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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO-PB

           EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS

             MEDIADOR: SÓCRATES PEREIRA FERREIRA

     PROFESSORA: FRANCISCA ROSEANE FRANCO RIBEIRO DE SOUSA

           COMPONENTE CURRICULAR: ENSINO RELIGIOSO

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ESCRITOR HORÁCIO
                           DE ALMEIDA


        PROJETO PEDAGÓGICO




                       JOÃO PESSOA/2012
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO-PB

  EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS

        Nascemos para manifestar a glória do Universo que está dentro de
        nós. Não está apenas em um de nós: está em todos nós. E conforme
        deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às
        outras pessoas permissão para fazer o mesmo. E conforme nos
        libertamos do nosso medo, nossa presença, automaticamente, libera
        os outros. (Nelson Mandela)



                      PROJETO



ÁFRICA: DESCONSTRUINDO PRECONCEITOS




        Projeto apresentado à Coordenação do curso Educação Para as
        Relações Etnicorraciais em cumprimento às exigências do
        mesmo, para obtenção do certificado.




                JOÃO PESSOA- PB
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO-PB

              EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS

                                           PROJETO


TÍTULO
             ÁFRICA: DESCONSTRUINDO PRECONCEITOS


AUTORA: Francisca Roseane Franco Ribeiro de Sousa1



INSTITUIÇÃO DE ENSINO


             Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Escrito Horacio de
              Almeida
                 Rua: Osvaldo Coutinho, s/n
                 Alto do Mateus- João Pessoa
                 Fone: 3212- 8064




1
  Pedagoga Especialista em Orientação e Supervisão Educacional, Professora de Ensino Religioso da
Rede Municipal de João Pessoa e do Estado da Paraíba, Mestranda do PPGCR- Programa de Pós-
Graduação em Ciências das Religiões- UFPB. Autora dos seguintes artigos: O papel do pedagogo
Especialista na Formação do Professor de Ensino Religioso; O Ensino Religioso nos Dias Atuais;
Intolerância Religiosa Contra as Religiões Afro-descendentes. Contemplada com o prêmio Professor
Exemplar pelo Governo da Paraíba; 2º lugar no concurso nacional realizado pela Revista Diálogos com o
Plano de Aula: Diversidade Religiosa; Oito anos de Formação Continuada na área do Ensino Religioso.
Extensões em Mídias na Educação pelo EPROINFO e Projeto Escola Que Protege (ESAF).
APRESENTAÇÃO


       O curso de formação Educação para as relações etnicorraciais na modalidade
Ead oferecido pela Secretaria de Educação do Estado da Paraíba, através da Gerencia
Operacional de Integração Escola Comunidade (GOIESC) e do Fórum Estadual de
Educação de Diversidade Etnicorracial visa contribuir com a educação das relações
etnicorraciais e a obrigatoriedade da implementação dos conteúdos de história e cultura
afrobrasileira e africana no currículo escolar.

       Sabemos que a educação tem uma enorme importância na formação do
individuo, pois, a escola nas sociedades contemporâneas, é o local onde se consolidam
visões de mundo, valores, a percepção do outro e a consciência social.

       Abarcar esta temática nos currículos é essencial para o processo de construção e
fortalecimento para que seja vivenciada uma cultura de paz, para que nossos alunos
crianças, jovens e adultos, como também toda comunidade escolar estejam envolvidos.

       Entendemos que a aprendizagem deve ser voltada ao desenvolvimento social e
emocional, que vise o entendimento mútuo, o respeito à dignidade, á responsabilidade e
a auto-estima. Para tanto, é necessário garantir que o ensino e a aprendizagem ocorram
tanto pela transmissão de conteúdos quanto por meio das relações interpessoais e as
relações humanas.

       Nesse sentido, cabe a escola cumprir seu papel na defesa e garantia de direitos
diversos dos alunos dentro da sua diversidade etnicorracial, identificando possíveis
situações de preconceitos e intolerância para intervir por meio de situações qualitativas,
cumprindo realmente sua função social e educacional.




DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO




       Um dos grandes desafios da sociedade atual e também de nossa escola é lidar
com situações de preconceitos raciais. Diariamente podemos observar esse ato
discriminatório no cotidiano escolar, quando verificamos comportamentos e atitudes
preconceituosas não só de alunos como também de outros membros da comunidade
escolar, sejam funcionários, pais, professores entre outros.

       Infelizmente, a indiferença e o desconhecimento sobre o assunto provocam a
ignorância que num ato desumano e perverso machuca o outro sem se dar conta de que
o outro é o seu complemento. Em muitas situações, os preconceituosos não conseguem
detectar as agressões o que os fazem pensar que estão agindo normalmente, o que não é
verdade.

       Também percebemos que há um grande desgaste emocional por parte dos
professores que se encontram em situações de sobrecarregamento de trabalhos e
conflitos no próprio ambiente de trabalho além de muitos não assumirem suas origens,
fato esse que dificulta o trabalho sobre a cultura africana. Sabemos que nossos alunos
têm pouco conhecimento sobre os africanos e de forma muito superficial o que gera
conflitos etnocêntricos.

