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Revista Canavieiros - Janeiro 2012
2

Revista Canavieiros - Janeiro de 2012
Editorial

Expediente:
Conselho Editorial:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson
Editora:
Carla Rossini - MTb 39.788
Projeto gráfico e
Diagramação:
Rafael H. Mermejo
Equipe de redação e fotos:
Carla Rodrigues - MTb 55.115
Murilo Sicchieri
Rafael H. Mermejo
Comercial e Publicidade:
Marília F. Palaveri
(16) 3946-3300 - Ramal: 2008
atendimento@revistacanavieiros.com.br
comercial@revistacanavieiros.com.br
Impressão:
São Francisco Gráfica e Editora Ltda
Tiragem:
11.000 exemplares
ISSN:
1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados
e fornecedores do Sistema Copercana,
Canaoeste e Sicoob Cocred. As matérias
assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial desta revista é
autorizada, desde que citada a fonte.
Endereço da Redação:
A/C Revista Canavieiros
Rua Augusto Zanini, 1591
Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-550
Fone: (16) 3946 3300 - (ramal 2190)
www.revistacanavieiros.com.br
redacao@revistacanavieiros.com.br

Produtividade x Investimento

D

iante da proximidade do início da safra 2012/13 e da
falta de investimentos para
realizar a renovação nos canaviais,
os produtores ainda não sabem qual
direção seguir para alcançar o potencial máximo de produção. De acordo com Oswaldo Alonso, consultor
agronômico da Canaoeste, a safra
2011/12 foi marcada pela queda da
produtividade e os principais fatores
contribuintes foram os ambientais e
econômicos. Veja na “Reportagem de
Capa” desta edição uma retrospectiva da safra passada, assim como alertas para o produtor alcançar uma boa
produção na próxima safra.
O entrevistado deste mês é o secretário de Energia do Estado de São
Paulo, José Anibal. Com experiência
suficiente para falar sobre o assunto,
Anibal, aborda o potencial brasileiro em geração de energia. Em sua
opinião, a diversificação da matriz
energética é bem vinda em qualquer
situação, principalmente se for por
meio de energias renováveis.
Patrícia Millan, diretora executiva
da Abag-RP (Associação Brasileira
do Agronegócio de Ribeirão Preto)
assina o “Ponto de Vista” desta edição. Em sua opinião o agronegócio
brasileiro é um setor da economia
com características únicas e propõe
para 2012, um ano baseado em equilíbrio e estratégias de investimento.
Nas páginas de “Notícias Canaoeste” o leitor acompanha a parceria
realizada entre a associação e a CHB
Sistemas para investimentos em tecnologia. Essa parceria irá proporcionar ao produtor uma gestão moderna
para controle de custos.
Em “Notícias Copercana” é possível conferir o encontro de fornecedores da região de Frutal, realizado
pela cooperativa, Usina Cerradão e

RC

www.twitter.com/canavieiros

3

Aprovale para discutir as tendências do mercado sucroalcooleiro.
Ainda em “Notícias Copercana”, o
resultado da campanha “Copercana
Premiada”, que entregou 4 carros 0
km e R$ 1.000 por dia no período de
03/11 a 04/01/12.
Já “Notícias Sicoob Cocred”, a
cooperativa de crédito traz o lançamento da “Cartilha sobre Segurança no Campo”, desenvolvida
pelo Sindicato Rural de Batatais
em parceria com a Polícia Militar.
O material contém informações e
dicas de como o produtor e trabalhador rural deve se manter diante
de situações de risco.
Em “Assuntos Legais”, o advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti, esclarece a Lei Complementar
sancionada pela presidente Dilma
Rousseff, que institui normas de
cooperação entre a União, os Estados e Distrito Federal e os Municípios, no que diz respeito às ações
de proteção, controle e fiscalização do meio ambiente.
A editoria “Safra Canavieira” traz
os resultados da moagem de cana do
Centro-Sul do país, que até 1º de janeiro havia atingido 492,23 milhões
de toneladas. O total para o mesmo
período da safra anterior foi de 555,39
milhões de toneladas. Confira.
Em “Pragas e Doenças”, o engenheiro agrônomo da Canaoeste, Antonio Carlos Cussiol Júnior, fala sobre
uma nova praga que ameaça os canaviais da região Centro-Sul do Brasil,
o Sphenóphorus Levis mais conhecido
como bicudo da cana-de-açúcar.
Além disso, não deixe de conferir as Informações Setoriais com o
consultor agronômico da Canaoeste,
Oswaldo Alonso, dicas de leitura e
português.

Boa leitura!
Conselho Editorial
Revista Canavieiros - Janeiro 2012
4

Ano V - Edição 67 - Janeiro de 2012 - Circulação: Mensal

Índice:

Foto capa: Rafael Mermejo

Capa - 20
Safra 2011/12: bem marcada
pela queda da produtividade
dos canaviais
Fatores ambientais e econômicos foram os principais responsáveis

05 - Entrevista
José Anibal
Secretário de Energia do Estado de São Paulo
“Se as condições apropriadas forem alcançadas, temos
uma Itaipu em potencial até 2020”

07 - Ponto de
Vista
Patrícia Milan
Diretora executiva da Abag/RP
Uma questão de equilíbrio

10 - Notícias Copercana
- Copercana realiza campanha e garante sucesso nas vendas de final de ano
- Copercana, Usina Cerradão e Aprovale promovem palestra em Frutal

12 - Notícias Canaoeste

- Canaoeste realiza parceria para investir em novas tecnologias

17 - Notícias Sicoob Cocred
- Sindicato Rural de Batatais lança Cartilha com apoio da Sicoob Cocred
- Sistema SICOOB passa a arrecadar Nacional
- Balancete Mensal

28 - Pragas e Doenças
A ameaça dos canaviais
Uma praga antessecundária,
agora é motivo de
grande preocupação aos
produtores de cana
Revista Canavieiros - Janeiro de 2012

E mais:
Circular Consecana
.................página 16
Notas
.................página 22
Opniões
.................página 24
Biblioteca
.................página 25
Informações Setoriais
.................página 26
Safra Canavieira
.................página 30
Assuntos Legais
.................página 31
Classificados
.................página 32
Cultura
.................página 33
Agende-se
.................página 34
Entrevista

5

“Se as condições apropriadas forem alcançadas,
temos uma Itaipu em potencial até 2020”
José Anibal
Carla Rodrigues

A afirmação é do secretário de Energia do Estado de São
Paulo, José Anibal, em entrevista concedida à Canavieiros. À
frente da secretaria desde o início de 2011, Anibal tem bagagem suficiente para falar sobre o potencial brasileiro em
geração de energia. Na opinião do secretário, a diversificação da matriz energética é bem vinda em qualquer situação,
principalmente se for por meio de energias renováveis. Confira a íntegra da entrevista:
Revista Canavieiros: A expansão letricidade de cana, a despeito de todas
da bioeletricidade a partir da biomas- as suas vantagens. Outro problema são
sa da cana-de-açúcar precisa avançar os leilões da Aneel (Agência Nacional
no Brasil. Para que isso ocorra, quais de Energia Elétrica). No 13º leilão A-5,
são os obstáculos a serem enfrentados a bioeletricidade representou menos de
e superados?
10%. Não há uma concorrência direta
José Anibal: A bioeletricidade de entre as diversas fontes. Por ser mais
cana, por ser abundante e renovável, competitiva, a bioeletricidade não tem
poderia ser uma vantagem competitiva, as mesmas facilidades de financiamento
valiosa nesses tempos de pressão sobre ou de subsídios dados, por exemplo, à
a demanda e de aumento no consumo de energia eólica.
energia. São Paulo fez a sua parte. O governador Geraldo Alckmin desonerou a
Revista Canavieiros: Se o país
bioeletricidade de cana zerando o ICMS conseguir enfrentar esses obstáculos,
de máquinas e equipamentos para co- quais ganhos terá?
geração de energia que não tenham siJosé Anibal: Em primeiro lugar, dimilares nacionais. Também passamos versificar a matriz energética é bom em
a liberar integralmente os créditos de qualquer situação. Se essa diversificação
ICMS para bens de capital adquiridos for feita por meio de energias renováno estado. A intenção é aumentar o ca- veis, tanto melhor. Nada é desperdiçapital de giro das usinas, para que elas do na cadeia da cana. Uma tonelada de
tenham condições de modernizar as cana gera cerca de 175 quilos de açúcar,
caldeiras, e assim “Nada é desperdiçado 80 litros de etanol e
aumentar a produti250 quilos de bagaço
vidade na geração de na cadeia da cana. Uma úmido, que é usaenergia. Agora, não tonelada de cana gera do na cogeração de
depende só da gente.
energia. Uma toneÉ preciso fazer as re- cerca de 175 quilos de lada de bagaço gera
des coletoras para in- açúcar, 80 litros de eta- 300 kWh, enquanto
terligar o excedente
a mesma tonelada
nol e 250 quilos de baga- de bagaço com palha
gerado pelas usinas à
rede nacional. Quemço úmido, que é usado napode gerar até 500
define estas obras é a
Se não bastascogeração de energia...” kWh.lavoura de cana
Empresa de Planejase, a
mento Energético (EPE), órgão do Mi- absorve CO2, a safra ocorre exatamennistério de Minas e Energia responsável te no período de baixa nos reservatório
por estabelecer as prioridades nos in- das hidrelétricas e não há o desperdício
vestimentos do setor energético. A EPE das longas linhas de produção. Ou seja,
tem se mostrado pouco sensível à bioe- a bioeletricidade, ao mesmo tempo, re-

força a segurança energética, não polui
e é economicamente competitiva. Se o
Governo Federal se sensibilizasse, poderíamos disponibilizar só em São Paulo uma Itaipu em energia limpa e barata
até 2020.
Revista Canavieiros: Segundo algumas autoridades do setor sucroenergético, o grande desafio do estado de São
Paulo, é reduzir em 20% a emissão dos
gases de efeito estufa até 2020. Qual é
o papel que o etanol e a bioeletricidade
têm no cumprimento dessa meta?
José Anibal: Se observarmos bem, a
matriz energética de São Paulo é uma
das mais limpas do mundo. Nosso problema para cumprir a PEMC (Política
Estadual de Mudanças Climáticas) está
na matriz de transportes, que basicamente é rodoviária. O etanol e a bioeletricidade ajudam na medida em que
for possível substituir combustíveis e
energéticos que emitem gases de efeito
estufa. Mas só seremos capazes de reverter a tendência atual investindo em
infraestrutura de transportes. A construRevista Canavieiros - Janeiro 2012
6
ção do álcoolduto entre Ribeirão Preto
e Paulínia, por exemplo, vai evitar 80
mil viagens de caminhão a cada ano. O
álcoolduto fará conexões com a hidrovia Tietê-Paraná, que escoará a produção do Etanol da região de Araçatuba. O
mesmo vai ocorrer com o transporte de
açúcar para Santos, que vai passar a ser
feito por ferrovias. Mas nós podemos ir
além. Por que não converter toda a frota
de ônibus do transporte público da capital para rodar com biocombustíveis? As
soluções estão aí.

Entrevista
assunto é sustentabilidade na área energética. Até o final deste governo faremos muito mais. Esta é a orientação do
governador Geraldo Alckmin, avançar
fortemente nestas questões.
Revista Canavieiros: Qual é o potencial estimado para geração de bioeletricidade de cana no estado de São
Paulo?
José Anibal: Atualmente o estado de
São Paulo gera 10.692 GWh com bagaço de cana, sendo exportados 5.789
GWh. Até 2015, deveremos chegar a
13.260 GWh. Se as condições apropriadas forem alcançadas, temos uma Itaipu
em potencial até 2020. Isso equivale a
92.000 GWh.

Revista Canavieiros: O que a Secretaria de Energia vem fazendo para
que essa meta seja atingida?
José Anibal: São Paulo praticamente
não tem usinas termoelétricas convencionais. Nossa matriz é basicamente
Revista Canavieiros: A cadeia suhidráulica. A diversificação da matriz croenergética e o governo de São Pauenergética que a Secretaria tem levado lo firmaram um acordo que prevê o fim
adiante é sempre na área de renováveis. das queimadas na colheita da cana até
Além do bagaço de cana, estamos ter- 2014. Para que todos entendam, expliminando as medições do mapa eólico que qual é o caminho a ser percorrido
do estado. O mesmo
pela palha deixada
vale para os estudos “...a bioeletricidade, ao no canavial.
técnicos para a im- mesmo tempo, reforça
José Anibal: Até
plantação de uma
2014 o estado de São
a segurança energética, Paulo vai banir as
usina de reaproveitamento energético a não polui e é economica- queimadas da colheipartir de resíduos sóáreas
mente competitiva”. ta da cana emNão se
lidos. Estão em fase
mecanizáveis.
de conclusão. Em breve anunciaremos trata apenas de uma medida ambiental,
projetos pioneiros em energia fotovol- mas também econômica. O poder calorítaica, isto é, a eletricidade gerada a par- fico da palha é ainda maior do que o do
tir dos raios solares. Outro programa de bagaço. Como a colheita em São Paulo é
vulto é na área de eficiência energética. quase toda feita de maneira mecanizada,
A Secretaria de Energia, em parceria a palha é separada por meio da tecnolocom a EDP Bandeirante e com a prefei- gia de limpeza a seco. Essa tecnologia
tura de Aparecida, tem um projeto piloto foi desenvolvida pelo Centro de Tecnoem eficiência energética sendo implan- logia Canavieira (CTC) em parceria com
tado no município. Será a primeira ci- o Instituto de Tecnologia Aeronáutica
dade inteligente na área de energia, com (ITA). Com essa tecnologia, a cana é
tecnologia em estado da arte. Em suma, separada da palha por meio de correntes
São Paulo está na vanguarda quando o de vento. A ideia é que as usinas aprimorem as técnicas para o
enfardamento da palha
e façam as adaptações
técnicas necessárias para
receber a palha como
combustível para geração de energia.
Revista Canavieiros: Quais são os projetos de sua pasta para
um futuro próximo do
bagaço de cana, palha
Revista Canavieiros - Janeiro de 2012

e resíduos sólidos?
José Anibal: Há toda uma cadeia de
pesquisa e desenvolvimento de tecnologias voltadas à diversificação da cadeia
da cana hoje em São Paulo. Neste momento está sendo desenvolvido o etanol
celulósico, além de uma série de experiências com bioplásticos. A Embraer já
testa o etanol de aviação. As pesquisas
para a gaseificação do vinhoto e da palha também estão adiantadas.
Revista Canavieiros: Falando sobre
energia eólica, sabemos que o Brasil tem
grande potencial para gerar esse tipo de
energia. Isso está acontecendo? O país
está sabendo usar esse potencial?
José Anibal: Há uma enorme expansão da eólica nos últimos leilões
da Aneel. Estados como o Rio Grande
do Norte, Bahia e o Rio Grande do Sul
têm tido uma expansão considerável em
seus parques eólicos. Há muitos incentivos hoje no Brasil que tornam a energia eólica competitiva. De uma maneira
geral, acho que potencial tem sido bem
utilizado. O problema é que esta expansão muitas vezes se dá em detrimento
de outras opções igualmente ou mesmo
mais competitivas, como é o caso do
bagaço de cana. Como eu disse, não há
verdadeiramente uma concorrência entre as fontes.
Revista Canavieiros: E a energia
solar, como está sendo usada aqui no
Brasil?
José Anibal: A energia solar fotovoltaica ainda não é competitiva em larga
escala. As tecnologias disponíveis ainda
não conseguem fazer com que a energia
solar possa competir em pé de igualdade
com as demais alternativas. O que há no
Brasil é a utilização de aquecedores solares para água. Porém, num futuro próximo, a tendência é que a energia solar
conquiste seu espaço no mercado. Em
países como a Alemanha, por exemplo,
é comum os consumidores produzirem
sua própria energia em casa a partir da
instalação de painéis fotovoltaicos nos
telhados. A energia excedente é vendida à rede. São Paulo já iniciou seus estudos para diagnosticar o potencial da
energia solar no estado. Se a tecnologia
disponível atingir níveis relativos de
competitividade, certamente esta será
uma boa opção. Afinal, temos 300 dias
de sol por ano. RC
7

Revista Canavieiros - Janeiro 2012
8

Ponto de Vista

Patrícia Milan*	

Uma questão de equilíbrio

O

agronegócio é um setor da
economia brasileira com características únicas: é produtor
de alimentos, fibras e energias consumidos nos centros urbanos e é propulsor do crescimento nacional através da geração de renda e empregos;
além de participar substancialmente
no desenvolvimento de pesquisas e na
difusão do conhecimento. Como mostra da sua importância, basta observar
sua contribuição positiva ao Produto
Interno Bruto (PIB) e ao superávit da
balança comercial do país, alcançados
apesar das acentuadas oscilações de
preços das commodities e dos riscos
climáticos inerentes à atividade.

Para 2012, já foram divulgados
alguns números referentes ao desempenho do setor: como a projeção da
CONAB (Companhia Nacional de
Abastecimento) – de uma produção
nacional de grãos de 158,446 milhões
de toneladas e de café entre 48,97 e
52,27 milhões de sacas beneficiadas –,
ou o anuncio, pelo Ministro da Agricultura, da expectativa de um novo recorde nas exportações, com um volume acima de US$ 100 bilhões. O ano
também será marcado pela votação do
novo Código Florestal, previsto para
março, e pela Rio+20, a Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, agendada para
junho.
Entretanto, independente dessas
projeções e expectativas se concretizarem no decorrer do ano que se inicia, já está mais do que consolidado
o papel do agronegócio brasileiro
como fornecedor de alimentos, fibras,
energia e conhecimento para o país e
para o mundo. E é sob essa ótica que
algumas tendências para o setor, que
influenciam suas diretrizes de médio e
longo prazo, vêm se delineando.
Um primeiro ponto a considerar é a
forma de análise e compreensão do setor. Nesse sentido ganha cada vez mais
importância o conceito de cadeias do
agronegócio, englobando os elos do

“antes”, “dentro” e “pós” porteira das
culturas, bem como os vínculos e relações instituídos entre os mesmos.
Essa visão holística é fundamental
tanto para uma melhor identificação
dos pontos de melhorias e vantagens
competitivas, promovendo maiores
ganhos de eficiência na gestão, quanto para a elaboração de estratégias de
investimento e a estruturação de políticas.
Na gestão eficiente da cadeia produtiva agropecuária também se enquadra a conservação da água e demais
recursos naturais e o uso racional e inteligente dos insumos produtivos. Essas práticas têm sido incorporadas ao
manejo das lavouras e dos rebanhos
através da difusão do conhecimento
derivado das pesquisas, sendo valorizadas pelo mercado. Um exemplo foi
o reconhecimento, pelo IFC (International Finance Corporation) – uma
instituição ligada ao Banco Mundial
– da sustentabilidade do modelo adotado pelo Brasil para a produção de
cana-de-açúcar e seus derivados, destacando o uso do bagaço de cana na
produção de bioeletricidade e a reutilização de subprodutos industriais,
como a torta de filtro e a vinhaça.
Isso vem ao encontro do que a FAO
(Food and Agriculture Organization)
tem considerado como o novo paradigma da agricultura: a SCPI (Sustainable Crop Production Intensification), um modelo para a intensificação
da produção de lavouras sustentáveis.
Trata-se de um objetivo estratégico
da organização que consiste em fornecer aos países membros tecnologia,
políticas, conhecimento, informação
e capacitação, visando o aumento da
produtividade e rentabilidade de suas
lavouras, através do uso de insumos,
com maior eficiência e sem causar
efeitos adversos sobre os recursos naturais, de forma a elevar a competitividade dos produtores no mercado.
Nessa linha da abordagem de uma
agricultura de conservação, o Brasil

Revista Canavieiros - Janeiro de 2012

também tem avançado em modelos de
sistemas de produção diferenciados,
como o plantio direto, o corte mecanizado de cana-de-açúcar crua e o sistema de integração lavoura-pecuária;
além da incorporação de novas técnicas de manejo agropecuário que visam
à redução do uso de fertilizantes químicos e defensivos.
Tanto esforço torna nítida a preocupação existente com a capacidade do
mundo em alimentar sua população
de forma sustentável e com segurança
quantitativa e qualitativa. E é para superar esse desafio que o agronegócio
brasileiro está escalado para assumir
um papel central. A grande questão
será como equilibrar os fatores: gestão eficiente de cadeias agropecuárias,
conservação dos recursos hídricos e
uso inteligente dos insumos produtivos, visando à elevação da produtividade das lavouras e a produção de alimentos seguros; ao mesmo tempo em
que será necessário adequar os sistemas a uma nova legislação ambiental
e enfrentar as adversidades proporcionadas por uma crise econômica. Tudo
isso sem perder de foco a rentabilidade do negócio. RC
*Diretora executiva da Abag/RP
9

Revista Canavieiros - Janeiro 2012
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Notícias Copercana

Copercana realiza campanha e garante sucesso
nas vendas de final de ano
A campanha “Copercana Premiada” entregou 4 carros 0 km e R$ 1.000 por dia
Carla Rodrigues

A

campanha “Copercana Premiada” é realizada desde 2007 em
todos os Supermercados Copercana (Sertãozinho, Pitangueiras, Pontal
e Serrana) como em outros estabelecimentos da rede Copercana, como postos de combustíveis, lojas de ferragens
e magazines.
Durante a campanha de 2011, que
foi realizada no período de 03/11 a
04/01/12, foram sorteados 67 prêmios,
sendo: 63 em vale-compras no valor de
R$ 1.000 para utilizar na rede Copercana e 4 carros 0 km. Todos os clientes
que compraram em qualquer estabelecimento Copercana, um valor acima de
R$ 50,00 (a cada R$ 50,00 o cliente ganhava 1 cupom) estavam concorrendo
aos prêmios.
“Hoje com quatro supermercados,
temos condições de atender melhor
nossos clientes, com ótimos preços e
produtos, gerando empregos e capacitação dos profissionais”, disse Ricardo
Meloni, gerente de comercialização da
Copercana.
O objetivo da campanha, além de
aumentar as vendas de final de ano,
principalmente dos supermercados, é

conquistar os clientes. Segundo o diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, a realização de uma campanha como
a “Copercana Premiada” é de grande
importância para fidelizar os consumidores. “Nós temos que fazer com que o
cliente ou cooperado, sinta vontade de
vir comprar na Copercana, por que ele
sabe que aqui irá encontrar tudo o que
precisa e com o melhor preço”. explicou Bighetti.
Helena Ferreira, cliente do Supermercado Copercana, acredita que campanhas
como esta ou qualquer outra que a cooperativa faça parte, incentivam
muito os clientes a continuarem consumindo os produtos
oferecidos pela rede. “Todo
Lelo Bighetti, diretor da Copercana
cliente tem a esperança de comprar,
adquirir seu cupom,
concorrer aos prêmios, e quem sabe,
com sorte, começar
o ano com um carro
novo. Além disso,
sei que estarei levando para minha
casa produtos com
datas de validade regulares e alta
Moacir Roberti Garcia (auditor externo), Pedro Esrael Bighetti
qualidade”, disse a
(diretor da Copercana), Sérgio Sicchieri (assessor das diretorias) e
cliente. RC

Ricardo Meloni, gerente de comercialização da Copercana
Revista Canavieiros - Janeiro de 2012

Márcio Zeviani (surpevisor de Supermercados)
11

Revista Canavieiros - Janeiro 2012
12

Notícias Copercana

Copercana, Usina Cerradão e Aprovale
promovem palestra em Frutal

Em parceria com a Usina Cerradão, a Aprovale e patrocínio da Basf, a cooperativa reuniu fornecedores de cana para discutir as tendências do mercado sucroalcooleiro

Carla Rossini

C

erca de 70 fornecedores de cana
da região de Frutal participaram
de um encontro promovido pela
Copercana, a Usina Cerradão e a Aprovale (Associação dos Produtores de Cana do
Vale do Rio Grande) no dia 22 de dezembro, onde foram discutidas as tendências
do mercado sucroalcooleiro. O evento
contou com o patrocínio da Basf.

