SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
A Colonização da África Equipe:Gabriel v.,Matheus,Eduarda,Bernard,Luiza e Christel
Descoberta e Colonização  A África do Sul foi “descoberta” por Bartolomeu Dias que, em 1488, aportou à Ilha Robben, ao largo da atual Cidade do Cabo, na sua abortada viagem para a Índia. A ilha foi, durante muitos anos, utilizada por navegadores portugueses, ingleses e holandeses como posto de reabastecimento. Nessa época, a região era habitada por povos Khoisan, Xhosa, Zulu entre outros; em 1591 um grupo de Khoikhoi, cansados das práticas comerciais desleais dos europeus, atacou a Ilha Robben. Como não tinham nada que superasse as armas de fogo dos europeus, foram derrotados e deixados na ilha sem comida, nem água. Estes foram os primeiros prisioneiros da Ilha Robben.
Colonização holandesaEm 6 de Abril de 1652, Jan Van Riebeeck, da Companhia Holandesa das Índias Orientais, promoveu a colonização da região e fundou a Cidade do Cabo no extremo sul do continente, no sopé da Montanha da Mesa.Durante os séculos XVII e XVIII, a Colônia do Cabo viu chegar e instalarem-se calvinistas, principalmente dos Países Baixos, mas também da Alemanha, França, Escócia e doutros lugares da Europa. Estes calvinistas não conseguiram "disciplinar" os khoisan para as suas atividades agrícolas e quase os exterminaram nas guerras da fronteira do Cabo, também conhecidas como Guerras dos Xhosa ou Guerras dos Cafres. Então, começaram a importar escravos da Indonésia, de Madagáscar e da Índia. Os descendentes destes escravos e dos colonos passaram a ser mais tarde conhecidos como "malaios do Cabo" ("Cape Coloureds" ou "Cape Malays"), chegando a constituir cerca de 50% da população da província do Cabo Ocidental.
Colonização Britânica Os ingleses ocuparam a Cidade do Cabo em 1795, durante a Guerra Anglo-Holandesa. Depois de breve período de domínio holandês entre 1803 e 1806, a cidade tornou-se capital da colónia britânica do Cabo.Com a abolição da escravatura em 1835, levantou-se uma disputa sobre a compensação que o governo britânico devia dar aos colonos pela libertação dos escravos.Muitos destes colonos de ascendência não-inglesa começaram a explorar e colonizar o interior da África, num movimento que ficou conhecido como “The Great Trek” (a grande viagem), os que partiam nessas migrações passaram a ser conhecidos como “Voortrekkers” - os “Viajantes” -, e fundaram as suas próprias repúblicas, o “Estado Livre de Orange” (“Orange Free State”, atualmente uma das províncias da África do Sul) e o “Transvaal” (a “terra para além do rio Vaal”) que, em 1857 se auto-proclamou República Sul-Africana. A incursão Voortrekker para a zona costeira do Natal foi repelida pelos Zulus comandados por Dingane (irmão, herdeiro e, mais tarde, responsável pela morte de Shaka). O império Zulu foi mais tarde conquistado pelos britânicos na Guerra Anglo-Zulu.
As Guerras BoersA descoberta de diamantes em 1867 e de ouro, em 1886 aumentou a riqueza dos colonos, que continuavam a imigrar para a África do Sul e intensificou a sujeição dos nativos. Os boers (ou bôeres) resistiram aos britânicos na Primeira Guerra dos Bôeres (1880-81) e uma das razões foi o facto destes colonos usarem fardamento cáqui, que é da cor da terra, enquanto os britânicos usavam uniformes de cor vermelha, tornando-os alvos mais fáceis para os atiradores boers.A Segunda Guerra dos Bôeres teve a oposição do Partido Liberal no parlamento britânico, que a considerava, não só desnecessária, mas também um desperdício de fundos, mas as enormes reservas de ouro e diamantes presentes nas Repúblicas Boers levaram os "Tories" a avançar com a guerra. A tentativa dos boers de conseguirem apoio dos alemães do Sudoeste Africano deram aos britânicos mais uma razão para controlar as Repúblicas Boers. Os britânicos mudaram de táctica, depois do fracasso do "Jameson Raid", lançado contra o Transvaal a partir da vizinha Rodésia por forças irregulares alinhadas com o rico comerciante de diamantes e Primeiro Ministro da Colónia do Cabo Cecil Rhodes. A Segunda Guerra Boer deu-se entre 1899-1902, quando as tropas britânicas já não usavam os seus uniformes vermelhos. Os boers resistiram com tácticas de guerrilha, usando o seu conhecimento superior da terra, mas os britânicos venceram-nos pela força do número e pela possibilidade de organizar mais facilmente os abastecimentos.Os britânicos encarceraram grandes números de civis bôeres, junto com os seus trabalhadores negros, sem alimentação suficiente, nem cuidados médicos e queimaram as quintas e as colheitas, num esforço para estancar a guerrilha boer. Os guerrilheiros voltaram-se então contra as povoações dos nativos, antagonizando-os e forçando os boers a lutar com eles, para além dos britânicos. Muitos afrikaners, chamados pejorativamente "colaboracionistas" ("joiners") ou "derrotistas" ("hensoppers", em afrikaans, ou "hands-uppers", em inglês) pelos outros afrikaners (os "bittereinders", em afrikaans, ou "bitter-enders", em inglês, ou seja, "os que preferem o fim amargo"), pensaram que era altura de entrar num acordo com os britânicos. Após prosseguirem com a resistência por mais um ano, os "bittereinders" finalmente perceberam que a nação boer seria completamente destruída se eles persistissem e assinaram um tratado de paz com os britânicos em Pretória, a 31 de Maio de 1902, o Tratado de Vereeniging.
Dominação BritânicaO Tratado de Vereeniging especificava que o governo britânico era soberano das repúblicas boers e assumia a dívida de guerra de três milhões de libras dos governos africano. Os súditos holandeses ficavam com um estatuto legal especial, uma vez que o Africâner|afrikaans ainda não era reconhecido como língua distinta. Outra provisão do tratado era que os negros não teriam o direito de voto, exceto na Colónia do Cabo. A administração britânica ainda tentou a "anglicização" dos boers através da educação obrigatória em inglês, mas o plano apenas resultou em ressentimento por parte dos boers e foi abandonado quando os Liberais tomaram o poder na Grã-Bretanha, em 1906. Foi por volta desta altura que o afrikaans foi reconhecido como uma língua distinta do holandês, embora não a tenha substituído como língua oficial até 1926.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Ataques e invasões francesas e holandesas brasil colonial
Ataques e invasões francesas e holandesas   brasil colonialAtaques e invasões francesas e holandesas   brasil colonial
Ataques e invasões francesas e holandesas brasil colonialProfessora Natália de Oliveira
 
