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E.E Irene Dias Ribeiro Daiane Meira Leci Driele Sousa Assis Giovana Juliete Ferro Pamela Nayara Gregoldo 3°A      2011
Biografia Dramaturgo e poeta, Gil Vicente nasceu provavelmente em Guimarães (Portugal), em 1465. Sabe-se que desde o início do século XVI vivia na corte, em Lisboa, onde organizava festas e comemorações. Como poeta lírico, encontra-se representado no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende. É considerado o criador do teatro em Portugal. Como dramaturgo, produziu 44 peças, de inúmeros temas. Nelas, é marcante o caráter crítico e satírico, de sentido moralizante.
A circulação de sua obra se fazia, em parte, por meio de folhetos impressos e em literatura de cordel. No entanto, alguns dos títulos do escritor foram proibidos ou expurgados pela censura inquisitorial. Sete deles foram incluídos em 1551 no Index (lista de livros cuja leitura era proibida pela Igreja Católica). A primeira reunião completa de suas criações, a Compilação de Todas as Obras de Gil Vicente, foi organizada sob responsabilidade do filho, Luís Vicente, em 1562. O escritor morreu entre 1536 e 1540.
Enredo Depois da morte todos são encaminhados a um rio onde duas embarcações esperam. Uma onde um anjo espera levaria ao paraíso, outra onde um Arrais infernal e um companheiro levariam   para o inferno. Primeiro vem um Fidalgo que chega à embarcação do inferno. Pergunta aonde ela leva e, ao ouvir que era para o inferno, justifica que é uma terra desagradável e que em vida tinha quem rezasse por ele; assim se encaminha para a barca do paraíso. Chega anunciando sua embarcação, mas o anjo lhe proíbe a entrada, afirmando que a tirania não entrava ali.
O fidalgo então volta ao Arrais e embarca para o inferno. Vem então um onzeneiro (um tipo de agiota) que, sabendo do destino, se encaminha para a barca seguinte. O anjo lhe pergunta para onde ele quer ir. Ao ouvir que quer ir ao paraíso, justifica-lhe o porquê de não poder fazê-lo e, assim, ele volta para a barca que leva ao inferno. Chega o Parvo. Feitas as apresentações descobre que a tal barca leva ao inferno e se encaminha para a barca seguinte onde o anjo com ele conversa. Ele aceita levar o parvo, mas pede-lhe que espere para ver se não há mais ninguém que possa ir com eles.
Chega um sapateiro que pergunta para onde a barca vai. Depois da resposta pergunta para onde os confessados se encaminham, mas o sapateiro era também excomungado. Ele vai até o anjo que não lhe permite a entrada devido aos roubos que fazia. Vem em seguida um frade com uma moça que chegou dançando. Conhecido o destino e sendo um padre mundano não teve chance na barca do paraíso e junto com a moça embarcou para o inferno.  Veio BrigidaVaz, uma alcoviteira, que o Arrais quis embarcar, porém ela se dirigiu à barca celestial.
O anjo perguntou quem era ela, e ela lhe afirmou que merecia o paraíso pois muitas vidas tinha salvado; no entanto o anjo sabia que ela não pertencia àquela barca, e assim ela voltou e embarcou na barca do inferno. Chegou um judeu dizendo ir na barca do paraíso e, enquanto ele conversa com o Arrais, o parvo apareceu dizendo como o judeu era mal. Assim, ele também embarcou para o inferno. Vieram também um corregedor e um procurador, conversaram com o Arrais e acabaram embarcando na barca dele. O corregedor ficou conversando com Brizida Vaz, pois a conhecia.
Por fim, veio o enforcado que dizia estar livre da barca do inferno pela morte que levara. Mas ele foi desenganado e embarcou para o inferno junto com todos os outros. Vieram então quatro cavaleiros cantando, cada um com a Cruz de Cristo. Cantavam dizendo que a barca segura era o seu destino. O Arrais questionou-os por passarem sem pergunta, mas eles sabiam que mereciam a barca do paraíso, morreram por Jesus Cristo e não mereciam o castigo. O anjo estava à espera deles e quando chegaram puderam embarcar para o paraíso. 
Personagens Diabo: condutor das almas ao Inferno, conhece muito bem cada um dos personagens que lhe cai às mãos; é zombeteiro, irônico e bom argumentador. Gil Vicente não pinta o Diabo como responsável pelos fracassos e males humanos; o Diabo é um juiz, que exibe às claras o lado mais recôndito dos personagens, penetrando nas consciências humanas e revelando o que cada um deles procura esconder.
