2. Desenvolvimento sustentável (?)
Origem do conceito
Início da década de 1970: pensamento global era de que o meio ambiente seria uma fonte
inesgotável de recursos e, consequentemente, que as ações de aproveitamento da natureza
seriam infinitas.
Neste mesmo século, diante do fenômeno da globalização e de seu ideal desenvolvimento
econômico como uma meta a ser alcançada por toda a humanidade, as questões ambientais
começaram a ser observadas de forma gradativa.
1972 Estocolmo- Suécia: Primeira Conferência das Nações Unidas Sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento
Primeiro grande encontro internacional com representantes de diversas nações
para discutir os problemas ambientais
1987 Relatório Brundtland. Nesse relatório, o termo desenvolvimento sustentável
foi definido como “[...] o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes
sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprirem suas próprias
necessidades” (CMMAD, 1991, p. 7).
3. Pilares do Desenvolvimento Sustentável
O desenvolvimento sustentável se apoia em três pilares ou
dimensões: o desenvolvimento econômico, o desenvolvimento
ambiental e o desenvolvimento social.
Econômico: crescimento econômico respeitando as condições de
competividade e as boas práticas socioambientais, ou seja, sem
prejudicar o meio ambiente e a sociedade.
Social – Trata-se do ponto de vista do capital humano, no caso é o
bem-estar do todo. No caso, são as ações que visem benefícios para a
sociedade em geral.
Ambiental – Diz respeito a preservação do meio ambiente e dos
recursos naturais, com aplicação de melhores práticas para redução
de desperdícios (matérias-primas e insumos), maneiras e ferramentas
eficazes para se buscar essas ações, por exemplo o auxílio
de projetos e estudos ambientais para saber e minimizar os impactos
ambientais de atividades e empreendimentos a curto, médio e longo
prazo.
8. Desenvolvimento sustentável?
Crítica ao conceito: o conceito propõe uma conciliação economicista
entre capitalismo e meio ambiente
Capitalismo: Definição mais geral é um sistema econômico baseado na
troca e venda de mercadorias objetivando lucro e acúmulo de riquezas
Primeira fase do capitalismo: Mercantilismo/colonialismo
A descoberta das terras de ouro e de prata na América, o extermínio, a
escravização e o enfurnamento da população nativa nas minas, o começo da
conquista e a pilhagem das Índias Orientais, a transformação da África em um
cercado para a caça comercial às peles negras -> consolidaram a burguesia e o
capitalismo na europa possibilitando as revoluções industriais
A degradação ambiental acentuou-se nas regiões onde, historicamente, as
formações sociais, sobretudo os ecossistemas tropicais, foram explorados
pelos países capitalistas industrializados
No transcorrer de séculos a dependência dos países periféricos em relação
aos centrais ainda está associada à exploração de seus recursos naturais->
Terceiro mundismo
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10. Desenvolvimento sustentável-> críticas
A consolidação do modo de produção capitalista, acarretaram
profundas alterações na relação do homem com a natureza.
Desenvolvimento econômico do capitalismo-> sempre acarretou a
degradação social e ecológica
Três últimas décadas: manifestações das insustentáveis relações
com o planeta constituíram um conjunto de contradições que
levaram à identificação da denominada “crise ambiental”.
Esta tem sido definida, principalmente, por meio das mudanças
climáticas, como o aumento da temperatura da Terra em
decorrência do efeito estufa, as devastações das florestas
tropicais, a redução da biodiversidade, as exaustões e
contaminações dos solos, das águas e dos mares, as extinções
de animais, relacionadas em alguma medida com o aumento dos
desastres socioambientais, aumento da população, urbanização e
uso de energias com base em recursos não renováveis
12. Desenvolvimento sustentável-> críticas
Críticos: Inconciliação entre desenvolvimento sustentável
em um sistema baseado na exploração do trabalho,
mercantilização de todos os recursos, aprisionamento do
Estado nas mãos de um minoria rica-> latifúndio,
desmatamento, indústrias poluidoras, pilhagem da
natureza, asubmissão dos grupos originários etc
Existência de um conflito socioambiental: “é pressupor que
a luta de classes se mantém no interior do sistema do
capital, em todas as suas frentes, desde as mais evidentes
até as mais disfarçadas, desde a luta por território, desde o
que passa pela expansão de grileiros e garimpeiros sobre
terras indígenas, até os produtos camuflados por selos
ecológicos (que dissimulam algumas empresas capitalistas
que se dizem preocupadas com o meio ambiente).”
13. Consumo consciente e educação
ambiental conciliatória
Maneira como as escolas, grandes empresas, algumas ongs
etc lidam com a questão ambiental -> educação “até certo
ponto” -> se esbarra em limites -> não pode ir até o fim,
porque fica nos primeiros momentos, caracteriza-se como
como comportamentalista, pacificadora, reativa, paliativa
Alterar o consumo pessoal: trocar as lâmpadas, dirigir menos,
tomar banhos menores, fechar a torneiro enquanto escova os
dentes não muda realmente todo o sistema
Propostas individuais são importantes não são suficientes->
não atacam o cerne do problema que é o nosso atual modelo
de economia e produção
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25. Obsolescência programada
A obsolescência
programada ou planejada, é
uma técnica utilizada por
fabricantes para forçar a compra de
novos produtos e aumentar o
consumismo, mesmo que os que
você já tem estejam em perfeitas
condições de funcionamento.
26. Obsolescência perceptiva
A obsolescência
perceptiva (ou obsolescência per
cebida) ocorre quando um serviço
ou outro produto, que funciona
perfeitamente e está dentro do
tempo de vida, passa a ser
considerado obsoleto devido ao
surgimento de uma nova versão,
com estilo diferente ou com alguma
alteração em sua linha de
montagem.
30. Possibilidades
possibilidade de um
desenvolvimento sustentável que
compatibilize crescimento
econômico, desenvolvimento
humano e qualidade ambiental.
34. Referências
RIBEIRO, W. C. A ordem ambiental internacional. 1. Ed. São Paulo:
Contexto, 2001. 182 p.
https://www.todamateria.com.br/conferencia-de-estocolmo/
Revista Trabalho Necessário: DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA AO
ECOSSOCIALISMO: ENTRE A CONCILIAÇÃO COM O SISTEMA DO CAPITAL E A
CONSTRUÇÃO DE UM NOVO HORIZONTE. Alexandre Maia do Bomfim
FREITAS, Rosana de Carvalho Martinelli; NÉLSIS, Camila Magalhães; NUNES,
Letícia Soares. A crítica marxista ao desenvolvimento (in) sustentável. Revista
Katálysis, v. 15, p. 41-51, 2012.
https://horizonteambiental.com.br/quais-sao-os-tres-pilares-da-sustentabilidade/
https://www.politize.com.br/eco-92/
Greenpeace
Sabrina Fernandes