Governo Geral, Açúcar e Invasões Holandesas
Governo Geral, Açúcar e Invasões HolandesasGoverno Geral, Açúcar e Invasões Holandesas
Governo Geral, Açúcar e Invasões HolandesasValéria Shoujofan
 
PPT - As Invasões holandesas no Brasil
PPT - As Invasões holandesas no BrasilPPT - As Invasões holandesas no Brasil
PPT - As Invasões holandesas no Brasiljosafaslima
 
Trabalho de história 4BIMESTRE
Trabalho de história 4BIMESTRETrabalho de história 4BIMESTRE
Trabalho de história 4BIMESTREJefferson Barroso
 
Crise 1383 1385-
Crise 1383 1385-Crise 1383 1385-
Crise 1383 1385-Ana Pereira
 
O império colonial português do séc
O império colonial português do sécO império colonial português do séc
O império colonial português do sécSilvia Lino
 
Capítulo 24 invasões holandesas
Capítulo 24    invasões holandesasCapítulo 24    invasões holandesas
Capítulo 24 invasões holandesasAuxiliadora
 
A ocupação africana e suas consequências
A ocupação africana e suas consequênciasA ocupação africana e suas consequências
A ocupação africana e suas consequênciasflaviocosac
 
Aula brasil-colonial-ac3a7ucar-holandeses
Aula brasil-colonial-ac3a7ucar-holandesesAula brasil-colonial-ac3a7ucar-holandeses
Aula brasil-colonial-ac3a7ucar-holandesesLucir Antonio de Souza
 
