O documento descreve a fisiologia e o mecanismo da contração muscular. Explica que a contração ocorre quando um potencial de ação causa a liberação de íons de cálcio no sarcoplasma, permitindo que os filamentos de actina e miosina se liguem, encurtando o músculo. Detalha as etapas da contração, incluindo a transmissão neuromuscular, mecanismos moleculares e relaxamento.
1. A Fisiologia e o Mecanismo da Contração
Muscular
28 de agosto de 2008
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Para podermos entender a fisiologia e o mecanismo da fisiologia da contração
muscular, devemos saber como é a estrutura do músculo esquelético.
Os músculos esqueléticos são compostos de fibras musculares que são organizadas em
feixes, chamados de fascículos. Os miofilamentos compreendem as miofibrilas, que por
sua vez são agrupadas juntas para formar as fibras musculares. Cada fibra possui uma
cobertura ou membrana, o sarcolema, e é composta de uma substância semelhante a
gelatina, sarcoplasma. Centenas de miofibrilas contráteis e outras estruturas
importantes, tais como as mitocôndrias e o retículo sarcoplasmático, estão inclusas no
sarcoplasma. A miofibrila contrátil é composta de unidades, e cada unidade é
denominada um sarcômero. Cada miofibrila, contém muitos miofilamentos. Os
miofilamentos são fios finos de duas moléculas de proteínas, actina(filamentos finos) e
miosina (filamentos grossos).
A fisiologia da contração muscular explica os fatores físicos e químicos responsáveis
pela origem, desenvolvimento e continuação de qualquer tipo de vida. Na fisiologia
humana, é explicado as características e mecanismos específicos do corpo humano, que
o fazem ser um ser vivo. O próprio fato de que permanecemos vivos está quase além do
nosso controle, pois a fome nos faz procurar alimento e o medo nos faz buscar refúgio.
As sensações de frio nos fazem procurar calor e outras forças nos impelem a procurar
companhia e nos reproduzir. Assim, o ser humano é, na verdade um autônomo e o fato
de sermos organismos com sensações, sentimentos e conhecimento é parte dessa
seqüência automática da vida; esses atributos especiais nos permitem viver sob
condições extremamente variadas que, de outra forma, tornariam a vida impossível.
A a fisiologia da contração muscular ocorre por várias etapas e, do estímulo da
contração muscular até a sua execução, as etapas são as seguintes:
1) Um potencial de ação trafega ao longo de um nervo motor até suas terminações nas
fibras musculares;
2) Em cada terminação, o nervo secreta uma pequena quantidade de substância
neurotransmissora, a acetilcolina;
3) Essa acetilcolina atua sobre uma área localizada na membrana da fibra muscular,
abrindo numerosos canais acetilcolina-dependentes dentro de moléculas protéicas na
2. membrana da fibra muscular;
4) A abertura destes canais permite que uma grande quantidade de íons sódio flua para
dentro da membrana da fibra muscular no ponto terminal neural. Isso desencadeia
potencial de ação na fibra muscular;
5) O potencial de ação cursa ao longo da membrana da fibra muscular da mesma forma
como o potencial de ação cursa pelas membranas neurais;
6) O potencial de ação despolariza a membrana da fibra muscular e também passa para
profundidade da fibra muscular, onde o faz com que o retículo sarcoplasmático libere
para as miofibrilas grande quantidade de íons cálcio, que estavam armazenados no
interior do retículo sarcoplasmático;
7) Os íons cálcio provocam grandes forças atrativas entre os filamentos de actina e
miosina, fazendo com que eles deslizem entre si, o que constitui o processo contrátil;
8) Após fração de segundo, os íons cálcio são bombeados de volta para o retículo
sarcoplasmático, onde permanecem armazenados até que um novo potencial de ação
chegue; essa remoção dos íons cálcio da vizinhança das miofibrilas põe fim à contração.