       Porém, tal situação não pode ser ignorada. Precisa ser prevenida e combatida por
toda comunidade escolar, porque as conseqüências afetam a todos, mas a vítima
principalmente é sem dúvida a mais prejudicada, pois poderá sofrer os efeitos do seu
sofrimento silencioso por boa parte de sua vida, desenvolvendo atitudes de insegurança
e dificuldades relacionais, tornando-se uma pessoa com baixa estima, retraída e
indefesa. Para minimizarmos essas situações até então radicalizá-las, trabalhar as
relações etnicorraciais é fundamental no ambiente escolar.




JUSTIFICATIVA




       Trabalhar com projetos nos faz repensar na importância da participação dos
alunos na constituição do seu próprio conhecimento por incentivar a inserção de novas
metodologias no processo ensino-aprendizagem baseadas na cooperação, no diálogo
interativo entre educadores e educandos que juntos vão trilhando esse processo de forma
mais significativa para os envolvidos.
É nesse trabalho que vão se oportunizando distintos caminhos de aprendizagem
que se encontram no fazer diário da escola e que se evidenciam no espaço da sala de
aula como um espaço heterogêneo onde as diferenças são acentuadas e que
necessariamente precisam ser trabalhadas.

        Neste contexto, a escola tem o dever de intensificar os valores éticos e sociais
que andam um tanto adormecidos, e que em alguns momentos, embora de forma quase
que impercebível, reproduz certos preconceitos. Em se tratando da África, percebemos
que os conteúdos propostos atribuem um caráter de pobreza, suas considerações estão
relacionadas a sofrimentos desse povo. Presenciamos nos livros que os negros estão
relacionados ao ser escravo, a submissão, a inferioridade, pobres coitados, um povo sem
história.

        É preciso que a escola saia dessa estagnação e busque urgentemente uma
reflexão crítica sobre os valores que vem sendo passados até hoje, valores estes que
acaba promovendo a discriminação e a desvalorização de um povo que tanto sofre com
o preconceito, ato bárbaro de crueldade, de violência a identidade do outro, a negação
da amizade e do respeito por estes seres que não apenas dançam e sorri, mas que tem
uma extensa riqueza cultural com inúmeros elementos interligados a todos os
componentes curriculares.

        Neste sentido, o projeto “África: desconstruído preconceitos”, anseia o
desenvolvimento da consciência ética e moral dos nossos alunos e de toda comunidade
que são inerentes de quem vive em sociedade e que deve buscar víeis para construção
de uma verdadeira cidadania sem discriminação, sem preconceito, mas de civilização,
mais humanitária.

        Sabemos, no entanto que de acordo com a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003
torna-se obrigatório, o ensino da História da África e dos Afro-brasileiros no Ensino
Fundamental e Médio em todas as escolas do país. Segundo o documento,a Lei nº
10.639 altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos
seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:

“art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino funda,mental e médio, oficiais e
particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

§1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da
História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira
e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro
nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.

§2º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no
âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de
Literatura e História Brasileiras.

§3º (VETADO)”

“Art. 79-A (VETADO)”

“Art. 79-B. o calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como „Dia Nacional da
Consciência Negra‟.”

       Art.2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

       Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182º da Independência e 115º da República.




                           LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA




       Conforme o documento supracitado sentimos a necessidade de elaborarmos este
projeto no intuito de darmos impulso a um conhecimento mais aprofundado não
considerando apenas o lado exótico da cultura africana como a dança, a musicalidade, a
linguagem, a alimentação, as artes que são de uma riqueza extrema, mas de
considerarmos aspectos do contexto histórico-cultural africano que pouco são
conhecidos pela maioria da comunidade escolar.

       É fundamental que essa história não fique resumida a chegada dos negros ao
Brasil num cenário cruel da escravidão. Precisamos otimizar nossos currículos através
de implementações de ações que estejam relacionadas com a história de vida do povo
africano que vai além dos porões de navios negreiros.

       Partindo do exposto, faz-se necessário desenvolvermos o projeto ÁFRICA:
DESCONSTRUINDO PRECONCEITOS que possibilitará a construção de uma cultura
de respeito como projeto de vida, através da ética, da cidadania que gera ações que
refletem sobre os valores e sua importância para a formação humana.




OBJETIVOS




            Promover oportunidades de construção de conhecimentos entre
              educadores e educandos por meio do trabalho em equipe;

            Despertar no aluno o interesse pelo conhecimento da História e Cultura
              Afro-Brasileira;

            Introduzir o conhecimento básico em conceitos como história, política,
              economia e cultura da sociedade do continente africano;

            Levar o aluno a identificar as práticas existenciais de racismo e
              preconceito;

            Excitar no aluno o interesse pela vasta biodiversidade na África do Sul;

            Estimular a percepção da relação existente entre o homem e o meio
              ambiente nas savanas africanas.




