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DEUS É O ALIADO DA HUMANIDADE
                                 Pe. José Bortolini – Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades – Paulus, 2007
                                                  * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL *
                                        ANO: C – TEMPO LITÚRGICO: 2° DOMINGO DA QUARESMA – COR: ROXO


I. INTRODUÇÃO GERAL                                                frente às outras (v. 10). A seguir, passavam no meio dos animais
                                                                   divididos, proclamando fidelidade ao contrato. Caso um deles
1.    A Eucaristia é celebração da aliança de Deus com a huma-
                                                                   fosse infiel ao pacto, deveria ser despedaçado como os animais.
nidade, selada no sangue de Jesus. É um momento de grande
significado para a caminhada das comunidades cristãs, pois aqui 9. Abraão se enche de grande e misterioso terror (v. 12b), sendo
Deus revela a nós seu projeto de liberdade e vida. Deus nos novamente invadido pela escuridão da noite. Mas Deus faz brilhar,
comunica sua vida. E nós respondemos à sua comunicação, na noite escura de Abraão, a promessa de que será sempre seu fiel
celebrando nossa fé e trazendo nossas ofertas. O pão e o vinho aliado: “Depois que o sol se pôs e escureceu, apareceu um braseiro
que ofertamos, “frutos da terra e do trabalho humano”, falam do fumegante e uma tocha de fogo, que passaram por entre as partes
suor e das lutas de tantos brasileiros que não têm acesso aos bens dos animais divididos” (v. 17). Note-se que só o Senhor passa por
da vida. Deus se alia a essa multidão de pessoas, garantindo que entre os animais divididos: ele será perenemente fiel ao seu projeto
Ele é fiel até o fim (1ª leitura, Gn 15,5-12.17-18).               de conceder vida e liberdade aos pobres (cf. 2Tm 2,13: “Se lhe
                                                                   formos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode renegar a si mes-
2.    A Eucaristia é a memória do êxodo de Jesus (evangelho, Lc
                                                                   mo”).
9,28b-36). Ele enfrentou a morte para que todos pudessem viver.
Nossa celebração traz, mais uma vez, esta boa notícia: “Este é o 10. O braseiro fumegante e a tocha de fogo são sinais teofânicos:
meu Filho, o Escolhido”. Mas traz também um convite: “Escu- falam da presença do Deus fiel que caminha no meio do seu povo.
tem o que ele diz”. Ouvindo a Palavra que liberta, “entramos na Mas, ao mesmo tempo em que revelam, escondem, pois o Senhor é
nuvem”, dispostos a percorrer com Jesus o caminho da liberta- mais que um braseiro fumegante e uma tocha de fogo. Quem,
ção.                                                               portanto, é esse Deus? A resposta a essa pergunta acontece à me-
                                                                   dida que as pessoas tomam consciência de que ele é o aliado dos
3.    Percorremos o caminho da libertação e nos tornamos alia-
                                                                   pobres e excluídos; à medida que “na noite escura” percebem, pela
dos de Cristo quando lutamos por uma sociedade diferente, em
                                                                   fé e entrega ao seu projeto, que o Senhor deseja a vida e a liberda-
que todos tenham acesso aos bens da vida prometidos pelo Deus
                                                                   de de suas criaturas; à medida que “acordam” na noite escura e
fiel que entregou seu Filho em nosso favor. Celebrar a Eucaristia
                                                                   começam a desejar aquilo que o Deus fiel promete por dentro das
é anunciar o “Evangelho da cruz”. E vivê-la é ser cidadão do céu
(2ª leitura, Fl 3,17-4,1).                                         súplicas dos oprimidos e excluídos, pois Deus é mais íntimo que o
                                                                   nosso íntimo, mais presente em nós do que nós próprios. Cabe aos
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS                                 sofredores esperançosos despertar o Deus que, dentro deles, espera
1ª leitura (Gn 15,5-12.17-18): Deus é o aliado dos pobres          ser despertado como aliado fiel.

