SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 56
Baixar para ler offline
1REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
Ribeirão Preto SP
Março - 2015
Ano 8 - Nº 81
R$ 10,00
IAC recomenda maior dosagem de zinco no plantio canavieiro
Colheita atinge 84,8% em São Paulo
MECANIZAÇÃO
22ª Agrishow: Feira
destaca investimento
em tecnologia contra
pessimismo econômico
Safra 2015/16: Estimativas
indicam pequeno
crescimento no volume
de moagem de cana
Etanol: Demanda por anidro
deve aumentar em 1,3 bilhão
de litros nesta temporada
CADERNO TERRA & CIA: Produtores do Centro-Oeste apostam em agricultura sustentável
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 20152
3REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
Expediente
Diretor: Plínio César
Gerente de Comunicação: Luciana Zunfrilli
Redação
Editor Chefe: Doca Pascoal
Reportagem: Marcela Servano
Colaboração: Alexandre Andrade Lima, Plinio Nastari,
José Osvaldo Bozzo, Lara Moraes, Luiz Albino Barbosa
e Ulisses Rocha Antuniassi
Foto da capa: Ale Carolo / alecarolo.com
Editor Gráfico: Jonatas Pereira / Creativo Artwork
Publicidade:	Alexandre Richards (16) 98828 4185
	 alexandre@canamix.com.br
	
	 Fernando Masson (16) 98271 1119
	 fernando@canamix.com.br
	
	 Plínio César (16) 98242 1177
	 plinio@canamix.com.br
Assinaturas:
assinaturas@canamix.com.br
Eventos:
eventos@canamix.com.br
Contatos com a redação:
reportagem@canamix.com.br
ISSN: 2236-3351
Outras publicações do Grupo Agrobrasil
Guia Oficial de Compras do Setor Sucroenergético
Portal CanaMix
Grupo Agrobrasil
Av. Brasil, 2780
CEP 14075-030 - Ribeirão Preto - SP
(16) 3446 3993 / 3446 7574
www.canamix.com.br
Artigos assinados, mensagens publicitárias e o
caderno Marketing Canavieiro refletem ponto de vista
dos autores e não expressam a opinião da revista.
É permitida a reprodução total ou parcial
dos textos, desde que citada a fonte.
Carta ao leitor
Plinio Cesar, diretor
plinio@canamix.com.br
Heranças da mecanização
A
Pesquisa do Instituto de Economia Agrícola (IEA), em parceria com a Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral (CATI), mostra que a mecanização da colheita da cana-de-
-açúcar no Estado de São Paulo cresceu 3,5% na safra agrícola 2013/14, em relação ao
ciclo anterior. No total, cerca de 85% da lavoura canavieira foi colhida por máquinas no referi-
do período.
Esse crescimento da mecanização, sob o pilar legal de marcos regulatórios, é irreversí-
vel e traz reflexos importantes para o desenvolvimento do setor No que diz respeito ao meio am-
biente, milhões de toneladas de gases de efeito estufa estão deixando de ser emitidos na atmos-
fera, por conta da redução gradativa da queima da cana.
Também há mudanças no perfil da mão de obra, que precisa de maior qualificação para
operar o maquinário agrícola. O corte mecanizado também estimulou a criação de novas tecno-
logias, tanto para a agrícola, quanto para a indústria, que passou a receber cana crua e identifi-
cou a necessidade de adequar seus equipamentos.
Considerando que o fim total das queimadas está próximo, vale lembrar que o setor su-
croenergético e a indústria de base precisam se manter atentas ao desenvolvimento de adequa-
ções tecnológicas que permitam atender a demanda com eficiência. Em um cenário de econo-
mia estagnada, crise política, falta de crédito e desconfiança do mercado, o setor canavieiro tem
que se reinventar.
De qualquer forma, especialistas afirmam que a safra 2015/16 será maior. Algumas
ações do governo, como aumento da mistura do etanol anidro à ga-
solina, de 25% para 27%, e a volta da CIDE - reivindicação do setor
para resgatar o diferencial tributário do etanol em relação à gasolina
-, podem ser um pequeno alento para colocar um freio na queda do
segmento canavieiro. Boa leitura!
Foto:Divulgação
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 20154
5REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 20156
Guia de Compras SA
		PG	 ÁREA ADMINISTRATIVA
	 BANCOS - INSTITUIÇÃO FINANCEIRA..........................
4	SICOOB...............................................(16) 3456 7407
	 CONSULTORIA - ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL........
16	 ARAUJO RTC.......................................(16) 3237 0208
17	DATAGRO............................................(11) 4133 3944
	 CONSULTORIA - GESTÃO AMBIENTAL.........................
16	 ARAUJO RTC.......................................(16) 3237 0208
	 CURSOS E TREINAMENTOS.........................................
13	 MOURA LACERDA................................(16) 21011076
	 ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES.......................................
4	SICOOB...............................................(16) 3456 7407
	 EDITORA, PUBLICIDADE E EVENTOS...........................
35	 AGROBRASIL – CANAMIX/TERRA&CIA.(16) 3446 7574
	 FEIRAS, SIMPÓSIOS E EVENTOS.................................
30	AGRISHOW..........................................(11) 3598 7832
27	AGROBRASILIA...................................(61) 3339 6542
17	DATAGRO............................................(11) 4133 3944
45	 GRUPO IDEA.......................................(16) 3514 0631
	 SEGURADORAS / CORRETORAS..................................
51	KAPSEG..............................................(16) 3633 9595
	 SITES / VIDEOS - DESENVOLVIMENTO........................
39	RGB....................................................(16) 3947 1343
	 SISTEMAS - CONTRA INCÊNDIO..................................
16	 ARAUJO RTC.......................................(16) 3237 0208
55	ARGUS................................................(19) 3826 6670
		PG	 ÁREA INDUSTRIAL
	 BOMBAS CENTRÍFUGAS..............................................
9	 EQUIPE................................................(19) 3426 4600
	 BOMBAS ESPECIAIS....................................................
9	EQUIPE................................................(19) 3426 4600
	 CABOS DE AÇO............................................................
16	 ARAUJO RTC.......................................(16) 3237 0208
	CLARIFICANTES...........................................................
18	PROSUGAR.........................................(81) 3267 4759
	 DESCOLORANTES........................................................
18	PROSUGAR.........................................(81) 3267 4759
	 EMPILHADEIRAS.........................................................
29	 EMPIZA EMPILHADEIRAS.........................1935713000
	 EPI - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL......
16	 ARAUJO RTC.......................................(16) 3237 0208
	 MEDIDORES, TRANSMISSORES DE VAZÃO E NÍVEL....
7	DWYLER..............................................(11) 2682 6633
	 PRODUTOS E SISTEMAS CONTRA INCÊNDIO..............
16	 ARAUJO RTC.......................................(16) 3237 0208
55	ARGUS................................................(19) 3826 6670
	 QUÍMICA - PRODUTOS E DERIVADOS..........................
24	ASHER................................................(16) 3969 8999
		PG	 ÁREA AGRÍCOLA
	