O moderador do encontro foi o coordenador de produção e sustentabilidade
da Usina Cerradão, Otávio Queiroz que
iniciou os trabalhos passando a palavra
para o presidente da Aprovale, Reginaldo Dias Machado que deu as boas vindas
iniciais e falou sobre a importância da
participação dos associados na reunião.
Em seguida, o gerente agrícola da Usina Cerradão, José Cirilo apresentou um
trabalho com os números da safra 2011 e
as projeções para a safra 2012/2013.
A terceira palestra do dia foi proferida pelo engenheiro agrônomo da Copercana – filial de Frutal – Marcos de
Felício, que falou sobre a importância e
os benefícios que a cooperativa oferece
aos cooperados. E o engenheiro agrônomo da Basf, Mauro Cottas, apresentou o
portfólio de produtos da multinacional
na área de cana-de-açúcar.

Representantes das empresas promotoras do encontro e palestrantes

O sócio proprietário da Usina Cerradão, Adalberto José de Queiroz, também fez uso da palavra e falou sobre a
as mudanças ocorridas na economia da
região após o início do cultivo de cana.
A palestra principal foi proferida
pelo professor titular no Departamento de Administração da Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP,
Marcos Fava Neves. O professor palestrou sobre as principais tendências

do mercado sucroalcooleiro a curto e
médio prazos.
A reunião foi encerrada pelo diretor
da Copercana, Pedro Esrael Bighetti,
que falou sobre a atuação da cooperativa na região de Frutal e também discutiu as principais tendências da cadeia
de cana-de-açúcar. “Promovemos esses
encontros que são muito importantes
para manter os cooperados atualizados
sobre as tendências de safra e mercados”, disse Bighetti.

Confraternização
Com o intuito de promover integração
entre empresas, cooperativa e usinas, foi
organizado um futebol e um churrasco de
confraternização na noite do dia 22. Participaram da brincadeira, representantes
da Copercana, Usina Cerradão, Usina
Frutal, e das multinacionais Basf, Ourofino, Syngenta, Bayer, Dupont, FMC,
Cheminova e Dow.
Segundo o agrônomo da Copercana,
Marcos de Felício, não houve vencedores devido ao “nível técnico e preparo
físico dos atletas”, disse.
Revista Canavieiros - Janeiro de 2012
13

RC

Revista Canavieiros - Janeiro 2012
14

Notícias Canaoeste

Canaoeste realiza parceria para investir
em novas tecnologias

Projeto experimental visa implantação de sistemas para controle de custos do setor

Carla Rodrigues

E

m dezembro passado, a Canaoeste
realizou uma parceria com a CHB
Sistemas, a fim de viabilizar a implantação de sistemas para controle agrícola, frota, financeiro, estoque e entrada
de notas para os associados, além de proporcionar ao produtor rural uma gestão
moderna e com custos diferenciados.
A parceria é um projeto piloto, que
inicialmente, será trabalhada com três
associados em caráter experimental, os
quais irão fornecer todos os dados, como
notas fiscais de compra de insumos e
óleo diesel, quantidade de empregados,
folha de pagamentos, enfim, tudo o que
envolva as propriedades rurais.
“Com esta parceria, o produtor terá
acesso a um software de última geração,
de fácil utilização e uma estrutura de suporte adequada para um atendimento rápido e especializado”, disse Leandro Ernandes, analista de marketing da CHB.
De acordo com o diretor da Canaoeste, Luiz Carlos Tasso Júnior, “o objetivo
deste trabalho é proporcionar em mais um
serviço de qualidade e controle dos custos
de produção da cana-de-açúcar, aumentando a rentabilidade das propriedades
dos médios e grandes associados”.
Para os pequenos associados, que são a
grande maioria, um destaque e preocupação
especial, pois são fornecedores tradicionais,
que sempre apoiaram todas as ações e desenvolvimento da Canaoeste, essa parceria
também proporcionará uma forma de como
viabilizar sua atividade, através da formação
de condomínios e/ou consórcios, principalmente, a partir de 2014, com a eliminação
da queima da cana.
O projeto contará com a escolha de
três associados em três regiões distintas
dentro da área de atuação da Canaoeste,
sendo elas: região 1- constituída pelos
municípios de Serrana/Cravinhos/Santa
Rita do Passa Quatro; região 2- constituída pelos municípios de Sertãozinho/

Luiz Carlos Tasso Júnior
diretor da Canaoeste

Leandro Ernandes,
analista de marketing da CHB

Pontal/Pitangueiras/Viradouro e região
3- constituída pelos municípios de Colina/Barretos/Morro Agudo.

Segundo Tasso, muitos fornecedores trabalham com terras próprias e
arrendamentos e nem sempre é viável
economicamente manter estes arrendamentos, ou seja, ficam tirando dinheiro
de um imóvel próprio para manter um
arrendamento, prejudicando a rentabilidade da propriedade como um todo.
Os sistemas desenvolvidos pela CHB
são especializados no setor sucroalcooleiro há mais de 20 anos e hoje já são
utilizados por mais de 60 usinas em
todo país, assim como por produtores
rurais de diversas regiões.

“Com esta parceria, o
produtor terá acesso a
um software de última
geração, de fácil utilização e uma estrutura de
suporte adequada para
um atendimento rápido e
especializado”
O tempo de duração inicial do projeto
é de um ano, tempo necessário para efetivar o banco de dados dos associados
que serão contemplados com este trabalho, resultando nos primeiros relatórios práticos sobre custos de produção;
custo da manutenção de frota composta
por veículos, caminhões, tratores e implementos; ponto de equilíbrio e viabilidade econômica de manutenção de
serviços próprios ou terceirizados, fluxo de caixa, capacidade de pagamento e
possibilidade de novos investimentos.

Revista Canavieiros - Janeiro de 2012

“Trata-se de uma solução composta
por softwares evoluídos e adequáveis
à realidade de cada particularidade do
agronegócio, que possibilita um gerenciamento completo e integrado dos
principais custos do setor”, explicou
Ernandes.
Podem participar deste projeto todos
os associados da Canaoeste que possuem
estrutura de informática própria ou da
associação. Os custos são diferentes e
devem ser consultados via associação ou
pela CHB. RC
15

Revista Canavieiros - Janeiro 2012
16

Notícias Canaoeste

Consecana

A

CIRCULAR Nº 11/11
DATA: 29 de Dezembro de 2011

Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o
mês de DEZEMBRO de 2011 e ajuste parcial da safra 2011/2012. O preço médio do kg de ATR para o mês de DEZEMBRO, referente à Safra 2011/2012, é de R$ 0,5037.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a dezembro de 2011 e acumulados até DEZEMBRO, são apresentados a seguir:

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo
(ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado
externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a dezembro de 2011 e acumulados até DEZEMBRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/11, são os seguintes:

Revista Canavieiros - Janeiro de 2012
Notícias Sicoob Cocred

17

Sindicato Rural de Batatais
lança Cartilha com apoio da
Sicoob Cocred
Paula Venturin / Sicoob Cocred

C

om o objetivo de reduzir a ocorrência de furtos e roubos no campo, o Sindicato Rural de Batatais,
em parceria com a Polícia Militar e apoio
da cooperativa de crédito Sicoob Cocred,
lançou recentemente a “Cartilha sobre
Segurança no Campo”, que traz informações, dicas e orientações para que os
produtores e trabalhadores rurais fiquem
cientes e saibam como se proteger em situações de risco.
A iniciativa, que recebeu atenção e
elogios da Câmara Municipal de Batatais,
é um importante recurso na prevenção de

todo tipo de violência da qual o homem do campo está exposto. Para
aperfeiçoar a prevenção de ações
criminosas e agilizar o atendimento, a Polícia Militar também fará
um mapeamento das propriedades
rurais do município, que receberão
sigla para facilitar a localização e
rastreio por GPS.
A cartilha será entregue aos associados do Sindicato e estarão disponíveis no PAC (Posto de Atendimento ao Cooperado) da Sicoob
Cocred de Batatais. RC

Sistema SICOOB passa a arrecadar
o Simples Nacional

A

partir de janeiro de 2012, o Sistema de Cooperativas de Crédito
SICOOB passa a arrecadar Tributo
Federais através do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). Os empreendedores que possuem negócios vinculados a esse regime já podem quitar as
obrigações de suas empresas no SICOOB.
O recebimento do Simples é mais um
serviço disponibilizado pela cooperativa para beneficiar seus cooperados, que
agora poderão centralizar a movimentação financeira na própria cooperativa.
Além do Simples, o SICOOB está
habilitado para receber o DARF (Docu-

mento de Arrecadação Federal), boletos,
contas de luz, água, telefone, entre outros recebimentos.

Os principais tributos federais recebidos por meio do DAS são:
*Imposto de Renda da Pessoa Jurídica
(IRPJ);
*Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
*Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL);
*Contribuição para o Financiamento
da Seguridade Social (COFINS);
*Contribuição para o PIS/PASEP;
*Contribuição Patronal Previdenciária (CPP);

*Imposto sobre Operações Relativas
à Circulação de Mercadorias e Sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS);
*Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza (ISS);
*Contribuição para a Seguridade Social (GPS).
No momento, as arrecadações no Sicoob foram liberadas apenas no caixa da
cooperativa, tanto para associados quanto não associados. Em breve, os canais
de autoatendimento do Sistema também
serão habilitados para arrecadação. RC
Fonte: Sicoob

Revista Canavieiros - Janeiro 2012
18

Notícias Sicoob Cocred

Balancete Mensal

COOP. CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO
INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - DEZEMBRO/2011

Valores em Reais

Revista Canavieiros - Janeiro de 2012
19

Revista Canavieiros - Janeiro 2012
Safra 2011/12: bem marcada pela
queda da produtividade dos canaviais
20

Fatores ambientais e econômicos foram os principais responsáveis
Carla Rodrigues

I

“

mediatamente antes do início da safra
2011/2012, na grande região de Ribeirão Preto e larga faixa entre Centro do Estado de São Paulo, região canavieira mineira e quase todo Centro Oeste
(Vide Mapa 1), as ”águas de março” de
2011 foram equivalentes (ou até pouco
acima) de um terço da soma anual (ao redor de 1.400mm). Esta condição de precipitação elevada e imprevista, fez com
que o céu ficasse encoberto por muitas
horas diurnas e dias do mês, reduzindo
consideravelmente as necessárias horas
de luz para os canaviais serem colhidos,
prejudicando seu potencial neste período e tendo ainda como consequência em
variedades sensíveis, uma forte indução
floral”, explicou Oswaldo Alonso, consultor agronômico da Canaoeste.
Esta indução faz com que variedades
floríferas, interrompam o seu crescimento vegetativo, ou seja, os entrenós que
se desenvolveram e ficaram à mostra, já
estavam formados no cartucho (palmito)
antes da indução. Depois deste processo
fisiológico da cana, ocorre a diferenciação de crescimento vegetativo (industrializável) para formação da inflorescência
(flexa). Tal foi a intensidade indutiva,

que fez com que a isoporização também
fosse forte e rápida.
De meados de abril a final de setembro, as condições climáticas foram completamente diferentes: “faltou chuva e
muita”, frisa Alonso. Com tamanha indução floral e a falta de umidade no solo e
na planta, as variedades com combinadas
características de florescimento e isoporização, mostraram significativas perdas
de produtividade e impactos negativos na
qualidade e extração do caldo da cana.
“Ao final da safra, ou seja, de outubro
a meados de dezembro, as chuvas ocorreram dentro (próximas) das normalidades climáticas. Mas, infelizmente, não se
tinha mais o que fazer, os impactos negativos do clima já haviam sido estabelecidos”, disse Alonso.
Ainda se referindo às condições climáticas, a partir de agosto de 2009,
ocorreram chuvas acima das médias históricas em quase toda Região Centro-Sul
e, especialmente, na grande região de Ribeirão Preto, culminando com o mês de
setembro (2009), que choveu até 4 vezes
a média.

Revista Canavieiros - Janeiro de 2012

Oswaldo Alonso, consultor
agronômico da Canaoeste

Todos os produtores de cana, independentes ou industriais, fizeram até o
impossível para atender toda a demanda que já estava contratada, entretanto,
as condições climáticas não permitiram
que as operações de colheita fossem conduzidas com a recomendável qualidade
técnica, pois ocorreram fortes pisoteios
em muitas das áreas de colheita, fazendo
21
Mapa 1: Chuvas que ocorreram durante o mês de março em todos os
Estados da Região Centro Sul

Sobre a Safra
2012/13

com que em 2010, dados os períodos de
estiagem ao longo da safra, os canaviais
já mostrassem as consequências.
Economicamente, os preços praticados nas safras 2007/08 e 2008/09 foram
abaixo dos custos de produção, muito
embora fossem observados, em outra
via, corrida de instalações de novas unidades produtoras. Mas, a crise econômica deflagrada ao final de 2008, tornou
o crédito escasso e caro, inviabilizando
muitos projetos de novas unidades e dificultando, ainda mais, os recursos para as
renovações e tratos culturais das unidades tradicionais ou já instaladas
Voltando à safra 2011/2012, além dos
impactos do intenso florescimento/ isoporização e longa estiagem, ocorreram
geadas (até três, em muitas áreas dos
Estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo) que, em vários casos,
provocaram morte do meristema apical
e algumas gemas laterais (de variedades
e colmos que não floresceram). Isto fez
com que todas as programações de colheita – manejo de variedades e idades
– exigissem alterações para evitar perdas
desta matéria prima, pois, os colmos que
sofreram estes efeitos exigiram prioridade de colheita, impossibilitando assim
que o melhor manejo fosse aplicado.

“Esta condição de florescimento, em
quase toda região Centro-Sul, “pegou”
quase todos os produtores desprevenidos.
Houve florescimentos em alguns anos
anteriores, mas não com a intensidade
que ocorreu em 2011/12. As variedades
suscetíveis foram duramente atingidas e
muitos desses canaviais que já estavam
debilitados pela “maior” idade ou pela
falta de pleno trato cultural, sentiram
mais ainda”, explicou o consultor.
Face ao exposto, é importante que
providências sejam tomadas antes e durante esta próxima safra, no sentido de
se (estar atento) efetuar o monitoramento
destas condições climáticas, pelo menos,
para evitar as mesmas consequências do
ano passado.
“Para voltar àquela produtividade média de 85 toneladas de cana/ha, talvez sejam necessários até 3 anos e com níveis
tecnológicos desejáveis em renovações e
tratos culturais pelos produtores de cana,
quer sejam independentes ou unidades
industriais, porém, é imprescindível,
também, que evitem perdas de produtividade e qualidade por: danos de pragas
ou doenças; eventual florescimento; e,
pela colheita mecanizada que, em muitas
situações, tem provocado significativas
perdas de cana”, destacou Alonso.

Para Alonso, falar em previsão antes
do término do verão é difícil, além de
prematuro. O grau de acerto é baixo,
uma vez que prognósticos climáticos
são mais confiáveis dentro de 15 dias,
muito embora, os modelos climáticos
atuais para 2 a 3 meses a frente já sejam mais precisos, mas não dispensam
atualizações, tal como a Canaoeste efetua em seus artigos mensais na Revista
Canavieiros ou, ainda, através de alertas
em seu site.
Entretanto, com as condições climáticas que ocorreram durante a safra
2011/12 e tomando-se como referência
o mês de dezembro de 2011, o setor
sucroenergético ainda acredita que a
produtividade da próxima safra possa
ser igual ou ligeiramente superior à da
safra 2011/12.
Dica constante recomendada pelo
consultor é de que os produtores evitem
sempre lutar contra a natureza, procurando aproveitar o melhor que o clima tem a
oferecer. Também lembra ser importante respeitar a melhor condição de época
de plantio e qualidade da muda, realizar
os tratos culturais necessários, contínuo
monitoramento e controle de pragas.
Além das pragas mais conhecidas,
como a broca, cigarrinha e o migdolus,
é preciso ficar atento a uma nova praga
- o bicudo da cana - que tem provocado
grandes danos, podendo comprometer o
canavial já no terceiro corte.
Já durante o período de moagem os
produtores devem estar atentos para a
qualidade e proporcionalidade de colheita, principalmente aqueles que entregam cana em unidades produtoras
que aplicam o ATR relativo. RC
Revista Canavieiros - Janeiro 2012
22

Notas

Reforma do
Iniciativas no setor sucroenergético
Código Florestal diminuem escassez de mão
de obra qualificada
O setor sucroenergético está entre
os maiores índices de empregabilidade do país, fechando em 1,28 milhões
de pessoas com carteira assinada e
massa salarial de US$ 738 milhões em
2008, ano em que o setor passou por
uma forte crise. É responsável por 2%
do PIB do Brasil, o equivalente a US$
28,2 bilhões, ou quase a totalidade da
riqueza gerada em um ano por um país
como o Uruguai (US$ 32 bilhões). Esses números tendem a aumentar significativamente até 2020, já que para
atender a crescente demanda de etanol
estima-se que serão necessárias cerca
de 150 novas usinas e um investimento de R$ 80 bilhões.

Carla Rossini

Está disponível na Biblioteca da
Canaoeste, em Sertãozinho, a Revista
“Anais do Seminário Reforma do Código Florestal – Buscando uma solução de
consenso”. Tal Seminário foi realizado
no dia 7 de outubro de 2011 na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São
Paulo, e contou com a coordenação do
Conselho de Produtores “Brasil Verde
que Alimenta”.
A revista contêm as apresentações e
trabalhos dos palestrantes que debateram
o tema juto a juristas, técnicos e conhecedores do assunto com diferentes visões,
de forma a obter o máximo de consenso.

Entretanto, apesar dos números expressivos, o setor vivencia um apagão
de mão de obra qualificada. O crescimento acelerado da economia e as
inovações tecnológicas apresentadas
pela indústria exigem do profissional
um nível de conhecimento específico,
seja na área industrial ou agrícola. Os
candidatos que preencherem as expectativas da vaga são mais valorizados,
com remunerações maiores e possibilidade de plano de carreira. Estima-se
que para cargos como subgerente e
gerente executivo, os salários variam
de R$ 8 mil a R$ 15 mil. Entretanto,
a demanda nas usinas e indústrias por
gerentes e diretores capazes de gerir

Parceira das mais renomadas universidades
do país, como UFSCar e USP, a UNICEISE
possui em sua grade, cursos para atender
esta crescente demanda
Iniciando sua terceira turma em março
de 2012, o curso pós graduação (MTA),
um mestrado Lato sensu em Gestão de
Tecnologia Industrial Sucroenergética, a
UNICEISE em parceria com a UFSCar
já formou 77 alunos, se tornando assim
referência entre os profissionais. Voltado
para quem atua ou se interessa pelo setor,
o curso visa fornecer conhecimentos necessários ao gerenciamento das tecnologias na produção sucroenergética.