META
Desconstruir padrões estabelecidos de preconceitos sobre a História dos
africanos na tentativa de uma vida humana mais igualitária e da construção de uma
sociedade liberta de padrões opressores em relação a culturas tidas como inferiores.




PÚBLICO ALVO

Comunidade escolar em geral

Alunos do 6º ao 9º Ano do Fundamental II

Alunos do 1º ao 3º Ano do Ensino Médio




COMPONENTES CURRICULARES ENVOLVIDOS




          Ensino Religioso, Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia,
Ciências, Biologia, Física, Química, Educação Física, Artes, Sociologia, Filosofia,
Inglês.




PROPOSTAS DE ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES




          Montagem de cronograma das atividades com a equipe pedagógica da escola,
socialização de trabalhos com a divisão das tarefas e grupos, apresentação de murais em
salas de aulas, pesquisas em sites da internet, vídeos sobre o preconceito, pesquisas em
jornais, revistas e imagens relacionadas, palestras, construções de gráficos,
demonstrações de músicas e danças com coreografias de capoeira, leitura e reescrita de
contos africanos, construção de linha de tempo com a história desde o início da
civilização humana no continente africano, cartazes, valorização da cultura negra e suas
contribuições na nossa sociedade nos diferentes segmentos.
METODOLOGIA




       O projeto consiste numa ação conjunta entre educadores, educandos e família.
Envolverá atividades educativas destinadas aos educadores, pais, e, sobretudo, aos
alunos. A participação ativa e efetiva dos professores e dos pais é fundamental e
indispensável, considerando que os professores atuam como multiplicadores das idéias e
ações do projeto e os pais reforçam na família.




PERÍODO DE EXECUÇÃO: Anual

O início deste projeto deve ser precedido por uma reunião entre educadores e pais e
alunos no sentido de divulgar as ações e orientar a necessidade da participação efetiva
de todos no processo e deverá ocorrer durante todo o ano letivo do ano em curso.




AVALIAÇÃO




       Realização     de    uma     MOSTRA:        “ÁFRICA:          DESCONSTRUINDO
PRECONCEITOS” para que a comunidade escolar exercite os valores construídos no
decorrer do ano, observando novos comportamentos e atitudes com o “outro”.




CONSIDERAÇÕES FINAIS:




       A escola é um espaço privilegiado para construção da cidadania, onde o
convívio harmonioso deve ser capaz de garantir o respeito aos direitos humanos, às
diversas culturas existentes na sociedade e educar a todos no sentido de evitar
manifestações de intolerância, desrespeito, racismo e preconceito.
Na escola este projeto tem como finalidade promover ações educativas e
preventivas para reverter à prática de preconceito em relação ao povo africano.
Combater, proteger e socializar as pessoas através do conhecimento é uma tarefa que
somente poderá ser cumprida quando a escola estiver colocada como possuidora da
responsabilidade social mais ampla, estabelecendo critérios para formação de
educadores para que estes possam atuar na garantia dos direitos humanos.
ANEXO

                                     PLANO DE AULA




  PLANO DE            CURSO EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS
     AULA




Título:            DIVERSIDADE RELIGIOSA E DIREITOS HUMANOS


Autor(a)           Francisca Roseane Franco Ribeiro de Sousa




Nível de Ensino:                                  Ano/Semestre de
Ensino Fundamental II                         estudo 1º Bimestre

    Modalidade de                                              Componente
           Ensino: 6º ao 9º Ano                                  Curricular: Ensino Religioso



            Tema: Diversidade cultural                     Duração da Aula: 08 Aulas
                  religiosa




Objetivos                                                              Glossário

Identificar a diversidade religiosa existente no Brasil;               O glossário será construído com os
                                                                       alunos a partir das identificações
Conhecer os direitos constitucionais do ser humano;                    de palavras desconhecidas que
Aprender a conviver com as diferenças;                                 poderão surgir nas aulas durante
                                                                       os estudos.
Respeitar a religião do outro.




Pré-requisitos dos estudantes

       Faz-se necessário que o aluno saiba socializar
        conhecimentos, tenha acesso as mídias digitais, busque
        trabalhar em equipe e principalmente, respeite o outro
        nas suas diferenças.



Recursos/Materiais de Apoio



   Dicionários, câmeras fotográficas, CDs, fotos, leituras
    paralelas; revistas, jornais; documentos e fontes; material
    de experiência em sala de aula; Recursos digitais e/ou
    virtuais: computador, áudio, vídeo, som, ambientes virtuais
    de aprendizagem, web, celular.
Questões problematizadoras

-O que vocês entendem por diversidade religiosa?

-Alguém pode falar sobre Direitos humanos?

-Que diferenças podemos encontrar entre vocês?

-Quem pode citar pelo menos três religiões diferentes existentes no bairro?

-O que é liberdade de pensamento?

- Alguém já ouviu falar em Umbanda? E Candomblé?
Texto Conceitual
Diversidade religiosa e direitos humanos



O Estado Brasileiro é laico. Isto significa que ele não deve ter, e não tem religião. Tem, sim, o dever de
garantir a liberdade religiosa. Diz o artigo 50, inciso VI, da Constituição: “É inviolável a liberdade de
consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantia, na forma da lei,
a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.” A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais da
humanidade, como afirma a Declaração dos Direitos Humanos, da qual somos signatários.

