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“O TEMPO ESTÁ CUMPRIDO… ARREPENDEI-VOS”
BORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL *
ANO: B – TEMPO LITÚRGICO: 1º DOMINGO DA QUARESMA – COR: ROXO
I. INTRODUÇÃO GERAL
1. Estamos na Quaresma, tempo que nos prepara à cele-
bração da vitória de Jesus sobre a morte, e tempo de con-
versão. De todos os lados escutamos clamores, e a fraterni-
dade não pode deixar-nos indiferentes. Este é um tempo
especial – tempo de graça – que nos faz esperar e agir, pois
a última palavra não pertence à morte, mas à vida. Aquele
que vai ser crucificado será ressuscitado para que todos
tenham vida em plenitude. Deus é nosso aliado na luta pela
vida, aliado de toda a criação. E a prática de Jesus o con-
firma, pedindo nossa colaboração solidária na implantação
do projeto de Deus.
II COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1ª leitura (Gn 9,8-15): Deus é nosso aliado na luta pela
vida
2. Os versículos que compõem a primeira leitura deste
domingo situam-se logo após o dilúvio e são de tradição
sacerdotal. Com Noé, homem justo, a humanidade renasce
do caos gerado pela violência e pelo mal. Isso nos ajuda a
crer que a humanidade pode se salvar do caos, desde que as
pessoas pratiquem a justiça.
3. O dilúvio, símbolo do mal que ameaça destruir o
mundo, terminou. A vida recomeça a partir das pessoas
justas, a nova criação, com as quais Deus faz aliança para
sempre: “De minha parte, vou firmar minha aliança com
vocês e com os seus descendentes… com todos os animais
da terra que saíram com vocês da arca” (vv. 9-10). O resul-
tado da aliança de Deus com Noé, com seus filhos e com
toda a criação é este: “Nenhum ser que respira será nova-
mente exterminado pelas águas de um dilúvio, e não haverá
mais dilúvio para destruir a terra” (v. 11).
4. Desses versículos tiramos algumas conclusões. A
primeira nasce da constatação de que Deus faz aliança não
somente com Noé, com sua família e descendentes, mas
também com todos os animais da terra que saíram da arca
(cf. v. 10), ou seja, com toda a criação. É uma aliança uni-
versal. Esta se encontra, novamente, nas mãos de Deus,
como no início (cf. Gn 1-2). A segunda conclusão brota do
v. 11: Deus quer a vida e, por isso, torna-se aliado da hu-
manidade na luta pela continuidade e preservação da vida,
não só a das pessoas, mas da natureza como um todo. A
terceira conclusão é esta: se Deus é a favor da vida em
todas as suas manifestações, o mal, a destruição e todas as
formas de morte não podem ser atribuídas a ele. Quem será,
então, o responsável?
5. A aliança de Deus com Noé, com sua família, descen-
dentes e animais da terra (= aliança com toda a criação,
para sempre), não exige, como as demais alianças do Anti-
go Testamento, um sinal concreto por parte do aliado de
Deus (para Abraão, por exemplo, o selo da aliança foi a
circuncisão; para os hebreus, o descanso do sábado). Há
outro aspecto. A aliança com Abraão e com os hebreus
exige compromisso do parceiro. Na aliança com Noé, Deus
se compromete sozinho, independentemente do compro-
misso do aliado (Noé e os seus). Isso reforça a idéia de que
Deus está, para sempre e de modo irreversível, comprome-
tido com a vida da criação. Cabe, portanto, ao ser humano o
respeito e a co-responsabilidade na transmissão e preserva-
ção da vida.
