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Projeto                                               África Brasil




                   África Brasil
     Conhecendo Ontem, Trabalhando Hoje e Construindo o Amanhã




                                                                      6
Projeto                                                                                        África Brasil



                               © EMEB PROFª MARIA BARBOSA MARTINS, 2012.




               É Permitida a reprodução ou transmissão desta obra por qualquer meio, sem a prévia

                               Autorização do autor, desde que preservada a fonte.

                          Direitos reservados para a autora, protegidos pela Lei 9610/98.

          A originalidade dos artigos e as opiniões emitidas são de inteira responsabilidade de sua autora.



                       Embm.

                                    MARTINS, EMEB Maria Barbosa.

                                      Projeto África Brasil: Conhecendo o Ontem,
                       trabalhando o Hoje e construindo o Amanhã

                              Distrito de Bonsucesso. Várzea Grande-MT, 2012.




                                       1. Questão Étnica. 2. Cor e cultura
                                             José Wilson Tavares
                                              Ensino fundamental.

                                                      Diretor

                                                  Eliane Winck

                                             Coordenadora Pedagógica

                                              Azuil Marcio Bastos

                                                Presidente do CCDE

                                             Sandra Regina Nunes

                                                 Secretária Escolar

                                           Tatiane Pinheiro da Silva

                                Professora comunitária Programa Mais Educação

                                      Adnilse de Souza Santos Siqueira

                                                    Articuladora

                                               Pagina na Internet:

                                 www.emebmariabarbosamartins.blogspot.com




                                                                                                               7
Projeto                                           África Brasil



Colaboradores envolvidos na Execução do projeto



José Wilson Tavares

Eliane Winck

Tatiane Pinheiro da Silva Leque

Adnilse de s. Santos Siqueira

Adriany Sthefany de Carvalho Lima

Alessandra Heloisa de Toledo

Azuil Marcio Bastos

Davi Gonçalves de Miranda

Deize Pinheiro da Silva

Dianne Karla Costa Rosa

Edilene Cristina n. Alvarenga

Eliane Marques da Silva Almeida

Evanildes Maria Magalhães

Jane Ribeiro dos Santos

Jaqueline Angélica Fortes

Juliana Larissa de Oliveira Matos

Karla Cilene de Magalhães

Luciana Rodrigues g. Da Rosa

Luiz Fernando de Moraes Campos Filho

Luiza pinheiro da silva

Maluce Rodrigues de Magalhães

Marlucia de Oliveira Gomes

Perpetua Silveira melo

Sandro Eduardo Cardoso

Silmeire de Pinho t. Da Rosa

                                                                  8
Projeto                        África Brasil



Vanessa Carla da Silva

Vanize Gonçalves da Silva

Vilma Barbosa de Moraes

Wherllen Junior de Magalhães

Zedinete Dias de Magalhães




                                               9
Projeto                                                                África Brasil



TEMA:



                            Olhar o Brasil e ver a África.




Público Alvo:




                Educação Infantil ao nono ano do ensino fundamental.




PALAVRAS-CHAVES: escola, currículo, diferenças, identidade.




Componentes Curriculares envolvidos:




Língua Portuguesa, Artes, História, Espanhol, Geografia, Matemática, Ciências e
Educação Física.




                                                                                       10
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Introdução




          Em cumprimento a legislação vigente, a Lei Federal 10.639 de 2003 que
                                                     alterou a LDB, devendo os
                                                     estados Municípios com o
                                                     apoio da União, promover
                                                     a inclusão de          material
                                                     artístico, histórico     e que
                                                     forme    a consciência        do
                                                     quanto    a    sua     herança
                                                     negra e       a formação de
                                                     valores culturais, onde não
                                                     se pode hegemonizar uma
                                                     formação cultural e étnica,
                                                     com uma          só herança
genética, com o ideário Europeu. Promover a desestruturação de uma formação
genética tosca que sempre promoveu o Etnocentrismo de nossas tradições e que
promoveu por longos anos, o ideário de que somos uma subraça e que este país
jamais seria uma grande nação por que    sofremos a intervenção genética de
diferentes povos, fazendo com que fossemos subjugado na historia e como
nação.
          Sobre por a estes conceitos errôneos do passado, só seria possível,
quando a nação brasileira, a partir da formação em sala de aulas e da sala de
aulas até nossos lares e espaços sociais, pudéssemos mostrar o quão é bonito
e prazeroso, saber o pó que de nossa cor de pele, nosso cabelo, nosso linguajar
e bem como nossa comida       sempre foram muito apreciadas e cultuadas pelo
seu sabor. Nas artes e manifestações culturais, os gingados sempre fizeram a
diferença. Neste contexto, mostrar que as influencias de povos originários do
continente africana e sua miscigenação com os povos amarelos de              origem
indígena formou este sociedade    não única e nem superiora, mas          vivendo a

                                                                                   11
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diferença e diversidade no todo da cultura como soma de valores e conceitos
ético de respeitabilidade social.
            A proposta é superar preconceitos: Diferente sim, porém somos parte da
soma      de valores internacionais       que promovem   a igualdade   racial em terras
brasileiras.
            É preciso ter sempre em mente, o famoso dizer de Francisco d e Assis,
“Não se ama aquilo que não conhece”, então promover o conhecimento é dar a
oportunidade de amar, e ser amado, respeitar e ser respeitado, como gente e
cidadão incluídos nos valores que norteiam as relações internacionais dos quais
o Brasil é signatários d e diversos tratados inclusive as Declaração Universal dos
Direitos do Homem.
            Nesta promoção de valores e conceitos de respeitabilidade, levar a
superação, por conclusão de que somos um povo brasileiro, que temos nossa
origens em diferente raças, etnias e culturas que nos promova como cidadãos
do mundo dentro do contexto, social da sociedade internacional.



                                      “Uma boa árvore é aquela que se
                                    lembra da semente que a gerou”
                                    Provérbio Africano




                                                                                        12
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Justificativa




           Como historicamente percebemos uma minimização do legado africano,
muitas vezes visto como secundário em relação às temáticas universais ou outras,
acreditamos ser importante destacar e pensar em uma nova visão no contexto local
e nacional, uma vez que estamos dentro de um Sistema integrado de formação
que são orientados pela Diretriz de base da Educação Nacional – LDB.
           A Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino de História da Cultura Africana nos
estabelecimentos de ensino fundamental e médio fez cinco anos em janeiro de 2008. As
orientações do Ministério da Educação, através da coordenação Geral de Diversidade e
Inclusão Educacional da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade -
Secad, tem firmado o seu posicionamento, diante da sociedade brasileira, para promover o
estudo e o debate da legislação e seu cumprimento integral, pelos estado e município, e
sua aplicação pelos profissionais da educação em todos os níveis do processo de
ensino aprendizagem. Hoje afirma que desconhece a legislação e a negação do processo
iniciado em 2003, com a advento das alterações promovidas na LDB. Segundo Leonor
Araujo da SECAD-MEC

                 “Não podemos continuar com uma escola que tem como referência teórica
                apenas uma cultura de formação do povo brasileiro, que é a cultura branca
                européia. Precisamos referendar também aos alunos que temos outras matrizes
                étnico-raciais na sua formação”. “Chegamos à conclusão de que, para que a
                implementação da lei seja realmente efetiva na rede básica, precisamos de uma
                orquestração nacional.” “A Lei 10.639, de 2003, altera a Lei de Diretrizes e Bases
                da Educação (LDB), de 1966. “Se a lei não for cumprida, é como se você não
                estivesse cumprindo a LDB. “Por isso, a escola pode ser notificada e até fechada”.
                “O que nós queremos é combater o racismo e fazer com que haja mais respeito à
                diversidade, aos que são considerados diferentes, que sejam apenas diferentes,
                que eles não sejam desiguais. Então, precisamos trabalhar essa perspectiva nas
                três ações principais: formação dos professores, produção do material didático e
                sensibilização dos gestores da educação.” (grifo nosso).