Resumo Brasil holandês
Resumo Brasil holandêsResumo Brasil holandês
Resumo Brasil holandêsIzaac Erder
 
História do brasil, invasões holandesas e francesa
História do brasil, invasões holandesas e francesaHistória do brasil, invasões holandesas e francesa
História do brasil, invasões holandesas e francesaÓcio do Ofício
 

Mais procurados (20)

Ataques e invasões francesas e holandesas brasil colonial
Ataques e invasões francesas e holandesas   brasil colonialAtaques e invasões francesas e holandesas   brasil colonial
Ataques e invasões francesas e holandesas brasil colonial
 
Brasil Holandês
Brasil HolandêsBrasil Holandês
Brasil Holandês
 
Governo Geral, Açúcar e Invasões Holandesas
Governo Geral, Açúcar e Invasões HolandesasGoverno Geral, Açúcar e Invasões Holandesas
Governo Geral, Açúcar e Invasões Holandesas
 
PPT - As Invasões holandesas no Brasil
PPT - As Invasões holandesas no BrasilPPT - As Invasões holandesas no Brasil
PPT - As Invasões holandesas no Brasil
 
Trabalho de história 4BIMESTRE
Trabalho de história 4BIMESTRETrabalho de história 4BIMESTRE
Trabalho de história 4BIMESTRE
 
Uniao iberica slide
Uniao iberica slideUniao iberica slide
Uniao iberica slide
 
Crise 1383 1385-
Crise 1383 1385-Crise 1383 1385-
Crise 1383 1385-
 
Invasão Holandesa
Invasão HolandesaInvasão Holandesa
Invasão Holandesa
 
O império colonial português do séc
O império colonial português do sécO império colonial português do séc
O império colonial português do séc
 
Friso CronolóGico
Friso CronolóGicoFriso CronolóGico
Friso CronolóGico
 
O ouro do brasil
O ouro do brasilO ouro do brasil
O ouro do brasil
 
O brasil holandês
O brasil holandêsO brasil holandês
O brasil holandês
 
Capítulo 24 invasões holandesas
Capítulo 24    invasões holandesasCapítulo 24    invasões holandesas
Capítulo 24 invasões holandesas
 
A ocupação africana e suas consequências
A ocupação africana e suas consequênciasA ocupação africana e suas consequências
A ocupação africana e suas consequências
 
Aula brasil-colonial-ac3a7ucar-holandeses
Aula brasil-colonial-ac3a7ucar-holandesesAula brasil-colonial-ac3a7ucar-holandeses
Aula brasil-colonial-ac3a7ucar-holandeses
 
Os Rivais De Portugal No Brasil
Os Rivais De Portugal No BrasilOs Rivais De Portugal No Brasil
Os Rivais De Portugal No Brasil
 
Brasil invasões estrangeiras - francesas e holandesas
Brasil invasões estrangeiras - francesas e holandesasBrasil invasões estrangeiras - francesas e holandesas
Brasil invasões estrangeiras - francesas e holandesas
 
Resumo Brasil holandês
Resumo Brasil holandêsResumo Brasil holandês
Resumo Brasil holandês
 
D. João I
D. João ID. João I
D. João I
 
História do brasil, invasões holandesas e francesa
História do brasil, invasões holandesas e francesaHistória do brasil, invasões holandesas e francesa
História do brasil, invasões holandesas e francesa
 

Semelhante a Apresentação de historia2

O imperialismo na áfrica
O imperialismo na áfricaO imperialismo na áfrica
O imperialismo na áfricahistoriando
 
Brasil síntese histórica
Brasil síntese históricaBrasil síntese histórica
Brasil síntese históricaAEDFL
 
Trabalho de História
Trabalho de HistóriaTrabalho de História
Trabalho de Históriajuracyferra
 
Descobrimento do brasil tmp
Descobrimento do brasil tmpDescobrimento do brasil tmp
Descobrimento do brasil tmpPéricles Penuel
 
História de portugal
História de portugalHistória de portugal
História de portugaldavidetavares
 
História de Portugal
História de PortugalHistória de Portugal
História de PortugalVitor Matias
 
A Queda Da Monarquia
A Queda Da MonarquiaA Queda Da Monarquia
A Queda Da Monarquiajdlimaaear
 