A UNICEISE também possui outros
cursos em andamento, como o MBA em
Gestão Empresarial no Setor Sucroalcooleiro em parceria com a Fundace/USP
e a Oficina de Planejamento e Gerenciamento de Sistemas Mecanizados Agrícolas, em parceria com a ESALQ/USP.

Revista Canavieiros - Janeiro de 2012

Fonte: Assessoria de Imprensa
CEISE Br

um setor em pleno crescimento é incompatível à oferta de profissionais
no mercado.
Para acompanhar a nova tendência
do mercado, o profissional já encontra
uma gama de cursos de especialização
voltados ao setor sucroenergético, tanto na área administrativa para gerentes
e diretores, quanto na área agrícola e
industrial. Universidades conceituadas
como ESALQ e UFSCar possuem em
sua grade curricular cursos de especialização em gestão agroindustrial, presenciais e à distância, visando tanto o
aluno que ainda cursa graduação como
profissionais que já atuam no mercado.
Encontra-se também a disposição cursos de gestão sustentável, manejo de
solo, irrigação, entre outros.
Engajado em fomentar ações para
o desenvolvimento do setor sucroenergético e preocupado com o apagão de mão-de-obra qualificada que
as indústrias enfrentam, o CEISEBR
- Centro Nacional das Indústrias do
Setor Sucroenergético e Biocombustíveis lançou em 2010 a Universidade
Corporativa do Setor Sucroenergético (UNICEISE), iniciativa que conta
com o apoio da UNICA - União da Indústria de Cana-de-açúcar e a Orplana - Organização dos Plantadores de
Cana do Estado São Paulo.
23

Estudo mapeia aquisições do setor sucroalcooleiro
País tem mais de 430 usinas em operação, distribuídas entre 180 grupos empresariais
O setor sucroalcooleiro é um dos mais
dinâmicos do Brasil que sofreu fortes
mudanças, desde a implantação do Proálcool até as compras de várias unidades industriais nacionais (usinas) por
grandes empresas estrangeiras. E esse
processo não deve mudar. Para os próximos anos, empresas petrolíferas (com
forte poder financeiro), petroquímicas e
de biotecnologia estrangeiras devem dominar as aquisições no setor. Esse foi um
dos resultados da dissertação de mestrado em Administração em Organizações,
do consultor Mairun Junqueira Alves
Pinto, intitulada “Investimentos diretos
estrangeiros no setor sucroenergético”,
desenvolvido na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de
Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP.
Alves Pinto analisou a trajetória dos
investimentos internacionais no setor
sucroenergético no Brasil desde 2000.
Para chegar à conclusão, além do levantamento de negociações, entrevistou especialistas que atuam no setor, incluindo
representantes de empresas estrangeiras.
Os entrevistados foram unânimes em
afirmar que as empresas petrolíferas e as
indústrias químicas, petroquímica e de
biotecnologia, que possuem tecnologia
para agregar valor ao negócio, deverão
ser as principais compradoras no futuro
próximo. “Esse trabalho foi um mapeamento do setor mostrando os diferentes
ciclos de aquisições e um histórico de
quem são essas empresas e o que as motivou a investir no País”, comenta.
Alves Pinto abordou as transformações
em relação aos investimentos estrangeiros
em usinas brasileiras, diferentes ciclos de
desenvolvimento e crise, conquista de novos mercados e desenvolvimento de novos
produtos. Apesar dessas mudanças de cenário, típicas do setor, ele verificou a capacidade de atrair empresas estrangeiras de
diversos países e setores da economia. O
trabalho de Alves Pinto, sob orientação do
professor Marcos Fava Neves, buscou analisar e compreender a evolução desse processo e identificar quais os tipos de empresa estrangeiras realizaram os investimentos
diretos no setor, quais são suas principais
motivações e quais são os fatores que pos-

sivelmente influenciam as decisões quanto
às estratégias de entrada – esse último item
não foi aprofundado no trabalho.
Desde o início do século 21, o setor re-

cebeu entrada forte de capitais de empresas estrangeiras, de diferentes segmentos,
desde tradings companies, do setor açucareiro, petrolíferas, petroquímicas, biotecnológicas e de fundos de investimentos.

Ciclos
Foram identificados três ciclos distintos de entradas dessas empresas internacionais. O primeiro foi marcado pelo
processo de desregulamentação do setor
e emergências das exportações brasileiras de açúcar, com as entradas de quatro
empresas francesas, entre 2000 e 2001:
duas trading companies (Louis Dreyfus
Commodities e Sucden) e duas cooperativas agroindustriais produtoras de açúcar de beterraba (Union DAS/Tereos e
Béghin-Say). Não houve investimentos
estrangeiros nos quatro anos seguintes.
Mas em 2006 verificou-se o segundo ciclo, com a necessidade do mercado internacional em etanol. Aumentou o número
de empresas e de setores (petrolíferas,
petroquímicas, entre outras), com 18
movimentações de investimentos diretos
entre 2006 e 2008 no País.
A crise econômica mundial no segundo semestre de 2008, no entanto, conteve essa euforia. “Essa crise espantou os
‘aventureiros’”, afirma Alves Pinto. Ou
seja, as que buscavam algum tipo lucro
a curto prazo afastaram-se, ficando as
que vislumbravam um negócio a longo prazo. Assim, o terceiro ciclo teve
entrada mais lenta. Em 2009, a Shree

Renuka, a maior produtora de açúcar da
Índia, foi a única estrangeira a realizar
os primeiros investimentos diretos no
setor. Em 2010, houve apenas a entrada da trading suíça Glencor e, até julho
de 2011, a produtora de grãos argentina
Los Grobo e a petrolífera Royal Dutch
Shell, com sede na Holanda, foram as
únicas entrantes do ano.
Apesar da cautela, estrangeiros continuaram investindo no Brasil, aumentando as capacidades de moagem de
suas usinas, saltando de 7%, em 2008,
para 14%, em 2009, 22%, em 2010, e,
finalmente, 32% em 2011. O trabalho
do pesquisador analisou ainda as estratégias dos investidores, que na maioria
das vezes optaram por comprar usinas,
ou com controles compartilhados, e não
montar novas indústrias. O Brasil tem
mais de 430 usinas em operação, distribuídas entre 180 grupos empresariais.
Os interessados em obter mais informações, podem entrar em contato através
do email mairun@markestrat.org, com
Mairun Junqueira Alves Pinto
Fonte: Outras Palavras
Comunicação Empresarial
Revista Canavieiros - Janeiro 2012
24

Opniões

Roberto Rodrigues*

Ano do cooperativismo

O

cooperativismo brasileiro vem
crescendo bastante, impulsionado pelo firme timão da OCB
(Organização das Cooperativas Brasileiras), órgão de cúpula do movimento.

Muita gente acha que esse poderoso
instrumento de organização econômica
da sociedade seja exclusivamente agrícola, o que é um engano. Os números
são notáveis e mostram como o movimento se expandiu na área urbana.
Há dez anos, o Brasil tinha 5.903
cooperativas, das quais 1.411 eram rurais, com 831.654 associados. Na época, cerca de 2.067 eram urbanas, com
2.493.197 associados. No último levantamento da OCB, de dezembro de
2010, as cooperativas urbanas já eram
2.953, com 3.816.026 associados, e as
agrícolas eram 1.548, com 943.054 associados.
As cooperativas urbanas atuam nas
áreas de consumo, educação, habitação,
infraestrutura, produção, saúde, transporte, turismo e, acreditem, a especial
(para pessoas com deficiência).
E, além das rurais e urbanas, existem
as cooperativas de crédito, em número
de 1.064, com mais de 4 milhões de
associados, a grande maioria urbanos,
embora a área rural ainda tenha maior
poder econômico neste sistema. Também, as cooperativas de trabalho, 1.024
no total, são majoritariamente urbanas,
com seus 217 mil associados, mas algumas funcionam no campo também.

O número das que são apenas agropecuárias cresceu 35% nestes dez anos, e
as exclusivamente urbanas, 42%. Mas o
número de associados destas aumentou
53%, enquanto o das agropecuárias, só
13%. É claro que a urbanização crescente do Brasil tem muito a ver com isso,
mas não é o único fator responsável.
Uma cooperativa precisa de três condições básicas para se desenvolver de
maneira positiva:
Em primeiro lugar, precisa ser necessária. Não adianta querer criar uma cooperativa de qualquer tipo se ela não for
sentida, pelos futuros cooperados, como
uma necessidade, capaz de responder às
pressões econômicas a que estão submetidos. Cooperativismo é um movimento
de base, tem que crescer de baixo para
cima, não pode ser imposto.
Em segundo lugar, precisa ser viável
economicamente. Cooperativas são empresas, com a diferença de que o lucro
não é a sua única finalidade; elas são os
instrumentos da doutrina cooperativista
que objetiva “corrigir o social através do
econômico”. Portanto, a cooperativa -de
qualquer ramo- oferece ao seu cooperado
serviços que lhe permitam evoluir economicamente. Mas, mesmo tendo alto
viés social, é uma empresa e, como tal,
tem que ser eficiente e lucrativa. Por isso
tudo, criar uma cooperativa sem nenhum
capital é vê-la nascer morta.
E, por fim, é preciso que haja espírito associativo, com liderança capaz de
conduzir o processo.
Ora, a rápida urbanização do país
trouxe para as cidades demandas estruturais, tendo em vista melhorar a renda dos cidadãos. Estes se organizaram
então em cooperativas de trabalho, de
consumo, de saúde, de educação, de habitação, de crédito etc., e o movimento
ganhou uma dimensão tão espetacular
quanto a que aconteceu em outros países do mundo pelas mesmas razões.
Tudo isso foi potencializado pelo

Revista Canavieiros - Janeiro de 2012

vigoroso processo de globalização da
economia que produziu exclusão social
e concentração da riqueza, dois inimigos mortais da democracia e da paz.
Os excluídos se agruparam em cooperativas e com isso também mitigaram a concentração, transformando-se em bastiões
aliados dos governos democráticos pela
sustentação da paz. Aqui e no mundo todo.
É bom lembrar que existem cooperativas em todos os países, e o número total de seus associados é próximo a 1 bilhão de pessoas. Se cada qual tiver três
agregados, são 4 bilhões de terráqueos
ligados direta ou indiretamente ao cooperativismo, constituindo o mais gigantesco contingente humano em defesa da
democracia e da paz universal.
Não é por outra razão que a ONU declarou 2012 como o Ano Internacional
do Cooperativismo. E pela mesma razão esse extraordinário movimento bem
que merece o Prêmio Nobel da Paz. RC
Roberto Rodrigues é coordenador
do Centro de Agronegócio da FGVFundação Getúlio Vargas, professor
da Unesp-Jaboticabal e foi ministro
da Agricultura
Fonte: Folha de S. Paulo
25

Biblioteca “General Álvaro Tavares Carmo”
“A obra, que ora se apresenta, reúne
uma coleção, devidamente sistematizada,
de Tabelas e Figuras, contendo preciosas
informações técnicas coletadas e adaptadas de vinte e quatro unidades agroindustriais que compõem o Setor Sucroenergético da região nordeste do Estado
de São Paulo, na safra 2010/2011.
Editada pela Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de
São Paulo – CANAOESTE, os autores
esmiúçam os desempenhos das diferentes unidades, ao longo da safra, de forma
clara, didática e de simples entendimento, porém mantendo os aspectos técnicos
com toda a sua essência e requintes que
caracterizam o momento por que passa
o setor.
A qualidade técnica dos autores é indiscutível. São profissionais do mais alto
nível e importantes no cenário sucroenergético brasileiro, o que é corroborado
pelos cargos que ocupam, pelas funções

que vêm desempenhando, de longa data,
além das posições que adotam, sempre
caracterizadas, sobretudo, pelo profissionalismo em grau elevado.”
SILVA, Thiago de Andrade. CANAOESTE: Relatório de fechamento Unidades
Industriais Safra 2010/2011. SILVA, Thiago de Andrade, TASSO Jr., Luiz Carlos,
ORTOLAN, Manoel Carlos de Azevedo.
Sertãozinho: CANAOESTE, 2011.

Além desses materiais, o Departamento de Topografia da Canaoeste desenvolveu o primeiro “Caderno de Mapas - Fornecedores Usina Virálcool”,
com informações das propriedades (corte, plantio, variedade e reformas) dos
fornecedores, com a finalidade de criar
um banco de dados, que será atualizado
anualmente. Posteriormente, este mesmo
material será desenvolvido para as outras
unidades industriais.

A Canaoeste também disponibiliza
para seus associados o material “Tópicos
especiais: inovações tecnológicas na produção de cana-de-açúcar e co-geração de
energia”, disponibilizado em CD-ROM e
editado por Dr. Luiz Carlos Tasso Júnior
e Prof. Dr. Marcos Omir Marques. Tratase de palestras e capítulos que têm como
tema central o setor sucro-energético,
abordado durante a disciplina oferecida pelo programa de Pós-graduação em
produção vegetal pela FCAV/UNESP no
período de 07/10/2011 à 16/12/2011.
Estes materiais estão disponíveis na
biblioteca da Canaoeste, situada na Rua
Augusto Zanini, 1461 - Sertãozinho-SP

Revista Canavieiros - Janeiro 2012
26

Informações Setoriais

Chuvas de dezembro e Prognósticos
Climáticos de janeiro a março
No quadro a seguir, são apresentadas as chuvas do mês de DEZEMBRO de 2011.

Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Técnico Agronômico da Canaoeste

A média das observações de chuvas
anotadas durante o mês de dezembro
(186mm) ficou aquém da média das normalidades climáticas de todos os locais
informados (261mm). O único local com
chuvas acima de sua média foi registrado
na LDCSEV MB. Nota-se que, a exemplo
de novembro, a distribuição das chuvas
na região foi irregular.

O

Mapa 1, que se refere ao período até 14 a 16 de dezembro,
mostra que havia estreitas faixas
no Centro e Norte com baixa disponibilidade de Água no Solo e já crítico no
extemo Noroeste do Estado que, como
poderão notar no Mapa 3, acentuou-se
durante a segunda quinzena do mês.

Nos Mapas 2 e 3, que pela ordem
correspondem aos finais dos meses de
dezembro de 2010 e 2011, nota-se semelhança dos baixos e até críticos índices
de disponibilidades de Água no Solo que
observados entre o Centro ao Oeste do
Estado. Enquanto que, em dezembro de
2010, na faixa Leste do estado, mostra-

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 14 a 16 de DEZEMBRO de 2011

Revista Canavieiros - Janeiro de 2012

va-se com área bem maior de índice favorável de Disponibilidade de Água no
Solo que no mesmo mês de 2011.
Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a Canaoeste resume o
prognóstico climático de consenso entre
INMET-Instituto Nacional de Meteoro-

Mapa 2:- Água Disponível no Solo
27
logia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de janeiro
a março, conforme mostrado no Mapa 4.
• Para os meses janeiro a março, as
temperaturas médias deverão ser próximas das respectivas médias históricas
em toda Região Centro Sul;
• Com relação às chuvas, durante o
mesmo período, “ficarão” em torno das
normais climáticas, mas com probabilidade de ocorrência de chuvas abaixo
das respectivas médias nestes próximos
meses no Rio Grande do Sul e oeste de
Santa Catarina, já como consequência
“da volta” do fenômeno La Niña;
• Como referência de normais climáticas para Ribeirão Preto e municípios vizinhos, pelo Centro de Cana-IAC, as médias
de chuvas são: 280mm em janeiro, 220mm
em fevereiro e 170mm em março.
Por sua vez, a SOMAR Meteorologia
assinala, com apoio de modelo de previsão climática mais recente que, para
esta região de abrangência da Canaoesteas somas de chuvas de janeiro a abril
poderão ser próximas das respectivas
médias históricas. Entretanto, a Zona de
Convergência do Atlântico Sul, fenômeno climático que tem provocado intensas
chuvas na faixa Minas Gerais-Espirito
Santo-Rio de Janeiro, está migrando para

o ao final de DEZEMBRO de 2010.

São Paulo por duas a três semanas, fazendo com que se intensifique as chuvas
neste estado durante o restante do mês
de janeiro, podendo voltar à normalidade
após início do mês ou na segunda semana de fevereiro.

Mapa 4:- Adaptação pela CANAOESTE do
Prognóstico de Consenso entre INMET e INPE para
o trimestre janeiro-março. Prognóstico este não muito
diferente dos anteriores.

Mesmo que com muita antecedência,
deve-se citar que a climatologia para (2ª
quinzena, principalmente) março poderá
ser mais favorável às operações de plantio da cana e até, no máximo, a primeira
quinzena de abril.
Face estas previsões climáticas para
estes próximos meses, a Canaoeste recomenda aos produtores de cana muitas
atenções mesmo - em monitoramentos/
controles de pragas (leia-se, cigarrinhas), doenças e ervas daninhas. Recomenda, também, que em canaviais sem
falhas e já com cobertura total do solo
possam proceder à adubação foliar (até
o final de janeiro) com N-Nitrogênio +
Mo-Molibdênio, visando aumentar produtividade para a próxima safra, face à
crescente demanda por matéria prima na
próxima safra.
Mas, atenção! Qualidade das mudas
é fundamental para assegurar produtividade e longevidade dos canaviais. A
relação custo/benefício é por demais de

favorável quando se empregam mudas
sadias.
Estes prognósticos serão revistos a
cada edição da Revista Canavieiros.
Prognósticos climáticos relevantes ou
fatos serão noticiados em nosso site
www.canaoeste.com.br
Persistindo dúvidas, consultem os
Técnicos mais próximos ou através do
Fale Conosco Canaoeste. RC

Mapa 3:- Água Disponível no Solo ao final de DEZEMBRO de 2011.

RC

Revista Canavieiros - Janeiro 2012
28

Pragas e Doenças

A ameaça dos canaviais
Uma praga antessecundária, agora é motivo de grande preocupação aos produtores de cana
Antonio Carlos Cussiol Júnior - engenheiro agrônomo da Canaoeste

O

Sphenóphorus Levis mais conhecido como bicudo da cana-de-açúcar,
vem preocupando os produtores da
região Centro-Sul do Brasil, devido a voracidade destrutiva que o inseto possui.

Até meados de 1990, a praga estava
restrita a 14 municípios da região de Piracicaba, já em 2004 passava de 30 municípios e em 2006 o número chegou a
53 municípios catalogados. Atualmente,
este número é bem maior e além disso, é
possível encontrar a praga no Estado de
Minas Gerais.
Esta disseminação provavelmente foi
e continua sendo rápida porque envolve
o transito de mudas sem o cuidado com
a sanidade. O inseto não possui o hábito
de voar a longas distâncias, tornando sua
dispersão lenta, porém em cima de um
caminhão transportando muda com ovos
ou adultos podem andar a grandes velocidades e distância.
O inseto é da família dos curculionídeos, as fêmeas perfuram a base do
colmo ou dos perfilhos com sua mandíbula presente em seu “bico”, inserindo
os ovos no interior do colmo. Possuem

Figura 1: Ciclo de Vida Sphenophorus Levis

ainda uma capacidade média de ovopositar de até 70 ovos durante sua vida. Os
ovos são de coloração branca, eclodindo
após 7 a 12 dias, originando as larvas
de coloração branca leitosa, que se alimentam de tecidos do interior do colmo.
Os danos observados são galerias que
podem provocar a morte das plantas ou

torná-las sensíveis. Depois de aproximadamente 60 dias dessa fase, as larvas se
preparam para empupar, construindo sua
câmara pupal no interior do colmo sem
se alimentar por aproximadamente 15
dias. Quando chegam a fase adulta perduram por aproximadamente 220 dias,
dando sequência ao ciclo.

Diferenças entre Sphenophoruslevis e Metamasiushemipterus
As larvas diferem-se na curvatura de
seu abdômen. A larva do Sphenophorus
é menos acentuada, além de possuir um
W de coloração marrom acima de sua
cabeça, seu casulo é feito com seragem
fina. Isso a diferencia do Metamasius
que é confeccionado com fibras longas,
rígido e de formato bem definido.
Os adultos diferem-se em sua coloração sendo que o Sphenophorus é de
coloração marrom com manchas mais
claras e o Metamasius possui faixas
alaranjadas e pretas como na figura 2.
Porém o Metamasius não consegue
perfurar os colmos para inserir seus
ovos, colocando-os apenas em portas
abertas como, por exemplo, colmos
quebrados e brocados.
Figura 2: diferenças entre Sphenophoruslevis e Metamasiushemipterus
Revista Canavieiros - Janeiro de 2012
29

O sintoma visível é a seca progressiva das folhas, ou seja, inicia-se nas
folhas mais velhas estendendo para as
mais novas, podendo levar à morte do
perfilho, notando ainda grandes falhas
no canavial uma grande invasão de
plantas daninhas, já que ocorre certa
dificuldade de fechamento do canavial e com isso a perda média pode
chegar a 25 toneladas de cana por
hectare/ano.
O controle dessa praga é difícil devido ao local onde as larvas encontramse, dificultando o contato da mesma
com os inseticidas. Os adultos, por sua
vez, demonstram uma grande preferên-

Sintomas Visíveis:

Falhas causadas por Sphenophoruslevis

cia por horas e locais mais frescos. A
palha da colheita mecanizada contribui
para isso, além do comportamento de

tanatose, ou seja, fingem de mortos desestimulando sua predação por inimigos naturais.

