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A DIFÍCIL ARTE DE SER JUSTO 
Pe. José Bortoline – Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * 
ANO: A – TEMPO LITÚRGICO: 23° DOMINGO TEMPO COMUM – COR: VERDE 
I. INTRODUÇÃO GERAL 
1. Os seguidores de Jesus se reúnem para celebrar juntos 
a memória daquele que nos amou até às extremas conse-qüências 
do amor: Jesus Cristo morto e ressuscitado, pre-sente 
onde dois ou três se reúnem em seu nome. Os que se 
reúnem em nome dele buscam criar e expressar relações 
onde a única dívida a ser paga é a do amor, pois "amar é 
obedecer à Lei com perfeição" (cf. 2ª leitura Rm 13,8-10). 
À luz da Palavra de Deus, os seguidores de Jesus aprendem 
a praticar a justiça do Reino na comunidade, fazendo de 
tudo para salvar o irmão (cf. evangelho Mt 18,15-20), pois 
a luta pela justiça é a carteira de identidade do profeta (cf. 
1ª leitura Ez 33,7-9). 
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 
1ª leitura (Ez 33,7-9): A luta pela justiça é questão de 
vida ou morte 
2. Os três versículos lidos na liturgia deste domingo fa-zem 
parte de uma unidade maior dentro do livro de Eze-quiel 
(caps. 33-39), cujo tema central é a ressurreição do 
povo que sofre. De fato, Israel está no exílio e é lá que 
Ezequiel se encontra com a missão de sustentar a esperan-ça 
de seus compatriotas. 
3. O início do cap. 33 marca nova etapa na vida do profe-ta, 
a quem Deus estabeleceu como sentinela para a casa de 
Israel (v. 7a). Trata-se de imagem bastante conhecida: a 
sentinela devia ficar no alto da muralha da cidade e vigiar, 
olhando ao redor e para o horizonte, a fim de alertar e pre-venir 
a população diante dos possíveis perigos. Mas Eze-quiel 
não é sentinela no sentido real do termo, pois nessa 
época o povo estava exilado na Babilônia. Ele não é o 
vigia que se posiciona sobre a muralha da cidade e espia o 
horizonte; ao contrário, seu lugar é no meio do povo e é 
daí que ele perscruta o horizonte da história, tornando-se, 
dessa forma, anunciador da restauração do povo exilado. 
4. Qual é a função do profeta? Sua tarefa é ser "a boca de 
Deus", alguém que alerta em nome de Deus (v. 7b). Seu 
papel é fortalecer a luta pela justiça e denunciar os respon-sáveis 
pela injustiça. É deste último aspecto que falam os 
vv. 8-9: o profeta não pode calar diante dos responsáveis 
pela injustiça: "Se para o injusto eu digo: ‘Injusto, é certo 
que você vai morrer’, se você não avisa o injusto para que 
mude de comportamento, o injusto morrerá por causa de 
sua própria culpa, mas é a você que eu pedirei contas do 
sangue dele" (v. 8). A responsabilidade do profeta, portan-to, 
está associada à causa da justiça, pois só esta será capaz 
de devolver liberdade e vida ao povo. Em nação onde não 
há justiça também não pode haver liberdade e vida. 
5. A luta pela justiça é questão de vida ou morte. O pro-feta 
não tem escolha: para salvar a vida terá que denunciar, 
caso contrário não acontecerá a restauração do povo. Con-tudo, 
ele não será responsável pela ruína do injusto quando 
este, depois de ter sido desmascarado, não voltar atrás da 
sua conduta: "Se você prevenir o injusto para que ele mude 
de comportamento, e ele não mudar, ele morrerá por causa 
de sua própria culpa, mas você terá salva a sua própria 
vida" (v. 9). Disso tudo aprendemos que ser responsável 
pela própria vida é ser responsável pela vida dos outros, 
lutando a favor da justiça e contra as injustiças. 
