O documento discute a criação de avestruzes como uma indústria promissora no Brasil. A avestruz produz ovos e carne em grande quantidade e tem pele, penas e outros subprodutos valiosos. A criação de avestruzes oferece uma alternativa econômica para agricultores com baixo custo e alto retorno.
A ave dos ovos de ouro: a estrutiocultura e seus benefícios econômicos
1. Antes da leitura:
Vocês conhecem esse animal?
Possíveis respostas: ema, avestruz, embu.
Querem uma dica?
https://www.google.com.br
2. Leitura em voz alta pela professora
A ave dos ovos de ouro
Um dos mais promissores segmentos do agro-business desta década, uma indústria que
está em plena consolidação e que apresenta um dos mais atraentes indicadores de custo-
benefício do mercado. Ele se mantém economicamente produtivo até os 40 anos de idade e
tem capacidade de postura de 40 a 60 ovos/ano, atinge a idade de abate aos 13 meses,
com 140 Kg em média! Não existe desperdício na Estrutiocultura!
Esta ave é cientificamente conhecida como - Strutio Camelus Australis - originária do
continente Africano, pertence a família das "Ratitas" - ou seja aves que não voam. Desta
mesma família, fazem parte a Ema, originária das Américas e o Emu, raça originária da
Austrália.
Dotado de vida longa (50 a 70 anos de vida), a ave conta com 20 a 30 anos de ciclo
reprodutivo - início com 2-3 anos. Uma fêmea põe de 40 a 100 ovos por ano que, pesam
aproximadamente de 1,2 a 1,8 Kg e são incubados em média por 42 dias.
Principais sub-produtos da criação Carne.
Um animal adulto produz entre 30 a 45 Kg de carne vermelha de primeiríssima qualidade. O
consumo em nosso país, é relativamente dependente da importação, pois o abate ainda é muito
pequeno.
Couro: é utilizado na confecção de roupas finas, bolsas e carteiras, valendo de US$150 a US$300 o
metro quadrado.
Plumas: uma ave na fase adulta fornece em torno de 2kg de plumas por ano. O Brasil, é o maior
importador mundial de plumas demandando grande mercado para este sub-produto.
Ovos: nada se desperdiça na strutiocultura - ovos inférteis são utilizados para o artesanato em geral -
sendo comercializados entre US$10 e US$30/unidade.
Na fase atual, é a maior fonte de renda para os criadores, pois o Brasil está na fase de formação dos
plantéis.
Fonte: www.avestruzbrasil.com.br
Vamos ver outra foto?
3. E agora, sabem que bicho é esse?
Crônica: Avestruz – Mário Prata
•Vocês conseguem deduzir qual assunto é tratado no texto?
https://www.google.com.br
-Vocês acham que o avestruz pode ser domesticado?
•Alunos, agora vamos ler a crônica com a finalidade de levantarmos elementos da narrativa e do gênero crônica.
Primeira leitura: silenciosa
Segunda leitura: compartilhada
Durante a segunda leitura o aluno é capaz de observar detalhes do texto que não percebera na primeira leitura por falta de atenção
ou por causa da entonação provocada pela pontuação acentuada pela intervenção do professor.
Elementos da narrativa
•O que é um texto narrativo?
•Sabem diferenciar narrador-observador de narrador-personagem?
•Encontre no texto um trecho que indique que tipo de narrador é encontrado no texto.
•O que é tempo cronológico e psicológico?
•Qual desses tempos foi retratado no texto?
4. Um pouco de sabedoria
Discurso direto: o narrador apresenta a própria personagem falando diretamente, permitindo ao autor mostrar o que
acontece em lugar de simplesmente contar.
Lavador de carros, Juarez de Castro, 28 anos, ficou desolado, apontando para os entulhos: “Alá minha frigideira, alá
meu escorredor de arroz. Minha lata de pegar água era aquela. Ali meu outro tênis.”
Jornal do Brasil, 29 de maio 1989.
Discurso indireto: o narrador interfere na fala da personagem. Ele conta aos leitores o que a personagem disse, mas
conta em 3ª pessoa. As palavras da personagem não são reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador.
Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar,
encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de costas, sentou-se na calçada, ainda úmida da
chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se não estava se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios,
mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que ele devia sofrer de ataque.
Dalton Trevisan. Cemitério de elefantes. Rio de Janeiro,
Civilização Brasileira, 1964.