           Assim, pretendemos que nossa Unidade tenha a oportunidade de
promover a apropriação de novos conhecimentos que vise combater ao racismo,
                                                                                               13
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através d e ações que mesmo pequenas e num núcleo ainda incipiente, mas que
forme consciências e valores que até então não eram promovidos no entorna da
escola e seu interior. Ao propor o estudo da história do continente africano, irá
possibilitar a correção das referências equivocadas que carregamos sobre os
africanos. Além, é claro, de tornar mais denso nossos conhecimentos sobre suas
características e realidades. Enfatizamos, que nossa proposta visa valorizar valores
e conceitos que não são conhecidos e/ou estão esquecido por muitos, e são
referencia em nossa     historia e estão na matriz de nossa ancestralidade africana.
Para tanto, torna-se necessário que articulemos dados sobre a intensa participação
africana na formação da sociedade brasileira com a ininterrupta tarefa de combate
ao racismo e às práticas discriminatórias a que estão sujeitos diariamente milhares
de africanos e afro-descendentes espalhados pelo mundo.




OBJETIVOS:


Geral




Construir na escola um espaço, que valorize a cultura e a herança afro-brasileira,
existente na comunidade, como patrimônio da sociedade, formando uma
consciência de que devemos parte de nosso presente ao nosso passado histórico
daquele povo em terra brasileira, com objetivo de fortalecer nossas tradições e
identidade nos levando a superação de preconceitos e a negação dos valores
religiosos e étnicos.




                                                                                     14
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Específicos




    Conhecer as nações africanas e suas respectivas bandeiras;
    Perceber a diversidade de países existentes naquele continente;
    Identificar alguns idiomas falados na África;
    Conhecer algumas pinturas rupestres;
    Elaborar histórias; confeccionar um livro de curiosidades;
    Observar a estrutura das pirâmides; trabalhar formas geométricas;
    Construir uma casa Ndebele; realizar jogos; identificar tradições;
    Testar hipóteses, fazer inferências; trocar e associar informações;
    Respeitar diferentes opiniões; analisar mapas.
    Construir a árvore genealógica
    Identificar a herança africana na Cultura várzea-grandense, de Bonsucesso e
          Religiosidade local.




                                                                                     15
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Processo Interdisciplinar




           Com o advento de novas normas, sendo incluído no processo de ensino
aprendizagem, e as alterações que na LDB, inclusive com a homologação de um
novo diploma legal, em questão a Lei federal nº 11.645 de 10 de Março de 2008
– estabelece a obrigatoriedade da inclusão no currículo escolar a História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena, em sala de aula na educação básica brasileira em todos
os estabelecimentos de ensino do Sistema Nacional.
           A lei como diploma legal, em sua redação prioriza como ação da Unidade
de Ensino e propor:
               O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da
               história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir
               desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos
               africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e
               indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional,
               resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política,
               pertinentes à história do Brasil. Os conteúdos referentes à história e cultura afro-
               brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o
               currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e
               história brasileira. (grifo nosso)


           Nossa proposta de trabalho e execução para o cumprimento da legislação
e envolvendo outras disciplinas, acreditamos que seja necessário envolve uma
discussão aprofundada sobre currículo no sentido de promover a inclusão dos
temas propostos pela legislação em outras disciplinas do currículo, para que não
ocorra uma polarização e bem como um descompromisso de outros profissionais
em suas áreas de conhecimento com a tematica que precisamos privilegiar                         na
execução do projeto no entorno da unidade e em seu interior com a comunidade
interna.
           A   reflexão    inicia     com      os   seguintes      questionamentos          desta
interdisciplinaridade na formação dos conteúdos que versem sobre a questão da
cultura africana e indígena no currículo escolar em nossa Unidade:


                                                                                                16
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            O que ensinamos para nossos alunos e por que ensinamos o que
ensinamos, ou seja, quais os jogos de força envolvidos na definição de conteúdos a
serem abordados na escola. Que critérios usar para escolher o que é importante em
termos de conteúdos? Os conteúdos são apenas os conceituais?
            Qual a verdadeira função da escola?
            Informar ou/e também formar?
            Voltando à questão específica da interdisciplinaridade, devemos lembrar
que dentro de cada disciplina há necessidades ou habilidades que precisam ser
desenvolvidas, tais como: a leitura e interpretação, o registro escrito, a compreensão
de mapas, gráficos, grandezas numéricas, ordenações, etc., que perpassam todas
as disciplinas e que, sem forçar uma relação, podem ser trabalhadas de forma
conjunta. Podemos também eleger uma temática (Tema Gerador) que pode ser
trabalhada pelas diferentes disciplinas. A metodologia de projetos se presta muito a
isso.
            Os temas transversais propostos pelo governo também podem facilitar
esta articulação entre as disciplinas. Os temas transversais: Meio Ambiente, Ética,
Saúde e Orientação Sexual, por exemplo, podem e é desejável que sejam trabalhados
de forma interdisciplinar.




                                                                                      17
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Interdisciplinaridade Possível




A) História




          Buscar nos livros didáticos e paradidáticos e rede              mundial de
computadores, informações que esclareçam ao aluno que o continente africano já
existia muito tempo antes do continente europeu. Por exemplo, No império de Gana,
os monarcas se reuniam todos os dias com os súditos para papear, ouvir
reclamações e tomar decisões. Essas informações são comparadas com o modo de
vida do negro no nosso país, na época da escravidão, nos quilombos e nos dias de
hoje.
              A tradição oral é forte nas culturas africanas, mas os povos também
sabiam ler, escrever e viviam em cidades desenvolvidas, assim os alunos podem
construir maquetes da cidade antigas do continente africano.
          Miséria, epidemias e guerras civis existem hoje nos diversos países da
África como as guerras civis em Angola e em Ruanda, mas também estão presentes
em outros lugares. A partir desta informação os alunos podem pesquisar problemas
comuns do Brasil e dos povos africanos como a fome e a epidemia de AIDS. E desta
pesquisa os alunos poderão até produzir um programa de rádio e ou um jornal
informativo. Realizar o censo dos alunos da escola. Criolo (em castelhano criollo, em
francês créole e em italiano creolo) era, originalmente, o filho do europeu ou africano
nascido na América ou o filho de casamento interracial em que um dos pais era
espanhol ou português (os filhos de casamentos entre portugueses não eram
chamados crioulos).

          No Brasil do século XIX e anterior, chamava-se de crioulos os escravos
não-mestiços que tinham nascido na terra, diferenciando-os daqueles nascidos na
África. Os escravos africanos que sabiam falar português e conheciam os costumes
brasileiros, eram chamados de "negros ladinos" (derivado de latinos, mas já com a
conotação de esperto). Escravos africanos que desconheciam a língua portuguesa e
os costumes da nova terra eram denominados "negros boçais". Certamente, este

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tom pejorativo contaminou posteriormente o significado de crioulo. Em geral, os
escravos mestiços eram apenas chamados de mulatos, já subentendendo-se que
sabiam falar português e conheciam os costumes locais como os escravos crioulos.

            No Brasil do século XX e atual, a palavra crioulo designa pessoas de pele
escura descendentes de africanos subsaarinos, incluindo negros e mulatos, e pode
ser considerado racialmente ofensivo. Não inclui pessoas de origem asiática, norte-
africana, Amerindios ou qualquer outra que tenha a pele escura.

            No mundo lusófono, o termo crioulo denomina os filhos de casamentos
inter-raciais ou, por extensão, as culturas nascidas do encontro entre o mundo
europeu e o africano (como a caboverdiana ou a santomense). Em geral, este termo
não tem conotação ofensiva nestas regiões. A conotação desta palavra como
miscigenação originou a expressão língua crioula para designar as línguas
resultantes da mistura de dois ou mais idiomas distintos, em geral, as que surgiram
nos territórios colonizados pelos europeus como mistura de idiomas europeus e não-
europeus.

