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DEUS NÃO ABANDONA SEU POVO
BORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulus, 2007
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL *
ANO: B – TEMPO LITÚRGICO: 4º DOMINGO DA QUARESMA – COR: ROXO
I. INTRODUÇÃO GERAL
1. O povo se reúne para celebrar a fé no Deus rico em mise-
ricórdia que em Cristo nos fez reviver e nos salvou pela graça
(2ª leitura Ef 2,4-10). O centro da celebração é a pessoa de
Cristo, expressão máxima do amor do Deus que enviou seu
Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele. Mas
Jesus, que revela o amor extraordinário de Deus, provoca em
nós e em nossas comunidades o julgamento. Ele desmascara as
trevas da nossa sociedade, mostrando que não é possível aderir
a ele e, ao mesmo tempo, ser opressor do ser humano (Evan-
gelho Jo 3,14-21).
2. Lendo nossa história, percebemos que está marcada pelo
sofrimento e opressão. Deus não nos abandona, mesmo quan-
do vivemos situações de morte e escravidão, pois ele é o Deus
fiel às suas promessas de liberdade e vida para todos (1ª leitu-
ra 2Cr 36,14-16.19-23).
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1ª leitura (2Cr 36,14-16.19-23): Deus não abandona seu
povo
3. O trecho é o final do segundo livro das Crônicas e tam-
bém o final da Bíblia Hebraica. O objetivo do cronista é fazer
uma síntese da história do povo de Deus. Em poucas palavras
ele consegue pôr juntos os dois grandes temas que atravessam
toda sua obra: o tema da infidelidade do povo ao projeto de
Deus de um lado e, do outro, o tema do Deus que, apesar dis-
so, permanece fiel à aliança, a seu projeto e, conseqüentemen-
te, ao povo que escolheu. O final do texto deste domingo (vv.
22-23) aponta para a esperança, sinal de que nem tudo está
perdido por causa das traições do povo. O Deus fiel é capaz de
criar coisas novas e inesperadas – como o surgimento de Ciro,
rei dos persas – para que seu povo volte a ter esperança de
vida e liberdade. Os versículos que compõem a 1ª leitura deste
domingo, portanto, são uma chave de leitura teológica para ler
a história de Israel.
4. O autor sintetiza o que se passou sob o reinado de Sedeci-
as, último rei de Judá. Depois de relatar a má conduta desse
rei, mostra que todo o povo, por causa dos desmandos dos
líderes religiosos e políticos, acabou deportado para Babilônia,
tornando-se escravo do rei Nabucodonosor. Trata-se da segun-
da deportação (586 a.C.), maior que a primeira. Por que o
povo de Deus chegou a essa situação? O autor dos livros das
Crônicas aponta como causa principal o abandono do projeto
de Deus (vv. 14-15) e o conseqüente desprezo pelos mensagei-
ros (profetas) que constantemente denunciavam os desmandos
dos dirigentes do povo (v. 16).
5. Jeremias é mencionado como um dos profetas não ouvi-
dos e desprezados (vv. 21-22). E através de duas passagens
deste (cf. Jr 25,11; 29,10), citadas pelo autor de Crônicas,
ficamos sabendo em que consistia o abandono do projeto de
Javé: depois que o povo foi levado para o cativeiro, "o país
desfrutou o seu descanso sabático e repousou por todo o tempo
de sua desolação, até se completarem setenta anos" (v. 21). O
projeto de Javé foi violado, entre outras coisas, na questão da
terra. O repouso da terra era uma lei prevista pelo Levítico (cf.
Lv 26,34-35). Essa lei pretendia basicamente duas coisas:
manter a consciência de que a terra é de Deus e evitar que ela
se tornasse objeto de especulação, para que não fosse desfru-
tada sem medida por causa da ganância (de acordo com Ex
23,10-11, o que a terra produzir no ano de descanso pertence
aos pobres).
6. O texto de hoje revela que a terra jamais teve seu sábado,
isto é, seu ano de descanso a cada sete anos. Isso só veio acon-
tecer de modo forçado, depois que o povo foi expulso de seu
chão, tornado escravo do rei da Babilônia.