	 COLHEDORAS DE CANA...............................................
29 	 CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222
	 EPI - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL......	
16	 ARAUJO RTC.......................................(16) 3237 0208	
	 FUNGICIDAS................................................................
2	 BASF DO BRASIL..................................0800 0192 500
	 HERBICIDAS................................................................
56	 BASF DO BRASIL..................................0800 0192 500
	 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS........................................
29 	 CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222
	 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS PEÇAS E SERVIÇOS.......
29 	 CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222
	 INSETICIDAS................................................................
2	 BASF DO BRASIL..................................0800 0192 500
	 MATURADORES E REGULADORES DE CRESCIMENTO.
56	 BASF DO BRASIL..................................0800 0192 500
	 MUDAS........................................................................
2	 BASF DO BRASIL..................................0800 0192 500
	 PLANTADORAS DE CANA.............................................
29	CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222
	 TRANSBORDOS............................................................
29	CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222
7REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 20158
Sumário
10
12
20
28
32
34
36
48
50
52
54
Cooperativismo
- 	Cooperativa reaquece economia
da Mata Sul de Pernambuco
Opinião
-	Plínio Nastari: Perspectivas
para o mercado de açúcar
Capa
-	Mecanização da colheita atinge
84,8% em São Paulo
Mercado
-	Demanda por anidro deve aumentar
em 1,3 bilhão de litros
Eventos
- Calendário de eventos 2015
Marketing Canavieiro
- John Deere é considerada uma das
empresas mais éticas do mundo
Safra 2015/16
- Projeções indicam safra
maior em 2015/16
42
Tecnologia Agrícola
IAC recomenda maior dosagem de zinco no
plantio de cana
Foto:AleCarolo/alecarolo.com
Foto:Divulgação
26
Agrishow 2015
Feira investe em
tecnologia contra
pessimismo econômico
Foto:Biosev
40 Portal CanaMix
- IBGE confirma expectativa de safra
nacional recorde em 2015
- Garantia-Safra: mais segurança
para os agricultores familiares
- Milho safrinha ganha força
para safra 2015/16
- Programa de gestão rural quer
atender 1.100 produtores em MS
- Conab e entidades arrozeiras
iniciam levantamento de custos
de produção nesta quarta
Sustentabilidade
- 	Produtores do Centro-Oeste apostam
em agricultura sustentável
Corporativo
- Lesaffre muda nome para Phileo
Pecuária
- Novo conceito em nutrição faz bezerros
ganharem peso
Milho
-	Santa Helena lança híbridos de milho para safrinha
9REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201510
Cooperativismo
Cooperativa reaquece economia
da Mata Sul de Pernambuco
Apesar do governo pernambucano não ter investido na reativação da Usina
Pumaty, em Joaquim Nabuco, PE, a receita estadual tem crescido devido a ação
de uma cooperativa agrícola que arrendou e reabriu a unidade em novembro do
ano passado. Nos últimos quatro meses, a Secretaria da Fazenda já arrecadou
R$ 4,2 milhões com o ICMS da produção de 24,6 milhões de litro de etanol
Da Assessoria
A
experiência dos fornecedores de
cana-de-açúcar da Zona da Mata
Sul do Estado tem sido exitosa e
surpreendido até os mais otimistas. Os
agricultores, que se organizaram em tor-
no de uma cooperativa, tomaram a inicia-
tiva de arrendar e gerir a Usina Pumaty, a
qual estava fechada desde 2012, a fim de
não perder suas plantações por falta de
unidade industrial para moer a safra. Des-
se modo, de novembro do ano passado
pra cá, com a reativação da produção de
etanol hidratado na unidade, já foram mo-
ídas 333 mil toneladas de cana que pode-
riam ter ficado no campo, ou parte desse
total ter sido moído em usinas de esta-
dos vizinhos.
Com a cana esmagada em Puma-
ty, já foram produzidos 24,6 milhões de
Nos últimos quatro meses, a Secretaria da Fazenda de Pernqambuco já arrecadou R$ 4,2 milhões com o ICMS da
produção de 24,6 milhões de litro de etanol na Usina Pumaty, reativada pelos cooperados da AFCP
Foto:Divulgação
11REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
Para Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP, a região da Mata
Norte vem sofrendo com a falta de usinas para moagem, prejudicando
o progresso econômico do local, que tem tradição canavieira
litros do combustível, arrecadando R$
33,9 milhões. A expectativa da coopera-
tiva, a depender do clima, é atingir uma
moagem de 500 mil tons até o início de
abril, quando a safra acaba. Os efeitos
positivos não param por aí com a rea-
bertura da usina. Mais de 3 mil postos
de trabalho agroindustriais foram abertos
até agora. O fato tem gerado um efeito di-
reto na economia da Região, que enfren-
tava dificuldade após Pumaty fechar em
2012, haja vista que são municípios com
vocação e tradição canavieiras.
Tais resultados positivos também
têm chegado aos cofres do Estado, mes-
mo sem o governo ter investido recurso
na reativação do parque fabril, apesar de
ter prometido o apoio no fim da gestão
de Eduardo Campos. Com a produção de
24,6 milhões de litros de etanol por Pu-
maty, a Secretaria da Fazenda arrecadou
R$ 4,2 milhões em ICMS. Além disso, a
Pasta tem recebido o imposto indireto
gerado pela reativação da usina, através
da retomada de toda a cadeia produtiva
da cana e da movimentação comercial na
maior parte da Zona da Mata Sul.
“Até o momento, cerca de R$ 21
milhões já foram pagos aos produtores
pela cana fornecida à Pumaty e mais R$
1,5 milhão com o pagamento salarial dos
277 trabalhadores da unidade, além de
R$ 1 milhão com o arrendamento da usi-
na”, informa Frederico Pessoa de Quei-
roz, vice-presidente da Associação dos
Fornecedores de Cana de Pernambuco
(AFCP), que é uma das duas entidades
responsáveis pela cooperativa que arren-
dou e reabriu a usina. O outro órgão é o
Sindicato dos Cultivadores de Cana de
PE, presidido por Gerson Carneiro Leão.
As entidades antecipam que man-
terão a experiência na próxima safra,
que começará em setembro deste ano.
O contrato de arrendamento de Puma-
ty pela cooperativa foi de dois anos com
chance de renovação por mais outros
dois anos. Há uma possibilidade de ser
produzido também açúcar ao longo do
período. “Contudo, tudo dependerá da
necessidade do mercado consumidor e
de mais crédito para fazer a qualificação
do maquinário necessário para tal fabri-
cação”, diz Queiroz.
O dirigente conta ainda que há a in-
tenção de expandir a iniciativa para ou-
tra usina fechada no Estado. O desejo é,
já na próxima safra, reativar Cruangi, fe-
chada deste 2012 em Timbaúba, na Mata
Norte. “Essa região vem sofrendo com
a falta de usinas para moagem, prejudi-
cando o progresso econômico do local,
que tem tradição canavieira. É preciso fa-
zer com a Zona Norte o mesmo que mos-
tramos ser possível fazer na Sul”, defen-
de Alexandre Andrade Lima, presidente
da AFCP.
Foto:Unida
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201512
Opinião
Perspectivas para o mercado de açúcar
*Plinio Nastari
O
açúcar tem sido uma das com-
modities mais fascinantes a se-
rem seguidas. Suas intercone-
xões com o mercado de energia, através
do etanol e da bioeletricidade e, mais re-
centemente, do biogás e do biometa-
no, tem trazido crescentes desafios ana-
líticos e oportunidades aos diferentes
agentes do mercado.
Por nossa observação, as variá-
veis que influenciam de forma mais in-
tensa as tendências de açúcar tem sido:
mudanças nas taxas de câmbio das ori-
gens mais relevantes, a produtividade
agrícola, o custo da logística interna e
para exportação aos destinos, a inten-
sidade da diversificação, os custos dos
fatores de produção, a existência de
acordos comerciais e de parceria eco-
nômica, e finalmente o ambiente regula-
tório e de investimento - se não o real, a
percepção que se tem dele.
Sabemos que, enquanto a beterra-
ba açucareira é a matéria-prima predo-
minante em muitas partes do mundo, e
que os ganhos de produtividade recen-
tes mais expressivos foram observados
em beterraba não em cana, 80% de açú-
car mundo de hoje vêm da cana, e que
o Brasil e a Índia permanecem como os
maiores produtores, com a Tailândia
crescendo sua área cultivada em ritmo
acelerado nos últimos anos.
Mais de 1/3 da cana do mundo
é produzida no Brasil, uma origem que
hoje responde por 42,7% das exporta-
ções mundiais, com apenas 29,8% de
sua cana dedicada à exportação de açú-
car, o que significa que qualquer coisa
que afete a proporção de cana consu-
mida internamente tem um impacto am-
pliado sobre as exportações.
Dado que metade ou mais de me-
tade dependendo do ano, da cana é con-
vertida em etanol, principalmente con-
sumida internamente, a produção de
açúcar e as exportações têm uma liga-
ção direta com os fatores de influencia
do mercado de etanol. É por isso que o
Brasil se tornou um fundamento tão im-
portante. Historicamente, no entanto,
este aumento é um evento recente.
Foi só em 1989 que as exporta-
ções de açúcar foram privatizadas no
Brasil, e os volumes de exportação au-
mentaram de 1,5 milhão de toneladas
nesse ano, para o recorde de 28,0 mi-
lhões de toneladas tel quel em 2010, vo-
lume que desde então caiu para 24,1 mi-
lhões de toneladas em 2014.
O Brasil alcançou sua posição de
destaque na produção e as exportações
a partir do alto grau de sua diversifica-
ção para o etanol, que começou no final
de 1970 como uma estratégia de gover-
no desenvolvida para reduzir a depen-
dência do país por importações de ga-
solina. Diversificação que permitiu que
os açúcares contidos no melaço, geral-
mente vendidos a desconto sobre o açú-
car, passassem a ser fixados a um preço
mais próximo do equivalente em açúcar,
apesar de ainda em níveis mais baixos
durante a maior parte do tempo. Ironica-
mente, as importações de gasolina ain-
da são um dos problemas que afetam a
economia brasileira hoje, apesar de re-
gistros significativos a favor do etanol
desde então.
O etanol permitiu que 2,41 bilhões
de barris de gasolina fossem substituí-
dos desde 1975, para um país com re-
servas de petróleo de 16,61 bilhões de
barris, e um valor de gasolina substituí-
do que varia de 185,4 a 381,3 bilhões de
dólares, dependendo se o custo da dívi-
da evitada é levado em consideração.
Os instrumentos de intervenção
que desencadearam esta diversifica-
ção foram eliminados em parte duran-
te os anos 1980, e o resto deles duran-
te a fase de desregulamentação de 10
anos entre 1989 e 1999. Em 2002, a
percepção era de que a indústria tinha
uma intervenção mínima do governo e
era competitivo, com um custo de pro-
dução em equivalente de açúcar a granel
de 5,5 centavos de dólar por libra-pe-
so FOB, e um custo para o etanol ani-
Foto:AleCarolo/alecarolo.com
13REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201514
Opinião
dro de 68,1 centavos de dólar por ga-
lão ex-mill, o que significava que tinha
uma competitividade robusta com gaso-
lina. As perspectivas de expansão para o
etanol no mercado de combustíveis pa-
reciam limitadas apenas pela capacida-
de para abastecer os mercados interno e
de exportação.
A nova tecnologia dos carros flex-
-fuel, capazes de utilizar qualquer pro-
porção de etanol hidratado ou gasolina
com etanol, e a preferência dos consu-
midores altamente positiva em relação
a esses veículos que, desde então, fo-
ram responsáveis por mais de 80% de
todas as vendas de automóveis, trou-
xe a perspectiva de uma rápida expan-
são de mercado. Na verdade a aceita-
ção do consumidor tem sido tão grande
que, em dezembro de 2014, 67% da
frota de veículos leves foi composta por
carros flex.
No Brasil toda a gasolina vendi-
da no país é misturada com etanol ani-
dro em um nível de mistura padrão de
25% em volume, o que poderá aumen-
tar para 27% no futuro próximo. Uma
grande onda de investimentos foi for-
mada, e uma indústria que já era gran-
de mais do que dobrou de tamanho em
apenas nove anos. A moagem de cana
passou de 293,05 milhões de toneladas
em 2001/02, para 620,0 milhões de to-
neladas em 2010/11.
Esta expansão só foi superada,
tanto em termos relativos quanto abso-
lutos, pela expansão do uso do milho
para produção de etanol nos EUA, cujo
volume aumentou 1,6 para 14 bilhões
de galões, entre 2000 e 2014.
Foi também em 2002 que o Bra-
sil liderou um esforço juntamente com
a Tailândia e a Austrália para desafiar
os subsídios da União Europeia sobre
suas exportações de açúcar na Organi-
zação Mundial do Comércio (OMC), a
maior e de maior alcance em suas im-
plicações disputa comercial já realiza-
da na Organização. Em 2002, a CE foi
o segundo maior exportador de açúcar,
com exportações de 7,5 milhões de to-
neladas por ano.
O Órgão de Solução de Controvér-
sias da OMC determinou que a Comuni-
dade Europeia revisse sua Política Co-
mum para o Açúcar, o que levou a uma
profunda reorganização do setor na
Comunidade. Desde então, a partir da
ação da Comissão Europeia, a indústria
tem sido gradualmente desregulamen-
tada, e o próximo passo neste processo
vai acontecer em 2017, quando as quo-
tas de produção de açúcar serão com-
pletamente abolidas.
Devido à relevância do Brasil
como exportador de açúcar no mun-
do, as alterações na taxa de câmbio en-
tre o dólar e o Real têm desempenha-
do um papel relevante na determinação
dos preços nominais do açúcar negocia-
dos no mercado mais líquido e transpa-
rente, o mercado de futuros de Nova Ior-
que. Desde 2000, esta taxa de câmbio
passou 1,72 para 3,96, depois de volta
para 1,53, e, mais recentemente, voltou
a 2,85 reais por dólar.
Desde 2009, a fortuna do Bra-
sil no que tange a açúcar tem sido pre-
judicada por uma série de fatores, que
tem influenciado o seu desempenho tan-
to como produtor quanto como exporta-
dor: a intervenção do governo no preço
doméstico da gasolina, vendida a preços
subsidiados aos consumidores durante
a maior parte dos últimos seis anos (só
recentemente este lag inverteu, e é moti-
vo de incerteza a decisão sobre qual será
o preço de referência da gasolina); con-
dições climáticas adversas desde 2009
alternando chuva e seca excessiva, com
a ocorrência de geadas e florescimen-
to da cana; e o aumento dos custos de
produção causados por serviços eleva-
dos de dívida gerados desde a crise fi-
nanceira de 2008/09, juntamente com
as consequências operacionais profun-
das da rápida mecanização da colhei-
ta e plantio. A mecanização intensa foi
implementada para o cumprimento de
crescentes restrições ambientais e tam-
bém pela pressão de custos trabalhistas
mais elevados.
O motor que forneceu a maior par-
te do açúcar que cobriu a crescente de-
manda do mundo, de repente parou a ex-
pansão de sua capacidade de moagem.
Será necessária uma mudança profunda
de confiança para reverter a aversão atu-
al por novos investimentos em expansão
da capacidade de moagem, que não só
deixou de se expandir, mas desde 2008
com a crise da indústria brasileira fe-
chou 83 fábricas, na maior parte absor-
vidos ou consolidados pelas usinas mais
próximas. A moagem de cana deve per-
manecer no curto prazo na faixa de 570
a 590 milhões de toneladas no Centro-
-Sul, e entre 57 e 60 milhões de tonela-
das no Norte-Nordeste.
Apesar de esmagamento de cana
ter estabilizado, e o fato de que pode até
cair no médio prazo se a reestruturação
da dívida não for possível ou bem-suce-
dida, mudanças na produção de açúcar
ou nos níveis de produção de etanol ain-
da podem acontecer devido à grande fle-
xibilidade da capacidade industrial. Estas
mudanças podem acontecer em reação
ao que temos denominado Preços de
Equivalência, um estatística desenvolvi-
da pela DATAGRO no início de 1999 para
medir diáriamente os preços de açúcar,
para uso doméstico e para exportação,
bem como de etanol anidro e hidratado,
em uma base comum de centavos de
dólar por libra peso FOB Santos de açú-
car bruto a granel equivalente.
A flexibilidade industrial trazida da
diversificação está permitindo que os
produtores brasileiros reajam mais rapi-
damente às mudanças de preços do que
os produtores de outras regiões. Ela ex-
plica o aumento na produção de açúcar
de 33,0 milhões de toneladas tel quel em
15REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
2009 para 38,00 milhões de toneladas
tel quel em 2010, em resposta ao au-
mento dos preços naquele ano. E tam-
bém a redução na produção de açúcar
observada no período de 2012-2014, de
38,3 para 35,50 milhões de toneladas
tel quel, em resposta aos preços menos
atrativos. Alternativamente, tem causado
grandes mudanças na produção de eta-
nol, que atingiram recordes sucessivos
em 2013 e 2014, e que devem se repe-
tir novamente em 2015, apesar de todos
os problemas e incertezas relacionadas
à remuneração de etanol e gasolina.
Desde 2012, a proporção de cana
direcionada para açúcar caiu de 50,3%
para 43,6% em 2014, e a de etanol subiu
de 49,7% para 56,4%. Para 2015 (safra
15/16), a DATAGRO projeta mais uma
nova safra orientada para o etanol, com
cerca uma variação marginal de 0,8% da
cana sendo direcionada para o etanol.
Sem novos investimentos em mo-
agem, os produtores brasileiros tem
mantido foco em reduções de custos,
uma vez que são atualmente quase três
vezes superiores aos observados em
2002, e sobre a aplicação, sempre que
possível de uma maior diversificação em
direção à bioeletricidade, e a novos usos
para bagaço e palha para o etanol de se-
gunda geração e o biogás e biometano.
Há uma clara tendência de au-
mento da produção de etanol a partir
do milho em unidades anexas às insta-
lações de processamento de cana, de-
vido ao relativamente baixo preço do
milho no interior, por conta do elevado
custo de nossa deficiente logística. No
norte do Mato Grosso e em Goiás, o mi-
lho tem um preço na faixa de 2,3 a 3,5
dólares por bushel, um preço convidati-
vo para qualquer produtor de etanol bem
estabelecido.
O desafio para a indústria de açú-
car e etanol do Brasil repousa na neces-
sidade de uma regulação mais transpa-
rente de o mercado de combustíveis, e
continuados esforços para reduzir cus-
tos e aumentar a produtividade.
Movendo o foco para a Índia, ob-
servamos uma maior estabilidade desde
2008, apesar de o preço da cana regula-
do pelo governo permanecer desvincula-
do dos preços de mercado do açúcar. O
governo da Índia está inclinado a renovar
o subsídio à exportação de açúcar no ní-
vel de 4.000 rúpias por tonelada (equiva-
lente a 65,5 dólares), com o objetivo de
exportar até 1,4 milhão de toneladas em
2015, restringindo-o a usinas que pro-
duzam etanol, proporcionando assim um
incentivo para a sua diversificação .
A Índia tem uma capacidade de
produção de açúcar instalada de 31 mi-
lhões de toneladas, e deve-se esperar
que a produção atual de cerca de 26 mi-
lhões de toneladas valor branco (contra
24,27 milhões de toneladas na safra an-
terior) aumente gradualmente para o ní-
vel de 29 a 30 milhões de toneladas no
médio prazo. Esse desempenho é es-
perado por conta do PIB da Índia con-
tinuar expandindo rapidamente (7,5%
em 2014), e por conta do aumento de
consumo de alimentos industrializados
como resultado de uma renda mais ele-
vada e melhor distribuída.
Enquanto a Índia continua a ser o
maior consumidor de açúcar do mun-
do, provavelmente irá manter sua posi-
ção como um fator de swing, alternando
anos de superávit e déficit, dependen-
do do clima e da concorrência local com
outras culturas alimentares.
Na Tailândia, observamos também
um caminho de expansão constante. En-
quanto a atual safra está sendo afetada
pela seca, as exportações podem chegar
a um recorde de 8 milhões de toneladas
em 2014/5, com estoques finais ainda
mantendo um nível elevado de cerca de
8,05 milhões de toneladas.
A área cultivada com cana pode
crescer até 74% nos próximos três anos,
de 1,48 para 2,57 milhões de hectares, a
partir de um programa liderado pelo go-
verno de conversão da área plantada de
arroz para cana. Considerando a produ-
tividade atual, a Tailândia poderá produ-
zir entre 18 e 19 milhões de toneladas de
açúcar em 2018. Com umo consumo in-
terno de apenas 2,5 milhões de tonela-
das, a Tailândia surge como um forte ex-
portador, com uma posição geográfica
privilegiada próxima de crescentes mer-
cados na Ásia.
A Rússia, que já importou mais de
5 milhões de toneladas de açúcar por
ano, em 2014/15 vai importar menos de
900 mil toneladas. A produção de beter-
raba da Rússia continua a expandir se
beneficiando de tarifas de importação
que variam de 171 a 240 dólares por to-
nelada, durante o ano. A união aduaneira
criada na região tem reforçado os laços
comerciais entre a Rússia e os países vi-
zinhos, que também se beneficiaram de
ganhos significativos de produtividade
em beterraba.
As tarifas, o comércio e os acor-
dos de parceria económica (APE) tam-
bém continuam desempenhando um
papel importante na determinação co-
mércios de fluxo e no desenvolvimento
regional da indústria. Iniciativas para au-
mentar as tarifas de importação na Indo-
nésia, o recente acordo comercial entre
a Tailândia e Coréia, os APE entre a CE
e países latino-americanos selecionados
principalmente Colômbia e Peru, o forta-
lecimento da união aduaneira dos países
da Europa Oriental liderados pela Rússia,
e o recente acordo entre os EUA e o Mé-
xico, com concessões mútuas em sua
integração de açúcar, são exemplos de
como acordos tem desempenhado papel
relevante na consolidação de mercados.
Neste contexto geral, o mercado
mundial continua sofrendo o impacto de
elevados estoques. A safra comercial de
2014/15 (Outubro-Setembro) está indi-
cando um déficit inferior ao inicialmente
estimado, em função de produções aci-
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201516
ma do esperado principalmente na CE,
Rússia e Índia. O balanço mundial de
açúcar na mais recente atualização da
DATAGRO indica um déficit de 818 mil
toneladas valor bruto em 2014/15 (outu-
bro / setembro).
Este déficit vai manter a relação
estoque-consumo ao nível de 45% no fi-
nal de setembro de 2015, um nível que
é suficiente para manter mercados bem
abastecidos. Um déficit acumulado de
7 milhões de toneladas seria necessá-
rio para trazer reduzir esta relação em 4
pontos percentuais.
Enquanto o Brasil, México e Rús-
sia têm reagido a preços mais baixos de
açúcar desde 2012 outras geografias,
por razões variadas que vão de merca-
dos isolados a reação atrasada, não res-
ponderam a estes sinais de preços.
Nos últimos dois anos, desde
2012/13, a produção mundial de açú-
car caiu 2,80 milhões de toneladas, de
176,12 para 173,32 milhões de tonela-
das equivalentes de açúcar em bruto. O
Brasil reduziu sua produção de açúcar
em 4,57 milhões de toneladas, o Méxi-
co em 0,70 milhão de toneladas, os EUA
em 0,31 milhão de toneladas, e a Rússia
em 0,35 milhão de toneladas. Durante o
mesmo período, a CE aumentou a pro-
dução em 2,10 milhões de toneladas, a
Tailândia em 0,61 milhão de toneladas,
e a Índia em 0,90 milhão de toneladas.
No mesmo período, o consumo
mundial de açúcar subiu 7,27 milhões
de toneladas, de 166,87 para 174,14
milhões de toneladas. O consumo da
Índia subiu 0,94 milhão de toneladas,
nos EUA em 0,37 milhão de tonela-
das, no México em 0,28 milhão de to-
neladas, e no Brasil em 0,21 milhão de
toneladas.
O açúcar continua sendo um tema
complexo. A sua importância como ali-
mento e matéria-prima industrial para
um número de aplicações que vão desde
os aminoácidos, as vitaminas, os ingre-
dientes alimentares, os intensificadores
de sabor, o ácido cítrico, os plásticos,
e produtos farmacêuticos significa que
continuará sendo tema de intensa inves-
tigação e análise. Sua interligação com
energia já é grande e crescente.
Os principais elementos a serem
seguidos são, no nosso ponto de vista:
• O regulado preço da gasolina no
Brasil, que irá definir a competitividade
relativa entre o etanol e a gasolina, in-
fluenciando o mix de produção de açú-
car e álcool, e se vai haver um resgate da
parcela altamente endividada da indús-
tria brasileira;
• Consequências da eliminação
das quotas de produção de açúcar na
Europa;
• movimentos da taxa de câmbio
entre o dólar norte-americano e: o Real,
o Euro, o baht tailandês, a rupia indiana,
e o rublo russo;
• A intensidade da diversificação
na direção do etanol na Índia, Tailândia,
Colômbia e Filipinas;
• A velocidade da conversão de
arroz tailandês para cana;
• O impacto dos preços mais bai-
xos do petróleo na Nigéria e outros paí-
ses relevantes para o mercado de açú-
car na África; e
• A decisão final e eventual acordo
sobre o açúcar entre os EUA e o México.
*Plinio Nastari é mestre e doutor
em economia agrícola e presidente da
DATAGRO.
Opinião
17REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201518
Tecnologia Agrícola
19REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201520
Capa
Mecanização da colheita
atinge 84,8% em São Paulo
Colheita mecanizada alcança 84,8% dos 5.497.118 de hectares destinados à produção canavieira na
safra agrícola 2013/14 do estado de São Paulo, crescimento de 3,5 % em relação à safra anterior
Fotos:Embrapa
21REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
Da Redação
D
os 5.497.118 de hectares desti-
nados à produção de cana na sa-
fra agrícola 2013/14 do estado
de São Paulo, 84,8% da área foram co-
lhidas por máquinas, o que corresponde
a 4.659.684 de hectares, crescimento de
3,5 % em relação à safra 2012/13. O le-
vantamento é do Instituto de Economia
Agrícola (IEA), em parceria com a Coor-
denadoria de Assistência Técnica Integral
(CATI), que considera a safra agrícola o
período compreendido de setembro de
2013 a novembro de 2014.
Os dados integram a pesquisa
“Previsão e Estimativas de Safra do Es-
tado de São Paulo”, feita em novembro
de cada ano em todos os municípios
paulistas. As informações são captadas
por técnicos das Casas de Agricultura da
CATI. No estudo, os responsáveis devem
informar o percentual de área colhida por
máquinas, sendo possível calcular tanto
o índice de mecanização por Escritórios
de Desenvolvimento Rural (EDR), como
o índice para o estado ou qualquer ou-
tra abrangência geográfica de interesse.
De acordo com a última pesqui-
sa, realizada em novembro de 2014, na
comparação entre as safras 2012/13 e
2013/14, a área mecanizada mostrou
uma variação positiva de 5,2%, enquanto
a área em produção de cana-de-açúcar
praticamente não se alterou, registran-
do um recuo de apenas 0,09%. O estudo
mostra, portanto, que houve avanço da
mecanização da colheita canavieira so-
bre áreas que antes eram colhidas ainda
manualmente por trabalhadores rurais.
A partir desse índice de mecani-
zação canavieira é possível acompanhar
a evolução da colheita mecânica e ava-
liar o cumprimento de dois marcos re-
gulatórios criados para garantir a prote-
ção ambiental e erradicação da queima
da palha da cana-de-açúcar no Estado de
São Paulo. Uma delas é a Lei Estadual
Estudo permite o acompanhamento da evolução da colheita mecânica para
avaliar o cumprimento de marcos regulatórios criados para garantir a proteção
ambiental e erradicação da queima da palha no Estado de São Paulo
nº 11.241, editada em 2002, que deter-
mina o fim das queimadas de cana-de-
-açúcar em áreas mecanizáveis em 2021.
Já em áreas não mecanizáveis, a lei pre-
vê a erradicação da queima da palhada
para 2031.
Outro importante marco regulatório
é o Protocolo Agroambiental de 2007, um
acordo de intenções entre o setor públi-
co e privado, que definiu o fim da queima
da palha em áreas mecanizáveis no ano
passado. Já para as áreas não mecanizá-
veis, inferiores a 150 ha e que possuem
declividade superior ao limite (12%) das
máquinas colhedoras, o limite de quei-
ma está definido para 2017. Consideran-
do metas intermediárias, o estudo aponta
que a colheita mecânica está adiantada,
com estimativa de 80% para 2016 em
áreas mecanizáveis e 20% em áreas não
mecanizáveis.
O levantamento não identifica as
áreas em produção pertencentes às usi-
nas ou aos fornecedores. Também não
diz se são áreas mecanizáveis ou não. No
entanto, é possível constatar que o índi-
ce de colheita mecanizada para o total do
estado está em uma posição intermediá-
ria para as metas estabelecidas.
O índice de mecanização entre as
regiões produtoras de cana-de-açúcar
dos Escritórios de Desenvolvimento Rural
mostra que há uma heterogeneidade en-
tre as várias regiões produtoras do esta-
do, analisadas no documento em termos
de abrangência geográfica dos EDRs.
O estudo traz uma tabela que indica 15
EDRs com índices de mecanização aci-
ma da média estadual (84,8%) e que jun-
tos representam 50,5% do total de área
em produção da cana-de-açúcar.
O documento destaca que oito des-
sas regiões encontram-se com mecani-
zação superior a 90%, caso de Araçatuba,
Andradina e Assis, regionais que contêm
menos de 5% da área de corte estadual.
Por outro lado, regionais como Orlândia e
Ribeirão Preto, que participam com apro-
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201522
Capa
ximadamente 6,5% da área de corte esta-
dual, apresentam pouco mais de 70% de
mecanização. Esses resultados, segundo
a pesquisa, talvez tenham como justifica-
tiva as características de relevo.
Na região de Piracicaba, por exem-
plo, o índice de colheita mecânica é de
72,7%, portanto abaixo da média. Lá exis-
tem dificuldades para aumentar a meca-
nização, por conta da declividade do solo
que impede o uso de colhedoras, além do
grande número de fornecedores de ca-
na-de-açúcar com áreas inferiores a 150
hectares, dois fatores que limitam a me-
canização, de acordo com o Protocolo
Agroambiental Paulista. Nessas regiões,
portanto, a margem de tempo para a me-
canização deve seguir as determinações
da Lei nº 11.241/2002.
Meio ambiente - Com a colhei-
ta mecanizada, sem o uso do fogo, hou-
ve na safra agrícola 2013/14 uma re-
dução de 26,7 milhões de toneladas de
poluentes emitidos na atmosfera, assim
como 4,4 milhões de toneladas de ga-
ses de efeito estufa (GEEs), o equivalente
à emissão anual de 77,5 mil ônibus mo-
vidos a diesel. As empresas signatárias
do Protocolo Agroambiental do Setor Su-
croenergético, por exemplo, são respon-
sáveis hoje por 94% da produção paulis-
ta e 48% da produção nacional de etanol.
O apelo ambiental das leis que de-
terminam o fim das queimadas é positi-
vo, com benefícios para a saúde da po-
pulação. No entanto elas têm modificado
23REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
Protocolo Agroambiental de 2007, acordo de
intenções entre o setor público e privado do
Estado de São Paulo, definiu o fim da queima da
palha em áreas mecanizáveis no ano passado
o cenário agrícola em algumas regiões
do Estado. Isso porque produtores de pe-
queno porte estão arrendando suas ter-
ras ou migrando para outras culturas em
decorrência da proibição da queima da
cana, pois a baixa remuneração do se-
tor e a desvantagem econômica em fazer
a colheita mecanizada em pequenas áre-
as acaba excluindo esses produtores na
produção canavieira.
Mão de obra - O índice de meca-
nização permite também mensurar o im-
pacto da colheita mecânica sobre o em-
prego de cortadores de cana-de-açúcar.
Na safra 2013/14, a demanda por traba-
lhadores na colheita foi estimada em 51,7
mil cortadores, cerca de 18 mil a menos
em relação ao ciclo anterior. De acordo
com o EDR de Orlândia, segundo maior
em área de produção, a mecanização é
de 77,3%, mas ainda há cerca de 6 mil
cortadores na região. Barretos, Catandu-
va e Presidente Prudente demandam jun-
tos cerca de 10 mil cortadores manuais.
Essas regiões, assim como ou-
tras em que o processo de mecanização
se intensifica e é irreversível, ainda me-
recem atenção pelas questões sociais
que os marcos regulatórios impuseram
a essa classe trabalhista. O documento
destaca a preocupação de se estabele-
cer políticas voltadas para os cortado-
res, seja no processo de requalificação
ou no controle do desemprego, ques-
tões não contempladas na formulação
dos marcos regulatórios.
Último estudo do IEA e CATI
mostra que, na safra 2013/14,
a demanda por trabalhadores
na colheita foi estimada
em 51,7 mil cortadores,
cerca de 18 mil a menos em
relação ao ciclo anterior
Foto:MarcoAurélioEsparza/Panoramio
Foto:BrasilIndyMedia
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201524
Capa
25REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201526
Tecnologia Agrícola
IAC recomenda maior dosagem de zinco no
plantio de cana
Estudos sugerem o dobro da dose, que poderá viabilizar ganhos
de 16% na produtividade da primeira safra
Da Redação
A
aplicação de zinco na adubação do
plantio de cana-de-açúcar deve ser
de dez quilos por hectare, no sulco
de plantio, em solos de baixa fertilidade. A
recomendação é do Instituto Agronômico
(IAC) da Secretaria de Agricultura e Abas-
tecimento de São Paulo, que sugere a apli-
cação do dobro da dose até então indica-
da. Pela nova tabela de adubação de plantio
do IAC, a correção da dose em solos defi-
cientes em zinco poderá viabilizar ganhos
de 16% na produtividade da cana na primei-
ra safra. De acordo com o agrônomo Estê-
vão Vicari Mellis, além de aumentar a pro-
dutividade, a aplicação da nova dosagem é
capaz de proporcionar o efeito residual nas
soqueiras e aumentar a produtividade da
cana nas safras subsequentes.
As pesquisas realizadas pelo IAC
mostram que o ganho médio na produtivi-
dade da cana é de 10% na primeira e segun-
da soqueiras. “Com uma única aplicação no
plantio, o aumento da produção pode che-
gar a 36 toneladas por hectare, em três sa-
fras de cana”, afirma Mellis. O resultado de-
Segundo nova recomendação do IAC, a aplicação
de zinco na adubação do plantio de cana deve
ser o dobro do usual no sulco de plantio
Foto:Biosev
verá elevar a produtividade média atual, que
está em torno de 80 toneladas por hectare.
As informações integram a edição atualiza-
da do Boletim 100, manual oficial de reco-
mendação de adubação e calagem para o
Estado de São Paulo. Dados referentes à sa-
fra de 2012/13 indicam que a canavicultu-
ra paulista ocupa 5,53 milhões de hectares,
que representam 21% da área total do Esta-
do. Segundo Mellis, cerca de 60% dos cana-
viais podem estar deficientes em zinco.
O pesquisador ressalta, no entanto,
que a completa análise de solos é impres-
cindível para avaliar a necessidade de adu-
bação com zinco. “A aplicação de zinco só
será recomendada quando os teores dispo-
níveis desse micronutriente estiverem bai-
xos”, observa. O estudo que originou essa
nova recomendação foi financiado pela Fun-
dação de Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo (Fapesp) e integra um programa
de pesquisas com micronutrientes em ca-
na-de-açúcar, que vem sendo conduzido há
uma década em todas as regiões produto-
ras de cana do Estado. O programa também
conta com a parceria da iniciativa privada.
A forma de aplicação é atualmente o
principal entrave na adoção de doses maio-
res de micronutrientes em cana. Para solu-
cionar esse problema, Melli diz que as em-
presas de fertilizantes têm disponibilizado
formulações NPK contendo micronutrien-
tes. “Porém essa prática pode não ser efi-
caz devido à segregação dos grânulos, que
resulta em uma aplicação desuniforme”, ex-
plica o pesquisador do IAC, que é coordena-
do pela Agência Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios (APTA). Uma outra alternativa
proposta pelo mercado está nas soluções
multielementares para aplicações na cobri-
ção do tolete e foliares. “Embora seja uma
opção viável, essas formulações têm custo
elevado para o produtor e, além disso, não
são capazes de fornecer os dez quilos, por
hectare, de zinco necessários para a obten-
ção da produção máxima”, afirma. Segundo
o pesquisador, essas soluções também não
suprem a necessidade da cana durante todo
o período cultivado, que pode chegar a cin-
co anos. Este quadro pode levar à necessi-
dade de novas aplicações, encarecendo ain-
da mais o procedimento.
Diante disso, o IAC tem desenvol-
vido estudos em parceria com empre-
sas privadas para viabilizar a aplicação
da dose recomendada. Nos últimos anos,
o Instituto conduziu experimentos em
áreas comerciais, onde o sulfato de zin-
co foi aplicado na forma líquida, na co-
brição do tolete e com fertilizante granu-
lado. “Este fertilizante contem oxi-sulfato
de zinco desenvolvido para aplicação no
sulco de plantio, por meio de uma tercei-
ra caixa adubadeira exclusiva acoplada ao
sulcador”, explica Mellis, que coordena o
programa com micronutrientes em ca-
na-de-açúcar do IAC, juntamente com o
pesquisador José Antonio Quaggio.
Impactos - Os pesquisadoresa acre-
ditam que essa nova recomendação de
aplicação de zinco em cana-de-açúcar terá
efeito direto na produção e, consequente-
mente, na geração de etanol e açúcar, pro-
porcionando saltos de eficiência ao setor.
Eles alertam que a adoção dessa nova tec-
nologia deverá provocar um aumento no
consumo de zinco em campos paulistas,
situação que poderá exigir adaptações das
empresas de fertilizantes e de máquinas
para atender o mercado. (com assessoria)
27REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
Feira Internacional dos Cerrados
Visite a AgroBrasília e veja:
Novidades tecnológicas
Instituições financeiras
Pavilhão internacional
Rodada internacional de negócios
Dia de Campo sobre Tecnologias ABC
Exposição, comercialização e leilão de animais
Seminários e eventos técnicos
Espaço de Valorização da Agricultura Familiar - EVAF
Instituições nacionais e internacionais
Empresas de insumos agrícolas e pecuários,
máquinas e implementos agrícolas
BR 251 km 05 PAD-DF - Brasília - DFwww.agrobrasilia.com.brInformações: (61) 3339 6542 | 3339 6516
12 a 16 de maio
Entrada franca
Realização
CO FO D-PA
Coordenação
CO FO D-PA
Apoio
Ministério do
Desenvolvimento Agrário
Ministério de Agricultura,
Pecuário e Abastecimento
Secretaria de Agricultura, Abastecimento
e Desenvolvimento Rural - SEAGRI-DF
O Mundo do Agronegócio NO CORAÇÃO DO BRASIL
Patrocínio
BANCO DE BRASÍLIA
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201528
Mercado
Demanda por anidro deve
aumentar em 1,3 bilhão de litros
Da Redação
D
esde o dia 16 de março, as gaso-
linas comum e aditivada vendidas
nos postos de todo o Brasil pas-
saram a conter uma mistura de 27% de
etanol anidro, acréscimo de 2% em rela-
ção ao que era utilizado (25%) até essa
data. Este aumento da mistura deve ele-
var a demanda por anidro em 1,36 bilhão
de litros até março de 2016, de acordo
com cálculos da Datagro, consultoria es-
pecializada no setor sucroenergético. O
cálculo considera tanto o consumo adi-
cional de 923 milhões de litros, por conta
da mistura, como também a projeção de
crescimento da frota flex cujas estimatia-
vas apontam para um acréscimo de de-
manda da ordem de 443 milhões de litros
do biocombustível.
A decisão do Governo Federal de
aumentar o percentual de etanol anidro
na gasolina foi avaliada como positiva
pela União da Indústria de Cana-de-Açú-
car (Unica). De acordo com a presiden-
te da entidade, Elizabeth Farina, as usi-
nas e destilarias estão preparadas para
atender o aumento de demanda e desta-
ca que esta ação do governo integra a lis-
ta de reivindicações que podem ajudar o
setor a se recuperar de um longo perío-
do de crise. “Após mais de um ano de
discussões e intenso trabalho para che-
gar a essa decisão, o aumento da mis-
tura de etanol traz benefícios ao setor e
mostra que o governo enxerga que eta-
nol é importante dentro da matriz energé-
tica”, disse.
O governador do Estado de São
As gasolinas comum e aditivada vendidas nos postos de todo o Brasil contêm, desde o dia 16 de
março, uma mistura de 27% de etanol anidro, acréscimo de 2% em relação à mistura anteior
A presidente da Unica, Elizabeth Farina, afirma que as usinas e destilarias estão
preparadas para atender o aumento de demanda por etanol anidro
Foto:DivulgaçãoFoto:ArquivoUnica
29REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
Paulo, Geraldo Alckmin, chegou a sugerir
30% como percentual ideal para a mistu-
ra do etanol anidro à gasolina. A ministra
da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-
to, Kátia Abreu, rebateu dizendo que a
mistura foi fixada em 27% e não vai ul-
trapassar este limite, alegando que “o
percentual de 30% não foi testado, não
está em discussão e seria ilegal”. O per-
centual permitido pela lei 13.033/2014
vai de 18% a 27,5%. Acima disso, se-
gundo ela, o Ministério da Agricultura te-
ria de aprovar nova legislação no Con-
gresso Nacional e realizar um conjunto
de estudos para garantir segurança aos
consumidores.
Testes realizados pelo Centro de
Pesquisa e Desenvolvimento (Cenpes) da
Petrobras sobre o impacto da mudança
nos motores movidos à gasolina aponta-
ram que a nova mistura não comprome-
te o desempenho, o consumo e nem o
desgaste das peças dos veículos. A deci-
são do Conselho Interministerial de Açú-
car e Álcool (Cima) de aumentar a mistu-
ra para 27% teve como base os estudos
realizados nos últimos meses pela Asso-
ciação Nacional dos Fabricantes de Veí-
culos Automotores (Anfavea). Testes de
durabilidade também estão sendo reali-
zados pela Anfavea em motores exclusi-
vamente movidos à gasolina.
Por ainda não haver um estudo
conclusivo sobre a ação da mistura de
27% de etanol anidro à gasolina em ve-
ículos movidos apenas com o combus-
tível fóssil, o Cima decidiu por precau-
ção não alterar a mistura da gasolina
premium, a pedido da Anfavea. A gaso-
lina premium, mais cara, é utilizada, por
exemplo, para abastecer veículos impor-
tados não flex. Uma nova reunião entre
representantes da indústria produtora de
etanol e da indústria automobilística com
o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante,
está marcada para o dia 8 de abril, quan-
do serão apresentados os últimos testes
de durabilidade realizados pela Anfavea.
O setor sucroenergético ainda luta
para que o porcentual de mistura do eta-
nol anidro à gasolina seja elevado nova-
mente e atinja o teto da banda aprovada
pelo governo em setembro passado, de
27,5%. Esse 0,5 ponto porcentual repre-
sentaria um incremento de 231 milhões
de litros na demanda por anidro nos pró-
ximos 12 meses, aumentando a deman-
da total pelo biocombustível em quase
1,6 bilhão de litros no período, de acor-
do com cálculos da consultoria Datagro.
Ministra Kátia Abreu afirma que a mistura foi fixada em 27% e não
vai ultrapassar os limites legais definidos em 2014
Foto:TwitterKatiaAbreu
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201530
31REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
O DNA do
Agronegócio
22ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação
De 27 de Abril a 01º de Maio
Das 8h às 18h - Ribeirão Preto - São Paulo
www.agrishow.com.br /agrishow
A Agrishow é uma
das maiores e mais
completas feiras de
tecnologia agrícola
do mundo.
Um ambiente de atualização profissional,
lançamentos,divulgação das próximas tendências
do setor e onde grandes tecnologias são de fato
demonstradas durante o evento.
• 160 mil visitntes qualificados,de 71 países;
• 440 mil m² de área de exposição;
• 800 marcas em exposiçãos.
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201532
25/08
SUGAR & ETHANOL SUMMIT
VII Simpósio Tec. de Prod. de C
10/07
15 a 17/07
FERSUCRO / Maceió - AL
08 a 10/07
IX ISO DATAGRO / New York - EUA
Maio
13/05
HERBISHOW / Ribeirão Preto - SP
20 e 21/05
MECANIZAÇÃO / Ribeirão Preto - SP
Março
Fevereiro
25 e 26/03
EXPODIRETO COTRIJAL / Não me Toque - RS
SHOW RURAL - COOPAVEL / Cascavel - PR
09 a 13/03
02 a 06/02
Abril
TECNOSHOW COMIGO / Rio Verde - GO
13 a 17/04
AGRISHOW / Ribeirão Preto - SP
27/04 a 01/05
FORIND NE - SUCRONOR / Olinda - PE
05 a 08/05
AGROBRASILIA
12 a 16/05
05 a 08/05
EXPOZEBU -
27 e 28/05
WORKSHOP AGROENERGIA / Ribeirão Preto - SP
/ Uberaba - MG
03 a 05/03
FENICAFÉ / Araguari - MG
EXPOTRÊS / Três Lagoas - MS
14 a 23/06
FEICORTE / São Paulo - SP
17 a 21/06
BAHIA FARM SHOW / Luís Edu
02 a 06/06
EXPOCAFÉ / Três Pontas - MG
30/06 a 03/07
TECNOCARNE / São Paulo - S
11 a 13/08
EXPOINTER / Esteio - RS
29/08 a 06/09
DATAGRO / Sertãozinho - SP
25/08 a 28/08
FENASUCRO / Sertãozinho - S
27/08
NETWORK CANAMIX / Sertão
INSECTSHOW / Ribeirão Preto
29 e 30/07
Calendário
33REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
16º SBA / Ribeirão Preto - SP
Outubro
Novembro
28 e 29/10
ABTCP / São Paulo - SP
TUBOTECH / São Paulo - SP