Evangelho (Mt 18,15-20): A justiça do Reino na comu-nidade 
6. O tema que domina o evangelho de Mateus é o da 
justiça do Reino como chave que cria sociedade e história 
novas. É assim que o Reino vai acontecendo. Nesse evan-gelho 
Jesus é apresentado como o Mestre que traz para 
dentro de nossa sociedade e história ensinamento e prática 
centrados na justiça que gera relações novas e, conseqüen-temente, 
constrói um mundo novo (Reino). Todo o evange-lho 
de Mateus é dominado pelas primeiras palavras que 
marcam o programa de Jesus: "Devemos cumprir toda a 
justiça" (3,15) e também o programa dos seus seguidores: 
"Se a justiça de vocês não superar a dos doutores da Lei e 
dos fariseus, vocês não entrarão no Reino do céu" (5,20); 
"em primeiro lugar busquem o Reino de Deus e sua justi-ça…" 
(6,33a). 
7. O capítulo 18 de Mateus — ao qual pertence o texto de 
hoje — não foge à regra, procurando mostrar aos seguido-res 
de Jesus como viver a justiça do Reino dentro da co-munidade, 
sobretudo em situações difíceis, como no caso 
de alguém cometer uma falta considerada grave. Isso nos 
ajuda a colocar os pés no chão: nossas comunidades não 
são feitas de pessoas perfeitas, e nem sempre a atitude que 
tomamos diante dos erros dos outros é a mais adequada. 
Qual o espírito que nos deverá orientar nessas ocasiões? 
a. Fazer de tudo para ganhar o irmão (vv. 15-18) 
8. O trecho de hoje é próprio de Mateus, e deve ser lido à 
luz da parábola que o precede, ou seja, a do pastor que vai 
procurar a ovelha que se perdeu, deixando as noventa e 
nove nas montanhas (vv. 12-14). E assim chegamos ao 
caso concreto: alguém da comunidade cometeu falta grave 
contra seu irmão. Como reagir: fazendo-se de vítima? "Pôr 
a boca no mundo" e denunciar o erro? A primeira atitude 
— talvez a mais difícil — é a de perdoar e ir à procura de 
quem errou na qualidade de quem já perdoou, a fim de 
mostrar ao outro o erro e convidá-lo novamente a se rein-tegrar 
na comunidade: "Se o seu irmão pecar, vá e mostre o 
seu erro, mas em particular, só entre vocês dois. Se ele lhe 
der ouvidos, você ganhou o seu irmão" (v. 13). Mas há um 
detalhe: ganhar para quem? Para si? Não. O irmão não 
precisa ser ganho para si, mas para a comunidade. Por que 
não ganhá-lo para si? Porque quem ofendeu a um membro 
da comunidade rompeu, de certa forma, com a comunidade 
enquanto um todo. 
9. Suponhamos que isso não dê resultados. Tudo perdi-do? 
Não. A justiça do Reino não se cansa, como o pastor 
que procura a ovelha perdida, e tenta outra forma de apro-ximar 
quem errou: "Se ele não lhe der ouvidos, tome con-sigo 
mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão 
seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas" 
(v. 16). À primeira vista tem-se a impressão de que estarí-amos 
fazendo um cerco em torno de quem errou. Mas isso 
pode ser visto sob a ótica da justiça do Reino que tem co-mo 
princípio fazer de tudo para que o irmão não se perca.
10. E se isso não der certo? Aí toda a comunidade — que 
até agora não tomou conhecimento do erro — é chamada a 
se pronunciar: "Caso não der ouvidos, comunique à Igreja" 
(v. 17a). E se também isso não der certo? Somente aí, isto 
é, depois de esgotados todos os recursos, depois de ter 
dado a quem errou a chance de ouvir o parecer de toda a 
comunidade (e depois que a comunidade inteira ouviu o 
que o outro tem a dizer) é que a pessoa, por decisão de 
todos, é excluída: "Se nem mesmo à Igreja ele der ouvidos, 
seja tratado como se fosse um pagão ou um cobrador de 
impostos" (v. 17b). Mesmo nesse caso a comunidade deve 
manter-se em atitude prudente pois, em outros lugares, 
Jesus se declarou "amigo dos cobradores de impostos" (cf. 