6. O arco-íris é o símbolo da aliança de Deus com a hu-
manidade: “Ponho o meu arco nas nuvens, como sinal da
aliança entre mim e a terra. Quando eu cobrir de nuvens a
terra, aparecerá o arco-íris. Então me lembrarei da minha
aliança com vocês e com todas as espécies de animais vi-
vos, e as águas nunca mais virão como dilúvio para destruir
todo ser que respira” (vv. 13-15). O arco, instrumento de
guerra, é transformado em instrumento de paz e aliança
para a vida. Para o povo da Bíblia, tornou-se símbolo do
compromisso divino com a vida. E para nós, quais são hoje
os sinais de que Deus é nosso aliado na luta pela defesa da
vida?
Evangelho (Mc 1,12-15): “O tempo está cumprido…
Arrependei-vos”
7. Os versículos que compõem o evangelho deste do-
mingo seguem imediatamente o batismo de Jesus, em que
ele é declarado Filho de Deus e Servo (cf. evangelho da
festa do Batismo do Senhor). Vamos dividir os versículos
de hoje em dois momentos.
a. No deserto (vv. 12-13): A tentação
8. A partir do Batismo, Jesus é investido do Espírito
Santo, e este o leva para o deserto (v. 13). Os quarenta dias
e o deserto, tanto no Evangelho de Marcos quanto na Bíblia
como um todo, são um baú cheio de recordações. Não são
simples contagem de dias nem lugar geográfico, mas “tem-
po e lugar teológicos”. É aí que João Batista se apresenta
pregando a chegada do “forte” (1,4-7), aquele que vai ven-
cer o mal. João Batista se apresenta no deserto, em oposi-
ção a Jerusalém e ao Templo, sede do poder político, eco-
nômico e religioso da época.
9. O povo de Deus passou quarenta anos no deserto,
organizando-se, lutando, perdendo e vencendo, até cami-
nhar para conquistar a terra da promessa (cf. Ex 16,35).
Marcos abre o baú da memória do povo e ajuda a ver que
Jesus vai inaugurar novo e definitivo êxodo, concretizado
na sua pregação e prática. Os quarenta dias recordam o
tempo que durou o dilúvio, depois do qual surgiu a huma-
nidade renovada na pessoa do justo Noé (cf. I leitura); lem-
bram também os dias que Moisés permaneceu no monte
para receber a aliança; fazem pensar, ainda, nos quarenta
dias que Elias permaneceu na montanha, depois dos quais
provoca mudanças radicais no Reino do Norte. Todos esses
aspectos repercutem na apresentação de Jesus: com ele tudo
recomeça (como com Noé), chega a nós a nova aliança (a
antiga veio por Moisés) e aproxima-se a mudança radical
(superior à de Elias).
10. Marcos afirma que Jesus permaneceu no deserto por
quarenta dias e ali foi tentado por Satanás (vv. 12-13a). O
evangelista não revela o conteúdo da tentação sofrida. É
que ela irá aparecer constantemente na vida do Mestre.
Satanás (palavra que significa adversário) quer dizer pesso-
as e sistemas que se opõem ao projeto de Deus a ser anun-
ciado e realizado na pregação e na prática de Jesus (cf.
1,36-37; 8,33; 12,13). No deserto, o Mestre vive novo tipo
de relação. Os animais selvagens recordam a realidade nova
anunciada por Isaías 11,1-9. Jesus inaugura novas relações
das pessoas entre si e com toda a criação, e isso é fruto do
Espírito que age nele (cf. v. 12). No deserto, Jesus é servido
pelos anjos, ou seja, é sustentado pelo próprio Deus, que o
declarou seu Filho e Servo para instaurar o Reino.
b. Na Galiléia (vv. 14-15): “O tempo já se cumpriu, e o
Reino de Deus está próximo. Convertam-se e creiam no
Evangelho”
11. Marcos situa rapidamente o contexto em que apareceu
o programa de Jesus, sintetizado pela primeira declaração
do Mestre nesse evangelho. Temos uma vaga indicação de
tempo (“Depois que João Batista foi preso”) e de lugar
(“Jesus foi para a Galiléia”, v. 14). O mensageiro de Jesus
foi preso. Marcos dirá mais adiante quais os motivos da
prisão do Batista e as razões que o levaram à morte (cf.