7º CONG. NAC. DE BIOENERGIA / Araçatuba - SP
06 a 08/10
06 a 08/10
11 e 12/11
VARIEDADES DA CANA / Ribeirão Preto - SP
XIV SEMINÁRIO DO GERHAI / Ribeirão Preto - SP
Setembro
23 e 24/09
A
Agosto
2014 / Londres
Cana-de-açúcar / Piracicaba SP
Julho
21 e 22/09
14ª CONF. INTERNAC. DATAGRO / São Paulo - SP
Junho
S
uardo Magalhães - BA
G
SP
SP
ozinho - SP
GATUA / Ribeirão Preto - SP
21 a 23/10
Novembro
7º CONG. NAC. DE BIOENERGIA / Araçatuba - SP
11 e 12/11
Dezembro
REDUÇÃO DE CUSTOS / Ribeirão Preto - SP
02 e 03/12
À definir
o - SP
de Eventos 2015
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201534
Marketing Canavieiro
John Deere é considerada uma das
empresas mais éticas do mundo
A
Deere & Company figura – pela
nona vez consecutiva – no ranking
as “Empresas Mais Éticas do
Mundo”, em pesquisa realizada pelo
Ethisphere Institute e divulgada no início
de março. O ranking mostra as empresas
globais que se destacam na promoção de
melhores práticas em ética empresarial e
em responsabilidade social corporativa.
Na edição 2015 estão contempladas 132
empresas, de 21 países, que abrangem
mais de 50 setores industriais.
“O foco dos nossos negócios está
alinhado aos valores da empresa, inte-
gridade, qualidade, inovação e compro-
metimento, que conferem à John Dee-
re a confiança dos clientes por diversas
gerações. Seguiremos trabalhando ardu-
amente para honrar tal confiança”, disse
Samuel Allen, presidente e diretor execu-
tivo da Deere & Company.
A Analista de Marketing da John
Deere, Luiza Lisboa, que começou com
estagiária, diz que acredita na empresa
Allen: “O foco dos nossos negócios está alinhado aos valores da empresa,
integridade, qualidade, inovação e comprometimento, que conferem à
John Deere a confiança dos clientes por diversas gerações”
porque “entregamos ao mundo produ-
tos e serviços que efetivamente mudam a
vida das pessoas para melhor, seja atra-
vés de alimentos, infraestrutura ou ener-
gia. E ainda mais importante que fazer a
coisa certa, sei que a John Deere faz do
jeito certo, sem corromper as comunida-
des em que se encontra, pelo contrário,
sempre buscando melhorar a qualidade
de vida de seus funcionários e da cidade
de onde vivem”.
O Ethisphere é um instituto global
que promove padrões avançados de prá-
ticas comerciais éticas, cujo objetivo é
desenvolver a confiança corporativa e o
sucesso dos negócios. Para alcançar os
eleitos anualmente a empresa analisa mi-
lhares de candidatura e elabora um quo-
ciente ético. Cinco categorias são avalia-
das para indicar os destaques: cidadania
e responsabilidade corporativa; progra-
ma de ética e compliance; governança
corporativa; cultura ética; liderança, ino-
vação e reputação.
A John Deere é líder mundial no
fornecimento de serviços e produtos
avançados e está comprometida com o
sucesso dos clientes, que cultivam, co-
lhem, transformam e enriquecem a ter-
ra para enfrentar a crescente deman-
da mundial por alimentos, combustíveis,
habitação e infraestrutura. Desde sua
fundação, em 1837, a John Deere tem
oferecido produtos inovadores de alta
qualidade, contribuindo para a constru-
ção de uma tradição de integridade.
Mais informações:
www.JohnDeere.com
www.JohnDeere.com.br
35REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201536
Safra 2015/16
Projeções indicam safra maior
em 2015/16
Estimativas do setor para a temporada que começa oficialmente no
dia 1º de abril apontam que a moagem vai superar as 570 milhões de
toneladas registradas no ciclo 2014/15. Mix será mais alcooleiro
Da Redação
O
aumento da mistura de eta-
nol anidro à gasolina, que des-
de o dia 16 de março subiu de
25% para 27%, fará com que as usinas e
destilarias brasileiras optem por um mix
de produção mais alcooleiro. De acor-
do com a consultoria Safras e Mercado,
o volume do etanol a ser misturado ao
combustível derivado do petróleo deve
chegar a 14,2 bilhões de litros na safra
2015/16, volume 17,98% superior ao re-
gistrado no ciclo passado, quando foram
produzidos 12,29 bilhões de litros de
etanol anidro no Brasil. As unidades in-
dustriais da região Centro-Sul serão res-
ponsáveis por 13 bilhões de litros nesta
temporada que começa oficialmente dia
1º de abril, alta de 18,18% em relação à
safra 2014/15.
Moagem de cana-de-açúcar na safra 2015/16 deve crescer 4% na região Centro-Sul, segundo a consultoria Safras e Mercado
Fotos:AleCarolo/alecarolo.com
37REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
A produção total de etanol no Bra-
sil, considerando o anidro e o hidrata-
do - usado nos veículos flex - deve cres-
cer 11,12% e alcançar 30,7 bilhões
de litros. Na região Centro-sul, o volu-
me deve chegar a 28,5 bilhões, cresci-
mento de 11,33% em relação ao ciclo
2014/15. Já as usinas e destilarias da
região Norte-Nordeste devem moer ou-
tros 2,2 bilhões de litros, crescimento
de 8,48 em relação à temporada ante-
rior, de acordo com a consultoria.
A moagem da safra 2015/16 deve
crescer 4% no Centro-Sul, segundo a
Safras e Mercado. Nessa região, onde
estão as maiores áreas de canaviais
do País, as unidades industriais devem
processar 598 milhões de toneladas de
cana, ante as 575 milhões de toneladas
do ciclo passado. Somada à produção
estimada para o Norte-Nordeste, a mo-
agem brasileira deve alcançar 661 mi-
lhões de toneladas de cana-de-açúcar,
volume 4,26% maior do que o registra-
do na safra passada.
Em sua primeira estimativa para
a safra 2015/16, a consultoria Datagro
acredita que o volume de cana moída na
região Centro-Sul, a partir de 1º de abril
de 2015, deverá alcançar 584 milhões
de toneladas, crescimento de 2,3% em
relação ao ciclo 2014/15. Com a pro-
dução da região Norte-Nordeste estima-
da em 58 milhões de toneladas (alta de
1%), as usinas e destilarias do País vão
processar juntas um total de 642 mi-
lhões de toneladas de cana, 14,5 mi-
lhões de toneladas a mais (2,3%) do que
na temporada passada.
A produção de açúcar no Brasil
deverá alcançar 35,48 milhões de tone-
ladas na safra 2015/16, sendo 32 mi-
lhões de toneladas sob responsabilidade
das usinas do Centro-Sul e 3,48 milhões
de toneladas referentes às unidades in-
dustriais da região Norte-Nordeste. De
acordo com o presidente da Datagro,
Plínio Nastari, a safra 2015/16 deve ser
mais alcooleira, pois o mercado interna-
cional de açúcar dá sinais de que será
mais ajustado, com um excedente ex-
portável de 24,25 milhões de toneladas.
A Datagro acredita, portanto, que
o percentual de cana moída destinada à
produção de etanol no Brasil deve subir
de 56,9% para 57,7%. Na região Centro-
-Sul o aumento estimado sobe de 50,5%
registrados na safra 2014/15 para
51,6% no próximo ciclo. Já na região
Norte-Nordeste, a diferença será maior,
com previsão de 57,2% ante os 56,4%
registrados na temporada passada.
Plínio Nastari afirma que o volume
de etanol estimado para a safra 2015/16
vai testar os limites de produção do bio-
combustível no Brasil. A consultoria pre-
Datagro acredita que o percentual
de cana moída destinada à
produção de etanol no Brasil
deve subir de 56,9% para 57,7%
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201538
Safra 2015/16
vê uma produção total de 29,11 bilhões
de litros, volume de supera o recorde
do ciclo 2014/15, quando as destilarias
brasileiras produziram 28,19 bilhões de
litros.
A maior oferta de etanol terá refle-
xos no consumo interno, que este ano
deve ser 4,6% superior ao ciclo pas-
sado, alcançando 24,74 bilhões de li-
tros. A Datagro projeta um crescimen-
to de 4%, ou 11,49 bilhões de litros, no
consumo de anidro, etanol que é mistu-
rado à gasolina. Já o consumo de eta-
nol hidratado poderá alcançar 14,25 bi-
lhões de litros, 5,2% superior ao volume
consumido na safra 2014/15. A previ-
são de aumento leva em consideração o
aumento da mistura de anidro à gasoli-
na, de 25% para 27%, a partir do segun-
do trimestre de 2015.
O que também deve impulsionar
o aumento do consumo interno, segun-
do Nastari, é a redução do Imposto so-
bre Circulação de Mercadorias e Servi-
ços (ICMS) incidente sobre a gasolina
e o etanol hidratado, no Estado de Mi-
nas Gerais. Para o consultor, o cresci-
mento da frota flex no mercado também
vai causar impacto positivo na oferta.
“O impacto destas medidas é determi-
nante para o balanço oferta-demanda de
etanol, impactando o mix de produção”,
observa Nastari.
Já em relação ao ATR, Plínio
Nastari acredita que na próxima safra
o índice deve ser superior ao do ciclo
2014/15. Ele atribui o crescimento es-
timado de 1,6% no teor de açúcar to-
tal recuperável ao fato de que a crise hí-
drica que atinge algumas lavouras não
prejudicou a produtividade dos cana-
viais. O previsão é reforçada pelos da-
dos pluviométricos registrados nos últi-
mos três meses que, apesar de estarem
abaixo do normal, ainda sim são supe-
riores aos registrados no mesmo perío-
do do ciclo passado.
Pela previsão do banco Pine, as
usinas e destilarias do Centro-Sul do
País devem moer 592 milhões de to-
neladas, volume 3,7% superior ao al-
cançado na safra 2014/15. Para o ciclo
2015/16, o Pine estima que a produ-
ção deve alcançar 26,4 bilhões de li-
tros, volume 1,4% superior ao registra-
do no ciclo passado. Do total produzido,
11,2 bilhões de litros deverão ser de eta-
nol anidro - alta de 2,9% - e outros 15,2
bilhões de litros - alta de 0,4% - serão
de hidratado. Já a produção de açúcar
deve chegar a 33 milhões de toneladas,
crescimento de 3,2% em relação à sa-
fra anterior.
Como ocorreu na safra passada, o
mix de produção (açúcar e álcool) deverá
pender para o etanol, com 56% da produ-
ção, 0,4% superior ao ciclo 2014/15, de
acordo com o banco Pine. Já percentual
de produção do açúcar terá um leve cres-
cimento de 0,3%, atingindo 43,3%. Ape-
sar de mostrarem crescimento em volu-
me, os dados do relatório da instituição
indicam que a quantidade de sacarose na
cana deverá ser menor na safra 2015/16.
O índice de ATR (Açúcar Total Recuperá-
vel) deverá ser de 134,5 quilos por tone-
lada de cana esmagada, queda de 1,4%.
De acorco dom a consultoria INTL
FCStone, a moagem de cana-de-açúcar
no Centro-Sul deverá alcançar 571,02
milhões de toneladas na safra 2015/16,
levemente superir ao volume de 570,1
milhões de toneladas registrado no ci-
clo passado. “Além da capacidade indus-
trial, outra variável importante para definir
a capacidade efetiva de moagem de cada
região é o número de dias de chuva, que
normalmente limita a operação das usi-
nas”, informa o relatório da empresa.
A produção estimada de açúcar,
no entanto, deverá sofrer queda de 1% e
atingir, segundo a consultoria, 77,1 mi-
lhões de toneladas no ciclo 2015/16. O
ATR estimado em 135 quilos por tonelada
de cana esmagada foi calculado de acor-
do com as perspectivas pluviométricas
mais próximas das médias históricas, já
que a variável é muito sensível ao volu-
me de chuvas durante a safra. Em rela-
ção ao mix de produção, a INTL FCStone
estima que as usinas produzam, em mé-
dia, 57,7% de etanol e 42,3% de açúcar.
Para a Archer Consulting, as usi-
nas e destilarias da região Centro-Sul
do Brasil deverão processar 573,69 mi-
lhões de toneladas de cana-de-açúcar
na safra 2015/16. O volume é 0,62%
superior ao volume previsto para o ci-
clo 2014/15. A consultoria estima que a
produção de açúcar permaneça estável
em 32,21 milhões de toneladas na próxi-
ma temporada. Já a produção de etanol
deve crescer 1%, chegando a 26,26 bi-
lhões de litros, dos quais 10,88 bilhões
de litros serão de anidro e 15,38 bilhões
serão de hidratado (alta de 1,5%).
Plínio Nastari acredita que a safra 2015/16 será mais alcooleira, pois o mercado internacional de
açúcar dá sinais de que será mais ajustado, com um exportável de 24,25 milhões de toneladas
39REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201540
Da redação
IBGE confirma expectativa de safra
nacional recorde em 2015
Asegunda estimativa de 2015 para a
safra nacional de cereais, legumino-
sas e oleaginosas prevê safra recorde,
com a produção total de 199,6 milhões
de toneladas, resultado 3,5% superior à
safra obtida em 2014, que atingiu 192,8
milhões de toneladas. Os dados fazem
parte do Levantamento Sistemático da
Produção Agrícola de fevereiro, divulgada
hoje (10), pelo Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística (IBGE). Apesar da ma-
nutenção das expectativas de safra recor-
de, quando comparada às previsões de
janeiro, os números indicam uma queda
de 1,8 milhão de toneladas (-0,9%).
Segundo o IBGE, dentre os 26 prin-
cipais produtos, 12 apresentaram varia-
ção percentual positiva na estimativa de
produção em relação ao ano anterior,
com destaque para produtos em grãos
como aveia, com crescimento de 23,6%;
cevada (23,1%); feijão, na primeira safra
(9,6%); soja (9,8%) e trigo (21,6%).
Entre os 14 produtos produtos com
variação negativa destacam-se algodão
herbáceo em caroço (-7,8%); batata - ingle-
sa na terceira safra (-19,4%), milho na se-
gunda safra (7,5%), sorgo em grão (6,2%) e
triticale (10,5%). Os três principais produtos
(arroz, milho e soja), chegam a representar
91,5% das estimativas da produção e res-
ponderam por 85,3% da área a ser colhida.
A produção de soja deverá ser 9,8% maior;
a do arroz (2,6%); a do milho poderá cair
4,2%. Os números do IBGE indicam que a
área a ser colhida será 1,5% maior, atingin-
do 57,2 milhões de hectares. Em 2014, a
área colhida foi 56,3 milhões de hectares.
Entre os três principais produtos, o maior
crescimento na área a ser colhida foi a soja,
3,9% maior do que em 2014. A área a ser
colhida pelos dois produtos diminuiu: a do
arroz deverá ser 1,8% menor e a do milho
1%. Mesmo apresentando redução de 2,8%
em relação à produção do ano passado, a
Região Centro-Oeste, concentra o maior vo-
lume de produção de cereais, leguminosas
e oleaginosas, com 80,6 milhões de tonela-
das; seguido da Região Sul, com 75,7 mi-
lhões de toneladas; do Sudeste, 18,8 mi-
lhões de toneladas; Nordeste, 18,9 milhões
de toneladas; e da Região Norte, com 5,5
milhões de toneladas.
O estado de Mato Grosso é o maior
produtor de grãos, com uma participação
de 23,3% do total nacional, seguido do Pa-
raná (18,4%) e Rio Grande do Sul (16,2%),
que, somados, representaram 57,9% do
total nacional. Em números absolutos o in-
cremento mais significativa entre as safras
2014/2015 ocorreu na produção de soja,
que vai superar em 1 milhão de tonela-
das a safra do ano passado, atingindo 8,4
milhões. O Levantamento Sistemático da
Produção Agrícola é uma pesquisa men-
sal de previsão e acompanhamento das
safras dos principais produtos agrícolas.
As informações são obtidas por meio das
comissões municipais e regionais; conso-
lidadas em nível estadual pelos grupos de
coordenação de Estatísticas Agropecuá-
rias e posteriormente, avaliadas, em nível
nacional, pela comissão Especial de Pla-
nejamento Controle e Avaliação das Esta-
tísticas Agropecuárias, constituída por re-
presentantes do IBGE e do Ministério da
Agricultura, Pecuária e do Abastecimento.
Fonte: Agência Brasil
Para amenizar o prejuízo com a perda
de safra devido à estiagem ou ao ex-
cesso de chuva, agricultores do Nordes-
te e do Semiárido brasileiro, contam com
o apoio do Garantia-Safra, uma ação do
Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf), do Ministé-
rio do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Quem pode participar - Podem par-
ticipar do Garantia-Safra, agricultores fa-
miliares com renda familiar mensal de, até,
um salário mínimo e meio, e que possuem
área total a ser plantada de, no mínimo, 0,6
hectares e, no máximo, cinco hectares. O
primeiro passo para ter acesso ao Garan-
tia-Safra é verificar se sua localidade ade-
riu ao programa. Para participar, o municí-
pio deve assinar o Termo de Adesão com
o governo estadual e, em seguida, definir a
quantidade de agricultores que serão be-
neficiados em sua jurisdição. Além dis-
so, é necessário que haja perda compro-
vada de, pelo menos, 50% da produção de
feijão, milho, arroz, mandioca e algodão.
Para se inscrever, o agricultor deve procu-
rar o escritório local de assistência técni-
ca ou o Sindicato dos Trabalhadores Ru-
rais do município onde vive. Em seguida,
deve procurar a Prefeitura para receber o
boleto e fazer a adesão ao Garantia-Sa-
fra. O pagamento do boleto deve ser feito
em uma agência da Caixa Econômica Fe-
deral ou correspondente bancário, dentro
do prazo definido para o seu município. A
adesão deve ser realizada antes do plantio.
Vocêsabia-OBenefícioGarantia-Safra
é pago pelo Governo Federal com recursos do
Fundo Garantia-Safra, composto por contri-
buições do agricultor, do município, do estado
e da União. Na safra 2014/2015, o valor anual
dobenefícioédeR$850.Aquantiaépagaem
cinco parcelas mensais. Em quatro anos, 3,7
milhões de agricultores familiares aderiram ao
Garantia-Safra. Fonte Original: Portal do Minis-
tério do Desenvolvimento Agrário
Garantia-Safra: mais segurança para os agricultores familiares
41REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
Começa nesta quarta-feira (18) o levan-
tamento de custos de produção do ar-
roz irrigado no Estado pela Companhia Na-
cional de Abastecimento (Conab), conforme
adiantado pela reunião da Câmara Seto-
rial da Cadeia do Arroz no mês passado. A
Companhia prometeu revisar suas planilhas
de custos, que servem de base para o preço
mínimo, após pressão das entidades do se-
tor. Além disso, tabelas específicas de cus-
tos de produção para o arroz, pleito antigo
dos produtores rurais, devem ser criadas.
O primeiro encontro será na Asso-
ciação dos Arrozeiros de Uruguaiana. Os
trabalhos serão desenvolvidos por téc-
nicos da Conab matriz e de sua superin-
tendência no Estado, com participação da
FARSUL e demais entidades envolvidas.
Os outros painéis acontecem no Sindica-
to Rural de Cachoeira do Sul (20), na As-
sociação Rural de Pelotas (24) e no Sin-
dicato Rural de Santo Antônio da Patrulha
(26), todos às 8h. Francisco Schardong,
presidente da Câmara Setorial e da Co-
missão do Arroz da FARSUL, comemora
o início das atividades que devem aproxi-
mar as planilhas da Conab com a realida-
de do produtor do Estado, garantindo mais
tranquilidade no campo. “A Federação da
Agricultura sempre defendeu a revisão dos
custos de produção do arroz e do preço
mínimo”, afirmou Schardong.
O preço mínimo do arroz é uma fer-
ramenta de política agrícola que garante
aos produtores rurais uma renda mínima
necessária nos casos de queda de preços
do mercado.Fonte: Assessoria de Imprensa
Federação da Agricultura e Pecuária do Rio
Grande do Sul - FARSUL
Milho safrinha ganha força
para safra 2015/16
Programa de gestão rural quer
atender 1.100 produtores em MS
Conab e entidades arrozeiras iniciam levantamento
de custos de produção nesta quarta
Sugestões através do e-mail redacao@canamix.com.br
Para saber mais, acesse: www.canamix.com.br | twitter: @canamix
Com os preços pouco interessantes neste momento, o tri-
ticultor busca aproveitar a elevação do dólar para comer-
cializar a safra estocada. Ele também já está focando no plan-
tio da safra 2015/16, fazendo a análise comparativa entre o
trigo e o milho safrinha para definir a melhor opção.
Se no ano passado a rentabilidade do trigo frente ao
milho era bem mais interessante, já que havia pouco produ-
to no mercados nacional e internacional, desta vez, o milho
tem vantagem. Os preços do grão praticamente permanece-
ram estáveis na casa do R$ 20 durante os meses de fevereiro
de 2013 e 2014, enquanto o trigo sofreu retração no período.
No Paraná, de acordo com o Deral, a área de plantio
deve retrair 2%, de 1,38 milhão de hectares para 1,36 milhão
de hectares. Mesmo assim, se o clima não atrapalhar – como
as chuvas na colheita do ano passado – a produção pode ba-
ter recorde: 4,1 milhões de toneladas. “Apesar da área cair de
forma geral, avançou no Norte do Estado.
Isso porque houve atraso no plantio e na colheita de
soja, deixando o milho safrinha fora da janela ideal de tra-
balho. Por isso, os produtores acabaram optando pelo tri-
go. Sem dúvida, os valores de comercialização do milho es-
tão mais atrativos neste momento”, explica o técnico do Deral
Hugo Godinho. (V.L.) Fonte: Folha Web
Oprograma Negócio Certo Rural (NCR), que leva ferramen-
tas de gestão personalizada a pequenos produtores rurais
tem a meta de realizar 1.100 atendimentos em 2015 no esta-
do, segundo o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em
Mato Grosso do Sul (SENAR/MS). Na capacitação, instruto-
res da entidade oferecem assistência técnica e orientações de
como aprimorar as atividades, alavancar os negócios e redu-
zir custos com a produção. Nesta quinta-feira (19) novas tur-
mas iniciarão o treinamento nos seguintes municípios: Igua-
temi, Rio Verde, Terenos, Ponta Porã, Maracaju, Dourados,
Sidrolândia, Anaurilândia, Chapadão do Sul e Corumbá. A de-
manda foi encaminhada pelos sindicatos rurais possibilitando
a formação de 18 turmas. Deste total, 12 cursos acontecerão
em assentamentos rurais. Segundo a coordenadora educacio-
nal do SENAR/MS, Maria do Rosário de Almeida, o programa
atende uma lacuna que existe no setor rural, principalmente
nas pequenas propriedades, que é a inserção de um siste-
ma de planejamento de custos e receitas. “O alcance do NCR
é abrangente, pois, no primeiro momento explica a importân-
cia de se anotar todos gastos e ganhos que o produtor possui
e no final da capacitação oferece assistência técnica e dicas
para multiplicar os ganhos, como, por exemplo, investindo em
outras culturas ou criações”, detalhou. Fonte Original: G1.
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201542
Agrishow 2015
Feira investe em tecnologia
contra pessimismo econômico
Marcela Servano
O
ano de 2015 é visto com mui-
ta desconfiança e pessimismo
econômico para diversos seto-
res do País. Neste cenário desfavorá-
vel, a 22ª edição da Agrishow, maior
feira de agronegócio da América Latina,
pretende apostar na agricultura de pre-
cisão, em tecnologias que aumentem a
produção e também promete oferecer
soluções e alternativas para os peque-
nos produtores. A feira acontece de 27
de abril a 1º de maio, no Km 391 da Ro-
dovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira,
em Ribeirão Preto, SP.
Mesmo com os problemas enfren-
tados por alguns segmentos do agrone-
gócio, a expectativa de público e vendas
é positiva. Segundo Fabio Meirelles, pre-
sidente da Agrishow 2015 e da Federa-
ção da Agricultura e Pecuária do Estado
de São Paulo (Faesp), o público espera-
do é de cerca de 160 mil visitantes do
Brasil e do exterior. O é público forma-
do maciçamente por produtores, agricul-
tores, empreendedores rurais, empresá-
rios e lideranças setoriais.
“Felizmente, tudo está acontecen-
do conforme o nosso planejamento pré-
Organizadores da
Agrishow destacam
que a Feira acontece
em um momento
delicado da economia,
mas têm esperança
na “sensibilidade”
do Poder Público em
relação à manutenção
de políticas que
alavanquem o
agronegócio brasileiro
Fotos:AleCarolo/alecarolo.com
43REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
““
“Felizmente, tudo
está acontecendo
conforme o nosso
planejamento
prévio. A feira está
praticamente toda
comercializada e
agora intensificamos
as formas de
divulgação do
evento, para garantir
o fluxo de visitantes,
como tem ocorrido
nos anos anteriores”
vio. A feira está praticamente toda co-
mercializada e agora intensificamos as
formas de divulgação do evento, para
garantir o fluxo de visitantes, como tem
ocorrido nos anos anteriores”, ressal-
tou Meirelles.
Em números gerais, a Agrishow
espera manter os índices de 2014, com
aproximadamente 800 marcas em ex-
posição, em uma área de 440 mil².
Para atender o elevado volume de vi-
sitantes, vão ocorrer melhorias na in-
fraestrutura, como a recuperação de
poços artesianos, reparos em tubula-
ções, reservatório de água, ampliação
e mudança do layout do estacionamen-
to, aprimoramento do credenciamento
e convites impressos que irão agilizar a
entrada do público.
Os avanços em infraestrutura na
edição de 2015 também contemplam
melhorias do calçamento, colocação
de bancos, ampliação das áreas com
sombra dentro da feira, além de praças
de alimentação mais modernas com
Food Trucks e melhorias no acesso wifi
à internet.
De acordo com Carlos Pastori-
za, presidente da Associação Brasileira
da Indústria de Máquinas e Equipamen-
tos (Abimaq), principal realizadora da
Agrishow, o sucesso de negócios vai
depender da sinalização do governo fe-
deral de que as regras para o financia-
mento agrícola da atual safra não serão
mudadas. Pastoriza defende o anúncio
antecipado do Plano Agrícola e Pecuá-
rio para a safra 2015/16, previsto para
maio ou junho.
“A antecipação do plano safra
evita um buraco negro em um cená-
rio que já é de incertezas para o setor”,
disse Pastoriza. Segundo ele, seria
“espetacular” se o anúncio do plano
fosse antecipado e anunciado durante
a Agrishow 2015.
Segundo a ministra da Agricultu-
ra, Kátia Abreu, a equipe econômica do
governo entende a força do agronegó-
cio para a economia brasileira e disse
acreditar que os ministérios do Plane-
jamento e da Fazenda não deixarão fal-
tar recursos para a safra 2015/16. No
entanto, ela sinalizou que os juros para
a próxima safra serão maiores do que
os praticados atualmente. Diante disso,
Carlos Pastoriza declarou que espera
“sensibilidade” do governo federal para
Fábio Meirelles acredita que na
Agrishow deste ano é possível superar
os R$ 2,7 bilhões em negócios
gerados na edição de 2014, mesmo
diante das incertezas econômicas
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201544
Agrishow 2015
a manutenção dos juros e dos recur-
sos para financiamento da safra agrí-
cola 2015/16.
Novas Tecnologias - A Feira é
considerada uma vitrine de lançamen-
tos, tendências e tecnologias para o
agronegócio. Neste ano a Agrishow
apostará na agricultura de precisão:
tecnologia de informação baseada no
princípio da variabilidade do solo e cli-
ma que visa o aumento da produtivi-
dade. Durante a mostra, o produtor vai
encontrar máquinas, implementos agrí-
colas, tratores e inúmeras especialida-
des necessárias para as atividades no
campo, que lhe assegurem acesso às
mais modernas tendências do agrone-
gócio. Segundo os organizadores, uma
feira como a Agrishow propicia conta-
tos e condições para o agricultor to-
mar conhecimento do aprimoramen-
to necessário para a gestão de sua
propriedade.
Pequenos produtores - Como
ocorreu em anos anteriores a Agrishow
2015 vai dedicar novamente um espa-
ço especial para pequenos e médios
produtores. O presidente da Agrishow
destacou que a participação desta ca-
tegoria é muito importante, pois os pe-
quenos e médios são os que mais so-
frem com momento atual do País e
precisam encontrar soluções seguras
para enfrentar a crise.
O evento também receberá um
número expressivo de jovens agriculto-
res, que participam do programa “Jo-
vem Agricultor do Futuro”, uma parceria
da feira com a Faesp e Serviço Nacio-
nal de Aprendizagem Rural (Senar). O
objetivo do programa é desenvolver
competências básicas, gerais e de em-
preendedorismo relacionadas às ativi-
dades agropecuárias, com a interface
das empresas rurais que abrem cam-
pos de aprendizagem em cumprimen-
to à lei 10.097/2000 – Lei da Aprendi-
zagem. O público alvo são os filhos de
Carlos Pastoriza acredita que o sucesso de negócios na Agrishow vai
depender da sinalização do governo federal de que as regras para o
financiamento agrícola da atual safra não serão mudadas
45REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
20 anos
1
3
2
4
5
25 e 26 de MARÇO
11º SEMINÁRIO SOBRE CONTROLE DE PRAGAS DA CANA
DA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA
14º PRODUTIVIDADE &
REDUÇÃO DE CU$TO$
HERBISHOW 14ºSeminário sobre Controle de Plantas Daninhas na Cana
9º Grande Encontro sobre
VARIEDADES DE
CANA-DE-AÇÚCAR
Realizado com sucesso, com a presença
de mais de 650 profissionais do setor
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201546
produtores e trabalhadores rurais.
A Lei de Aprendizatem determi-
na que todas as empresas de médio e
grande porte contratem um número de
aprendizes equivalente a um mínimo de
5% e um máximo de 15% do seu qua-
dro de funcionários cujas funções de-
mandem formação profissional. No âm-
bito desta lei, aprendiz é o jovem que
estuda e trabalha, recebendo, ao mes-
mo tempo, formação na profissão para
a qual está se capacitando. Deve cur-
sar a escola regular (se ainda não con-
cluiu o Ensino Médio) e estar matricula-
Maurilio Biagi Filho: “O sujeito prefere guardar dinheiro a investir.
Agricultor é sempre otimista, mas este ano estamos com a falta de
esperança e esse estado de espírito pode prejudicar a Agrishow”
do e frequentando instituição de ensino
técnico profissional conveniada com a
empresa.
Agrishow e a Crise - Mesmo que
todos os indicadores apontem uma cri-
se, Fábio Meirelles, afirma que o agro-
negócio segue como o principal seg-
mento para segurança, sustentação e
consolidação da economia e desenvol-
vimento do País. Tem colaborado de
duas formas: no fornecimento de ali-
mentos a preços competitivos, atenu-
ando os efeitos da inflação; e na ga-
rantia de exportações, colaborando,
assim, para evitar um declínio maior na
balança comercial.
Para os organizadores, a Agrishow
2015 acontece em um momento em que
se torna imperativo que o Poder Público
veja com seriedade a necessidade, não
só do desenvolvimento econômico, como
também social do Brasil, adotando medi-
das objetivas e principalmente conduzindo
com seriedade os negócios do País.
Negócios – A movimentação de
negócios na Feira deve crescer cerca de
10% este ano, mesmo patamar de cres-
cimento ocorrido na comparação das fei-
ras de 2013 e 2014. É o que estima o
presidente de honra da Agrishow, Mau-
rilio Biagi Filho, mesmo ressaltando que
a esperança do agricultor está baixa. “O
sujeito prefere guardar dinheiro a inves-
tir. Agricultor é sempre otimista, mas este
ano estamos com a falta de esperança e
esse estado de espírito pode prejudicar a
Agrishow”, disse.
Segundo Fábio Meirelles, o agro-
negócio ainda é o grande sistema de
segurança da economia brasileira. Ele
disse que os juros altos podem ge-
rar consequências no mercado inter-
no e externo, mas, assim como Bia-
gi, destacou que na Agrishow deste
ano é possível superar os R$ 2,7 bi-
lhões em negócios gerados na edição
de 2014, mesmo diante das incertezas
econômicas.
47REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
Produtores do Centro-Oeste apostam em agricultura sustentável
Lesaffre muda nome para Phileo
Novo conceito em nutrição faz bezerros ganharem peso
Santa Helena lança híbridos de milho para safrinha
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201548
Produtores do Centro-Oeste apostam
em agricultura sustentável
P
rodutores agrícolas da região Cen-
tro-Oeste do Brasil têm buscado
estabelecer um equilíbrio entre a
expansão das lavouras e a preservação
do Cerrado. Conscientes em relação à
importância das práticas sustentáveis
na agricultura, os produtores têm inves-
tido em inovações tecnológicas, aliadas
a boas práticas que ajudaram a alavan-
car a região como referência na utilização
de técnicas que agregam produtividade à
sustentabilidade.
O uso racional da água e a aplica-
ção de tecnologias adaptadas estão en-
tre as principais práticas utilizadas pelos
agricultores para preservar os recursos
naturais da região. Dados da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Em-
brapa) apontam que, no Cerrado - bioma
predominante no Centro-Oeste brasileiro
- a área desmatada por ano caiu 54% de
2002 a 2010, para menos de 6,5 mil qui-
lômetros quadrados.
De acordo com o presidente da Co-
operativa Agropecuária da Região do Dis-
trito Federal (Coopa-DF), Leomar Cenci,
os produtores da região produzem com
consciência ambiental. “Sabemos que
para produzir com eficiência é preciso
ter também muita responsabilidade, prin-
cipalmente, no que diz respeito ao meio
ambiente. Práticas como o plantio dire-
to, que protege o solo, os barramentos
de contenção feitos nas estradas rurais,
entre outras ações, já fazem parte do dia
a dia dos nossos produtores, e contri-
buem para a proteção dos nossos recur-
sos hídricos”.
Para ajudar o Planalto Central a se
transformar em um pólo agropecuário, a
Vista aérea da AgroBrasília, que este ano acontece de 12 a 16
de maio, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci
Coopa-DF criou a AgroBrasília - Feira In-
ternacional dos Cerrados, evento que está
em sua 8ª edição e tem se destacado
como celeiro de inovações e realização
de negócios junto às melhores empre-
sas do setor e agricultores competentes e
interessados em conhecimento. “A agri-
cultura do DF ainda tem muito a crescer,
mas precisa de algumas definições, es-
pecialmente, em relação à questão fun-
diária, que acaba travando alguns inves-
timentos. No entanto, em termos gerais,
o agricultor da região tem conhecimento,
tecnologia e disposição para investir do
desenvolvimento do setor”, afirma Cenci.
Em 2015, a AgroBrasília acontece
de 12 a 16 de maio, no Parque Tecnoló-
gico Ivaldo Cenci. O evento, uma parce-
ria entre a Coopa-DF, Embrapa, Secre-
taria de Agricultura, Campo, Emater-DF
e Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), permite que os
visitantes conheçam um espaço deno-
minado Unidade de Referência Tecnoló-
gica (URT), onde fica instalada a Integra-
ção Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF),
um sistema de produção de grãos, fi-
bras, madeira, energia, leite ou carne na
mesma área.
“A ILPF é uma estratégia de produ-
ção que integra atividades agrícolas, pe-
cuárias e florestais, realizadas na mes-
ma área, em cultivo consorciado, em
sucessão ou em rotação, buscando efei-
tos sinérgicos entre os componentes do
agroecossistema”, explica o pesquisa-
dor da Embrapa Cerrados, Lourival Vile-
la. Desde que o espaço foi implantado,
Foto:WesleyBertuol/Panoramio
Sustentabilidade
49REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
os pesquisadores vêm realizando Dias
de Campo para demonstrar a evolução
do sistema. O objetivo é conduzir a uni-
dade até o corte de todas as árvores para
obter informações sobre a produtividade
e viabilidade econômica.
Embora ainda não seja uma prá-
tica muito utilizada pelos produtores do
DF, existe um grande potencial para que
a ILPF passe a ser adotada tanto nas pe-
quenas, quanto nas grandes proprieda-
des. “Naquelas propriedades com foco
em produção de leite, por exemplo, o
sistema ILPF poder conferir maior con-
forto térmico aos animais e produção de
madeira para serraria e de mourões para
cerca”, diz Vilela.
AgroBrasília - A Feira possui loca-
lização estratégica, no centro de uma re-
gião onde são cultivados mais de 500 mil
hectares, abrangendo DF, Goiás, Minas
Gerais e Bahia, com condições de solo e
de clima representativas do Centro-Oeste
brasileiro. Isso permite a difusão de ino-
vações e a realização de negócios das
melhores empresas do setor com agricul-
tores competentes e interessados em tec-
nologia. Segundo os organizadores, “uma
região belíssima, de terras altas e planas
e de clima ameno, onde a agricultura bra-
sileira mostra toda a sua exuberância”.
O Parque Tecnológico Ivaldo
Cenci está localizado no km 05 da BR
251, em propriedade da COOPA-DF.
Possui área de 500 mil m² onde es-
tão instalados campos demonstrati-
vos das principais empresas (públicas
e privadas) do agronegócio brasileiro,
área de dinâmica para máquinas e im-
plementos agrícolas e espaço destina-
do à apresentação de soluções para a
agricultura familiar.
De acordo com o presidente da Coopa-DF, Leomar Cenci, os produtores
da região produzem com consciência ambiental
Foto:LarissaMelo/SistemaFAEG
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201550
Corporativo
Lesaffre muda nome para Phileo
Empresa francesa de nutrição e saúde animal anuncia novo
nome, identidade visual e lança website
A
unidade de negócios Lesaffre Animal
Care anuncia novo nome e passa a
se chamar Phileo. A empresa deci-
diu adotar uma nova identidade corporativa,
por isso além de mudar o nome da unidade
de negócios, lançamos novo logotipo e we-
bsite, explica o gerente Técnico-Administra-
tivo da Phileo Lesaffre Animal Care no Bra-
sil, Alfredo Navarro.
“O novo nome foi retirado do verbo
grego amar. Esta palavra conjuga noções de
cuidados, respeito e proteção. Sobre o logo,
agora em formato de espiral, ilustra novo
‘momentum’ e atitude de olhar para o futuro.
Juntando forças com esta marca evocado-
ra está uma nova filosofia, igualmente retum-
bante: ‘Criando Vida’”, destaca o executivo.
Ele ressalta o papel da empresa no
desafio de dobrar a produção de alimentos
até 2050 sem aumento de área para ali-
mentar um planeta com 9 bilhões de pes-
soas. “Uma empresa respeitada na agri-
cultura e pecuária, a Phileo trabalha no
desenvolvimento de soluções nutricionais
inovadoras capazes de melhorar a saúde e
o desempenho dos animais. Comprometi-
dos com o desafio de alimentar um mun-
do com população crescente, acreditamos
que a qualidade da ração animal será fun-
damental no atendimento de recursos nu-
tricionais de todos. Por isso, encontrar
novas soluções para atender as necessi-
dades das gerações futuras é um desafio
que nós, da Phileo, vamos abraçar”.
Pesquisa & Desenvolvimento - Es-
tar sempre à frente trazendo inovações ao
mercado exige constantes investimentos
em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D).
Para isso, a Phileo tem uma equipe de P&D
que trabalha em parceria com universida-
des e instituições de pesquisas de todo o
mundo, além de sua equipe de engenhei-
ros, nutricionistas, biólogos, zootecnistas
e médicos veterinários.
Entre as especialidades desta equi-
pe, estão a pesquisa fundamental in vitro,
o desenvolvimento de processos industriais
e sua posterior validação através de estu-
dos científicos, in vivo em instituições de
pesquisa e em testes de campo. “Esta tri-
Ilustrações:Phileo-Lesaffre
pla especialidade contribui para a criação
de soluções inovadoras e modernas, que
respondem às atuais e futuras demandas
das indústrias de pecuária, suína, avícola e
aquícola, desde as mais tradicionais até as
mais intensivas”, afirma Navarro.
Sobre a Phileo - Com 30 anos de
experiência e 114 empregados ao redor
do mundo, a Phileo é uma empresa de
destaque na indústria de alimentação ani-
mal. Sua capacidade inovadora e seu co-
nhecimento do processo de fabricação
permitem atender as mais importantes de-
mandas da indústria de produção animal.
Com presença mundial, a Phileo está co-
nectada com seus mercados com capaci-
dade de se adaptar de maneira eficaz às
exigências de seus consumidores. A Phi-
leo é uma das empresas pertencentes a
um grupo familiar baseado no norte da
França: Lesaffre.
Sobre a Lesaffre - A Lesaffre se tor-
nou uma companhia multinacional e multi-
cultural comprometida com o fornecimento
do que há de melhor, em cada uma de suas
áreas de atuação, como Produtos para Pa-
nificação, Sabor e prazer do alimento, Bem-
-estar humano, animal e vegetal, Nutrição e
Saúde e Biotecnologia industrial.
Atualmente, a Lesaffre empre-
ga 7.700 pessoas em mais de 70 sub-
sidiarias localizadas em cerca de 40 paí-
ses. Desde 1853, a inovação tem estado
no coração do desenvolvimento da com-
panhia em estreita colaboração com seus
clientes e parceiros, promovendo assim
uma inovação com confiança, de forma
a alimentar e proteger o planeta mais efi-
cientemente. Para Navarro, o nome Phileo
se encaixa perfeitamente com a filosofia
do Grupo. “Trabalhando juntos para ali-
mentar e proteger melhor o planeta”.
51REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201552
Pecuária
Novo conceito em nutrição faz
bezerros ganharem peso
U
m novo conceito de nutrição de
bezerros permite que os animais
cheguem no período de desma-
me, aos 10 meses, com mais de 300
quilos, viabilizando ao produtor pular
toda a fase de recria e abater os animais
quase um ano mais cedo. É o que afirma
o médico veterinário, Rodrigo Meirelles,
ao se referir à adoção da ração Confinat-
to 3R, desenvolvida pela Agroceres Mul-
timix em parceria com a Fazenda 3R, no
Mato Grosso do Sul. O produto integra
uma estratégia nutricional direcionada
para bezerros, aliada à qualidade gené-
tica dos animais e o manejo adequado.
Segundo o zootecnista Hélio de
Biasi, esta nova estratégia nutricional
garante ao produtor um incremento de
35 quilos no peso final do bezerro. “A
Fazenda 3R tem conquistado resultados
superiores à média nacional, com ga-
nho de peso diário acima de 900 gra-
mas. Dessa maneira, ela conseguiu um
acabamento invejável, além de agregar
valor na ordem de 33% no valor final da
comercialização”, afirma o especialista.
Biasi explica que a cria é a fase de
melhor resposta na suplementação. “É
onde conseguimos uma maior eficiên-
cia alimentar. A ração não deve funcio-
nar como um substituto de capim, mas
sim uma suplementação. Nossa experi-
ência mostra que o uso correto da téc-
nica de creep-feeding permite expressar
o máximo potencial genético dos ani-
mais”, disse.
O empresário Rubens Catenac-
ci, proprietário da Fazenda 3R, destaca
o aumento da rentabilidade como prin-
cipal vantagem deste sistema. Segundo
ele, desde a implantação, a rentabilida-
de cresceu mais de 30% acima da mé-
dia praticada pelo mercado. “Hoje em
dia qualquer negócio é focado em re-
sultados e rentabilidade. Com a valo-
rização do gado de cria, a prioridade é
ter bezerros mais pesados na desmama.
Este conceito é uma tendência irreversí-
vel, por isso é importante entender que
vendemos ‘desmama por quilo’, que é
uma característica que vem dominando
a comercialização”.
Catenacci também ressalta a im-
portância de reduzir o ciclo de produção.
“Esta ração Confinatto 3R coloca muito
peso nos bezerros, além de dar um aca-
bamento invejável, permitindo uma redu-
ção do ciclo deste bezerro, que encurta
o período de abate para até 14 meses de
idade”. Redução do período de produção
da carne bovina em 10 meses, aumen-
to no giro no campo, viabilizando uma
ampliação da produção de carne sem
aumento de área, otimização de mão-
-de-obra na propriedade, melhor acaba-
mento de carcaça, melhor score corpo-
ral da vaca para alimentar o rebanho e
maior valor agregado no preço da car-
ne estão entre os principais benefícios
da novidade.
Lançamento do Confinattor3R aconteceu na Fazenda 3R, no Mato Grosso do Sul
Foto:Divulgação
53REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
“Abater o animal mais jovem signi-
fica também uma carne de melhor qua-
lidade na mesa do consumidor. A redu-
ção do tempo de abate de 24 meses em
média para 14 meses é quase a metade
do tempo de produção. Mas, todas es-
tas vantagens dependem de um mane-
jo adequado no período pós-desmame”,
explica, apontando ainda a facilidade de
implantar este sistema na propriedade
entre as vantagens. “A grande inovação
está na simplicidade de implementação.
Ela não depende de instalações sofisti-
cadas para ser aplicada”, afirma.
Fazenda 3R - Localizada em Mato
Grosso do Sul, com propriedades nas
cidades de Figueirão, Alcinópolis e Ca-
mapuã, a fazenda possui há 25 anos um
trabalho pioneiro em genética Nelore, fo-
cado na produção de bezerros diferen-
ciados, o chamado Nelore de Ciclo Cur-
to. O rebanho atual possui cerca de 5
mil animais, entre bezerros, matrizes e
reprodutores.
O sistema de produção conta com
três principais frentes de trabalho: Ge-
nética, através do uso da matriz Bada-
lada da 3R, reprodutores PO superiores
e investimento em tecnologia de ponta;
Manejo, sanitário e de estrutura diferen-
ciada, feito de forma inteligente – con-
tribuindo assim para a diminuição das
perdas e do estresse, facilitando o de-
senvolvimento do animal; e a Nutrição,
pelo uso de sistema de creepfeeding
aliada a um fornecimento de pastagem
de qualidade, antes mesmo da desma-
ma, garantindo assim maior ganho de
peso em menos tempo.
Com os resultados alcançados, a
3R também atua em outras frentes pro-
dutivas, como a comercialização de sê-
men dos reprodutores 3R, resultado do
intenso trabalho de seleção genética, e o
mais recente projeto de integração com
a agricultura – diversificação que tornará
a produção mais sustentável, garantindo
ganhos de propriedade.
Segundo Rubens Catenacci, proprietário da Fazenda 3R, desde a implantação a rentabilidade
cresceu mais de 30% acima da média praticada pelo mercado
Foto:DenilsonRodrigues
Cooperativa reanima economia da Mata Sul de PE
Cooperativa reanima economia da Mata Sul de PE
Cooperativa reanima economia da Mata Sul de PE