A pluralidade, construída por várias raças, culturas, religiões, permite que todos sejam iguais, cada um
com suas diferenças. É o que faz do Brasil, Brasil. Certamente, deveríamos, pela diversidade de nossa
origem, pela convivência entre os diferentes, servir de exemplo para o mundo. No Brasil de hoje, a
intolerância religiosa não produz guerras, nem matanças.

Entretanto, muitas vezes, o preconceito existe e se manifesta pela humilhação imposta àquele que é
“diferente”. Outras vezes o preconceito se manifesta pela violência. No momento em que alguém é
humilhado, discriminado, agredido devido à sua cor ou à sua crença, ele tem seus direitos constitucionais,
seus direitos humanos violados; este alguém é vítima de um crime- e o Código Penal Brasileiro prevê
punição para os criminosos.

Invadir terreiros de umbanda e candomblé, que, além de locais sagrados de culto, são também guardiães
da memória de povos arrancados da África e escravizados no Brasil; despeitar a espiritualidade dos povos
indígenas, ou tentar impor a eles a visão de que sua religião é falsa; agredir os ciganos devido à sua etnia
ou crença, mesmo motivo que os levou ao quase extermínio na Europa, durante a Segunda Guerra
Mundial; tudo isto é intolerância, é discriminação contra religiões. É o contrário do que pretende o
Programa Nacional dos Direitos Humanos.

O Programa Nacional dos Direitos Humanos PNDH III pretende incentivar o diálogo entre os movimentos
religiosos, para a construção de uma sociedade verdadeiramente pluralista, co base no reconhecimento e
no respeito às diferenças.

A presente cartilha, Diversidade Religiosa e Direitos Humanos, é o resultado de quase um ano e meio de
um trabalho que contou com a participação de várias religiões, e que não se esgota aqui (outras
colaborações podem ser conferidas no site WWW.presidencia.gov.br/sedh). Esta cartilha é a continuidade
das muitas ações de homens e mulheres de boa vontade e diferentes crenças, que, com suas palavras e
seus atos, pretendem construir um país, um mundo melhor. Um país e um mundo em que ninguém sofra
ou pratique injustiça contra seu semelhante. Um mundo e um país de todos.



Secretaria dos Direitos Humanos

Esplanada dos Ministérios, BI. T, Edifício Sede, 4] andar, 700064-900 Brasília, Df
Para refletir com os alunos


Vivemos numa sociedade onde os valores andam adormecidos. Na opinião de vocês, existe
respeito entre as pessoas? Quando alguém pertence à uma religião que o outro não aceita, este é
respeitado ou tratado com desrespeito? Como são vistas as pessoas que assumem uma opção sexual
por pessoas do mesmo sexo? Que motivos existem para que o preconceito maltrate as pessoas que
são consideradas diferentes em tantos aspectos como: religião, sexo, profissão, cor, condição
social, etc. ?


Atividade do Professor(a)



-Aula interativa

-Utilização de um espaço amplo para realizações de atividades

-Uso do laboratório de informática

-Palestras

-Diálogo interdisciplinar

-Pesquisas




Tarefas dos Alunos




-Pesquisa de campo na comunidade sobre as religiões existentes

-Elaboração de gráficos com as religiões existentes

-Trabalhos em equipes

-Produções de textos pessoais

-Pesquisa na internet sobre os temas estudados

-Produção de slides

-Vídeos
Para saber mais



Apresentação do vídeo Diversidade e Direitos Humanos disponível no site:

http://www.youtube.com/watch?v=tqo4ghfebzI

http://www.youtube.com/watch?v=C6d6H-llZZk

Estudo da letra da música Iguais de Padre Zezinho xerocopiada

Interpretação do vídeo Princípios das religiões

http://www.youtube.com/watch?v=ILDgZRdN3Kc&feature=rel

Projeto Unidade na Diversidade: WWW.unidadenadiversidade.org,br




Avaliação



A avaliação será através da observação da participação e interesse do aluno nos trabalhos individuais e
coletivos, suas argumentações sobre o tema, respostas aos questionamentos, participação nas discussões,
trabalhos colaborativos, sugestões de idéias, criatividade e integração com o grupo.




Exercícios de fixação
1) Quetionário:

         a) O que você entende por Direitos Humanos?

         b) Você concorda que a religião seja motivo de tanto preconceito e discriminação? Por
            quê?

         c) O que você acha sobre as religiões de matriz africanas?

         d) O que é direito de liberdade?

         e) Existe religião melhor do que a outra? Justifique.




REFERÊNCIAS

BENJAMIM, Roberto Emerson Câmara. A África está em nós; história e cultura afro-
brasileira, 2º volume/ Roberto Benjamin. – João pessoa, PB.

Cartilha da Diversidade Religiosa e Direitos Humanos

Editora Grafset,2005.