Discurso indireto livre: é uma combinação dos dois anteriores, confundindo as intervenções do narrador com as dos
personagens. É uma forma de narrar econômica e dinâmica, pois permite mostrar e contar os fatos a um só tempo.
Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse matar o carreiro... Deixa eu crescer!... Deixa eu ficar
grande!... Hei de dar conta deste danisco... Se uma cobra picasse seu Soronho... Tem tanta cascavel nos pastos...
Tanta urutu, perto de casa... se uma onça comesse o carreiro, de noite... Um onção grande, da pintada... Que raiva!...
Mas os bois estão caminhando diferente. Começaram a prestar atenção, escutando a conversa de boi Brilhante.
Guimarães Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro,
José Olympio, 1976.
Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola
5. Durante a leitura:
Levantamento de conhecimentos prévios:
•Checar significado dos termos: asas
atrofiadas, abominável, gigolô, menopausa.
•Que tipo de discurso vocês percebem no
texto lido?
•Levantar marcas da oralidade no texto.
6. Características do gênero crônica
A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é
uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações tomadas pelas
personagens.
Você já deve ter lido algumas crônicas, pois estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma leitura que nos
envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê. Como se estivessem em uma conversa informal, o
cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.
O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas
etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a
reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.
Como exposto acima, há vários motivos que levam os leitores a gostar das crônicas, mas e se você fosse escrever uma, o que seria
necessário? Vejamos de forma esquematizada as características da crônica:
• Narração curta;
• Descreve fatos da vida cotidiana;
• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
• Possui personagens comuns;
• Segue um tempo cronológico determinado;
• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
• Linguagem simples.
Portanto, se você não gosta ou sente dificuldades de ler, a crônica é uma dica interessante, pois possui todos os requisitos
necessários para tornar a leitura um hábito agradável!
Alguns cronistas (veteranos e mais recentes) são: Fernando Sabino, Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony,
Carlos Drummond de Andrade, Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis, Max Gehringer, Moacyr Scliar,
Pedro Bial, Arnaldo Jabor, dentre outros.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
7. Depois da leitura:
1) Quais são as ideias defendidas ao longo do texto?
2) Você tem a mesma opinião sobre esse assunto? Explique.
3) Que acontecimento deu origem à crônica?
4) Como a crônica é encerrada? Há alguma ligação entre a frase
que finaliza e a que inicia a crônica?
Um pouco de pesquisa (levar os alunos à sala de informática) a
fim de lerem crônicas de alguns autores citados.
Troca de impressões sobre o texto (se gostaram ou não e por
que, se o acharam engraçado, diferente ou crítico, quem sabe
ambos).
Apreciações referentes a valores éticos e políticos (a falta de
limites dos filhos, as leis de proteção à criança, a postura dos
pais perante elas, a influência da mídia no consumismo entre o
público jovem e infantil).
8. Leitura do poema:
EU ETIQUETA
Em minha calça está grudado um
nome
Que não é meu de batismo ou de
cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de
cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
9. Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu
chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e
pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio
itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce andar na moda, ainda que a
moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de
ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim
mesmo,
Ser pensante, sentinte e solidário
Com outros seres diversos e
conscientes
De sua humana, invencível
condição.
Agora sou anúncio
[...]
Carlos Drummond de Andrade
10. Após a leitura do poema, o que pensa sobre a questão: SER OU
TER, O QUE É MAIS IMPORTANTE PARA A FELICIDADE DO SER
HUMANO?
O que você quer ser quando crescer?
Vamos ouvir um pouco de música?
Ba Kimbuta lança clipe de música com críticas ao consumo
http://www.youtube.com/watch?v=Fu1hQv38TAk
11. Debate acerca do tema
Após assistir ao vídeo, respondam com sinceridade:
As pessoas valorizam as outras pelo que elas têm ou pelo que elas são? E você?
Na sua opinião, as pessoas de baixa renda merecem auxílio do governo como bolsa-escola ou um
trabalho e salário dignos? O que elas querem?
Uma garota de onze anos precisa de um celular de última geração para ser feliz? Cite algo que a faça
realmente feliz.
Quantos cachorrinhos são abandonados porque seus donos enjoaram dele?
Fechem os olhos e pensem num desejo, do fundo de seus corações, um sonho o qual gostariam que se
tornasse realidade.
Esse seu desejo estava relacionado a consumo?
Fechamento
Que tal um filme para relaxar?
Exibir em aula o filme “Os Delírios de Consumo de Becky Bloom”