4.   Os versículos da primeira leitura deste domingo marcam um Evangelho (Lc 9,28b-36): Jesus é o aliado da humanidade
dos grandes momentos da história, em que Deus entra em comu- 11. A transfiguração em Lucas quer demonstrar que Jesus é o
nhão com as pessoas e lhes revela seu projeto. Ele é o aliado que aliado da humanidade. O centro do trecho está no v. 31: Aparece-
suscita vida aos pobres e excluídos.                              ram Moisés e Elias que “conversavam sobre o êxodo (morte) de
5.   Abraão é figura desses pobres, cuja riqueza única é a fé no Jesus que iria acontecer em Jerusalém”. Lucas pôs no êxodo de
Deus que pode reverter os rumos da história. De fato, ele é velho Jesus a chave de leitura do trecho.
e sua esposa é estéril. Para o povo da Bíblia, não ter filhos era 12. O êxodo evoca a libertação do povo de Deus da escravidão do
uma desgraça. Além disso, Abraão é um retirante sem terra. Para Egito rumo à posse da vida e da liberdade na terra prometida. Lá o
ele a vida se traduz num descendente e num pedaço de terra da povo pôde sentir a presença do aliado fiel que liberta e salva.
qual tirar o sustento. Faltando esses dois elementos, falta-lhe a
                                                                   13. O programa de Jesus é libertar os oprimidos. Ele irá concreti-
vida, e ele mergulha na noite escura.
                                                                   zar o novo êxodo superando as tentações (cf. evangelho do domin-
6.    Deus vai ao encontro dos anseios do pobre por vida e liber- go passado), enfrentando a morte e subindo para junto do Pai (cf.
dade, fazendo brilhar, na noite escura, sinais de esperança e Lc 24,50).
rumos novos. De fato, ele conduz Abraão para um lugar aberto e
                                                                   14. Lucas evita falar de “transfiguração” porque o evangelho que
lhe diz: “Olhe para o céu e conte as estrelas, se você é capaz!” E
                                                                   escreveu se dirigia a pessoas vindas do paganismo. Elas poderiam
acrescentou: “Assim será sua descendência” (v. 5). É o primeiro
                                                                   confundir o episódio com uma metamorfose das divindades pagãs.
ponto de contato entre o que o ser humano anseia e o que Deus
                                                                   O projeto de Jesus tem propostas completamente novas, e é por
promete: a vida que se traduz na descendência. Deus fecunda o
                                                                   meio delas que ele realiza o novo êxodo do povo de Deus.
anseio dos pobres. Basta que estes tenham fé no Deus que é seu
aliado: “Abraão teve fé no Senhor. E o Senhor considerou isto 15. Antes de relatar o acontecimento, o evangelista situa a cena
como justiça” (v. 6).                                              com uma nota própria deste evangelho: ele apresenta Jesus orando
                                                                   ao Pai. Os grandes momentos da vida e as maiores opções de Jesus
7.    O segundo anseio de Abraão é ter um pedaço de chão. Mas
                                                                   nascem de sua comunhão com o projeto do Pai, na oração. E para
antes que expresse seu desejo, Deus lhe vai ao encontro com a
                                                                   orar, Jesus sobe ao monte.
promessa da terra: “Eu sou o Senhor que fez você sair de Ur,
cidade dos caldeus, para lhe dar como herança esta terra” (v. 7). 16. Também esse detalhe é caro a Lucas. Foi num “lugar elevado”
É o segundo ponto de contato entre o que o ser humano anseia e onde Jesus recusou a tentação de se tornar o maior latifundiário do
o que Deus promete: a vida que se traduz na posse da terra, da mundo para realizar seu programa de libertação dos oprimidos (cf.
qual Abraão e sua descendência poderão viver. E o que vem a 4,5-8); depois de ter orado na montanha ele escolheu os Doze (cf.
seguir demonstra que Deus não volta atrás no seu projeto quando 6,12); e foi na montanha que tomou consciência de que realizaria o
os pobres deixam “a cidade de Ur” para caminhar com o aliado projeto do Pai enfrentando a morte (9,28-38).
fiel.