11,19). Trata-se de exclusão da comunidade a fim de que a 
pessoa se arrependa e volte a ela. 
11. Disso tudo deduzimos que, antes de condenar ou ex-cluir 
alguém, é preciso ter aprendido o que é a justiça do 
Reino. E ter consciência de que os passos aconselhados por 
Jesus não são normas rígidas, e sim um modo de agir que 
tempera de justiça as relações entre pessoas. Em outras 
palavras, é preciso ser criativos no esforço de recuperar 
quem erra e se afasta da comunidade. E o espírito que ani-ma 
essa tarefa não é o da exclusão, mas da busca para 
reintegrar. 
12. Em Mt 16,18 Jesus confiara a Pedro a tarefa de ligar e 
desligar. Aqui, no v. 18, essa missão é confiada à comuni-dade 
como um todo. Sinal de que Pedro, em 16,18, é figura 
representativa de toda a comunidade dos seguidores de 
Jesus. Ligar e desligar são termos jurídicos e atribuições da 
comunidade inteira: "Tudo o que vocês ligarem na terra 
será ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra 
será desligado no céu" (v. 18). Aqui também cabe um 
questionamento sobre o que é mais importante para a co-munidade, 
se a faculdade de excluir pessoas ou a capaci-dade 
de integrá-las. Claro está que, de acordo com o cap. 
18 de Mateus — que está na linha do "perdoa as nossas 
dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores" 
(6,12) — a comunidade é chamada a exercer mais a mise-ricórdia 
do que a aplicação do rigor da lei. 
b. Em comunidade, na oração e em nome de Jesus (vv. 19- 
20) 
13. Os vv. 19-20 são normalmente vistos como tema à 
parte. De acordo com alguns estudiosos, todavia, eles con-tinuam 
e ampliam o significado dos versículos anteriores. 
Tomar decisão de incluir ou excluir pessoas da comunida-de 
não é tarefa fácil, como pretendiam e faziam os chefes 
de sinagoga daquele tempo. De fato, sutilmente ressoa aqui 
a advertência de Jesus: "Se a justiça de vocês não superar a 
dos doutores da Lei e dos fariseus, vocês não entrarão no 
Reino do Céu" (5,20). O que fazer, então? Jesus dá algu-mas 
indicações, que passam pela necessidade de as pessoas 
se reunirem em nome dele, a fim de, mediante a oração, 
chegar a um consenso: "Se dois de vocês estiverem de 
acordo na terra sobre qualquer coisa (isto é, sobre qualquer 
tipo de litígio) que queiram pedir, isto lhes será concedido 
por meu Pai que está no céu. Pois onde dois ou três estive-rem 
reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles" 
(vv. 19-20). 
2ª leitura (Rm 13,8-10): Tarefa sem limites 
14. Rm 12,1-15,13 trata do modo como os seguidores de 
Jesus agem na sociedade. Os três versículos de hoje são 
marcados pelo tema do amor enquanto cumprimento da 
Lei (vv. 8b.10b). O amor é a raiz de tudo o que deve ser 
feito e o modo pelo qual tudo deve ser feito. Paulo sintetiza 
isso com uma frase lapidar: "Não tenham nenhuma dívida 
para com ninguém, a não ser a de se amarem uns aos ou-tros" 
(v. 8a). Diante disso a gente se pergunta: essa dívida 
que contraímos com nosso próximo é pagável ou impagá-vel? 
Temos crédito ou débito? A resposta a essa questão 
fica mais clara à luz do tema central da carta aos Romanos. 
