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Meio ambiente, extrativismo e
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 BÖHM, Steffen; MISOCZKY, Maria Ceci. Environment, extractivism and the
delusions of nature as capital. In: MIR, Raza; WILLMOT, Hugh; GREENWOOD,
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 REFERÊNCIAS
 ANDAGALÁ
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humana e animal
 FAMATINA
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 INTRODUÇÃO
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 "De repente, íamos nos tornar Hollywood. Então, percebemos que essa é a grande mentira que as
mineradoras contam em todo lugar. Em vez disso, a mineração é um símbolo da pilhagem de
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além de sinônimo de corrupção.“
 "Eles haviam sido alertados por alguns médicos sobre o aumento dos casos de doenças nos
hospitais desde que a mineração entrou em operação. Simultaneamente, quando essa informação
chegou às pessoas, a empresa estava indo às escolas para convencer os professores de que a
mineração ia trazer riqueza e progresso".
 "A geleira libera água lentamente. O ciclo da água é o ciclo da vida e eles vêm para tomar a água do
nosso ciclo de vida. No início, ficamos felizes ao descobrir que tínhamos ouro. Agora, entendemos
que o ouro não é nosso. Devemos voltar às nossas origens, a plantar oliveiras e videiras para a
produção de azeite e vinho, a plantar hortaliças em áreas comunitárias como aquelas que você pode
ver por aí. Precisamos proteger nossa fonte de água para voltar às nossas origens".
 PARA QUEM A MINERAÇÃO É IMPORTANTE?
 Depoimento de moradores e ativistas na cidade de Andalgalá, Argentina
 Os Andes, o Artico, a tundra canadense são as novas fronteiras da exploração por minérios
 O avanço da mineração encontra ecossistemas frágeis e comunidades que estão inteiramente
conectadas ao espaço em que habitam (ecoculturas) e dele retiram seu sustento
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 As contradições ambientais no contexto do capitalismo econômico são ignoradas em muitos
Estudos Organizacionais
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 Existe uma influencia recíproca entre o ambiente institucional e a ação organizacional, ou seja, o
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 Nos Estudos Organizacionais o mainstream considera o meio ambiente como uma variável a ser
gerida em função do lucro e das estratégias de negócio
 AMBIENTE DE NEGÓCIOS: NATUREZA COMO CAPITAL
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 Problematiza o antropocentrismo e propõe que a visão dos Estudos
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eco-biosfera e considere os sistemas de auto-regulação que mantém e
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sistemas de destruição.
 AMBIENTE DE NEGÓCIOS: NATUREZA COMO CAPITAL
 Movimentos da década de 1960 e 1970 colocavam em questão o sistema capitalista e o mantra do
crescimento econômico.
 Relatório Brutland 87 e Rio 92 colocaram a questão ambiental na pauta de discussão de governos e
empresas em nível mundial e propunham que o desenvolvimento sustentável poderia ocorrer em
conjunto com o sistema capitalista.
 A legislação ambiental e a ideologia desse possível equilíbrio impulsionaram as organizações, uma
vez que mecanismos de gestão ambiental poderiam ser instrumentos de desenvolvimento
sustentável e assim, as organizações poderiam se auto-regulamentar mediante colaboração da
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 Gestão de stakeholders, ética nos negócios, cidadania corporativa, responsabilidade social corporativa
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 GESTÃO AMBIENTAL E AMBIENTALISMO CORPORATIVO
 John Elkington (1998): triple bottom line:
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 Economia não é um sistema em oposição
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oferece muitos “serviços”, é nosso dever
reconhece-los e protege-los
 “O dinheiro realmente cresce em árvores”
 CAPITAL NATURAL
 Constanza et all (2014) calculou o quanto a natureza oferece a nós e aos nossos sistemas
econômicos, o valor chega a $ 125 trilhões por ano
 Apesar de não ser a intenção das autoras, os cálculos estão sendo utilizados para “commodificar” e
privatizar a natureza. Na ideologia neoliberal dominante e na estratégia de acumulação, a isso se
chama “capital natural”
 A valoração da natureza como capital tem dado origem ao greenwash: um artíficio, cinismo, disfarce
estrategicamente utilizado para dar aparência de legimitidade a métodos insustentáveis.