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Reembolso contingência emd modulo gráfico
Reembolso contingência emd modulo gráficoReembolso contingência emd modulo gráfico
Reembolso contingência emd modulo gráficoIgorNT
 
Recomendaciones
RecomendacionesRecomendaciones
Recomendacionesk4rol1n4
 
Portugal metro de lisboa
Portugal metro de lisboaPortugal metro de lisboa
Portugal metro de lisboaAriana Martins
 
Tabela Futebol de Areia 2014
Tabela Futebol de Areia 2014Tabela Futebol de Areia 2014
Tabela Futebol de Areia 2014diogolcarvalho
 
116 ca zc foz do rio s o francisco 22fev10
116 ca zc foz do rio s o francisco 22fev10116 ca zc foz do rio s o francisco 22fev10
116 ca zc foz do rio s o francisco 22fev10Ariana Martins
 
Dadawdaw5
Dadawdaw5Dadawdaw5
Dadawdaw5dierco1
 
Formacion De Especialistas Responsabilidad Compartida
Formacion De Especialistas Responsabilidad CompartidaFormacion De Especialistas Responsabilidad Compartida
Formacion De Especialistas Responsabilidad Compartidaguest1c9ac82
 
O Pequeno Grande Chefe
O Pequeno Grande ChefeO Pequeno Grande Chefe
O Pequeno Grande ChefeNatany Gomes
 
ソーシャルメディアにより加速するコンテンツマーケティング
ソーシャルメディアにより加速するコンテンツマーケティングソーシャルメディアにより加速するコンテンツマーケティング
ソーシャルメディアにより加速するコンテンツマーケティングAyumi Fukaya
 
Presentatie dynamis augustus 2012
Presentatie dynamis augustus 2012Presentatie dynamis augustus 2012
Presentatie dynamis augustus 2012Fundament All Media
 
Toma... Por Gandhi
Toma... Por GandhiToma... Por Gandhi
Toma... Por Gandhianacjg
 
Formato plano 2 grade week n° 7 - iii period
Formato plano 2 grade  week n° 7 - iii periodFormato plano 2 grade  week n° 7 - iii period
Formato plano 2 grade week n° 7 - iii periodGerardo Nuñez Coronado
 

Destaque (20)

Reembolso contingência emd modulo gráfico
Reembolso contingência emd modulo gráficoReembolso contingência emd modulo gráfico
Reembolso contingência emd modulo gráfico
 
Recomendaciones
RecomendacionesRecomendaciones
Recomendaciones
 
Cuestion del saber
Cuestion del saberCuestion del saber
Cuestion del saber
 
Portugal metro de lisboa
Portugal metro de lisboaPortugal metro de lisboa
Portugal metro de lisboa
 
Foz do velho chico
Foz do velho chicoFoz do velho chico
Foz do velho chico
 
Tabela Futebol de Areia 2014
Tabela Futebol de Areia 2014Tabela Futebol de Areia 2014
Tabela Futebol de Areia 2014
 
116 ca zc foz do rio s o francisco 22fev10
116 ca zc foz do rio s o francisco 22fev10116 ca zc foz do rio s o francisco 22fev10
116 ca zc foz do rio s o francisco 22fev10
 
MOVILIDAD Y SOSTENIBILIDAD
MOVILIDAD Y SOSTENIBILIDADMOVILIDAD Y SOSTENIBILIDAD
MOVILIDAD Y SOSTENIBILIDAD
 
Radioatividadegrupo 2
Radioatividadegrupo 2Radioatividadegrupo 2
Radioatividadegrupo 2
 
Dadawdaw5
Dadawdaw5Dadawdaw5
Dadawdaw5
 
Formacion De Especialistas Responsabilidad Compartida
Formacion De Especialistas Responsabilidad CompartidaFormacion De Especialistas Responsabilidad Compartida
Formacion De Especialistas Responsabilidad Compartida
 
O Pequeno Grande Chefe
O Pequeno Grande ChefeO Pequeno Grande Chefe
O Pequeno Grande Chefe
 
ソーシャルメディアにより加速するコンテンツマーケティング
ソーシャルメディアにより加速するコンテンツマーケティングソーシャルメディアにより加速するコンテンツマーケティング
ソーシャルメディアにより加速するコンテンツマーケティング
 
Tugas TIK
Tugas TIKTugas TIK
Tugas TIK
 
Presentatie dynamis augustus 2012
Presentatie dynamis augustus 2012Presentatie dynamis augustus 2012
Presentatie dynamis augustus 2012
 
Josh, juan capó nando
Josh, juan capó nandoJosh, juan capó nando
Josh, juan capó nando
 
Toma... Por Gandhi
Toma... Por GandhiToma... Por Gandhi
Toma... Por Gandhi
 
Formato plano 2 grade week n° 7 - iii period
Formato plano 2 grade  week n° 7 - iii periodFormato plano 2 grade  week n° 7 - iii period
Formato plano 2 grade week n° 7 - iii period
 
EVALUACION GABY
EVALUACION GABYEVALUACION GABY
EVALUACION GABY
 
05 Modelo
05 Modelo05 Modelo
05 Modelo
 

Semelhante a Cooperativa reanima economia da Mata Sul de PE

Youblisher.com 1170112-terra cia-edi_o_196
Youblisher.com 1170112-terra cia-edi_o_196Youblisher.com 1170112-terra cia-edi_o_196
Youblisher.com 1170112-terra cia-edi_o_196Lela Gomes
 
Youblisher.com 1201680-terra cia-edi_o_198
Youblisher.com 1201680-terra cia-edi_o_198Youblisher.com 1201680-terra cia-edi_o_198
Youblisher.com 1201680-terra cia-edi_o_198Lela Gomes
 
Youblisher.com 1062432-revista canamix-ed_75
Youblisher.com 1062432-revista canamix-ed_75Youblisher.com 1062432-revista canamix-ed_75
Youblisher.com 1062432-revista canamix-ed_75Lela Gomes
 
Youblisher.com 982358-cana mix-edi_ao_72
Youblisher.com 982358-cana mix-edi_ao_72Youblisher.com 982358-cana mix-edi_ao_72
Youblisher.com 982358-cana mix-edi_ao_72Lela Gomes
 
Youblisher.com 986927-cana mix-edi_ao_73_2
Youblisher.com 986927-cana mix-edi_ao_73_2Youblisher.com 986927-cana mix-edi_ao_73_2
Youblisher.com 986927-cana mix-edi_ao_73_2Lela Gomes
 
Youblisher.com 1127496-cana mix-edi_o_82
Youblisher.com 1127496-cana mix-edi_o_82Youblisher.com 1127496-cana mix-edi_o_82
Youblisher.com 1127496-cana mix-edi_o_82Lela Gomes
 
Youblisher.com 1100317-cana mix-edi_o_78
Youblisher.com 1100317-cana mix-edi_o_78Youblisher.com 1100317-cana mix-edi_o_78
Youblisher.com 1100317-cana mix-edi_o_78Lela Gomes
 