7. O povo foi infiel ao projeto de Javé, mas nem tudo está
perdido. Deus continua sendo fiel às suas promessas, sobretu-
do às que fez a Davi (cf. 2Sm 7,15-16). É daí que nasce nova-
mente a esperança para o povo reconstruir o templo outrora
profanado (v. 14). Na reconstrução do templo o autor das
Crônicas vê a síntese de tudo o que precisa ser refeito a fim de
que o povo possa, novamente, ter liberdade e vida. Ele encerra
seu relato apontando para a esperança e a comunhão com o
Deus que não abandona seu povo.
Evangelho (Jo 3,14-21): Jesus é a maior revelação do amor
de Deus
8. Os versículos deste domingo fazem parte do diálogo de
Jesus com Nicodemos (cap. 3). Nicodemos é figura de todos
nós que pretendemos ser fiéis ao projeto de Deus, mas nem
sempre sabemos como fazer ou quais são os desdobramentos
da fidelidade. De fato, esse homem ilustre pertence à elite do
judaísmo. É membro do Sinédrio (cf. 7,50), o supremo tribu-
nal que condenará Jesus à morte. Dentro e fora do Sinédrio
Nicodemos é considerado o mestre em Israel (cf. 3,9), mas
ignora uma porção de coisas. Será necessário que defenda
Jesus publicamente (cf. 7,50). Permanecendo no Sinédrio, ele
se tornará cúmplice da morte de Jesus. Nicodemos custou a
entender isso, e parece que chegou tarde, pois se encontra
novamente com Jesus quando este já estava morto (19,39). É
por isso que ele representa cada um de nós diante dos desafios
e conflitos que se nos apresentam.
9. O texto de hoje inicia com a memória da serpente que
Moisés, no deserto, levantou sobre um poste. Quem fosse
mordido por uma cobra venenosa, ao olhar para a serpente de
bronze, ficava curado (Nm 21,8-9). Para o povo da Nova Ali-
ança, Jesus é a fonte de vida e salvação: "Do mesmo modo que
Moisés levantou a serpente no deserto, assim é preciso que o
Filho do Homem seja levantado, para que todos os que crerem
tenham nele a vida eterna" (vv. 14-15).
10. A 1ª leitura (2Cr 36,14-16.19-23) nos mostrava que Deus
não abandona seu povo. O evangelho de hoje vai além, pois
nos mostra Deus superando e vencendo inclusive aqueles
limites próprios da condição humana, como a morte.
11. Deus ama a todos, indistintamente. Não só um povo parti-
cular. Ele ama o mundo (v. 16). No Evangelho de João, "mun-
do" tem pelo menos dois sentidos. Às vezes é sinônimo de
sociedade injusta, um arranjo social fundado na desigualdade,
na opressão e exploração. Às vezes, como no nosso caso,
significa a humanidade toda, capaz de aceitar ou rejeitar o
amor de Deus. Ora, o amor de Deus é oferta gratuita que atin-
ge o ser humano em profundidade, antecipando-se à sua capa-
cidade de amar. Ele não nos ama porque sejamos bons, mas
porque ele é bom, quer salvar, quer comunicar vida em pleni-
tude.
12. A vida em plenitude se realizou na encarnação e morte de
Jesus. O v. 16 mostra Deus desprendendo-se do Filho único, a
ponto de entregá-lo em vista da salvação de quem crê. Jesus é
a personificação do amor do Pai levado às últimas conseqüên-
cias: a entrega do Filho único. A salvação de Jesus não discri-
mina as pessoas: todos necessitam dela e todos têm acesso a
ela, mediante a fé em Jesus, a fonte da vida: "Porque Deus não
enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas
para que o mundo seja salvo por ele" (v. 17). Deus não deseja
que as pessoas se percam, nem sente satisfação em condenar
alguém. O prazer de Deus é salvar a todos, é desarmar a todos
com a lógica do amor. Portanto, o sofrimento, a injustiça, o
pecado, a opressão, tudo o que gera dor e morte é contrário ao
projeto de Deus. Esse projeto visa a erradicar essas forças de
morte para criar canais que comuniquem vida em plenitude. É
isso que Jesus veio revelar com sua vida e palavra. É isso que
deseja criar com a força de sua morte e ressurreição, presentes
e atuantes na comunidade cristã.