Metodologia de amostragem:

Os levantamentos são realizados com
aberturas de trincheiras (0,5m x 0,5m por
0,3 de profundidade) sendo necessários
no mínimo 2 pontos por hectare coletando e anotando todas as formas biológicas
encontradas. A melhor época para realizar
esse levantamento é entre os meses de
maio a setembro quando a concentração
de larvas e pupas são maiores.
Já o levantamento populacional de
adultos é realizado com iscas tóxicas
confeccionadas com toletes de cana de
aproximadamente 30 cm partidos ao
meio, embebidos em solução de CAR-

Iscas tóxicas colocadas no canavial e após capturar Sphenophorus

BARYL 85 PM na concentração de
1,25% por 24 horas. Esses toletes são
distribuídos na quantia de 200 iscas por
hectare, colocadas na base do colmo com
área partida para baixo e cobertas com

Controle em plantio e soqueira

Atualmente os produtos existentes no
mercado não conseguem nível satisfatório
de controle em cana soca, não ultrapassam
os 70%, por isso a importância no cuidado
da implantação dos novos canaviais.
Resultados satisfatórios vem sendo
observados quando realiza-se um conjunto de medidas corretivas na reforma
do canavial sendo elas:
- Utilização do elimidador de soqueiras
preferencialmente de maio a setembro,
arrancando duas ruas e pulando duas, que
serão eliminadas 15 dias depois;
- Utilizar rotação de cultura (preferencialmente soja e amendoim devido ao
uso de inseticidas diferentes dos utilizados na cultura da cana e que possivelmente ajudam neste controle);
-Utilização de mudas isenta de qualquer
forma biológica do inseto, em caso de dú-

palha quando possível. Indica-se, preferencialmente, realizar o levantamento de
outubro a março e obrigatoriamente em
viveiros nas regiões aonde já foi constatado a presença do inseto.

Conclusão:

Implemento cortando a soqueira

vida, realizar o corte basal mais alto;
-Utilização de inseticidas no fundo do
sulco.
No caso da soqueira, os resultados
que minimizam as perdas é a utilização de inseticidas cortando a soqueira,
preferencialmente nos meses de maio a
setembro ou pulverização dos fungos beauvériabassiana, Methariziumanisopliae,
ou ainda da bactéria bacillusthuringiensesnos - meses de outubro a março.

Especialmente em 2012, com a corrida para buscar o aumento de produtividade, o ideal é tomar cuidado com as
mudas a serem utilizadas, verificando a
sanidade do viveiro, bem como, a possível existência de sphenophorus, evitando assim, o aumento dessa praga de
difícil controle. RC
Revista Canavieiros - Janeiro 2012
30

Safra Canavieira

Moagem de cana praticamente encerrada no
Centro-Sul atinge 492,23 milhões de toneladas
até 1º de janeiro

Uma praga antessecundária, agora é motivo de grande preocupação aos produtores de cana

O

volume de cana-de-açúcar processado até 1º de janeiro pelas unidades produtoras da região CentroSul do Brasil somou 492,23 milhões de
toneladas no acumulado desde o início
da safra. O total para o mesmo período da
safra anterior foi de 555,39 milhões de toneladas. No mês de dezembro, a moagem
somou 3,65 milhões de toneladas, 67,61%
abaixo do valor registrado em dezembro de
2010 (11,27 milhões de toneladas).
O diretor técnico da UNICA - União
da Indústria da Cana-de-açúcar, Antonio de Padua Rodrigues, explica que “os
valores observados até o momento são
praticamente os números finais da safra
2011/2012 da região Centro-Sul, pois
ocorrerão apenas ajustes marginais até o
final de março.”
O executivo afirma que apenas 7 unidades estão em operação em janeiro de
2012: uma usina no Estado do Paraná,
quatro em Mato Grosso do Sul e duas em
Minas Gerais. A produção adicional dessas usinas deve ser residual comparada
ao volume total do Centro-Sul.
Produção de açúcar e etanol
A produção de açúcar, acumulada
desde o início da safra até o final de dezembro, atingiu 31,17 milhões de toneladas, recuo de 6,86% comparativamente a
igual período de 2010. No tocante ao etanol, esta queda foi de 18,74%, com 20,56
bilhões de litros produzidos na safra atual
(2011/2012), dos quais 12,66 bilhões de
litros de etanol hidratado e 7,90 bilhões
de litros de etanol anidro.
Em dezembro de 2011, a fabricação
de açúcar alcançou 178,58 mil toneladas, contra 437,10 mil toneladas verificadas no ano anterior. Já a produção de
etanol somou 183,67 milhões de litros,
sendo 166,68 milhões de litros de etanol
hidratado e 16,99 milhões de litros de
etanol anidro.
Considerando que a safra atual está
praticamente encerrada, e comparando-

se os valores acumulados até dezembro
com os dados finais da safra 2010/2011,
observa-se uma retração da moagem de
11,62% (492,23 milhões de toneladas até
dezembro de 2011 contra 556,95 milhões
na safra 2010/2011. As produções de
açúcar e de etanol estão 6,95% e 19,00%
menores do que na safra anterior, respectivamente. O volume produzido de
etanol anidro apresentou crescimento de
6,59%, enquanto o etanol hidratado registrou queda de 29,56%.
Qualidade da matéria-prima
No acumulado até 31 de dezembro
de 2011, a quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de
cana-de-açúcar atingiu 137,65 kg, 2,09%
inferior aos 140,58 kg verificados em
igual período do ano anterior.
No comparativo mensal, a concentração
de ATR por tonelada de matéria-prima totalizou 136,04 kg em dezembro de 2011,
ante 122,65 kg no mesmo mês de 2010.
Mix de produção
No acumulado desde o início desta
safra, a proporção de cana-de-açúcar
destinada à produção de etanol alcançou
51,71%. A exemplo do que vem ocorrendo nas últimas nove safras, a maior
parte da cana processada no Centro-Sul
continua sendo direcionada para a produção de etanol. Porém, o percentual na
atual safra é inferior aos 55,01% observados em igual período de 2010 e aos
55,07% registrados nos dados finais da
safra anterior.
Em dezembro, 62,25% da matériaprima processada destinaram-se à fabricação de etanol, contra 66,80% verificados naquele mesmo mês do ano anterior.
Vendas de etanol
O volume de etanol comercializado pelas unidades produtoras da região Centro-Sul, desde o início da safra 2011/2012 até 1º de janeiro, somou
16,15 bilhões de litros (6,10 bilhões de

Revista Canavieiros - Janeiro de 2012

litros de etanol anidro e 10,05 bilhões de
litros de etanol hidratado), uma redução
de 19,34% comparativamente a igual
período da safra 2010/2011. Deste total,
1,64 bilhão de litros foram exportados,
e 14,51 bilhões de litros destinados ao
mercado doméstico.
Em dezembro, as vendas alcançaram
1,52 bilhão de litros, contra 2,22 bilhões de
litros apurados no mesmo mês de 2010, e
1,75 bilhão de litros contabilizados em novembro de 2011. Este recuo reflete a forte
queda do volume vendido de etanol hidratado: 866,20 milhões de litros comercializados, dos quais 841,68 milhões de litros destinados ao mercado interno, ante 1,51 bilhão
de litros verificados em dezembro de 2010.
Em relação ao etanol anidro, a venda
mensal somou 654,50 milhões de litros,
quantidade praticamente estável quando
comparada aos 658,09 milhões de litros
comercializados em dezembro de 2010.
Daquele volume, 86,87 milhões de litros
direcionaram-se à exportação e 567,63 milhões de litros ao abastecimento doméstico
- 6,57% abaixo dos 607,52 milhões de litros observados em dezembro de 2010.
Para o diretor da UNICA, “as vendas de
etanol das unidades produtoras ao mercado doméstico em dezembro apresentaram
um ligeiro decréscimo, devido à transferência de etanol da região Norte-Nordeste
para alguns estados do Centro-Sul, além
da chegada de alguns navios com etanol
anidro importado naquele mês”.
O volume de etanol importado de abril a
dezembro de 2011 totalizou 1,13 bilhão de
litros. Desse montante, 704,97 milhões de
litros desembarcaram em portos da região
Centro-Sul e 420,93 na região Norte-Nordeste. O volume de etanol importado permitiu
um aumento significativo na oferta de etanol
anidro carburante para o mercado doméstico,
acrescentou o executivo da UNICA. RC
Fonte: UNICA - União da Indústria
da Cana-de-açúcar
Assuntos Legais

31

Competência Ambiental

N

o dia 08 de dezembro de 2011, a
presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei Complementar nº
140, que regulamentando o artigo 23, da
Constituição Federal, instituiu normas de
cooperação entre a União, os Estados e
Distrito Federal e os Municípios, no que
concerne as ações de proteção ao meio
ambiente, mais precisamente ao exercício da competência de cada um nas praticas de controle e fiscalização.
Referida forma de cooperação poderá
ser feita, também, via convênio, desde
que o órgão pretendente possua técnicos
suficientes e capacitados, bem como um
conselho de meio ambiente
Na prática, tal lei elimina a sobreposição de competências dos entes federativos
para fiscalizar e controlar as atividades
potencialmente poluidoras, esclarecendo
ao empreendedor qual o órgão responsá-

vel para o licenciamento e fiscalização de
sua atividade, o que significa que somente
um ente terá tal poder, diferentemente do
que ocorre atualmente, onde vários órgãos
licenciam, fiscalizam e aplicam penalidades à mesma atividade.
Cada ente federativo, portanto, será
responsável pela fiscalização do que
autorizou. Se foi órgão federal, será a
União; se órgão estadual, o Estado; e, se
for municipal, o Município.
Sendo os licenciamentos autorizados
por um único ente, certamente que ficará
a critério desse o estabelecimento de valores das taxas a serem cobradas.
Também se acrescentou na novel lei
que o empreendedor terá prazo de 120
(cento e vinte) dias antes do vencimento
da licença para pleitear a sua renovação,
ficando prorrogada automaticamente re-

Juliano Bortoloti
Advogado da Canaoeste

ferida licença “até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente.”
Aspecto importante que decorre de
tudo isso será a uniformização dos procedimentos pertinentes às exigências e
condicionantes para a obtenção de uma
licença ambiental. Tudo estará mais claro ao empreendedor e, certamente, lhe
trará mais segurança jurídica. RC

Revista Canavieiros - Janeiro 2012
32

VENDE-SE
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RIM600 com borbulheira registrada;
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1” e saída ¾”, monofásica, marca WEG
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Revista Canavieiros - Janeiro de 2012

mo estado;
- 01 carroceria Fachini para cana inteira reforçada. Comprimento:8m e largura:
2,6m.- em ótimo estado;
- 01 carroceria Galego reforçada para
cana inteira e de planta de cana. Comprimento: 8m e largura:2,6m - em ótimo
estado;
- 01 cultivador DMB com 2 caixas para
adubo, acoplado de grade com 8 discos
cada linha, acionamento lateral com corrente podendo trabalhar com trator abaixo de 100cv - em ótimo estado;
- 01 colheitadeira de cana CASE
A7700 (esteira), motor Cummins M11,
despontador, disco de corte lateral, auto
tracks (copiador de solo), elevador estendido. Ano de fabricação 2009 - em ótimo
estado;
- 04 reboques agrícolas (transbordo)
SMR, ano 2009 (Sermag), chassis duplo
- em ótimo estado;
- 01 caminhão FORD 5032, ano 2006,
4x4, traçado, pneus semi-novos, com
carroceria canavieira (GOYDO), fabricada no ano 2009, com cabos de aço e
cambão. Comprimento: 8m - em ótimo
estado;
- 02 reboques 2 eixos (GOYDO), ano
2009, com cabos de aço e cambão e
pneus em bom estado (1000/20). Comprimento: 8,20m, altura: 4,40m e largura: 2,60m;
- 01 carroceria de planta de cana;
- 01 roçadeira Kamak central e semi
lateral. Largura: 1,70m e comprimento:
1,70m.
Tratar pelos telefones: (17) 3281.5120
- Luciana/ (17) 8158.1010 – Marcus/(17)
8158.0999 – Nelson.
VENDE-SE
- 01 triturador de milho, marca KG,
com produção de 3.000kg por hora e painel de controle.
Tratar com: Antonio Frias Penhalvel
pelo telefone: (19)3561.3103.
VENDEM-SE
- 36 alqueires na região de Fernandópolis. Planta 27 alqueires. Valor: R$
35.000,00/ alqueire – 60 toneladas de
33
renda/alqueire;
-125 alqueires na região de Fernandópolis. Planta 100 alqueires. Valor: R$
43.000,00/alqueire – 50 toneladas de
renda/alqueires;
-100 alqueires na região de Jales.
Planta 86 alqueires. Valor: R$ 40.000/
alqueire – 60 toneladas de renda/alqueire;
- 450 alqueires na região de Franca. Planta 350 alqueires. Valor: R$
65.000,00/alqueire;
- 117 alqueirão na região de Frutal/
MG. Planta 95 alqueires de cana. Valor:
R$ 70.000,00/alqueirão;
- 1050 alqueires paulista na região
de Inocência/MS, localizado a 25 km
da cidade. Possui 80% de cultura, sede,
dois retiros completos – brete – balança,
quatro casas de empregados e três curralamas. Todas as repartições têm água
natural. Valor: R$ 15.000,00/alqueire.
- 180 alqueirão na região de Conceição das Alagoas/MG. Planta 120 alqueirões de soja e terra massapé. Valor: R$
65.000,00/alqueirão.
- 15 alqueirão na região de Campo
Florido/MG. Planta 13 alqueirão. Valor:
R$ 60.000,00/alqueirão – terra roxa;
- 16 alqueirão na região de Campo
Florido/MG. Planta 13 alqueirão de
cana. Valor: R$ 65.000,00/alqueirão terra roxa;
- 160 alqueires na região de Andradina/SP. Planta 150 alqueires de cana.
Valor: R$ 35.000,00/alqueire - terra de
cultura;
- 54 alqueires na região de Votuporanga. Planta 50 alqueires de cana. Valor:
37.000,00/alqueire;
- 186 alqueirão na região de Ituiutaba/
GO. Planta 120 alqueires de cana. Valor:
R$ 50.000,00/alqueirão - terra roxa.
Tratar com Wilson Perticarrari ou
Amaral pelos telefones: (16) 9174.8183/
(16) 9739.9340 / (16) 8217.1255
VENDEM-SE
- 01 colhedora de amendoim, marca
Double Master II, fabricada em 2004;
- 01 arrancador de amendoim KMC;
- 01 trator Valmet, modelo 1380, fabricado em 2005;
- 01 trattor Valmet, modelo 1680, fabricado em 2001;
- 01 trator Valmet, modelo 1580, fabricado em 2002;
- 01 caminhão Mercedes, toco 1971,
com pólen de caçamba de entulho,
acompanhado com 50 caçambas de
3m³ Tratar com Rui pelo telefone: (16)
9187.1027

Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer
algumas dúvidas a respeito do português.

“Jamais haverá ano novo, se continuar a copiar os
erros dos anos velhos.” Luís de Camões
1) Maria escreveu no e-mail os nomes próprios “sem
trema” como: Bunchen, Muller, Hubner...
... e errou!!!
A regra geral do trema, segundo o Novo Acordo Ortográfico, não será mais usado,
MAS permanecerá em nomes próprios.
O correto nos exemplos acima é grafar o trema nas vogais “u”.
2) “VÊEM” as datas festivas com alegria!!!
Prezado amigo leitor para as palavras também ficarem “ alegres”,
precisa saber a nova ortografia!!!
O correto é: VEEM.
Segundo o Novo Acordo Ortográfico, palavras com duplo “e” não terão mais
acento circunflexo.
3)Almoçou muito e sentiu “enjôo”?
...alimentar na medida certa e conhecer as novas regras ortográficas, não dão enjoo!
O correto é: enjoo (sem acento).
Segundo o Novo Acordo Ortográfico, palavras com duplo “o” não terão mais
acento circunflexo.
Antes: enjôo
Novo Acordo: enjoo
PARA VOCÊ PENSAR:

“Os bons vi sempre passar/ No mundo graves tormentos;/ E para mais me
espantar/ Os maus vi sempre nadar/ Em
mar de contentamentos.”
Luís de Camões

“ Ouve-me, então, com o teu corpo
inteiro.”
Clarice Lispector

Dicas e sugestões, entre em contato: renatacs@convex.com.br
* Advogada, Prof. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários
livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.

Revista Canavieiros - Janeiro 2012
34

Eventos em Fevereiro 2012
Seminário Stab – Florescimento e Maturação / Fisiologias e suas aplicações
Data: 09/02/12
Local: Centro de Convenções da Cana – IAC (Instituto
Agronômico) - Ribeirão Preto / SP
Cursos de Inseminação Artificial CRV Lagoa
Data: de 06/02 a 10/02 // de 13/02 a 17/02 // de 27/02 a 02/03
Local: CRV Lagoa – Sertãozinho – SP
Informações: www.crvlagoa.com.br // (16) 2105 2299

28ª. Reunião Anual do Ensaio de Proficiência
IAC para Laboratórios de Análise de Solos
Data: 28/02/2012
Local: Anfiteatro Otávio Tisselli Filho, Av. Barão de Itapura, nº 1481 - Campinas - SP
Informações com: Heitor Cantarella
Site: www.iac.sp.gov.br/
Telefone: (19) 2137-0750
E-mail: cantarella@iac.sp.gov.br

Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”
Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão
O GAPE (Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão) foi fundado no dia 11 de
agosto de 1997 e é formado por um grupo
de 16 estagiários da Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”. O principal objetivo do grupo é contribuir para o
desenvolvimento agrícola do país, através
da adoção do Plantio Direto, tornando a
atividade agropecuária mais rentável economicamente, sem causar impactos ao
ambiente, através da geração de conhecimentos nas áreas de nutrição de plantas,
fertilidade do solo, adubos e adubação
para diversas culturas, além da formação
de profissionais altamente capacitados
para atuar no setor agropecuário.
Segundo o coordenador do grupo,
Prof. Dr. Godofredo Cesar Vitti, a principal “diferença” que o GAPE faz hoje,
é formar Engenheiros Agrônomos bem
preparados para o mercado, tanto tecnicamente como pessoalmente. Através da
vivência e participação do aluno no estágio, ele irá adquirir ensinamentos que
dificilmente seriam adquiridos em sala
de aula, preparando-o para o mercado
de trabalho. “A contribuição que o grupo
oferece ao setor surge da constante busca
pela melhoria da produtividade sem causar danos ao ambiente, e isso é feito através da pesquisa e posterior extensão para
as unidades produtoras”, disse Vitti.
O grupo realiza atividades nas áreas de pesquisa e extensão universitária,
transmitindo conhecimentos adquiridos
na Universidade para as pessoas ligadas

à atividade agropecuária. Dentre suas
atividades, pode-se citar:
- Pesquisas relacionadas ao setor agropecuário, em convênio com órgãos oficiais
de pesquisa, cooperativas, empresas públicas e privadas, objetivando definir melhores doses de fertilizantes a serem aplicados,
com objetivo de alcançar maiores produções e menores impactos ambientais;
- Orientação a engenheiros agrônomos,
técnicos e produtores rurais da região
de Piracicaba e demais regiões do país,
levando-lhes informações que propiciem
melhores condições de trabalhar por uma
atividade agrícola mais rentável;
- Visitas técnicas a empresas, propriedades rurais e centros de pesquisa;
- Assessoria a pequenos produtores rurais
da região de Piracicaba, que se encontram
carentes de informações técnicas e desestimulados com a atividade agropecuária;
- Elaboração de artigos e informativos
técnicos visando transmitir novas tecnologias e tornar público conhecimentos da
atividade agropecuária, de forma que os
produtores sejam mais bem esclarecidos;
- Organização de eventos de divulgação científica e técnica, como simpósios
e palestras, com o objetivo de diminuir a
distância entre Universidade e Produtores rurais da região de Piracicaba, visando trazer desenvolvimento à agricultura
regional e crescimento econômico de
seus produtores;
- Projetos de assessoria na área de poluição ambiental, visando proporcionar
agricultura mais sustentável e sem causar danos ambientais;

Revista Canavieiros - Janeiro de 2012

Organização de
eventos
O grupo também organiza eventos
de divulgação científica e técnica, como
simpósios e palestras, com o objetivo de
diminuir a distância entre Universidade
e Produtores rurais da região de Piracicaba, visando trazer desenvolvimento à
agricultura regional e crescimento econômico de seus produtores.
No ano de 2011 o GAPE organizou o
V Simpósio Tecnologia de Produção de
Cana-de-açúcar, que contou com a participação de 800 pessoas. Nos dias 4, 5 e 6
de julho de 2012 será realizado o Simpósio de Micronutrientes e Magnésio.