O imp.port. e a concorrência internacional
O imp.port. e a concorrência internacionalO imp.port. e a concorrência internacional
O imp.port. e a concorrência internacionalhelenacompleto
 
Colonização européia na américa
Colonização européia  na américaColonização européia  na américa
Colonização européia na américaWalter Frederico
 
Chegada da família real ao brasil
Chegada da família real ao brasilChegada da família real ao brasil
Chegada da família real ao brasilGeová da Silva
 
História Geral - Consequências do imperialismo
História Geral - Consequências do imperialismoHistória Geral - Consequências do imperialismo
História Geral - Consequências do imperialismoMatheus Alves
 

Semelhante a Apresentação de historia2 (20)

O imperialismo na áfrica
O imperialismo na áfricaO imperialismo na áfrica
O imperialismo na áfrica
 
O imperialismo na áfrica
O imperialismo na áfricaO imperialismo na áfrica
O imperialismo na áfrica
 
O imperialismo na áfrica
O imperialismo na áfricaO imperialismo na áfrica
O imperialismo na áfrica
 
Independência dos EUA
Independência dos EUAIndependência dos EUA
Independência dos EUA
 
11ºb história
11ºb história11ºb história
11ºb história
 
História de portugal1
História de portugal1História de portugal1
História de portugal1
 
Brasil síntese histórica
Brasil síntese históricaBrasil síntese histórica
Brasil síntese histórica
 
Trabalho de História
Trabalho de HistóriaTrabalho de História
Trabalho de História
 
Brasil colônia seculo XVII
Brasil colônia seculo XVIIBrasil colônia seculo XVII
Brasil colônia seculo XVII
 
Descobrimento do brasil tmp
Descobrimento do brasil tmpDescobrimento do brasil tmp
Descobrimento do brasil tmp
 
História de portugal
História de portugalHistória de portugal
História de portugal
 
História de Portugal
História de PortugalHistória de Portugal
História de Portugal
 
O Ciclo do ouro
O Ciclo do  ouroO Ciclo do  ouro
O Ciclo do ouro
 
10 OcupaçãO Holandesa
10 OcupaçãO Holandesa10 OcupaçãO Holandesa
10 OcupaçãO Holandesa
 
A Queda Da Monarquia
A Queda Da MonarquiaA Queda Da Monarquia
A Queda Da Monarquia
 
O imp.port. e a concorrência internacional
O imp.port. e a concorrência internacionalO imp.port. e a concorrência internacional
O imp.port. e a concorrência internacional
 
Colonização européia na américa
Colonização européia  na américaColonização européia  na américa
Colonização européia na américa
 
Chegada da família real ao brasil
Chegada da família real ao brasilChegada da família real ao brasil
Chegada da família real ao brasil
 
História Geral - Consequências do imperialismo
História Geral - Consequências do imperialismoHistória Geral - Consequências do imperialismo
História Geral - Consequências do imperialismo
 
Resumo
ResumoResumo
Resumo
 

Último

material sobre poesia de Hilda Hilst, poeta
material sobre poesia de Hilda Hilst, poetamaterial sobre poesia de Hilda Hilst, poeta
material sobre poesia de Hilda Hilst, poetaBeth282646
 
Identidade e Gênero A(1).pptkkkkkkkkkkkl
Identidade e Gênero A(1).pptkkkkkkkkkkklIdentidade e Gênero A(1).pptkkkkkkkkkkkl
Identidade e Gênero A(1).pptkkkkkkkkkkklWellington Sousa
 
Prova da PPL Enem reapliaçõ de 2023 com todas as questões
Prova da PPL Enem reapliaçõ de 2023 com todas as questõesProva da PPL Enem reapliaçõ de 2023 com todas as questões
Prova da PPL Enem reapliaçõ de 2023 com todas as questõesBeth282646
 
019348000101011 (27)vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv.pdf
019348000101011 (27)vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv.pdf019348000101011 (27)vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv.pdf
019348000101011 (27)vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv.pdfRenandantas16
 
Catálogo Bones de Four Jeans de 24 03 2024
Catálogo Bones de Four Jeans de 24 03 2024Catálogo Bones de Four Jeans de 24 03 2024
Catálogo Bones de Four Jeans de 24 03 2024mikaelfoxdevs
 