Youblisher.com 1153016-revista terra-cia_195
Youblisher.com 1153016-revista terra-cia_195Youblisher.com 1153016-revista terra-cia_195
Youblisher.com 1153016-revista terra-cia_195Lela Gomes
 
Faemg (2006),Diagnostico da Pecuária Leiteira do Estado de Minas Gerais em 2005
Faemg (2006),Diagnostico da Pecuária Leiteira do Estado de  Minas Gerais em 2005Faemg (2006),Diagnostico da Pecuária Leiteira do Estado de  Minas Gerais em 2005
Faemg (2006),Diagnostico da Pecuária Leiteira do Estado de Minas Gerais em 2005Samuel Campos
 
Edição 101 novembro 2014 - pragas sob controlet
Edição 101   novembro 2014 - pragas sob controletEdição 101   novembro 2014 - pragas sob controlet
Edição 101 novembro 2014 - pragas sob controletRafael Mermejo
 
Edição 100 outubro 2014 - tv canaoeste
Edição 100   outubro 2014 - tv canaoesteEdição 100   outubro 2014 - tv canaoeste
Edição 100 outubro 2014 - tv canaoesteRafael Mermejo
 
mecanização agrícola - 1º volume - motores e tractores.pdf
mecanização agrícola - 1º volume - motores e tractores.pdfmecanização agrícola - 1º volume - motores e tractores.pdf
mecanização agrícola - 1º volume - motores e tractores.pdfCELSO PEREIRA DE OLIVEIRA
 
Integra do relatório final da PF na fase “Triplo X''
Integra do relatório final da PF na fase “Triplo X''Integra do relatório final da PF na fase “Triplo X''
Integra do relatório final da PF na fase “Triplo X''Marcelo Bancalero
 
PF entrega à Justiça relatório sobre Operação Triplo X
PF entrega à Justiça relatório sobre Operação Triplo XPF entrega à Justiça relatório sobre Operação Triplo X
PF entrega à Justiça relatório sobre Operação Triplo XPortal NE10
 
Manual caged 2010_versao_aci10-1
Manual caged 2010_versao_aci10-1Manual caged 2010_versao_aci10-1
Manual caged 2010_versao_aci10-1Moisesaw07
 
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ
 

Semelhante a Cooperativa reanima economia da Mata Sul de PE (20)

Youblisher.com 1170112-terra cia-edi_o_196
Youblisher.com 1170112-terra cia-edi_o_196Youblisher.com 1170112-terra cia-edi_o_196
Youblisher.com 1170112-terra cia-edi_o_196
 
Youblisher.com 1201680-terra cia-edi_o_198
Youblisher.com 1201680-terra cia-edi_o_198Youblisher.com 1201680-terra cia-edi_o_198
Youblisher.com 1201680-terra cia-edi_o_198
 
Youblisher.com 1062432-revista canamix-ed_75
Youblisher.com 1062432-revista canamix-ed_75Youblisher.com 1062432-revista canamix-ed_75
Youblisher.com 1062432-revista canamix-ed_75
 
Youblisher.com 982358-cana mix-edi_ao_72
Youblisher.com 982358-cana mix-edi_ao_72Youblisher.com 982358-cana mix-edi_ao_72
Youblisher.com 982358-cana mix-edi_ao_72
 
Youblisher.com 986927-cana mix-edi_ao_73_2
Youblisher.com 986927-cana mix-edi_ao_73_2Youblisher.com 986927-cana mix-edi_ao_73_2
Youblisher.com 986927-cana mix-edi_ao_73_2
 
Youblisher.com 1127496-cana mix-edi_o_82
Youblisher.com 1127496-cana mix-edi_o_82Youblisher.com 1127496-cana mix-edi_o_82
Youblisher.com 1127496-cana mix-edi_o_82
 
Youblisher.com 1100317-cana mix-edi_o_78
Youblisher.com 1100317-cana mix-edi_o_78Youblisher.com 1100317-cana mix-edi_o_78
Youblisher.com 1100317-cana mix-edi_o_78
 
Especial café 2017
Especial café 2017Especial café 2017
Especial café 2017
 
Ed54dezembro10
Ed54dezembro10Ed54dezembro10
Ed54dezembro10
 
Ed48junho10
Ed48junho10Ed48junho10
Ed48junho10
 
Youblisher.com 1153016-revista terra-cia_195
Youblisher.com 1153016-revista terra-cia_195Youblisher.com 1153016-revista terra-cia_195
Youblisher.com 1153016-revista terra-cia_195
 
Faemg (2006),Diagnostico da Pecuária Leiteira do Estado de Minas Gerais em 2005
Faemg (2006),Diagnostico da Pecuária Leiteira do Estado de  Minas Gerais em 2005Faemg (2006),Diagnostico da Pecuária Leiteira do Estado de  Minas Gerais em 2005
Faemg (2006),Diagnostico da Pecuária Leiteira do Estado de Minas Gerais em 2005
 
Ed67janeiro12
Ed67janeiro12Ed67janeiro12
Ed67janeiro12
 
Edição 101 novembro 2014 - pragas sob controlet
Edição 101   novembro 2014 - pragas sob controletEdição 101   novembro 2014 - pragas sob controlet
Edição 101 novembro 2014 - pragas sob controlet
 
Edição 100 outubro 2014 - tv canaoeste
Edição 100   outubro 2014 - tv canaoesteEdição 100   outubro 2014 - tv canaoeste
Edição 100 outubro 2014 - tv canaoeste
 
mecanização agrícola - 1º volume - motores e tractores.pdf
mecanização agrícola - 1º volume - motores e tractores.pdfmecanização agrícola - 1º volume - motores e tractores.pdf
mecanização agrícola - 1º volume - motores e tractores.pdf
 
Integra do relatório final da PF na fase “Triplo X''
Integra do relatório final da PF na fase “Triplo X''Integra do relatório final da PF na fase “Triplo X''
Integra do relatório final da PF na fase “Triplo X''
 
PF entrega à Justiça relatório sobre Operação Triplo X
PF entrega à Justiça relatório sobre Operação Triplo XPF entrega à Justiça relatório sobre Operação Triplo X
PF entrega à Justiça relatório sobre Operação Triplo X
 
Manual caged 2010_versao_aci10-1
Manual caged 2010_versao_aci10-1Manual caged 2010_versao_aci10-1
Manual caged 2010_versao_aci10-1
 
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
 

Mais de Lela Gomes

Youblisher.com 1224451-terra cia-edi_o_199
Youblisher.com 1224451-terra cia-edi_o_199Youblisher.com 1224451-terra cia-edi_o_199
Youblisher.com 1224451-terra cia-edi_o_199Lela Gomes
 
Youblisher.com 1243861-terra cia-edi_o_200
Youblisher.com 1243861-terra cia-edi_o_200Youblisher.com 1243861-terra cia-edi_o_200
Youblisher.com 1243861-terra cia-edi_o_200Lela Gomes
 
Youblisher.com 1190504-revista terra-cia_197
Youblisher.com 1190504-revista terra-cia_197Youblisher.com 1190504-revista terra-cia_197
Youblisher.com 1190504-revista terra-cia_197Lela Gomes
 
Youblisher.com 1132002-terra cia-edi_o_194
Youblisher.com 1132002-terra cia-edi_o_194Youblisher.com 1132002-terra cia-edi_o_194
Youblisher.com 1132002-terra cia-edi_o_194Lela Gomes
 
Youblisher.com 1022624-terra cia-edi_o_187
Youblisher.com 1022624-terra cia-edi_o_187Youblisher.com 1022624-terra cia-edi_o_187
Youblisher.com 1022624-terra cia-edi_o_187Lela Gomes
 
Eventos expansão x crise no setor sucroalcooleiro
Eventos expansão x crise no setor sucroalcooleiro Eventos expansão x crise no setor sucroalcooleiro
Eventos expansão x crise no setor sucroalcooleiro Lela Gomes
 
Trabalho de Conclusão de Curso Impresso.
Trabalho de Conclusão de Curso Impresso. Trabalho de Conclusão de Curso Impresso.
Trabalho de Conclusão de Curso Impresso. Lela Gomes
 
Conteúdo da Revista Disco (Brindo)
Conteúdo da Revista Disco (Brindo) Conteúdo da Revista Disco (Brindo)
Conteúdo da Revista Disco (Brindo) Lela Gomes
 
Capa da Revista Disco (Brindo)
Capa da Revista Disco (Brindo)Capa da Revista Disco (Brindo)
Capa da Revista Disco (Brindo)Lela Gomes
 

Mais de Lela Gomes (9)

Youblisher.com 1224451-terra cia-edi_o_199
Youblisher.com 1224451-terra cia-edi_o_199Youblisher.com 1224451-terra cia-edi_o_199
Youblisher.com 1224451-terra cia-edi_o_199
 
Youblisher.com 1243861-terra cia-edi_o_200
Youblisher.com 1243861-terra cia-edi_o_200Youblisher.com 1243861-terra cia-edi_o_200
Youblisher.com 1243861-terra cia-edi_o_200
 
Youblisher.com 1190504-revista terra-cia_197
Youblisher.com 1190504-revista terra-cia_197Youblisher.com 1190504-revista terra-cia_197
Youblisher.com 1190504-revista terra-cia_197
 
Youblisher.com 1132002-terra cia-edi_o_194
Youblisher.com 1132002-terra cia-edi_o_194Youblisher.com 1132002-terra cia-edi_o_194
Youblisher.com 1132002-terra cia-edi_o_194
 
Youblisher.com 1022624-terra cia-edi_o_187
Youblisher.com 1022624-terra cia-edi_o_187Youblisher.com 1022624-terra cia-edi_o_187
Youblisher.com 1022624-terra cia-edi_o_187
 
Eventos expansão x crise no setor sucroalcooleiro
Eventos expansão x crise no setor sucroalcooleiro Eventos expansão x crise no setor sucroalcooleiro
Eventos expansão x crise no setor sucroalcooleiro
 
Trabalho de Conclusão de Curso Impresso.
Trabalho de Conclusão de Curso Impresso. Trabalho de Conclusão de Curso Impresso.
Trabalho de Conclusão de Curso Impresso.
 
Conteúdo da Revista Disco (Brindo)
Conteúdo da Revista Disco (Brindo) Conteúdo da Revista Disco (Brindo)
Conteúdo da Revista Disco (Brindo)
 
Capa da Revista Disco (Brindo)
Capa da Revista Disco (Brindo)Capa da Revista Disco (Brindo)
Capa da Revista Disco (Brindo)
 

Último

Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...E-Commerce Brasil
 
Questionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
QuestionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnQuestionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
QuestionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnGustavo144776
 
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdfÉtica NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdfInsttLcioEvangelista
 
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operaçãoConferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operaçãoE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...E-Commerce Brasil
 
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024E-Commerce Brasil
 
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensLuizPauloFerreira11
 
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...E-Commerce Brasil
 
Analise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomia
Analise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomiaAnalise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomia
Analise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomiaGabrielPasquinelli1
 
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...E-Commerce Brasil
 
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?Michael Rada
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendasConferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendasE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de vendaConferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de vendaE-Commerce Brasil
 
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelizaçãoConferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelizaçãoE-Commerce Brasil
 

Último (20)

Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
Conferência SC 24 | Inteligência artificial no checkout: como a automatização...
 
Questionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
QuestionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnQuestionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
Questionárionnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
 
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdfÉtica NO AMBIENTE DE TRABALHO,  fundamentosdas relações.pdf
Ética NO AMBIENTE DE TRABALHO, fundamentosdas relações.pdf
 
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
 
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
Conferência SC 24 | Otimize sua logística reversa com opções OOH (out of home)
 
Conferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operaçãoConferência SC 24 | O custo real de uma operação
Conferência SC 24 | O custo real de uma operação
 
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
 
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
Conferência SC 24 | A força da geolocalização impulsionada em ADS e Fullcomme...
 
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
Conferência SC 24 | Estratégias omnicanal: transformando a logística em exper...
 
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
Conferência SC 2024 | Tendências e oportunidades de vender mais em 2024
 
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagensEP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
EP GRUPO - Mídia Kit 2024 - conexão de marcas e personagens
 
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
66ssssssssssssssssssssssssssssss4434.pptx
 
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
 
Analise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomia
Analise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomiaAnalise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomia
Analise Ergonomica FisioPrev aula de ergonomia
 
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
Conferência SC 24 | Social commerce e recursos interativos: como aplicar no s...
 
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?
A LOGÍSTICA ESTÁ PREPARADA PARA O DECRESCIMENTO?
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplaceConferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação: loja própria e marketplace
 
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendasConferência SC 2024 |  De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
Conferência SC 2024 | De vilão a herói: como o frete vai salvar as suas vendas
 
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de vendaConferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
 
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelizaçãoConferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
Conferência SC 24 | Gestão logística para redução de custos e fidelização
 