                                                                   17. Além disso, o episódio da transfiguração faz parte dos últimos
8.    A pergunta de Abraão (v. 8) prepara a revelação do Deus acontecimentos que precedem a grande viagem de Jesus a Jerusa-
fiel. Os vv. 9-12.17 mostram um antigo rito de aliança. As pes- lém (Lc 9,51-19,28). Nesse sentido, a transfiguração é preparação
soas que contraíam um pacto agiam da seguinte forma: dividiam para o “caminho de libertação” de Jesus. A partir desse fato o
pelo meio alguns animais (cf. v. 9), colocando as partes umas em Escolhido de Deus toma consciência de sua morte libertadora. E, o
que é mais impressionante, o fato de ter que passar pela morte tadora do povo) e ficar com medo (v. 34). A atitude de fé, caracte-
transfigura o rosto de Jesus, pois nele se revela a plenitude do rística de Abraão (cf. 1ª leitura), contrasta com o medo e o silêncio
projeto de Deus que quer liberdade e vida para todos.              dos discípulos (cf. v. 36b) e de muitos cristãos hoje em dia. Jesus
                                                                   precisa de pessoas corajosas que desçam do monte e façam com
a. Os líderes libertadores do passado dão testemunho de Jesus
                                                                   ele o êxodo para Jerusalém…
(vv. 30-31)
                                                                   2ª leitura (Fl 3,17-4,1): Os cristãos, aliados de Cristo
18. Moisés e Elias — que representam respectivamente a Lei e
os Profetas, isto é, todo o Antigo Testamento — se fazem pre- 24. Paulo estava na cadeia quando escreveu aos filipenses (cf.
sentes e conversam com Jesus sobre seu êxodo que iria acontecer 1,12-14). Ele sofre na pele as conseqüências do Evangelho que,
em Jerusalém (v. 31). Moisés é o líder da libertação do Egito; por ser autêntico, coloca as pessoas diante de decisões capazes de
Elias é o restaurador do javismo no Reino do Norte no tempo do mudar a vida e a sociedade. Seus opositores procuram silenciá-lo,
rei Acab. Elias libertou o povo da opressão e da idolatria. Seu confinando-o na prisão.
comparecimento na transfiguração vem dar testemunho de Jesus:
                                                                   25. A comunidade de Filipos sofreu alguns abalos com a prisão
ele é o libertador definitivo, prometido e prefigurado nos líderes
                                                                   do seu fundador. E seus adversários (provavelmente os judaizan-
do passado. O Antigo Testamento testemunha que Jesus veio
                                                                   tes) se aproveitam da ocasião para anunciar um evangelho que
para libertar mediante a entrega total de sua vida.
                                                                   nega o valor do mistério pascal. Paulo chama a essas pessoas de
b. O Pai dá testemunho de Jesus (vv. 34-36)                        “inimigos da cruz de Cristo” (3,18).
19. A nuvem é, na Bíblia, um sinal da presença de Deus. Por        26. Enquanto fundador da comunidade confinado à prisão por
meio dela Lucas afirma que o Pai está presente em Jesus, seu       causa do Evangelho, ele tem a coragem de pedir que a comunidade
Filho, o Escolhido. O evangelista quer dar grande importância à    o imite, separando-se dos “inimigos da cruz de Cristo”. Por que a
revelação que o Pai faz de Jesus. De fato, no início (batismo), no comunidade deve imitá-lo? No fundo, o que está em jogo é a au-
meio (transfiguração) e no fim desse evangelho (paixão) encon-     tenticidade da liderança e do próprio Evangelho. Já na primeira
tramos a declaração de que Jesus é o Filho de Deus (cf. 3,22;      carta que escreveu, o Apóstolo deixou claro que o verdadeiro
9,35 e 22,70). No batismo e na transfiguração, é o Pai quem o      Evangelho provoca conflitos na sociedade. E deixou claro também
declara seu Filho. Na paixão (22,70), o Sinédrio (o antiprojeto de que os líderes de comunidade não fogem às perseguições quando
vida) recusa aquele que veio trazer vida e liberdade para todos,   estas aparecerem, e nem os cristãos autênticos se furtam delas (cf.
levando-o à morte.                                                 1Ts 1,6). Portanto, o apelo feito aos filipenses não é tanto no senti-
                                                                   do de imitar uma pessoa, mas de ter no fundador um ponto de
20. O Pai declara que Jesus é o Escolhido. Esta palavra faz
                                                                   referência para discernir se o Evangelho anunciado e vivido é
lembrar o Servo de Javé (cf. Is 42,1) ao qual Deus confiou a
                                                                   autêntico ou não.
