nos enganamos quando pensamos ajudar os alunos ao fazermos a ―tradução‖ do vocabulário, além de criarmos a falsa idéia de que a compreensão de cada palavra leva à compreensão do texto. A caça às palavras ―difíceis‖ ignora também as intenções estéticas do autor e a interação do texto e do leitor. O uso de um sinônimo ou de uma paráfrase no lugar de uma palavra do texto é uma maneira de subestimar os valores da escolha lexical do autor. Cabe ao leitor fazer a ligação entre as palavras que vacilam quando as aproximamos e que lembram uma rede plural, na medida em que a cada confrontação fazem aparecer novos estratos de sentido. Sempre permitir que ao final da narrativa os alunos expressem suas ideias e emoções. Permitir que os alunos façam a leitura em voz alta das suas próprias produções. Os alunos precisam sempre de um tempo de preparação ou um tempo de leitura silenciosa, antes da leitura em voz alta, para preparar a entonação que é um excelente meio de tradução de tudo o que pode se constituir o implícito do texto: a atmosfera da narrativa, os sentimentos dos personagens, o humor. 3. A criança como protagonista Misturar o nome das crianças da sala nas histórias, nos poemas, nas parlendas, etc. Descrever os personagens de uma história a partir das características físicas das crianças. Por exemplo: O Mário Marinheiro tinha os cabelos crespos como o do Fulano, os olhos pretos como os do Ciclano, era magro como o Beltrano, etc. 4. Adivinhe quem é Prepara-se cartões com a imagem de personagens e cartões com a sua descrição (características físicas, psicológicas, hábitos, moradia, alimentação etc.). As crianças devem juntar os cartões correspondentes e comentá-los com os colegas. O passo seguinte seria que os alunos tentassem descrever personagens de contos conhecidos para que os colegas adivinhassem de quem se trata. 5. Autobiografias Solicitar aos alunos que destaquem um episódio de suas vidas e o relacionem com um episódio de um livro. Essa busca de paralelos pode ser tanto de semelhanças quando de diferenças. Outra consiste em contrapor a vida do aluno à trajetória da protagonista. O aluno também pode dizer o que faria se estivesse vivendo tal situação ou pode aconselhar à personagem assumindo o papel de membro da família ou amigo.
  • 2. 2 6. Atividades diversificadas Realização de uma atividade onde paralelamente, os alunos divididos em grupos, realizam a leitura, a dramatização e o registro simbólico e/ou gráfico da história lida. 7. Atualização de contos Propor que as crianças relembrem os contos de fada, atualizando-os: Como seria a história se acontecesse hoje? Contar versões atuais como: ―Chapeuzinho Vermelho de raiva‖ de Mario Prata; ―A mãe da Chapeuzinho Vermelho‖ de Lívia Garcia Roza; ―Cinderela Brasileira‖, de Marycarolyn France. 8. Ao redor de um autor a) Selecionar um autor a ser estudado e justificar esta escolha. O professor não deve impor um autor, mas junto com as crianças fazer esta escolha. b) Os alunos devem localizar dados biográficos do autor (internet, contracapas das suas publicações). Ver sua foto, conhecer a cidade onde nasceu, os cursos que fez, os autores que o influenciaram etc. Podem organizar estes dados num livro coletivo elaborado pela turma. c) Os alunos devem ir a bibliotecas para emprestar as suas obras. Trazer todas as obras possíveis deste autor, para que sejam lidas pelos alunos. d) Na sala devem fazer uma organização cronológica destas publicações. e) Os alunos podem ser divididos em grupos. Cada grupo será responsável pelo aprofundamento em uma obra. Localizar os indícios da obra: - tema do livro; - retrato do personagem principal; - indicações sobre o lugar da ação; - características da ilustração. Cada grupo deve ler (pesquisa internet) e escrever a crítica do livro. O objetivo é ajudar as crianças a superarem as opiniões superficiais sobre um livro, emitindo uma opinião avaliativa sobre o interesse que uma obra provoca e o valor que lhe atribuímos. Primeiramente, os alunos precisam conhecer críticas de filmes e livros para entenderem como funciona a elaboração de uma crítica. Algumas questões que podem auxiliar nas discussões sobre o conteúdo de uma crítica: - Para quem este texto foi escrito? Por quem? Por quê? - Vocês estão de acordo com o autor desta crítica? Explique a tua resposta. Num segundo momento as crianças escrevem as suas críticas, seguindo um roteiro básico: - esclarecer o que está em jogo no texto e seu propósito: tentar ver as qualidades e as fragilidades de um livro para realizar um julgamento argumentado e motivado; - para ajudar as crianças em sua reflexão podemos lhes propor uma grade de análise: Qual o interesse global do livro? - É um livro que faz rir: como? - É um livro que faz sonhar: por quê? - É um livro que faz refletir: sobre o que? - É um livro que faz descobrir coisas desconhecidas: quais? Qual é o interesse da história? - A ação, o suspense? - Provoca o desejo de ler e saber a continuação? Qual é o interesse dos personagens? - Podemos imaginá-los bem? - Eles são bem diferenciados e vivos? - Eles são engraçados? - Eles nos ensinam coisas? - Nós gostaríamos de ser como eles? Qual é o interesse das ilustrações?
  • 3. 3 - Você tem desejo de ler outro livro deste autor? f) Apresentar as obras aos demais alunos. g) Comparar as obras estudadas e a evolução do trabalho do autor. h) Trabalhar a intertextualidade. Encontrar outros autores com características literárias semelhantes. 9. A verdadeira história dos três porquinhos Ler a história dos três porquinhos e depois ler: SCIESZKA, Jon. A verdadeira história dos três porquinhos. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993. Criar uma nova versão para o conto original. 10. Binômio fantástico Duas crianças, cada uma diz ao ouvido da professora uma palavra. A professora escreve as duas palavras no quadro negro. As crianças criam frases com as palavras. Por exemplo: ―Cão‖ / ―Armário‖; o cão com o armário; o armário do cão; o cão sobe no armário, etc. Em seguida inventam uma pequena história a partir da frase mais engraçada. Montar um painel ou livro e colocar no cantinho de literatura. Sempre que possível recontar estas histórias criadas pelas crianças. 11. Boneco contador de histórias As crianças confeccionam um boneco (de meia, jornal, etc). Com o boneco no colo, contam histórias, recitam poemas e trava-línguas. As crianças adoram confeccionar o boneco, este facilita a expressão para os mais tímidos. 12. Brincando com o absurdo Imaginar situações absurdas partindo da fórmula: O que aconteceria se... o fulano acordasse transformado em uma horripilante barata? E o Ciclano de tão bravo se transformasse no lobo mal? E a Beltrana se perdesse na floresta? E o Lobo Mau se perdesse na floresta? E a bruxa precisasse ir a uma festa, mas tivesse perdido sua vassoura? O saco de papai Noel fura na noite de Natal e então... Podem-se montar livros com recortes de figuras, ou desenhos das crianças e recortar em tiras horizontais cada página que ao serem folheadas, alternadamente, criam-se personagens absurdos. Os livros de pano, com elementos fixados com velcrom, permitem a criação de paisagens e personagens absurdos na medida em que as peças são grudadas em páginas diferentes. O livro ―Quem espia se arrepia‖, de Eva Furnari é uma boa inspiração para criar um livro jogo, com ilustrações de situações absurdas. 13. Caixa-surpresa Confecção de uma caixa-surpresa que conterá sugestões de livros, recortes de jornais, de revistas que divulguem determinados títulos. Pode-se criar quebra-cabeças que quando montados recordam alguma história, título ou personagem. 14. Caixa do impossível Após a leitura de um livro, os alunos são provocados a conversar sobre ele e emitir opiniões. Depois são chamados, um a um, para pegar na Caixa do Impossível uma frase, como: um tubarão vegetariano, uma cabra voadora, um sertão que neva etc. Eles devem justificar aquele impossível , por exemplo, o tubarão é vegetariano porque é alérgico a carne, a cabra voa porque mergulhou no pó do pirilimpimpim. Após devem escrever a frase e ilustrá-la para construírem um livro coletivo sobre as justificativas do impossível. 15. Características selecionadas Cada criança coloca num papel, sem se identificar, suas qualidades, hábitos e/ou preferências. Os papéis são misturados numa caixa e cada participante tira um, lê alto e tenta descobrir a quem pertence as características indicadas. Caso não consiga acertar a pessoa deve se identificar. Ao final, em pequenos grupos, criam histórias com algumas das características selecionadas. 16. Cartazes de pregas Confeccionar cartazes de pregas. Em tiras escrever trava-língua, poemas, parlendas, etc. e encaixar nas pregas do cartaz. Diariamente as crianças retiram as tiras, lêem e ou copiam e renovam as tiras quando aprendem novidades. 17. Cartazes publicitários Para iniciar a percepção das crianças sobre o trabalho publicitário, podem-se trazer propagandas de todo tipo para a classe. As crianças podem analisá-las, classificá-las e recortá-las para tirar suas próprias conclusões. Confeccionam cartazes alusivos aos contos que mais gostaram, ou de novos títulos adquiridos pela escola, para serem fixados nas salas de aula e corredores da escola. A criação de cartazes deve ser orientada para que sejam sintéticos e impactantes, característicos do trabalho publicitário. 18. Cena preferida