Catálogo Feminino Four Jeans de 03 04 2024
Catálogo Feminino Four Jeans de 03 04 2024Catálogo Feminino Four Jeans de 03 04 2024
Catálogo Feminino Four Jeans de 03 04 2024mikaelfoxdevs
 

Último (6)

material sobre poesia de Hilda Hilst, poeta
material sobre poesia de Hilda Hilst, poetamaterial sobre poesia de Hilda Hilst, poeta
material sobre poesia de Hilda Hilst, poeta
 
Identidade e Gênero A(1).pptkkkkkkkkkkkl
Identidade e Gênero A(1).pptkkkkkkkkkkklIdentidade e Gênero A(1).pptkkkkkkkkkkkl
Identidade e Gênero A(1).pptkkkkkkkkkkkl
 
Prova da PPL Enem reapliaçõ de 2023 com todas as questões
Prova da PPL Enem reapliaçõ de 2023 com todas as questõesProva da PPL Enem reapliaçõ de 2023 com todas as questões
Prova da PPL Enem reapliaçõ de 2023 com todas as questões
 
019348000101011 (27)vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv.pdf
019348000101011 (27)vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv.pdf019348000101011 (27)vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv.pdf
019348000101011 (27)vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv.pdf
 
Catálogo Bones de Four Jeans de 24 03 2024
Catálogo Bones de Four Jeans de 24 03 2024Catálogo Bones de Four Jeans de 24 03 2024
Catálogo Bones de Four Jeans de 24 03 2024
 
Catálogo Feminino Four Jeans de 03 04 2024
Catálogo Feminino Four Jeans de 03 04 2024Catálogo Feminino Four Jeans de 03 04 2024
Catálogo Feminino Four Jeans de 03 04 2024
 