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ampliam o ganho dos acionistas, fragmentam os territórios, eliminam as chances de diversificação
do setor produtivo e causam danos irreversíveis aos ecossistemas e às populações locais
 CAPITAL NATURAL
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expansão da mineração, da exploração de petróleo e gás e as monoculturas reafirmam o
posicionamento subordinado na Divisão Internacional do Trabalho
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demandando a proteção dos comuns, dos direitos da natureza e o valor da vida.
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 POST-SCRIPT
 A luta de pessoas que se posicionam contra o extrativismo permanece,
como em Famatina.
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 Michelle Galvão
PPGA/UNIFOR
Programa de Pós-Graduação em Administração
Universidade de Fortaleza
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Meio ambiente, extrativismo e as ilusões da natureza como capital

  • 1. Meio ambiente, extrativismo e as ilusões da natureza como capital
  • 2.  BÖHM, Steffen; MISOCZKY, Maria Ceci. Environment, extractivism and the delusions of nature as capital. In: MIR, Raza; WILLMOT, Hugh; GREENWOOD, Michelle. (Orgs.). The Routledge Companion to Philosophy in Organization Studies. Londres: Routledge, 2015.  MISOCZKY, Maria Ceci; BOHM, Steffen. Resistindo ao desenvolvimento neocolonial: a luta do povo de Andalgalá contra projetos megamineiros. Cad. EBAPE.BR, Rio de Janeiro , v. 11, n. 2, p. 311-339, June 2013 .  REFERÊNCIAS
  • 3.  ANDAGALÁ  População convive com mineradoras multinacionais há mais de 20 anos  Devido a contaminação causada pelas mineração a água da região foi considerada uma ameaça para a saúde humana e animal  FAMATINA  As pessoas tem resistido a chegada de minedoras canadenses e chinesas  INTRODUÇÃO  Andalgalá e Famatina são cidades localizadas ao Norte da Argentina
  • 4.  O DISCURSO POLÍTICO  Emprego e crescimento econômico  O QUE NÃO É DITO  Ameaças ao sustento das comunidades através da contaminação da água, do ar e dos impactos sociais, econômicos e culturais relacionados à “síndrome do progresso”  INTRODUÇÃO
  • 5.  POR QUE A MINERAÇÃO É IMPORTANTE?  CRESCIMENTO DAS INDÚSTRIAS  CRESCIMENTO DAS CIDADES  DESENVOLVIMENTO DE FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA, CUJO POTENCIAL POLUIDOR AINDA NÃO FOI MENSURADO
  • 6.  CORREÇÃO DOS DÉFICITS HABITACIONAIS UTILIZANDO PADRÕES CONSTRUTIVOS TRADICIONAIS  POR QUE A MINERAÇÃO É IMPORTANTE? http://www.rudnickminerios.com.br/cartilha.pdf
  • 7.  EXPLOSÃO DO CONSUMO DE PRODUTOS DE TECNOLOGIA  INDUSTRIA BÉLICA  POR QUE A MINERAÇÃO É IMPORTANTE?
  • 8.  "De repente, íamos nos tornar Hollywood. Então, percebemos que essa é a grande mentira que as mineradoras contam em todo lugar. Em vez disso, a mineração é um símbolo da pilhagem de recursos, ela gera desemprego e é incompatível com qualquer outro tipo de produção econômica, além de sinônimo de corrupção.“  "Eles haviam sido alertados por alguns médicos sobre o aumento dos casos de doenças nos hospitais desde que a mineração entrou em operação. Simultaneamente, quando essa informação chegou às pessoas, a empresa estava indo às escolas para convencer os professores de que a mineração ia trazer riqueza e progresso".  "A geleira libera água lentamente. O ciclo da água é o ciclo da vida e eles vêm para tomar a água do nosso ciclo de vida. No início, ficamos felizes ao descobrir que tínhamos ouro. Agora, entendemos que o ouro não é nosso. Devemos voltar às nossas origens, a plantar oliveiras e videiras para a produção de azeite e vinho, a plantar hortaliças em áreas comunitárias como aquelas que você pode ver por aí. Precisamos proteger nossa fonte de água para voltar às nossas origens".  PARA QUEM A MINERAÇÃO É IMPORTANTE?  Depoimento de moradores e ativistas na cidade de Andalgalá, Argentina
  • 9.  Os Andes, o Artico, a tundra canadense são as novas fronteiras da exploração por minérios  O avanço da mineração encontra ecossistemas frágeis e comunidades que estão inteiramente conectadas ao espaço em que habitam (ecoculturas) e dele retiram seu sustento  AS FRONTEIRAS DA MINERAÇÃO  As contradições ambientais no contexto do capitalismo econômico são ignoradas em muitos Estudos Organizacionais