Cooperativa reanima economia da Mata Sul de PE

  • 1. 1REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 Ribeirão Preto SP Março - 2015 Ano 8 - Nº 81 R$ 10,00 IAC recomenda maior dosagem de zinco no plantio canavieiro Colheita atinge 84,8% em São Paulo MECANIZAÇÃO 22ª Agrishow: Feira destaca investimento em tecnologia contra pessimismo econômico Safra 2015/16: Estimativas indicam pequeno crescimento no volume de moagem de cana Etanol: Demanda por anidro deve aumentar em 1,3 bilhão de litros nesta temporada CADERNO TERRA & CIA: Produtores do Centro-Oeste apostam em agricultura sustentável
  • 2. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 20152
  • 3. 3REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 Expediente Diretor: Plínio César Gerente de Comunicação: Luciana Zunfrilli Redação Editor Chefe: Doca Pascoal Reportagem: Marcela Servano Colaboração: Alexandre Andrade Lima, Plinio Nastari, José Osvaldo Bozzo, Lara Moraes, Luiz Albino Barbosa e Ulisses Rocha Antuniassi Foto da capa: Ale Carolo / alecarolo.com Editor Gráfico: Jonatas Pereira / Creativo Artwork Publicidade: Alexandre Richards (16) 98828 4185 alexandre@canamix.com.br Fernando Masson (16) 98271 1119 fernando@canamix.com.br Plínio César (16) 98242 1177 plinio@canamix.com.br Assinaturas: assinaturas@canamix.com.br Eventos: eventos@canamix.com.br Contatos com a redação: reportagem@canamix.com.br ISSN: 2236-3351 Outras publicações do Grupo Agrobrasil Guia Oficial de Compras do Setor Sucroenergético Portal CanaMix Grupo Agrobrasil Av. Brasil, 2780 CEP 14075-030 - Ribeirão Preto - SP (16) 3446 3993 / 3446 7574 www.canamix.com.br Artigos assinados, mensagens publicitárias e o caderno Marketing Canavieiro refletem ponto de vista dos autores e não expressam a opinião da revista. É permitida a reprodução total ou parcial dos textos, desde que citada a fonte. Carta ao leitor Plinio Cesar, diretor plinio@canamix.com.br Heranças da mecanização A Pesquisa do Instituto de Economia Agrícola (IEA), em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), mostra que a mecanização da colheita da cana-de- -açúcar no Estado de São Paulo cresceu 3,5% na safra agrícola 2013/14, em relação ao ciclo anterior. No total, cerca de 85% da lavoura canavieira foi colhida por máquinas no referi- do período. Esse crescimento da mecanização, sob o pilar legal de marcos regulatórios, é irreversí- vel e traz reflexos importantes para o desenvolvimento do setor No que diz respeito ao meio am- biente, milhões de toneladas de gases de efeito estufa estão deixando de ser emitidos na atmos- fera, por conta da redução gradativa da queima da cana. Também há mudanças no perfil da mão de obra, que precisa de maior qualificação para operar o maquinário agrícola. O corte mecanizado também estimulou a criação de novas tecno- logias, tanto para a agrícola, quanto para a indústria, que passou a receber cana crua e identifi- cou a necessidade de adequar seus equipamentos. Considerando que o fim total das queimadas está próximo, vale lembrar que o setor su- croenergético e a indústria de base precisam se manter atentas ao desenvolvimento de adequa- ções tecnológicas que permitam atender a demanda com eficiência. Em um cenário de econo- mia estagnada, crise política, falta de crédito e desconfiança do mercado, o setor canavieiro tem que se reinventar. De qualquer forma, especialistas afirmam que a safra 2015/16 será maior. Algumas ações do governo, como aumento da mistura do etanol anidro à ga- solina, de 25% para 27%, e a volta da CIDE - reivindicação do setor para resgatar o diferencial tributário do etanol em relação à gasolina -, podem ser um pequeno alento para colocar um freio na queda do segmento canavieiro. Boa leitura! Foto:Divulgação
  • 4. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 20154
  • 5. 5REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
  • 6. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 20156 Guia de Compras SA PG ÁREA ADMINISTRATIVA BANCOS - INSTITUIÇÃO FINANCEIRA.......................... 4 SICOOB...............................................(16) 3456 7407 CONSULTORIA - ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL........ 16 ARAUJO RTC.......................................(16) 3237 0208 17 DATAGRO............................................(11) 4133 3944 CONSULTORIA - GESTÃO AMBIENTAL......................... 16 ARAUJO RTC.......................................(16) 3237 0208 CURSOS E TREINAMENTOS......................................... 13 MOURA LACERDA................................(16) 21011076 ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES....................................... 4 SICOOB...............................................(16) 3456 7407 EDITORA, PUBLICIDADE E EVENTOS........................... 35 AGROBRASIL – CANAMIX/TERRA&CIA.(16) 3446 7574 FEIRAS, SIMPÓSIOS E EVENTOS................................. 30 AGRISHOW..........................................(11) 3598 7832 27 AGROBRASILIA...................................(61) 3339 6542 17 DATAGRO............................................(11) 4133 3944 45 GRUPO IDEA.......................................(16) 3514 0631 SEGURADORAS / CORRETORAS.................................. 51 KAPSEG..............................................(16) 3633 9595 SITES / VIDEOS - DESENVOLVIMENTO........................ 39 RGB....................................................(16) 3947 1343 SISTEMAS - CONTRA INCÊNDIO.................................. 16 ARAUJO RTC.......................................(16) 3237 0208 55 ARGUS................................................(19) 3826 6670 PG ÁREA INDUSTRIAL BOMBAS CENTRÍFUGAS.............................................. 9 EQUIPE................................................(19) 3426 4600 BOMBAS ESPECIAIS.................................................... 9 EQUIPE................................................(19) 3426 4600 CABOS DE AÇO............................................................ 16 ARAUJO RTC.......................................(16) 3237 0208 CLARIFICANTES........................................................... 18 PROSUGAR.........................................(81) 3267 4759 DESCOLORANTES........................................................ 18 PROSUGAR.........................................(81) 3267 4759 EMPILHADEIRAS......................................................... 29 EMPIZA EMPILHADEIRAS.........................1935713000 EPI - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL...... 16 ARAUJO RTC.......................................(16) 3237 0208 MEDIDORES, TRANSMISSORES DE VAZÃO E NÍVEL.... 7 DWYLER..............................................(11) 2682 6633 PRODUTOS E SISTEMAS CONTRA INCÊNDIO.............. 16 ARAUJO RTC.......................................(16) 3237 0208 55 ARGUS................................................(19) 3826 6670 QUÍMICA - PRODUTOS E DERIVADOS.......................... 24 ASHER................................................(16) 3969 8999 PG ÁREA AGRÍCOLA COLHEDORAS DE CANA............................................... 29 CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222 EPI - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL...... 16 ARAUJO RTC.......................................(16) 3237 0208 FUNGICIDAS................................................................ 2 BASF DO BRASIL..................................0800 0192 500 HERBICIDAS................................................................ 56 BASF DO BRASIL..................................0800 0192 500 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS........................................ 29 CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS PEÇAS E SERVIÇOS....... 29 CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222 INSETICIDAS................................................................ 2 BASF DO BRASIL..................................0800 0192 500 MATURADORES E REGULADORES DE CRESCIMENTO. 56 BASF DO BRASIL..................................0800 0192 500 MUDAS........................................................................ 2 BASF DO BRASIL..................................0800 0192 500 PLANTADORAS DE CANA............................................. 29 CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222 TRANSBORDOS............................................................ 29 CIVEMASA...........................................(16) 3382 8222
  • 7. 7REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
  • 8. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 20158 Sumário 10 12 20 28 32 34 36 48 50 52 54 Cooperativismo - Cooperativa reaquece economia da Mata Sul de Pernambuco Opinião - Plínio Nastari: Perspectivas para o mercado de açúcar Capa - Mecanização da colheita atinge 84,8% em São Paulo Mercado - Demanda por anidro deve aumentar em 1,3 bilhão de litros Eventos - Calendário de eventos 2015 Marketing Canavieiro - John Deere é considerada uma das empresas mais éticas do mundo Safra 2015/16 - Projeções indicam safra maior em 2015/16 42 Tecnologia Agrícola IAC recomenda maior dosagem de zinco no plantio de cana Foto:AleCarolo/alecarolo.com Foto:Divulgação 26 Agrishow 2015 Feira investe em tecnologia contra pessimismo econômico Foto:Biosev 40 Portal CanaMix - IBGE confirma expectativa de safra nacional recorde em 2015 - Garantia-Safra: mais segurança para os agricultores familiares - Milho safrinha ganha força para safra 2015/16 - Programa de gestão rural quer atender 1.100 produtores em MS - Conab e entidades arrozeiras iniciam levantamento de custos de produção nesta quarta Sustentabilidade - Produtores do Centro-Oeste apostam em agricultura sustentável Corporativo - Lesaffre muda nome para Phileo Pecuária - Novo conceito em nutrição faz bezerros ganharem peso Milho - Santa Helena lança híbridos de milho para safrinha
  • 9. 9REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
  • 10. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201510 Cooperativismo Cooperativa reaquece economia da Mata Sul de Pernambuco Apesar do governo pernambucano não ter investido na reativação da Usina Pumaty, em Joaquim Nabuco, PE, a receita estadual tem crescido devido a ação de uma cooperativa agrícola que arrendou e reabriu a unidade em novembro do ano passado. Nos últimos quatro meses, a Secretaria da Fazenda já arrecadou R$ 4,2 milhões com o ICMS da produção de 24,6 milhões de litro de etanol Da Assessoria A experiência dos fornecedores de cana-de-açúcar da Zona da Mata Sul do Estado tem sido exitosa e surpreendido até os mais otimistas. Os agricultores, que se organizaram em tor- no de uma cooperativa, tomaram a inicia- tiva de arrendar e gerir a Usina Pumaty, a qual estava fechada desde 2012, a fim de não perder suas plantações por falta de unidade industrial para moer a safra. Des- se modo, de novembro do ano passado pra cá, com a reativação da produção de etanol hidratado na unidade, já foram mo- ídas 333 mil toneladas de cana que pode- riam ter ficado no campo, ou parte desse total ter sido moído em usinas de esta- dos vizinhos. Com a cana esmagada em Puma- ty, já foram produzidos 24,6 milhões de Nos últimos quatro meses, a Secretaria da Fazenda de Pernqambuco já arrecadou R$ 4,2 milhões com o ICMS da produção de 24,6 milhões de litro de etanol na Usina Pumaty, reativada pelos cooperados da AFCP Foto:Divulgação
  • 11. 11REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 Para Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP, a região da Mata Norte vem sofrendo com a falta de usinas para moagem, prejudicando o progresso econômico do local, que tem tradição canavieira litros do combustível, arrecadando R$ 33,9 milhões. A expectativa da coopera- tiva, a depender do clima, é atingir uma moagem de 500 mil tons até o início de abril, quando a safra acaba. Os efeitos positivos não param por aí com a rea- bertura da usina. Mais de 3 mil postos de trabalho agroindustriais foram abertos até agora. O fato tem gerado um efeito di- reto na economia da Região, que enfren- tava dificuldade após Pumaty fechar em 2012, haja vista que são municípios com vocação e tradição canavieiras. Tais resultados positivos também têm chegado aos cofres do Estado, mes- mo sem o governo ter investido recurso na reativação do parque fabril, apesar de ter prometido o apoio no fim da gestão de Eduardo Campos. Com a produção de 24,6 milhões de litros de etanol por Pu- maty, a Secretaria da Fazenda arrecadou R$ 4,2 milhões em ICMS. Além disso, a Pasta tem recebido o imposto indireto gerado pela reativação da usina, através da retomada de toda a cadeia produtiva da cana e da movimentação comercial na maior parte da Zona da Mata Sul. “Até o momento, cerca de R$ 21 milhões já foram pagos aos produtores pela cana fornecida à Pumaty e mais R$ 1,5 milhão com o pagamento salarial dos 277 trabalhadores da unidade, além de R$ 1 milhão com o arrendamento da usi- na”, informa Frederico Pessoa de Quei- roz, vice-presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), que é uma das duas entidades responsáveis pela cooperativa que arren- dou e reabriu a usina. O outro órgão é o Sindicato dos Cultivadores de Cana de PE, presidido por Gerson Carneiro Leão. As entidades antecipam que man- terão a experiência na próxima safra, que começará em setembro deste ano. O contrato de arrendamento de Puma- ty pela cooperativa foi de dois anos com chance de renovação por mais outros dois anos. Há uma possibilidade de ser produzido também açúcar ao longo do período. “Contudo, tudo dependerá da necessidade do mercado consumidor e de mais crédito para fazer a qualificação do maquinário necessário para tal fabri- cação”, diz Queiroz. O dirigente conta ainda que há a in- tenção de expandir a iniciativa para ou- tra usina fechada no Estado. O desejo é, já na próxima safra, reativar Cruangi, fe- chada deste 2012 em Timbaúba, na Mata Norte. “Essa região vem sofrendo com a falta de usinas para moagem, prejudi- cando o progresso econômico do local, que tem tradição canavieira. É preciso fa- zer com a Zona Norte o mesmo que mos- tramos ser possível fazer na Sul”, defen- de Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP. Foto:Unida
  • 12. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201512 Opinião Perspectivas para o mercado de açúcar *Plinio Nastari O açúcar tem sido uma das com- modities mais fascinantes a se- rem seguidas. Suas intercone- xões com o mercado de energia, através do etanol e da bioeletricidade e, mais re- centemente, do biogás e do biometa- no, tem trazido crescentes desafios ana- líticos e oportunidades aos diferentes agentes do mercado. Por nossa observação, as variá- veis que influenciam de forma mais in- tensa as tendências de açúcar tem sido: mudanças nas taxas de câmbio das ori- gens mais relevantes, a produtividade agrícola, o custo da logística interna e para exportação aos destinos, a inten- sidade da diversificação, os custos dos fatores de produção, a existência de acordos comerciais e de parceria eco- nômica, e finalmente o ambiente regula- tório e de investimento - se não o real, a percepção que se tem dele. Sabemos que, enquanto a beterra- ba açucareira é a matéria-prima predo- minante em muitas partes do mundo, e que os ganhos de produtividade recen- tes mais expressivos foram observados em beterraba não em cana, 80% de açú- car mundo de hoje vêm da cana, e que o Brasil e a Índia permanecem como os maiores produtores, com a Tailândia crescendo sua área cultivada em ritmo acelerado nos últimos anos. Mais de 1/3 da cana do mundo é produzida no Brasil, uma origem que hoje responde por 42,7% das exporta- ções mundiais, com apenas 29,8% de sua cana dedicada à exportação de açú- car, o que significa que qualquer coisa que afete a proporção de cana consu- mida internamente tem um impacto am- pliado sobre as exportações. Dado que metade ou mais de me- tade dependendo do ano, da cana é con- vertida em etanol, principalmente con- sumida internamente, a produção de açúcar e as exportações têm uma liga- ção direta com os fatores de influencia do mercado de etanol. É por isso que o Brasil se tornou um fundamento tão im- portante. Historicamente, no entanto, este aumento é um evento recente. Foi só em 1989 que as exporta- ções de açúcar foram privatizadas no Brasil, e os volumes de exportação au- mentaram de 1,5 milhão de toneladas nesse ano, para o recorde de 28,0 mi- lhões de toneladas tel quel em 2010, vo- lume que desde então caiu para 24,1 mi- lhões de toneladas em 2014. O Brasil alcançou sua posição de destaque na produção e as exportações a partir do alto grau de sua diversifica- ção para o etanol, que começou no final de 1970 como uma estratégia de gover- no desenvolvida para reduzir a depen- dência do país por importações de ga- solina. Diversificação que permitiu que os açúcares contidos no melaço, geral- mente vendidos a desconto sobre o açú- car, passassem a ser fixados a um preço mais próximo do equivalente em açúcar, apesar de ainda em níveis mais baixos durante a maior parte do tempo. Ironica- mente, as importações de gasolina ain- da são um dos problemas que afetam a economia brasileira hoje, apesar de re- gistros significativos a favor do etanol desde então. O etanol permitiu que 2,41 bilhões de barris de gasolina fossem substituí- dos desde 1975, para um país com re- servas de petróleo de 16,61 bilhões de barris, e um valor de gasolina substituí- do que varia de 185,4 a 381,3 bilhões de dólares, dependendo se o custo da dívi- da evitada é levado em consideração. Os instrumentos de intervenção que desencadearam esta diversifica- ção foram eliminados em parte duran- te os anos 1980, e o resto deles duran- te a fase de desregulamentação de 10 anos entre 1989 e 1999. Em 2002, a percepção era de que a indústria tinha uma intervenção mínima do governo e era competitivo, com um custo de pro- dução em equivalente de açúcar a granel de 5,5 centavos de dólar por libra-pe- so FOB, e um custo para o etanol ani- Foto:AleCarolo/alecarolo.com
  • 13. 13REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
  • 14. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201514 Opinião dro de 68,1 centavos de dólar por ga- lão ex-mill, o que significava que tinha uma competitividade robusta com gaso- lina. As perspectivas de expansão para o etanol no mercado de combustíveis pa- reciam limitadas apenas pela capacida- de para abastecer os mercados interno e de exportação. A nova tecnologia dos carros flex- -fuel, capazes de utilizar qualquer pro- porção de etanol hidratado ou gasolina com etanol, e a preferência dos consu- midores altamente positiva em relação a esses veículos que, desde então, fo- ram responsáveis por mais de 80% de todas as vendas de automóveis, trou- xe a perspectiva de uma rápida expan- são de mercado. Na verdade a aceita- ção do consumidor tem sido tão grande que, em dezembro de 2014, 67% da frota de veículos leves foi composta por carros flex. No Brasil toda a gasolina vendi- da no país é misturada com etanol ani- dro em um nível de mistura padrão de 25% em volume, o que poderá aumen- tar para 27% no futuro próximo. Uma grande onda de investimentos foi for- mada, e uma indústria que já era gran- de mais do que dobrou de tamanho em apenas nove anos. A moagem de cana passou de 293,05 milhões de toneladas em 2001/02, para 620,0 milhões de to- neladas em 2010/11. Esta expansão só foi superada, tanto em termos relativos quanto abso- lutos, pela expansão do uso do milho para produção de etanol nos EUA, cujo volume aumentou 1,6 para 14 bilhões de galões, entre 2000 e 2014. Foi também em 2002 que o Bra- sil liderou um esforço juntamente com a Tailândia e a Austrália para desafiar os subsídios da União Europeia sobre suas exportações de açúcar na Organi- zação Mundial do Comércio (OMC), a maior e de maior alcance em suas im- plicações disputa comercial já realiza- da na Organização. Em 2002, a CE foi o segundo maior exportador de açúcar, com exportações de 7,5 milhões de to- neladas por ano. O Órgão de Solução de Controvér- sias da OMC determinou que a Comuni- dade Europeia revisse sua Política Co- mum para o Açúcar, o que levou a uma profunda reorganização do setor na Comunidade. Desde então, a partir da ação da Comissão Europeia, a indústria tem sido gradualmente desregulamen- tada, e o próximo passo neste processo vai acontecer em 2017, quando as quo- tas de produção de açúcar serão com- pletamente abolidas. Devido à relevância do Brasil como exportador de açúcar no mun- do, as alterações na taxa de câmbio en- tre o dólar e o Real têm desempenha- do um papel relevante na determinação dos preços nominais do açúcar negocia- dos no mercado mais líquido e transpa- rente, o mercado de futuros de Nova Ior- que. Desde 2000, esta taxa de câmbio passou 1,72 para 3,96, depois de volta para 1,53, e, mais recentemente, voltou a 2,85 reais por dólar. Desde 2009, a fortuna do Bra- sil no que tange a açúcar tem sido pre- judicada por uma série de fatores, que tem influenciado o seu desempenho tan- to como produtor quanto como exporta- dor: a intervenção do governo no preço doméstico da gasolina, vendida a preços subsidiados aos consumidores durante a maior parte dos últimos seis anos (só recentemente este lag inverteu, e é moti- vo de incerteza a decisão sobre qual será o preço de referência da gasolina); con- dições climáticas adversas desde 2009 alternando chuva e seca excessiva, com a ocorrência de geadas e florescimen- to da cana; e o aumento dos custos de produção causados por serviços eleva- dos de dívida gerados desde a crise fi- nanceira de 2008/09, juntamente com as consequências operacionais profun- das da rápida mecanização da colhei- ta e plantio. A mecanização intensa foi implementada para o cumprimento de crescentes restrições ambientais e tam- bém pela pressão de custos trabalhistas mais elevados. O motor que forneceu a maior par- te do açúcar que cobriu a crescente de- manda do mundo, de repente parou a ex- pansão de sua capacidade de moagem. Será necessária uma mudança profunda de confiança para reverter a aversão atu- al por novos investimentos em expansão da capacidade de moagem, que não só deixou de se expandir, mas desde 2008 com a crise da indústria brasileira fe- chou 83 fábricas, na maior parte absor- vidos ou consolidados pelas usinas mais próximas. A moagem de cana deve per- manecer no curto prazo na faixa de 570 a 590 milhões de toneladas no Centro- -Sul, e entre 57 e 60 milhões de tonela- das no Norte-Nordeste. Apesar de esmagamento de cana ter estabilizado, e o fato de que pode até cair no médio prazo se a reestruturação da dívida não for possível ou bem-suce- dida, mudanças na produção de açúcar ou nos níveis de produção de etanol ain- da podem acontecer devido à grande fle- xibilidade da capacidade industrial. Estas mudanças podem acontecer em reação ao que temos denominado Preços de Equivalência, um estatística desenvolvi- da pela DATAGRO no início de 1999 para medir diáriamente os preços de açúcar, para uso doméstico e para exportação, bem como de etanol anidro e hidratado, em uma base comum de centavos de dólar por libra peso FOB Santos de açú- car bruto a granel equivalente. A flexibilidade industrial trazida da diversificação está permitindo que os produtores brasileiros reajam mais rapi- damente às mudanças de preços do que os produtores de outras regiões. Ela ex- plica o aumento na produção de açúcar de 33,0 milhões de toneladas tel quel em
  • 15. 15REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 2009 para 38,00 milhões de toneladas tel quel em 2010, em resposta ao au- mento dos preços naquele ano. E tam- bém a redução na produção de açúcar observada no período de 2012-2014, de 38,3 para 35,50 milhões de toneladas tel quel, em resposta aos preços menos atrativos. Alternativamente, tem causado grandes mudanças na produção de eta- nol, que atingiram recordes sucessivos em 2013 e 2014, e que devem se repe- tir novamente em 2015, apesar de todos os problemas e incertezas relacionadas à remuneração de etanol e gasolina. Desde 2012, a proporção de cana direcionada para açúcar caiu de 50,3% para 43,6% em 2014, e a de etanol subiu de 49,7% para 56,4%. Para 2015 (safra 15/16), a DATAGRO projeta mais uma nova safra orientada para o etanol, com cerca uma variação marginal de 0,8% da cana sendo direcionada para o etanol. Sem novos investimentos em mo- agem, os produtores brasileiros tem mantido foco em reduções de custos, uma vez que são atualmente quase três vezes superiores aos observados em 2002, e sobre a aplicação, sempre que possível de uma maior diversificação em direção à bioeletricidade, e a novos usos para bagaço e palha para o etanol de se- gunda geração e o biogás e biometano. Há uma clara tendência de au- mento da produção de etanol a partir do milho em unidades anexas às insta- lações de processamento de cana, de- vido ao relativamente baixo preço do milho no interior, por conta do elevado custo de nossa deficiente logística. No norte do Mato Grosso e em Goiás, o mi- lho tem um preço na faixa de 2,3 a 3,5 dólares por bushel, um preço convidati- vo para qualquer produtor de etanol bem estabelecido. O desafio para a indústria de açú- car e etanol do Brasil repousa na neces- sidade de uma regulação mais transpa- rente de o mercado de combustíveis, e continuados esforços para reduzir cus- tos e aumentar a produtividade. Movendo o foco para a Índia, ob- servamos uma maior estabilidade desde 2008, apesar de o preço da cana regula- do pelo governo permanecer desvincula- do dos preços de mercado do açúcar. O governo da Índia está inclinado a renovar o subsídio à exportação de açúcar no ní- vel de 4.000 rúpias por tonelada (equiva- lente a 65,5 dólares), com o objetivo de exportar até 1,4 milhão de toneladas em 2015, restringindo-o a usinas que pro- duzam etanol, proporcionando assim um incentivo para a sua diversificação . A Índia tem uma capacidade de produção de açúcar instalada de 31 mi- lhões de toneladas, e deve-se esperar que a produção atual de cerca de 26 mi- lhões de toneladas valor branco (contra 24,27 milhões de toneladas na safra an- terior) aumente gradualmente para o ní- vel de 29 a 30 milhões de toneladas no médio prazo. Esse desempenho é es- perado por conta do PIB da Índia con- tinuar expandindo rapidamente (7,5% em 2014), e por conta do aumento de consumo de alimentos industrializados como resultado de uma renda mais ele- vada e melhor distribuída. Enquanto a Índia continua a ser o maior consumidor de açúcar do mun- do, provavelmente irá manter sua posi- ção como um fator de swing, alternando anos de superávit e déficit, dependen- do do clima e da concorrência local com outras culturas alimentares. Na Tailândia, observamos também um caminho de expansão constante. En- quanto a atual safra está sendo afetada pela seca, as exportações podem chegar a um recorde de 8 milhões de toneladas em 2014/5, com estoques finais ainda mantendo um nível elevado de cerca de 8,05 milhões de toneladas. A área cultivada com cana pode crescer até 74% nos próximos três anos, de 1,48 para 2,57 milhões de hectares, a partir de um programa liderado pelo go- verno de conversão da área plantada de arroz para cana. Considerando a produ- tividade atual, a Tailândia poderá produ- zir entre 18 e 19 milhões de toneladas de açúcar em 2018. Com umo consumo in- terno de apenas 2,5 milhões de tonela- das, a Tailândia surge como um forte ex- portador, com uma posição geográfica privilegiada próxima de crescentes mer- cados na Ásia. A Rússia, que já importou mais de 5 milhões de toneladas de açúcar por ano, em 2014/15 vai importar menos de 900 mil toneladas. A produção de beter- raba da Rússia continua a expandir se beneficiando de tarifas de importação que variam de 171 a 240 dólares por to- nelada, durante o ano. A união aduaneira criada na região tem reforçado os laços comerciais entre a Rússia e os países vi- zinhos, que também se beneficiaram de ganhos significativos de produtividade em beterraba. As tarifas, o comércio e os acor- dos de parceria económica (APE) tam- bém continuam desempenhando um papel importante na determinação co- mércios de fluxo e no desenvolvimento regional da indústria. Iniciativas para au- mentar as tarifas de importação na Indo- nésia, o recente acordo comercial entre a Tailândia e Coréia, os APE entre a CE e países latino-americanos selecionados principalmente Colômbia e Peru, o forta- lecimento da união aduaneira dos países da Europa Oriental liderados pela Rússia, e o recente acordo entre os EUA e o Mé- xico, com concessões mútuas em sua integração de açúcar, são exemplos de como acordos tem desempenhado papel relevante na consolidação de mercados. Neste contexto geral, o mercado mundial continua sofrendo o impacto de elevados estoques. A safra comercial de 2014/15 (Outubro-Setembro) está indi- cando um déficit inferior ao inicialmente estimado, em função de produções aci-
  • 16. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201516 ma do esperado principalmente na CE, Rússia e Índia. O balanço mundial de açúcar na mais recente atualização da DATAGRO indica um déficit de 818 mil toneladas valor bruto em 2014/15 (outu- bro / setembro). Este déficit vai manter a relação estoque-consumo ao nível de 45% no fi- nal de setembro de 2015, um nível que é suficiente para manter mercados bem abastecidos. Um déficit acumulado de 7 milhões de toneladas seria necessá- rio para trazer reduzir esta relação em 4 pontos percentuais. Enquanto o Brasil, México e Rús- sia têm reagido a preços mais baixos de açúcar desde 2012 outras geografias, por razões variadas que vão de merca- dos isolados a reação atrasada, não res- ponderam a estes sinais de preços. Nos últimos dois anos, desde 2012/13, a produção mundial de açú- car caiu 2,80 milhões de toneladas, de 176,12 para 173,32 milhões de tonela- das equivalentes de açúcar em bruto. O Brasil reduziu sua produção de açúcar em 4,57 milhões de toneladas, o Méxi- co em 0,70 milhão de toneladas, os EUA em 0,31 milhão de toneladas, e a Rússia em 0,35 milhão de toneladas. Durante o mesmo período, a CE aumentou a pro- dução em 2,10 milhões de toneladas, a Tailândia em 0,61 milhão de toneladas, e a Índia em 0,90 milhão de toneladas. No mesmo período, o consumo mundial de açúcar subiu 7,27 milhões de toneladas, de 166,87 para 174,14 milhões de toneladas. O consumo da Índia subiu 0,94 milhão de toneladas, nos EUA em 0,37 milhão de tonela- das, no México em 0,28 milhão de to- neladas, e no Brasil em 0,21 milhão de toneladas. O açúcar continua sendo um tema complexo. A sua importância como ali- mento e matéria-prima industrial para um número de aplicações que vão desde os aminoácidos, as vitaminas, os ingre- dientes alimentares, os intensificadores de sabor, o ácido cítrico, os plásticos, e produtos farmacêuticos significa que continuará sendo tema de intensa inves- tigação e análise. Sua interligação com energia já é grande e crescente. Os principais elementos a serem seguidos são, no nosso ponto de vista: • O regulado preço da gasolina no Brasil, que irá definir a competitividade relativa entre o etanol e a gasolina, in- fluenciando o mix de produção de açú- car e álcool, e se vai haver um resgate da parcela altamente endividada da indús- tria brasileira; • Consequências da eliminação das quotas de produção de açúcar na Europa; • movimentos da taxa de câmbio entre o dólar norte-americano e: o Real, o Euro, o baht tailandês, a rupia indiana, e o rublo russo; • A intensidade da diversificação na direção do etanol na Índia, Tailândia, Colômbia e Filipinas; • A velocidade da conversão de arroz tailandês para cana; • O impacto dos preços mais bai- xos do petróleo na Nigéria e outros paí- ses relevantes para o mercado de açú- car na África; e • A decisão final e eventual acordo sobre o açúcar entre os EUA e o México. *Plinio Nastari é mestre e doutor em economia agrícola e presidente da DATAGRO. Opinião
  • 17. 17REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
  • 18. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201518 Tecnologia Agrícola