Em fevereiro deste ano será realizada
a segunda Expedição Sistema Plantio
Direto, que oferece para 40 alunos da
ESALQ a oportunidade de visitar durante uma semana, propriedades e empresas
do estado do Paraná, ligadas ao tema. O
custo da expedição e coberto por empresas patrocinadoras. RC
Fonte: GAPE
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Revista Canavieiros - Janeiro 2012
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  • 2. 2 Revista Canavieiros - Janeiro de 2012
  • 3. Editorial Expediente: Conselho Editorial: Antonio Eduardo Tonielo Augusto César Strini Paixão Clóvis Aparecido Vanzella Manoel Carlos de Azevedo Ortolan Manoel Sérgio Sicchieri Oscar Bisson Editora: Carla Rossini - MTb 39.788 Projeto gráfico e Diagramação: Rafael H. Mermejo Equipe de redação e fotos: Carla Rodrigues - MTb 55.115 Murilo Sicchieri Rafael H. Mermejo Comercial e Publicidade: Marília F. Palaveri (16) 3946-3300 - Ramal: 2008 atendimento@revistacanavieiros.com.br comercial@revistacanavieiros.com.br Impressão: São Francisco Gráfica e Editora Ltda Tiragem: 11.000 exemplares ISSN: 1982-1530 A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte. Endereço da Redação: A/C Revista Canavieiros Rua Augusto Zanini, 1591 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-550 Fone: (16) 3946 3300 - (ramal 2190) www.revistacanavieiros.com.br redacao@revistacanavieiros.com.br Produtividade x Investimento D iante da proximidade do início da safra 2012/13 e da falta de investimentos para realizar a renovação nos canaviais, os produtores ainda não sabem qual direção seguir para alcançar o potencial máximo de produção. De acordo com Oswaldo Alonso, consultor agronômico da Canaoeste, a safra 2011/12 foi marcada pela queda da produtividade e os principais fatores contribuintes foram os ambientais e econômicos. Veja na “Reportagem de Capa” desta edição uma retrospectiva da safra passada, assim como alertas para o produtor alcançar uma boa produção na próxima safra. O entrevistado deste mês é o secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Anibal. Com experiência suficiente para falar sobre o assunto, Anibal, aborda o potencial brasileiro em geração de energia. Em sua opinião, a diversificação da matriz energética é bem vinda em qualquer situação, principalmente se for por meio de energias renováveis. Patrícia Millan, diretora executiva da Abag-RP (Associação Brasileira do Agronegócio de Ribeirão Preto) assina o “Ponto de Vista” desta edição. Em sua opinião o agronegócio brasileiro é um setor da economia com características únicas e propõe para 2012, um ano baseado em equilíbrio e estratégias de investimento. Nas páginas de “Notícias Canaoeste” o leitor acompanha a parceria realizada entre a associação e a CHB Sistemas para investimentos em tecnologia. Essa parceria irá proporcionar ao produtor uma gestão moderna para controle de custos. Em “Notícias Copercana” é possível conferir o encontro de fornecedores da região de Frutal, realizado pela cooperativa, Usina Cerradão e RC www.twitter.com/canavieiros 3 Aprovale para discutir as tendências do mercado sucroalcooleiro. Ainda em “Notícias Copercana”, o resultado da campanha “Copercana Premiada”, que entregou 4 carros 0 km e R$ 1.000 por dia no período de 03/11 a 04/01/12. Já “Notícias Sicoob Cocred”, a cooperativa de crédito traz o lançamento da “Cartilha sobre Segurança no Campo”, desenvolvida pelo Sindicato Rural de Batatais em parceria com a Polícia Militar. O material contém informações e dicas de como o produtor e trabalhador rural deve se manter diante de situações de risco. Em “Assuntos Legais”, o advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti, esclarece a Lei Complementar sancionada pela presidente Dilma Rousseff, que institui normas de cooperação entre a União, os Estados e Distrito Federal e os Municípios, no que diz respeito às ações de proteção, controle e fiscalização do meio ambiente. A editoria “Safra Canavieira” traz os resultados da moagem de cana do Centro-Sul do país, que até 1º de janeiro havia atingido 492,23 milhões de toneladas. O total para o mesmo período da safra anterior foi de 555,39 milhões de toneladas. Confira. Em “Pragas e Doenças”, o engenheiro agrônomo da Canaoeste, Antonio Carlos Cussiol Júnior, fala sobre uma nova praga que ameaça os canaviais da região Centro-Sul do Brasil, o Sphenóphorus Levis mais conhecido como bicudo da cana-de-açúcar. Além disso, não deixe de conferir as Informações Setoriais com o consultor agronômico da Canaoeste, Oswaldo Alonso, dicas de leitura e português. Boa leitura! Conselho Editorial Revista Canavieiros - Janeiro 2012
  • 4. 4 Ano V - Edição 67 - Janeiro de 2012 - Circulação: Mensal Índice: Foto capa: Rafael Mermejo Capa - 20 Safra 2011/12: bem marcada pela queda da produtividade dos canaviais Fatores ambientais e econômicos foram os principais responsáveis 05 - Entrevista José Anibal Secretário de Energia do Estado de São Paulo “Se as condições apropriadas forem alcançadas, temos uma Itaipu em potencial até 2020” 07 - Ponto de Vista Patrícia Milan Diretora executiva da Abag/RP Uma questão de equilíbrio 10 - Notícias Copercana - Copercana realiza campanha e garante sucesso nas vendas de final de ano - Copercana, Usina Cerradão e Aprovale promovem palestra em Frutal 12 - Notícias Canaoeste - Canaoeste realiza parceria para investir em novas tecnologias 17 - Notícias Sicoob Cocred - Sindicato Rural de Batatais lança Cartilha com apoio da Sicoob Cocred - Sistema SICOOB passa a arrecadar Nacional - Balancete Mensal 28 - Pragas e Doenças A ameaça dos canaviais Uma praga antessecundária, agora é motivo de grande preocupação aos produtores de cana Revista Canavieiros - Janeiro de 2012 E mais: Circular Consecana .................página 16 Notas .................página 22 Opniões .................página 24 Biblioteca .................página 25 Informações Setoriais .................página 26 Safra Canavieira .................página 30 Assuntos Legais .................página 31 Classificados .................página 32 Cultura .................página 33 Agende-se .................página 34
  • 5. Entrevista 5 “Se as condições apropriadas forem alcançadas, temos uma Itaipu em potencial até 2020” José Anibal Carla Rodrigues A afirmação é do secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Anibal, em entrevista concedida à Canavieiros. À frente da secretaria desde o início de 2011, Anibal tem bagagem suficiente para falar sobre o potencial brasileiro em geração de energia. Na opinião do secretário, a diversificação da matriz energética é bem vinda em qualquer situação, principalmente se for por meio de energias renováveis. Confira a íntegra da entrevista: Revista Canavieiros: A expansão letricidade de cana, a despeito de todas da bioeletricidade a partir da biomas- as suas vantagens. Outro problema são sa da cana-de-açúcar precisa avançar os leilões da Aneel (Agência Nacional no Brasil. Para que isso ocorra, quais de Energia Elétrica). No 13º leilão A-5, são os obstáculos a serem enfrentados a bioeletricidade representou menos de e superados? 10%. Não há uma concorrência direta José Anibal: A bioeletricidade de entre as diversas fontes. Por ser mais cana, por ser abundante e renovável, competitiva, a bioeletricidade não tem poderia ser uma vantagem competitiva, as mesmas facilidades de financiamento valiosa nesses tempos de pressão sobre ou de subsídios dados, por exemplo, à a demanda e de aumento no consumo de energia eólica. energia. São Paulo fez a sua parte. O governador Geraldo Alckmin desonerou a Revista Canavieiros: Se o país bioeletricidade de cana zerando o ICMS conseguir enfrentar esses obstáculos, de máquinas e equipamentos para co- quais ganhos terá? geração de energia que não tenham siJosé Anibal: Em primeiro lugar, dimilares nacionais. Também passamos versificar a matriz energética é bom em a liberar integralmente os créditos de qualquer situação. Se essa diversificação ICMS para bens de capital adquiridos for feita por meio de energias renováno estado. A intenção é aumentar o ca- veis, tanto melhor. Nada é desperdiçapital de giro das usinas, para que elas do na cadeia da cana. Uma tonelada de tenham condições de modernizar as cana gera cerca de 175 quilos de açúcar, caldeiras, e assim “Nada é desperdiçado 80 litros de etanol e aumentar a produti250 quilos de bagaço vidade na geração de na cadeia da cana. Uma úmido, que é usaenergia. Agora, não tonelada de cana gera do na cogeração de depende só da gente. energia. Uma toneÉ preciso fazer as re- cerca de 175 quilos de lada de bagaço gera des coletoras para in- açúcar, 80 litros de eta- 300 kWh, enquanto terligar o excedente a mesma tonelada nol e 250 quilos de baga- de bagaço com palha gerado pelas usinas à rede nacional. Quemço úmido, que é usado napode gerar até 500 define estas obras é a Se não bastascogeração de energia...” kWh.lavoura de cana Empresa de Planejase, a mento Energético (EPE), órgão do Mi- absorve CO2, a safra ocorre exatamennistério de Minas e Energia responsável te no período de baixa nos reservatório por estabelecer as prioridades nos in- das hidrelétricas e não há o desperdício vestimentos do setor energético. A EPE das longas linhas de produção. Ou seja, tem se mostrado pouco sensível à bioe- a bioeletricidade, ao mesmo tempo, re- força a segurança energética, não polui e é economicamente competitiva. Se o Governo Federal se sensibilizasse, poderíamos disponibilizar só em São Paulo uma Itaipu em energia limpa e barata até 2020. Revista Canavieiros: Segundo algumas autoridades do setor sucroenergético, o grande desafio do estado de São Paulo, é reduzir em 20% a emissão dos gases de efeito estufa até 2020. Qual é o papel que o etanol e a bioeletricidade têm no cumprimento dessa meta? José Anibal: Se observarmos bem, a matriz energética de São Paulo é uma das mais limpas do mundo. Nosso problema para cumprir a PEMC (Política Estadual de Mudanças Climáticas) está na matriz de transportes, que basicamente é rodoviária. O etanol e a bioeletricidade ajudam na medida em que for possível substituir combustíveis e energéticos que emitem gases de efeito estufa. Mas só seremos capazes de reverter a tendência atual investindo em infraestrutura de transportes. A construRevista Canavieiros - Janeiro 2012
  • 6. 6 ção do álcoolduto entre Ribeirão Preto e Paulínia, por exemplo, vai evitar 80 mil viagens de caminhão a cada ano. O álcoolduto fará conexões com a hidrovia Tietê-Paraná, que escoará a produção do Etanol da região de Araçatuba. O mesmo vai ocorrer com o transporte de açúcar para Santos, que vai passar a ser feito por ferrovias. Mas nós podemos ir além. Por que não converter toda a frota de ônibus do transporte público da capital para rodar com biocombustíveis? As soluções estão aí. Entrevista assunto é sustentabilidade na área energética. Até o final deste governo faremos muito mais. Esta é a orientação do governador Geraldo Alckmin, avançar fortemente nestas questões. Revista Canavieiros: Qual é o potencial estimado para geração de bioeletricidade de cana no estado de São Paulo? José Anibal: Atualmente o estado de São Paulo gera 10.692 GWh com bagaço de cana, sendo exportados 5.789 GWh. Até 2015, deveremos chegar a 13.260 GWh. Se as condições apropriadas forem alcançadas, temos uma Itaipu em potencial até 2020. Isso equivale a 92.000 GWh. Revista Canavieiros: O que a Secretaria de Energia vem fazendo para que essa meta seja atingida? José Anibal: São Paulo praticamente não tem usinas termoelétricas convencionais. Nossa matriz é basicamente Revista Canavieiros: A cadeia suhidráulica. A diversificação da matriz croenergética e o governo de São Pauenergética que a Secretaria tem levado lo firmaram um acordo que prevê o fim adiante é sempre na área de renováveis. das queimadas na colheita da cana até Além do bagaço de cana, estamos ter- 2014. Para que todos entendam, expliminando as medições do mapa eólico que qual é o caminho a ser percorrido do estado. O mesmo pela palha deixada vale para os estudos “...a bioeletricidade, ao no canavial. técnicos para a im- mesmo tempo, reforça José Anibal: Até plantação de uma 2014 o estado de São a segurança energética, Paulo vai banir as usina de reaproveitamento energético a não polui e é economica- queimadas da colheipartir de resíduos sóáreas mente competitiva”. ta da cana emNão se lidos. Estão em fase mecanizáveis. de conclusão. Em breve anunciaremos trata apenas de uma medida ambiental, projetos pioneiros em energia fotovol- mas também econômica. O poder calorítaica, isto é, a eletricidade gerada a par- fico da palha é ainda maior do que o do tir dos raios solares. Outro programa de bagaço. Como a colheita em São Paulo é vulto é na área de eficiência energética. quase toda feita de maneira mecanizada, A Secretaria de Energia, em parceria a palha é separada por meio da tecnolocom a EDP Bandeirante e com a prefei- gia de limpeza a seco. Essa tecnologia tura de Aparecida, tem um projeto piloto foi desenvolvida pelo Centro de Tecnoem eficiência energética sendo implan- logia Canavieira (CTC) em parceria com tado no município. Será a primeira ci- o Instituto de Tecnologia Aeronáutica dade inteligente na área de energia, com (ITA). Com essa tecnologia, a cana é tecnologia em estado da arte. Em suma, separada da palha por meio de correntes São Paulo está na vanguarda quando o de vento. A ideia é que as usinas aprimorem as técnicas para o enfardamento da palha e façam as adaptações técnicas necessárias para receber a palha como combustível para geração de energia. Revista Canavieiros: Quais são os projetos de sua pasta para um futuro próximo do bagaço de cana, palha Revista Canavieiros - Janeiro de 2012 e resíduos sólidos? José Anibal: Há toda uma cadeia de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias voltadas à diversificação da cadeia da cana hoje em São Paulo. Neste momento está sendo desenvolvido o etanol celulósico, além de uma série de experiências com bioplásticos. A Embraer já testa o etanol de aviação. As pesquisas para a gaseificação do vinhoto e da palha também estão adiantadas. Revista Canavieiros: Falando sobre energia eólica, sabemos que o Brasil tem grande potencial para gerar esse tipo de energia. Isso está acontecendo? O país está sabendo usar esse potencial? José Anibal: Há uma enorme expansão da eólica nos últimos leilões da Aneel. Estados como o Rio Grande do Norte, Bahia e o Rio Grande do Sul têm tido uma expansão considerável em seus parques eólicos. Há muitos incentivos hoje no Brasil que tornam a energia eólica competitiva. De uma maneira geral, acho que potencial tem sido bem utilizado. O problema é que esta expansão muitas vezes se dá em detrimento de outras opções igualmente ou mesmo mais competitivas, como é o caso do bagaço de cana. Como eu disse, não há verdadeiramente uma concorrência entre as fontes. Revista Canavieiros: E a energia solar, como está sendo usada aqui no Brasil? José Anibal: A energia solar fotovoltaica ainda não é competitiva em larga escala. As tecnologias disponíveis ainda não conseguem fazer com que a energia solar possa competir em pé de igualdade com as demais alternativas. O que há no Brasil é a utilização de aquecedores solares para água. Porém, num futuro próximo, a tendência é que a energia solar conquiste seu espaço no mercado. Em países como a Alemanha, por exemplo, é comum os consumidores produzirem sua própria energia em casa a partir da instalação de painéis fotovoltaicos nos telhados. A energia excedente é vendida à rede. São Paulo já iniciou seus estudos para diagnosticar o potencial da energia solar no estado. Se a tecnologia disponível atingir níveis relativos de competitividade, certamente esta será uma boa opção. Afinal, temos 300 dias de sol por ano. RC
  • 7. 7 Revista Canavieiros - Janeiro 2012
  • 8. 8 Ponto de Vista Patrícia Milan* Uma questão de equilíbrio O agronegócio é um setor da economia brasileira com características únicas: é produtor de alimentos, fibras e energias consumidos nos centros urbanos e é propulsor do crescimento nacional através da geração de renda e empregos; além de participar substancialmente no desenvolvimento de pesquisas e na difusão do conhecimento. Como mostra da sua importância, basta observar sua contribuição positiva ao Produto Interno Bruto (PIB) e ao superávit da balança comercial do país, alcançados apesar das acentuadas oscilações de preços das commodities e dos riscos climáticos inerentes à atividade. Para 2012, já foram divulgados alguns números referentes ao desempenho do setor: como a projeção da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) – de uma produção nacional de grãos de 158,446 milhões de toneladas e de café entre 48,97 e 52,27 milhões de sacas beneficiadas –, ou o anuncio, pelo Ministro da Agricultura, da expectativa de um novo recorde nas exportações, com um volume acima de US$ 100 bilhões. O ano também será marcado pela votação do novo Código Florestal, previsto para março, e pela Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, agendada para junho. Entretanto, independente dessas projeções e expectativas se concretizarem no decorrer do ano que se inicia, já está mais do que consolidado o papel do agronegócio brasileiro como fornecedor de alimentos, fibras, energia e conhecimento para o país e para o mundo. E é sob essa ótica que algumas tendências para o setor, que influenciam suas diretrizes de médio e longo prazo, vêm se delineando. Um primeiro ponto a considerar é a forma de análise e compreensão do setor. Nesse sentido ganha cada vez mais importância o conceito de cadeias do agronegócio, englobando os elos do “antes”, “dentro” e “pós” porteira das culturas, bem como os vínculos e relações instituídos entre os mesmos. Essa visão holística é fundamental tanto para uma melhor identificação dos pontos de melhorias e vantagens competitivas, promovendo maiores ganhos de eficiência na gestão, quanto para a elaboração de estratégias de investimento e a estruturação de políticas. Na gestão eficiente da cadeia produtiva agropecuária também se enquadra a conservação da água e demais recursos naturais e o uso racional e inteligente dos insumos produtivos. Essas práticas têm sido incorporadas ao manejo das lavouras e dos rebanhos através da difusão do conhecimento derivado das pesquisas, sendo valorizadas pelo mercado. Um exemplo foi o reconhecimento, pelo IFC (International Finance Corporation) – uma instituição ligada ao Banco Mundial – da sustentabilidade do modelo adotado pelo Brasil para a produção de cana-de-açúcar e seus derivados, destacando o uso do bagaço de cana na produção de bioeletricidade e a reutilização de subprodutos industriais, como a torta de filtro e a vinhaça. Isso vem ao encontro do que a FAO (Food and Agriculture Organization) tem considerado como o novo paradigma da agricultura: a SCPI (Sustainable Crop Production Intensification), um modelo para a intensificação da produção de lavouras sustentáveis. Trata-se de um objetivo estratégico da organização que consiste em fornecer aos países membros tecnologia, políticas, conhecimento, informação e capacitação, visando o aumento da produtividade e rentabilidade de suas lavouras, através do uso de insumos, com maior eficiência e sem causar efeitos adversos sobre os recursos naturais, de forma a elevar a competitividade dos produtores no mercado. Nessa linha da abordagem de uma agricultura de conservação, o Brasil Revista Canavieiros - Janeiro de 2012 também tem avançado em modelos de sistemas de produção diferenciados, como o plantio direto, o corte mecanizado de cana-de-açúcar crua e o sistema de integração lavoura-pecuária; além da incorporação de novas técnicas de manejo agropecuário que visam à redução do uso de fertilizantes químicos e defensivos. Tanto esforço torna nítida a preocupação existente com a capacidade do mundo em alimentar sua população de forma sustentável e com segurança quantitativa e qualitativa. E é para superar esse desafio que o agronegócio brasileiro está escalado para assumir um papel central. A grande questão será como equilibrar os fatores: gestão eficiente de cadeias agropecuárias, conservação dos recursos hídricos e uso inteligente dos insumos produtivos, visando à elevação da produtividade das lavouras e a produção de alimentos seguros; ao mesmo tempo em que será necessário adequar os sistemas a uma nova legislação ambiental e enfrentar as adversidades proporcionadas por uma crise econômica. Tudo isso sem perder de foco a rentabilidade do negócio. RC *Diretora executiva da Abag/RP
  • 9. 9 Revista Canavieiros - Janeiro 2012