INCONTRI, Dora. Todos os Jeitos de Crer. Alessandro Cesar Bigheto- São Paulo:
Ática, 2009

LINK: http://www.tecnologiadeprojetos.com.br/

MUNANGA, kabengele. O negro no Brasil de hoje/Kabengele Munanga, Nilma Lino
Gomes- São Paulo: Global, 2006. – (Coleção para entender)

SOUSA, Manoel Alves de. Brasil Indígena Afro-brasileiro- História e Memória;
identidade e representações. Fortaleza: Editora IMEPH, 2009.

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Projeto de francisca roseane educação etnicorraciais

  • 1. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO-PB EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS MEDIADOR: SÓCRATES PEREIRA FERREIRA PROFESSORA: FRANCISCA ROSEANE FRANCO RIBEIRO DE SOUSA COMPONENTE CURRICULAR: ENSINO RELIGIOSO ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ESCRITOR HORÁCIO DE ALMEIDA PROJETO PEDAGÓGICO JOÃO PESSOA/2012
  • 2. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO-PB EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS Nascemos para manifestar a glória do Universo que está dentro de nós. Não está apenas em um de nós: está em todos nós. E conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo. E conforme nos libertamos do nosso medo, nossa presença, automaticamente, libera os outros. (Nelson Mandela) PROJETO ÁFRICA: DESCONSTRUINDO PRECONCEITOS Projeto apresentado à Coordenação do curso Educação Para as Relações Etnicorraciais em cumprimento às exigências do mesmo, para obtenção do certificado. JOÃO PESSOA- PB
  • 3. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO-PB EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS PROJETO TÍTULO  ÁFRICA: DESCONSTRUINDO PRECONCEITOS AUTORA: Francisca Roseane Franco Ribeiro de Sousa1 INSTITUIÇÃO DE ENSINO  Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Escrito Horacio de Almeida Rua: Osvaldo Coutinho, s/n Alto do Mateus- João Pessoa Fone: 3212- 8064 1 Pedagoga Especialista em Orientação e Supervisão Educacional, Professora de Ensino Religioso da Rede Municipal de João Pessoa e do Estado da Paraíba, Mestranda do PPGCR- Programa de Pós- Graduação em Ciências das Religiões- UFPB. Autora dos seguintes artigos: O papel do pedagogo Especialista na Formação do Professor de Ensino Religioso; O Ensino Religioso nos Dias Atuais; Intolerância Religiosa Contra as Religiões Afro-descendentes. Contemplada com o prêmio Professor Exemplar pelo Governo da Paraíba; 2º lugar no concurso nacional realizado pela Revista Diálogos com o Plano de Aula: Diversidade Religiosa; Oito anos de Formação Continuada na área do Ensino Religioso. Extensões em Mídias na Educação pelo EPROINFO e Projeto Escola Que Protege (ESAF).
  • 4. APRESENTAÇÃO O curso de formação Educação para as relações etnicorraciais na modalidade Ead oferecido pela Secretaria de Educação do Estado da Paraíba, através da Gerencia Operacional de Integração Escola Comunidade (GOIESC) e do Fórum Estadual de Educação de Diversidade Etnicorracial visa contribuir com a educação das relações etnicorraciais e a obrigatoriedade da implementação dos conteúdos de história e cultura afrobrasileira e africana no currículo escolar. Sabemos que a educação tem uma enorme importância na formação do individuo, pois, a escola nas sociedades contemporâneas, é o local onde se consolidam visões de mundo, valores, a percepção do outro e a consciência social. Abarcar esta temática nos currículos é essencial para o processo de construção e fortalecimento para que seja vivenciada uma cultura de paz, para que nossos alunos crianças, jovens e adultos, como também toda comunidade escolar estejam envolvidos. Entendemos que a aprendizagem deve ser voltada ao desenvolvimento social e emocional, que vise o entendimento mútuo, o respeito à dignidade, á responsabilidade e a auto-estima. Para tanto, é necessário garantir que o ensino e a aprendizagem ocorram tanto pela transmissão de conteúdos quanto por meio das relações interpessoais e as relações humanas. Nesse sentido, cabe a escola cumprir seu papel na defesa e garantia de direitos diversos dos alunos dentro da sua diversidade etnicorracial, identificando possíveis situações de preconceitos e intolerância para intervir por meio de situações qualitativas, cumprindo realmente sua função social e educacional. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO Um dos grandes desafios da sociedade atual e também de nossa escola é lidar com situações de preconceitos raciais. Diariamente podemos observar esse ato discriminatório no cotidiano escolar, quando verificamos comportamentos e atitudes