  • 19. 19REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
  • 20. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201520 Capa Mecanização da colheita atinge 84,8% em São Paulo Colheita mecanizada alcança 84,8% dos 5.497.118 de hectares destinados à produção canavieira na safra agrícola 2013/14 do estado de São Paulo, crescimento de 3,5 % em relação à safra anterior Fotos:Embrapa
  • 21. 21REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 Da Redação D os 5.497.118 de hectares desti- nados à produção de cana na sa- fra agrícola 2013/14 do estado de São Paulo, 84,8% da área foram co- lhidas por máquinas, o que corresponde a 4.659.684 de hectares, crescimento de 3,5 % em relação à safra 2012/13. O le- vantamento é do Instituto de Economia Agrícola (IEA), em parceria com a Coor- denadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), que considera a safra agrícola o período compreendido de setembro de 2013 a novembro de 2014. Os dados integram a pesquisa “Previsão e Estimativas de Safra do Es- tado de São Paulo”, feita em novembro de cada ano em todos os municípios paulistas. As informações são captadas por técnicos das Casas de Agricultura da CATI. No estudo, os responsáveis devem informar o percentual de área colhida por máquinas, sendo possível calcular tanto o índice de mecanização por Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDR), como o índice para o estado ou qualquer ou- tra abrangência geográfica de interesse. De acordo com a última pesqui- sa, realizada em novembro de 2014, na comparação entre as safras 2012/13 e 2013/14, a área mecanizada mostrou uma variação positiva de 5,2%, enquanto a área em produção de cana-de-açúcar praticamente não se alterou, registran- do um recuo de apenas 0,09%. O estudo mostra, portanto, que houve avanço da mecanização da colheita canavieira so- bre áreas que antes eram colhidas ainda manualmente por trabalhadores rurais. A partir desse índice de mecani- zação canavieira é possível acompanhar a evolução da colheita mecânica e ava- liar o cumprimento de dois marcos re- gulatórios criados para garantir a prote- ção ambiental e erradicação da queima da palha da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo. Uma delas é a Lei Estadual Estudo permite o acompanhamento da evolução da colheita mecânica para avaliar o cumprimento de marcos regulatórios criados para garantir a proteção ambiental e erradicação da queima da palha no Estado de São Paulo nº 11.241, editada em 2002, que deter- mina o fim das queimadas de cana-de- -açúcar em áreas mecanizáveis em 2021. Já em áreas não mecanizáveis, a lei pre- vê a erradicação da queima da palhada para 2031. Outro importante marco regulatório é o Protocolo Agroambiental de 2007, um acordo de intenções entre o setor públi- co e privado, que definiu o fim da queima da palha em áreas mecanizáveis no ano passado. Já para as áreas não mecanizá- veis, inferiores a 150 ha e que possuem declividade superior ao limite (12%) das máquinas colhedoras, o limite de quei- ma está definido para 2017. Consideran- do metas intermediárias, o estudo aponta que a colheita mecânica está adiantada, com estimativa de 80% para 2016 em áreas mecanizáveis e 20% em áreas não mecanizáveis. O levantamento não identifica as áreas em produção pertencentes às usi- nas ou aos fornecedores. Também não diz se são áreas mecanizáveis ou não. No entanto, é possível constatar que o índi- ce de colheita mecanizada para o total do estado está em uma posição intermediá- ria para as metas estabelecidas. O índice de mecanização entre as regiões produtoras de cana-de-açúcar dos Escritórios de Desenvolvimento Rural mostra que há uma heterogeneidade en- tre as várias regiões produtoras do esta- do, analisadas no documento em termos de abrangência geográfica dos EDRs. O estudo traz uma tabela que indica 15 EDRs com índices de mecanização aci- ma da média estadual (84,8%) e que jun- tos representam 50,5% do total de área em produção da cana-de-açúcar. O documento destaca que oito des- sas regiões encontram-se com mecani- zação superior a 90%, caso de Araçatuba, Andradina e Assis, regionais que contêm menos de 5% da área de corte estadual. Por outro lado, regionais como Orlândia e Ribeirão Preto, que participam com apro-
  • 22. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201522 Capa ximadamente 6,5% da área de corte esta- dual, apresentam pouco mais de 70% de mecanização. Esses resultados, segundo a pesquisa, talvez tenham como justifica- tiva as características de relevo. Na região de Piracicaba, por exem- plo, o índice de colheita mecânica é de 72,7%, portanto abaixo da média. Lá exis- tem dificuldades para aumentar a meca- nização, por conta da declividade do solo que impede o uso de colhedoras, além do grande número de fornecedores de ca- na-de-açúcar com áreas inferiores a 150 hectares, dois fatores que limitam a me- canização, de acordo com o Protocolo Agroambiental Paulista. Nessas regiões, portanto, a margem de tempo para a me- canização deve seguir as determinações da Lei nº 11.241/2002. Meio ambiente - Com a colhei- ta mecanizada, sem o uso do fogo, hou- ve na safra agrícola 2013/14 uma re- dução de 26,7 milhões de toneladas de poluentes emitidos na atmosfera, assim como 4,4 milhões de toneladas de ga- ses de efeito estufa (GEEs), o equivalente à emissão anual de 77,5 mil ônibus mo- vidos a diesel. As empresas signatárias do Protocolo Agroambiental do Setor Su- croenergético, por exemplo, são respon- sáveis hoje por 94% da produção paulis- ta e 48% da produção nacional de etanol. O apelo ambiental das leis que de- terminam o fim das queimadas é positi- vo, com benefícios para a saúde da po- pulação. No entanto elas têm modificado
  • 23. 23REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 Protocolo Agroambiental de 2007, acordo de intenções entre o setor público e privado do Estado de São Paulo, definiu o fim da queima da palha em áreas mecanizáveis no ano passado o cenário agrícola em algumas regiões do Estado. Isso porque produtores de pe- queno porte estão arrendando suas ter- ras ou migrando para outras culturas em decorrência da proibição da queima da cana, pois a baixa remuneração do se- tor e a desvantagem econômica em fazer a colheita mecanizada em pequenas áre- as acaba excluindo esses produtores na produção canavieira. Mão de obra - O índice de meca- nização permite também mensurar o im- pacto da colheita mecânica sobre o em- prego de cortadores de cana-de-açúcar. Na safra 2013/14, a demanda por traba- lhadores na colheita foi estimada em 51,7 mil cortadores, cerca de 18 mil a menos em relação ao ciclo anterior. De acordo com o EDR de Orlândia, segundo maior em área de produção, a mecanização é de 77,3%, mas ainda há cerca de 6 mil cortadores na região. Barretos, Catandu- va e Presidente Prudente demandam jun- tos cerca de 10 mil cortadores manuais. Essas regiões, assim como ou- tras em que o processo de mecanização se intensifica e é irreversível, ainda me- recem atenção pelas questões sociais que os marcos regulatórios impuseram a essa classe trabalhista. O documento destaca a preocupação de se estabele- cer políticas voltadas para os cortado- res, seja no processo de requalificação ou no controle do desemprego, ques- tões não contempladas na formulação dos marcos regulatórios. Último estudo do IEA e CATI mostra que, na safra 2013/14, a demanda por trabalhadores na colheita foi estimada em 51,7 mil cortadores, cerca de 18 mil a menos em relação ao ciclo anterior Foto:MarcoAurélioEsparza/Panoramio Foto:BrasilIndyMedia
  • 24. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201524 Capa
  • 25. 25REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
  • 26. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201526 Tecnologia Agrícola IAC recomenda maior dosagem de zinco no plantio de cana Estudos sugerem o dobro da dose, que poderá viabilizar ganhos de 16% na produtividade da primeira safra Da Redação A aplicação de zinco na adubação do plantio de cana-de-açúcar deve ser de dez quilos por hectare, no sulco de plantio, em solos de baixa fertilidade. A recomendação é do Instituto Agronômico (IAC) da Secretaria de Agricultura e Abas- tecimento de São Paulo, que sugere a apli- cação do dobro da dose até então indica- da. Pela nova tabela de adubação de plantio do IAC, a correção da dose em solos defi- cientes em zinco poderá viabilizar ganhos de 16% na produtividade da cana na primei- ra safra. De acordo com o agrônomo Estê- vão Vicari Mellis, além de aumentar a pro- dutividade, a aplicação da nova dosagem é capaz de proporcionar o efeito residual nas soqueiras e aumentar a produtividade da cana nas safras subsequentes. As pesquisas realizadas pelo IAC mostram que o ganho médio na produtivi- dade da cana é de 10% na primeira e segun- da soqueiras. “Com uma única aplicação no plantio, o aumento da produção pode che- gar a 36 toneladas por hectare, em três sa- fras de cana”, afirma Mellis. O resultado de- Segundo nova recomendação do IAC, a aplicação de zinco na adubação do plantio de cana deve ser o dobro do usual no sulco de plantio Foto:Biosev verá elevar a produtividade média atual, que está em torno de 80 toneladas por hectare. As informações integram a edição atualiza- da do Boletim 100, manual oficial de reco- mendação de adubação e calagem para o Estado de São Paulo. Dados referentes à sa- fra de 2012/13 indicam que a canavicultu- ra paulista ocupa 5,53 milhões de hectares, que representam 21% da área total do Esta- do. Segundo Mellis, cerca de 60% dos cana- viais podem estar deficientes em zinco. O pesquisador ressalta, no entanto, que a completa análise de solos é impres- cindível para avaliar a necessidade de adu- bação com zinco. “A aplicação de zinco só será recomendada quando os teores dispo- níveis desse micronutriente estiverem bai- xos”, observa. O estudo que originou essa nova recomendação foi financiado pela Fun- dação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e integra um programa de pesquisas com micronutrientes em ca- na-de-açúcar, que vem sendo conduzido há uma década em todas as regiões produto- ras de cana do Estado. O programa também conta com a parceria da iniciativa privada. A forma de aplicação é atualmente o principal entrave na adoção de doses maio- res de micronutrientes em cana. Para solu- cionar esse problema, Melli diz que as em- presas de fertilizantes têm disponibilizado formulações NPK contendo micronutrien- tes. “Porém essa prática pode não ser efi- caz devido à segregação dos grânulos, que resulta em uma aplicação desuniforme”, ex- plica o pesquisador do IAC, que é coordena- do pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Uma outra alternativa proposta pelo mercado está nas soluções multielementares para aplicações na cobri- ção do tolete e foliares. “Embora seja uma opção viável, essas formulações têm custo elevado para o produtor e, além disso, não são capazes de fornecer os dez quilos, por hectare, de zinco necessários para a obten- ção da produção máxima”, afirma. Segundo o pesquisador, essas soluções também não suprem a necessidade da cana durante todo o período cultivado, que pode chegar a cin- co anos. Este quadro pode levar à necessi- dade de novas aplicações, encarecendo ain- da mais o procedimento. Diante disso, o IAC tem desenvol- vido estudos em parceria com empre- sas privadas para viabilizar a aplicação da dose recomendada. Nos últimos anos, o Instituto conduziu experimentos em áreas comerciais, onde o sulfato de zin- co foi aplicado na forma líquida, na co- brição do tolete e com fertilizante granu- lado. “Este fertilizante contem oxi-sulfato de zinco desenvolvido para aplicação no sulco de plantio, por meio de uma tercei- ra caixa adubadeira exclusiva acoplada ao sulcador”, explica Mellis, que coordena o programa com micronutrientes em ca- na-de-açúcar do IAC, juntamente com o pesquisador José Antonio Quaggio. Impactos - Os pesquisadoresa acre- ditam que essa nova recomendação de aplicação de zinco em cana-de-açúcar terá efeito direto na produção e, consequente- mente, na geração de etanol e açúcar, pro- porcionando saltos de eficiência ao setor. Eles alertam que a adoção dessa nova tec- nologia deverá provocar um aumento no consumo de zinco em campos paulistas, situação que poderá exigir adaptações das empresas de fertilizantes e de máquinas para atender o mercado. (com assessoria)
  • 27. 27REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 Feira Internacional dos Cerrados Visite a AgroBrasília e veja: Novidades tecnológicas Instituições financeiras Pavilhão internacional Rodada internacional de negócios Dia de Campo sobre Tecnologias ABC Exposição, comercialização e leilão de animais Seminários e eventos técnicos Espaço de Valorização da Agricultura Familiar - EVAF Instituições nacionais e internacionais Empresas de insumos agrícolas e pecuários, máquinas e implementos agrícolas BR 251 km 05 PAD-DF - Brasília - DFwww.agrobrasilia.com.brInformações: (61) 3339 6542 | 3339 6516 12 a 16 de maio Entrada franca Realização CO FO D-PA Coordenação CO FO D-PA Apoio Ministério do Desenvolvimento Agrário Ministério de Agricultura, Pecuário e Abastecimento Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural - SEAGRI-DF O Mundo do Agronegócio NO CORAÇÃO DO BRASIL Patrocínio BANCO DE BRASÍLIA
  • 28. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201528 Mercado Demanda por anidro deve aumentar em 1,3 bilhão de litros Da Redação D esde o dia 16 de março, as gaso- linas comum e aditivada vendidas nos postos de todo o Brasil pas- saram a conter uma mistura de 27% de etanol anidro, acréscimo de 2% em rela- ção ao que era utilizado (25%) até essa data. Este aumento da mistura deve ele- var a demanda por anidro em 1,36 bilhão de litros até março de 2016, de acordo com cálculos da Datagro, consultoria es- pecializada no setor sucroenergético. O cálculo considera tanto o consumo adi- cional de 923 milhões de litros, por conta da mistura, como também a projeção de crescimento da frota flex cujas estimatia- vas apontam para um acréscimo de de- manda da ordem de 443 milhões de litros do biocombustível. A decisão do Governo Federal de aumentar o percentual de etanol anidro na gasolina foi avaliada como positiva pela União da Indústria de Cana-de-Açú- car (Unica). De acordo com a presiden- te da entidade, Elizabeth Farina, as usi- nas e destilarias estão preparadas para atender o aumento de demanda e desta- ca que esta ação do governo integra a lis- ta de reivindicações que podem ajudar o setor a se recuperar de um longo perío- do de crise. “Após mais de um ano de discussões e intenso trabalho para che- gar a essa decisão, o aumento da mis- tura de etanol traz benefícios ao setor e mostra que o governo enxerga que eta- nol é importante dentro da matriz energé- tica”, disse. O governador do Estado de São As gasolinas comum e aditivada vendidas nos postos de todo o Brasil contêm, desde o dia 16 de março, uma mistura de 27% de etanol anidro, acréscimo de 2% em relação à mistura anteior A presidente da Unica, Elizabeth Farina, afirma que as usinas e destilarias estão preparadas para atender o aumento de demanda por etanol anidro Foto:DivulgaçãoFoto:ArquivoUnica
  • 29. 29REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 Paulo, Geraldo Alckmin, chegou a sugerir 30% como percentual ideal para a mistu- ra do etanol anidro à gasolina. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimen- to, Kátia Abreu, rebateu dizendo que a mistura foi fixada em 27% e não vai ul- trapassar este limite, alegando que “o percentual de 30% não foi testado, não está em discussão e seria ilegal”. O per- centual permitido pela lei 13.033/2014 vai de 18% a 27,5%. Acima disso, se- gundo ela, o Ministério da Agricultura te- ria de aprovar nova legislação no Con- gresso Nacional e realizar um conjunto de estudos para garantir segurança aos consumidores. Testes realizados pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (Cenpes) da Petrobras sobre o impacto da mudança nos motores movidos à gasolina aponta- ram que a nova mistura não comprome- te o desempenho, o consumo e nem o desgaste das peças dos veículos. A deci- são do Conselho Interministerial de Açú- car e Álcool (Cima) de aumentar a mistu- ra para 27% teve como base os estudos realizados nos últimos meses pela Asso- ciação Nacional dos Fabricantes de Veí- culos Automotores (Anfavea). Testes de durabilidade também estão sendo reali- zados pela Anfavea em motores exclusi- vamente movidos à gasolina. Por ainda não haver um estudo conclusivo sobre a ação da mistura de 27% de etanol anidro à gasolina em ve- ículos movidos apenas com o combus- tível fóssil, o Cima decidiu por precau- ção não alterar a mistura da gasolina premium, a pedido da Anfavea. A gaso- lina premium, mais cara, é utilizada, por exemplo, para abastecer veículos impor- tados não flex. Uma nova reunião entre representantes da indústria produtora de etanol e da indústria automobilística com o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, está marcada para o dia 8 de abril, quan- do serão apresentados os últimos testes de durabilidade realizados pela Anfavea. O setor sucroenergético ainda luta para que o porcentual de mistura do eta- nol anidro à gasolina seja elevado nova- mente e atinja o teto da banda aprovada pelo governo em setembro passado, de 27,5%. Esse 0,5 ponto porcentual repre- sentaria um incremento de 231 milhões de litros na demanda por anidro nos pró- ximos 12 meses, aumentando a deman- da total pelo biocombustível em quase 1,6 bilhão de litros no período, de acor- do com cálculos da consultoria Datagro. Ministra Kátia Abreu afirma que a mistura foi fixada em 27% e não vai ultrapassar os limites legais definidos em 2014 Foto:TwitterKatiaAbreu
  • 30. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201530
  • 31. 31REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 O DNA do Agronegócio 22ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação De 27 de Abril a 01º de Maio Das 8h às 18h - Ribeirão Preto - São Paulo www.agrishow.com.br /agrishow A Agrishow é uma das maiores e mais completas feiras de tecnologia agrícola do mundo. Um ambiente de atualização profissional, lançamentos,divulgação das próximas tendências do setor e onde grandes tecnologias são de fato demonstradas durante o evento. • 160 mil visitntes qualificados,de 71 países; • 440 mil m² de área de exposição; • 800 marcas em exposiçãos.
  • 32. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201532 25/08 SUGAR & ETHANOL SUMMIT VII Simpósio Tec. de Prod. de C 10/07 15 a 17/07 FERSUCRO / Maceió - AL 08 a 10/07 IX ISO DATAGRO / New York - EUA Maio 13/05 HERBISHOW / Ribeirão Preto - SP 20 e 21/05 MECANIZAÇÃO / Ribeirão Preto - SP Março Fevereiro 25 e 26/03 EXPODIRETO COTRIJAL / Não me Toque - RS SHOW RURAL - COOPAVEL / Cascavel - PR 09 a 13/03 02 a 06/02 Abril TECNOSHOW COMIGO / Rio Verde - GO 13 a 17/04 AGRISHOW / Ribeirão Preto - SP 27/04 a 01/05 FORIND NE - SUCRONOR / Olinda - PE 05 a 08/05 AGROBRASILIA 12 a 16/05 05 a 08/05 EXPOZEBU - 27 e 28/05 WORKSHOP AGROENERGIA / Ribeirão Preto - SP / Uberaba - MG 03 a 05/03 FENICAFÉ / Araguari - MG EXPOTRÊS / Três Lagoas - MS 14 a 23/06 FEICORTE / São Paulo - SP 17 a 21/06 BAHIA FARM SHOW / Luís Edu 02 a 06/06 EXPOCAFÉ / Três Pontas - MG 30/06 a 03/07 TECNOCARNE / São Paulo - S 11 a 13/08 EXPOINTER / Esteio - RS 29/08 a 06/09 DATAGRO / Sertãozinho - SP 25/08 a 28/08 FENASUCRO / Sertãozinho - S 27/08 NETWORK CANAMIX / Sertão INSECTSHOW / Ribeirão Preto 29 e 30/07 Calendário
  • 33. 33REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 16º SBA / Ribeirão Preto - SP Outubro Novembro 28 e 29/10 ABTCP / São Paulo - SP TUBOTECH / São Paulo - SP 7º CONG. NAC. DE BIOENERGIA / Araçatuba - SP 06 a 08/10 06 a 08/10 11 e 12/11 VARIEDADES DA CANA / Ribeirão Preto - SP XIV SEMINÁRIO DO GERHAI / Ribeirão Preto - SP Setembro 23 e 24/09 A Agosto 2014 / Londres Cana-de-açúcar / Piracicaba SP Julho 21 e 22/09 14ª CONF. INTERNAC. DATAGRO / São Paulo - SP Junho S uardo Magalhães - BA G SP SP ozinho - SP GATUA / Ribeirão Preto - SP 21 a 23/10 Novembro 7º CONG. NAC. DE BIOENERGIA / Araçatuba - SP 11 e 12/11 Dezembro REDUÇÃO DE CUSTOS / Ribeirão Preto - SP 02 e 03/12 À definir o - SP de Eventos 2015
  • 34. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201534 Marketing Canavieiro John Deere é considerada uma das empresas mais éticas do mundo A Deere & Company figura – pela nona vez consecutiva – no ranking as “Empresas Mais Éticas do Mundo”, em pesquisa realizada pelo Ethisphere Institute e divulgada no início de março. O ranking mostra as empresas globais que se destacam na promoção de melhores práticas em ética empresarial e em responsabilidade social corporativa. Na edição 2015 estão contempladas 132 empresas, de 21 países, que abrangem mais de 50 setores industriais. “O foco dos nossos negócios está alinhado aos valores da empresa, inte- gridade, qualidade, inovação e compro- metimento, que conferem à John Dee- re a confiança dos clientes por diversas gerações. Seguiremos trabalhando ardu- amente para honrar tal confiança”, disse Samuel Allen, presidente e diretor execu- tivo da Deere & Company. A Analista de Marketing da John Deere, Luiza Lisboa, que começou com estagiária, diz que acredita na empresa Allen: “O foco dos nossos negócios está alinhado aos valores da empresa, integridade, qualidade, inovação e comprometimento, que conferem à John Deere a confiança dos clientes por diversas gerações” porque “entregamos ao mundo produ- tos e serviços que efetivamente mudam a vida das pessoas para melhor, seja atra- vés de alimentos, infraestrutura ou ener- gia. E ainda mais importante que fazer a coisa certa, sei que a John Deere faz do jeito certo, sem corromper as comunida- des em que se encontra, pelo contrário, sempre buscando melhorar a qualidade de vida de seus funcionários e da cidade de onde vivem”. O Ethisphere é um instituto global que promove padrões avançados de prá- ticas comerciais éticas, cujo objetivo é desenvolver a confiança corporativa e o sucesso dos negócios. Para alcançar os eleitos anualmente a empresa analisa mi- lhares de candidatura e elabora um quo- ciente ético. Cinco categorias são avalia- das para indicar os destaques: cidadania e responsabilidade corporativa; progra- ma de ética e compliance; governança corporativa; cultura ética; liderança, ino- vação e reputação. A John Deere é líder mundial no fornecimento de serviços e produtos avançados e está comprometida com o sucesso dos clientes, que cultivam, co- lhem, transformam e enriquecem a ter- ra para enfrentar a crescente deman- da mundial por alimentos, combustíveis, habitação e infraestrutura. Desde sua fundação, em 1837, a John Deere tem oferecido produtos inovadores de alta qualidade, contribuindo para a constru- ção de uma tradição de integridade. Mais informações: www.JohnDeere.com www.JohnDeere.com.br
  • 35. 35REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
  • 36. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201536 Safra 2015/16 Projeções indicam safra maior em 2015/16 Estimativas do setor para a temporada que começa oficialmente no dia 1º de abril apontam que a moagem vai superar as 570 milhões de toneladas registradas no ciclo 2014/15. Mix será mais alcooleiro Da Redação O aumento da mistura de eta- nol anidro à gasolina, que des- de o dia 16 de março subiu de 25% para 27%, fará com que as usinas e destilarias brasileiras optem por um mix de produção mais alcooleiro. De acor- do com a consultoria Safras e Mercado, o volume do etanol a ser misturado ao combustível derivado do petróleo deve chegar a 14,2 bilhões de litros na safra 2015/16, volume 17,98% superior ao re- gistrado no ciclo passado, quando foram produzidos 12,29 bilhões de litros de etanol anidro no Brasil. As unidades in- dustriais da região Centro-Sul serão res- ponsáveis por 13 bilhões de litros nesta temporada que começa oficialmente dia 1º de abril, alta de 18,18% em relação à safra 2014/15. Moagem de cana-de-açúcar na safra 2015/16 deve crescer 4% na região Centro-Sul, segundo a consultoria Safras e Mercado Fotos:AleCarolo/alecarolo.com
  • 37. 37REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 A produção total de etanol no Bra- sil, considerando o anidro e o hidrata- do - usado nos veículos flex - deve cres- cer 11,12% e alcançar 30,7 bilhões de litros. Na região Centro-sul, o volu- me deve chegar a 28,5 bilhões, cresci- mento de 11,33% em relação ao ciclo 2014/15. Já as usinas e destilarias da região Norte-Nordeste devem moer ou- tros 2,2 bilhões de litros, crescimento de 8,48 em relação à temporada ante- rior, de acordo com a consultoria. A moagem da safra 2015/16 deve crescer 4% no Centro-Sul, segundo a Safras e Mercado. Nessa região, onde estão as maiores áreas de canaviais do País, as unidades industriais devem processar 598 milhões de toneladas de cana, ante as 575 milhões de toneladas do ciclo passado. Somada à produção estimada para o Norte-Nordeste, a mo- agem brasileira deve alcançar 661 mi- lhões de toneladas de cana-de-açúcar, volume 4,26% maior do que o registra- do na safra passada. Em sua primeira estimativa para a safra 2015/16, a consultoria Datagro acredita que o volume de cana moída na região Centro-Sul, a partir de 1º de abril de 2015, deverá alcançar 584 milhões de toneladas, crescimento de 2,3% em relação ao ciclo 2014/15. Com a pro- dução da região Norte-Nordeste estima- da em 58 milhões de toneladas (alta de 1%), as usinas e destilarias do País vão processar juntas um total de 642 mi- lhões de toneladas de cana, 14,5 mi- lhões de toneladas a mais (2,3%) do que na temporada passada. A produção de açúcar no Brasil deverá alcançar 35,48 milhões de tone- ladas na safra 2015/16, sendo 32 mi- lhões de toneladas sob responsabilidade das usinas do Centro-Sul e 3,48 milhões de toneladas referentes às unidades in- dustriais da região Norte-Nordeste. De acordo com o presidente da Datagro, Plínio Nastari, a safra 2015/16 deve ser mais alcooleira, pois o mercado interna- cional de açúcar dá sinais de que será mais ajustado, com um excedente ex- portável de 24,25 milhões de toneladas. A Datagro acredita, portanto, que o percentual de cana moída destinada à produção de etanol no Brasil deve subir de 56,9% para 57,7%. Na região Centro- -Sul o aumento estimado sobe de 50,5% registrados na safra 2014/15 para 51,6% no próximo ciclo. Já na região Norte-Nordeste, a diferença será maior, com previsão de 57,2% ante os 56,4% registrados na temporada passada. Plínio Nastari afirma que o volume de etanol estimado para a safra 2015/16 vai testar os limites de produção do bio- combustível no Brasil. A consultoria pre- Datagro acredita que o percentual de cana moída destinada à produção de etanol no Brasil deve subir de 56,9% para 57,7%
  • 38. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201538 Safra 2015/16 vê uma produção total de 29,11 bilhões de litros, volume de supera o recorde do ciclo 2014/15, quando as destilarias brasileiras produziram 28,19 bilhões de litros. A maior oferta de etanol terá refle- xos no consumo interno, que este ano deve ser 4,6% superior ao ciclo pas- sado, alcançando 24,74 bilhões de li- tros. A Datagro projeta um crescimen- to de 4%, ou 11,49 bilhões de litros, no consumo de anidro, etanol que é mistu- rado à gasolina. Já o consumo de eta- nol hidratado poderá alcançar 14,25 bi- lhões de litros, 5,2% superior ao volume consumido na safra 2014/15. A previ- são de aumento leva em consideração o aumento da mistura de anidro à gasoli- na, de 25% para 27%, a partir do segun- do trimestre de 2015. O que também deve impulsionar o aumento do consumo interno, segun- do Nastari, é a redução do Imposto so- bre Circulação de Mercadorias e Servi- ços (ICMS) incidente sobre a gasolina e o etanol hidratado, no Estado de Mi- nas Gerais. Para o consultor, o cresci- mento da frota flex no mercado também vai causar impacto positivo na oferta. “O impacto destas medidas é determi- nante para o balanço oferta-demanda de etanol, impactando o mix de produção”, observa Nastari. Já em relação ao ATR, Plínio Nastari acredita que na próxima safra o índice deve ser superior ao do ciclo 2014/15. Ele atribui o crescimento es- timado de 1,6% no teor de açúcar to- tal recuperável ao fato de que a crise hí- drica que atinge algumas lavouras não prejudicou a produtividade dos cana- viais. O previsão é reforçada pelos da- dos pluviométricos registrados nos últi- mos três meses que, apesar de estarem abaixo do normal, ainda sim são supe- riores aos registrados no mesmo perío- do do ciclo passado. Pela previsão do banco Pine, as usinas e destilarias do Centro-Sul do País devem moer 592 milhões de to- neladas, volume 3,7% superior ao al- cançado na safra 2014/15. Para o ciclo 2015/16, o Pine estima que a produ- ção deve alcançar 26,4 bilhões de li- tros, volume 1,4% superior ao registra- do no ciclo passado. Do total produzido, 11,2 bilhões de litros deverão ser de eta- nol anidro - alta de 2,9% - e outros 15,2 bilhões de litros - alta de 0,4% - serão de hidratado. Já a produção de açúcar deve chegar a 33 milhões de toneladas, crescimento de 3,2% em relação à sa- fra anterior. Como ocorreu na safra passada, o mix de produção (açúcar e álcool) deverá pender para o etanol, com 56% da produ- ção, 0,4% superior ao ciclo 2014/15, de acordo com o banco Pine. Já percentual de produção do açúcar terá um leve cres- cimento de 0,3%, atingindo 43,3%. Ape- sar de mostrarem crescimento em volu- me, os dados do relatório da instituição indicam que a quantidade de sacarose na cana deverá ser menor na safra 2015/16. O índice de ATR (Açúcar Total Recuperá- vel) deverá ser de 134,5 quilos por tone- lada de cana esmagada, queda de 1,4%. De acorco dom a consultoria INTL FCStone, a moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul deverá alcançar 571,02 milhões de toneladas na safra 2015/16, levemente superir ao volume de 570,1 milhões de toneladas registrado no ci- clo passado. “Além da capacidade indus- trial, outra variável importante para definir a capacidade efetiva de moagem de cada região é o número de dias de chuva, que normalmente limita a operação das usi- nas”, informa o relatório da empresa. A produção estimada de açúcar, no entanto, deverá sofrer queda de 1% e atingir, segundo a consultoria, 77,1 mi- lhões de toneladas no ciclo 2015/16. O ATR estimado em 135 quilos por tonelada de cana esmagada foi calculado de acor- do com as perspectivas pluviométricas mais próximas das médias históricas, já que a variável é muito sensível ao volu- me de chuvas durante a safra. Em rela- ção ao mix de produção, a INTL FCStone estima que as usinas produzam, em mé- dia, 57,7% de etanol e 42,3% de açúcar. Para a Archer Consulting, as usi- nas e destilarias da região Centro-Sul do Brasil deverão processar 573,69 mi- lhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2015/16. O volume é 0,62% superior ao volume previsto para o ci- clo 2014/15. A consultoria estima que a produção de açúcar permaneça estável em 32,21 milhões de toneladas na próxi- ma temporada. Já a produção de etanol deve crescer 1%, chegando a 26,26 bi- lhões de litros, dos quais 10,88 bilhões de litros serão de anidro e 15,38 bilhões serão de hidratado (alta de 1,5%). Plínio Nastari acredita que a safra 2015/16 será mais alcooleira, pois o mercado internacional de açúcar dá sinais de que será mais ajustado, com um exportável de 24,25 milhões de toneladas
  • 39. 39REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