libertação do seu povo. Jesus tem consciência de ser o Escolhido
do Pai para realizar seu projeto. A ironia dos chefes do povo 27. Em seguida, Paulo apresenta algumas características dos
junto à cruz outra coisa não faz senão mostrar que de fato Jesus é “inimigos da cruz”: o deus deles é o estômago, sua glória está no
o Escolhido do Pai, aquele que, com sua morte, tornou-se o que é vergonhoso e só pensam nas coisas terrenas (v. 19b). Ele se
aliado da humanidade: “A outros salvou. Que salve a si mesmo, refere aos judaizantes, para os quais a morte de Cristo não teria
se é de fato o Messias de Deus, o Escolhido” (23,35).              sido um acontecimento de salvação e libertação. Para serem salvas,
                                                                   as pessoas deveriam se apegar a todas as prescrições da lei antiga,
21. O Pai tudo confiou a seu Filho e Jesus tudo realizou. Por
                                                                   cumprindo minuciosamente as regras referentes ao puro/impuro (=
isso o convite de Deus é solene: “Escutem o que ele diz!” (v.
                                                                   o deus deles é o estômago), tendo na circuncisão (o que é vergo-
35). E Lucas destaca que, quando o Pai falou, Jesus estava sozi-
                                                                   nhoso) a garantia de pertencer a um povo de libertos. Paulo garante
nho (cf. v. 36a).
                                                                   que o caminho deles é a perdição (v. 19a).
c. Nós, cristãos, diante de Jesus, o aliado fiel (vv. 32-33)
                                                                   28. O caminho dos cristãos, ao contrário, é um êxodo para a Jeru-
22. A comunhão de Jesus com o projeto do Pai na oração, seu salém celeste, da qual eles são cidadãos (v. 20a). O que comporta
êxodo libertador que passa pela morte e chega à ascensão con- ser cidadão do céu? Nada menos que uma prática em que transpa-
trastam com a atitude de Pedro, dos outros discípulos e com a reça a de Jesus. Paulo já atua essa prática, e por causa disso foi
nossa atitude. Eles estão embriagados de sono (v. 32). Além posto na cadeia. E se isso acarretar a morte? A morte não é a últi-
disso, quando os líderes libertadores do passado se afastam, ma palavra, pois Jesus ressuscitou e voltará (v. 20) para transfor-
abrindo espaço para novas lideranças no hoje da libertação, os mar todas as coisas, inclusive nosso corpo, tornando-o semelhante
discípulos pretendem fixar morada no alto da montanha (v. 33; ao seu corpo glorioso (v. 21). Isso denota que Jesus, o aliado fiel
Lucas mostrará, a partir de 9,51, que a libertação é um processo da humanidade, tem poder de vencer a morte e todas as suas mani-
longo e que está sempre a caminho de Jerusalém). O evangelista festações; mas dá a entender, também, que mediante a resistência a
ressalta que o “sono” pode se tornar um anestésico forte e parali- tudo o que se opõe ao “Evangelho da cruz”, os cristãos são parcei-
sador…                                                             ros inseparáveis de Cristo, construtores com ele da nova sociedade.
23. Pior ainda, para os seguidores de Jesus, é “entrar na nuvem”
                                                                   Isso dá esperança e firmeza à caminhada.
(ou seja, fazer a experiência do Deus aliado na caminhada liber-

                                                  III. PISTAS PARA REFLEXÃO
           29. Deus é o aliado dos pobres. A 1ª leitura (Gn 15,5-12.17-18) nos faz pensar na situação de muitos brasilei-
           ros excluídos e despojados. Deus fez aliança com essa maioria empobrecida, e mantém sua fidelidade para
           sempre. Onde estão os sinais de vida? Como responder aos anseios por vida e liberdade dos excluídos?
           30.  Jesus é o aliado da humanidade. O evangelho (Lc 9,28b-36) fala do êxodo de Jesus e dos cristãos rumo à
           libertação. Os líderes do passado (Moisés e Elias) se afastaram e cederam a nós seu lugar. O que significa para
           nossa comunidade “entrar na nuvem”? Quando e como acontecerá o “êxodo” dos excluídos (lembrar dos que
           não dispõem de água de qualidade) em nossa sociedade?