O mecanismo da contração muscular será demonstrado a teoria dos filamentos
deslizantes, uma série de hipóteses é admitida para explicar como os filamentos
deslizantes desenvolvem tensão e encurtam-se, uma delas é a seguinte:
1) Com o sítio de ligação de ATP livre, a miosina se liga fortemente a actina;
2) Quando uma molécula de ATP se liga a miosina, a conformação da miosina e o sítio
de ligação se tornam instáveis liberando a actina;
3) Quando a miosina libera a actina, o ATP é parcialmente hidrolizado (transformando-
se em ADP) e a cabeça da miosina inclina-se para frente;
4) A religação com a actina provoca a liberação do ADP e a cabeça da miosina se altera
novamente voltando a posição de início, pronta para mais um ciclo.
Fonte: Grupo Salgado
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 900 cursos online com
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http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/6048/a-fisiologia-e-o-
mecanismo-da-contracao-muscular#ixzz28uI8hqNH
Fonte:
http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/6048/a-fisiologia-e-o-mecanismo-da-
contracao-muscular
3. A Contração Muscular: contração do
músculo liso e estriado.
16 de setembro de 2008
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O estímulo para a contração é geralmente um impulso nervoso que se propaga pela
membrana das fibras musculares, atingindo o retículo sarcoplasmático (um conjunto de
bolsas membranosas citoplasmáticas onde há cálcio armazenado), que libera íons de
cálcio no citoplasma. Ao entrar em contato com as miofibrilas, o cálcio desbloqueia os
sítios de ligação de actina, permitindo que se ligue a miosina, iniciando a contração
muscular.
Assim que cessa o estímulo, o cálcio é rebombeado para o interior do retículo
sarcoplasmático e cessa a contração muscular.
A energia para contração muscular é suprida por moléculas de ATP (produzidas durante
a respiração celular). O ATP atua na ligação de miosina à actina, o que resulta na
contração muscular. Mas a principal reserva de energia nas células musculares é a
fosfocreatina, onde grupos de fosfatos, ricos em energia, são transferidos da
fosfocreatina para o ADP, que se transforma em ATP. Quando o trabalho muscular é
intenso, as células musculares repõem seus estoques de ATP e de fosfocreatina,
intensificando a respiração celular, utilizando o glicogênio como combustível.
Contração do músculo liso e músculo estriado: o músculo liso é involuntário e
localiza-se na pele, órgãos internos, aparelho reprodutor, grandes vasos sangüíneos e
aparelho excretor. O estímulo para a contração dos músculos lisos é mediado pelo
sistema nervoso vegetativo. Já o músculo estriado esquelético: é inervado pelo sistema
nervoso central e, como este se encontra em parte sob controle consciente, chama-se
músculo voluntário. As contrações do músculo esquelético permitem os movimentos
dos diversos ossos e cartilagens do esqueleto.
São inúmeros os estudos sobre a contração dos músculos liso e estriado, todavia o
estudo ” Avaliação da ativação neuromuscular em indivíduos com escoliose através da
eletromiografia de superfície” é um dos que estudaram a contração do músculo estriado.