  • 5. preconceituosas não só de alunos como também de outros membros da comunidade escolar, sejam funcionários, pais, professores entre outros. Infelizmente, a indiferença e o desconhecimento sobre o assunto provocam a ignorância que num ato desumano e perverso machuca o outro sem se dar conta de que o outro é o seu complemento. Em muitas situações, os preconceituosos não conseguem detectar as agressões o que os fazem pensar que estão agindo normalmente, o que não é verdade. Também percebemos que há um grande desgaste emocional por parte dos professores que se encontram em situações de sobrecarregamento de trabalhos e conflitos no próprio ambiente de trabalho além de muitos não assumirem suas origens, fato esse que dificulta o trabalho sobre a cultura africana. Sabemos que nossos alunos têm pouco conhecimento sobre os africanos e de forma muito superficial o que gera conflitos etnocêntricos. Porém, tal situação não pode ser ignorada. Precisa ser prevenida e combatida por toda comunidade escolar, porque as conseqüências afetam a todos, mas a vítima principalmente é sem dúvida a mais prejudicada, pois poderá sofrer os efeitos do seu sofrimento silencioso por boa parte de sua vida, desenvolvendo atitudes de insegurança e dificuldades relacionais, tornando-se uma pessoa com baixa estima, retraída e indefesa. Para minimizarmos essas situações até então radicalizá-las, trabalhar as relações etnicorraciais é fundamental no ambiente escolar. JUSTIFICATIVA Trabalhar com projetos nos faz repensar na importância da participação dos alunos na constituição do seu próprio conhecimento por incentivar a inserção de novas metodologias no processo ensino-aprendizagem baseadas na cooperação, no diálogo interativo entre educadores e educandos que juntos vão trilhando esse processo de forma mais significativa para os envolvidos.
  • 6. É nesse trabalho que vão se oportunizando distintos caminhos de aprendizagem que se encontram no fazer diário da escola e que se evidenciam no espaço da sala de aula como um espaço heterogêneo onde as diferenças são acentuadas e que necessariamente precisam ser trabalhadas. Neste contexto, a escola tem o dever de intensificar os valores éticos e sociais que andam um tanto adormecidos, e que em alguns momentos, embora de forma quase que impercebível, reproduz certos preconceitos. Em se tratando da África, percebemos que os conteúdos propostos atribuem um caráter de pobreza, suas considerações estão relacionadas a sofrimentos desse povo. Presenciamos nos livros que os negros estão relacionados ao ser escravo, a submissão, a inferioridade, pobres coitados, um povo sem história. É preciso que a escola saia dessa estagnação e busque urgentemente uma reflexão crítica sobre os valores que vem sendo passados até hoje, valores estes que acaba promovendo a discriminação e a desvalorização de um povo que tanto sofre com o preconceito, ato bárbaro de crueldade, de violência a identidade do outro, a negação da amizade e do respeito por estes seres que não apenas dançam e sorri, mas que tem uma extensa riqueza cultural com inúmeros elementos interligados a todos os componentes curriculares. Neste sentido, o projeto “África: desconstruído preconceitos”, anseia o desenvolvimento da consciência ética e moral dos nossos alunos e de toda comunidade que são inerentes de quem vive em sociedade e que deve buscar víeis para construção de uma verdadeira cidadania sem discriminação, sem preconceito, mas de civilização, mais humanitária. Sabemos, no entanto que de acordo com a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003 torna-se obrigatório, o ensino da História da África e dos Afro-brasileiros no Ensino Fundamental e Médio em todas as escolas do país. Segundo o documento,a Lei nº 10.639 altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências.
  • 7. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B: “art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino funda,mental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. §1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. §2º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. §3º (VETADO)” “Art. 79-A (VETADO)” “Art. 79-B. o calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como „Dia Nacional da Consciência Negra‟.” Art.2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182º da Independência e 115º da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Conforme o documento supracitado sentimos a necessidade de elaborarmos este projeto no intuito de darmos impulso a um conhecimento mais aprofundado não considerando apenas o lado exótico da cultura africana como a dança, a musicalidade, a linguagem, a alimentação, as artes que são de uma riqueza extrema, mas de
  • 8. considerarmos aspectos do contexto histórico-cultural africano que pouco são conhecidos pela maioria da comunidade escolar. É fundamental que essa história não fique resumida a chegada dos negros ao Brasil num cenário cruel da escravidão. Precisamos otimizar nossos currículos através de implementações de ações que estejam relacionadas com a história de vida do povo africano que vai além dos porões de navios negreiros. Partindo do exposto, faz-se necessário desenvolvermos o projeto ÁFRICA: DESCONSTRUINDO PRECONCEITOS que possibilitará a construção de uma cultura de respeito como projeto de vida, através da ética, da cidadania que gera ações que refletem sobre os valores e sua importância para a formação humana. OBJETIVOS  Promover oportunidades de construção de conhecimentos entre educadores e educandos por meio do trabalho em equipe;  Despertar no aluno o interesse pelo conhecimento da História e Cultura Afro-Brasileira;  Introduzir o conhecimento básico em conceitos como história, política, economia e cultura da sociedade do continente africano;  Levar o aluno a identificar as práticas existenciais de racismo e preconceito;  Excitar no aluno o interesse pela vasta biodiversidade na África do Sul;  Estimular a percepção da relação existente entre o homem e o meio ambiente nas savanas africanas. META