           31.  Os cristãos, aliados de Cristo. A 2ª leitura (Fl 3,17-4,1) é um convite a discernir as verdadeiras e
           falsas lideranças das comunidades cristãs. Quem tem medo dos conflitos é, com grande probabilidade,
           “inimigo da cruz” e prega um evangelho alienante. O que significa ser cidadão do céu?

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  • 1. DEUS É O ALIADO DA HUMANIDADE Pe. José Bortolini – Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades – Paulus, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: C – TEMPO LITÚRGICO: 2° DOMINGO DA QUARESMA – COR: ROXO I. INTRODUÇÃO GERAL frente às outras (v. 10). A seguir, passavam no meio dos animais divididos, proclamando fidelidade ao contrato. Caso um deles 1. A Eucaristia é celebração da aliança de Deus com a huma- fosse infiel ao pacto, deveria ser despedaçado como os animais. nidade, selada no sangue de Jesus. É um momento de grande significado para a caminhada das comunidades cristãs, pois aqui 9. Abraão se enche de grande e misterioso terror (v. 12b), sendo Deus revela a nós seu projeto de liberdade e vida. Deus nos novamente invadido pela escuridão da noite. Mas Deus faz brilhar, comunica sua vida. E nós respondemos à sua comunicação, na noite escura de Abraão, a promessa de que será sempre seu fiel celebrando nossa fé e trazendo nossas ofertas. O pão e o vinho aliado: “Depois que o sol se pôs e escureceu, apareceu um braseiro que ofertamos, “frutos da terra e do trabalho humano”, falam do fumegante e uma tocha de fogo, que passaram por entre as partes suor e das lutas de tantos brasileiros que não têm acesso aos bens dos animais divididos” (v. 17). Note-se que só o Senhor passa por da vida. Deus se alia a essa multidão de pessoas, garantindo que entre os animais divididos: ele será perenemente fiel ao seu projeto Ele é fiel até o fim (1ª leitura, Gn 15,5-12.17-18). de conceder vida e liberdade aos pobres (cf. 2Tm 2,13: “Se lhe formos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode renegar a si mes- 2. A Eucaristia é a memória do êxodo de Jesus (evangelho, Lc mo”). 9,28b-36). Ele enfrentou a morte para que todos pudessem viver. Nossa celebração traz, mais uma vez, esta boa notícia: “Este é o 10. O braseiro fumegante e a tocha de fogo são sinais teofânicos: meu Filho, o Escolhido”. Mas traz também um convite: “Escu- falam da presença do Deus fiel que caminha no meio do seu povo. tem o que ele diz”. Ouvindo a Palavra que liberta, “entramos na Mas, ao mesmo tempo em que revelam, escondem, pois o Senhor é nuvem”, dispostos a percorrer com Jesus o caminho da liberta- mais que um braseiro fumegante e uma tocha de fogo. Quem, ção. portanto, é esse Deus? A resposta a essa pergunta acontece à me- dida que as pessoas tomam consciência de que ele é o aliado dos 3. Percorremos o caminho da libertação e nos tornamos alia- pobres e excluídos; à medida que “na noite escura” percebem, pela dos de Cristo quando lutamos por uma sociedade diferente, em fé e entrega ao seu projeto, que o Senhor deseja a vida e a liberda- que todos tenham acesso aos bens da vida prometidos pelo Deus de de suas criaturas; à medida que “acordam” na noite escura e fiel que entregou seu Filho em nosso favor. Celebrar a Eucaristia começam a desejar aquilo que o Deus fiel promete por dentro das é anunciar o “Evangelho da cruz”. E vivê-la é ser cidadão do céu (2ª leitura, Fl 3,17-4,1). súplicas dos oprimidos e excluídos, pois Deus é mais íntimo que o nosso íntimo, mais presente em nós do que nós próprios. Cabe aos II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS sofredores esperançosos despertar o Deus que, dentro deles, espera 1ª leitura (Gn 15,5-12.17-18): Deus é o aliado dos pobres ser despertado como aliado fiel. 4. Os versículos