Fidalgo: representa a nobreza, e chega com um pajem, tem uma roupagem exagerada e uma cadeira de espaldar, elementos característicos de seu status social. Ao Fidalgo, nada lhe valem as compras de indulgências, ou orações encomendadas. Onzeneiro: o segundo personagem a ser inquirido é o Onzeneiro, usurário que ao chegar à barca do Diabo descobre que seu rico dinheiro ficara em terra. Utilizando o pretexto de ir buscar o dinheiro, tenta convencer o Diabo a deixá-lo retornar, demonstrando seu apreço às coisas mundanas.
Parvo: um dos poucos a não ser condenado ao Inferno. O Parvo chega desprovido de tudo, é simples, sem malícia e consegue driblar o Diabo, e até injuriá-lo. É uma alma pura, cujos valores são legítimos e sinceros.  Sapateiro: representante dos mestres de ofício, que chega à embarcação do Diabo carregando seu instrumento de trabalho, o avental e as formas. É um desonesto explorador do povo. Habituado a ludibriar os homens, procura enganar o Diabo, que espertamente não se deixa levar por seus artifícios e o condena. 
Frade: O Frade é alegre, cantante, bom dançarino e mau-caráter. Chega acompanhado de sua amante, e acredita que por ter rezado e estar a serviço da fé, deveria ser perdoado de seus pecados mundanos.  Brígida Vaz: agenciadora de meretrizes, misto de alcoviteira e feiticeira. Por sua devassidão e falta de escrúpulos, é condenada. É conhecida de outros personagens que utilizaram em vida seus serviços. Inescrupulosa, traiçoeira, cheia de ardis, não consegue fugir à condenação. 
Judeu: entra acompanhado de seu bode. Detestado por todos, até mesmo pelo Diabo que quase se recusa a levá-lo, é igualmente condenado, inclusive por não seguir os preceitos religiosos da fé cristã. Corregedor e o Procurador: ambos representantes do judiciário: juiz e advogado. Deveriam ser exemplos de bom comportamento e acabaram sendo condenados justamente por serem tão imorais quanto os mais imorais dos mortais, manipulando a justiça de acordo com as propinas recebidas, pois faziam da lei sua fonte de recursos ilícitos e de manipulação de sentenças.
Enforcado: chega ao batel acreditando ter o perdão garantido por seu julgamento terreno e posterior condenação à morte. Isso teriam lhe redimido dos pecados, mas é condenado também a ir para o Inferno.  Cavaleiros Cruzados: finalmente chegam à barca quatro cavaleiros cruzados, que lutam pelo triunfo da fé cristã e morrem em poder dos mouros. Obviamente, com uma ficha impecável, serão todos julgados, perdoados e conduzidos à Barca da Glória.
   Na obra, o tempo e o espaço não são definidos. Encontram-se em uma dimensão mística, às margens do rio da morte, o rio Letes, já que se trata de uma obra alegórica.  Tempo e  Espaço
Vicen Teatro
Foco Narrativo Para criticar os costumes da época medieval, Gil Vicente critica o clero, a prostituta ,os judeus e a nobreza. Só poupava o parvo( representante do povo) e os cavaleiros que morreram nas Cruzadas em nome de Deus. "Sendo assim, os quatro Cavaleiros embarcaram e tomaram rumo em direção ao Paraíso, já que morreram por Deus e porque eram livres de qualquer pecado.“
Estilo Obra escrita em versos heptassílabos, em tom coloquial e com intenção marcadamente doutrinária, fundindo em algumas passagens o português, o latim e o espanhol. Cada personagem apresenta, através da fala, traços que denunciam sua condição social.   A linguagem é o português arcaico, mesclado de latim macarrônico,  principalmente nos diálogos entre o Diabo e o Corregedor.
Verossimilhança Desde o inicio dos tempos sempre imaginamos que quando morremos temos um julgamento que nos leva para o caminho que merecemos.Diante do que fizemos na terra, essa idéia se concretiza em nossas mentes até hoje .
Humanismo (Portugal) com Gil Vicente sendo um dos maiores nomes dessa época. A obra também esta religiosamente voltada para a figura de Deus, o que é uma característica medieval  Movimento literario
Conclusão   O Auto da Barca do Inferno é considerado um auto de moralidade pois é uma crítica à sociedade e serve para que as pessoas reflitam sobre o que fazem e também sobre as ações praticadas pelos outros. Esta obra continua a ter imenso sucesso pois as críticas feitas podem ser aplicadas hoje em dia.