  • 10. 10 Notícias Copercana Copercana realiza campanha e garante sucesso nas vendas de final de ano A campanha “Copercana Premiada” entregou 4 carros 0 km e R$ 1.000 por dia Carla Rodrigues A campanha “Copercana Premiada” é realizada desde 2007 em todos os Supermercados Copercana (Sertãozinho, Pitangueiras, Pontal e Serrana) como em outros estabelecimentos da rede Copercana, como postos de combustíveis, lojas de ferragens e magazines. Durante a campanha de 2011, que foi realizada no período de 03/11 a 04/01/12, foram sorteados 67 prêmios, sendo: 63 em vale-compras no valor de R$ 1.000 para utilizar na rede Copercana e 4 carros 0 km. Todos os clientes que compraram em qualquer estabelecimento Copercana, um valor acima de R$ 50,00 (a cada R$ 50,00 o cliente ganhava 1 cupom) estavam concorrendo aos prêmios. “Hoje com quatro supermercados, temos condições de atender melhor nossos clientes, com ótimos preços e produtos, gerando empregos e capacitação dos profissionais”, disse Ricardo Meloni, gerente de comercialização da Copercana. O objetivo da campanha, além de aumentar as vendas de final de ano, principalmente dos supermercados, é conquistar os clientes. Segundo o diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, a realização de uma campanha como a “Copercana Premiada” é de grande importância para fidelizar os consumidores. “Nós temos que fazer com que o cliente ou cooperado, sinta vontade de vir comprar na Copercana, por que ele sabe que aqui irá encontrar tudo o que precisa e com o melhor preço”. explicou Bighetti. Helena Ferreira, cliente do Supermercado Copercana, acredita que campanhas como esta ou qualquer outra que a cooperativa faça parte, incentivam muito os clientes a continuarem consumindo os produtos oferecidos pela rede. “Todo Lelo Bighetti, diretor da Copercana cliente tem a esperança de comprar, adquirir seu cupom, concorrer aos prêmios, e quem sabe, com sorte, começar o ano com um carro novo. Além disso, sei que estarei levando para minha casa produtos com datas de validade regulares e alta Moacir Roberti Garcia (auditor externo), Pedro Esrael Bighetti qualidade”, disse a (diretor da Copercana), Sérgio Sicchieri (assessor das diretorias) e cliente. RC Ricardo Meloni, gerente de comercialização da Copercana Revista Canavieiros - Janeiro de 2012 Márcio Zeviani (surpevisor de Supermercados)
  • 11. 11 Revista Canavieiros - Janeiro 2012
  • 12. 12 Notícias Copercana Copercana, Usina Cerradão e Aprovale promovem palestra em Frutal Em parceria com a Usina Cerradão, a Aprovale e patrocínio da Basf, a cooperativa reuniu fornecedores de cana para discutir as tendências do mercado sucroalcooleiro Carla Rossini C erca de 70 fornecedores de cana da região de Frutal participaram de um encontro promovido pela Copercana, a Usina Cerradão e a Aprovale (Associação dos Produtores de Cana do Vale do Rio Grande) no dia 22 de dezembro, onde foram discutidas as tendências do mercado sucroalcooleiro. O evento contou com o patrocínio da Basf. O moderador do encontro foi o coordenador de produção e sustentabilidade da Usina Cerradão, Otávio Queiroz que iniciou os trabalhos passando a palavra para o presidente da Aprovale, Reginaldo Dias Machado que deu as boas vindas iniciais e falou sobre a importância da participação dos associados na reunião. Em seguida, o gerente agrícola da Usina Cerradão, José Cirilo apresentou um trabalho com os números da safra 2011 e as projeções para a safra 2012/2013. A terceira palestra do dia foi proferida pelo engenheiro agrônomo da Copercana – filial de Frutal – Marcos de Felício, que falou sobre a importância e os benefícios que a cooperativa oferece aos cooperados. E o engenheiro agrônomo da Basf, Mauro Cottas, apresentou o portfólio de produtos da multinacional na área de cana-de-açúcar. Representantes das empresas promotoras do encontro e palestrantes O sócio proprietário da Usina Cerradão, Adalberto José de Queiroz, também fez uso da palavra e falou sobre a as mudanças ocorridas na economia da região após o início do cultivo de cana. A palestra principal foi proferida pelo professor titular no Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP, Marcos Fava Neves. O professor palestrou sobre as principais tendências do mercado sucroalcooleiro a curto e médio prazos. A reunião foi encerrada pelo diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, que falou sobre a atuação da cooperativa na região de Frutal e também discutiu as principais tendências da cadeia de cana-de-açúcar. “Promovemos esses encontros que são muito importantes para manter os cooperados atualizados sobre as tendências de safra e mercados”, disse Bighetti. Confraternização Com o intuito de promover integração entre empresas, cooperativa e usinas, foi organizado um futebol e um churrasco de confraternização na noite do dia 22. Participaram da brincadeira, representantes da Copercana, Usina Cerradão, Usina Frutal, e das multinacionais Basf, Ourofino, Syngenta, Bayer, Dupont, FMC, Cheminova e Dow. Segundo o agrônomo da Copercana, Marcos de Felício, não houve vencedores devido ao “nível técnico e preparo físico dos atletas”, disse. Revista Canavieiros - Janeiro de 2012
  • 14. 14 Notícias Canaoeste Canaoeste realiza parceria para investir em novas tecnologias Projeto experimental visa implantação de sistemas para controle de custos do setor Carla Rodrigues E m dezembro passado, a Canaoeste realizou uma parceria com a CHB Sistemas, a fim de viabilizar a implantação de sistemas para controle agrícola, frota, financeiro, estoque e entrada de notas para os associados, além de proporcionar ao produtor rural uma gestão moderna e com custos diferenciados. A parceria é um projeto piloto, que inicialmente, será trabalhada com três associados em caráter experimental, os quais irão fornecer todos os dados, como notas fiscais de compra de insumos e óleo diesel, quantidade de empregados, folha de pagamentos, enfim, tudo o que envolva as propriedades rurais. “Com esta parceria, o produtor terá acesso a um software de última geração, de fácil utilização e uma estrutura de suporte adequada para um atendimento rápido e especializado”, disse Leandro Ernandes, analista de marketing da CHB. De acordo com o diretor da Canaoeste, Luiz Carlos Tasso Júnior, “o objetivo deste trabalho é proporcionar em mais um serviço de qualidade e controle dos custos de produção da cana-de-açúcar, aumentando a rentabilidade das propriedades dos médios e grandes associados”. Para os pequenos associados, que são a grande maioria, um destaque e preocupação especial, pois são fornecedores tradicionais, que sempre apoiaram todas as ações e desenvolvimento da Canaoeste, essa parceria também proporcionará uma forma de como viabilizar sua atividade, através da formação de condomínios e/ou consórcios, principalmente, a partir de 2014, com a eliminação da queima da cana. O projeto contará com a escolha de três associados em três regiões distintas dentro da área de atuação da Canaoeste, sendo elas: região 1- constituída pelos municípios de Serrana/Cravinhos/Santa Rita do Passa Quatro; região 2- constituída pelos municípios de Sertãozinho/ Luiz Carlos Tasso Júnior diretor da Canaoeste Leandro Ernandes, analista de marketing da CHB Pontal/Pitangueiras/Viradouro e região 3- constituída pelos municípios de Colina/Barretos/Morro Agudo. Segundo Tasso, muitos fornecedores trabalham com terras próprias e arrendamentos e nem sempre é viável economicamente manter estes arrendamentos, ou seja, ficam tirando dinheiro de um imóvel próprio para manter um arrendamento, prejudicando a rentabilidade da propriedade como um todo. Os sistemas desenvolvidos pela CHB são especializados no setor sucroalcooleiro há mais de 20 anos e hoje já são utilizados por mais de 60 usinas em todo país, assim como por produtores rurais de diversas regiões. “Com esta parceria, o produtor terá acesso a um software de última geração, de fácil utilização e uma estrutura de suporte adequada para um atendimento rápido e especializado” O tempo de duração inicial do projeto é de um ano, tempo necessário para efetivar o banco de dados dos associados que serão contemplados com este trabalho, resultando nos primeiros relatórios práticos sobre custos de produção; custo da manutenção de frota composta por veículos, caminhões, tratores e implementos; ponto de equilíbrio e viabilidade econômica de manutenção de serviços próprios ou terceirizados, fluxo de caixa, capacidade de pagamento e possibilidade de novos investimentos. Revista Canavieiros - Janeiro de 2012 “Trata-se de uma solução composta por softwares evoluídos e adequáveis à realidade de cada particularidade do agronegócio, que possibilita um gerenciamento completo e integrado dos principais custos do setor”, explicou Ernandes. Podem participar deste projeto todos os associados da Canaoeste que possuem estrutura de informática própria ou da associação. Os custos são diferentes e devem ser consultados via associação ou pela CHB. RC
  • 15. 15 Revista Canavieiros - Janeiro 2012
  • 16. 16 Notícias Canaoeste Consecana A CIRCULAR Nº 11/11 DATA: 29 de Dezembro de 2011 Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o mês de DEZEMBRO de 2011 e ajuste parcial da safra 2011/2012. O preço médio do kg de ATR para o mês de DEZEMBRO, referente à Safra 2011/2012, é de R$ 0,5037. O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a dezembro de 2011 e acumulados até DEZEMBRO, são apresentados a seguir: Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD). Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a dezembro de 2011 e acumulados até DEZEMBRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/11, são os seguintes: Revista Canavieiros - Janeiro de 2012
  • 17. Notícias Sicoob Cocred 17 Sindicato Rural de Batatais lança Cartilha com apoio da Sicoob Cocred Paula Venturin / Sicoob Cocred C om o objetivo de reduzir a ocorrência de furtos e roubos no campo, o Sindicato Rural de Batatais, em parceria com a Polícia Militar e apoio da cooperativa de crédito Sicoob Cocred, lançou recentemente a “Cartilha sobre Segurança no Campo”, que traz informações, dicas e orientações para que os produtores e trabalhadores rurais fiquem cientes e saibam como se proteger em situações de risco. A iniciativa, que recebeu atenção e elogios da Câmara Municipal de Batatais, é um importante recurso na prevenção de todo tipo de violência da qual o homem do campo está exposto. Para aperfeiçoar a prevenção de ações criminosas e agilizar o atendimento, a Polícia Militar também fará um mapeamento das propriedades rurais do município, que receberão sigla para facilitar a localização e rastreio por GPS. A cartilha será entregue aos associados do Sindicato e estarão disponíveis no PAC (Posto de Atendimento ao Cooperado) da Sicoob Cocred de Batatais. RC Sistema SICOOB passa a arrecadar o Simples Nacional A partir de janeiro de 2012, o Sistema de Cooperativas de Crédito SICOOB passa a arrecadar Tributo Federais através do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). Os empreendedores que possuem negócios vinculados a esse regime já podem quitar as obrigações de suas empresas no SICOOB. O recebimento do Simples é mais um serviço disponibilizado pela cooperativa para beneficiar seus cooperados, que agora poderão centralizar a movimentação financeira na própria cooperativa. Além do Simples, o SICOOB está habilitado para receber o DARF (Docu- mento de Arrecadação Federal), boletos, contas de luz, água, telefone, entre outros recebimentos. Os principais tributos federais recebidos por meio do DAS são: *Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); *Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); *Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); *Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); *Contribuição para o PIS/PASEP; *Contribuição Patronal Previdenciária (CPP); *Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); *Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS); *Contribuição para a Seguridade Social (GPS). No momento, as arrecadações no Sicoob foram liberadas apenas no caixa da cooperativa, tanto para associados quanto não associados. Em breve, os canais de autoatendimento do Sistema também serão habilitados para arrecadação. RC Fonte: Sicoob Revista Canavieiros - Janeiro 2012
  • 18. 18 Notícias Sicoob Cocred Balancete Mensal COOP. CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - DEZEMBRO/2011 Valores em Reais Revista Canavieiros - Janeiro de 2012
  • 19. 19 Revista Canavieiros - Janeiro 2012
  • 20. Safra 2011/12: bem marcada pela queda da produtividade dos canaviais 20 Fatores ambientais e econômicos foram os principais responsáveis Carla Rodrigues I “ mediatamente antes do início da safra 2011/2012, na grande região de Ribeirão Preto e larga faixa entre Centro do Estado de São Paulo, região canavieira mineira e quase todo Centro Oeste (Vide Mapa 1), as ”águas de março” de 2011 foram equivalentes (ou até pouco acima) de um terço da soma anual (ao redor de 1.400mm). Esta condição de precipitação elevada e imprevista, fez com que o céu ficasse encoberto por muitas horas diurnas e dias do mês, reduzindo consideravelmente as necessárias horas de luz para os canaviais serem colhidos, prejudicando seu potencial neste período e tendo ainda como consequência em variedades sensíveis, uma forte indução floral”, explicou Oswaldo Alonso, consultor agronômico da Canaoeste. Esta indução faz com que variedades floríferas, interrompam o seu crescimento vegetativo, ou seja, os entrenós que se desenvolveram e ficaram à mostra, já estavam formados no cartucho (palmito) antes da indução. Depois deste processo fisiológico da cana, ocorre a diferenciação de crescimento vegetativo (industrializável) para formação da inflorescência (flexa). Tal foi a intensidade indutiva, que fez com que a isoporização também fosse forte e rápida. De meados de abril a final de setembro, as condições climáticas foram completamente diferentes: “faltou chuva e muita”, frisa Alonso. Com tamanha indução floral e a falta de umidade no solo e na planta, as variedades com combinadas características de florescimento e isoporização, mostraram significativas perdas de produtividade e impactos negativos na qualidade e extração do caldo da cana. “Ao final da safra, ou seja, de outubro a meados de dezembro, as chuvas ocorreram dentro (próximas) das normalidades climáticas. Mas, infelizmente, não se tinha mais o que fazer, os impactos negativos do clima já haviam sido estabelecidos”, disse Alonso. Ainda se referindo às condições climáticas, a partir de agosto de 2009, ocorreram chuvas acima das médias históricas em quase toda Região Centro-Sul e, especialmente, na grande região de Ribeirão Preto, culminando com o mês de setembro (2009), que choveu até 4 vezes a média. Revista Canavieiros - Janeiro de 2012 Oswaldo Alonso, consultor agronômico da Canaoeste Todos os produtores de cana, independentes ou industriais, fizeram até o impossível para atender toda a demanda que já estava contratada, entretanto, as condições climáticas não permitiram que as operações de colheita fossem conduzidas com a recomendável qualidade técnica, pois ocorreram fortes pisoteios em muitas das áreas de colheita, fazendo
  • 21. 21 Mapa 1: Chuvas que ocorreram durante o mês de março em todos os Estados da Região Centro Sul Sobre a Safra 2012/13 com que em 2010, dados os períodos de estiagem ao longo da safra, os canaviais já mostrassem as consequências. Economicamente, os preços praticados nas safras 2007/08 e 2008/09 foram abaixo dos custos de produção, muito embora fossem observados, em outra via, corrida de instalações de novas unidades produtoras. Mas, a crise econômica deflagrada ao final de 2008, tornou o crédito escasso e caro, inviabilizando muitos projetos de novas unidades e dificultando, ainda mais, os recursos para as renovações e tratos culturais das unidades tradicionais ou já instaladas Voltando à safra 2011/2012, além dos impactos do intenso florescimento/ isoporização e longa estiagem, ocorreram geadas (até três, em muitas áreas dos Estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo) que, em vários casos, provocaram morte do meristema apical e algumas gemas laterais (de variedades e colmos que não floresceram). Isto fez com que todas as programações de colheita – manejo de variedades e idades – exigissem alterações para evitar perdas desta matéria prima, pois, os colmos que sofreram estes efeitos exigiram prioridade de colheita, impossibilitando assim que o melhor manejo fosse aplicado. “Esta condição de florescimento, em quase toda região Centro-Sul, “pegou” quase todos os produtores desprevenidos. Houve florescimentos em alguns anos anteriores, mas não com a intensidade que ocorreu em 2011/12. As variedades suscetíveis foram duramente atingidas e muitos desses canaviais que já estavam debilitados pela “maior” idade ou pela falta de pleno trato cultural, sentiram mais ainda”, explicou o consultor. Face ao exposto, é importante que providências sejam tomadas antes e durante esta próxima safra, no sentido de se (estar atento) efetuar o monitoramento destas condições climáticas, pelo menos, para evitar as mesmas consequências do ano passado. “Para voltar àquela produtividade média de 85 toneladas de cana/ha, talvez sejam necessários até 3 anos e com níveis tecnológicos desejáveis em renovações e tratos culturais pelos produtores de cana, quer sejam independentes ou unidades industriais, porém, é imprescindível, também, que evitem perdas de produtividade e qualidade por: danos de pragas ou doenças; eventual florescimento; e, pela colheita mecanizada que, em muitas situações, tem provocado significativas perdas de cana”, destacou Alonso. Para Alonso, falar em previsão antes do término do verão é difícil, além de prematuro. O grau de acerto é baixo, uma vez que prognósticos climáticos são mais confiáveis dentro de 15 dias, muito embora, os modelos climáticos atuais para 2 a 3 meses a frente já sejam mais precisos, mas não dispensam atualizações, tal como a Canaoeste efetua em seus artigos mensais na Revista Canavieiros ou, ainda, através de alertas em seu site. Entretanto, com as condições climáticas que ocorreram durante a safra 2011/12 e tomando-se como referência o mês de dezembro de 2011, o setor sucroenergético ainda acredita que a produtividade da próxima safra possa ser igual ou ligeiramente superior à da safra 2011/12. Dica constante recomendada pelo consultor é de que os produtores evitem sempre lutar contra a natureza, procurando aproveitar o melhor que o clima tem a oferecer. Também lembra ser importante respeitar a melhor condição de época de plantio e qualidade da muda, realizar os tratos culturais necessários, contínuo monitoramento e controle de pragas. Além das pragas mais conhecidas, como a broca, cigarrinha e o migdolus, é preciso ficar atento a uma nova praga - o bicudo da cana - que tem provocado grandes danos, podendo comprometer o canavial já no terceiro corte. Já durante o período de moagem os produtores devem estar atentos para a qualidade e proporcionalidade de colheita, principalmente aqueles que entregam cana em unidades produtoras que aplicam o ATR relativo. RC Revista Canavieiros - Janeiro 2012
  • 22. 22 Notas Reforma do Iniciativas no setor sucroenergético Código Florestal diminuem escassez de mão de obra qualificada O setor sucroenergético está entre os maiores índices de empregabilidade do país, fechando em 1,28 milhões de pessoas com carteira assinada e massa salarial de US$ 738 milhões em 2008, ano em que o setor passou por uma forte crise. É responsável por 2% do PIB do Brasil, o equivalente a US$ 28,2 bilhões, ou quase a totalidade da riqueza gerada em um ano por um país como o Uruguai (US$ 32 bilhões). Esses números tendem a aumentar significativamente até 2020, já que para atender a crescente demanda de etanol estima-se que serão necessárias cerca de 150 novas usinas e um investimento de R$ 80 bilhões. Carla Rossini Está disponível na Biblioteca da Canaoeste, em Sertãozinho, a Revista “Anais do Seminário Reforma do Código Florestal – Buscando uma solução de consenso”. Tal Seminário foi realizado no dia 7 de outubro de 2011 na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, e contou com a coordenação do Conselho de Produtores “Brasil Verde que Alimenta”. A revista contêm as apresentações e trabalhos dos palestrantes que debateram o tema juto a juristas, técnicos e conhecedores do assunto com diferentes visões, de forma a obter o máximo de consenso. Entretanto, apesar dos números expressivos, o setor vivencia um apagão de mão de obra qualificada. O crescimento acelerado da economia e as inovações tecnológicas apresentadas pela indústria exigem do profissional um nível de conhecimento específico, seja na área industrial ou agrícola. Os candidatos que preencherem as expectativas da vaga são mais valorizados, com remunerações maiores e possibilidade de plano de carreira. Estima-se que para cargos como subgerente e gerente executivo, os salários variam de R$ 8 mil a R$ 15 mil. Entretanto, a demanda nas usinas e indústrias por gerentes e diretores capazes de gerir Parceira das mais renomadas universidades do país, como UFSCar e USP, a UNICEISE possui em sua grade, cursos para atender esta crescente demanda Iniciando sua terceira turma em março de 2012, o curso pós graduação (MTA), um mestrado Lato sensu em Gestão de Tecnologia Industrial Sucroenergética, a UNICEISE em parceria com a UFSCar já formou 77 alunos, se tornando assim referência entre os profissionais. Voltado para quem atua ou se interessa pelo setor, o curso visa fornecer conhecimentos necessários ao gerenciamento das tecnologias na produção sucroenergética. A UNICEISE também possui outros cursos em andamento, como o MBA em Gestão Empresarial no Setor Sucroalcooleiro em parceria com a Fundace/USP e a Oficina de Planejamento e Gerenciamento de Sistemas Mecanizados Agrícolas, em parceria com a ESALQ/USP. Revista Canavieiros - Janeiro de 2012 Fonte: Assessoria de Imprensa CEISE Br um setor em pleno crescimento é incompatível à oferta de profissionais no mercado. Para acompanhar a nova tendência do mercado, o profissional já encontra uma gama de cursos de especialização voltados ao setor sucroenergético, tanto na área administrativa para gerentes e diretores, quanto na área agrícola e industrial. Universidades conceituadas como ESALQ e UFSCar possuem em sua grade curricular cursos de especialização em gestão agroindustrial, presenciais e à distância, visando tanto o aluno que ainda cursa graduação como profissionais que já atuam no mercado. Encontra-se também a disposição cursos de gestão sustentável, manejo de solo, irrigação, entre outros. Engajado em fomentar ações para o desenvolvimento do setor sucroenergético e preocupado com o apagão de mão-de-obra qualificada que as indústrias enfrentam, o CEISEBR - Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis lançou em 2010 a Universidade Corporativa do Setor Sucroenergético (UNICEISE), iniciativa que conta com o apoio da UNICA - União da Indústria de Cana-de-açúcar e a Orplana - Organização dos Plantadores de Cana do Estado São Paulo.