            Na América Espanhola, criolo, em geral, designa uma pessoa
descendente de europeus que tenha nascido na América. Os filhos dos grandes
aristocratas europeus - em especial espanhois - que tinham filhos nascidos em
terras americanas, chamavam a seus filhos de criollo. O termo era então usado
como sinônimo para todo aquele que nascesse fora de seu país de origem.
Atualmente o termo apresenta várias nuances desse significado original dependendo
de cada país ou região da América Espanhola. Por exemplo, na Argentina, o termo é
utilizado geralmente para referir-se aos descendentes dos antigos colonizadores
espanhóis que vivem no interior do país, mas não aos descendentes dos imigrantes
mais recentes, mesmo que descendentes de espanhóis.

            No Rio Grande do Sul, estado brasileiro fronteiriço com a Argentina e
Uruguai, a palavra crioulo é utilizada para designar os descendentes dos antigos
colonizadores portugueses, isto é, o gaúcho tradicional, como se pode ver no nome
do Museu Crioulo e do programa de televisão Galpão Criolo. Entretanto, cientes do
seu uso no resto do Brasil, alguns procuram diferenciar, utilizando a palavra "crioulo"
para designar pessoas de pele escura e a palavra espanhola "criolo" para designar
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os   descendentes    brancos   dos   antigos colonizadores     portugueses.    Assim,
denominam de "Balcão do Criolo" a uma janela do palácio do governo estadual de
onde os antigos presidentes da província e governadores costumavam discursar
para o povo.

           Memória e História;

           Mito e História.

b) Literatura

           Em movimento oposto à tradição crítica não só nos estudos literários,
mas também nos estudos de história e sociologia, política e economia, o trabalho
não opera no sentido de construir uma imagem homogênea da comunidade
afrodescendente brasileiro, solucionando, no plano do discurso, problemas que
atravessam sistematicamente essa comunidade na vida social.

           Cristina Rodríguez Cabral nasceu em Montevideo, Uruguai, em 1959.
Depois de uma longa passagem por várias cidades do Brasil (São Paulo, Rio de
Janeiro, Belo Horizonte e Salvador) em 1992, se muda aos Estados Unidos em
1998, onde é professora universitária de literatura lationo-americanamora.

           Que aspectos em comum podem ter a poesia de cada uma delas? Ou,
voltando a nossa pergunta inicial, como essas poetas articulam/negociam sua(s)
identidade(s)? Se consideramos os títulos da obra de cada uma de nossas poetas
(Memoria & Resistencia, Balafres e Recordar é Preciso), percebemos alguns pontos
comuns dessas autoras. Resistir, recordar: verbos que nos antecipam que
encontraremos um aspecto combatente na leitura das obras; memória, cicratizes:
           Substantivos que trazem à tona um passado que deixa marcas
(cicratizes), mas que não pode e nem se quer apagado (memória).
           Ao ler seus trabalhos, percebemos que demonstram as mesmas
preocupações. Seus poemas falam delas, de amor, de sua terra, de suas famílias,
da história, é nesses territórios diaspóricos que, segundo Constance Richards, nos
permite ver a experiência dessas mulheres em uma perspectiva mais ampla que em
situações isoladas, ao mesmo tempo em que reconhece as limitações de uma

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perspectiva global que tenta homogeneizar experiências, e mascara especificidades
históricas.
               Em sua proposição de uma “nova consciência mestiça, que se move
“constantemente para fora das formações cristalizadas” (ANZALDÚA, 2005, p. 706),
a autora aponta para uma saída:
                     O trabalho da consciência mestiça é o de desmontar a dualidade sujeito-objeto
                     que a mantém prisioneira, e o de mostrar na carne e através de imagens no seu
                     trabalho como a dualidade pode ser transcendida [...] Extirpar de forma massiva
                     qualquer pensamento dualista no indivíduo e na consciência coletiva representa o
                     início de uma longa luta, que poderá, com a melhor das esperanças, trazer o fim
                     do estupro, da violência, da guerra (ANZALDÚA, 2005, p. 707).


              O traço marcante da obra é precisamente a heterogeneidade da produção
literária afrodescendente no Brasil, acusando a heterogeneidade que define essa
comunidade. Somos (não posso negar) autores muito diferentes, tanto os
fundadores quanto os consolidadores e, mais ainda, os contemporâneos, cada um
expressando a condição afro-brasileira à sua maneira, mas enfrentando um mesmo
problema: a dificuldade de se afirmar no mundo literário.

 Lendas e Mitos Indígenas.

c) Artes:



              Na    dança,     nas    máscaras e        nos
desenhos. Os elementos da cultura dos povos
africanos poderão ser desenvolvidos em todas as
séries, trabalhando conceitos de arte abstrata e
geometria,         mitos,    adereços      e    máscaras
relacionando essas produções às manifestações
artísticas do continente europeu. O grande
desafio é não resvalar no preconceito nem cair
no encantamento do exótico, pois a cultura dos
povos africanos é pouco conhecida para nós, fica
fácil se deslumbrar com o diferente e esquecer-se de dar valor às culturas africanas
em sua essência.
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Teatro
 Arte e Cultura Material Indígena;

 Artesanato Indígena;

 Pintura Corporal.




d) Matemática




           A LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008 altera a Lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, modificada pela Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo
oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena”. Assim, o art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996, passa a vigorar com a seguinte redação:

           “Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino
médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-
brasileira e indígena”.

           Ao conhecer a cultura egípcia, os alunos podem estudar as pirâmides e
os triângulos, olhando gravuras que retratam a construção dos monumentos, eles
tentam estimar a quantidade de pessoas que trabalharam na obra e de tijolos




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usados. Realizar a pesquisa e o censo dos alunos da escola.


                             O currículo é um lugar de escolhas; ele não é neutro e precisa ser
                             alimentado pela ação do professor. À medida que estamos tratando
                             de um conteúdo omitido, negligenciado e pouco conhecido pela
                             escola e pelo professor, é que promovemos a restituição da
                             presença e da dignidade da população negra como sujeito na história
                             e na cultura brasileira. Precisamos tomar cuidado para não
                             cometermos uma falha pedagógica muito comum nas nossas
                             escolas. (LOPES: 2006, p.24)


             Ao conhecer a cultura egípcia, os alunos estudam as pirâmides e os
triângulos. Olhando gravuras que retratam a construção dos monumentos, eles
tentam estimar a quantidade de pessoas que trabalharam na obra e de tijolos
usados. O estudo da simetria usando alguns símbolos egípcios: "Esse conceito será
importante depois, no estudo do corpo humano". Tornando a aquisição de novos
conhecimentos      em    ferramentas     que    possibilitam    desvendar      os   diferentes
significados - como pureza espiritual (unsum), solidez e perseverança (wawa aba),
precisão e habilidade (nkyimu) -, eles perceberam a importância de ler imagens.

             Na disciplina de Matemática, abordar conteúdos mediante a idéia de
inseri-los    numa      perspectiva     que
contemple a História e Cultura Africana,
Afro-Brasileira e Indígena, encontra
certas dificuldades devido o pouco
material     que      fundamenta      essas
abordagens e dada à especificidade de
cada      conteúdo.     No   entanto,    as
tendências em Educação Matemática
presentes nas Diretrizes Curriculares do
Estado possibilitam várias abordagens
da História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena no encaminhamento de
conteúdos matemáticos, e também por meio de brincadeiras e jogos ensinados e
praticados entre comunidades ou descendentes de africanos ou indígenas.



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           Uma das sugestões foi o jogo Shisima, um jogo de três alinhados, jogado
pelas crianças da parte ocidental do Quênia. Na língua tiriki, a palavra shisima quer
dizer “extensão de água”; eles chamam as peças de imbalavali ou pulgas-d’água.
As pulgas-d’água movimentam-se tão rapidamente na água que é difícil acompanhá-
las com o olhar. Além da investigação sobre o jogo (histórico, regras,…), com a
construção do tabuleiro é possível explorar conceitos matemáticos de geometria
(raio, diâmetro, círculo, circunferência,…), frações, medidas.