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 900 cursos online com
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contracao-do-musculo-liso-e-estriado#ixzz28uIYq3da
4. Fisiologia da contração muscular Fisiologia da contração muscular a- pronas 1.1 –
Movimento dos íons1 Organização geral 1.2 Bases iônicas do potencial de repouso a-
Tipos de células musculares a – potencial de equilíbrio b- Características b –
permeabilidade iônica relativa ao potencial de repouso2 Contração muscular 2
Propriedades do potencial de ação a- Transmissão neuromuscular 3 Condução do
potencial de ação b- Mecanismos moleculares contráteis c- Relaxamento muscular3
Tipos de fibras musculares4 Comando neural1 – Organização geral Todos os animais se
movimentam de alguma forma, ainda que para manter suaposição e agir contra a força
da gravidade, buscar alimentos ou fugir de predadores. Nohomem a motricidade possui
grande complexidade, além da manutenção da postura, osmovimentos são usados para
vários fins: utilização de utensílios, comunicação, etc. Os músculos são as estruturas
efetoras que executam o trabalho, ou seja, osmovimentos. Os músculos são formados
por conjuntos celulares capazes de alterar seucomprimento ativamente, contraindo ou
relaxando sob o controle direto ou indireto defibras nervosas, ou ainda espontaneamente
segundo ritmos intrinsecamente produzidospor eles. A capacidade contrátil das células
musculares é fornecida por proteínasespecializadas do citoesqueleto, ativadas por um
complexo sistema molecular disparadopor potenciais de ação que percorrem sua
membrana plasmática. Assim, as célulasmusculares são excitáveis como os neurônios.a
– Tipos celulares Segundo a organização das suas proteínas contráteis, as células
muscularespodem ser lisas ou estriadas. As lisas são geralmente responsáveis pelos
movimentosdas vísceras (exceto o coração), dilatação da pupila, constrição e dilatação
dos vasossanguíneos. As células musculares estriadas podem ser esqueléticas (a
maioria) oucardíacas. Os músculos estriados esqueléticos se contraem deslocando os
ossos, oumovendo estruturas como olhos, tecidos, produzindo movimentos dos
membros,movimentos faciais.b – Características Por essas células serem alongadas,são
também chamadas de fibras musculares.Os músculos esqueléticos são compostos
defibras musculares que são organizadas emfeixes, chamados de fascículos.
Osmiofilamentos compreendem as miofibrilas,que por sua vez são agrupadas juntas
paraformar as fibras musculares. Cada fibrapossui uma cobertura ou membrana,
oNathalia Fuga – Fisiologia Página 1
2. Fisiologia da contração muscularsarcolema, e é composta de uma substância
semelhante a gelatina, sarcoplasma.Centenas de miofibrilas contráteis e outras
estruturas importantes, tais como asmitocôndrias e o retículo sarcoplasmático, estão
inclusas no sarcoplasma. A miofibrilacontrátil é composta de unidades, e cada unidade é
denominada um sarcômero. Cadamiofibrila contém muitos miofilamentos. Os
miofilamentos são fios finos de duasmoléculas de proteínas, actina (filamentos finos) e
miosina (filamentos grossos). A miosina (filamentos grossos) é formada por duas
cadeias trançadas queterminam enoveladas. O filamento grosso é formado por várias
moléculas de miosinaassociadas em feixe, sobressaindo as cabeças (regiões
enoveladas). As cabeças se ligamaos filamentos finos. Os filamentos finos contêm duas
cadeias alongadas entrelaçadas de actina F, atropomiosina (filamentar) e a troponina
(globular).2 – Contração musculara – Transmissão neuromuscular A máquina molecular
entra em ação se iniciando através da junçãoneuromuscular, uma sinapse excitatória em
que o neurotransmissor principal é aacetilcolina. A fibra nervosa motora despolariza e
conduz potencias de ação quedespolarizam uma região especializada da fibra muscular,
a placa motora. A liberação de acetilcolina por um Visão global da junção
neuromuscular: 1. Axônio neurônio motor na placa motora leva a 2. Placa motora
ativação de receptores musculares e 3. Fibra muscular consequente excitação muscular.
O4. Miofibrila resultado da reação entre acetilcolina e seus receptores é abertura de
5. canais de sódio e potássio gerando potencial de ação na placa motora.Nathalia Fuga –
Fisiologia Página 2
3. Fisiologia da contração muscularb – mecanismos moleculares contráteis A
despolarização da placa motora faz com que ocorra a abertura de canais decálcio que
entram na célula muscular, além disso, um estoque intracelular de cálcio é liberado,
aumentando muito a quantidade de cálcio no interior da fibra muscular. Os íons cálcio
atingem as moléculas contráteis e são captados pela troponina, o que faz com que a
conformação dos filamentos finos seja alterada. Essa alteração resulta em um
afastamento entre tropomiosina e actina, expondo o sítio ligante da actina. Quando isso
ocorre, verdadeiras pontes de ligação entre actina e miosina se formam e um filamento
desliza sobre o outro encurtando seu comprimento.c – Relaxamento muscular O
mecanismo de contração muscular ocorre através do mecanismo excitação-contração,
um termo que descreve os fenômenos eletroquímicos que relacionampotencial de ação
muscular e encurtamento de miofibrilas. Quando cessa adespolarização da membrana
muscular, ocorrem os fenômenos contrários a contração eocorre o relaxamento
muscular. O relaxamento decorre da diminuição de cálcio nointerior da célula,
diminuição das pontes transversas (entre actina e miosina) e orestabelecimento do
comprimento original do músculo.Nathalia Fuga – Fisiologia Página 3
4. Fisiologia da contração muscular3 – Tipos de fibras musculares Dentro de um
músculo esquelético há diferentes tipos de fibras musculares,distribuídas dispersamente.