  • 23. 23 Estudo mapeia aquisições do setor sucroalcooleiro País tem mais de 430 usinas em operação, distribuídas entre 180 grupos empresariais O setor sucroalcooleiro é um dos mais dinâmicos do Brasil que sofreu fortes mudanças, desde a implantação do Proálcool até as compras de várias unidades industriais nacionais (usinas) por grandes empresas estrangeiras. E esse processo não deve mudar. Para os próximos anos, empresas petrolíferas (com forte poder financeiro), petroquímicas e de biotecnologia estrangeiras devem dominar as aquisições no setor. Esse foi um dos resultados da dissertação de mestrado em Administração em Organizações, do consultor Mairun Junqueira Alves Pinto, intitulada “Investimentos diretos estrangeiros no setor sucroenergético”, desenvolvido na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP. Alves Pinto analisou a trajetória dos investimentos internacionais no setor sucroenergético no Brasil desde 2000. Para chegar à conclusão, além do levantamento de negociações, entrevistou especialistas que atuam no setor, incluindo representantes de empresas estrangeiras. Os entrevistados foram unânimes em afirmar que as empresas petrolíferas e as indústrias químicas, petroquímica e de biotecnologia, que possuem tecnologia para agregar valor ao negócio, deverão ser as principais compradoras no futuro próximo. “Esse trabalho foi um mapeamento do setor mostrando os diferentes ciclos de aquisições e um histórico de quem são essas empresas e o que as motivou a investir no País”, comenta. Alves Pinto abordou as transformações em relação aos investimentos estrangeiros em usinas brasileiras, diferentes ciclos de desenvolvimento e crise, conquista de novos mercados e desenvolvimento de novos produtos. Apesar dessas mudanças de cenário, típicas do setor, ele verificou a capacidade de atrair empresas estrangeiras de diversos países e setores da economia. O trabalho de Alves Pinto, sob orientação do professor Marcos Fava Neves, buscou analisar e compreender a evolução desse processo e identificar quais os tipos de empresa estrangeiras realizaram os investimentos diretos no setor, quais são suas principais motivações e quais são os fatores que pos- sivelmente influenciam as decisões quanto às estratégias de entrada – esse último item não foi aprofundado no trabalho. Desde o início do século 21, o setor re- cebeu entrada forte de capitais de empresas estrangeiras, de diferentes segmentos, desde tradings companies, do setor açucareiro, petrolíferas, petroquímicas, biotecnológicas e de fundos de investimentos. Ciclos Foram identificados três ciclos distintos de entradas dessas empresas internacionais. O primeiro foi marcado pelo processo de desregulamentação do setor e emergências das exportações brasileiras de açúcar, com as entradas de quatro empresas francesas, entre 2000 e 2001: duas trading companies (Louis Dreyfus Commodities e Sucden) e duas cooperativas agroindustriais produtoras de açúcar de beterraba (Union DAS/Tereos e Béghin-Say). Não houve investimentos estrangeiros nos quatro anos seguintes. Mas em 2006 verificou-se o segundo ciclo, com a necessidade do mercado internacional em etanol. Aumentou o número de empresas e de setores (petrolíferas, petroquímicas, entre outras), com 18 movimentações de investimentos diretos entre 2006 e 2008 no País. A crise econômica mundial no segundo semestre de 2008, no entanto, conteve essa euforia. “Essa crise espantou os ‘aventureiros’”, afirma Alves Pinto. Ou seja, as que buscavam algum tipo lucro a curto prazo afastaram-se, ficando as que vislumbravam um negócio a longo prazo. Assim, o terceiro ciclo teve entrada mais lenta. Em 2009, a Shree Renuka, a maior produtora de açúcar da Índia, foi a única estrangeira a realizar os primeiros investimentos diretos no setor. Em 2010, houve apenas a entrada da trading suíça Glencor e, até julho de 2011, a produtora de grãos argentina Los Grobo e a petrolífera Royal Dutch Shell, com sede na Holanda, foram as únicas entrantes do ano. Apesar da cautela, estrangeiros continuaram investindo no Brasil, aumentando as capacidades de moagem de suas usinas, saltando de 7%, em 2008, para 14%, em 2009, 22%, em 2010, e, finalmente, 32% em 2011. O trabalho do pesquisador analisou ainda as estratégias dos investidores, que na maioria das vezes optaram por comprar usinas, ou com controles compartilhados, e não montar novas indústrias. O Brasil tem mais de 430 usinas em operação, distribuídas entre 180 grupos empresariais. Os interessados em obter mais informações, podem entrar em contato através do email mairun@markestrat.org, com Mairun Junqueira Alves Pinto Fonte: Outras Palavras Comunicação Empresarial Revista Canavieiros - Janeiro 2012
  • 24. 24 Opniões Roberto Rodrigues* Ano do cooperativismo O cooperativismo brasileiro vem crescendo bastante, impulsionado pelo firme timão da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), órgão de cúpula do movimento. Muita gente acha que esse poderoso instrumento de organização econômica da sociedade seja exclusivamente agrícola, o que é um engano. Os números são notáveis e mostram como o movimento se expandiu na área urbana. Há dez anos, o Brasil tinha 5.903 cooperativas, das quais 1.411 eram rurais, com 831.654 associados. Na época, cerca de 2.067 eram urbanas, com 2.493.197 associados. No último levantamento da OCB, de dezembro de 2010, as cooperativas urbanas já eram 2.953, com 3.816.026 associados, e as agrícolas eram 1.548, com 943.054 associados. As cooperativas urbanas atuam nas áreas de consumo, educação, habitação, infraestrutura, produção, saúde, transporte, turismo e, acreditem, a especial (para pessoas com deficiência). E, além das rurais e urbanas, existem as cooperativas de crédito, em número de 1.064, com mais de 4 milhões de associados, a grande maioria urbanos, embora a área rural ainda tenha maior poder econômico neste sistema. Também, as cooperativas de trabalho, 1.024 no total, são majoritariamente urbanas, com seus 217 mil associados, mas algumas funcionam no campo também. O número das que são apenas agropecuárias cresceu 35% nestes dez anos, e as exclusivamente urbanas, 42%. Mas o número de associados destas aumentou 53%, enquanto o das agropecuárias, só 13%. É claro que a urbanização crescente do Brasil tem muito a ver com isso, mas não é o único fator responsável. Uma cooperativa precisa de três condições básicas para se desenvolver de maneira positiva: Em primeiro lugar, precisa ser necessária. Não adianta querer criar uma cooperativa de qualquer tipo se ela não for sentida, pelos futuros cooperados, como uma necessidade, capaz de responder às pressões econômicas a que estão submetidos. Cooperativismo é um movimento de base, tem que crescer de baixo para cima, não pode ser imposto. Em segundo lugar, precisa ser viável economicamente. Cooperativas são empresas, com a diferença de que o lucro não é a sua única finalidade; elas são os instrumentos da doutrina cooperativista que objetiva “corrigir o social através do econômico”. Portanto, a cooperativa -de qualquer ramo- oferece ao seu cooperado serviços que lhe permitam evoluir economicamente. Mas, mesmo tendo alto viés social, é uma empresa e, como tal, tem que ser eficiente e lucrativa. Por isso tudo, criar uma cooperativa sem nenhum capital é vê-la nascer morta. E, por fim, é preciso que haja espírito associativo, com liderança capaz de conduzir o processo. Ora, a rápida urbanização do país trouxe para as cidades demandas estruturais, tendo em vista melhorar a renda dos cidadãos. Estes se organizaram então em cooperativas de trabalho, de consumo, de saúde, de educação, de habitação, de crédito etc., e o movimento ganhou uma dimensão tão espetacular quanto a que aconteceu em outros países do mundo pelas mesmas razões. Tudo isso foi potencializado pelo Revista Canavieiros - Janeiro de 2012 vigoroso processo de globalização da economia que produziu exclusão social e concentração da riqueza, dois inimigos mortais da democracia e da paz. Os excluídos se agruparam em cooperativas e com isso também mitigaram a concentração, transformando-se em bastiões aliados dos governos democráticos pela sustentação da paz. Aqui e no mundo todo. É bom lembrar que existem cooperativas em todos os países, e o número total de seus associados é próximo a 1 bilhão de pessoas. Se cada qual tiver três agregados, são 4 bilhões de terráqueos ligados direta ou indiretamente ao cooperativismo, constituindo o mais gigantesco contingente humano em defesa da democracia e da paz universal. Não é por outra razão que a ONU declarou 2012 como o Ano Internacional do Cooperativismo. E pela mesma razão esse extraordinário movimento bem que merece o Prêmio Nobel da Paz. RC Roberto Rodrigues é coordenador do Centro de Agronegócio da FGVFundação Getúlio Vargas, professor da Unesp-Jaboticabal e foi ministro da Agricultura Fonte: Folha de S. Paulo
  • 25. 25 Biblioteca “General Álvaro Tavares Carmo” “A obra, que ora se apresenta, reúne uma coleção, devidamente sistematizada, de Tabelas e Figuras, contendo preciosas informações técnicas coletadas e adaptadas de vinte e quatro unidades agroindustriais que compõem o Setor Sucroenergético da região nordeste do Estado de São Paulo, na safra 2010/2011. Editada pela Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo – CANAOESTE, os autores esmiúçam os desempenhos das diferentes unidades, ao longo da safra, de forma clara, didática e de simples entendimento, porém mantendo os aspectos técnicos com toda a sua essência e requintes que caracterizam o momento por que passa o setor. A qualidade técnica dos autores é indiscutível. São profissionais do mais alto nível e importantes no cenário sucroenergético brasileiro, o que é corroborado pelos cargos que ocupam, pelas funções que vêm desempenhando, de longa data, além das posições que adotam, sempre caracterizadas, sobretudo, pelo profissionalismo em grau elevado.” SILVA, Thiago de Andrade. CANAOESTE: Relatório de fechamento Unidades Industriais Safra 2010/2011. SILVA, Thiago de Andrade, TASSO Jr., Luiz Carlos, ORTOLAN, Manoel Carlos de Azevedo. Sertãozinho: CANAOESTE, 2011. Além desses materiais, o Departamento de Topografia da Canaoeste desenvolveu o primeiro “Caderno de Mapas - Fornecedores Usina Virálcool”, com informações das propriedades (corte, plantio, variedade e reformas) dos fornecedores, com a finalidade de criar um banco de dados, que será atualizado anualmente. Posteriormente, este mesmo material será desenvolvido para as outras unidades industriais. A Canaoeste também disponibiliza para seus associados o material “Tópicos especiais: inovações tecnológicas na produção de cana-de-açúcar e co-geração de energia”, disponibilizado em CD-ROM e editado por Dr. Luiz Carlos Tasso Júnior e Prof. Dr. Marcos Omir Marques. Tratase de palestras e capítulos que têm como tema central o setor sucro-energético, abordado durante a disciplina oferecida pelo programa de Pós-graduação em produção vegetal pela FCAV/UNESP no período de 07/10/2011 à 16/12/2011. Estes materiais estão disponíveis na biblioteca da Canaoeste, situada na Rua Augusto Zanini, 1461 - Sertãozinho-SP Revista Canavieiros - Janeiro 2012
  • 26. 26 Informações Setoriais Chuvas de dezembro e Prognósticos Climáticos de janeiro a março No quadro a seguir, são apresentadas as chuvas do mês de DEZEMBRO de 2011. Engº Agrônomo Oswaldo Alonso Técnico Agronômico da Canaoeste A média das observações de chuvas anotadas durante o mês de dezembro (186mm) ficou aquém da média das normalidades climáticas de todos os locais informados (261mm). O único local com chuvas acima de sua média foi registrado na LDCSEV MB. Nota-se que, a exemplo de novembro, a distribuição das chuvas na região foi irregular. O Mapa 1, que se refere ao período até 14 a 16 de dezembro, mostra que havia estreitas faixas no Centro e Norte com baixa disponibilidade de Água no Solo e já crítico no extemo Noroeste do Estado que, como poderão notar no Mapa 3, acentuou-se durante a segunda quinzena do mês. Nos Mapas 2 e 3, que pela ordem correspondem aos finais dos meses de dezembro de 2010 e 2011, nota-se semelhança dos baixos e até críticos índices de disponibilidades de Água no Solo que observados entre o Centro ao Oeste do Estado. Enquanto que, em dezembro de 2010, na faixa Leste do estado, mostra- Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 14 a 16 de DEZEMBRO de 2011 Revista Canavieiros - Janeiro de 2012 va-se com área bem maior de índice favorável de Disponibilidade de Água no Solo que no mesmo mês de 2011. Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a Canaoeste resume o prognóstico climático de consenso entre INMET-Instituto Nacional de Meteoro- Mapa 2:- Água Disponível no Solo
  • 27. 27 logia e INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de janeiro a março, conforme mostrado no Mapa 4. • Para os meses janeiro a março, as temperaturas médias deverão ser próximas das respectivas médias históricas em toda Região Centro Sul; • Com relação às chuvas, durante o mesmo período, “ficarão” em torno das normais climáticas, mas com probabilidade de ocorrência de chuvas abaixo das respectivas médias nestes próximos meses no Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina, já como consequência “da volta” do fenômeno La Niña; • Como referência de normais climáticas para Ribeirão Preto e municípios vizinhos, pelo Centro de Cana-IAC, as médias de chuvas são: 280mm em janeiro, 220mm em fevereiro e 170mm em março. Por sua vez, a SOMAR Meteorologia assinala, com apoio de modelo de previsão climática mais recente que, para esta região de abrangência da Canaoesteas somas de chuvas de janeiro a abril poderão ser próximas das respectivas médias históricas. Entretanto, a Zona de Convergência do Atlântico Sul, fenômeno climático que tem provocado intensas chuvas na faixa Minas Gerais-Espirito Santo-Rio de Janeiro, está migrando para o ao final de DEZEMBRO de 2010. São Paulo por duas a três semanas, fazendo com que se intensifique as chuvas neste estado durante o restante do mês de janeiro, podendo voltar à normalidade após início do mês ou na segunda semana de fevereiro. Mapa 4:- Adaptação pela CANAOESTE do Prognóstico de Consenso entre INMET e INPE para o trimestre janeiro-março. Prognóstico este não muito diferente dos anteriores. Mesmo que com muita antecedência, deve-se citar que a climatologia para (2ª quinzena, principalmente) março poderá ser mais favorável às operações de plantio da cana e até, no máximo, a primeira quinzena de abril. Face estas previsões climáticas para estes próximos meses, a Canaoeste recomenda aos produtores de cana muitas atenções mesmo - em monitoramentos/ controles de pragas (leia-se, cigarrinhas), doenças e ervas daninhas. Recomenda, também, que em canaviais sem falhas e já com cobertura total do solo possam proceder à adubação foliar (até o final de janeiro) com N-Nitrogênio + Mo-Molibdênio, visando aumentar produtividade para a próxima safra, face à crescente demanda por matéria prima na próxima safra. Mas, atenção! Qualidade das mudas é fundamental para assegurar produtividade e longevidade dos canaviais. A relação custo/benefício é por demais de favorável quando se empregam mudas sadias. Estes prognósticos serão revistos a cada edição da Revista Canavieiros. Prognósticos climáticos relevantes ou fatos serão noticiados em nosso site www.canaoeste.com.br Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos mais próximos ou através do Fale Conosco Canaoeste. RC Mapa 3:- Água Disponível no Solo ao final de DEZEMBRO de 2011. RC Revista Canavieiros - Janeiro 2012
  • 28. 28 Pragas e Doenças A ameaça dos canaviais Uma praga antessecundária, agora é motivo de grande preocupação aos produtores de cana Antonio Carlos Cussiol Júnior - engenheiro agrônomo da Canaoeste O Sphenóphorus Levis mais conhecido como bicudo da cana-de-açúcar, vem preocupando os produtores da região Centro-Sul do Brasil, devido a voracidade destrutiva que o inseto possui. Até meados de 1990, a praga estava restrita a 14 municípios da região de Piracicaba, já em 2004 passava de 30 municípios e em 2006 o número chegou a 53 municípios catalogados. Atualmente, este número é bem maior e além disso, é possível encontrar a praga no Estado de Minas Gerais. Esta disseminação provavelmente foi e continua sendo rápida porque envolve o transito de mudas sem o cuidado com a sanidade. O inseto não possui o hábito de voar a longas distâncias, tornando sua dispersão lenta, porém em cima de um caminhão transportando muda com ovos ou adultos podem andar a grandes velocidades e distância. O inseto é da família dos curculionídeos, as fêmeas perfuram a base do colmo ou dos perfilhos com sua mandíbula presente em seu “bico”, inserindo os ovos no interior do colmo. Possuem Figura 1: Ciclo de Vida Sphenophorus Levis ainda uma capacidade média de ovopositar de até 70 ovos durante sua vida. Os ovos são de coloração branca, eclodindo após 7 a 12 dias, originando as larvas de coloração branca leitosa, que se alimentam de tecidos do interior do colmo. Os danos observados são galerias que podem provocar a morte das plantas ou torná-las sensíveis. Depois de aproximadamente 60 dias dessa fase, as larvas se preparam para empupar, construindo sua câmara pupal no interior do colmo sem se alimentar por aproximadamente 15 dias. Quando chegam a fase adulta perduram por aproximadamente 220 dias, dando sequência ao ciclo. Diferenças entre Sphenophoruslevis e Metamasiushemipterus As larvas diferem-se na curvatura de seu abdômen. A larva do Sphenophorus é menos acentuada, além de possuir um W de coloração marrom acima de sua cabeça, seu casulo é feito com seragem fina. Isso a diferencia do Metamasius que é confeccionado com fibras longas, rígido e de formato bem definido. Os adultos diferem-se em sua coloração sendo que o Sphenophorus é de coloração marrom com manchas mais claras e o Metamasius possui faixas alaranjadas e pretas como na figura 2. Porém o Metamasius não consegue perfurar os colmos para inserir seus ovos, colocando-os apenas em portas abertas como, por exemplo, colmos quebrados e brocados. Figura 2: diferenças entre Sphenophoruslevis e Metamasiushemipterus Revista Canavieiros - Janeiro de 2012
  • 29. 29 O sintoma visível é a seca progressiva das folhas, ou seja, inicia-se nas folhas mais velhas estendendo para as mais novas, podendo levar à morte do perfilho, notando ainda grandes falhas no canavial uma grande invasão de plantas daninhas, já que ocorre certa dificuldade de fechamento do canavial e com isso a perda média pode chegar a 25 toneladas de cana por hectare/ano. O controle dessa praga é difícil devido ao local onde as larvas encontramse, dificultando o contato da mesma com os inseticidas. Os adultos, por sua vez, demonstram uma grande preferên- Sintomas Visíveis: Falhas causadas por Sphenophoruslevis cia por horas e locais mais frescos. A palha da colheita mecanizada contribui para isso, além do comportamento de tanatose, ou seja, fingem de mortos desestimulando sua predação por inimigos naturais. Metodologia de amostragem: Os levantamentos são realizados com aberturas de trincheiras (0,5m x 0,5m por 0,3 de profundidade) sendo necessários no mínimo 2 pontos por hectare coletando e anotando todas as formas biológicas encontradas. A melhor época para realizar esse levantamento é entre os meses de maio a setembro quando a concentração de larvas e pupas são maiores. Já o levantamento populacional de adultos é realizado com iscas tóxicas confeccionadas com toletes de cana de aproximadamente 30 cm partidos ao meio, embebidos em solução de CAR- Iscas tóxicas colocadas no canavial e após capturar Sphenophorus BARYL 85 PM na concentração de 1,25% por 24 horas. Esses toletes são distribuídos na quantia de 200 iscas por hectare, colocadas na base do colmo com área partida para baixo e cobertas com Controle em plantio e soqueira Atualmente os produtos existentes no mercado não conseguem nível satisfatório de controle em cana soca, não ultrapassam os 70%, por isso a importância no cuidado da implantação dos novos canaviais. Resultados satisfatórios vem sendo observados quando realiza-se um conjunto de medidas corretivas na reforma do canavial sendo elas: - Utilização do elimidador de soqueiras preferencialmente de maio a setembro, arrancando duas ruas e pulando duas, que serão eliminadas 15 dias depois; - Utilizar rotação de cultura (preferencialmente soja e amendoim devido ao uso de inseticidas diferentes dos utilizados na cultura da cana e que possivelmente ajudam neste controle); -Utilização de mudas isenta de qualquer forma biológica do inseto, em caso de dú- palha quando possível. Indica-se, preferencialmente, realizar o levantamento de outubro a março e obrigatoriamente em viveiros nas regiões aonde já foi constatado a presença do inseto. Conclusão: Implemento cortando a soqueira vida, realizar o corte basal mais alto; -Utilização de inseticidas no fundo do sulco. No caso da soqueira, os resultados que minimizam as perdas é a utilização de inseticidas cortando a soqueira, preferencialmente nos meses de maio a setembro ou pulverização dos fungos beauvériabassiana, Methariziumanisopliae, ou ainda da bactéria bacillusthuringiensesnos - meses de outubro a março. Especialmente em 2012, com a corrida para buscar o aumento de produtividade, o ideal é tomar cuidado com as mudas a serem utilizadas, verificando a sanidade do viveiro, bem como, a possível existência de sphenophorus, evitando assim, o aumento dessa praga de difícil controle. RC Revista Canavieiros - Janeiro 2012