6,17ss). Esse dado é importante. O mensageiro de Jesus
mexeu com os interesses e privilégios dos poderosos. O que
irá acontecer com Jesus? Aos poucos o evangelho mostrará
que Jesus, “o forte” (1,7), não se deixa amedrontar pelos
poderosos, vencendo os mecanismos que geram morte para
o povo. A Galiléia é o lugar social onde Jesus inicia sua
atividade. Essa região era sinônimo de marginalidade, lugar
de gente sem valor e impura. É no meio dessa gente e a
partir dela que Jesus anuncia seu programa de vida: “O
tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo.
Convertam-se e creiam no Evangelho” (v. 15). Depois que
ressuscitou, o Mestre convida os discípulos a descobri-lo
vivo na Galiléia (cf. 16,7), sinal de que a prática de Jesus
em nada difere da dos que o desejam seguir.
12. O programa de Jesus (v. 15) consta de três momentos.
Em primeiro lugar, ele anuncia que “o tempo já se cum-
priu”. A espera da libertação chegou ao fim. Deus está
presente em Jesus, atuando seu projeto de vida e liberdade.
O caminho de Deus e o caminho dos marginalizados são
uma coisa só (cf., acima, o evangelho da festa do Batismo
do Senhor). O desejo expresso em Is 63,19 (“Quem dera
rasgasses o céu para descer!”) se cumpriu, pois com Jesus o
céu se rasgou (cf. Mc 1,10) e o Deus invisível se tornou
gente no meio dos empobrecidos. Fez-se pobre como eles.
13. Em segundo lugar, Jesus anuncia que “o Reino de
Deus está próximo”. Deus tomou a decisão de reinar. Por
que o Reino de Deus está próximo? Porque a realeza de
Deus vai tomando corpo através dos atos libertadores que
Jesus realiza ao longo do evangelho. Está sempre próximo
também mediante a prática dos seus discípulos, aos quais
confiou a continuação daquilo que anunciou e fez. O Reino
é uma realidade dinâmica. Refazendo a prática de Jesus no
tempo, as pessoas e as comunidades vão abrindo espaços
para que o Reino se torne realidade.
14. Em terceiro lugar, Jesus diz: “Convertam-se e creiam
na Boa Notícia”. Conversão é sinônimo de adesão à prática
de Jesus. A libertação esperada, o céu rasgado, de nada
adiantariam se as pessoas que anseiam pela libertação con-
tinuassem amarradas aos esquemas que mantêm uma socie-
dade desigual e discriminadora. O Evangelho de Marcos é
apenas o início da Boa Notícia da libertação trazida por
Jesus (cf. 1,1). Ela se tornará realidade mediante o com-
promisso das pessoas e comunidades que dizem sim ao
Mestre.
2ª leitura (1Pd 3,18-22): Compromissos com o Batismo
15. A primeira carta de Pedro é um texto endereçado aos
cristãos dispersos, migrantes forçados, que vivem como
estrangeiros, passando por duros sofrimentos e persegui-
ções. Nos versículos de hoje é possível descobrir uma espé-
cie de profissão de fé batismal: “Cristo morreu uma vez por
causa dos pecados, o justo pelos injustos” (v. 18a); “ele
recebeu nova vida pelo Espírito” (v. 18b); “Desceu à man-
são dos mortos” (cf. v. 19); “subiu ao céu e está à direita de
Deus” (v. 22a). Este é o núcleo central da segunda leitura
deste domingo. Em torno disso, o autor constrói algumas
reflexões que ajudam os cristãos dispersos a entender e
vivenciar seus compromissos batismais.