13. A vida de Jesus provoca as pessoas à decisão. A mentali-
dade judaica daquele tempo achava que o julgamento se daria
no final dos tempos, quando os vivos e os mortos teriam de se
apresentar diante do tribunal de Deus. Para João, o julgamento
se dá aqui e agora no confronto das pessoas e da sociedade
como um todo com a pessoa e a prática de Jesus. O tempo de
julgamento é o momento em que vivemos. Estar a favor da
vida é estar com Jesus. Não estar com ele é patrocinar a morte
(o risco de Nicodemos e de todos nós). Para João, Jesus não
julga, nem condena. Ele simplesmente provoca o julgamento
de Deus. Quem se julga são as pessoas, confrontando-se com a
prática de Jesus e tomando partido a favor ou contra. Quem se
posiciona a favor não é julgado, nem condenado; quem se
decide contra já está julgado e condenou a si próprio, porque
não acreditou, isto é, não aderiu ao Nome do Filho único de
Deus (cf. v. 18). O nome revela o que a pessoa é e faz. No
Antigo Testamento (Ex 3,14), Javé se mostrou o Deus liberta-
dor que caminha com o povo rumo à libertação e à vida. No
Novo Testamento ele se mostrou libertador em Jesus (cujo
nome significa Javé salva). Acreditar nesse nome é ser a favor
da vida em todas as suas expressões, aproximando-se da luz e
fazendo a verdade (v. 21). Esse é o significado da proposta de
"nascer do alto" (cf. 3,3.7) que Jesus faz a Nicodemos e a
todos nós. No texto de João, o "alto" ou "elevado" é o próprio
Jesus elevado na cruz. Nascer do alto significa ser como Jesus
nas palavras e nas ações. Mas o próprio Jesus constata que "os
homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram
más" (v. 19). É o caso de Nicodemos: ele está envolvido com
o Sinédrio, o supremo tribunal daquele tempo. E o Sinédrio
odeia a luz, não se aproximando dela para não ser desmasca-
rado (cf. v. 20).
14. O que resta a fazer, então? A resposta que o evangelho de
hoje fornece é esta: agir conforme a verdade que é Jesus. E
nós sabemos quem é Jesus-verdade: aquele que foi fiel ao
projeto do Pai até o fim. Agir conforme a verdade (ou aproxi-
mar-se da luz) é fazer tudo o que ele fez para que a humanida-
de tenha vida em plenitude, pois "não se pode ser opressor do
homem e dar adesão a Jesus" (J. Mateos).
2ª leitura (Ef 2,4-10): A fé: nossa resposta ao amor miseri-
cordioso de Deus
15. O texto que compõe a 2ª leitura deste domingo mostra
dois modos contrastantes de ser e de viver: 1. sem Cristo e o
oposto a ele; 2. viver em Cristo Jesus. O autor de Efésios afir-
ma que os destinatários da carta viveram, no passado, longe de
Cristo. É uma referência ao mundo pagão, a um tipo de socie-
dade marcada pela desigualdade e injustiça. O autor da carta
também fez essa experiência, definida por ele como situação
de morte: "estávamos mortos pelos pecados" (v. 4b). Mas o
que marca o texto de hoje é a novidade de Deus trazida por
Jesus. E o autor da carta salienta que essa obra é fruto do Deus
rico em misericórdia (v. 4a), amoroso, gratuito e doador da
graça. A riqueza da misericórdia e amor de Deus é explicada
pelo texto: "levado pelo grande amor com que nos amou, nos
fez reviver juntamente com Cristo… com ele nos ressuscitou e
nos fez sentar nos céus, em Cristo Jesus… tratando-nos com
bondade em Cristo Jesus" (vv. 4-7).