  • 9. Desconstruir padrões estabelecidos de preconceitos sobre a História dos africanos na tentativa de uma vida humana mais igualitária e da construção de uma sociedade liberta de padrões opressores em relação a culturas tidas como inferiores. PÚBLICO ALVO Comunidade escolar em geral Alunos do 6º ao 9º Ano do Fundamental II Alunos do 1º ao 3º Ano do Ensino Médio COMPONENTES CURRICULARES ENVOLVIDOS Ensino Religioso, Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Biologia, Física, Química, Educação Física, Artes, Sociologia, Filosofia, Inglês. PROPOSTAS DE ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES Montagem de cronograma das atividades com a equipe pedagógica da escola, socialização de trabalhos com a divisão das tarefas e grupos, apresentação de murais em salas de aulas, pesquisas em sites da internet, vídeos sobre o preconceito, pesquisas em jornais, revistas e imagens relacionadas, palestras, construções de gráficos, demonstrações de músicas e danças com coreografias de capoeira, leitura e reescrita de contos africanos, construção de linha de tempo com a história desde o início da civilização humana no continente africano, cartazes, valorização da cultura negra e suas contribuições na nossa sociedade nos diferentes segmentos.
  • 10. METODOLOGIA O projeto consiste numa ação conjunta entre educadores, educandos e família. Envolverá atividades educativas destinadas aos educadores, pais, e, sobretudo, aos alunos. A participação ativa e efetiva dos professores e dos pais é fundamental e indispensável, considerando que os professores atuam como multiplicadores das idéias e ações do projeto e os pais reforçam na família. PERÍODO DE EXECUÇÃO: Anual O início deste projeto deve ser precedido por uma reunião entre educadores e pais e alunos no sentido de divulgar as ações e orientar a necessidade da participação efetiva de todos no processo e deverá ocorrer durante todo o ano letivo do ano em curso. AVALIAÇÃO Realização de uma MOSTRA: “ÁFRICA: DESCONSTRUINDO PRECONCEITOS” para que a comunidade escolar exercite os valores construídos no decorrer do ano, observando novos comportamentos e atitudes com o “outro”. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A escola é um espaço privilegiado para construção da cidadania, onde o convívio harmonioso deve ser capaz de garantir o respeito aos direitos humanos, às diversas culturas existentes na sociedade e educar a todos no sentido de evitar manifestações de intolerância, desrespeito, racismo e preconceito.
  • 11. Na escola este projeto tem como finalidade promover ações educativas e preventivas para reverter à prática de preconceito em relação ao povo africano. Combater, proteger e socializar as pessoas através do conhecimento é uma tarefa que somente poderá ser cumprida quando a escola estiver colocada como possuidora da responsabilidade social mais ampla, estabelecendo critérios para formação de educadores para que estes possam atuar na garantia dos direitos humanos.
  • 12. ANEXO PLANO DE AULA PLANO DE CURSO EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS AULA Título: DIVERSIDADE RELIGIOSA E DIREITOS HUMANOS Autor(a) Francisca Roseane Franco Ribeiro de Sousa Nível de Ensino: Ano/Semestre de
  • 13. Ensino Fundamental II estudo 1º Bimestre Modalidade de Componente Ensino: 6º ao 9º Ano Curricular: Ensino Religioso Tema: Diversidade cultural Duração da Aula: 08 Aulas religiosa Objetivos Glossário Identificar a diversidade religiosa existente no Brasil; O glossário será construído com os alunos a partir das identificações Conhecer os direitos constitucionais do ser humano; de palavras desconhecidas que Aprender a conviver com as diferenças; poderão surgir nas aulas durante os estudos. Respeitar a religião do outro. Pré-requisitos dos estudantes  Faz-se necessário que o aluno saiba socializar conhecimentos, tenha acesso as mídias digitais, busque trabalhar em equipe e principalmente, respeite o outro nas suas diferenças. Recursos/Materiais de Apoio  Dicionários, câmeras fotográficas, CDs, fotos, leituras paralelas; revistas, jornais; documentos e fontes; material de experiência em sala de aula; Recursos digitais e/ou virtuais: computador, áudio, vídeo, som, ambientes virtuais de aprendizagem, web, celular.
  • 14. Questões problematizadoras -O que vocês entendem por diversidade religiosa? -Alguém pode falar sobre Direitos humanos? -Que diferenças podemos encontrar entre vocês? -Quem pode citar pelo menos três religiões diferentes existentes no bairro? -O que é liberdade de pensamento? - Alguém já ouviu falar em Umbanda? E Candomblé?