  • 4. 4 As crianças escolhem uma história a ser contada. Logo em seguida pede-se para que desenhem a cena mais interessante. Registram em baixo, por escrito, o porquê da escolha da história e daquela cena. 19. Cesta dos sustos Cada criança confecciona com restos de lã e com pequenos círculos de cartolina uma careta ―monstruosa‖ e põe esse objeto em uma caixa de fósforos. Depois que todos os ―sustos‖ estão feitos, as crianças colocam sua caixa de fósforos numa cesta, que passa a circular entre elas. Cada criança abre uma caixa e expressa seu espanto ou medo diante do ―susto‖. Podem-se reunir, por escrito, histórias que contem os medos das crianças e os demais dão soluções para enfrentar os medos. 20. Cineminha Com desenhos e gravuras sobre folhas sulfites emendadas, confeccionar um ―rolo de filme‖. Com caixa de papelão confeccionar uma televisão. Colocar um pedaço de pau em cima e outro embaixo para passar o ―filme‖. Ir desenrolando e contando a história ou a lenda. O cineminha pode ser de poemas ou parlendas. Neste caso haverá a parlenda ou o poema escrito e ilustrado pelas crianças. À medida que o filme vai passando as crianças recitam. 21. Clubes de leitura Incentivo à criação de clubes de leitura, onde crianças mais velhas contam histórias para as mais novas, realizam atividades de leitura entre crianças da mesma idade, fazem campanhas de leitura e de ampliação de acervos, etc. 22. Confecção de livros Ler determinado livro, procurar figuras de revistas, montar personagens e cenário. As próprias crianças colam nas folhas que depois serão grampeadas. Em seguida todos juntos contam a história. Escrever em baixo das gravuras a história. Pode-se montar histórias criadas pelas crianças e confeccionar livros individuais. As ilustrações podem ser feitas pelas crianças que desenham os personagens, recortam e compõem com os das outras crianças e os recortes de revistas as páginas do livro. O livro pode ser também de parlendas, lendas, adivinhas, poemas, etc. Os livros com dobraduras ficam muito interessantes. 23. Criação de final de história A professora lê um trecho de uma história, com muita ênfase, faltando pouco para terminar, ela interrompe e as crianças criam um desfecho para a história iniciada pela professora. O registro da história criada pode ser feito num livro, num painel, num cineminha, etc. 24. Criar histórias a partir de um título Esse título pode ser escolhido entre os criados pelas crianças, e a história escrita em pequenos grupos. Os títulos podem surgir dos prefixos arbitrários, de palavras tabus etc. 25. Diários É uma atividade inspirada nos diários de bordo ou diários de campo. O professor orienta o aluno a escrever um diário, registrando suas impressões sobre o livro durante a leitura. Pode ser feito o diário de classe, em que o professor e os alunos, coletivamente, escrevem relatos de leitura. 26. Descrição de gravuras Dar gravuras e pedir para as crianças montarem o texto. A professora deve fazer uma seleção de gravuras retiradas de revistas ou jornais. As crianças escolhem a que mais lhe agrada. Primeiramente descrevem o que visualizam e em seguida colocam as figuras numa seqüência que permita a criação de uma história. Registrar em papel bobina as histórias contadas pelas crianças. 27. Desenho de personagem Motivar as crianças para que primeiramente imaginem um personagem. Fazer perguntas como: Este personagem é uma pessoa? É um animal? É gordo ou magro? É alto ou baixo? É brabo ou tranqüilo? O que gosta de comer? O que gosta de fazer? Etc. Depois desenhar o personagem e descrevê-lo para os demais colegas. Em equipe formar uma história, juntando os personagens. Montar um livro ou um painel com os personagens e escrever a história criada. 28. Diagrama  Dada uma palavra criar um diagrama encontrando outras palavras que tenham sentido com ela: B R A S I L N E I A S B Ç P E L E I Ç Ã O
  • 5. 5 O R O N D S P A T R I A A D B E I A L E G R I A I D A D E 29. Diferentes versões de uma história Por exemplo, colocar à disposição dos alunos diferentes versões de Chapeuzinho Vermelho. Fazer um estudo comparado: - modo de apresentação da heroína: "a mais bela da aldeia", "curiosa, pouco obediente", "loira, doce e alegre", etc. Mas também o modo de apresentar a vestimenta que dá o nome ao conto: "capa", "capuz", "capuzinho vermelho", "touca" etc.; - conteúdo do cesto: "boroa de bom pão, garrafa de vinho novo", "gulodices, pãezinhos, frutas e bolos", "coisas boas para comer", "bolachas e um pote pequeno de manteiga" etc.; - descrição da avó: "avó doente", ―triste‖ etc. - descrição das ações do lobo: "devora a avó, mas não a neta", "empurra a avó para dentro do armário", "mau, manhoso, come a avó e o Chapeuzinho Vermelho" etc.; - descrição das acções do salvador: "lenhador que abre a barriga do lobo à machadada", "caçador que mata o lobo"; "caçador com uma faca; o lobo foge", "lenhador que assusta o lobo" etc.; - conclusão do conto: "promessa de nunca mais falar com estranhos", "promessa de não voltar a desobedecer", "o lobo parece-se com as pessoas, tem cuidado!" etc. 30. Dramatização Após lida uma história, uma lenda, um poema, etc. as crianças comentam sobre os personagens que mais lhes agradou, criam roupas (de jornal, etc) para caracterizar os personagens e dramatizam. Para enriquecer ainda mais o jogo o educador pode assumir papéis de caçador; lobisomem, etc. e participar junto com as crianças. Dramatizações podem ser coletivas ou individuais. Se o jogo tiver sido divertido, escrevem um texto sobre as atividades feitas neste dia. Se o texto ficar realmente interessante e as crianças animadas, elas poderão tentar copiá-lo em uma folha individual e fazer as ilustrações à vontade. As dramatizações podem ser com fantoches, marionetes, bonecos de luvas, de vara, de massa, de sucata, com atores, máscara, mímica, corpo e voz, sonoplastia e cenário. 31. Entrevistando um personagem As crianças escolhem uma personagem de uma história, lenda, etc. Uma criança ou um grupo de crianças se caracteriza (fantasia, maquiagem, etc.) como o personagem escolhido. Outro grupo elabora perguntas que serão feitas ao personagem que terá que respondê- las. O livro ―A verdadeira história dos três porquinhos‖ (Jon Scieszka) mostra a versão do lobo sobre a clássica história. 32. Errando as histórias Inventar um início ou final para uma história já conhecida pelas crianças. Por exemplo: um lobo bom e uma Chapeuzinho Vermelho má. Uma Cinderela mais má que a madrasta. Trocam palavras das parlendas, respeitando as rimas. Por exemplo: chuva e sol casamento de espanhol, chuva e sol casamento de caracol. 33. Fantasias As crianças fantasiam-se como quiserem e apresentam os personagens que criaram. Unindo os personagens criam uma nova história ou encenam a contada. Depois de ouvirem lendas as crianças serão o personagem principal, por exemplo:  Fantasia do Curupira Pés de papel que deverão ser presos aos tornozelos das crianças, apontando para trás. Peruca vermelha confeccionada com retalhos de jornal ou papel colorido; costurados ou colados a uma touca de meia. Pequenos retalhos de jornal para prender no corpo e imitar os pelos do corpo do Curupira. Disfarçar um cabo de vassoura para transformá-lo na montaria do Curupira.  Fantasia de Saci Cachimbo de jornal enrolado ou pedacinhos de madeira ou ainda modelado de massinha. Capuz vermelho, feito de jornal pintado ou papel colorido. Dramatizar as atitudes do Saci como andar numa perna só, equilibrar o cachimbo na boca, etc. Podem ainda costurar as fantasias: deixar um lugar (uma mesinha ou um canto qualquer) em que estarão os materiais (agulhas, panos, ―recheio‖, etc.).