16. A morte e ressurreição de Jesus são a passagem da vida
sem Cristo para a vida com Cristo. E o texto salienta duas
vezes que isso é fruto da graça de Deus e não o resultado dos
méritos das pessoas (vv. 5b.8-10). Em Cristo o cristão vive já
uma situação de ressuscitado, salvo e glorificado ("…nos fez
sentar nos céus"). Aqui aparece um dos temas desenvolvidos
por Paulo em outros escritos: nós possuímos, desde já, a salva-
ção e a glorificação. Mas ainda não se manifestou plenamente
o que seremos de fato no futuro em Deus.
17. A fé é o compromisso que brota espontâneo em quem se
descobre salvo e glorificado: "Mediante a fé, vocês são salvos
pela graça" (v. 8a). Portanto, tarefa do cristão é viver entre o já
e o ainda não, entre o que Deus fez por nós em Cristo, e o que
nós devemos fazer, na fé, para os outros. A fé é nossa resposta
ao amor misericordioso de Deus, e esta gera novas relações
entre as pessoas: relações de vida nova e de esperanças reno-
vadas.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
18. A 1ª leitura (2Cr 36,14-16.19-23) ajuda a ler a história do povo de Deus e a nossa história. Israel passou
pela experiência da escravidão causada pela ganância dos grandes. E hoje, a história é diferente? De onde brota
esperança? Há esperança para os excluídos? Quais são as vozes proféticas em favor da dignidade humana e
contra todas as formas de exclusão?
19. Evangelho (Jo 3,14-21) Jesus provoca um confronto (julgamento). Neste Tempo da Quaresma somos
chamados a "agir conforme a verdade" em relação à dura realidade das prisões. O que é fruto de trevas? "Não
se pode ser opressor do homem e dar adesão a Jesus". O que isso representa para nós? Não somos nós também
como Nicodemos que precisa "deixar o Sinédrio" para ser discípulo de Jesus? Infelizmente, religião também
arrisca criar excluídos. É o caso da nossa?
20. A 2ª leitura (Ef 2,4-10) aponta para as novas relações nascidas da fé. Como concretizar os objetivos da
Campanha da Fraternidade?

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DEUS NÃO ABANDONA SEU POVO

  • 1. DEUS NÃO ABANDONA SEU POVO BORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulus, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: B – TEMPO LITÚRGICO: 4º DOMINGO DA QUARESMA – COR: ROXO I. INTRODUÇÃO GERAL 1. O povo se reúne para celebrar a fé no Deus rico em mise- ricórdia que em Cristo nos fez reviver e nos salvou pela graça (2ª leitura Ef 2,4-10). O centro da celebração é a pessoa de Cristo, expressão máxima do amor do Deus que enviou seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele. Mas Jesus, que revela o amor extraordinário de Deus, provoca em nós e em nossas comunidades o julgamento. Ele desmascara as trevas da nossa sociedade, mostrando que não é possível aderir a ele e, ao mesmo tempo, ser opressor do ser humano (Evan- gelho Jo 3,14-21). 2. Lendo nossa história, percebemos que está marcada pelo sofrimento e opressão. Deus não nos abandona, mesmo quan- do vivemos situações de morte e escravidão, pois ele é o Deus fiel às suas promessas de liberdade e vida para todos (1ª leitu- ra 2Cr 36,14-16.19-23). II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 1ª leitura (2Cr 36,14-16.19-23): Deus não abandona seu povo 3. O trecho é o final do segundo livro das Crônicas e tam- bém o final da Bíblia Hebraica. O objetivo do cronista é fazer uma síntese da história do povo de Deus. Em poucas palavras ele consegue pôr juntos os dois grandes temas que atravessam toda sua obra: o tema da infidelidade do povo ao projeto de Deus de um lado e, do outro, o tema do Deus que, apesar dis- so, permanece fiel à aliança, a seu projeto e, conseqüentemen- te, ao povo que escolheu. O final do texto deste domingo (vv. 22-23) aponta para a esperança, sinal de que nem tudo está perdido por causa das traições do povo. O Deus fiel é capaz de criar coisas novas e inesperadas – como o surgimento de Ciro, rei dos persas – para que seu povo volte a ter esperança de vida e liberdade. Os versículos que compõem a 1ª leitura deste domingo, portanto, são uma chave de leitura teológica para ler a história de Israel. 