da primeira leitura deste domingo marcam um Evangelho (Lc 9,28b-36): Jesus é o aliado da humanidade dos grandes momentos da história, em que Deus entra em comu- 11. A transfiguração em Lucas quer demonstrar que Jesus é o nhão com as pessoas e lhes revela seu projeto. Ele é o aliado que aliado da humanidade. O centro do trecho está no v. 31: Aparece- suscita vida aos pobres e excluídos. ram Moisés e Elias que “conversavam sobre o êxodo (morte) de 5. Abraão é figura desses pobres, cuja riqueza única é a fé no Jesus que iria acontecer em Jerusalém”. Lucas pôs no êxodo de Deus que pode reverter os rumos da história. De fato, ele é velho Jesus a chave de leitura do trecho. e sua esposa é estéril. Para o povo da Bíblia, não ter filhos era 12. O êxodo evoca a libertação do povo de Deus da escravidão do uma desgraça. Além disso, Abraão é um retirante sem terra. Para Egito rumo à posse da vida e da liberdade na terra prometida. Lá o ele a vida se traduz num descendente e num pedaço de terra da povo pôde sentir a presença do aliado fiel que liberta e salva. qual tirar o sustento. Faltando esses dois elementos, falta-lhe a 13. O programa de Jesus é libertar os oprimidos. Ele irá concreti- vida, e ele mergulha na noite escura. zar o novo êxodo superando as tentações (cf. evangelho do domin- 6. Deus vai ao encontro dos anseios do pobre por vida e liber- go passado), enfrentando a morte e subindo para junto do Pai (cf. dade, fazendo brilhar, na noite escura, sinais de esperança e Lc 24,50). rumos novos. De fato, ele conduz Abraão para um lugar aberto e 14. Lucas evita falar de “transfiguração” porque o evangelho que lhe diz: “Olhe para o céu e conte as estrelas, se você é capaz!” E escreveu se dirigia a pessoas vindas do paganismo. Elas poderiam acrescentou: “Assim será sua descendência” (v. 5). É o primeiro confundir o episódio com uma metamorfose das divindades pagãs. ponto de contato entre o que o ser humano anseia e o que Deus O projeto de Jesus tem propostas completamente novas, e é por promete: a vida que se traduz na descendência. Deus fecunda o meio delas que ele realiza o novo êxodo do povo de Deus. anseio dos pobres. Basta que estes tenham fé no Deus que é seu aliado: “Abraão teve fé no Senhor. E o Senhor considerou isto 15. Antes de relatar o acontecimento, o evangelista situa a cena como justiça” (v. 6). com uma nota própria deste evangelho: ele apresenta Jesus orando ao Pai. Os grandes momentos da vida e as maiores opções de Jesus 7. O segundo anseio de Abraão é ter um pedaço de chão. Mas nascem de sua comunhão com o projeto do Pai, na oração. E para antes que expresse seu desejo, Deus lhe vai ao encontro com a orar, Jesus sobe ao monte. promessa da terra: “Eu sou o Senhor que fez você sair de Ur, cidade dos caldeus, para lhe dar como herança esta terra” (v. 7). 16. Também esse detalhe é caro a Lucas. Foi num “lugar elevado” É o segundo ponto de contato entre o que o ser humano anseia e onde Jesus recusou a tentação de se tornar o maior latifundiário do o que Deus promete: a vida que se traduz na posse da terra, da mundo para realizar seu programa de libertação dos oprimidos (cf. qual Abraão e sua descendência poderão viver. E o que vem a 4,5-8); depois de ter orado na montanha ele escolheu os Doze (cf. seguir demonstra que Deus não volta atrás no seu projeto quando 6,12); e foi na montanha que tomou consciência de que realizaria o os pobres deixam “a cidade de Ur” para caminhar com o aliado projeto do Pai enfrentando a morte (9,28-38). fiel. 17. Além disso, o episódio da transfiguração faz parte dos últimos 8. A pergunta de Abraão (v. 8) prepara a revelação do Deus acontecimentos que precedem a grande viagem de Jesus a Jerusa- fiel. Os vv. 9-12.17 mostram um antigo rito de aliança. As pes- lém (Lc 9,51-19,28). Nesse sentido, a transfiguração é preparação soas que contraíam um pacto agiam da seguinte forma: dividiam para o “caminho de libertação” de Jesus. A partir desse fato o pelo meio alguns animais (cf. v. 9), colocando as partes umas em Escolhido de Deus toma consciência de sua morte libertadora. E, o