16. O tema da descida de Jesus à mansão dos mortos era
muito caro aos primeiros cristãos. É a isso que o autor se
refere nos vv. 19-20, fazendo uma ponte entre o tempo de
Noé e o tempo dos primeiros cristãos. No passado, um
pequeno grupo (oito pessoas) foi salvo pela ação do justo
Noé, surgindo daí a nova humanidade. A descida de Jesus à
mansão dos mortos provocou um encontro e um confronto
dos que não foram salvos com a pessoa de Jesus: “Pelo
Espírito, Jesus foi também pregar aos espíritos em prisão,
isto é, aos que foram incrédulos antigamente…” No tempo
em que a carta foi escrita, os batizados eram minoria, mas
são justamente eles os que provocam na humanidade inteira
o confronto com o Evangelho de Jesus. Daí surgem a iden-
tidade e a missão dos batizados, e isso irá provocar novas
criaturas e nova humanidade. O Batismo não é um rito,
como os antigos ritos de purificação, “mas é o pedido de
uma boa consciência para com Deus pela ressurreição de
Jesus Cristo” (v. 21). Ele confere, portanto, identidade no-
va, tornando as pessoas criaturas novas. E implica uma
missão: fazer com que o mundo todo se confronte com as
propostas do Evangelho, reconhecendo Jesus como único
Senhor, pois a ele foram submetidos os anjos, dominações e
poderes (v. 22b).
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
17. Gn 9,8-15 afirma que Deus está comprometido, para sempre e de modo irreversível, com a vida da
humanidade como um todo. Como isso repercute na situação dramática dos excluídos e de suas famílias?
18. Marcos apresenta Jesus sendo tentado por Satanás no deserto. É possível um "novo êxodo" para os ex-
cluídos? De que forma? Se Satanás é a encarnação de pessoas e estruturas que geram a morte, como desco-
bri-lo e vencê-lo no que diz respeito à situação de quem está na exclusão? Quem precisa converter-se: o ex-
cluído ou nós? Se é verdade que Jesus inaugura novas relações das pessoas entre si e com toda a criação, o
que isso representa para os excluídos?
19. A primeira carta de Pedro recorda os fundamentos da nossa fé e os compromissos batismais. É possí-
vel, nesta Quaresma, provocar um confronto do Evangelho com a dura realidade dos excluídos?

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O TEMPO ESTÁ CUMPRIDO: ARREPENDEI-VOS

  • 1. “O TEMPO ESTÁ CUMPRIDO… ARREPENDEI-VOS” BORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: B – TEMPO LITÚRGICO: 1º DOMINGO DA QUARESMA – COR: ROXO I. INTRODUÇÃO GERAL 1. Estamos na Quaresma, tempo que nos prepara à cele- bração da vitória de Jesus sobre a morte, e tempo de con- versão. De todos os lados escutamos clamores, e a fraterni- dade não pode deixar-nos indiferentes. Este é um tempo especial – tempo de graça – que nos faz esperar e agir, pois a última palavra não pertence à morte, mas à vida. Aquele que vai ser crucificado será ressuscitado para que todos tenham vida em plenitude. Deus é nosso aliado na luta pela vida, aliado de toda a criação. E a prática de Jesus o con- firma, pedindo nossa colaboração solidária na implantação do projeto de Deus. II COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 1ª leitura (Gn 9,8-15): Deus é nosso aliado na luta pela vida 2. Os versículos que compõem a primeira leitura deste domingo situam-se logo após o dilúvio e são de tradição sacerdotal. Com Noé, homem justo, a humanidade renasce do caos gerado pela violência e pelo mal. Isso nos ajuda a crer que a humanidade pode se salvar do caos, desde que as pessoas pratiquem a justiça. 