Os tipos morfológicos de fibras musculares se relacionamestreitamente com o tipo de
função que exercem, repercutindo na função desempenhadapelo músculo. São três os
tipos de fibras musculares: a) Fibras vermelhas ou lentas: dispõem de rico suprimento
sanguíneo, muitas mitocôndrias e metabolismo aeróbico. Essas fibras realizam
movimentos sustentados e lentos e são bastante resistentes á fadiga. (Geralmente
músculos proximais). b) Fibras brancas ou rápidas: possuem poucos capilares, poucas
mitocôndrias, mas grandes reservas de glicogênio. Seu metabolismo é anaeróbico,
gerador de ácido láctico. São fibras de contração rápida, fortes e transitórias que se
fadigam rapidamente. (Geralmente músculos distais). c) Fibras intermediárias: possuem
características mistas.4 – Comando neural Os músculos esqueléticos funcionam
estritamente sob o comando neural. Osordenadores diretamente envolvidos com o
comando motor são conjuntos de neurôniosmotores ou motoneurônios, situados na
medula espinhal e no tronco encefálico. Dentretodos os motoneurônios, há uma
população para cada músculo, ou seja, aquele grupoespecífico de motoneurônio inerva
somente aquele músculo. Dentre o motoneurônio temos três tipos: a) Motoneurônio α
(alfa): apresentam corpos celulares grades ou médios. Seus axônios emergem das raízes
ventrais da medula e se integram até chegarem aos músculos correspondentes. São esses
motoneurônios que comandam a contratilidade muscular. b) Motoneurônio γ (gama):
apresentam corpos celulares pequenos, inervam fibras musculares modificadas que
fazem parte de receptores sensoriais (fusos musculares), especializados no
monitoramento do comprimento muscular e suas variações. Não agem diretamente
sobre a contração, mas participam de um mecanismo de controle indireto da contração
muscular. c) Motoneurônio β (beta): apresentam propriedades intermediárias. Seus
axônios se bifurcam inervando fibras musculares comuns e fibras dos fusos musculares.
As fibras musculares são inervadas por um único motoneurônio, mas diversas fibras
podem ser inervadas por um motoneuônio. Dessa forma, a unidade funcional de
comando é formada por um motoneurônio e o conjunto de fibras musculares por ele
inervadas. Esse conjunto recebe o nome de unidade motora. È a unidade motora que
auxilia o controle da força e da precisão da contração.Nathalia Fuga – Fisiologia Página
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6. 5. Fisiologia da contração muscular FluxogramaPrincipais eventos fisiológicos e
moleculares da contração COMANDO NEURAL Potenciais de ação nos terminais
axônicos Liberação de acetilcolina TRANSMISSÃO NEUROMUSCULAR Potencial
de placa motora Potenciais de ação muscular EXCITAÇÃO MUSCULAR
Despolarização da membrana da fibra muscular Abertura dos canais de cálcio
MECANISMOS IÔNICOS Abertura dos receptores Aumento de cálcio no citoplasma
Formação das pontes de actina e miosina MECANISMOS MOLECULARES
CONTRÁTEIS Deslizamento dos filamentos Encurtamento dos sarcômeros
Repolarização da membrana muscular RELAXAMENTO MUSCULAR Diminuição de
cálcio intracelular Deslizamento reverso dos filamentos Retorno do tamanho dos
sarcômerosNathalia Fuga – Fisiologia Página 5