Paulo Freire foi um educador brasileiro nascido em 1921 em Recife. Ele desenvolveu um método inovador de alfabetização de adultos usando palavras do cotidiano para ensinar 300 trabalhadores rurais em apenas 45 dias. Seu trabalho o tornou uma referência mundial em educação, embora tenha sido preso e exilado durante a ditadura militar no Brasil de 1964 a 1979. Freire faleceu em 1997 deixando uma importante obra sobre educação popular e libertadora.
2. TRAJETÓRIA DO PENSADOR
Foi um educador brasileiro que nasceu em 19/09/1921, na cidade de
Recife, Pernambuco. Filho de Joaquim Temítocles Freire, capitão da polícia
militar e de Edeltrudes Neves Freire. Morou em Recife até 1931. Depois
disso sua família mudou para Jaboatão dos Guararapes, uma cidade
vizinha a Recife, onde morou por 10 anos.
Aos 13 anos de idade seu pai veio à falecer, sendo assim, sua mãe ficou
com a responsabilidade de criá-lo juntamente com seus 3 irmãos.
Em 1943 ele ingressou na faculdade de direito em Recife.
Simultaneamente estudou filosofia da linguagem e se tornou professor de
português para jovens e adultos.
3. Em seguida, após 4 anos, ele foi indicado ao cargo de diretor do
departamento de educação e cultura do serviço social de Pernambuco,
capital.
Após formado em direito, não quis atuar na área. Continuou sendo
professor de português no colégio Oswaldo cruz e filosofia da educação
na escola belas artes da universidade federal de Pernambuco.
Paulo freire em 1955, juntamente com seus colegas, outros educadores,
fundaram o instituto Capibaribe, uma escola inovadora que atraiu muitos
estudiosos intelectuais em recife. Essa escola continua ativa até os dias de
hoje.
4. Por volta dos anos de 1960, ele começou a inserir a alfabetização em
adultos. Ele muito preocupado com um grande número de analfabetos na
zona rural dos estados nordestinos. Achou de certo modo desenvolver
um método de alfabetização entre esses trabalhadores.
Sua proposta de ensino começou ensinando o vocabulário do cotidiano e
da realidade de cada um. Eram trabalhadas e discutidas as palavras do
contexto social de cada agricultor por exemplo: cana, enxada, colheita,
terra, etc.
5. Esses alunos agricultores, eram levados a pensar em sua realidades, ou
seja, nas suas questões sociais. Utilizavam uma palavra como base e iam
descobrindo outras. Ele conseguiu com todo esse empenho na cidade de
Angicos(sertão do rio grande do norte) no ano de 1962 alfabetizar 300
trabalhadores rurais.
Esse projeto ficou conhecido como “As 40 horas de Angico”. Porque os
adultos analfabetos, nesse pequeno período de tempo conseguiram
aprender a ler e escrever uma série de palavras baseadas no seu cotidiano.
Já no final de 45 dias eles conseguiam uma alfabetização mais completa.
6. Paulo freire se tornou uma referência para educação no Brasil. E logo
obteve a aprovação no Plano Nacional de Alfabetização. Pelo seu trabalho
na área da educação, ele ficou conhecido no mundo todo.
Foi o brasileiro com mais títulos, ao todo são 41 instituições. Em 1986
recebeu o prêmio da UNESCO de “educação para a paz”. Com o golpe
militar sofrido no Brasil em 1964 pela ditadura, o plano nacional de
alfabetização foi extinguido imediatamente e ele foi acusado de agitador e
traidor da pátria.
7. Foi levado preso e ficou 70 dias na prisão. Mas quando saiu foi embora
para a Bolívia e depois se exilou no Chile por 5 anos. Só retornou ao Brasil
no ano de 1979 com a anistia do governo do presidente Geisel.
Anos mais tarde residindo em São Paulo, decidiu entrar para a política
filiando-se ao Partido dos Trabalhadores, se tornando secretário da
educação de São Paulo e professor da UNICAMP da PUC
8. OBRAS DE PAULO FREIRE
Educação como pratica da liberdade(1967);
Pedagogia do Oprimido(1968);
Cartas à Guiné- Bissau(1975);
Educação e mudança(1981);
Por uma pedagogia da pergunta(1985);
Pedagogia da esperança(1992);
Professora sim, tia não: carta a quem ousa ensinar(1993);
À sombra desta mangueira(1995);
Pedagogia da autonomia(1997)
9. Paulo Freire, morreu dia 02/05/1997 de insuficiência cardíaca. Termino com
umafrase que gosto muito desse educador e levarei para a vida:
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a
sociedade muda”