3. O dilúvio, símbolo do mal que ameaça destruir o mundo, terminou. A vida recomeça a partir das pessoas justas, a nova criação, com as quais Deus faz aliança para sempre: “De minha parte, vou firmar minha aliança com vocês e com os seus descendentes… com todos os animais da terra que saíram com vocês da arca” (vv. 9-10). O resul- tado da aliança de Deus com Noé, com seus filhos e com toda a criação é este: “Nenhum ser que respira será nova- mente exterminado pelas águas de um dilúvio, e não haverá mais dilúvio para destruir a terra” (v. 11). 4. Desses versículos tiramos algumas conclusões. A primeira nasce da constatação de que Deus faz aliança não somente com Noé, com sua família e descendentes, mas também com todos os animais da terra que saíram da arca (cf. v. 10), ou seja, com toda a criação. É uma aliança uni- versal. Esta se encontra, novamente, nas mãos de Deus, como no início (cf. Gn 1-2). A segunda conclusão brota do v. 11: Deus quer a vida e, por isso, torna-se aliado da hu- manidade na luta pela continuidade e preservação da vida, não só a das pessoas, mas da natureza como um todo. A terceira conclusão é esta: se Deus é a favor da vida em todas as suas manifestações, o mal, a destruição e todas as formas de morte não podem ser atribuídas a ele. Quem será, então, o responsável? 5. A aliança de Deus com Noé, com sua família, descen- dentes e animais da terra (= aliança com toda a criação, para sempre), não exige, como as demais alianças do Anti- go Testamento, um sinal concreto por parte do aliado de Deus (para Abraão, por exemplo, o selo da aliança foi a circuncisão; para os hebreus, o descanso do sábado). Há outro aspecto. A aliança com Abraão e com os hebreus exige compromisso do parceiro. Na aliança com Noé, Deus se compromete sozinho, independentemente do compro- misso do aliado (Noé e os seus). Isso reforça a idéia de que Deus está, para sempre e de modo irreversível, comprome- tido com a vida da criação. Cabe, portanto, ao ser humano o respeito e a co-responsabilidade na transmissão e preserva- ção da vida. 6. O arco-íris é o símbolo da aliança de Deus com a hu- manidade: “Ponho o meu arco nas nuvens, como sinal da aliança entre mim e a terra. Quando eu cobrir de nuvens a terra, aparecerá o arco-íris. Então me lembrarei da minha aliança com vocês e com todas as espécies de animais vi- vos, e as águas nunca mais virão como dilúvio para destruir todo ser que respira” (vv. 13-15). O arco, instrumento de guerra, é transformado em instrumento de paz e aliança para a vida. Para o povo da Bíblia, tornou-se símbolo do compromisso divino com a vida. E para nós, quais são hoje os sinais de que Deus é nosso aliado na luta pela defesa da vida? Evangelho (Mc 1,12-15): “O tempo está cumprido… Arrependei-vos” 7. Os versículos que compõem o evangelho deste do- mingo seguem imediatamente o batismo de Jesus, em que ele é declarado Filho de Deus e Servo (cf. evangelho da festa do Batismo do Senhor). Vamos dividir os versículos de hoje em dois momentos. a. No deserto (vv. 12-13): A tentação 8. A partir do Batismo, Jesus é investido do Espírito Santo, e este o leva para o deserto (v. 13). Os quarenta dias e o deserto, tanto no Evangelho de Marcos quanto na Bíblia como um todo, são um baú cheio de recordações. Não são simples contagem de dias nem lugar geográfico, mas “tem- po e lugar teológicos”. É aí que João Batista se apresenta pregando a chegada do “forte” (1,4-7), aquele que vai ven- cer o mal. João Batista se apresenta no deserto, em oposi- ção a Jerusalém e ao Templo, sede do poder político, eco- nômico e religioso da época. 