E o tema central é este: a humanidade toda tinha, em rela-ção 
a Deus, uma dívida que jamais poderia saldar, pois o 
ser humano não reunia condições para se salvar ou se justi-ficar 
por força própria ou em vista de seus méritos. Diante 
disso, Deus intervém com a grande novidade: ele anistia a 
humanidade inteira, salvando-a em Cristo Jesus, morto e 
ressuscitado. Para a humanidade não resta senão um gesto 
capaz de responder a esse amor inesperado e extraordiná-rio, 
ou seja, acreditar em Jesus e procurar responder, com a 
mesma intensidade, ao amor que ele manifestou. 
15. Paulo sabe disso e mostra em que consiste amar a Deus 
e a seu Filho Jesus: "Quem ama o próximo cumpriu a Lei. 
De fato, os mandamentos: Não cometerás adultério, não 
matarás, não furtarás, não cobiçarás, e todos os outros, 
estão resumidos nesta palavra: Amarás o teu próximo como 
a ti mesmo" (vv. 8b-9). Note-se que, em todo esse trecho, 
não se menciona Deus. Tem-se a impressão de que esteja 
faltando algo, mas não está, porque não há muitas formas 
de amarmos a Deus; aliás, há uma só, que é amando o pró-ximo, 
cada pessoa, do jeito que ela é, pois sabemos que 
ninguém escolhe o próximo para amá-lo. Ele simplesmente 
se apresenta como dom de Deus e também como desafio à 
nossa capacidade de amar. Nesse sentido, todos somos 
devedores de uma dívida impagável, a não ser que sejamos 
capazes de gestos gratuitos como os de Jesus, que se entre-gou 
totalmente por amor. 
III. PISTAS PARA REFLEXÃO 
16. A luta pela justiça é questão de vida ou morte. Foi o que aprendemos de Ezequiel (Ez 33,7-9), 
profeta que sentiu de perto os anseios de sua gente e intuiu caminhos que conduzissem à restauração 
do povo. Quais são os maiores anseios do povo hoje? 
17. A justiça do Reino na comunidade. O evangelho (Mt 18,15-20) nos pergunta se fazemos tudo 
o que é possível para recuperar as pessoas que erram. Pergunta-nos também o que é mais importante: 
a aplicação rigorosa da lei ou o exercício da misericórdia? O que é mais fácil para as comunidades: 
excluir pessoas ou integrá-las? Quando é que nos alegramos mais: ao excluir pessoas da comunidade 
ou ao reintegrá-las? Quais os critérios que deveriam nos orientar na escolha de quem eleger? 
18. Tarefa sem limites. Paulo nos alerta sobre a dívida impagável que temos com nosso próximo: O a-mor. 
(Rm 13,8-10).

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A difícil arte de ser justo

  • 1. A DIFÍCIL ARTE DE SER JUSTO Pe. José Bortoline – Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: A – TEMPO LITÚRGICO: 23° DOMINGO TEMPO COMUM – COR: VERDE I. INTRODUÇÃO GERAL 1. Os seguidores de Jesus se reúnem para celebrar juntos a memória daquele que nos amou até às extremas conse-qüências do amor: Jesus Cristo morto e ressuscitado, pre-sente onde dois ou três se reúnem em seu nome. Os que se reúnem em nome dele buscam criar e expressar relações onde a única dívida a ser paga é a do amor, pois "amar é obedecer à Lei com perfeição" (cf. 2ª leitura Rm 13,8-10). À luz da Palavra de Deus, os seguidores de Jesus aprendem a praticar a justiça do Reino na comunidade, fazendo de tudo para salvar o irmão (cf. evangelho Mt 18,15-20), pois a luta pela justiça é a carteira de identidade do profeta (cf. 1ª leitura Ez 33,7-9). II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 1ª leitura (Ez 33,7-9): A luta pela justiça é questão de vida ou morte 2. Os três versículos lidos na liturgia deste domingo fa-zem parte de uma unidade maior dentro do livro de Eze-quiel (caps. 33-39), cujo tema central é a ressurreição do povo que sofre. De fato, Israel está no exílio e é lá que Ezequiel se encontra com a missão de sustentar a esperan-ça de seus compatriotas. 