 Etnomatemática;

 Sistemas de numeração.




e) Geografia:




           A África não é um país, e sim um continente. Essa afirmação pode
parecer absurda, mas não Há uma tendência em falar da África como se todos que
ali vivem tivessem os mesmos hábitos e tradições. Através da construção de mapas,
os alunos conseguirão localizar os diversos países existentes do continente e quais
foram os seus colonizadores e as riquezas de cada região.
           Ao falar sobre os diversos povos, é possível destacar as contribuições de
cada um para a economia do Brasil Colônia. É importante que os alunos saibam que
os negros trouxeram para cá a melhor tecnologia dos trópicos como a enxada, o
arado e técnicas de irrigação. Tanto que os donos das terras encomendavam aos
mercadores mão-de-obra especializada para a atividade de seus domínios. Realizar
a pesquisa e o censo dos alunos da escola.
 Território e territorialidades;

 Questão fundiária.




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f) Língua Portuguesa:




           Pesquisar algumas palavras de origem africana que fazem parte do nosso
vocabulário, para atividade de leitura e escrita.
           Trabalhar com lendas e histórias africanas que tratem de diversidade
como:
Menina Bonita do Laço de Fita, de Ana Maria Machado, O Pássaro-da-Chuva, de
Kersti Chaplet, o gibi Zumbi dos Palmares (produzido em 2001 pela Editora Lake, é
distribuído gratuitamente.), Gosto de África de Joel Rufino dos Santos, Lendas
Africanas de Júlio Emílio Braz, além de familiares dos alunos afro-descendentes que
podem ser convidados para contar histórias de sua vida, de modo que estas
informações poderão ser transformadas em texto.
 Etimologia de palavras indígenas;

 Literatura Indígena;

 Línguas Indígenas.



g) Ciências Naturais:


Somos todos africanos! ! !
           Há sete milhões de anos houve a separação entre as linhagens do
macaco e do que viria a ser o homem mais tarde. Os fósseis mais antigos de nossos
ancestrais foram encontrados no Vale da Grande Fenda, formação que atravessa a
Etiópia, o Quênia e a Tanzânia. Milhões de anos depois, o Homo erectus teria
partido dessa região para povoar a Ásia e a Europa, onde se transformou em
homem de Neanderthal. Os que continuaram na África evoluíram para a espécie
sapiens, que mais uma vez migrou, dizimando ou substituindo os neandertais e os
hominídeos asiáticos. E assim o planeta foi povoado.
           O professor ao trabalhar este tema deverá ressaltar a importância ao
abordar a evolução das espécies, esclarecendo que biologicamente todos os seres
humanos são parecidos e que as pequenas diferenças físicas não interferem na

                                                                                    25
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capacidade intelectual. Levar o aluno a reconhecer a sua raça através de
características físicas. E isso vai ajudar o aluno a desmontar o falso embasamento
científico que subdividiu a humanidade em raças, no século 19, idéias que perduram
até hoje.

 Biodiversidade;

 Medicina Alternativa;

 Farmacologia Indígena.




Língua Espanhola




            O espaço geográfico denominado América Latina caracteriza-se pela
presença e Diversidade de povos afrodescendentes em seus territórios. Segundo o
pesquisador e antropólogo Luis Ferreira, no seu artigo A Diáspora Africana na
América Latina e o
            Caribe, o termo afro-latino-americano tem sido utilizado nos últimos
tempos por estudiosos e ativistas de organizações negras para referi-se a população
afrodescendentes oriunda desta região da América.
            Na contemporaneidade, tem-se presenciado ações realizadas pelo
Ministério da Cultura no Brasil no sentido de discutir a presença da cultura negra na
América Latina uma vez que, de acordo com o documento do MINC, existe um vazio
de informações quanto à situação da população e do rico patrimônio cultural
afrodescendente na maior parte dos países da América Latina. Neste sentido foi
realizado o I Seminário Internacional Intercâmbios Afro-latinos (2007), promovido
pela Fundação Cultural Palmares e o I Encontro Ibero americano: Agenda
afrodescendente nas Américas (2008) nos quais foram discutidas ações a serem
implementadas para criação de políticas públicas de valorização da cultura negra na
América Latina e quando o governo brasileiro propôs a fundação do Observatório
Afro-Latino. Faz-se relevante destacar que este site3 pode ser acessado na versão
em espanhol ou em português.

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             Reggae e biografias
             O professor poderá levar algumas letras de músicas do afro-descendente
jamaicano Bob Marley e de outros cantores negros e textos em Español sobre a vida
de lideranças de alguns espanhóis. Trabalhar as traduções de músicas influentes
africanas.




Educação Física




             A cultura dos povos na modernidade sofre intensas e sucessivas
influências tornando o corpo cultural, algo visto como um objeto maleável que sofre
transformações que os levam em sentido ao aperfeiçoamento. Hoje já está
comprovado pela biologia e pela genética que todos os seres humanos possuem a
mesma carga genética.
             Assim, a capoeira terá sido executada adequadamente, pois em um
contexto pedagógico, nunca será levada a desempenho ─ o qual poderia ser gerado
sendo posta como atividade extracurricular. Nota-se, que com a sua entrada na
escola, um acréscimo de valiosos benefícios a formação dos alunos surge, pois
além dos benefícios já citados, ela pode ser coadjuvante a outras disciplinas e pode
servir como conteúdo das aulas de educação Física escolar ─ alem de estar
cumprindo exigência legislativa.
             Vamos jogar iitop ou mbube - mbube? Para a disciplina que se dedica à
educação do corpo, brincadeiras que privilegiam as competições em equipe. Assim
                                   o professor poderá apresentar para os alunos o
                                   iitop, o mbube-mbube (ou o tigre e o impala) e jogos
                                   como o yote e a mancala. Ele iniciará contando a
                                   história do jogo e os valores da cultura africana
                                   presentes em cada um. Veja como construir o kalah,
                                   versão do mancala e conheça as regras dos outros
                                   jogos. Pesquisar dança do jongo, roda de capoeira.
                                             Brincadeira Africana do Mbube Mbube

                                                                                        27
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                É uma das palavras Zulu para "leão". "Mbube" é chamar o leão1.
               Neste jogo as crianças estão ajudando o leão a capturar uma presa. O
jogo inicia com todos formando um grande círculo. Dois jogadores são escolhidos
(um para ser o leão e o outro a caça). De olhos vendados os dois são girados e
afastados. O leão deve ficar dentro do círculo e se mover para pegar a caça que
também pode se mover. Quando o leão se aproxima da presa, as crianças devem
cantar "Mbube, mbube", mais alto e mais rápido. Se o leão se afastar cantam mais
baixo e lento2.




1
    Brincadeira de Criança da Região de Gana
2
    Brincadeira Mbube Mbube – Imagens de Odi Alfaia

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Recursos Materiais


• Multimídias.
• Xerox de textos, mapas e bandeiras etc.




Cronograma: Tempo e Duração


O trabalho será desenvolvido no transcorrer do segundo bimestre. Tendo como
CRONOGRAMA: (Ocorrerá em cada ano letivo a alterações desta datas dentro do ano letivo
em vigência de sua realização e execução de etapas)



         Inicio: 14 de Maio de 2012;
         Término dia 14 de Julho de 2012.


Sua Culminância juntos aos Festejos tradicionais Juninos, num misto tradições
brasileiras, africanas e indígenas.