  • 16. Diversidade religiosa e direitos humanos O Estado Brasileiro é laico. Isto significa que ele não deve ter, e não tem religião. Tem, sim, o dever de garantir a liberdade religiosa. Diz o artigo 50, inciso VI, da Constituição: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantia, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.” A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais da humanidade, como afirma a Declaração dos Direitos Humanos, da qual somos signatários. A pluralidade, construída por várias raças, culturas, religiões, permite que todos sejam iguais, cada um com suas diferenças. É o que faz do Brasil, Brasil. Certamente, deveríamos, pela diversidade de nossa origem, pela convivência entre os diferentes, servir de exemplo para o mundo. No Brasil de hoje, a intolerância religiosa não produz guerras, nem matanças. Entretanto, muitas vezes, o preconceito existe e se manifesta pela humilhação imposta àquele que é “diferente”. Outras vezes o preconceito se manifesta pela violência. No momento em que alguém é humilhado, discriminado, agredido devido à sua cor ou à sua crença, ele tem seus direitos constitucionais, seus direitos humanos violados; este alguém é vítima de um crime- e o Código Penal Brasileiro prevê punição para os criminosos. Invadir terreiros de umbanda e candomblé, que, além de locais sagrados de culto, são também guardiães da memória de povos arrancados da África e escravizados no Brasil; despeitar a espiritualidade dos povos indígenas, ou tentar impor a eles a visão de que sua religião é falsa; agredir os ciganos devido à sua etnia ou crença, mesmo motivo que os levou ao quase extermínio na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial; tudo isto é intolerância, é discriminação contra religiões. É o contrário do que pretende o Programa Nacional dos Direitos Humanos. O Programa Nacional dos Direitos Humanos PNDH III pretende incentivar o diálogo entre os movimentos religiosos, para a construção de uma sociedade verdadeiramente pluralista, co base no reconhecimento e no respeito às diferenças. A presente cartilha, Diversidade Religiosa e Direitos Humanos, é o resultado de quase um ano e meio de um trabalho que contou com a participação de várias religiões, e que não se esgota aqui (outras colaborações podem ser conferidas no site WWW.presidencia.gov.br/sedh). Esta cartilha é a continuidade das muitas ações de homens e mulheres de boa vontade e diferentes crenças, que, com suas palavras e seus atos, pretendem construir um país, um mundo melhor. Um país e um mundo em que ninguém sofra ou pratique injustiça contra seu semelhante. Um mundo e um país de todos. Secretaria dos Direitos Humanos Esplanada dos Ministérios, BI. T, Edifício Sede, 4] andar, 700064-900 Brasília, Df
  • 17. Para refletir com os alunos Vivemos numa sociedade onde os valores andam adormecidos. Na opinião de vocês, existe respeito entre as pessoas? Quando alguém pertence à uma religião que o outro não aceita, este é respeitado ou tratado com desrespeito? Como são vistas as pessoas que assumem uma opção sexual por pessoas do mesmo sexo? Que motivos existem para que o preconceito maltrate as pessoas que são consideradas diferentes em tantos aspectos como: religião, sexo, profissão, cor, condição social, etc. ? Atividade do Professor(a) -Aula interativa -Utilização de um espaço amplo para realizações de atividades -Uso do laboratório de informática -Palestras -Diálogo interdisciplinar -Pesquisas Tarefas dos Alunos -Pesquisa de campo na comunidade sobre as religiões existentes -Elaboração de gráficos com as religiões existentes -Trabalhos em equipes -Produções de textos pessoais -Pesquisa na internet sobre os temas estudados -Produção de slides -Vídeos
  • 18. Para saber mais Apresentação do vídeo Diversidade e Direitos Humanos disponível no site: http://www.youtube.com/watch?v=tqo4ghfebzI http://www.youtube.com/watch?v=C6d6H-llZZk Estudo da letra da música Iguais de Padre Zezinho xerocopiada Interpretação do vídeo Princípios das religiões http://www.youtube.com/watch?v=ILDgZRdN3Kc&feature=rel Projeto Unidade na Diversidade: WWW.unidadenadiversidade.org,br Avaliação A avaliação será através da observação da participação e interesse do aluno nos trabalhos individuais e coletivos, suas argumentações sobre o tema, respostas aos questionamentos, participação nas discussões, trabalhos colaborativos, sugestões de idéias, criatividade e integração com o grupo. Exercícios de fixação
  • 19. 1) Quetionário: a) O que você entende por Direitos Humanos? b) Você concorda que a religião seja motivo de tanto preconceito e discriminação? Por quê? c) O que você acha sobre as religiões de matriz africanas? d) O que é direito de liberdade? e) Existe religião melhor do que a outra? Justifique. REFERÊNCIAS BENJAMIM, Roberto Emerson Câmara. A África está em nós; história e cultura afro- brasileira, 2º volume/ Roberto Benjamin. – João pessoa, PB. Cartilha da Diversidade Religiosa e Direitos Humanos Editora Grafset,2005. INCONTRI, Dora. Todos os Jeitos de Crer. Alessandro Cesar Bigheto- São Paulo: Ática, 2009 LINK: http://www.tecnologiadeprojetos.com.br/ MUNANGA, kabengele. O negro no Brasil de hoje/Kabengele Munanga, Nilma Lino Gomes- São Paulo: Global, 2006. – (Coleção para entender) SOUSA, Manoel Alves de. Brasil Indígena Afro-brasileiro- História e Memória; identidade e representações. Fortaleza: Editora IMEPH, 2009.