3. O início do cap. 33 marca nova etapa na vida do profe-ta, a quem Deus estabeleceu como sentinela para a casa de Israel (v. 7a). Trata-se de imagem bastante conhecida: a sentinela devia ficar no alto da muralha da cidade e vigiar, olhando ao redor e para o horizonte, a fim de alertar e pre-venir a população diante dos possíveis perigos. Mas Eze-quiel não é sentinela no sentido real do termo, pois nessa época o povo estava exilado na Babilônia. Ele não é o vigia que se posiciona sobre a muralha da cidade e espia o horizonte; ao contrário, seu lugar é no meio do povo e é daí que ele perscruta o horizonte da história, tornando-se, dessa forma, anunciador da restauração do povo exilado. 4. Qual é a função do profeta? Sua tarefa é ser "a boca de Deus", alguém que alerta em nome de Deus (v. 7b). Seu papel é fortalecer a luta pela justiça e denunciar os respon-sáveis pela injustiça. É deste último aspecto que falam os vv. 8-9: o profeta não pode calar diante dos responsáveis pela injustiça: "Se para o injusto eu digo: ‘Injusto, é certo que você vai morrer’, se você não avisa o injusto para que mude de comportamento, o injusto morrerá por causa de sua própria culpa, mas é a você que eu pedirei contas do sangue dele" (v. 8). A responsabilidade do profeta, portan-to, está associada à causa da justiça, pois só esta será capaz de devolver liberdade e vida ao povo. Em nação onde não há justiça também não pode haver liberdade e vida. 5. A luta pela justiça é questão de vida ou morte. O pro-feta não tem escolha: para salvar a vida terá que denunciar, caso contrário não acontecerá a restauração do povo. Con-tudo, ele não será responsável pela ruína do injusto quando este, depois de ter sido desmascarado, não voltar atrás da sua conduta: "Se você prevenir o injusto para que ele mude de comportamento, e ele não mudar, ele morrerá por causa de sua própria culpa, mas você terá salva a sua própria vida" (v. 9). Disso tudo aprendemos que ser responsável pela própria vida é ser responsável pela vida dos outros, lutando a favor da justiça e contra as injustiças. Evangelho (Mt 18,15-20): A justiça do Reino na comu-nidade 6. O tema que domina o evangelho de Mateus é o da justiça do Reino como chave que cria sociedade e história novas. É assim que o Reino vai acontecendo. Nesse evan-gelho Jesus é apresentado como o Mestre que traz para dentro de nossa sociedade e história ensinamento e prática centrados na justiça que gera relações novas e, conseqüen-temente, constrói um mundo novo (Reino). Todo o evange-lho de Mateus é dominado pelas primeiras palavras que marcam o programa de Jesus: "Devemos cumprir toda a justiça" (3,15) e também o programa dos seus seguidores: "Se a justiça de vocês não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, vocês não entrarão no Reino do céu" (5,20); "em primeiro lugar busquem o Reino de Deus e sua justi-ça…" (6,33a). 7. O capítulo 18 de Mateus — ao qual pertence o texto de hoje — não foge à regra, procurando mostrar aos seguido-res de Jesus como viver a justiça do Reino dentro da co-munidade, sobretudo em situações difíceis, como no caso de alguém cometer uma falta considerada grave. Isso nos ajuda a colocar os pés no chão: nossas comunidades não são feitas de pessoas perfeitas, e nem sempre a atitude que tomamos diante dos erros dos outros é a mais adequada. Qual o espírito que nos deverá orientar nessas ocasiões? a. Fazer de tudo para ganhar o irmão (vv. 15-18) 8. O trecho de hoje é próprio de Mateus, e deve ser lido à luz da parábola que o precede, ou seja, a do pastor que vai procurar a ovelha que se perdeu, deixando as noventa e nove nas montanhas (vv. 12-14). E assim chegamos ao caso