“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos
corruptos, nem dos desonestos, nem do sem-caráter, nem da
sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons".                           Martin
Luther King




                                                                                      29
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Referências Bibliográficas




DUARTE,        Eduardo    de     Assis.    “Literatura   e   Afrodescendencia”.        In:
http://www.acaocomunitaria.org.br/discussoes_tematicas/literatura_e_afro_descende
ncia.pdf
EVARISTO, Conceição. “Da representação à auto representação da mulher negra
na literatura brasileira” In: Revista Palmares: cultura afro-brasileira. Ano 1 n. 1
agosto, 2005. P. 52-57.
FONSECA, Maria Nazaré. “Corpo e voz em poemas brasileiros e africanos escrito
por mulher” In: Site da Organização de Escritores Africanos (http://www.uea-
angola.org).
FONSECA, Nazaré (et. ali) "Autores afro-brasileiros contemporâneos". In: Literatura
Afro-brasileira. Salvador: CEAO; Brasília: Fundação Palmares, 2006. p. 113-178.
SOUZA, Florentina. “Literatura Afro-brasileira: algumas considerações”. In: Revista
Palmares: cultura afro-brasileira. Brasília, ano 1 n. 2 dezembro, 2005. p. 64-72.
Http://www.abdias.com.br/teatro_experimental/teatro_experimental.htm
http://www.laab.ufpa.br/index.php/jogos-africanos/30-brincadeira-mbube-mbube-
gana.html

http://revistaescola.abril.com.br/pdf/reinos-africanos.pdf

KEATING, AnaLouise, ed. entre mundos / entre os mundos: novas perspectivas
sobre a Gloria Anzaldúa. Palgrave MacMillan, New York, 2005