  • 10.  Mainstream: corrente principal  Existe uma influencia recíproca entre o ambiente institucional e a ação organizacional, ou seja, o que as empresas fazem é legitimado pelas leis, a cultura, o clima empresarial, o sistemas de educação etc.  Nos Estudos Organizacionais o mainstream considera o meio ambiente como uma variável a ser gerida em função do lucro e das estratégias de negócio  AMBIENTE DE NEGÓCIOS: NATUREZA COMO CAPITAL
  • 11.  Shrivastava (1994):  Problematiza o antropocentrismo e propõe que a visão dos Estudos Organizacionais em relação a natureza se fundamente em valores da eco-biosfera e considere os sistemas de auto-regulação que mantém e equilibram todos os sistemas vivos.  Coloca que as externalidades dos sistemas produtivos, são, na verdade, sistemas de destruição.  AMBIENTE DE NEGÓCIOS: NATUREZA COMO CAPITAL
  • 12.  Movimentos da década de 1960 e 1970 colocavam em questão o sistema capitalista e o mantra do crescimento econômico.  Relatório Brutland 87 e Rio 92 colocaram a questão ambiental na pauta de discussão de governos e empresas em nível mundial e propunham que o desenvolvimento sustentável poderia ocorrer em conjunto com o sistema capitalista.  A legislação ambiental e a ideologia desse possível equilíbrio impulsionaram as organizações, uma vez que mecanismos de gestão ambiental poderiam ser instrumentos de desenvolvimento sustentável e assim, as organizações poderiam se auto-regulamentar mediante colaboração da sociedade civil, estratégias de marketing e mecanismos de cooperação e competição.  Gestão de stakeholders, ética nos negócios, cidadania corporativa, responsabilidade social corporativa (CSR), marketing verde são alguns termos que se tornaram popular no mundo dos negócios nos últimos 20 anos  GESTÃO AMBIENTAL E AMBIENTALISMO CORPORATIVO
  • 13.  John Elkington (1998): triple bottom line: people, planet, profit  Economia não é um sistema em oposição ao meio ambiente  Considerando que a natureza já nos oferece muitos “serviços”, é nosso dever reconhece-los e protege-los  “O dinheiro realmente cresce em árvores”  CAPITAL NATURAL
  • 14.  Constanza et all (2014) calculou o quanto a natureza oferece a nós e aos nossos sistemas econômicos, o valor chega a $ 125 trilhões por ano  Apesar de não ser a intenção das autoras, os cálculos estão sendo utilizados para “commodificar” e privatizar a natureza. Na ideologia neoliberal dominante e na estratégia de acumulação, a isso se chama “capital natural”  A valoração da natureza como capital tem dado origem ao greenwash: um artíficio, cinismo, disfarce estrategicamente utilizado para dar aparência de legimitidade a métodos insustentáveis.  O discurso baseado no triple bottom line de muitas empresas esconde as verdadeiras práticas que: ampliam o ganho dos acionistas, fragmentam os territórios, eliminam as chances de diversificação do setor produtivo e causam danos irreversíveis aos ecossistemas e às populações locais  CAPITAL NATURAL
  • 15.  América Latina tem uma longa história de extrativismo. As últimas décadas, contudo, a rápida expansão da mineração, da exploração de petróleo e gás e as monoculturas reafirmam o posicionamento subordinado na Divisão Internacional do Trabalho  Prevalece assim teoria das vantagens comparativas  Percebe-se um processo de desindustrialização  Os governos na América Latina tem sido inábeis para prevenir desastres ecológicos, deslocamentos de populações vitimizadas pelas questões ambientais. Movimentos sociais tem emergido na região demandando a proteção dos comuns, dos direitos da natureza e o valor da vida.  Contudo, a oposição organizada aos extrativismo tem sido desligitimada e criminalizada  POST-SCRIPT
  • 16.  A luta de pessoas que se posicionam contra o extrativismo permanece, como em Famatina.  Eles lutam por um futuro que não seja definido pela acumulação de capital, mas pela vida definida pela harmonia entre as pessoas e a natureza.  POST-SCRIPT
  • 17.  Michelle Galvão PPGA/UNIFOR Programa de Pós-Graduação em Administração Universidade de Fortaleza michellegalvao@unifor.br