concreto: alguém da comunidade cometeu falta grave contra seu irmão. Como reagir: fazendo-se de vítima? "Pôr a boca no mundo" e denunciar o erro? A primeira atitude — talvez a mais difícil — é a de perdoar e ir à procura de quem errou na qualidade de quem já perdoou, a fim de mostrar ao outro o erro e convidá-lo novamente a se rein-tegrar na comunidade: "Se o seu irmão pecar, vá e mostre o seu erro, mas em particular, só entre vocês dois. Se ele lhe der ouvidos, você ganhou o seu irmão" (v. 13). Mas há um detalhe: ganhar para quem? Para si? Não. O irmão não precisa ser ganho para si, mas para a comunidade. Por que não ganhá-lo para si? Porque quem ofendeu a um membro da comunidade rompeu, de certa forma, com a comunidade enquanto um todo. 9. Suponhamos que isso não dê resultados. Tudo perdi-do? Não. A justiça do Reino não se cansa, como o pastor que procura a ovelha perdida, e tenta outra forma de apro-ximar quem errou: "Se ele não lhe der ouvidos, tome con-sigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas" (v. 16). À primeira vista tem-se a impressão de que estarí-amos fazendo um cerco em torno de quem errou. Mas isso pode ser visto sob a ótica da justiça do Reino que tem co-mo princípio fazer de tudo para que o irmão não se perca.
  • 2. 10. E se isso não der certo? Aí toda a comunidade — que até agora não tomou conhecimento do erro — é chamada a se pronunciar: "Caso não der ouvidos, comunique à Igreja" (v. 17a). E se também isso não der certo? Somente aí, isto é, depois de esgotados todos os recursos, depois de ter dado a quem errou a chance de ouvir o parecer de toda a comunidade (e depois que a comunidade inteira ouviu o que o outro tem a dizer) é que a pessoa, por decisão de todos, é excluída: "Se nem mesmo à Igreja ele der ouvidos, seja tratado como se fosse um pagão ou um cobrador de impostos" (v. 17b). Mesmo nesse caso a comunidade deve manter-se em atitude prudente pois, em outros lugares, Jesus se declarou "amigo dos cobradores de impostos" (cf. 11,19). Trata-se de exclusão da comunidade a fim de que a pessoa se arrependa e volte a ela. 11. Disso tudo deduzimos que, antes de condenar ou ex-cluir alguém, é preciso ter aprendido o que é a justiça do Reino. E ter consciência de que os passos aconselhados por Jesus não são normas rígidas, e sim um modo de agir que tempera de justiça as relações entre pessoas. Em outras palavras, é preciso ser criativos no esforço de recuperar quem erra e se afasta da comunidade. E o espírito que ani-ma essa tarefa não é o da exclusão, mas da busca para reintegrar. 12. Em Mt 16,18 Jesus confiara a Pedro a tarefa de ligar e desligar. Aqui, no v. 18, essa missão é confiada à comuni-dade como um todo. Sinal de que Pedro, em 16,18, é figura representativa de toda a comunidade dos seguidores de Jesus. Ligar e desligar são termos jurídicos e atribuições da comunidade inteira: "Tudo o que vocês ligarem na terra será ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra será desligado no céu" (v. 18). Aqui também cabe um questionamento sobre o que é mais importante para a co-munidade, se a faculdade de excluir pessoas ou a capaci-dade de integrá-las. Claro está que, de acordo com o cap. 18 de Mateus — que está na linha do "perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores" (6,12) — a comunidade é chamada a exercer mais a mise-ricórdia do que a aplicação do rigor da lei. b. Em comunidade, na oração e em nome de Jesus (vv. 19- 20) 13. Os vv. 19-20 são normalmente vistos como tema à parte. De acordo com alguns estudiosos, todavia, eles con-tinuam e ampliam o significado dos versículos anteriores. Tomar decisão de incluir ou excluir pessoas da comunida-de não é tarefa