                                                                                       30

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  • 1. Projeto África Brasil África Brasil Conhecendo Ontem, Trabalhando Hoje e Construindo o Amanhã 6
  • 2. Projeto África Brasil © EMEB PROFª MARIA BARBOSA MARTINS, 2012. É Permitida a reprodução ou transmissão desta obra por qualquer meio, sem a prévia Autorização do autor, desde que preservada a fonte. Direitos reservados para a autora, protegidos pela Lei 9610/98. A originalidade dos artigos e as opiniões emitidas são de inteira responsabilidade de sua autora. Embm. MARTINS, EMEB Maria Barbosa. Projeto África Brasil: Conhecendo o Ontem, trabalhando o Hoje e construindo o Amanhã Distrito de Bonsucesso. Várzea Grande-MT, 2012. 1. Questão Étnica. 2. Cor e cultura José Wilson Tavares Ensino fundamental. Diretor Eliane Winck Coordenadora Pedagógica Azuil Marcio Bastos Presidente do CCDE Sandra Regina Nunes Secretária Escolar Tatiane Pinheiro da Silva Professora comunitária Programa Mais Educação Adnilse de Souza Santos Siqueira Articuladora Pagina na Internet: www.emebmariabarbosamartins.blogspot.com 7
  • 3. Projeto África Brasil Colaboradores envolvidos na Execução do projeto José Wilson Tavares Eliane Winck Tatiane Pinheiro da Silva Leque Adnilse de s. Santos Siqueira Adriany Sthefany de Carvalho Lima Alessandra Heloisa de Toledo Azuil Marcio Bastos Davi Gonçalves de Miranda Deize Pinheiro da Silva Dianne Karla Costa Rosa Edilene Cristina n. Alvarenga Eliane Marques da Silva Almeida Evanildes Maria Magalhães Jane Ribeiro dos Santos Jaqueline Angélica Fortes Juliana Larissa de Oliveira Matos Karla Cilene de Magalhães Luciana Rodrigues g. Da Rosa Luiz Fernando de Moraes Campos Filho Luiza pinheiro da silva Maluce Rodrigues de Magalhães Marlucia de Oliveira Gomes Perpetua Silveira melo Sandro Eduardo Cardoso Silmeire de Pinho t. Da Rosa 8
  • 4. Projeto África Brasil Vanessa Carla da Silva Vanize Gonçalves da Silva Vilma Barbosa de Moraes Wherllen Junior de Magalhães Zedinete Dias de Magalhães 9
  • 5. Projeto África Brasil TEMA: Olhar o Brasil e ver a África. Público Alvo: Educação Infantil ao nono ano do ensino fundamental. PALAVRAS-CHAVES: escola, currículo, diferenças, identidade. Componentes Curriculares envolvidos: Língua Portuguesa, Artes, História, Espanhol, Geografia, Matemática, Ciências e Educação Física. 10
  • 6. Projeto África Brasil Introdução Em cumprimento a legislação vigente, a Lei Federal 10.639 de 2003 que alterou a LDB, devendo os estados Municípios com o apoio da União, promover a inclusão de material artístico, histórico e que forme a consciência do quanto a sua herança negra e a formação de valores culturais, onde não se pode hegemonizar uma formação cultural e étnica, com uma só herança genética, com o ideário Europeu. Promover a desestruturação de uma formação genética tosca que sempre promoveu o Etnocentrismo de nossas tradições e que promoveu por longos anos, o ideário de que somos uma subraça e que este país jamais seria uma grande nação por que sofremos a intervenção genética de diferentes povos, fazendo com que fossemos subjugado na historia e como nação. Sobre por a estes conceitos errôneos do passado, só seria possível, quando a nação brasileira, a partir da formação em sala de aulas e da sala de aulas até nossos lares e espaços sociais, pudéssemos mostrar o quão é bonito e prazeroso, saber o pó que de nossa cor de pele, nosso cabelo, nosso linguajar e bem como nossa comida sempre foram muito apreciadas e cultuadas pelo seu sabor. Nas artes e manifestações culturais, os gingados sempre fizeram a diferença. Neste contexto, mostrar que as influencias de povos originários do continente africana e sua miscigenação com os povos amarelos de origem indígena formou este sociedade não única e nem superiora, mas vivendo a 11
  • 7. Projeto África Brasil diferença e diversidade no todo da cultura como soma de valores e conceitos ético de respeitabilidade social. A proposta é superar preconceitos: Diferente sim, porém somos parte da soma de valores internacionais que promovem a igualdade racial em terras brasileiras. É preciso ter sempre em mente, o famoso dizer de Francisco d e Assis, “Não se ama aquilo que não conhece”, então promover o conhecimento é dar a oportunidade de amar, e ser amado, respeitar e ser respeitado, como gente e cidadão incluídos nos valores que norteiam as relações internacionais dos quais o Brasil é signatários d e diversos tratados inclusive as Declaração Universal dos Direitos do Homem. Nesta promoção de valores e conceitos de respeitabilidade, levar a superação, por conclusão de que somos um povo brasileiro, que temos nossa origens em diferente raças, etnias e culturas que nos promova como cidadãos do mundo dentro do contexto, social da sociedade internacional. “Uma boa árvore é aquela que se lembra da semente que a gerou” Provérbio Africano 12
  • 8. Projeto África Brasil Justificativa Como historicamente percebemos uma minimização do legado africano, muitas vezes visto como secundário em relação às temáticas universais ou outras, acreditamos ser importante destacar e pensar em uma nova visão no contexto local e nacional, uma vez que estamos dentro de um Sistema integrado de formação que são orientados pela Diretriz de base da Educação Nacional – LDB. A Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino de História da Cultura Africana nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio fez cinco anos em janeiro de 2008. As orientações do Ministério da Educação, através da coordenação Geral de Diversidade e Inclusão Educacional da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade - Secad, tem firmado o seu posicionamento, diante da sociedade brasileira, para promover o estudo e o debate da legislação e seu cumprimento integral, pelos estado e município, e sua aplicação pelos profissionais da educação em todos os níveis do processo de ensino aprendizagem. Hoje afirma que desconhece a legislação e a negação do processo iniciado em 2003, com a advento das alterações promovidas na LDB. Segundo Leonor Araujo da SECAD-MEC “Não podemos continuar com uma escola que tem como referência teórica apenas uma cultura de formação do povo brasileiro, que é a cultura branca européia. Precisamos referendar também aos alunos que temos outras matrizes étnico-raciais na sua formação”. “Chegamos à conclusão de que, para que a implementação da lei seja realmente efetiva na rede básica, precisamos de uma orquestração nacional.” “A Lei 10.639, de 2003, altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1966. “Se a lei não for cumprida, é como se você não estivesse cumprindo a LDB. “Por isso, a escola pode ser notificada e até fechada”. “O que nós queremos é combater o racismo e fazer com que haja mais respeito à diversidade, aos que são considerados diferentes, que sejam apenas diferentes, que eles não sejam desiguais. Então, precisamos trabalhar essa perspectiva nas três ações principais: formação dos professores, produção do material didático e sensibilização dos gestores da educação.” (grifo nosso). Assim, pretendemos que nossa Unidade tenha a oportunidade de promover a apropriação de novos conhecimentos que vise combater ao racismo, 13
  • 9. Projeto África Brasil através d e ações que mesmo pequenas e num núcleo ainda incipiente, mas que forme consciências e valores que até então não eram promovidos no entorna da escola e seu interior. Ao propor o estudo da história do continente africano, irá possibilitar a correção das referências equivocadas que carregamos sobre os africanos. Além, é claro, de tornar mais denso nossos conhecimentos sobre suas características e realidades. Enfatizamos, que nossa proposta visa valorizar valores e conceitos que não são conhecidos e/ou estão esquecido por muitos, e são referencia em nossa historia e estão na matriz de nossa ancestralidade africana. Para tanto, torna-se necessário que articulemos dados sobre a intensa participação africana na formação da sociedade brasileira com a ininterrupta tarefa de combate ao racismo e às práticas discriminatórias a que estão sujeitos diariamente milhares de africanos e afro-descendentes espalhados pelo mundo. OBJETIVOS: Geral Construir na escola um espaço, que valorize a cultura e a herança afro-brasileira, existente na comunidade, como patrimônio da sociedade, formando uma consciência de que devemos parte de nosso presente ao nosso passado histórico daquele povo em terra brasileira, com objetivo de fortalecer nossas tradições e identidade nos levando a superação de preconceitos e a negação dos valores religiosos e étnicos. 14
  • 10. Projeto África Brasil Específicos  Conhecer as nações africanas e suas respectivas bandeiras;  Perceber a diversidade de países existentes naquele continente;  Identificar alguns idiomas falados na África;  Conhecer algumas pinturas rupestres;  Elaborar histórias; confeccionar um livro de curiosidades;  Observar a estrutura das pirâmides; trabalhar formas geométricas;  Construir uma casa Ndebele; realizar jogos; identificar tradições;  Testar hipóteses, fazer inferências; trocar e associar informações;  Respeitar diferentes opiniões; analisar mapas.  Construir a árvore genealógica  Identificar a herança africana na Cultura várzea-grandense, de Bonsucesso e Religiosidade local. 15
  • 11. Projeto África Brasil Processo Interdisciplinar Com o advento de novas normas, sendo incluído no processo de ensino aprendizagem, e as alterações que na LDB, inclusive com a homologação de um novo diploma legal, em questão a Lei federal nº 11.645 de 10 de Março de 2008 – estabelece a obrigatoriedade da inclusão no currículo escolar a História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, em sala de aula na educação básica brasileira em todos os estabelecimentos de ensino do Sistema Nacional. A lei como diploma legal, em sua redação prioriza como ação da Unidade de Ensino e propor: O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. Os conteúdos referentes à história e cultura afro- brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileira. (grifo nosso) Nossa proposta de trabalho e execução para o cumprimento da legislação e envolvendo outras disciplinas, acreditamos que seja necessário envolve uma discussão aprofundada sobre currículo no sentido de promover a inclusão dos temas propostos pela legislação em outras disciplinas do currículo, para que não ocorra uma polarização e bem como um descompromisso de outros profissionais em suas áreas de conhecimento com a tematica que precisamos privilegiar na execução do projeto no entorno da unidade e em seu interior com a comunidade interna. A reflexão inicia com os seguintes questionamentos desta interdisciplinaridade na formação dos conteúdos que versem sobre a questão da cultura africana e indígena no currículo escolar em nossa Unidade: 16