  • 6. 6 Esta atividade pode ser feita dividindo a sala em pequenos grupos, diversificando a atividade. Enquanto uns costuram, outros lêem, outros colam, outros recortam, etc. Em 15 minutos faz-se rodízio, até que todos passem por todas as atividades. 34. Fantoche A professora lê a história, a lenda, etc., para as crianças. Ao término as crianças montam fantoches dos personagens (com cartuchos, de dedo, etc) e reconstroem a história, a lenda, etc. Os fantoches podem ensinar parlendas, trava-líguas, adivinhas e outros. Os fantoches também podem ser usados de forma interativa com as crianças, elas mesmas manuseando-os durante a narração. Podem-se utilizar os ―dedoches‖ que são pequenos fantoches utilizados nos dedos. 35. Ficção e realidade Relacionamento dos elementos ficcionais do texto com a realidade, utilizando jornais, revistas, reportagens, depoimentos e ilustrações. Estabelecer relações entre a fantasia e a realidade (ex. contar a história ―João e Maria‖ e retirar reportagens de jornais que tratam de crianças abandonadas), a fim de que os leitores apreendam a literatura como um processo simbólico. 36. Figuras sobre cenário O cenário será um quadro básico (paisagem, ambiente) a ser criado coletivamente pelas crianças. As figuras poderão ser presas com tachinhas, ou ser do tipo velcômetro (fixadas com velcrom), que irão compondo as cenas conforme o desenrolar da história. 37. Fotos Fazer a caracterização das crianças para a encenação de um conto. Fotografar as cenas principais. Com as fotos colocadas em seqüência recontar os contos. Fazer um acervo de ―contos fotografados‖ para o cantinho de leitura. 38. Formas, cores e elementos mágicos Atribuir emoções e ações para cores, formas e objetos. Ao ser sugerida uma cor as crianças lhe atribuem uma intensidade (ex.: vermelho – vibrante; azul – sereno; etc.). Ao ser sugerida uma forma as crianças lhe atribuem uma emoção (ex. quadrado – sério; círculo – divertido; etc.). Ao ser sugerido um objeto as crianças lhe atribuem uma função mágica (ex.: tapete – voador; anel – extraterrestre; etc.). Montar histórias com o que for criado. 39. Gravuras Reproduzem-se desenhos de livros, e, conforme for se desenvolvendo a história, a professora vai apresentando as gravuras, respectivas à situação apresentada. Ou ainda, a professora mostra uma gravura, como um cachimbo, por exemplo, e as crianças recitam a parlenda, inspiradas pela gravura. 40. História em três partes Dividir uma história em três partes (começo, meio e fim). Dividir as crianças em três grupos, sendo que cada um receberá uma parte da história. A partir do que receberam criam o restante da história. 41. Histórias no gravador A professora grava um conto. Ao término da leitura de cada página, gravar um som (sino, palma, bip etc.) Ao ouvir o conto sozinha, com o livro, a cada ―bip‖ a criança virará a página. A gravação pode ser feita a partir de histórias criadas pelas crianças e acompanhadas nos livros confeccionados por elas. A gravação pode ser de poemas e parlendas recitados pelas crianças individualmente, em coro ou em jogral. Sempre acompanhando no livro ou no cineminha. 42. Histórias para rir Por exemplo: O Curupira coloca os pés nas mãos; quer tomar sopa com o cachimbo do Saci; o pai coloca os sapatos nas mãos; etc. Montar livro com páginas duplas que abrem para a direita e para a esquerda. Quando folheadas alternadamente cria-se situações engraçadas. Por exemplo: animais que trocam de rabo. 43. Histórias tabus Ouvir a narrativa de poema como: ―Era uma vez‖, de Sérgio Caparelli (no livro Tigres no Quintal, Ed. Kuarup) ou Merda e ouro (Paulo Leminski). Ler a história: ―Da pequena toupeira que queria saber quem tinha feito cocô na cabeça dela‖, de Werner Holzwarth e Wolf Erlbruch (Ed. Companhia das Letrinhas). Com palavras proibidas (palavrões) ou evitadas normalmente as crianças poderão inventar histórias. O objetivo é favorecer o crescimento da livre expressão, a confiança da criança em si mesma. 44. Inventando poemas A professora sugere algumas rimas e as crianças inventam poemas. Por exemplo: A professora sugere:
  • 7. 7 1) Mão – Anão 2) Dione – Microfone 45. Jogo de contar histórias Uma criança conta uma história de sua própria autoria. A professora ou a criança que desejar escreve e ilustra a história. 46. Jogo de inventiva  Palavras excêntricas (como em Marcelo, Marmelo, Martelo – de Ruth Rocha).  Objetos inúteis (Ex.: uma cadeira sem acento que só não serve para sentar) Fazer mímica, criar aventuras, sons, etc para expressar o que inventaram. Conhecer várias histórias de humor, os recursos usados pelos autores neste gênero literário e depois escrever as suas histórias engraçadas. 47. Jogral Dividir as crianças em pequenos grupos. Cada grupo será responsável por recitar uma parte do poema, parlenda ou trava-língua. Algumas partes os grupos recitam juntos. 48. Júri simulado Escolher uma personagem da obra lida e submetê-la a julgamento por suas ações. Também pode ser um acontecimento ou o próprio livro como um todo. Com as crianças maiores o professor dividirá a turma em várias equipes, uma para cada função do julgamento. Haverá, assim, a equipe do promotor, a equipe da defesa, a equipe dos jurados, a equipe da assistência. Apenas o juiz, a testemunha e a personagem a ser julgada são constituídas por um único aluno. Todos devem estudar suas tarefas antes do julgamento, inclusive com registro escrito dessa preparação. 49. Laços de palavras O professor seleciona várias palavras que tenham o mesmo final, como se fossem rimas. Ele escreve cada uma dessas palavras em papeizinhos e distribui aos alunos. Em seguida, pede que formem frases com ela, porém deixando essa palavra no final da frase. Depois, a turma forma um círculo e vai unindo as frases, gerando um poema. Com as frases que sobrarem podem compor novos poemas. 50. Leitura de imagens Realização de leitura das ilustrações de uma determinada obra, mostrando sua significação dentro desse contexto. As ilustrações podem ser feitas pelas crianças ou de recortes de revistas. Montam um livro e criam a história. 51. Leitura desafio Duas classes se corresponderem durante um ano sobre diferentes questionamentos a partir de um conjunto de livros. 52. Leitura em Rede Trata-se de urn conjunto de atividades em torno dos livros, sobre um determinado tema, de modo que, de aproximação em aproximação, as crianças sejam levadas a explorar livros de gêneros diferentes, colecções, técnicas narrativas, a explicitar pouco a pouco o tema, na sua complexidade. Muitas vezes, as crianças acabam por criar elas próprias histórias relacionadas com o tema estudado. Por exemplo, sobre o tema da metamorfose, as primeiras atividades são descritas assim: Primeira sessão (2 horas) Distribuímos a cada um dos alunos um livro diferente, sem lhes ter dado hipótese de escolher. Os alunos começaram por observar os livros, as capas, os títulos, o resumo. Pouco a pouco, apareceu o tema. Muito rapidamente a discussão começou, porque todos conheciam outras metamorfoses: o filme A Mosca, um desenho animado, um anúncio publicitário. O tema estava lançado e a expectativa criada. Os alunos puseram-se a ler. Exercício proposto: preencher um questionário de tipo jornalístico - Vais entrevistar aquele que se transforma. Segunda sessão Apresentação dos questionários aos colegas. Uma única instrução nesta apresentação: não era possível, em caso algum, revelar o título do livro. Os colegas tinham à sua frente uma série de fotocópias que representavam as ilustrações decisivas das obras lidas na aula. Tinham, portanto, de identificar a imagem evocada. Ao longo das evocações, a estrutura narrativa da metamorfose revelava-se claramente. Num quadro, as crianças foram capazes de identificar aquele que se metamorfoseava, como, por que razão o fazia, qual o meio pelo qual o herói se tornava um outro. Terminado este quadro, os alu nos inventaram um novo jogo de imaginação. Selecionando um item de cada coluna, começaram a fabricar a sua própria história. No fim da sessão, os livros foram trocados. 53. Leque Sanfonar um papel em forma de leque, colocando em cada dobra uma das seguintes perguntas: Quem era? De onde veio? O que pretendia? Com quem se encontrou? Em que se transformou? Por quem foi transformado? Por que foi transformado? Que rumo tomou? Colocar 8 crianças em círculo e distribuir um pequeno pedacinho de papel e uma caneta. O leque será passado para que cada crianças escreva a resposta a uma pergunta e a insira na sanfona do leque. É importante que elas não vejam o que foi escrito pelo colega. Ao final, coletivamente criam uma história, na medida em que vão retomando as perguntas e respostas do leque.