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/a/auto_da_barca_do_inferno/ http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1706u56.jhtm http://www.slideshare.net/antonius3/auto-da-barca-do-inferno-analise-total-da-ob Referências

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Vicente Teatro

  • 1. E.E Irene Dias Ribeiro Daiane Meira Leci Driele Sousa Assis Giovana Juliete Ferro Pamela Nayara Gregoldo 3°A 2011
  • 2. Biografia Dramaturgo e poeta, Gil Vicente nasceu provavelmente em Guimarães (Portugal), em 1465. Sabe-se que desde o início do século XVI vivia na corte, em Lisboa, onde organizava festas e comemorações. Como poeta lírico, encontra-se representado no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende. É considerado o criador do teatro em Portugal. Como dramaturgo, produziu 44 peças, de inúmeros temas. Nelas, é marcante o caráter crítico e satírico, de sentido moralizante.
  • 3. A circulação de sua obra se fazia, em parte, por meio de folhetos impressos e em literatura de cordel. No entanto, alguns dos títulos do escritor foram proibidos ou expurgados pela censura inquisitorial. Sete deles foram incluídos em 1551 no Index (lista de livros cuja leitura era proibida pela Igreja Católica). A primeira reunião completa de suas criações, a Compilação de Todas as Obras de Gil Vicente, foi organizada sob responsabilidade do filho, Luís Vicente, em 1562. O escritor morreu entre 1536 e 1540.
  • 4.
  • 5. Enredo Depois da morte todos são encaminhados a um rio onde duas embarcações esperam. Uma onde um anjo espera levaria ao paraíso, outra onde um Arrais infernal e um companheiro levariam para o inferno. Primeiro vem um Fidalgo que chega à embarcação do inferno. Pergunta aonde ela leva e, ao ouvir que era para o inferno, justifica que é uma terra desagradável e que em vida tinha quem rezasse por ele; assim se encaminha para a barca do paraíso. Chega anunciando sua embarcação, mas o anjo lhe proíbe a entrada, afirmando que a tirania não entrava ali.
  • 6. O fidalgo então volta ao Arrais e embarca para o inferno. Vem então um onzeneiro (um tipo de agiota) que, sabendo do destino, se encaminha para a barca seguinte. O anjo lhe pergunta para onde ele quer ir. Ao ouvir que quer ir ao paraíso, justifica-lhe o porquê de não poder fazê-lo e, assim, ele volta para a barca que leva ao inferno. Chega o Parvo. Feitas as apresentações descobre que a tal barca leva ao inferno e se encaminha para a barca seguinte onde o anjo com ele conversa. Ele aceita levar o parvo, mas pede-lhe que espere para ver se não há mais ninguém que possa ir com eles.
  • 7. Chega um sapateiro que pergunta para onde a barca vai. Depois da resposta pergunta para onde os confessados se encaminham, mas o sapateiro era também excomungado. Ele vai até o anjo que não lhe permite a entrada devido aos roubos que fazia. Vem em seguida um frade com uma moça que chegou dançando. Conhecido o destino e sendo um padre mundano não teve chance na barca do paraíso e junto com a moça embarcou para o inferno.  Veio BrigidaVaz, uma alcoviteira, que o Arrais quis embarcar, porém ela se dirigiu à barca celestial.
  • 8. O anjo perguntou quem era ela, e ela lhe afirmou que merecia o paraíso pois muitas vidas tinha salvado; no entanto o anjo sabia que ela não pertencia àquela barca, e assim ela voltou e embarcou na barca do inferno. Chegou um judeu dizendo ir na barca do paraíso e, enquanto ele conversa com o Arrais, o parvo apareceu dizendo como o judeu era mal. Assim, ele também embarcou para o inferno. Vieram também um corregedor e um procurador, conversaram com o Arrais e acabaram embarcando na barca dele. O corregedor ficou conversando com Brizida Vaz, pois a conhecia.
  • 9. Por fim, veio o enforcado que dizia estar livre da barca do inferno pela morte que levara. Mas ele foi desenganado e embarcou para o inferno junto com todos os outros. Vieram então quatro cavaleiros cantando, cada um com a Cruz de Cristo. Cantavam dizendo que a barca segura era o seu destino. O Arrais questionou-os por passarem sem pergunta, mas eles sabiam que mereciam a barca do paraíso, morreram por Jesus Cristo e não mereciam o castigo. O anjo estava à espera deles e quando chegaram puderam embarcar para o paraíso. 
  • 10. Personagens Diabo: condutor das almas ao Inferno, conhece muito bem cada um dos personagens que lhe cai às mãos; é zombeteiro, irônico e bom argumentador. Gil Vicente não pinta o Diabo como responsável pelos fracassos e males humanos; o Diabo é um juiz, que exibe às claras o lado mais recôndito dos personagens, penetrando nas consciências humanas e revelando o que cada um deles procura esconder.