  • 40. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201540 Da redação IBGE confirma expectativa de safra nacional recorde em 2015 Asegunda estimativa de 2015 para a safra nacional de cereais, legumino- sas e oleaginosas prevê safra recorde, com a produção total de 199,6 milhões de toneladas, resultado 3,5% superior à safra obtida em 2014, que atingiu 192,8 milhões de toneladas. Os dados fazem parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de fevereiro, divulgada hoje (10), pelo Instituto Brasileiro de Geo- grafia e Estatística (IBGE). Apesar da ma- nutenção das expectativas de safra recor- de, quando comparada às previsões de janeiro, os números indicam uma queda de 1,8 milhão de toneladas (-0,9%). Segundo o IBGE, dentre os 26 prin- cipais produtos, 12 apresentaram varia- ção percentual positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior, com destaque para produtos em grãos como aveia, com crescimento de 23,6%; cevada (23,1%); feijão, na primeira safra (9,6%); soja (9,8%) e trigo (21,6%). Entre os 14 produtos produtos com variação negativa destacam-se algodão herbáceo em caroço (-7,8%); batata - ingle- sa na terceira safra (-19,4%), milho na se- gunda safra (7,5%), sorgo em grão (6,2%) e triticale (10,5%). Os três principais produtos (arroz, milho e soja), chegam a representar 91,5% das estimativas da produção e res- ponderam por 85,3% da área a ser colhida. A produção de soja deverá ser 9,8% maior; a do arroz (2,6%); a do milho poderá cair 4,2%. Os números do IBGE indicam que a área a ser colhida será 1,5% maior, atingin- do 57,2 milhões de hectares. Em 2014, a área colhida foi 56,3 milhões de hectares. Entre os três principais produtos, o maior crescimento na área a ser colhida foi a soja, 3,9% maior do que em 2014. A área a ser colhida pelos dois produtos diminuiu: a do arroz deverá ser 1,8% menor e a do milho 1%. Mesmo apresentando redução de 2,8% em relação à produção do ano passado, a Região Centro-Oeste, concentra o maior vo- lume de produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, com 80,6 milhões de tonela- das; seguido da Região Sul, com 75,7 mi- lhões de toneladas; do Sudeste, 18,8 mi- lhões de toneladas; Nordeste, 18,9 milhões de toneladas; e da Região Norte, com 5,5 milhões de toneladas. O estado de Mato Grosso é o maior produtor de grãos, com uma participação de 23,3% do total nacional, seguido do Pa- raná (18,4%) e Rio Grande do Sul (16,2%), que, somados, representaram 57,9% do total nacional. Em números absolutos o in- cremento mais significativa entre as safras 2014/2015 ocorreu na produção de soja, que vai superar em 1 milhão de tonela- das a safra do ano passado, atingindo 8,4 milhões. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola é uma pesquisa men- sal de previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas. As informações são obtidas por meio das comissões municipais e regionais; conso- lidadas em nível estadual pelos grupos de coordenação de Estatísticas Agropecuá- rias e posteriormente, avaliadas, em nível nacional, pela comissão Especial de Pla- nejamento Controle e Avaliação das Esta- tísticas Agropecuárias, constituída por re- presentantes do IBGE e do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento. Fonte: Agência Brasil Para amenizar o prejuízo com a perda de safra devido à estiagem ou ao ex- cesso de chuva, agricultores do Nordes- te e do Semiárido brasileiro, contam com o apoio do Garantia-Safra, uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Ministé- rio do Desenvolvimento Agrário (MDA). Quem pode participar - Podem par- ticipar do Garantia-Safra, agricultores fa- miliares com renda familiar mensal de, até, um salário mínimo e meio, e que possuem área total a ser plantada de, no mínimo, 0,6 hectares e, no máximo, cinco hectares. O primeiro passo para ter acesso ao Garan- tia-Safra é verificar se sua localidade ade- riu ao programa. Para participar, o municí- pio deve assinar o Termo de Adesão com o governo estadual e, em seguida, definir a quantidade de agricultores que serão be- neficiados em sua jurisdição. Além dis- so, é necessário que haja perda compro- vada de, pelo menos, 50% da produção de feijão, milho, arroz, mandioca e algodão. Para se inscrever, o agricultor deve procu- rar o escritório local de assistência técni- ca ou o Sindicato dos Trabalhadores Ru- rais do município onde vive. Em seguida, deve procurar a Prefeitura para receber o boleto e fazer a adesão ao Garantia-Sa- fra. O pagamento do boleto deve ser feito em uma agência da Caixa Econômica Fe- deral ou correspondente bancário, dentro do prazo definido para o seu município. A adesão deve ser realizada antes do plantio. Vocêsabia-OBenefícioGarantia-Safra é pago pelo Governo Federal com recursos do Fundo Garantia-Safra, composto por contri- buições do agricultor, do município, do estado e da União. Na safra 2014/2015, o valor anual dobenefícioédeR$850.Aquantiaépagaem cinco parcelas mensais. Em quatro anos, 3,7 milhões de agricultores familiares aderiram ao Garantia-Safra. Fonte Original: Portal do Minis- tério do Desenvolvimento Agrário Garantia-Safra: mais segurança para os agricultores familiares
  • 41. 41REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 Começa nesta quarta-feira (18) o levan- tamento de custos de produção do ar- roz irrigado no Estado pela Companhia Na- cional de Abastecimento (Conab), conforme adiantado pela reunião da Câmara Seto- rial da Cadeia do Arroz no mês passado. A Companhia prometeu revisar suas planilhas de custos, que servem de base para o preço mínimo, após pressão das entidades do se- tor. Além disso, tabelas específicas de cus- tos de produção para o arroz, pleito antigo dos produtores rurais, devem ser criadas. O primeiro encontro será na Asso- ciação dos Arrozeiros de Uruguaiana. Os trabalhos serão desenvolvidos por téc- nicos da Conab matriz e de sua superin- tendência no Estado, com participação da FARSUL e demais entidades envolvidas. Os outros painéis acontecem no Sindica- to Rural de Cachoeira do Sul (20), na As- sociação Rural de Pelotas (24) e no Sin- dicato Rural de Santo Antônio da Patrulha (26), todos às 8h. Francisco Schardong, presidente da Câmara Setorial e da Co- missão do Arroz da FARSUL, comemora o início das atividades que devem aproxi- mar as planilhas da Conab com a realida- de do produtor do Estado, garantindo mais tranquilidade no campo. “A Federação da Agricultura sempre defendeu a revisão dos custos de produção do arroz e do preço mínimo”, afirmou Schardong. O preço mínimo do arroz é uma fer- ramenta de política agrícola que garante aos produtores rurais uma renda mínima necessária nos casos de queda de preços do mercado.Fonte: Assessoria de Imprensa Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul - FARSUL Milho safrinha ganha força para safra 2015/16 Programa de gestão rural quer atender 1.100 produtores em MS Conab e entidades arrozeiras iniciam levantamento de custos de produção nesta quarta Sugestões através do e-mail redacao@canamix.com.br Para saber mais, acesse: www.canamix.com.br | twitter: @canamix Com os preços pouco interessantes neste momento, o tri- ticultor busca aproveitar a elevação do dólar para comer- cializar a safra estocada. Ele também já está focando no plan- tio da safra 2015/16, fazendo a análise comparativa entre o trigo e o milho safrinha para definir a melhor opção. Se no ano passado a rentabilidade do trigo frente ao milho era bem mais interessante, já que havia pouco produ- to no mercados nacional e internacional, desta vez, o milho tem vantagem. Os preços do grão praticamente permanece- ram estáveis na casa do R$ 20 durante os meses de fevereiro de 2013 e 2014, enquanto o trigo sofreu retração no período. No Paraná, de acordo com o Deral, a área de plantio deve retrair 2%, de 1,38 milhão de hectares para 1,36 milhão de hectares. Mesmo assim, se o clima não atrapalhar – como as chuvas na colheita do ano passado – a produção pode ba- ter recorde: 4,1 milhões de toneladas. “Apesar da área cair de forma geral, avançou no Norte do Estado. Isso porque houve atraso no plantio e na colheita de soja, deixando o milho safrinha fora da janela ideal de tra- balho. Por isso, os produtores acabaram optando pelo tri- go. Sem dúvida, os valores de comercialização do milho es- tão mais atrativos neste momento”, explica o técnico do Deral Hugo Godinho. (V.L.) Fonte: Folha Web Oprograma Negócio Certo Rural (NCR), que leva ferramen- tas de gestão personalizada a pequenos produtores rurais tem a meta de realizar 1.100 atendimentos em 2015 no esta- do, segundo o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Mato Grosso do Sul (SENAR/MS). Na capacitação, instruto- res da entidade oferecem assistência técnica e orientações de como aprimorar as atividades, alavancar os negócios e redu- zir custos com a produção. Nesta quinta-feira (19) novas tur- mas iniciarão o treinamento nos seguintes municípios: Igua- temi, Rio Verde, Terenos, Ponta Porã, Maracaju, Dourados, Sidrolândia, Anaurilândia, Chapadão do Sul e Corumbá. A de- manda foi encaminhada pelos sindicatos rurais possibilitando a formação de 18 turmas. Deste total, 12 cursos acontecerão em assentamentos rurais. Segundo a coordenadora educacio- nal do SENAR/MS, Maria do Rosário de Almeida, o programa atende uma lacuna que existe no setor rural, principalmente nas pequenas propriedades, que é a inserção de um siste- ma de planejamento de custos e receitas. “O alcance do NCR é abrangente, pois, no primeiro momento explica a importân- cia de se anotar todos gastos e ganhos que o produtor possui e no final da capacitação oferece assistência técnica e dicas para multiplicar os ganhos, como, por exemplo, investindo em outras culturas ou criações”, detalhou. Fonte Original: G1.
  • 42. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201542 Agrishow 2015 Feira investe em tecnologia contra pessimismo econômico Marcela Servano O ano de 2015 é visto com mui- ta desconfiança e pessimismo econômico para diversos seto- res do País. Neste cenário desfavorá- vel, a 22ª edição da Agrishow, maior feira de agronegócio da América Latina, pretende apostar na agricultura de pre- cisão, em tecnologias que aumentem a produção e também promete oferecer soluções e alternativas para os peque- nos produtores. A feira acontece de 27 de abril a 1º de maio, no Km 391 da Ro- dovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira, em Ribeirão Preto, SP. Mesmo com os problemas enfren- tados por alguns segmentos do agrone- gócio, a expectativa de público e vendas é positiva. Segundo Fabio Meirelles, pre- sidente da Agrishow 2015 e da Federa- ção da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), o público espera- do é de cerca de 160 mil visitantes do Brasil e do exterior. O é público forma- do maciçamente por produtores, agricul- tores, empreendedores rurais, empresá- rios e lideranças setoriais. “Felizmente, tudo está acontecen- do conforme o nosso planejamento pré- Organizadores da Agrishow destacam que a Feira acontece em um momento delicado da economia, mas têm esperança na “sensibilidade” do Poder Público em relação à manutenção de políticas que alavanquem o agronegócio brasileiro Fotos:AleCarolo/alecarolo.com
  • 43. 43REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 ““ “Felizmente, tudo está acontecendo conforme o nosso planejamento prévio. A feira está praticamente toda comercializada e agora intensificamos as formas de divulgação do evento, para garantir o fluxo de visitantes, como tem ocorrido nos anos anteriores” vio. A feira está praticamente toda co- mercializada e agora intensificamos as formas de divulgação do evento, para garantir o fluxo de visitantes, como tem ocorrido nos anos anteriores”, ressal- tou Meirelles. Em números gerais, a Agrishow espera manter os índices de 2014, com aproximadamente 800 marcas em ex- posição, em uma área de 440 mil². Para atender o elevado volume de vi- sitantes, vão ocorrer melhorias na in- fraestrutura, como a recuperação de poços artesianos, reparos em tubula- ções, reservatório de água, ampliação e mudança do layout do estacionamen- to, aprimoramento do credenciamento e convites impressos que irão agilizar a entrada do público. Os avanços em infraestrutura na edição de 2015 também contemplam melhorias do calçamento, colocação de bancos, ampliação das áreas com sombra dentro da feira, além de praças de alimentação mais modernas com Food Trucks e melhorias no acesso wifi à internet. De acordo com Carlos Pastori- za, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamen- tos (Abimaq), principal realizadora da Agrishow, o sucesso de negócios vai depender da sinalização do governo fe- deral de que as regras para o financia- mento agrícola da atual safra não serão mudadas. Pastoriza defende o anúncio antecipado do Plano Agrícola e Pecuá- rio para a safra 2015/16, previsto para maio ou junho. “A antecipação do plano safra evita um buraco negro em um cená- rio que já é de incertezas para o setor”, disse Pastoriza. Segundo ele, seria “espetacular” se o anúncio do plano fosse antecipado e anunciado durante a Agrishow 2015. Segundo a ministra da Agricultu- ra, Kátia Abreu, a equipe econômica do governo entende a força do agronegó- cio para a economia brasileira e disse acreditar que os ministérios do Plane- jamento e da Fazenda não deixarão fal- tar recursos para a safra 2015/16. No entanto, ela sinalizou que os juros para a próxima safra serão maiores do que os praticados atualmente. Diante disso, Carlos Pastoriza declarou que espera “sensibilidade” do governo federal para Fábio Meirelles acredita que na Agrishow deste ano é possível superar os R$ 2,7 bilhões em negócios gerados na edição de 2014, mesmo diante das incertezas econômicas
  • 44. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201544 Agrishow 2015 a manutenção dos juros e dos recur- sos para financiamento da safra agrí- cola 2015/16. Novas Tecnologias - A Feira é considerada uma vitrine de lançamen- tos, tendências e tecnologias para o agronegócio. Neste ano a Agrishow apostará na agricultura de precisão: tecnologia de informação baseada no princípio da variabilidade do solo e cli- ma que visa o aumento da produtivi- dade. Durante a mostra, o produtor vai encontrar máquinas, implementos agrí- colas, tratores e inúmeras especialida- des necessárias para as atividades no campo, que lhe assegurem acesso às mais modernas tendências do agrone- gócio. Segundo os organizadores, uma feira como a Agrishow propicia conta- tos e condições para o agricultor to- mar conhecimento do aprimoramen- to necessário para a gestão de sua propriedade. Pequenos produtores - Como ocorreu em anos anteriores a Agrishow 2015 vai dedicar novamente um espa- ço especial para pequenos e médios produtores. O presidente da Agrishow destacou que a participação desta ca- tegoria é muito importante, pois os pe- quenos e médios são os que mais so- frem com momento atual do País e precisam encontrar soluções seguras para enfrentar a crise. O evento também receberá um número expressivo de jovens agriculto- res, que participam do programa “Jo- vem Agricultor do Futuro”, uma parceria da feira com a Faesp e Serviço Nacio- nal de Aprendizagem Rural (Senar). O objetivo do programa é desenvolver competências básicas, gerais e de em- preendedorismo relacionadas às ativi- dades agropecuárias, com a interface das empresas rurais que abrem cam- pos de aprendizagem em cumprimen- to à lei 10.097/2000 – Lei da Aprendi- zagem. O público alvo são os filhos de Carlos Pastoriza acredita que o sucesso de negócios na Agrishow vai depender da sinalização do governo federal de que as regras para o financiamento agrícola da atual safra não serão mudadas
  • 45. 45REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 20 anos 1 3 2 4 5 25 e 26 de MARÇO 11º SEMINÁRIO SOBRE CONTROLE DE PRAGAS DA CANA DA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA 14º PRODUTIVIDADE & REDUÇÃO DE CU$TO$ HERBISHOW 14ºSeminário sobre Controle de Plantas Daninhas na Cana 9º Grande Encontro sobre VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR Realizado com sucesso, com a presença de mais de 650 profissionais do setor
  • 46. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201546 produtores e trabalhadores rurais. A Lei de Aprendizatem determi- na que todas as empresas de médio e grande porte contratem um número de aprendizes equivalente a um mínimo de 5% e um máximo de 15% do seu qua- dro de funcionários cujas funções de- mandem formação profissional. No âm- bito desta lei, aprendiz é o jovem que estuda e trabalha, recebendo, ao mes- mo tempo, formação na profissão para a qual está se capacitando. Deve cur- sar a escola regular (se ainda não con- cluiu o Ensino Médio) e estar matricula- Maurilio Biagi Filho: “O sujeito prefere guardar dinheiro a investir. Agricultor é sempre otimista, mas este ano estamos com a falta de esperança e esse estado de espírito pode prejudicar a Agrishow” do e frequentando instituição de ensino técnico profissional conveniada com a empresa. Agrishow e a Crise - Mesmo que todos os indicadores apontem uma cri- se, Fábio Meirelles, afirma que o agro- negócio segue como o principal seg- mento para segurança, sustentação e consolidação da economia e desenvol- vimento do País. Tem colaborado de duas formas: no fornecimento de ali- mentos a preços competitivos, atenu- ando os efeitos da inflação; e na ga- rantia de exportações, colaborando, assim, para evitar um declínio maior na balança comercial. Para os organizadores, a Agrishow 2015 acontece em um momento em que se torna imperativo que o Poder Público veja com seriedade a necessidade, não só do desenvolvimento econômico, como também social do Brasil, adotando medi- das objetivas e principalmente conduzindo com seriedade os negócios do País. Negócios – A movimentação de negócios na Feira deve crescer cerca de 10% este ano, mesmo patamar de cres- cimento ocorrido na comparação das fei- ras de 2013 e 2014. É o que estima o presidente de honra da Agrishow, Mau- rilio Biagi Filho, mesmo ressaltando que a esperança do agricultor está baixa. “O sujeito prefere guardar dinheiro a inves- tir. Agricultor é sempre otimista, mas este ano estamos com a falta de esperança e esse estado de espírito pode prejudicar a Agrishow”, disse. Segundo Fábio Meirelles, o agro- negócio ainda é o grande sistema de segurança da economia brasileira. Ele disse que os juros altos podem ge- rar consequências no mercado inter- no e externo, mas, assim como Bia- gi, destacou que na Agrishow deste ano é possível superar os R$ 2,7 bi- lhões em negócios gerados na edição de 2014, mesmo diante das incertezas econômicas.
  • 47. 47REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 Produtores do Centro-Oeste apostam em agricultura sustentável Lesaffre muda nome para Phileo Novo conceito em nutrição faz bezerros ganharem peso Santa Helena lança híbridos de milho para safrinha
  • 48. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201548 Produtores do Centro-Oeste apostam em agricultura sustentável P rodutores agrícolas da região Cen- tro-Oeste do Brasil têm buscado estabelecer um equilíbrio entre a expansão das lavouras e a preservação do Cerrado. Conscientes em relação à importância das práticas sustentáveis na agricultura, os produtores têm inves- tido em inovações tecnológicas, aliadas a boas práticas que ajudaram a alavan- car a região como referência na utilização de técnicas que agregam produtividade à sustentabilidade. O uso racional da água e a aplica- ção de tecnologias adaptadas estão en- tre as principais práticas utilizadas pelos agricultores para preservar os recursos naturais da região. Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Em- brapa) apontam que, no Cerrado - bioma predominante no Centro-Oeste brasileiro - a área desmatada por ano caiu 54% de 2002 a 2010, para menos de 6,5 mil qui- lômetros quadrados. De acordo com o presidente da Co- operativa Agropecuária da Região do Dis- trito Federal (Coopa-DF), Leomar Cenci, os produtores da região produzem com consciência ambiental. “Sabemos que para produzir com eficiência é preciso ter também muita responsabilidade, prin- cipalmente, no que diz respeito ao meio ambiente. Práticas como o plantio dire- to, que protege o solo, os barramentos de contenção feitos nas estradas rurais, entre outras ações, já fazem parte do dia a dia dos nossos produtores, e contri- buem para a proteção dos nossos recur- sos hídricos”. Para ajudar o Planalto Central a se transformar em um pólo agropecuário, a Vista aérea da AgroBrasília, que este ano acontece de 12 a 16 de maio, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci Coopa-DF criou a AgroBrasília - Feira In- ternacional dos Cerrados, evento que está em sua 8ª edição e tem se destacado como celeiro de inovações e realização de negócios junto às melhores empre- sas do setor e agricultores competentes e interessados em conhecimento. “A agri- cultura do DF ainda tem muito a crescer, mas precisa de algumas definições, es- pecialmente, em relação à questão fun- diária, que acaba travando alguns inves- timentos. No entanto, em termos gerais, o agricultor da região tem conhecimento, tecnologia e disposição para investir do desenvolvimento do setor”, afirma Cenci. Em 2015, a AgroBrasília acontece de 12 a 16 de maio, no Parque Tecnoló- gico Ivaldo Cenci. O evento, uma parce- ria entre a Coopa-DF, Embrapa, Secre- taria de Agricultura, Campo, Emater-DF e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), permite que os visitantes conheçam um espaço deno- minado Unidade de Referência Tecnoló- gica (URT), onde fica instalada a Integra- ção Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), um sistema de produção de grãos, fi- bras, madeira, energia, leite ou carne na mesma área. “A ILPF é uma estratégia de produ- ção que integra atividades agrícolas, pe- cuárias e florestais, realizadas na mes- ma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação, buscando efei- tos sinérgicos entre os componentes do agroecossistema”, explica o pesquisa- dor da Embrapa Cerrados, Lourival Vile- la. Desde que o espaço foi implantado, Foto:WesleyBertuol/Panoramio Sustentabilidade
  • 49. 49REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 os pesquisadores vêm realizando Dias de Campo para demonstrar a evolução do sistema. O objetivo é conduzir a uni- dade até o corte de todas as árvores para obter informações sobre a produtividade e viabilidade econômica. Embora ainda não seja uma prá- tica muito utilizada pelos produtores do DF, existe um grande potencial para que a ILPF passe a ser adotada tanto nas pe- quenas, quanto nas grandes proprieda- des. “Naquelas propriedades com foco em produção de leite, por exemplo, o sistema ILPF poder conferir maior con- forto térmico aos animais e produção de madeira para serraria e de mourões para cerca”, diz Vilela. AgroBrasília - A Feira possui loca- lização estratégica, no centro de uma re- gião onde são cultivados mais de 500 mil hectares, abrangendo DF, Goiás, Minas Gerais e Bahia, com condições de solo e de clima representativas do Centro-Oeste brasileiro. Isso permite a difusão de ino- vações e a realização de negócios das melhores empresas do setor com agricul- tores competentes e interessados em tec- nologia. Segundo os organizadores, “uma região belíssima, de terras altas e planas e de clima ameno, onde a agricultura bra- sileira mostra toda a sua exuberância”. O Parque Tecnológico Ivaldo Cenci está localizado no km 05 da BR 251, em propriedade da COOPA-DF. Possui área de 500 mil m² onde es- tão instalados campos demonstrati- vos das principais empresas (públicas e privadas) do agronegócio brasileiro, área de dinâmica para máquinas e im- plementos agrícolas e espaço destina- do à apresentação de soluções para a agricultura familiar. De acordo com o presidente da Coopa-DF, Leomar Cenci, os produtores da região produzem com consciência ambiental Foto:LarissaMelo/SistemaFAEG
  • 50. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201550 Corporativo Lesaffre muda nome para Phileo Empresa francesa de nutrição e saúde animal anuncia novo nome, identidade visual e lança website A unidade de negócios Lesaffre Animal Care anuncia novo nome e passa a se chamar Phileo. A empresa deci- diu adotar uma nova identidade corporativa, por isso além de mudar o nome da unidade de negócios, lançamos novo logotipo e we- bsite, explica o gerente Técnico-Administra- tivo da Phileo Lesaffre Animal Care no Bra- sil, Alfredo Navarro. “O novo nome foi retirado do verbo grego amar. Esta palavra conjuga noções de cuidados, respeito e proteção. Sobre o logo, agora em formato de espiral, ilustra novo ‘momentum’ e atitude de olhar para o futuro. Juntando forças com esta marca evocado- ra está uma nova filosofia, igualmente retum- bante: ‘Criando Vida’”, destaca o executivo. Ele ressalta o papel da empresa no desafio de dobrar a produção de alimentos até 2050 sem aumento de área para ali- mentar um planeta com 9 bilhões de pes- soas. “Uma empresa respeitada na agri- cultura e pecuária, a Phileo trabalha no desenvolvimento de soluções nutricionais inovadoras capazes de melhorar a saúde e o desempenho dos animais. Comprometi- dos com o desafio de alimentar um mun- do com população crescente, acreditamos que a qualidade da ração animal será fun- damental no atendimento de recursos nu- tricionais de todos. Por isso, encontrar novas soluções para atender as necessi- dades das gerações futuras é um desafio que nós, da Phileo, vamos abraçar”. Pesquisa & Desenvolvimento - Es- tar sempre à frente trazendo inovações ao mercado exige constantes investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). Para isso, a Phileo tem uma equipe de P&D que trabalha em parceria com universida- des e instituições de pesquisas de todo o mundo, além de sua equipe de engenhei- ros, nutricionistas, biólogos, zootecnistas e médicos veterinários. Entre as especialidades desta equi- pe, estão a pesquisa fundamental in vitro, o desenvolvimento de processos industriais e sua posterior validação através de estu- dos científicos, in vivo em instituições de pesquisa e em testes de campo. “Esta tri- Ilustrações:Phileo-Lesaffre pla especialidade contribui para a criação de soluções inovadoras e modernas, que respondem às atuais e futuras demandas das indústrias de pecuária, suína, avícola e aquícola, desde as mais tradicionais até as mais intensivas”, afirma Navarro. Sobre a Phileo - Com 30 anos de experiência e 114 empregados ao redor do mundo, a Phileo é uma empresa de destaque na indústria de alimentação ani- mal. Sua capacidade inovadora e seu co- nhecimento do processo de fabricação permitem atender as mais importantes de- mandas da indústria de produção animal. Com presença mundial, a Phileo está co- nectada com seus mercados com capaci- dade de se adaptar de maneira eficaz às exigências de seus consumidores. A Phi- leo é uma das empresas pertencentes a um grupo familiar baseado no norte da França: Lesaffre. Sobre a Lesaffre - A Lesaffre se tor- nou uma companhia multinacional e multi- cultural comprometida com o fornecimento do que há de melhor, em cada uma de suas áreas de atuação, como Produtos para Pa- nificação, Sabor e prazer do alimento, Bem- -estar humano, animal e vegetal, Nutrição e Saúde e Biotecnologia industrial. Atualmente, a Lesaffre empre- ga 7.700 pessoas em mais de 70 sub- sidiarias localizadas em cerca de 40 paí- ses. Desde 1853, a inovação tem estado no coração do desenvolvimento da com- panhia em estreita colaboração com seus clientes e parceiros, promovendo assim uma inovação com confiança, de forma a alimentar e proteger o planeta mais efi- cientemente. Para Navarro, o nome Phileo se encaixa perfeitamente com a filosofia do Grupo. “Trabalhando juntos para ali- mentar e proteger melhor o planeta”.
  • 51. 51REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015
  • 52. REVISTA CANAMIX | MARÇO | 201552 Pecuária Novo conceito em nutrição faz bezerros ganharem peso U m novo conceito de nutrição de bezerros permite que os animais cheguem no período de desma- me, aos 10 meses, com mais de 300 quilos, viabilizando ao produtor pular toda a fase de recria e abater os animais quase um ano mais cedo. É o que afirma o médico veterinário, Rodrigo Meirelles, ao se referir à adoção da ração Confinat- to 3R, desenvolvida pela Agroceres Mul- timix em parceria com a Fazenda 3R, no Mato Grosso do Sul. O produto integra uma estratégia nutricional direcionada para bezerros, aliada à qualidade gené- tica dos animais e o manejo adequado. Segundo o zootecnista Hélio de Biasi, esta nova estratégia nutricional garante ao produtor um incremento de 35 quilos no peso final do bezerro. “A Fazenda 3R tem conquistado resultados superiores à média nacional, com ga- nho de peso diário acima de 900 gra- mas. Dessa maneira, ela conseguiu um acabamento invejável, além de agregar valor na ordem de 33% no valor final da comercialização”, afirma o especialista. Biasi explica que a cria é a fase de melhor resposta na suplementação. “É onde conseguimos uma maior eficiên- cia alimentar. A ração não deve funcio- nar como um substituto de capim, mas sim uma suplementação. Nossa experi- ência mostra que o uso correto da téc- nica de creep-feeding permite expressar o máximo potencial genético dos ani- mais”, disse. O empresário Rubens Catenac- ci, proprietário da Fazenda 3R, destaca o aumento da rentabilidade como prin- cipal vantagem deste sistema. Segundo ele, desde a implantação, a rentabilida- de cresceu mais de 30% acima da mé- dia praticada pelo mercado. “Hoje em dia qualquer negócio é focado em re- sultados e rentabilidade. Com a valo- rização do gado de cria, a prioridade é ter bezerros mais pesados na desmama. Este conceito é uma tendência irreversí- vel, por isso é importante entender que vendemos ‘desmama por quilo’, que é uma característica que vem dominando a comercialização”. Catenacci também ressalta a im- portância de reduzir o ciclo de produção. “Esta ração Confinatto 3R coloca muito peso nos bezerros, além de dar um aca- bamento invejável, permitindo uma redu- ção do ciclo deste bezerro, que encurta o período de abate para até 14 meses de idade”. Redução do período de produção da carne bovina em 10 meses, aumen- to no giro no campo, viabilizando uma ampliação da produção de carne sem aumento de área, otimização de mão- -de-obra na propriedade, melhor acaba- mento de carcaça, melhor score corpo- ral da vaca para alimentar o rebanho e maior valor agregado no preço da car- ne estão entre os principais benefícios da novidade. Lançamento do Confinattor3R aconteceu na Fazenda 3R, no Mato Grosso do Sul Foto:Divulgação
  • 53. 53REVISTA CANAMIX | MARÇO | 2015 “Abater o animal mais jovem signi- fica também uma carne de melhor qua- lidade na mesa do consumidor. A redu- ção do tempo de abate de 24 meses em média para 14 meses é quase a metade do tempo de produção. Mas, todas es- tas vantagens dependem de um mane- jo adequado no período pós-desmame”, explica, apontando ainda a facilidade de implantar este sistema na propriedade entre as vantagens. “A grande inovação está na simplicidade de implementação. Ela não depende de instalações sofisti- cadas para ser aplicada”, afirma. Fazenda 3R - Localizada em Mato Grosso do Sul, com propriedades nas cidades de Figueirão, Alcinópolis e Ca- mapuã, a fazenda possui há 25 anos um trabalho pioneiro em genética Nelore, fo- cado na produção de bezerros diferen- ciados, o chamado Nelore de Ciclo Cur- to. O rebanho atual possui cerca de 5 mil animais, entre bezerros, matrizes e reprodutores. O sistema de produção conta com três principais frentes de trabalho: Ge- nética, através do uso da matriz Bada- lada da 3R, reprodutores PO superiores e investimento em tecnologia de ponta; Manejo, sanitário e de estrutura diferen- ciada, feito de forma inteligente – con- tribuindo assim para a diminuição das perdas e do estresse, facilitando o de- senvolvimento do animal; e a Nutrição, pelo uso de sistema de creepfeeding aliada a um fornecimento de pastagem de qualidade, antes mesmo da desma- ma, garantindo assim maior ganho de peso em menos tempo. Com os resultados alcançados, a 3R também atua em outras frentes pro- dutivas, como a comercialização de sê- men dos reprodutores 3R, resultado do intenso trabalho de seleção genética, e o mais recente projeto de integração com a agricultura – diversificação que tornará a produção mais sustentável, garantindo ganhos de propriedade. Segundo Rubens Catenacci, proprietário da Fazenda 3R, desde a implantação a rentabilidade cresceu mais de 30% acima da média praticada pelo mercado Foto:DenilsonRodrigues