fácil, como pretendiam e faziam os chefes de sinagoga daquele tempo. De fato, sutilmente ressoa aqui a advertência de Jesus: "Se a justiça de vocês não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, vocês não entrarão no Reino do Céu" (5,20). O que fazer, então? Jesus dá algu-mas indicações, que passam pela necessidade de as pessoas se reunirem em nome dele, a fim de, mediante a oração, chegar a um consenso: "Se dois de vocês estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa (isto é, sobre qualquer tipo de litígio) que queiram pedir, isto lhes será concedido por meu Pai que está no céu. Pois onde dois ou três estive-rem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles" (vv. 19-20). 2ª leitura (Rm 13,8-10): Tarefa sem limites 14. Rm 12,1-15,13 trata do modo como os seguidores de Jesus agem na sociedade. Os três versículos de hoje são marcados pelo tema do amor enquanto cumprimento da Lei (vv. 8b.10b). O amor é a raiz de tudo o que deve ser feito e o modo pelo qual tudo deve ser feito. Paulo sintetiza isso com uma frase lapidar: "Não tenham nenhuma dívida para com ninguém, a não ser a de se amarem uns aos ou-tros" (v. 8a). Diante disso a gente se pergunta: essa dívida que contraímos com nosso próximo é pagável ou impagá-vel? Temos crédito ou débito? A resposta a essa questão fica mais clara à luz do tema central da carta aos Romanos. E o tema central é este: a humanidade toda tinha, em rela-ção a Deus, uma dívida que jamais poderia saldar, pois o ser humano não reunia condições para se salvar ou se justi-ficar por força própria ou em vista de seus méritos. Diante disso, Deus intervém com a grande novidade: ele anistia a humanidade inteira, salvando-a em Cristo Jesus, morto e ressuscitado. Para a humanidade não resta senão um gesto capaz de responder a esse amor inesperado e extraordiná-rio, ou seja, acreditar em Jesus e procurar responder, com a mesma intensidade, ao amor que ele manifestou. 15. Paulo sabe disso e mostra em que consiste amar a Deus e a seu Filho Jesus: "Quem ama o próximo cumpriu a Lei. De fato, os mandamentos: Não cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e todos os outros, estão resumidos nesta palavra: Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (vv. 8b-9). Note-se que, em todo esse trecho, não se menciona Deus. Tem-se a impressão de que esteja faltando algo, mas não está, porque não há muitas formas de amarmos a Deus; aliás, há uma só, que é amando o pró-ximo, cada pessoa, do jeito que ela é, pois sabemos que ninguém escolhe o próximo para amá-lo. Ele simplesmente se apresenta como dom de Deus e também como desafio à nossa capacidade de amar. Nesse sentido, todos somos devedores de uma dívida impagável, a não ser que sejamos capazes de gestos gratuitos como os de Jesus, que se entre-gou totalmente por amor. III. PISTAS PARA REFLEXÃO 16. A luta pela justiça é questão de vida ou morte. Foi o que aprendemos de Ezequiel (Ez 33,7-9), profeta que sentiu de perto os anseios de sua gente e intuiu caminhos que conduzissem à restauração do povo. Quais são os maiores anseios do povo hoje? 17. A justiça do Reino na comunidade. O evangelho (Mt 18,15-20) nos pergunta se fazemos tudo o que é possível para recuperar as pessoas que erram. Pergunta-nos também o que é mais importante: a aplicação rigorosa da lei ou o exercício da misericórdia? O que é mais fácil para as comunidades: excluir pessoas ou integrá-las? Quando é que nos alegramos mais: ao excluir pessoas da comunidade ou ao reintegrá-las? Quais os critérios que deveriam nos orientar na escolha de quem eleger? 18. Tarefa sem limites. Paulo nos alerta sobre a dívida impagável que temos com nosso próximo: O a-mor. (Rm 13,8-10).