  • 2. que é mais impressionante, o fato de ter que passar pela morte tadora do povo) e ficar com medo (v. 34). A atitude de fé, caracte- transfigura o rosto de Jesus, pois nele se revela a plenitude do rística de Abraão (cf. 1ª leitura), contrasta com o medo e o silêncio projeto de Deus que quer liberdade e vida para todos. dos discípulos (cf. v. 36b) e de muitos cristãos hoje em dia. Jesus precisa de pessoas corajosas que desçam do monte e façam com a. Os líderes libertadores do passado dão testemunho de Jesus ele o êxodo para Jerusalém… (vv. 30-31) 2ª leitura (Fl 3,17-4,1): Os cristãos, aliados de Cristo 18. Moisés e Elias — que representam respectivamente a Lei e os Profetas, isto é, todo o Antigo Testamento — se fazem pre- 24. Paulo estava na cadeia quando escreveu aos filipenses (cf. sentes e conversam com Jesus sobre seu êxodo que iria acontecer 1,12-14). Ele sofre na pele as conseqüências do Evangelho que, em Jerusalém (v. 31). Moisés é o líder da libertação do Egito; por ser autêntico, coloca as pessoas diante de decisões capazes de Elias é o restaurador do javismo no Reino do Norte no tempo do mudar a vida e a sociedade. Seus opositores procuram silenciá-lo, rei Acab. Elias libertou o povo da opressão e da idolatria. Seu confinando-o na prisão. comparecimento na transfiguração vem dar testemunho de Jesus: 25. A comunidade de Filipos sofreu alguns abalos com a prisão ele é o libertador definitivo, prometido e prefigurado nos líderes do seu fundador. E seus adversários (provavelmente os judaizan- do passado. O Antigo Testamento testemunha que Jesus veio tes) se aproveitam da ocasião para anunciar um evangelho que para libertar mediante a entrega total de sua vida. nega o valor do mistério pascal. Paulo chama a essas pessoas de b. O Pai dá testemunho de Jesus (vv. 34-36) “inimigos da cruz de Cristo” (3,18). 19. A nuvem é, na Bíblia, um sinal da presença de Deus. Por 26. Enquanto fundador da comunidade confinado à prisão por meio dela Lucas afirma que o Pai está presente em Jesus, seu causa do Evangelho, ele tem a coragem de pedir que a comunidade Filho, o Escolhido. O evangelista quer dar grande importância à o imite, separando-se dos “inimigos da cruz de Cristo”. Por que a revelação que o Pai faz de Jesus. De fato, no início (batismo), no comunidade deve imitá-lo? No fundo, o que está em jogo é a au- meio (transfiguração) e no fim desse evangelho (paixão) encon- tenticidade da liderança e do próprio Evangelho. Já na primeira tramos a declaração de que Jesus é o Filho de Deus (cf. 3,22; carta que escreveu, o Apóstolo deixou claro que o verdadeiro 9,35 e 22,70). No batismo e na transfiguração, é o Pai quem o Evangelho provoca conflitos na sociedade. E deixou claro também declara seu Filho. Na paixão (22,70), o Sinédrio (o antiprojeto de que os líderes de comunidade não fogem às perseguições quando vida) recusa aquele que veio trazer vida e liberdade para todos, estas aparecerem, e nem os cristãos autênticos se furtam delas (cf. levando-o à morte. 