  • 8. 8 54. Letras do próprio nome Transformar as letras do próprio nome em objetos ou personagens, criando desenhos para representá-los. Recortá-los e montar uma história. 55. Livros coletivos A partir de uma história, selecionada pelas crianças, definem como será organizado o livro: número de páginas, capa, contracapa, ilustração e texto de cada página etc. Em pequenos grupos as crianças serão responsáveis pelo desenho dos personagens, objetos e cenários definidos para cada página. Montam, ainda sem colar, sobre uma folha branca e colocam-nas em seqüência, uma ao lado da outra. Fazem a análise do que falta, ou precisa ser aprimorado para respeitar a seqüência da história. Definem detalhes do texto de cada página, que será escrito em pequenos papéis a serem colados em composição com a ilustração. Colam tudo para montar o livro. 56. Livroamiga Livroamiga é uma personagem disfarçada e que está sempre acompanhada de uma marionete e uma mala de livros. Ela conta histórias, cria expectativas sobre personagens, esconde objetos alusivos às histórias. 57. Livro de criação de personagens Imaginar um personagem, as suas características físicas e psicológicas. Em folhas A4, a professora marca 3 linhas, com distância de 7 cm uma da outra. Distribui as folhas para que os alunos desenhem o personagem imaginado, sendo no 1º espaço adereço de cabeça, no 2º cabeça, no 3º corpo e no 4º as pernas. Apresentam o seu personagem para os colegas. Colam dois personagens, pelo verso do desenho. Encadernam todos os personagens num único livro. Recortam nas linhas separando as 4 partes dos personagens. Viram algumas partes e criam novos personagens. 58. Mala de animação Levar para a sala uma mala bem decorada (capas de livros, bilhetes de viagem, fotos etc.). Quando a mala se abre o professor faz a propaganda dos livros que escolheu para colocar lá dentro e motiva os alunos para emprestá-los. A próxima mala pode ser organizada pelos alunos que ocuparão o lugar do professor. 59. Manchetes A partir de manchetes de jornal e revistas criam histórias, ou artigos. 60. Maquete Conta-se uma história, lenda, etc. Em seguida, as crianças montam o cenário e os personagens da história numa maquete. Em outros dias retomam a maquete incluindo outros personagens, outros objetos e recriando a história. 61. Marionetes São bonecos comandados por fios presos na cabeça, nas mãos e nos pés. 62. Máscaras Distribuir folhas, cartolina ou cartuchos e as crianças confeccionam máscaras, inventando histórias e dramatizando. 63. Massa mágica Música de fundo, de olhos fechados criam formas na massa de modelar. Abrem os olhos e observam as formas que obtiveram. Compor maquete com a junção das criações. 64. Novelo de lã Espalhar sobras de lã no chão e explicar às crianças que elas pegarão as cores que melhor expressem as situações colocadas pela professora: — Observem que tempestade lá fora! Raios! Trovões! Nuvens carregadas! As crianças pegam um pedaço de lã e dizem o que estão vendo (por exemplo: um pedaço branco que lembra um raio; um preto que lembra o céu; um amarelo que lembra a chuva, etc.) — Vocês estão sentindo um cheiro? As crianças pegam um pedaço de lã e dizem que cheiro estão sentindo.
  • 9. 9 — Vocês estão ouvindo este barulho? O início desta atividade objetiva familiarizar as crianças com o fato de que as cores nos transmitem sentimentos, sensações e nos lembram de coisas e situações. A atividade continua com a emenda dos pedaços de lã num novelo colorido. Colocar as crianças em círculo e na medida em que vão desenrolando o novelo, contam uma história, recitam parlendas ou poemas. Estas vão sendo criadas pelas crianças, com o desenrolar da lã. A história ou o que recitam torna-se alegre ou triste conforme as cores que estão sendo desenroladas. É importante a participação da professora para dar ênfase à história criada e para fazer os ganchos quando necessário. Obs. Pode ser feito com barbante, pintado de diversas cores ou retalhos emendados. 65. Objetos variados Confeccionar um saco bem colorido, ou uma caixa bem atraente ou uma cartola. Colocar no interior objetos como clips, canetas, retalhos, pedaços de pau, pedra, sucata, etc. A professora inicia uma história motivada por um objeto retirado do saco, as crianças procedem da mesma forma dando seqüência à história. Ao escolher o que colocar na caixa opte por coisas que instiguem a imaginação da criança. Um simples pedaço de papel pode se transformar numa borboleta e ainda um pedaço de pau num caminhão, etc.. Evite colocar brinquedos, pois as crianças dispersam a atenção. A história inventada pode ser escrita e colocada no cantinho da literatura. 66. O que você faria O que você faria para enfrentar situações como: ...voltando de um passeio, acabasse a gasolina de seu carro? Estivesse sozinho num lugar desconhecido e acabasse seu dinheiro? 67. Palavras contidas Encontrar palavras contidas em outras: PA NELA; MEL AÇO; MEL ANCIA 68. Paratextos Exploração dos índices, da capa e da contracapa O animador reparte as crianças em diferentes grupos e distribui a cada equipa a fotocópia da capa e da contracapa de um romance. As crianças devem produzir oralmente hipóteses sobre o conteúdo do livro, e um relator, por cada grupo, faz o resumo oral da discussão. No final desta série de hipóteses, o animador propõe os livros para empréstimo. Exploração do título O animador faz as crianças tirarem à sorte um de entre vários papéis; em cada um está escrito o título e o nome do autor de um livro. Em pequenos grupos ou individualmente, as crianças imaginam, durante um quarto de hora, a história do livro. As hipóteses são relatadas ao grupo e segue-se uma discussão. O animador pode criar suspense, dizendo se a história imaginada se aproxima ou não da do livro. Pode também fazer perguntas. Para aumentar ainda o interesse, um mesmo título pode ser proposto a vários grupos ou crianças individualmente. No final da sessão, os livros são propostos às crianças. Exploração dos índices O animador traz uma fotocópia de um índice completo ou parcial (sem o título do romance). A partir desse elemento, por grupos o oralmente, as crianças deverão elaborar uma história, em meia hora, respeitando a ordem dos capítulos. No fim da sessão, o livro é proposto para leitura (deve prever-se a existência de vários exemplares). Exploração da ilustração O animador propõe simplesmente as ilustrações de um livro, apresentando-as directamente, fotocopiando-as ou com a ajuda de um projector. As crianças tentam referenciar e descrever a personagem principal e as personagens secundárias; os locais da ação, as peripé- cias, o tema da narrativa. Este trabalho é feito oralmente. O animador também pode fazer perguntas. No fim da sessão, o livro é proposto às crianças (deve prever-se a existência de vários exemplares). Exploração de catálogos O objetivo é levar os jovens a ler quer os títulos quer os resumos que se lhes seguem, nos catálogos das editoras, para que descubram uma obra que tenham, eventualmente, vontade de ler. Em grupos, as crianças devem fazer o inventário dos títulos ou dos temas que lhes interessam. Pode acrescentar-se um caráter lúdico, pedindo às crianças de cada grupo para elogiarem perante os colegas, um dos livros escolhidos, a partir apenas dos elementos que possuem. Depois desta animação, impõe-se uma visita coletiva à biblioteca da escola. Exploração das novidades O animador apresenta, periodicamente, num painel ou oralmente, as novidades ligadas aos livros (filmes, telenovelas, emissões literárias etc.) e propõe a leitura dos livros em causa ANTES da difusão do filme ou da emissão. A partir de originais ou de fotocópias de um mesmo livro em edições diferentes: descoberta das diferenças (formato, edição para adultos ou para crianças, variações da ilustração...), explicação das diferentes impressões, da informação dada, das representações induzidas... Constituir grupos (três ou quatro). Propor a cada grupo um livro ilustrado cujo texto se tapou. Os grupos trabalham com os mesmos livros ou com livros diferentes. Os grupos poderão confrontar as suas próprias produções, entre eles ou, depois, com o texto do autor. 69. Parlendas e gestos