Apresentação de historia2

  • 1. A Colonização da África Equipe:Gabriel v.,Matheus,Eduarda,Bernard,Luiza e Christel
  • 2. Descoberta e Colonização A África do Sul foi “descoberta” por Bartolomeu Dias que, em 1488, aportou à Ilha Robben, ao largo da atual Cidade do Cabo, na sua abortada viagem para a Índia. A ilha foi, durante muitos anos, utilizada por navegadores portugueses, ingleses e holandeses como posto de reabastecimento. Nessa época, a região era habitada por povos Khoisan, Xhosa, Zulu entre outros; em 1591 um grupo de Khoikhoi, cansados das práticas comerciais desleais dos europeus, atacou a Ilha Robben. Como não tinham nada que superasse as armas de fogo dos europeus, foram derrotados e deixados na ilha sem comida, nem água. Estes foram os primeiros prisioneiros da Ilha Robben.
  • 3. Colonização holandesaEm 6 de Abril de 1652, Jan Van Riebeeck, da Companhia Holandesa das Índias Orientais, promoveu a colonização da região e fundou a Cidade do Cabo no extremo sul do continente, no sopé da Montanha da Mesa.Durante os séculos XVII e XVIII, a Colônia do Cabo viu chegar e instalarem-se calvinistas, principalmente dos Países Baixos, mas também da Alemanha, França, Escócia e doutros lugares da Europa. Estes calvinistas não conseguiram "disciplinar" os khoisan para as suas atividades agrícolas e quase os exterminaram nas guerras da fronteira do Cabo, também conhecidas como Guerras dos Xhosa ou Guerras dos Cafres. Então, começaram a importar escravos da Indonésia, de Madagáscar e da Índia. Os descendentes destes escravos e dos colonos passaram a ser mais tarde conhecidos como "malaios do Cabo" ("Cape Coloureds" ou "Cape Malays"), chegando a constituir cerca de 50% da população da província do Cabo Ocidental.
  • 4. Colonização Britânica Os ingleses ocuparam a Cidade do Cabo em 1795, durante a Guerra Anglo-Holandesa. Depois de breve período de domínio holandês entre 1803 e 1806, a cidade tornou-se capital da colónia britânica do Cabo.Com a abolição da escravatura em 1835, levantou-se uma disputa sobre a compensação que o governo britânico devia dar aos colonos pela libertação dos escravos.Muitos destes colonos de ascendência não-inglesa começaram a explorar e colonizar o interior da África, num movimento que ficou conhecido como “The Great Trek” (a grande viagem), os que partiam nessas migrações passaram a ser conhecidos como “Voortrekkers” - os “Viajantes” -, e fundaram as suas próprias repúblicas, o “Estado Livre de Orange” (“Orange Free State”, atualmente uma das províncias da África do Sul) e o “Transvaal” (a “terra para além do rio Vaal”) que, em 1857 se auto-proclamou República Sul-Africana. A incursão Voortrekker para a zona costeira do Natal foi repelida pelos Zulus comandados por Dingane (irmão, herdeiro e, mais tarde, responsável pela morte de Shaka). O império Zulu foi mais tarde conquistado pelos britânicos na Guerra Anglo-Zulu.
  • 5. As Guerras BoersA descoberta de diamantes em 1867 e de ouro, em 1886 aumentou a riqueza dos colonos, que continuavam a imigrar para a África do Sul e intensificou a sujeição dos nativos. Os boers (ou bôeres) resistiram aos britânicos na Primeira Guerra dos Bôeres (1880-81) e uma das razões foi o facto destes colonos usarem fardamento cáqui, que é da cor da terra, enquanto os britânicos usavam uniformes de cor vermelha, tornando-os alvos mais fáceis para os atiradores boers.A Segunda Guerra dos Bôeres teve a oposição do Partido Liberal no parlamento britânico, que a considerava, não só desnecessária, mas também um desperdício de fundos, mas as enormes reservas de ouro e diamantes presentes nas Repúblicas Boers levaram os "Tories" a avançar com a guerra. A tentativa dos boers de conseguirem apoio dos alemães do Sudoeste Africano deram aos britânicos mais uma razão para controlar as Repúblicas Boers. Os britânicos mudaram de táctica, depois do fracasso do "Jameson Raid", lançado contra o Transvaal a partir da vizinha Rodésia por forças irregulares alinhadas com o rico comerciante de diamantes e Primeiro Ministro da Colónia do Cabo Cecil Rhodes. A Segunda Guerra Boer deu-se entre 1899-1902, quando as tropas britânicas já não usavam os seus uniformes vermelhos. Os boers resistiram com tácticas de guerrilha, usando o seu conhecimento superior da terra, mas os britânicos venceram-nos pela força do número e pela possibilidade de organizar mais facilmente os abastecimentos.Os britânicos encarceraram grandes números de civis bôeres, junto com os seus trabalhadores negros, sem alimentação suficiente, nem cuidados médicos e queimaram as quintas e as colheitas, num esforço para estancar a guerrilha boer. Os guerrilheiros voltaram-se então contra as povoações dos nativos, antagonizando-os e forçando os boers a lutar com eles, para além dos britânicos. Muitos afrikaners, chamados pejorativamente "colaboracionistas" ("joiners") ou "derrotistas" ("hensoppers", em afrikaans, ou "hands-uppers", em inglês) pelos outros afrikaners (os "bittereinders", em afrikaans, ou "bitter-enders", em inglês, ou seja, "os que preferem o fim amargo"), pensaram que era altura de entrar num acordo com os britânicos. Após prosseguirem com a resistência por mais um ano, os "bittereinders" finalmente perceberam que a nação boer seria completamente destruída se eles persistissem e assinaram um tratado de paz com os britânicos em Pretória, a 31 de Maio de 1902, o Tratado de Vereeniging.
  • 6. Dominação BritânicaO Tratado de Vereeniging especificava que o governo britânico era soberano das repúblicas boers e assumia a dívida de guerra de três milhões de libras dos governos africano. Os súditos holandeses ficavam com um estatuto legal especial, uma vez que o Africâner|afrikaans ainda não era reconhecido como língua distinta. Outra provisão do tratado era que os negros não teriam o direito de voto, exceto na Colónia do Cabo. A administração britânica ainda tentou a "anglicização" dos boers através da educação obrigatória em inglês, mas o plano apenas resultou em ressentimento por parte dos boers e foi abandonado quando os Liberais tomaram o poder na Grã-Bretanha, em 1906. Foi por volta desta altura que o afrikaans foi reconhecido como uma língua distinta do holandês, embora não a tenha substituído como língua oficial até 1926.