1Ts 1,6). Portanto, o apelo feito aos filipenses não é tanto no senti- do de imitar uma pessoa, mas de ter no fundador um ponto de 20. O Pai declara que Jesus é o Escolhido. Esta palavra faz referência para discernir se o Evangelho anunciado e vivido é lembrar o Servo de Javé (cf. Is 42,1) ao qual Deus confiou a autêntico ou não. libertação do seu povo. Jesus tem consciência de ser o Escolhido do Pai para realizar seu projeto. A ironia dos chefes do povo 27. Em seguida, Paulo apresenta algumas características dos junto à cruz outra coisa não faz senão mostrar que de fato Jesus é “inimigos da cruz”: o deus deles é o estômago, sua glória está no o Escolhido do Pai, aquele que, com sua morte, tornou-se o que é vergonhoso e só pensam nas coisas terrenas (v. 19b). Ele se aliado da humanidade: “A outros salvou. Que salve a si mesmo, refere aos judaizantes, para os quais a morte de Cristo não teria se é de fato o Messias de Deus, o Escolhido” (23,35). sido um acontecimento de salvação e libertação. Para serem salvas, as pessoas deveriam se apegar a todas as prescrições da lei antiga, 21. O Pai tudo confiou a seu Filho e Jesus tudo realizou. Por cumprindo minuciosamente as regras referentes ao puro/impuro (= isso o convite de Deus é solene: “Escutem o que ele diz!” (v. o deus deles é o estômago), tendo na circuncisão (o que é vergo- 35). E Lucas destaca que, quando o Pai falou, Jesus estava sozi- nhoso) a garantia de pertencer a um povo de libertos. Paulo garante nho (cf. v. 36a). que o caminho deles é a perdição (v. 19a). c. Nós, cristãos, diante de Jesus, o aliado fiel (vv. 32-33) 28. O caminho dos cristãos, ao contrário, é um êxodo para a Jeru- 22. A comunhão de Jesus com o projeto do Pai na oração, seu salém celeste, da qual eles são cidadãos (v. 20a). O que comporta êxodo libertador que passa pela morte e chega à ascensão con- ser cidadão do céu? Nada menos que uma prática em que transpa- trastam com a atitude de Pedro, dos outros discípulos e com a reça a de Jesus. Paulo já atua essa prática, e por causa disso foi nossa atitude. Eles estão embriagados de sono (v. 32). Além posto na cadeia. E se isso acarretar a morte? A morte não é a últi- disso, quando os líderes libertadores do passado se afastam, ma palavra, pois Jesus ressuscitou e voltará (v. 20) para transfor- abrindo espaço para novas lideranças no hoje da libertação, os mar todas as coisas, inclusive nosso corpo, tornando-o semelhante discípulos pretendem fixar morada no alto da montanha (v. 33; ao seu corpo glorioso (v. 21). Isso denota que Jesus, o aliado fiel Lucas mostrará, a partir de 9,51, que a libertação é um processo da humanidade, tem poder de vencer a morte e todas as suas mani- longo e que está sempre a caminho de Jerusalém). O evangelista festações; mas dá a entender, também, que mediante a resistência a ressalta que o “sono” pode se tornar um anestésico forte e parali- tudo o que se opõe ao “Evangelho da cruz”, os cristãos são parcei- sador… ros inseparáveis de Cristo, construtores com ele da nova sociedade. 23. Pior ainda, para os seguidores de Jesus, é “entrar na nuvem” Isso dá esperança e firmeza à caminhada. (ou seja, fazer a experiência do Deus aliado na caminhada liber- III. PISTAS PARA REFLEXÃO 29. Deus é o aliado dos pobres. A 1ª leitura (Gn 15,5-12.17-18) nos faz pensar na situação de muitos brasilei- ros excluídos e despojados. Deus fez aliança com essa maioria empobrecida, e mantém sua fidelidade para sempre. Onde estão os sinais de vida? Como responder aos anseios por vida e liberdade dos excluídos? 30. Jesus é o aliado da humanidade. O evangelho (Lc 9,28b-36) fala do êxodo de Jesus e dos cristãos rumo à libertação. Os líderes do passado (Moisés e Elias) se afastaram e cederam a nós seu lugar. O que significa para nossa comunidade “entrar na nuvem”? Quando e como acontecerá o “êxodo” dos excluídos (lembrar dos que não dispõem de água de qualidade) em nossa sociedade? 31. Os cristãos, aliados de Cristo. A 2ª leitura (Fl 3,17-4,1) é um convite a discernir as verdadeiras e falsas lideranças das comunidades cristãs. Quem tem medo dos conflitos é, com grande probabilidade, “inimigo da cruz” e prega um evangelho alienante. O que significa ser cidadão do céu?