  • 10. 10 Recitam parlendas e criam gestos para expressá-las (batendo palmas, só com os dedos, batendo as mãos nos joelhos, etc.). Podem também brincar de cobra-cega, passa anel, amarelinha, cara ou coroa, etc e incluir na brincadeira como desafio ou castigo recitar poemas, parlendas, trava-língua e adivinhas. Há inúmeras sugestões de jogos com parlendas na obra (citada na bibliografia) Parlenda, Riqueza Folclórica. 70. Personagem em casa As crianças confeccionam coletivamente um boneco. Ele vai receber um nome e a descrição de suas características psicológicas e suas preferências. O personagem vai ser levado para casa, a cada dia por uma criança. Junto com ele seguirá um caderno onde deverá ser registrado por escrito (se ainda não souberem escrever um membro da família deve ajudar) e ilustrado, descrevendo como foi a visita. No dia seguinte o aluno relata aos colegas como foram os momentos vividos com o personagem. 71. Personagens amigos e seus inimigos Inventar personagens amigos e seus inimigos. Criar histórias a partir de suas aventuras. 72. Personagens desgostosos Criar histórias para personagens ou objetos que não gostam da função que exercem (ex.: pneu que não gosta de rodar; estrada que tem medo de ser pisada; cadeira que não gosta de servir de acento) 73. Poemas Declamar poemas. Ouvir um poema e criar um título para ele. Buscar palavras que rimem com as dos poemas que mais gostam e então recriá-los. Compor um poema já aprendido baseando-se nas estrofes dadas de maneira desordenada. Dar uma folha com um poema conhecido, com espaços vazios. as crianças têm que preencher esses espaços lembrando o poema. Criar um livro de poemas da classe. Mostrar caligramas. Comenta-se que esta é uma das maneiras de se escrever poemas, que o caligrama evoca de maneira visual um objeto ou um tema a que o poema alude. As palavras desenham o que o poema quer dizer. 74. Poetoteca Professor e alunos selecionam na internet e em bibliotecas poemas. Fazem cópias dos poemas e os organizam pelo sobrenome dos autores, numa pasta com divisórias. 75. Ponto em Comum Trata-se de uma introdução à literatura comparada. É preciso prever algumas pilhas de livros, dos quais dez têm um ponto em comum e 2 são intrusos (ex.: autores estrangeiros; ação principal e passa num país estrangeiro; mesmo gênero literário; personagens animais; mesmo tema.). Em equipes, cada uma é responsável por desvendar o ponto em comum e os intrusos. Decidem qual dos livros querem ler. 76. Prefixo arbitrário Basta um ―des‖ para transformar um canivete objeto cotidiano e negligenciável, porém perigoso e agressivo - em um ―descanivete‖, objeto fantástico e pacifista. Invente com as crianças o reino das ―descoisas‖, onde há um ―descanhão‖ que serve antes de mais nada para desfazer a guerra. Invente o mundo do semifantasma, ou do binóculo, ou do antiguarda-chuva. Use os prefixos micro, super, macro para criar as histórias mais fantásticas. 77. Quadrinhos Mostrar história em quadrinhos como: ―Mafalda‖ (Quino), ―A bruxinha encantadora‖ (Eva Furnari), ―Calvin e Haroldo‖ (Bill Watterson). Criar história em quadrinhos em que as crianças apareçam como personagens. Ordenar quadrinhos, dando seqüência a uma história. Colocar fala em balões. Distribuir duas folhas: uma folha com quadrinhos com imagens de objetos que possuam um ruído característico e outra com várias onomatopéias (Fom! Fom!; Triiiing!; Tic Tac; Vrummmmm!). As crianças terão que recortar e relacionar os objetos e os sons. Criam uma história em quadrinhos a partir do(s) objeto(s) escolhido(s). Transformar uma história qualquer, em história em quadrinhos. Apresentar às crianças uma história conhecida, no formato de quadrinhos, sem texto, com um personagem trocado. Recriar a história.
  • 11. 11 78. Quebra-cabeça Montagem de um quebra cabeça que contenha o início, o meio e o fim da história lida. O quebra-cabeça pode ser montado com desenhos das crianças ou recortes de figuras que são coladas sobre cartolina e cortadas as peças. 79. Roda dos livros Os alunos podem escolher livremente os livros que desejam ler. Os que encontrarem algo que julguem ser interessante divulgar aos colegas pode fazê-lo na hora da Roda: leitura de uma passagem atraente; apenas abordar o tema da obra para debater com os colegas; ou contar a história lida. Podem organizar uma Mala de animação. 80. Rompendo o conjunto Algumas palavras são ditas às crianças que com elas inventam uma história. Escolher 5 palavras que sugerem uma história conhecida e uma incompatível com a história. Por exemplo: chapeuzinho vermelho, bosque, flores, lobo, vovó, helicóptero. Selecionar três palavras que sugerem um poema conhecido e uma palavra incompatível com o poema, mas que garanta a rima. As crianças recitam o poema alternando seu final a partir da palavra que se inclui. Por exemplo: Palavras selecionadas: batatinha, chão, menininha, colchão. Poema criado pelas crianças. Batatinha quando nasce Esparrama pelo chão Menininha quando nasce Faz xixi no colchão. 81. Relógio Essa é uma oficina destinada à construção de narrativas. Ela consiste em dividir os alunos em dois grupos. Um deles será o futuro e outro o passado. O professor inicia uma história e aponta para o aluno para que ele continue a contá-la - no passado ou no futuro. Depois o texto criado coletivamente é registrado. Para que a oficina ganhe dinâmica é importante que o professor escolha os alunos aleatoriamente, movendo os braços como se fossem ponteiros de um relógio. O ponteiro da hora poderá ser o passado e o ponteiro dos minutos poderá ser o futuro. O mesmo pode ser feito em termos de positivo e negativo para qualidades de uma personagem e daí por diante. A história básica que o professor usa nessa oficina pode ser justamente o início de um conto ou de um romance. Assim, os alunos poderão em seguida verificar como as histórias deles e a do autor se aproximam e se afastam ao retratar o futuro e o passado das personagens. 82. Sacola da leitura A cada dia uma das crianças da sala leva para casa uma sacola com um livro de literatura infantil que deverá ser lido por ela, ou se ainda não estiver alfabetizada ouvirá a narração feita por alguém da família. Juntamente com o livro é enviado um caderno onde será descrito (por ela ou por quem leu para ela a história) como foi este momento. A criança deve ilustrar esta página. No dia seguinte a criança apresentará o livro e o caderno aos colegas. 83. Salada de contos Contam uma história misturando partes de histórias conhecidas. Por exemplo: Pinóquio encontra um lobo, e tomam uma poção mágica diminuindo de tamanho e indo para a Terra do Nunca e então... Usar dedoches ou fantoches com personagens de diferentes histórias para que as crianças criem uma história misturando-os. Ver: ―Alice viaja nas histórias‖, de Gianni Rodari e Anna Laura Cartone. 84. Situações-problema Colocar numa caixa situações-problema: Como você sairia de uma ilha deserta cercada de tubarões, sem nenhuma embarcação? Você e um grupo de amigos viajavam por um país que você não falava o idioma. Num determinado momento você se perdeu do grupo. O que fez? Que situações viveu? 85. Sonoplastia e sensações A professora conta a história, a lenda, a parlenda normalmente, mas para qualquer ruído são utilizados materiais que imitam o respectivo som. Exemplo: Fogo (amassar folhas secas, amassar celofane); Chuva (mexer em água), etc. A sonoplastia pode ser feita pelas crianças ou adultos escondidos de forma que só ouçam o barulho, sem vê-los. Exemplo com parlenda: Sol e Chuva casamento de viúva (quando falar chuva despeja água de uma caneca para um balde).