4. O autor sintetiza o que se passou sob o reinado de Sedeci- as, último rei de Judá. Depois de relatar a má conduta desse rei, mostra que todo o povo, por causa dos desmandos dos líderes religiosos e políticos, acabou deportado para Babilônia, tornando-se escravo do rei Nabucodonosor. Trata-se da segun- da deportação (586 a.C.), maior que a primeira. Por que o povo de Deus chegou a essa situação? O autor dos livros das Crônicas aponta como causa principal o abandono do projeto de Deus (vv. 14-15) e o conseqüente desprezo pelos mensagei- ros (profetas) que constantemente denunciavam os desmandos dos dirigentes do povo (v. 16). 5. Jeremias é mencionado como um dos profetas não ouvi- dos e desprezados (vv. 21-22). E através de duas passagens deste (cf. Jr 25,11; 29,10), citadas pelo autor de Crônicas, ficamos sabendo em que consistia o abandono do projeto de Javé: depois que o povo foi levado para o cativeiro, "o país desfrutou o seu descanso sabático e repousou por todo o tempo de sua desolação, até se completarem setenta anos" (v. 21). O projeto de Javé foi violado, entre outras coisas, na questão da terra. O repouso da terra era uma lei prevista pelo Levítico (cf. Lv 26,34-35). Essa lei pretendia basicamente duas coisas: manter a consciência de que a terra é de Deus e evitar que ela se tornasse objeto de especulação, para que não fosse desfru- tada sem medida por causa da ganância (de acordo com Ex 23,10-11, o que a terra produzir no ano de descanso pertence aos pobres). 6. O texto de hoje revela que a terra jamais teve seu sábado, isto é, seu ano de descanso a cada sete anos. Isso só veio acon- tecer de modo forçado, depois que o povo foi expulso de seu chão, tornado escravo do rei da Babilônia. 7. O povo foi infiel ao projeto de Javé, mas nem tudo está perdido. Deus continua sendo fiel às suas promessas, sobretu- do às que fez a Davi (cf. 2Sm 7,15-16). É daí que nasce nova- mente a esperança para o povo reconstruir o templo outrora profanado (v. 14). Na reconstrução do templo o autor das Crônicas vê a síntese de tudo o que precisa ser refeito a fim de que o povo possa, novamente, ter liberdade e vida. Ele encerra seu relato apontando para a esperança e a comunhão com o Deus que não abandona seu povo. Evangelho (Jo 3,14-21): Jesus é a maior revelação do amor de Deus 8. Os versículos deste domingo fazem parte do diálogo de Jesus com Nicodemos (cap. 3). Nicodemos é figura de todos nós que pretendemos ser fiéis ao projeto de Deus, mas nem sempre sabemos como fazer ou quais são os desdobramentos da fidelidade. De fato, esse homem ilustre pertence à elite do judaísmo. É membro do Sinédrio (cf. 7,50), o supremo tribu- nal que condenará Jesus à morte. Dentro e fora do Sinédrio Nicodemos é considerado o mestre em Israel (cf. 3,9), mas ignora uma porção de coisas. Será necessário que defenda Jesus publicamente (cf. 7,50). Permanecendo no Sinédrio, ele se tornará cúmplice da morte de Jesus. Nicodemos custou a entender isso, e parece que chegou tarde, pois se encontra novamente com Jesus quando este já estava morto (19,39). É por isso que ele representa cada um de nós diante dos desafios e conflitos que se nos apresentam. 