  • 30. 30 Safra Canavieira Moagem de cana praticamente encerrada no Centro-Sul atinge 492,23 milhões de toneladas até 1º de janeiro Uma praga antessecundária, agora é motivo de grande preocupação aos produtores de cana O volume de cana-de-açúcar processado até 1º de janeiro pelas unidades produtoras da região CentroSul do Brasil somou 492,23 milhões de toneladas no acumulado desde o início da safra. O total para o mesmo período da safra anterior foi de 555,39 milhões de toneladas. No mês de dezembro, a moagem somou 3,65 milhões de toneladas, 67,61% abaixo do valor registrado em dezembro de 2010 (11,27 milhões de toneladas). O diretor técnico da UNICA - União da Indústria da Cana-de-açúcar, Antonio de Padua Rodrigues, explica que “os valores observados até o momento são praticamente os números finais da safra 2011/2012 da região Centro-Sul, pois ocorrerão apenas ajustes marginais até o final de março.” O executivo afirma que apenas 7 unidades estão em operação em janeiro de 2012: uma usina no Estado do Paraná, quatro em Mato Grosso do Sul e duas em Minas Gerais. A produção adicional dessas usinas deve ser residual comparada ao volume total do Centro-Sul. Produção de açúcar e etanol A produção de açúcar, acumulada desde o início da safra até o final de dezembro, atingiu 31,17 milhões de toneladas, recuo de 6,86% comparativamente a igual período de 2010. No tocante ao etanol, esta queda foi de 18,74%, com 20,56 bilhões de litros produzidos na safra atual (2011/2012), dos quais 12,66 bilhões de litros de etanol hidratado e 7,90 bilhões de litros de etanol anidro. Em dezembro de 2011, a fabricação de açúcar alcançou 178,58 mil toneladas, contra 437,10 mil toneladas verificadas no ano anterior. Já a produção de etanol somou 183,67 milhões de litros, sendo 166,68 milhões de litros de etanol hidratado e 16,99 milhões de litros de etanol anidro. Considerando que a safra atual está praticamente encerrada, e comparando- se os valores acumulados até dezembro com os dados finais da safra 2010/2011, observa-se uma retração da moagem de 11,62% (492,23 milhões de toneladas até dezembro de 2011 contra 556,95 milhões na safra 2010/2011. As produções de açúcar e de etanol estão 6,95% e 19,00% menores do que na safra anterior, respectivamente. O volume produzido de etanol anidro apresentou crescimento de 6,59%, enquanto o etanol hidratado registrou queda de 29,56%. Qualidade da matéria-prima No acumulado até 31 de dezembro de 2011, a quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar atingiu 137,65 kg, 2,09% inferior aos 140,58 kg verificados em igual período do ano anterior. No comparativo mensal, a concentração de ATR por tonelada de matéria-prima totalizou 136,04 kg em dezembro de 2011, ante 122,65 kg no mesmo mês de 2010. Mix de produção No acumulado desde o início desta safra, a proporção de cana-de-açúcar destinada à produção de etanol alcançou 51,71%. A exemplo do que vem ocorrendo nas últimas nove safras, a maior parte da cana processada no Centro-Sul continua sendo direcionada para a produção de etanol. Porém, o percentual na atual safra é inferior aos 55,01% observados em igual período de 2010 e aos 55,07% registrados nos dados finais da safra anterior. Em dezembro, 62,25% da matériaprima processada destinaram-se à fabricação de etanol, contra 66,80% verificados naquele mesmo mês do ano anterior. Vendas de etanol O volume de etanol comercializado pelas unidades produtoras da região Centro-Sul, desde o início da safra 2011/2012 até 1º de janeiro, somou 16,15 bilhões de litros (6,10 bilhões de Revista Canavieiros - Janeiro de 2012 litros de etanol anidro e 10,05 bilhões de litros de etanol hidratado), uma redução de 19,34% comparativamente a igual período da safra 2010/2011. Deste total, 1,64 bilhão de litros foram exportados, e 14,51 bilhões de litros destinados ao mercado doméstico. Em dezembro, as vendas alcançaram 1,52 bilhão de litros, contra 2,22 bilhões de litros apurados no mesmo mês de 2010, e 1,75 bilhão de litros contabilizados em novembro de 2011. Este recuo reflete a forte queda do volume vendido de etanol hidratado: 866,20 milhões de litros comercializados, dos quais 841,68 milhões de litros destinados ao mercado interno, ante 1,51 bilhão de litros verificados em dezembro de 2010. Em relação ao etanol anidro, a venda mensal somou 654,50 milhões de litros, quantidade praticamente estável quando comparada aos 658,09 milhões de litros comercializados em dezembro de 2010. Daquele volume, 86,87 milhões de litros direcionaram-se à exportação e 567,63 milhões de litros ao abastecimento doméstico - 6,57% abaixo dos 607,52 milhões de litros observados em dezembro de 2010. Para o diretor da UNICA, “as vendas de etanol das unidades produtoras ao mercado doméstico em dezembro apresentaram um ligeiro decréscimo, devido à transferência de etanol da região Norte-Nordeste para alguns estados do Centro-Sul, além da chegada de alguns navios com etanol anidro importado naquele mês”. O volume de etanol importado de abril a dezembro de 2011 totalizou 1,13 bilhão de litros. Desse montante, 704,97 milhões de litros desembarcaram em portos da região Centro-Sul e 420,93 na região Norte-Nordeste. O volume de etanol importado permitiu um aumento significativo na oferta de etanol anidro carburante para o mercado doméstico, acrescentou o executivo da UNICA. RC Fonte: UNICA - União da Indústria da Cana-de-açúcar
  • 31. Assuntos Legais 31 Competência Ambiental N o dia 08 de dezembro de 2011, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei Complementar nº 140, que regulamentando o artigo 23, da Constituição Federal, instituiu normas de cooperação entre a União, os Estados e Distrito Federal e os Municípios, no que concerne as ações de proteção ao meio ambiente, mais precisamente ao exercício da competência de cada um nas praticas de controle e fiscalização. Referida forma de cooperação poderá ser feita, também, via convênio, desde que o órgão pretendente possua técnicos suficientes e capacitados, bem como um conselho de meio ambiente Na prática, tal lei elimina a sobreposição de competências dos entes federativos para fiscalizar e controlar as atividades potencialmente poluidoras, esclarecendo ao empreendedor qual o órgão responsá- vel para o licenciamento e fiscalização de sua atividade, o que significa que somente um ente terá tal poder, diferentemente do que ocorre atualmente, onde vários órgãos licenciam, fiscalizam e aplicam penalidades à mesma atividade. Cada ente federativo, portanto, será responsável pela fiscalização do que autorizou. Se foi órgão federal, será a União; se órgão estadual, o Estado; e, se for municipal, o Município. Sendo os licenciamentos autorizados por um único ente, certamente que ficará a critério desse o estabelecimento de valores das taxas a serem cobradas. Também se acrescentou na novel lei que o empreendedor terá prazo de 120 (cento e vinte) dias antes do vencimento da licença para pleitear a sua renovação, ficando prorrogada automaticamente re- Juliano Bortoloti Advogado da Canaoeste ferida licença “até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente.” Aspecto importante que decorre de tudo isso será a uniformização dos procedimentos pertinentes às exigências e condicionantes para a obtenção de uma licença ambiental. Tudo estará mais claro ao empreendedor e, certamente, lhe trará mais segurança jurídica. RC Revista Canavieiros - Janeiro 2012
  • 32. 32 VENDE-SE - Mudas de seringueira da variedade RIM600 com borbulheira registrada; - Porta enxertos para mudas cítricas de todas as variedades; - Mudas de limão e laranja de todas as variedades; - Mudas de manga e abacate. Tratar pelos telefones: (17) 9133.5717 / 9629.5456 / 8101.8767. Prop.Cleiton Bulgo Verdeiro (BRANCO) – 23 anos de experiência. VENDEM-SE - 01 caixa d’água modelo australiana para 50.000 lts; - 01 caixa d’água modelo australiana para 5.000 lts; - 01 transformador de 45 KVA; - 01 transformador de 112 KVA; - mourões de aroeira; - porteiras; - arame farpado usado. Tratar com Wilson pelo telefone: (17) 9739-2000 – Viradouro/SP. VENDEM-SE - MB 2423K/07, equipado com caçamba distribuidora de 17m³ da marca Ota; - Ford Cargo 2626/06, equipado com tanque novo Gascom de16.000 l, bombeiro, pipa; - Ford Cargo 1717/05 toco, equipado com munk MASAL, modelo 12.000; - Ford Cargo 2425/02, equipado com tanque novo Gascom de 16.000 l, bombeiro, pipa; - VW 26-260/08, equipado com caçamba basculante de 12m³ da marca Facchini; - VW 12-170bt/99, toco, equipado com tanque novo de 10.000 l, bombeiro, pipa; - VW 15-180/07, toco, equipado com comboio de lubrif. e abast. Gascom Prolub; - VW 14.220/97, truck, equipado com munk IMAP, modelo 20.000; - MB 1516/86, truck, equipado com munk IMAP ,modelo 20.000; - MB 1313/82, toco, equipado com munk Motocana, modelo 10.000; - MB 1113/85, toco, equipado com munk, modelo 640-18; - MB 1620/03, truck no chassi; - Semi Reboque Prancha, marca NOMA, ano 07, 3 eixos, 3 mts de largura, rampa hidr.; - Ford F11000/82, toco, equipado com tanque 9.000 l, bombeiro, pipa; - Ford Cargo 2425/98, equipado com tanque novo de 16.000 l, bombeiro, pipa; - Munk ARGO, modelo 20.500, ano 2010; - Munk modelo 640-18, ano 90; - Munk PHD, modelo 16.000, ano 06; - Tanque de água novo de 16.000 l, bombeiro, pipa; - Tanque de água usado de 9.000 l, revisado; - Poly Guindaste Bruk, duplo com carrinho para caminhão toco; - Tanque de fibra para caminhão de 16.000 l; - Carreta 2 eixos com tanque de fibra de 22.000 l; - Caçamba distribuidora de calcário, marca Ota, para caminhão truck; - Caçamba basculante para caminhão toco de 5m³. Tratar com Alexandre pelos telefones: (16) 3945-1250 / 9766-9243 / 7813-3866 ID: 96*81149, com Luiz Monteiro pelos telefones: (16) 3945-4760 / 97669244 / 7813-3865 id 96*81148 ou pelo e-mail: trecaminhoes@yahoo.com.br VENDEM-SE - 01 Massey Ferguson 65X, com embreagem dupla, em bom estado de conservação e pneus novos; - 01 trator Valtra 985 S, 4 X 4, motor com 400 horas e pneus novos. Tratar com Marcelo pelo telefone: (16) 9245-2252. VENDEM-SE - 01 torre rádio amador ou telefone, 30 metros de altura, triangular e em ótimo estado; - 01moto bomba acoplada em motor Volkswagen 1300, entrada de 3” e saída de 4”- em ótimo estado; - 01 bomba 2cv, 2 estágios, entrada de 1” e saída ¾”, monofásica, marca WEG e em ótimo estado; - 01bomba FMC completa, para jumbim, atomizador ou outros fins - em óti- Revista Canavieiros - Janeiro de 2012 mo estado; - 01 carroceria Fachini para cana inteira reforçada. Comprimento:8m e largura: 2,6m.- em ótimo estado; - 01 carroceria Galego reforçada para cana inteira e de planta de cana. Comprimento: 8m e largura:2,6m - em ótimo estado; - 01 cultivador DMB com 2 caixas para adubo, acoplado de grade com 8 discos cada linha, acionamento lateral com corrente podendo trabalhar com trator abaixo de 100cv - em ótimo estado; - 01 colheitadeira de cana CASE A7700 (esteira), motor Cummins M11, despontador, disco de corte lateral, auto tracks (copiador de solo), elevador estendido. Ano de fabricação 2009 - em ótimo estado; - 04 reboques agrícolas (transbordo) SMR, ano 2009 (Sermag), chassis duplo - em ótimo estado; - 01 caminhão FORD 5032, ano 2006, 4x4, traçado, pneus semi-novos, com carroceria canavieira (GOYDO), fabricada no ano 2009, com cabos de aço e cambão. Comprimento: 8m - em ótimo estado; - 02 reboques 2 eixos (GOYDO), ano 2009, com cabos de aço e cambão e pneus em bom estado (1000/20). Comprimento: 8,20m, altura: 4,40m e largura: 2,60m; - 01 carroceria de planta de cana; - 01 roçadeira Kamak central e semi lateral. Largura: 1,70m e comprimento: 1,70m. Tratar pelos telefones: (17) 3281.5120 - Luciana/ (17) 8158.1010 – Marcus/(17) 8158.0999 – Nelson. VENDE-SE - 01 triturador de milho, marca KG, com produção de 3.000kg por hora e painel de controle. Tratar com: Antonio Frias Penhalvel pelo telefone: (19)3561.3103. VENDEM-SE - 36 alqueires na região de Fernandópolis. Planta 27 alqueires. Valor: R$ 35.000,00/ alqueire – 60 toneladas de
  • 33. 33 renda/alqueire; -125 alqueires na região de Fernandópolis. Planta 100 alqueires. Valor: R$ 43.000,00/alqueire – 50 toneladas de renda/alqueires; -100 alqueires na região de Jales. Planta 86 alqueires. Valor: R$ 40.000/ alqueire – 60 toneladas de renda/alqueire; - 450 alqueires na região de Franca. Planta 350 alqueires. Valor: R$ 65.000,00/alqueire; - 117 alqueirão na região de Frutal/ MG. Planta 95 alqueires de cana. Valor: R$ 70.000,00/alqueirão; - 1050 alqueires paulista na região de Inocência/MS, localizado a 25 km da cidade. Possui 80% de cultura, sede, dois retiros completos – brete – balança, quatro casas de empregados e três curralamas. Todas as repartições têm água natural. Valor: R$ 15.000,00/alqueire. - 180 alqueirão na região de Conceição das Alagoas/MG. Planta 120 alqueirões de soja e terra massapé. Valor: R$ 65.000,00/alqueirão. - 15 alqueirão na região de Campo Florido/MG. Planta 13 alqueirão. Valor: R$ 60.000,00/alqueirão – terra roxa; - 16 alqueirão na região de Campo Florido/MG. Planta 13 alqueirão de cana. Valor: R$ 65.000,00/alqueirão terra roxa; - 160 alqueires na região de Andradina/SP. Planta 150 alqueires de cana. Valor: R$ 35.000,00/alqueire - terra de cultura; - 54 alqueires na região de Votuporanga. Planta 50 alqueires de cana. Valor: 37.000,00/alqueire; - 186 alqueirão na região de Ituiutaba/ GO. Planta 120 alqueires de cana. Valor: R$ 50.000,00/alqueirão - terra roxa. Tratar com Wilson Perticarrari ou Amaral pelos telefones: (16) 9174.8183/ (16) 9739.9340 / (16) 8217.1255 VENDEM-SE - 01 colhedora de amendoim, marca Double Master II, fabricada em 2004; - 01 arrancador de amendoim KMC; - 01 trator Valmet, modelo 1380, fabricado em 2005; - 01 trattor Valmet, modelo 1680, fabricado em 2001; - 01 trator Valmet, modelo 1580, fabricado em 2002; - 01 caminhão Mercedes, toco 1971, com pólen de caçamba de entulho, acompanhado com 50 caçambas de 3m³ Tratar com Rui pelo telefone: (16) 9187.1027 Cultivando a Língua Portuguesa Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português. “Jamais haverá ano novo, se continuar a copiar os erros dos anos velhos.” Luís de Camões 1) Maria escreveu no e-mail os nomes próprios “sem trema” como: Bunchen, Muller, Hubner... ... e errou!!! A regra geral do trema, segundo o Novo Acordo Ortográfico, não será mais usado, MAS permanecerá em nomes próprios. O correto nos exemplos acima é grafar o trema nas vogais “u”. 2) “VÊEM” as datas festivas com alegria!!! Prezado amigo leitor para as palavras também ficarem “ alegres”, precisa saber a nova ortografia!!! O correto é: VEEM. Segundo o Novo Acordo Ortográfico, palavras com duplo “e” não terão mais acento circunflexo. 3)Almoçou muito e sentiu “enjôo”? ...alimentar na medida certa e conhecer as novas regras ortográficas, não dão enjoo! O correto é: enjoo (sem acento). Segundo o Novo Acordo Ortográfico, palavras com duplo “o” não terão mais acento circunflexo. Antes: enjôo Novo Acordo: enjoo PARA VOCÊ PENSAR: “Os bons vi sempre passar/ No mundo graves tormentos;/ E para mais me espantar/ Os maus vi sempre nadar/ Em mar de contentamentos.” Luís de Camões “ Ouve-me, então, com o teu corpo inteiro.” Clarice Lispector Dicas e sugestões, entre em contato: renatacs@convex.com.br * Advogada, Prof. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria. Revista Canavieiros - Janeiro 2012
  • 34. 34 Eventos em Fevereiro 2012 Seminário Stab – Florescimento e Maturação / Fisiologias e suas aplicações Data: 09/02/12 Local: Centro de Convenções da Cana – IAC (Instituto Agronômico) - Ribeirão Preto / SP Cursos de Inseminação Artificial CRV Lagoa Data: de 06/02 a 10/02 // de 13/02 a 17/02 // de 27/02 a 02/03 Local: CRV Lagoa – Sertãozinho – SP Informações: www.crvlagoa.com.br // (16) 2105 2299 28ª. Reunião Anual do Ensaio de Proficiência IAC para Laboratórios de Análise de Solos Data: 28/02/2012 Local: Anfiteatro Otávio Tisselli Filho, Av. Barão de Itapura, nº 1481 - Campinas - SP Informações com: Heitor Cantarella Site: www.iac.sp.gov.br/ Telefone: (19) 2137-0750 E-mail: cantarella@iac.sp.gov.br Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz” Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão O GAPE (Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão) foi fundado no dia 11 de agosto de 1997 e é formado por um grupo de 16 estagiários da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. O principal objetivo do grupo é contribuir para o desenvolvimento agrícola do país, através da adoção do Plantio Direto, tornando a atividade agropecuária mais rentável economicamente, sem causar impactos ao ambiente, através da geração de conhecimentos nas áreas de nutrição de plantas, fertilidade do solo, adubos e adubação para diversas culturas, além da formação de profissionais altamente capacitados para atuar no setor agropecuário. Segundo o coordenador do grupo, Prof. Dr. Godofredo Cesar Vitti, a principal “diferença” que o GAPE faz hoje, é formar Engenheiros Agrônomos bem preparados para o mercado, tanto tecnicamente como pessoalmente. Através da vivência e participação do aluno no estágio, ele irá adquirir ensinamentos que dificilmente seriam adquiridos em sala de aula, preparando-o para o mercado de trabalho. “A contribuição que o grupo oferece ao setor surge da constante busca pela melhoria da produtividade sem causar danos ao ambiente, e isso é feito através da pesquisa e posterior extensão para as unidades produtoras”, disse Vitti. O grupo realiza atividades nas áreas de pesquisa e extensão universitária, transmitindo conhecimentos adquiridos na Universidade para as pessoas ligadas à atividade agropecuária. Dentre suas atividades, pode-se citar: - Pesquisas relacionadas ao setor agropecuário, em convênio com órgãos oficiais de pesquisa, cooperativas, empresas públicas e privadas, objetivando definir melhores doses de fertilizantes a serem aplicados, com objetivo de alcançar maiores produções e menores impactos ambientais; - Orientação a engenheiros agrônomos, técnicos e produtores rurais da região de Piracicaba e demais regiões do país, levando-lhes informações que propiciem melhores condições de trabalhar por uma atividade agrícola mais rentável; - Visitas técnicas a empresas, propriedades rurais e centros de pesquisa; - Assessoria a pequenos produtores rurais da região de Piracicaba, que se encontram carentes de informações técnicas e desestimulados com a atividade agropecuária; - Elaboração de artigos e informativos técnicos visando transmitir novas tecnologias e tornar público conhecimentos da atividade agropecuária, de forma que os produtores sejam mais bem esclarecidos; - Organização de eventos de divulgação científica e técnica, como simpósios e palestras, com o objetivo de diminuir a distância entre Universidade e Produtores rurais da região de Piracicaba, visando trazer desenvolvimento à agricultura regional e crescimento econômico de seus produtores; - Projetos de assessoria na área de poluição ambiental, visando proporcionar agricultura mais sustentável e sem causar danos ambientais; Revista Canavieiros - Janeiro de 2012 Organização de eventos O grupo também organiza eventos de divulgação científica e técnica, como simpósios e palestras, com o objetivo de diminuir a distância entre Universidade e Produtores rurais da região de Piracicaba, visando trazer desenvolvimento à agricultura regional e crescimento econômico de seus produtores. No ano de 2011 o GAPE organizou o V Simpósio Tecnologia de Produção de Cana-de-açúcar, que contou com a participação de 800 pessoas. Nos dias 4, 5 e 6 de julho de 2012 será realizado o Simpósio de Micronutrientes e Magnésio. Em fevereiro deste ano será realizada a segunda Expedição Sistema Plantio Direto, que oferece para 40 alunos da ESALQ a oportunidade de visitar durante uma semana, propriedades e empresas do estado do Paraná, ligadas ao tema. O custo da expedição e coberto por empresas patrocinadoras. RC Fonte: GAPE
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  • 36. 36 Revista Canavieiros - Janeiro de 2012