  • 12. 12 Para criar sensações de vento usa-se um ventilador ou um abanador; sensações de odor usar um spray; sensações de chuva fazem-se com borrifos de água. 86. Substituindo palavras Substituir palavras num poema ou parlenda reinventando as rimas. 87. Suspense Ouvir histórias de suspense. Discutir as estratégias criadas pelo autor. Criar história de suspense a partir de perguntas como: Quem é o culpado? Quem é o detetive? Onde ocorreu o fato? Quem presenciou tudo? Quem é a falsa testemunha? 88. Teatro de sombras Uma luz projeta figuras em uma superfície opaca. A sombra pode ser de bichinhos feitos com as mãos e com figuras recortadas. A apresentação pode conter músicas e efeitos especiais. São silhuetas dos personagens da história afixadas em uma haste. Estas figuras são movimentadas em um teatro semelhante ao de fantoches, com uma lâmina fosca na janela e iluminação por trás. Permite também retroprojeção de slides de paisagens. 89. Varal poético É a exposição de poemas ou mesmo de textos em prosa feitos pelos alunos ou selecionados por eles em um cordão e presos por grampo, fitas ou outro meio. Esse varal pode ser usado para exposições ou para registro de atividades especiais feitas em sala de aula. Também é possível ser um espaço permanente de divulgação das leituras feitas pelos alunos e pode conter tanto o resultado da leitura quanto simplesmente um texto lido e que se deseje compartilhar com o conjunto da turma. 90. Visita a livrarias e biblioteca Organizar visitas procurando reconhecer como são organizados os ambientes; a partir de que critérios os livros são distribuídos nos espaços; quais os gêneros mais requisitados; entrevistar livreiros e bibliotecários; participar de atividades desenvolvidas nestes espaços. 91. Cantinho da Leitura Encontramos em Jolibert (1994) algumas sugestões para a criação do canto da leitura, na sala de aula: Classificação dos livros para conhecê-los: a classificação não é, nesse caso, a meta fundamental. As crianças são postas frente aos livros amontoados e devem classificá-las da maneira que quiserem: por tema, coleção, cor, formato... O importante é que elas os manuseiem para apropriarem-se (grosso modo) do acervo. A apropriação do próprio canto de leitura . As crianças decidem onde e como instalá-lo na sala (carpete, almofadas ou, simplesmente, mesas e cadeiras de seu tamanho). Pode-se decidir, durante o ano, mudá-lo para outro local ou modificar sua organização. . Para isolar o canto de leitura do resto da sala, aproveitar ao máximo os recursos proporcionados pelo material escolar: o painel traseiro do armário pode servir de mostrador (bastam dois suportes de prateleiras, elásticos, alguns pregos e um martelo): ao invés de ver apenas a borda do livro, as crianças descobrem de uma só vez a capa e a sua ilustração, as cores, o título em letras grandes, o que é mais atraente, mais tentador para elas. . Os livros do expositor são trocados a cada semana. Esse momento deve ser respeitado, um pouco como se fosse um ritual. . Os outros livros são guardados em caixas, em prateleiras simples (tijolos e tábuas) ou no armário (sem as portas). . Um painel pode permitir a apresentação dos poemas-cartazes ou das histórias inventadas. . Em vez de instalar o conjunto de livros de que a turma dispõe, o professor pode fazer com que eles apareçam progressivamente. Paulatinamente vai apresentando os livros, suas ilustrações, título etc., para que as crianças tenham uma primeira idéia do acervo disponível e definam critérios de organização nas prateleiras (ex.: livros sem texto, contos de fada, histórias de animais, ordem alfabética etc.) Podem criar etiquetas escritas e desenhadas para identificar o conjunto de livros de acordo com sua classificação. . Criar momentos de contação das histórias, por crianças mais velhas, ou pelos pais. . Organizar um serviço de empréstimo de livros. Um envelope de plástico, colado na terceira capa, contém uma ficha com o título. Aquele que pede emprestado retira esta ficha, escreve ali sua marca, a data do dia, usando o carimbo da classe, e coloca a ficha na caixa prevista para isso. Os "bibliotecários" podem ficar encarregados, um de cada vez, de velar pelo bom funcionamento das operações. Na devolução, o processo é inverso, a marca é riscada, a ficha volta para o seu envelope e o livro para o seu lugar na prateleira. Senão, o professor marca num caderno o dia dos empréstimos das crianças. Se o professor escolhe um dia fixo para os empréstimos, ele consagrará a isso um tempo previsto no horário, com uma certa encenação (apresentação do caderno de empréstimo, discussão sobre os livros escolhidos, etc.). Em algumas escolas, são reservados sacos plásticos de cores vivas só para isso: proteger o livro emprestado oferecendo às crianças, que geralmente não têm pasta, um meio cômodo para transportá-los. Se o professor permite que sejam retirados livros todos os dias da semana, a atividade será mais informal. Muitas vezes as crianças querem mostrar aos pais o que leram, ou reler com a mãe ou com um irmão mais velho, a história que a professora acabou de contar. Tanto num caso como noutro, o empréstimo é destinado a facilitar as trocas entre a escola e a casa, a fornecer às crianças um objeto mediador para falar com seus pais sobre o que acontece na aula. Quais os escritos no canto de leitura?
  • 13. 13 Escritos imaginários: contos, álbuns de literatura infantil, romances curtos, coleções de livrinhos que permitem ler histórias curtas "inteiramente". Preocupa-se particularmente com a presença de contos dos países de onde são oriundas as crianças migrantes (Portugal, Argélia, África, Turquia, Ásia, etc.) com alguns exemplares bilíngües ou na versão original. - Poemas e canções: evitar a simples apresentação em livro que faz com que apenas uma criança possa utilizá-lo. É melhor utilizar o fichário (mesmo que seja necessário recortar as páginas de dois exemplares da obra para colá-las em fichas de cartão). - Livros de receitas (de cozinha, de trabalhos manuais). - Catálogos e revistas para recortar. - Revistas de informação. - Histórias em quadrinhos. - Jornais infantis: a aula tem assinatura de uma ou mais publicações infantis. As crianças descobrem o prazer da assinatura: a cada mês chega um pacote pelo correio, e elas são os destinatários! - Jornais, diários ou semanais, trazidos pelas crianças quando falam de uma questão da atualidade que lhes interessa. - Álbuns nos quais estão as produções de escritos das próprias crianças ou de seus vários correspondentes: histórias, contos, poemas, dossiês, etc. Quais as atividades em torno do canto de leitura? . Lê-se um livro para si, sem ter que relatá-lo nem para o professor, nem para os colegas. Pode ser folheado em grupo. . Tira-se livros que podem ser levados para casa. Autogestão do fichário de retiradas: cada criança tem uma ficha com seu nome sobre a qual escreve o nome do livro escolhido. . Emprestar um belo álbum novinho, para cada criança, que se compromete a devolvê-lo no mesmo estado. Isso é feito no início do ano e permite que a criança se familiarize com o objeto-livro e tenha intercâmbios com sua família. Quando toda a turma o leu, fala-se coletivamente sobre ele. . Mini-exposição em torno de um tema. Após a leitura de um conto, um grupo de crianças procura por outros contos, canções, poesias, documentários sobre o mesmo tema. As outras crianças são convidadas a vir ver a exposição. . Uma criança apresenta a alguns colegas o livro que leu em casa ou a professora lê, ou conta, uma história completa ou em episódios. . Pode-se também convidar as crianças a darem vida ao canto de leitura através de algumas palavras, um desenho ou uma história em quadrinhos afixada num painel especial, com pelo menos o título e a assinatura da criança, o livro que serve de referência. (Incitação para escrever para quem acaba de ler e para ler para os outros.) O essencial, para nós, é que o canto de leitura não seja mais o canto" onde-se-vai quando-se-terminou-a-tarefa", mas que seja vivo, familiar, aproveitado e continuamente renovado. Com efeito, nossa hipótese é que lendo para comunicar aos outros o fruto de sua leitura é que se vive uma situação de leitura exigente, muito mais do que respondendo a supostas "questões de compreensão" ou de controle. . Receber as crianças travestida de um personagem. Logo surgirão os personagens prediletos e os amigos imaginários. 92. Escrita literária Após ouvir muitas histórias de um gênero literário (suspense, humor, conto de fadas, policial etc) e se sentirem motivados a criar a sua história daquele gênero, as crianças deverão escrever no espaço em branco o pedido na coluna do lado esquerdo. Esqueleto de ideias Protagonista da história - características físicas e psicológicas do personagem. Não esqueça de usar adjetivos! Onde a história se passa? Como era o lugar? Usar adjetivos aqui também! Antagonista da história -características físicas e psicológicas do personagem. Usar adjetivos aqui também! Qual o problema da história? Como o problema surgiu? Quais as consequências desse problema para o personagem? Pense em como deixar o enredo envolvente para o leitor! Como o problema será resolvido ? Lembre-se que a história não pode ser resolvida por "passes de mágicas". Tem que haver coerência entre inicio meio e fim. Narrativa de viagem 1 Para iniciar seu trabalho com narrativas de viagem, você vai escrever alguns parágrafos sobre um dia de viagem imaginário. Siga as instruções:
  • 14. 14 • Escreva um parágrafo informando que você recebeu o convite de um parente para passar um dia em São Paulo. Conte quem é esse parente, em que dia você deveria viajar, que meio de transporte usaria, o que deveria levar, e o que mais considerar interessante contar sobre os preparativos. • Você chegou a São Paulo no período da manhã, bem cedo. Conte onde e como foi seu café da manhã. Em seguida, vocês foram passear no maior parque da cidade. Relate o que você viu, o que fez lá e quais foram suas impressões. • Às 13h, vocês foram almoçar. Conte onde e como foi seu almoço. Depois, você visitou um museu. Relate o que havia em cada sala e quais foram suas impressões sobre o que viu. • No início da noite, vocês iniciaram a viagem de volta para Curitiba. Conte como foi a viagem e a chegada à cidade. Leia todos os parágrafos que você escreveu. Juntos, eles formam uma narrativa de viagem. Sempre que você for escrever esse gênero textual, use esse modelo. Em ordem cronológica, relatar detalhadamente e com impressões pessoais, tudo o que você fez e viu. Narrativa de viagem 2 Imagine que, por algum motivo, você tenha participado de uma viagem espacial a um planeta ainda desconhecido. Escreva uma história, contando sobre a viagem e sobre as impressões que você teve sobre o planeta: descreva o lugar e seus habitantes, explique como você fez para se comunicar, que tipo de alimento havia lá, que aventuras viveu,... Lembre-se: você deve... • participar dos fatos relatados; • apresentar fatos ou ações que já aconteceram; • apresentar palavras e expressões que indicam tempo; • descrever as paisagens, os habitantes e os lugares. Seja bem criativo! Rascunho: Agora, avalie seu texto: O título é sugestivo. Relata fatos ocorridos com o narrador. Os verbos estão no passado, ern 1ª pessoa. Há descrições das pessoas e dos lugares. Há indicações de tempo e de lugar. As palavras estão escritas de acordo com as normas ortográficas. Versão definitiva: Avaliação: Parabéns! Você cumpriu os seguintes itens: Título sugestivo Indicações de tempo e lugar Respeito à paragrafação Relato de viagem Descrições Linguagem adequada à proposta Relato de fatos em 1a pessoa Respeito à ortografia Respeito à proposta de redação Verbos no passado Respeito à pontuação Letra legível Jogo de Inventiva - Receita Deliciosa 1. Complete os quadros com o que se pede: 1 nome da sua comida preferida. 2 seu nome. 3 número maior que dois. 4 substantivo masculino no plural. 5 número maior que seis. 6 substantivo masculino no plural. 7 adjetívo masculino no plural. 8 utensílio de cosinha no plural. Ex: garfos, panelas, colheres etc. 9 nome de uma verdura. Ex: espinafre, repolho, chuchu etc. 10 nome de uma comida que você não gosta. 11 medida de tempo no plural. Ex: minutos, horas, dias, etc. 12 nome feminino de uma fruta no plural.
  • 15. 15 Ex: laranjas, jacas, etc. 13 adjetivo masculino no singular. 14 adjetivo feminino no plural. Agora complete o texto abaixo utilizando as palavras que você escolheu. Em cada um dos espaços você deverá escrever apenas a palavra que está indicada pelo número. (1)____________________ a la (2)__________________________ Ingredientes (3) ________________ (4) ____________________ (5) ____________ (8) _____________ de(6) ____________ (7) _____________ (9) ________________ (12) ____________ (14) _____________ Modo de fazer Lave e corte os (3) ____________ (4) _____________ e leve-os para cozinhar em fogo baixo. Amasse bem os (6) ____________ (7) _____________ e faça uma massa bem macia. Reserve. Forre uma forma com (9) ____________ , como se estivesse fazendo (10) ____________. Mexa os (4) ____________com a massa de (6) ______________ (7) ________________ e leve tudo ao forno por (5) ____________ (11) _____________. Deixe esfriar e enfeite com(12) ____________ (14)____________ frescas. Fica muito (13) _____________! Serve(5) ____________ pessoas. 93. Dobraduras A professora cria uma história e vai executando dobraduras. As crianças podem participar tentando acompanhar as dobras, ou simplesmente vendo e ouvindo a mágica transformação do papel. Nesse caso, ela não fica passiva, mas é estimulada a se exprimir verbalmente, enriquecendo o vocabulário, o senso artístico, cantando canções alusivas às figuras que surgem. Às crianças pequenas que ainda não possuem habilidades para fazer dobradura sugerimos que sejam incluídas nas histórias dobras como:  sons de raios e trovões: balançar folhas no ar; rasgar a folha bruscamente de uma vez.  ondas revoltas do mar: rasgar o papel em tiras.  luneta: enrolar uma folha formando um canudo.  gravetos: torcer folhas de papel a) Dobrando de qualquer jeito: A professora distribui retângulos ou quadrados para as crianças que os dobram, como desejarem. As dobraduras são analisadas individual ou coletivamente e pintadas ou completadas com lápis colorido. As crianças contam o que dobraram e reunindo as dobraduras inventam histórias. b) Kirigami: Dobram-se tiras de papel retas ou escantilhadas, e que tem a fascinante propriedade de mudar de cara quando dobradas e recortadas. As crianças inventam histórias a partir das imagens que surgirem dos recortes e dobras. Exemplo: c) Dobraduras e painel Cada criança faz a dobradura que souber (peixes, aves, aviões, barcos, etc). Ao final, juntas, montam um painel e inventam uma história que será escrita. d) Dobraduras e maquete As crianças escolhem o que desejam dobrar (bichos, objetos, etc). Montam uma maquete integrando as dobraduras. Criam histórias sobre ela. e) Histórias com dobraduras e dramatização O banho
  • 16. 16 Distribuir às crianças duas folhas de sulfite. Avisar que vão usar uma folha de cada vez. ―Faz de conta que hoje está muito quente. O que podemos fazer com esta folha de papel para refrescar?" (leque, ventarola, abano etc). Que tal tomarmos um banho? seguram a outra folha sobre a cabeça. Uma criança passa sabonete na outra; lava as costas; etc. A toalha está encharcada? Vamos torcê-la? (torcer o papel) "Vamos pendurar a toalha?‖ (desamassar as folhas e pendurar no varal) "Que tal dobrá-la e pôr no armário?‖ (dobrar o papel) "E o banho virou festa!‖ Cada criança inventa um instrumento com uma das folhas (corneta, flauta, etc). Cantar e tocar os instrumentos. Mário Marinheiro Mário Marinheiro vivia ao ar livre, ele podia observar o vôo das aves e os ninhos de passarinhos dos mais variados formatos. Certo dia Mário resolveu morar numa casa. Para se proteger do sol ele usava um bonito chapéu. Quando precisava de saquinho para pipoca, copo ou coador, podia obtê-los virando o chapéu para baixo. Um dia, sentiu que o chapéu que construíra era muito grande e resolveu reformá-lo. Uniu então as pontas do chapéu, como se fossem o bico de um passarinho. Levantando as pontas que apontavam para baixo, uma para cada lado, Mário Marinheiro obteve um chapéu menor. Como o chapéu continuava grande, tentou diminuí-lo novamente, repetindo as mesmas dobras. Mas, arrependido, desdobrou as últimas dobras, puxando para fora suas duas pontas. Qual não foi sua surpresa ao ver o chapéu transformar-se num barco! Certo dia, navegando em alto mar, o barco de Mário Marinheiro começou a balançar de um lado para o outro, pois as ondas estavam revoltas por causa da chuva que começara a cair. No céu havia muitas nuvens, que provocaram trovões barulhentos. * Neste ponto da brincadeira, as crianças podem participar, produzindo ruídos de tempestade com outras folhas de papel. De repente, o barco bateu num rochedo, o que lhe arrancou a parte da frente – a proa.