  • 12. Projeto África Brasil O que ensinamos para nossos alunos e por que ensinamos o que ensinamos, ou seja, quais os jogos de força envolvidos na definição de conteúdos a serem abordados na escola. Que critérios usar para escolher o que é importante em termos de conteúdos? Os conteúdos são apenas os conceituais? Qual a verdadeira função da escola? Informar ou/e também formar? Voltando à questão específica da interdisciplinaridade, devemos lembrar que dentro de cada disciplina há necessidades ou habilidades que precisam ser desenvolvidas, tais como: a leitura e interpretação, o registro escrito, a compreensão de mapas, gráficos, grandezas numéricas, ordenações, etc., que perpassam todas as disciplinas e que, sem forçar uma relação, podem ser trabalhadas de forma conjunta. Podemos também eleger uma temática (Tema Gerador) que pode ser trabalhada pelas diferentes disciplinas. A metodologia de projetos se presta muito a isso. Os temas transversais propostos pelo governo também podem facilitar esta articulação entre as disciplinas. Os temas transversais: Meio Ambiente, Ética, Saúde e Orientação Sexual, por exemplo, podem e é desejável que sejam trabalhados de forma interdisciplinar. 17
  • 13. Projeto África Brasil Interdisciplinaridade Possível A) História Buscar nos livros didáticos e paradidáticos e rede mundial de computadores, informações que esclareçam ao aluno que o continente africano já existia muito tempo antes do continente europeu. Por exemplo, No império de Gana, os monarcas se reuniam todos os dias com os súditos para papear, ouvir reclamações e tomar decisões. Essas informações são comparadas com o modo de vida do negro no nosso país, na época da escravidão, nos quilombos e nos dias de hoje. A tradição oral é forte nas culturas africanas, mas os povos também sabiam ler, escrever e viviam em cidades desenvolvidas, assim os alunos podem construir maquetes da cidade antigas do continente africano. Miséria, epidemias e guerras civis existem hoje nos diversos países da África como as guerras civis em Angola e em Ruanda, mas também estão presentes em outros lugares. A partir desta informação os alunos podem pesquisar problemas comuns do Brasil e dos povos africanos como a fome e a epidemia de AIDS. E desta pesquisa os alunos poderão até produzir um programa de rádio e ou um jornal informativo. Realizar o censo dos alunos da escola. Criolo (em castelhano criollo, em francês créole e em italiano creolo) era, originalmente, o filho do europeu ou africano nascido na América ou o filho de casamento interracial em que um dos pais era espanhol ou português (os filhos de casamentos entre portugueses não eram chamados crioulos). No Brasil do século XIX e anterior, chamava-se de crioulos os escravos não-mestiços que tinham nascido na terra, diferenciando-os daqueles nascidos na África. Os escravos africanos que sabiam falar português e conheciam os costumes brasileiros, eram chamados de "negros ladinos" (derivado de latinos, mas já com a conotação de esperto). Escravos africanos que desconheciam a língua portuguesa e os costumes da nova terra eram denominados "negros boçais". Certamente, este 18
  • 14. Projeto África Brasil tom pejorativo contaminou posteriormente o significado de crioulo. Em geral, os escravos mestiços eram apenas chamados de mulatos, já subentendendo-se que sabiam falar português e conheciam os costumes locais como os escravos crioulos. No Brasil do século XX e atual, a palavra crioulo designa pessoas de pele escura descendentes de africanos subsaarinos, incluindo negros e mulatos, e pode ser considerado racialmente ofensivo. Não inclui pessoas de origem asiática, norte- africana, Amerindios ou qualquer outra que tenha a pele escura. No mundo lusófono, o termo crioulo denomina os filhos de casamentos inter-raciais ou, por extensão, as culturas nascidas do encontro entre o mundo europeu e o africano (como a caboverdiana ou a santomense). Em geral, este termo não tem conotação ofensiva nestas regiões. A conotação desta palavra como miscigenação originou a expressão língua crioula para designar as línguas resultantes da mistura de dois ou mais idiomas distintos, em geral, as que surgiram nos territórios colonizados pelos europeus como mistura de idiomas europeus e não- europeus. Na América Espanhola, criolo, em geral, designa uma pessoa descendente de europeus que tenha nascido na América. Os filhos dos grandes aristocratas europeus - em especial espanhois - que tinham filhos nascidos em terras americanas, chamavam a seus filhos de criollo. O termo era então usado como sinônimo para todo aquele que nascesse fora de seu país de origem. Atualmente o termo apresenta várias nuances desse significado original dependendo de cada país ou região da América Espanhola. Por exemplo, na Argentina, o termo é utilizado geralmente para referir-se aos descendentes dos antigos colonizadores espanhóis que vivem no interior do país, mas não aos descendentes dos imigrantes mais recentes, mesmo que descendentes de espanhóis. No Rio Grande do Sul, estado brasileiro fronteiriço com a Argentina e Uruguai, a palavra crioulo é utilizada para designar os descendentes dos antigos colonizadores portugueses, isto é, o gaúcho tradicional, como se pode ver no nome do Museu Crioulo e do programa de televisão Galpão Criolo. Entretanto, cientes do seu uso no resto do Brasil, alguns procuram diferenciar, utilizando a palavra "crioulo" para designar pessoas de pele escura e a palavra espanhola "criolo" para designar 19
  • 15. Projeto África Brasil os descendentes brancos dos antigos colonizadores portugueses. Assim, denominam de "Balcão do Criolo" a uma janela do palácio do governo estadual de onde os antigos presidentes da província e governadores costumavam discursar para o povo.  Memória e História;  Mito e História. b) Literatura Em movimento oposto à tradição crítica não só nos estudos literários, mas também nos estudos de história e sociologia, política e economia, o trabalho não opera no sentido de construir uma imagem homogênea da comunidade afrodescendente brasileiro, solucionando, no plano do discurso, problemas que atravessam sistematicamente essa comunidade na vida social. Cristina Rodríguez Cabral nasceu em Montevideo, Uruguai, em 1959. Depois de uma longa passagem por várias cidades do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador) em 1992, se muda aos Estados Unidos em 1998, onde é professora universitária de literatura lationo-americanamora. Que aspectos em comum podem ter a poesia de cada uma delas? Ou, voltando a nossa pergunta inicial, como essas poetas articulam/negociam sua(s) identidade(s)? Se consideramos os títulos da obra de cada uma de nossas poetas (Memoria & Resistencia, Balafres e Recordar é Preciso), percebemos alguns pontos comuns dessas autoras. Resistir, recordar: verbos que nos antecipam que encontraremos um aspecto combatente na leitura das obras; memória, cicratizes: Substantivos que trazem à tona um passado que deixa marcas (cicratizes), mas que não pode e nem se quer apagado (memória). Ao ler seus trabalhos, percebemos que demonstram as mesmas preocupações. Seus poemas falam delas, de amor, de sua terra, de suas famílias, da história, é nesses territórios diaspóricos que, segundo Constance Richards, nos permite ver a experiência dessas mulheres em uma perspectiva mais ampla que em situações isoladas, ao mesmo tempo em que reconhece as limitações de uma 20
  • 16. Projeto África Brasil perspectiva global que tenta homogeneizar experiências, e mascara especificidades históricas. Em sua proposição de uma “nova consciência mestiça, que se move “constantemente para fora das formações cristalizadas” (ANZALDÚA, 2005, p. 706), a autora aponta para uma saída: O trabalho da consciência mestiça é o de desmontar a dualidade sujeito-objeto que a mantém prisioneira, e o de mostrar na carne e através de imagens no seu trabalho como a dualidade pode ser transcendida [...] Extirpar de forma massiva qualquer pensamento dualista no indivíduo e na consciência coletiva representa o início de uma longa luta, que poderá, com a melhor das esperanças, trazer o fim do estupro, da violência, da guerra (ANZALDÚA, 2005, p. 707). O traço marcante da obra é precisamente a heterogeneidade da produção literária afrodescendente no Brasil, acusando a heterogeneidade que define essa comunidade. Somos (não posso negar) autores muito diferentes, tanto os fundadores quanto os consolidadores e, mais ainda, os contemporâneos, cada um expressando a condição afro-brasileira à sua maneira, mas enfrentando um mesmo problema: a dificuldade de se afirmar no mundo literário.  Lendas e Mitos Indígenas. c) Artes: Na dança, nas máscaras e nos desenhos. Os elementos da cultura dos povos africanos poderão ser desenvolvidos em todas as séries, trabalhando conceitos de arte abstrata e geometria, mitos, adereços e máscaras relacionando essas produções às manifestações artísticas do continente europeu. O grande desafio é não resvalar no preconceito nem cair no encantamento do exótico, pois a cultura dos povos africanos é pouco conhecida para nós, fica fácil se deslumbrar com o diferente e esquecer-se de dar valor às culturas africanas em sua essência. 21
  • 17. Projeto África Brasil Teatro  Arte e Cultura Material Indígena;  Artesanato Indígena;  Pintura Corporal. d) Matemática A LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008 altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena”. Assim, o art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro- brasileira e indígena”. Ao conhecer a cultura egípcia, os alunos podem estudar as pirâmides e os triângulos, olhando gravuras que retratam a construção dos monumentos, eles tentam estimar a quantidade de pessoas que trabalharam na obra e de tijolos 22