9. O povo de Deus passou quarenta anos no deserto, organizando-se, lutando, perdendo e vencendo, até cami- nhar para conquistar a terra da promessa (cf. Ex 16,35). Marcos abre o baú da memória do povo e ajuda a ver que Jesus vai inaugurar novo e definitivo êxodo, concretizado na sua pregação e prática. Os quarenta dias recordam o tempo que durou o dilúvio, depois do qual surgiu a huma- nidade renovada na pessoa do justo Noé (cf. I leitura); lem- bram também os dias que Moisés permaneceu no monte para receber a aliança; fazem pensar, ainda, nos quarenta dias que Elias permaneceu na montanha, depois dos quais provoca mudanças radicais no Reino do Norte. Todos esses aspectos repercutem na apresentação de Jesus: com ele tudo recomeça (como com Noé), chega a nós a nova aliança (a antiga veio por Moisés) e aproxima-se a mudança radical (superior à de Elias). 10. Marcos afirma que Jesus permaneceu no deserto por quarenta dias e ali foi tentado por Satanás (vv. 12-13a). O evangelista não revela o conteúdo da tentação sofrida. É que ela irá aparecer constantemente na vida do Mestre. Satanás (palavra que significa adversário) quer dizer pesso- as e sistemas que se opõem ao projeto de Deus a ser anun- ciado e realizado na pregação e na prática de Jesus (cf. 1,36-37; 8,33; 12,13). No deserto, o Mestre vive novo tipo de relação. Os animais selvagens recordam a realidade nova
  • 2. anunciada por Isaías 11,1-9. Jesus inaugura novas relações das pessoas entre si e com toda a criação, e isso é fruto do Espírito que age nele (cf. v. 12). No deserto, Jesus é servido pelos anjos, ou seja, é sustentado pelo próprio Deus, que o declarou seu Filho e Servo para instaurar o Reino. b. Na Galiléia (vv. 14-15): “O tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e creiam no Evangelho” 11. Marcos situa rapidamente o contexto em que apareceu o programa de Jesus, sintetizado pela primeira declaração do Mestre nesse evangelho. Temos uma vaga indicação de tempo (“Depois que João Batista foi preso”) e de lugar (“Jesus foi para a Galiléia”, v. 14). O mensageiro de Jesus foi preso. Marcos dirá mais adiante quais os motivos da prisão do Batista e as razões que o levaram à morte (cf. 6,17ss). Esse dado é importante. O mensageiro de Jesus mexeu com os interesses e privilégios dos poderosos. O que irá acontecer com Jesus? Aos poucos o evangelho mostrará que Jesus, “o forte” (1,7), não se deixa amedrontar pelos poderosos, vencendo os mecanismos que geram morte para o povo. A Galiléia é o lugar social onde Jesus inicia sua atividade. Essa região era sinônimo de marginalidade, lugar de gente sem valor e impura. É no meio dessa gente e a partir dela que Jesus anuncia seu programa de vida: “O tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e creiam no Evangelho” (v. 15). Depois que ressuscitou, o Mestre convida os discípulos a descobri-lo vivo na Galiléia (cf. 16,7), sinal de que a prática de Jesus em nada difere da dos que o desejam seguir. 12. O programa de Jesus (v. 15) consta de três momentos. Em primeiro lugar, ele anuncia que “o tempo já se cum- priu”. A espera da libertação chegou ao fim. Deus está presente em Jesus, atuando seu projeto de vida e liberdade. O caminho de Deus e o caminho dos marginalizados são uma coisa só (cf., acima, o evangelho da festa do Batismo do Senhor). O desejo expresso em Is 63,19 (“Quem dera rasgasses o céu para descer!”) se cumpriu, pois com Jesus o céu se rasgou (cf. Mc 1,10) e o Deus invisível se tornou gente no meio dos empobrecidos. Fez-se pobre como eles. 13. Em segundo lugar, Jesus anuncia que “o Reino de Deus está próximo”. Deus tomou a decisão de reinar. Por que o Reino de Deus está próximo? Porque a realeza de Deus vai tomando corpo através dos atos libertadores que Jesus realiza ao longo do evangelho. Está sempre próximo também mediante a prática dos seus discípulos, aos quais confiou a continuação daquilo que anunciou e fez. O Reino é uma realidade dinâmica. Refazendo a prática de Jesus no tempo, as pessoas e as comunidades vão abrindo espaços para que o Reino se torne realidade. 