  • 17. 17 O barco rodopiou e foi arrancada a parte de trás – a popa. Em seguida o barco emborcou, virando o mastro de ponta-cabeça e bateu num recife, perdendo a ponta do mastro. O barco foi então afundando, afundando e se desmanchando. Como Mário Marinheiro sabia nadar e boiar muito bem, pois praticava esportes e tinha muita resistência, foi nadando até a praia e salvou-se... graças a seu barco, que se transformara adivinhem em quê? Numa camiseta salva-vidas! f) Trava-língua com dobradura Recitar o trava-língua e ir dobrando o papel. O rato e a rosa Rita ou a rata. Para o corpo Para a cabeça g) Parlenda com dobradura Recitar e dobrar: ―Lá em cima do piano, tem um copo de veneno quem bebeu, morreu o culpado não fui eu.‖ Piano Copo h) Enrolar um papel como uma trombeta e recitar Retreta:
  • 18. 18 "Quando toca a retreta na praça repleta se cala o trombone se toca a trombeta.‖ i) Gato Pode pintar o gato com listras amarelas e pretas e recitar TIGRES TRISTES: "Três pratos de trigo para três tigres tristes.‖ j) Dobrar uma ave Fazer um ninho para as dobraduras e recitar: ―Num ninho de mafagafos havia três mafagafinhos. Quem desmafagafizar os três mafagafinhos, bom desmafagafizador será.‖ Pode recitar também PARDAL PARDO: ―— Pardal pardo, por que pairas? — Pairo sempre e pairarei, porque sou o pardal pardo, o pairador d’el-rei.‖ k) Dobrar a cara de uma pessoa Papel lustro duplo Recitar: ZÉ É Zé é ducatiribe salamacute fifirifife Cadê a Aninha inha, ducatiribinha saIamacutinha fifirififinha? — Saiu com a Rute ute, ducatiribute salamacutute fifirififute, visitar o João ão, ducatiribão
  • 19. 19 salamacutão fifirififão. ou O VELHO Por aquela serra acima vai um velho seco e peco. — Ó seu velho seco e peco! este cepo seco é seu? ou VELHA FURUNFUNFELHA Era uma vez um caçador furunfunfor, triunfunfor, misericuntor, que foi a caça furunfunfaça, triunfunfaça, misericuntaça ; e caçou um coelho furunfunfelho, triunfunfelho, mesiricuntelho... Então pegou o bicho furunfunficho, triunfunficho, misericunticho, e pediu: "— Velha fufunfunfelha, triunfunfelha, misericuntelha, assa-me este coelho furunfunfelho, triunfunfelho, misericuntelho. — Pois não – disse a velha furunfunfelha, triunfunfelha, miseticuntelha. E pegou o coelho furunfunfelho, triunfunfelho, e assou no forno furunforno, triunfunforno, misericuntorno; mas tendo fome furunfunfome, triunfunfome, misericuntome comeu o assado furunfunfado, triunfunfelho, misericuntado. Quando veio o caçador furunfunfor, triunfunfor, misericuntor procurar o almoço furunfunfoço, triunfunfoço, misericuntoço perguntou assim: — Velha furunfunfelha, triunfunfelha, misericuntelha, onde está minha caça furunfunfaça, triunfunfaça, misecicuntaça? — Ó meu senhor furunfunfor, triunfunfor, misericuntor disse a velha furunfunfelha, triunfunfelha, misericuntelha. O seu coelho furunfunfelho, triunfunfelho, misericuntelho, comeu-o o gato furunfunfato, triunfunfato, miserincuntato... l) Pintinho 1 círculo grande 1 círculo pequeno 1 triângulo bem pequeno Algumas crianças fazem o pintinho e outras a pipa. Recitam:
  • 20. 20 PINTO O pinto pia, a pipa pinga. Pinga a pipa, o pinto pia. Pinto pia, pipa pinga. Quanto mais o pinto pia mais a pipa pinga. m) Dobradura do sapo e do saco Confeccionar um saco e o sapo: Recitar: O SAPO NO SACO Olha o sapo dentro do saco, o saco com o sapo dentro. o sapo batendo papo e o papo soltando vento. n) Carta do Saci A professora simula o recebimento de uma carta do Saci que diz o seguinte: ―Mata dos Tucanos, dia de São Nunca. Oi piazadal Aqui quem tá falando é o Saci-Pererê. Quem nunca me viu? Tem cara de pavio! Prá quem não me conhece, estou mandando uns papéis recortados que é só dobrar pra me conhecer. E vai dobrar antes quem disser isto daqui bem rápido: O Saci tem o peito preto quem disser que o peito do Saci não é preto, tem o peito mais preto, que o peito do Saci. Vê se vocês gostam dessa? O Saci não é pato, O Saci só tem um pé. O Saci roubou o sapato Da coitada da muié! Distribuir 8 quadrados de papel para cada criança dobrar o Saci criar histórias, adivinhas, escrever cartas, etc, para o Saci. Dobradura do Saci Cabeça Abre Corpo
  • 21. 21 Abre Desvira Desenhar Perna Abre Dobra no meio Braço Abre Dobra no meio Cachimbo (dobrar em papel bem pequeno) BIBLIOGRAFIA ASCHENBACH, Lena; et al. A arte-magia das dobraduras. São Paulo: Scipione, 1990. BERALDO, Alda. Trabalhando com poesia. vol. 1 e 2, São Paulo: Ática, 1990. CHARTIER, Anne-Marie et alli. Ler e Escrever. Entrando no mundo da escrita. Porto Alegre: ARTMED, 2001. CRAMER, Eugene H. e CASTLE, Marietta (org.). Incentivando o amor pela leitura. Porto Alegre: ARTMED, 2001. COELHO, Betty. Contar histórias, uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 1989. COSSON, Rildo. Letramento Literário. Teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006.
  • 22. 22 COSSON, Rildo. Círculos de leitura e letramento literário. São Paulo: Contexto, 2014. FARIA, Maria Alice. Como usar a literatura infantil na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004. JOLIBERT, Josette (coord.). Formando crianças leitoras. Porto Alegre: ARTMED, 1994. HEYLEM, Jaqueline. Parlenda. Riqueza Folclórica. São Paulo: HUCITEC, 1987. MELO, Veríssimo de. Folclore Infantil. Belo Horizonte: ltatiaia, 1985. PAUSAS, Ascen (org.). A Aprendizagem da Leitura e da Escrita a Partir de uma Perspectiva Construtivista. Porto Alegre: ARTMED, 2004. POSLANIEC, Chistian. Incentivar o prazer de ler. Actividades de leitura para jovens. Porto, Portugal: Editora Asa, 2006. RICHE, Rosa; HADDAD, Luciane. Oficina da palavra. São Paulo: FTD, 1994. RODARI, Gianni. Gramática da fantasia. 5ª ed., São Paulo: Summus, 1982. DOHME, Vânia. Técnicas de contar histórias. São Paulo: Informal Editora, 2000. SARAIVA, Juraci Assmann (org.) Literatura e alfabetização: do plano do choro ao plano da ação. Porto Alegre: ARTMED, 2001. SARAIVA, Juracy Assmann; MÜGGE, Ernani. Literatura na escola. Propostas para o ensino fundamental. Porto Alegre: ARTMED, 2006. SISTO, Celso. Textos e pretextos sobre a arte de contar histórias. Curitiba: Positivo, 2005.