  • 11. Fidalgo: representa a nobreza, e chega com um pajem, tem uma roupagem exagerada e uma cadeira de espaldar, elementos característicos de seu status social. Ao Fidalgo, nada lhe valem as compras de indulgências, ou orações encomendadas. Onzeneiro: o segundo personagem a ser inquirido é o Onzeneiro, usurário que ao chegar à barca do Diabo descobre que seu rico dinheiro ficara em terra. Utilizando o pretexto de ir buscar o dinheiro, tenta convencer o Diabo a deixá-lo retornar, demonstrando seu apreço às coisas mundanas.
  • 12. Parvo: um dos poucos a não ser condenado ao Inferno. O Parvo chega desprovido de tudo, é simples, sem malícia e consegue driblar o Diabo, e até injuriá-lo. É uma alma pura, cujos valores são legítimos e sinceros.  Sapateiro: representante dos mestres de ofício, que chega à embarcação do Diabo carregando seu instrumento de trabalho, o avental e as formas. É um desonesto explorador do povo. Habituado a ludibriar os homens, procura enganar o Diabo, que espertamente não se deixa levar por seus artifícios e o condena. 
  • 13. Frade: O Frade é alegre, cantante, bom dançarino e mau-caráter. Chega acompanhado de sua amante, e acredita que por ter rezado e estar a serviço da fé, deveria ser perdoado de seus pecados mundanos.  Brígida Vaz: agenciadora de meretrizes, misto de alcoviteira e feiticeira. Por sua devassidão e falta de escrúpulos, é condenada. É conhecida de outros personagens que utilizaram em vida seus serviços. Inescrupulosa, traiçoeira, cheia de ardis, não consegue fugir à condenação. 
  • 14. Judeu: entra acompanhado de seu bode. Detestado por todos, até mesmo pelo Diabo que quase se recusa a levá-lo, é igualmente condenado, inclusive por não seguir os preceitos religiosos da fé cristã. Corregedor e o Procurador: ambos representantes do judiciário: juiz e advogado. Deveriam ser exemplos de bom comportamento e acabaram sendo condenados justamente por serem tão imorais quanto os mais imorais dos mortais, manipulando a justiça de acordo com as propinas recebidas, pois faziam da lei sua fonte de recursos ilícitos e de manipulação de sentenças.
  • 15. Enforcado: chega ao batel acreditando ter o perdão garantido por seu julgamento terreno e posterior condenação à morte. Isso teriam lhe redimido dos pecados, mas é condenado também a ir para o Inferno.  Cavaleiros Cruzados: finalmente chegam à barca quatro cavaleiros cruzados, que lutam pelo triunfo da fé cristã e morrem em poder dos mouros. Obviamente, com uma ficha impecável, serão todos julgados, perdoados e conduzidos à Barca da Glória.
  • 16. Na obra, o tempo e o espaço não são definidos. Encontram-se em uma dimensão mística, às margens do rio da morte, o rio Letes, já que se trata de uma obra alegórica. Tempo e Espaço
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  • 21. Foco Narrativo Para criticar os costumes da época medieval, Gil Vicente critica o clero, a prostituta ,os judeus e a nobreza. Só poupava o parvo( representante do povo) e os cavaleiros que morreram nas Cruzadas em nome de Deus. "Sendo assim, os quatro Cavaleiros embarcaram e tomaram rumo em direção ao Paraíso, já que morreram por Deus e porque eram livres de qualquer pecado.“
  • 22. Estilo Obra escrita em versos heptassílabos, em tom coloquial e com intenção marcadamente doutrinária, fundindo em algumas passagens o português, o latim e o espanhol. Cada personagem apresenta, através da fala, traços que denunciam sua condição social.  A linguagem é o português arcaico, mesclado de latim macarrônico, principalmente nos diálogos entre o Diabo e o Corregedor.
  • 23. Verossimilhança Desde o inicio dos tempos sempre imaginamos que quando morremos temos um julgamento que nos leva para o caminho que merecemos.Diante do que fizemos na terra, essa idéia se concretiza em nossas mentes até hoje .
  • 24. Humanismo (Portugal) com Gil Vicente sendo um dos maiores nomes dessa época. A obra também esta religiosamente voltada para a figura de Deus, o que é uma característica medieval Movimento literario
  • 25. Conclusão O Auto da Barca do Inferno é considerado um auto de moralidade pois é uma crítica à sociedade e serve para que as pessoas reflitam sobre o que fazem e também sobre as ações praticadas pelos outros. Esta obra continua a ter imenso sucesso pois as críticas feitas podem ser aplicadas hoje em dia.