14. Em terceiro lugar, Jesus diz: “Convertam-se e creiam na Boa Notícia”. Conversão é sinônimo de adesão à prática de Jesus. A libertação esperada, o céu rasgado, de nada adiantariam se as pessoas que anseiam pela libertação con- tinuassem amarradas aos esquemas que mantêm uma socie- dade desigual e discriminadora. O Evangelho de Marcos é apenas o início da Boa Notícia da libertação trazida por Jesus (cf. 1,1). Ela se tornará realidade mediante o com- promisso das pessoas e comunidades que dizem sim ao Mestre. 2ª leitura (1Pd 3,18-22): Compromissos com o Batismo 15. A primeira carta de Pedro é um texto endereçado aos cristãos dispersos, migrantes forçados, que vivem como estrangeiros, passando por duros sofrimentos e persegui- ções. Nos versículos de hoje é possível descobrir uma espé- cie de profissão de fé batismal: “Cristo morreu uma vez por causa dos pecados, o justo pelos injustos” (v. 18a); “ele recebeu nova vida pelo Espírito” (v. 18b); “Desceu à man- são dos mortos” (cf. v. 19); “subiu ao céu e está à direita de Deus” (v. 22a). Este é o núcleo central da segunda leitura deste domingo. Em torno disso, o autor constrói algumas reflexões que ajudam os cristãos dispersos a entender e vivenciar seus compromissos batismais. 16. O tema da descida de Jesus à mansão dos mortos era muito caro aos primeiros cristãos. É a isso que o autor se refere nos vv. 19-20, fazendo uma ponte entre o tempo de Noé e o tempo dos primeiros cristãos. No passado, um pequeno grupo (oito pessoas) foi salvo pela ação do justo Noé, surgindo daí a nova humanidade. A descida de Jesus à mansão dos mortos provocou um encontro e um confronto dos que não foram salvos com a pessoa de Jesus: “Pelo Espírito, Jesus foi também pregar aos espíritos em prisão, isto é, aos que foram incrédulos antigamente…” No tempo em que a carta foi escrita, os batizados eram minoria, mas são justamente eles os que provocam na humanidade inteira o confronto com o Evangelho de Jesus. Daí surgem a iden- tidade e a missão dos batizados, e isso irá provocar novas criaturas e nova humanidade. O Batismo não é um rito, como os antigos ritos de purificação, “mas é o pedido de uma boa consciência para com Deus pela ressurreição de Jesus Cristo” (v. 21). Ele confere, portanto, identidade no- va, tornando as pessoas criaturas novas. E implica uma missão: fazer com que o mundo todo se confronte com as propostas do Evangelho, reconhecendo Jesus como único Senhor, pois a ele foram submetidos os anjos, dominações e poderes (v. 22b). III. PISTAS PARA REFLEXÃO 17. Gn 9,8-15 afirma que Deus está comprometido, para sempre e de modo irreversível, com a vida da humanidade como um todo. Como isso repercute na situação dramática dos excluídos e de suas famílias? 18. Marcos apresenta Jesus sendo tentado por Satanás no deserto. É possível um "novo êxodo" para os ex- cluídos? De que forma? Se Satanás é a encarnação de pessoas e estruturas que geram a morte, como desco- bri-lo e vencê-lo no que diz respeito à situação de quem está na exclusão? Quem precisa converter-se: o ex- cluído ou nós? Se é verdade que Jesus inaugura novas relações das pessoas entre si e com toda a criação, o que isso representa para os excluídos? 19. A primeira carta de Pedro recorda os fundamentos da nossa fé e os compromissos batismais. É possí- vel, nesta Quaresma, provocar um confronto do Evangelho com a dura realidade dos excluídos?