9. O texto de hoje inicia com a memória da serpente que Moisés, no deserto, levantou sobre um poste. Quem fosse mordido por uma cobra venenosa, ao olhar para a serpente de bronze, ficava curado (Nm 21,8-9). Para o povo da Nova Ali- ança, Jesus é a fonte de vida e salvação: "Do mesmo modo que Moisés levantou a serpente no deserto, assim é preciso que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que crerem tenham nele a vida eterna" (vv. 14-15). 10. A 1ª leitura (2Cr 36,14-16.19-23) nos mostrava que Deus não abandona seu povo. O evangelho de hoje vai além, pois nos mostra Deus superando e vencendo inclusive aqueles limites próprios da condição humana, como a morte. 11. Deus ama a todos, indistintamente. Não só um povo parti- cular. Ele ama o mundo (v. 16). No Evangelho de João, "mun- do" tem pelo menos dois sentidos. Às vezes é sinônimo de sociedade injusta, um arranjo social fundado na desigualdade, na opressão e exploração. Às vezes, como no nosso caso, significa a humanidade toda, capaz de aceitar ou rejeitar o amor de Deus. Ora, o amor de Deus é oferta gratuita que atin- ge o ser humano em profundidade, antecipando-se à sua capa- cidade de amar. Ele não nos ama porque sejamos bons, mas porque ele é bom, quer salvar, quer comunicar vida em pleni- tude.
  • 2. 12. A vida em plenitude se realizou na encarnação e morte de Jesus. O v. 16 mostra Deus desprendendo-se do Filho único, a ponto de entregá-lo em vista da salvação de quem crê. Jesus é a personificação do amor do Pai levado às últimas conseqüên- cias: a entrega do Filho único. A salvação de Jesus não discri- mina as pessoas: todos necessitam dela e todos têm acesso a ela, mediante a fé em Jesus, a fonte da vida: "Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele" (v. 17). Deus não deseja que as pessoas se percam, nem sente satisfação em condenar alguém. O prazer de Deus é salvar a todos, é desarmar a todos com a lógica do amor. Portanto, o sofrimento, a injustiça, o pecado, a opressão, tudo o que gera dor e morte é contrário ao projeto de Deus. Esse projeto visa a erradicar essas forças de morte para criar canais que comuniquem vida em plenitude. É isso que Jesus veio revelar com sua vida e palavra. É isso que deseja criar com a força de sua morte e ressurreição, presentes e atuantes na comunidade cristã. 13. A vida de Jesus provoca as pessoas à decisão. A mentali- dade judaica daquele tempo achava que o julgamento se daria no final dos tempos, quando os vivos e os mortos teriam de se apresentar diante do tribunal de Deus. Para João, o julgamento se dá aqui e agora no confronto das pessoas e da sociedade como um todo com a pessoa e a prática de Jesus. O tempo de julgamento é o momento em que vivemos. Estar a favor da vida é estar com Jesus. Não estar com ele é patrocinar a morte (o risco de Nicodemos e de todos nós). Para João, Jesus não julga, nem condena. Ele simplesmente provoca o julgamento de Deus. Quem se julga são as pessoas, confrontando-se com a prática de Jesus e tomando partido a favor ou contra. Quem se posiciona a favor não é julgado, nem condenado; quem se decide contra já está julgado e condenou a si próprio, porque não acreditou, isto é, não aderiu ao Nome do Filho único de Deus (cf. v. 18). O nome revela o que a pessoa é e faz. No Antigo Testamento (Ex 3,14), Javé se mostrou o Deus liberta- dor que caminha com o povo rumo à libertação e à vida. No Novo Testamento ele se mostrou libertador em Jesus (cujo nome significa Javé salva). Acreditar nesse nome é ser a favor da vida em todas as suas expressões, aproximando-se da luz e fazendo a verdade (v. 21). Esse é o significado da proposta de "nascer do alto" (cf. 3,3.7) que Jesus faz a Nicodemos e a todos nós. No texto de João, o "alto" ou "elevado" é o próprio Jesus elevado na cruz. Nascer do alto significa ser como Jesus nas palavras e nas ações. Mas o próprio Jesus constata que "os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más" (v. 19). É o caso de Nicodemos: ele está envolvido com o Sinédrio, o supremo tribunal daquele tempo. E o Sinédrio odeia a luz, não se aproximando dela para não ser desmasca- rado (cf. v. 20). 