  • 18. Projeto África Brasil usados. Realizar a pesquisa e o censo dos alunos da escola. O currículo é um lugar de escolhas; ele não é neutro e precisa ser alimentado pela ação do professor. À medida que estamos tratando de um conteúdo omitido, negligenciado e pouco conhecido pela escola e pelo professor, é que promovemos a restituição da presença e da dignidade da população negra como sujeito na história e na cultura brasileira. Precisamos tomar cuidado para não cometermos uma falha pedagógica muito comum nas nossas escolas. (LOPES: 2006, p.24) Ao conhecer a cultura egípcia, os alunos estudam as pirâmides e os triângulos. Olhando gravuras que retratam a construção dos monumentos, eles tentam estimar a quantidade de pessoas que trabalharam na obra e de tijolos usados. O estudo da simetria usando alguns símbolos egípcios: "Esse conceito será importante depois, no estudo do corpo humano". Tornando a aquisição de novos conhecimentos em ferramentas que possibilitam desvendar os diferentes significados - como pureza espiritual (unsum), solidez e perseverança (wawa aba), precisão e habilidade (nkyimu) -, eles perceberam a importância de ler imagens. Na disciplina de Matemática, abordar conteúdos mediante a idéia de inseri-los numa perspectiva que contemple a História e Cultura Africana, Afro-Brasileira e Indígena, encontra certas dificuldades devido o pouco material que fundamenta essas abordagens e dada à especificidade de cada conteúdo. No entanto, as tendências em Educação Matemática presentes nas Diretrizes Curriculares do Estado possibilitam várias abordagens da História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena no encaminhamento de conteúdos matemáticos, e também por meio de brincadeiras e jogos ensinados e praticados entre comunidades ou descendentes de africanos ou indígenas. 23
  • 19. Projeto África Brasil Uma das sugestões foi o jogo Shisima, um jogo de três alinhados, jogado pelas crianças da parte ocidental do Quênia. Na língua tiriki, a palavra shisima quer dizer “extensão de água”; eles chamam as peças de imbalavali ou pulgas-d’água. As pulgas-d’água movimentam-se tão rapidamente na água que é difícil acompanhá- las com o olhar. Além da investigação sobre o jogo (histórico, regras,…), com a construção do tabuleiro é possível explorar conceitos matemáticos de geometria (raio, diâmetro, círculo, circunferência,…), frações, medidas.  Etnomatemática;  Sistemas de numeração. e) Geografia: A África não é um país, e sim um continente. Essa afirmação pode parecer absurda, mas não Há uma tendência em falar da África como se todos que ali vivem tivessem os mesmos hábitos e tradições. Através da construção de mapas, os alunos conseguirão localizar os diversos países existentes do continente e quais foram os seus colonizadores e as riquezas de cada região. Ao falar sobre os diversos povos, é possível destacar as contribuições de cada um para a economia do Brasil Colônia. É importante que os alunos saibam que os negros trouxeram para cá a melhor tecnologia dos trópicos como a enxada, o arado e técnicas de irrigação. Tanto que os donos das terras encomendavam aos mercadores mão-de-obra especializada para a atividade de seus domínios. Realizar a pesquisa e o censo dos alunos da escola.  Território e territorialidades;  Questão fundiária. 24
  • 20. Projeto África Brasil f) Língua Portuguesa: Pesquisar algumas palavras de origem africana que fazem parte do nosso vocabulário, para atividade de leitura e escrita. Trabalhar com lendas e histórias africanas que tratem de diversidade como: Menina Bonita do Laço de Fita, de Ana Maria Machado, O Pássaro-da-Chuva, de Kersti Chaplet, o gibi Zumbi dos Palmares (produzido em 2001 pela Editora Lake, é distribuído gratuitamente.), Gosto de África de Joel Rufino dos Santos, Lendas Africanas de Júlio Emílio Braz, além de familiares dos alunos afro-descendentes que podem ser convidados para contar histórias de sua vida, de modo que estas informações poderão ser transformadas em texto.  Etimologia de palavras indígenas;  Literatura Indígena;  Línguas Indígenas. g) Ciências Naturais: Somos todos africanos! ! ! Há sete milhões de anos houve a separação entre as linhagens do macaco e do que viria a ser o homem mais tarde. Os fósseis mais antigos de nossos ancestrais foram encontrados no Vale da Grande Fenda, formação que atravessa a Etiópia, o Quênia e a Tanzânia. Milhões de anos depois, o Homo erectus teria partido dessa região para povoar a Ásia e a Europa, onde se transformou em homem de Neanderthal. Os que continuaram na África evoluíram para a espécie sapiens, que mais uma vez migrou, dizimando ou substituindo os neandertais e os hominídeos asiáticos. E assim o planeta foi povoado. O professor ao trabalhar este tema deverá ressaltar a importância ao abordar a evolução das espécies, esclarecendo que biologicamente todos os seres humanos são parecidos e que as pequenas diferenças físicas não interferem na 25
  • 21. Projeto África Brasil capacidade intelectual. Levar o aluno a reconhecer a sua raça através de características físicas. E isso vai ajudar o aluno a desmontar o falso embasamento científico que subdividiu a humanidade em raças, no século 19, idéias que perduram até hoje.  Biodiversidade;  Medicina Alternativa;  Farmacologia Indígena. Língua Espanhola O espaço geográfico denominado América Latina caracteriza-se pela presença e Diversidade de povos afrodescendentes em seus territórios. Segundo o pesquisador e antropólogo Luis Ferreira, no seu artigo A Diáspora Africana na América Latina e o Caribe, o termo afro-latino-americano tem sido utilizado nos últimos tempos por estudiosos e ativistas de organizações negras para referi-se a população afrodescendentes oriunda desta região da América. Na contemporaneidade, tem-se presenciado ações realizadas pelo Ministério da Cultura no Brasil no sentido de discutir a presença da cultura negra na América Latina uma vez que, de acordo com o documento do MINC, existe um vazio de informações quanto à situação da população e do rico patrimônio cultural afrodescendente na maior parte dos países da América Latina. Neste sentido foi realizado o I Seminário Internacional Intercâmbios Afro-latinos (2007), promovido pela Fundação Cultural Palmares e o I Encontro Ibero americano: Agenda afrodescendente nas Américas (2008) nos quais foram discutidas ações a serem implementadas para criação de políticas públicas de valorização da cultura negra na América Latina e quando o governo brasileiro propôs a fundação do Observatório Afro-Latino. Faz-se relevante destacar que este site3 pode ser acessado na versão em espanhol ou em português. 26
  • 22. Projeto África Brasil Reggae e biografias O professor poderá levar algumas letras de músicas do afro-descendente jamaicano Bob Marley e de outros cantores negros e textos em Español sobre a vida de lideranças de alguns espanhóis. Trabalhar as traduções de músicas influentes africanas. Educação Física A cultura dos povos na modernidade sofre intensas e sucessivas influências tornando o corpo cultural, algo visto como um objeto maleável que sofre transformações que os levam em sentido ao aperfeiçoamento. Hoje já está comprovado pela biologia e pela genética que todos os seres humanos possuem a mesma carga genética. Assim, a capoeira terá sido executada adequadamente, pois em um contexto pedagógico, nunca será levada a desempenho ─ o qual poderia ser gerado sendo posta como atividade extracurricular. Nota-se, que com a sua entrada na escola, um acréscimo de valiosos benefícios a formação dos alunos surge, pois além dos benefícios já citados, ela pode ser coadjuvante a outras disciplinas e pode servir como conteúdo das aulas de educação Física escolar ─ alem de estar cumprindo exigência legislativa. Vamos jogar iitop ou mbube - mbube? Para a disciplina que se dedica à educação do corpo, brincadeiras que privilegiam as competições em equipe. Assim o professor poderá apresentar para os alunos o iitop, o mbube-mbube (ou o tigre e o impala) e jogos como o yote e a mancala. Ele iniciará contando a história do jogo e os valores da cultura africana presentes em cada um. Veja como construir o kalah, versão do mancala e conheça as regras dos outros jogos. Pesquisar dança do jongo, roda de capoeira. Brincadeira Africana do Mbube Mbube 27
  • 23. Projeto África Brasil É uma das palavras Zulu para "leão". "Mbube" é chamar o leão1. Neste jogo as crianças estão ajudando o leão a capturar uma presa. O jogo inicia com todos formando um grande círculo. Dois jogadores são escolhidos (um para ser o leão e o outro a caça). De olhos vendados os dois são girados e afastados. O leão deve ficar dentro do círculo e se mover para pegar a caça que também pode se mover. Quando o leão se aproxima da presa, as crianças devem cantar "Mbube, mbube", mais alto e mais rápido. Se o leão se afastar cantam mais baixo e lento2. 1 Brincadeira de Criança da Região de Gana 2 Brincadeira Mbube Mbube – Imagens de Odi Alfaia 28
  • 24. Projeto África Brasil Recursos Materiais • Multimídias. • Xerox de textos, mapas e bandeiras etc. Cronograma: Tempo e Duração O trabalho será desenvolvido no transcorrer do segundo bimestre. Tendo como CRONOGRAMA: (Ocorrerá em cada ano letivo a alterações desta datas dentro do ano letivo em vigência de sua realização e execução de etapas)  Inicio: 14 de Maio de 2012;  Término dia 14 de Julho de 2012. Sua Culminância juntos aos Festejos tradicionais Juninos, num misto tradições brasileiras, africanas e indígenas. “O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem do sem-caráter, nem da sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons". Martin Luther King 29
  • 25. Projeto África Brasil Referências Bibliográficas DUARTE, Eduardo de Assis. “Literatura e Afrodescendencia”. In: http://www.acaocomunitaria.org.br/discussoes_tematicas/literatura_e_afro_descende ncia.pdf EVARISTO, Conceição. “Da representação à auto representação da mulher negra na literatura brasileira” In: Revista Palmares: cultura afro-brasileira. Ano 1 n. 1 agosto, 2005. P. 52-57. FONSECA, Maria Nazaré. “Corpo e voz em poemas brasileiros e africanos escrito por mulher” In: Site da Organização de Escritores Africanos (http://www.uea- angola.org). FONSECA, Nazaré (et. ali) "Autores afro-brasileiros contemporâneos". In: Literatura Afro-brasileira. Salvador: CEAO; Brasília: Fundação Palmares, 2006. p. 113-178. SOUZA, Florentina. “Literatura Afro-brasileira: algumas considerações”. In: Revista Palmares: cultura afro-brasileira. Brasília, ano 1 n. 2 dezembro, 2005. p. 64-72. Http://www.abdias.com.br/teatro_experimental/teatro_experimental.htm http://www.laab.ufpa.br/index.php/jogos-africanos/30-brincadeira-mbube-mbube- gana.html http://revistaescola.abril.com.br/pdf/reinos-africanos.pdf KEATING, AnaLouise, ed. entre mundos / entre os mundos: novas perspectivas sobre a Gloria Anzaldúa. Palgrave MacMillan, New York, 2005 30