14. O que resta a fazer, então? A resposta que o evangelho de hoje fornece é esta: agir conforme a verdade que é Jesus. E nós sabemos quem é Jesus-verdade: aquele que foi fiel ao projeto do Pai até o fim. Agir conforme a verdade (ou aproxi- mar-se da luz) é fazer tudo o que ele fez para que a humanida- de tenha vida em plenitude, pois "não se pode ser opressor do homem e dar adesão a Jesus" (J. Mateos). 2ª leitura (Ef 2,4-10): A fé: nossa resposta ao amor miseri- cordioso de Deus 15. O texto que compõe a 2ª leitura deste domingo mostra dois modos contrastantes de ser e de viver: 1. sem Cristo e o oposto a ele; 2. viver em Cristo Jesus. O autor de Efésios afir- ma que os destinatários da carta viveram, no passado, longe de Cristo. É uma referência ao mundo pagão, a um tipo de socie- dade marcada pela desigualdade e injustiça. O autor da carta também fez essa experiência, definida por ele como situação de morte: "estávamos mortos pelos pecados" (v. 4b). Mas o que marca o texto de hoje é a novidade de Deus trazida por Jesus. E o autor da carta salienta que essa obra é fruto do Deus rico em misericórdia (v. 4a), amoroso, gratuito e doador da graça. A riqueza da misericórdia e amor de Deus é explicada pelo texto: "levado pelo grande amor com que nos amou, nos fez reviver juntamente com Cristo… com ele nos ressuscitou e nos fez sentar nos céus, em Cristo Jesus… tratando-nos com bondade em Cristo Jesus" (vv. 4-7). 16. A morte e ressurreição de Jesus são a passagem da vida sem Cristo para a vida com Cristo. E o texto salienta duas vezes que isso é fruto da graça de Deus e não o resultado dos méritos das pessoas (vv. 5b.8-10). Em Cristo o cristão vive já uma situação de ressuscitado, salvo e glorificado ("…nos fez sentar nos céus"). Aqui aparece um dos temas desenvolvidos por Paulo em outros escritos: nós possuímos, desde já, a salva- ção e a glorificação. Mas ainda não se manifestou plenamente o que seremos de fato no futuro em Deus. 17. A fé é o compromisso que brota espontâneo em quem se descobre salvo e glorificado: "Mediante a fé, vocês são salvos pela graça" (v. 8a). Portanto, tarefa do cristão é viver entre o já e o ainda não, entre o que Deus fez por nós em Cristo, e o que nós devemos fazer, na fé, para os outros. A fé é nossa resposta ao amor misericordioso de Deus, e esta gera novas relações entre as pessoas: relações de vida nova e de esperanças reno- vadas. III. PISTAS PARA REFLEXÃO 18. A 1ª leitura (2Cr 36,14-16.19-23) ajuda a ler a história do povo de Deus e a nossa história. Israel passou pela experiência da escravidão causada pela ganância dos grandes. E hoje, a história é diferente? De onde brota esperança? Há esperança para os excluídos? Quais são as vozes proféticas em favor da dignidade humana e contra todas as formas de exclusão? 19. Evangelho (Jo 3,14-21) Jesus provoca um confronto (julgamento). Neste Tempo da Quaresma somos chamados a "agir conforme a verdade" em relação à dura realidade das prisões. O que é fruto de trevas? "Não se pode ser opressor do homem e dar adesão a Jesus". O que isso representa para nós? Não somos nós também como Nicodemos que precisa "deixar o Sinédrio" para ser discípulo de Jesus? Infelizmente, religião também arrisca criar excluídos. É o caso da nossa? 20. A 2ª leitura (Ef 2,4-10) aponta para as novas relações nascidas da fé. Como concretizar os objetivos da Campanha da Fraternidade?