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NINGUÉM MONOPOLIZA DEUS
BORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulus, 2007
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL *
ANO: B – TEMPO LITÚRGICO: 26° DOM. COMUM - COR: VERDE
I. INTRODUÇÃO GERAL
1. "Deus é essencialmente livre ao conceder seus dons. Age
diferentemente dos esquemas mentais usuais e das estruturas
consagradas, concedendo a 'profecia' também aos que estão fora
da tenda (1ª leitura, Nm 11,25-29). É esta também a atitude de
Jesus (evangelho, Mc 9,38-43.45.47-48). Convida ao respeito e à
confiante expectativa, e a perceber em quem 'não é dos nossos'
não um inimigo em potencial ou um concorrente, mas uma sinto-
nia interior, que pode terminar sendo a de um 'companheiro de fé'.
As instituições podem provir da iniciativa de Deus; mas o que
importa é o uso que delas fazem as pessoas. Os profetas não ces-
sam de lembrá-lo: Javé é soberanamente livre! Jesus assume as
estruturas e instituições do seu povo com toda a liberdade, sem
nunca se deixar escravizar por elas. O Espírito sopra onde quer e
não está preso a nenhuma estrutura humana. As instituições são
feitas para as pessoas e não as pessoas para as instituições" (Mis-
sal Dominical – Missal da Assembléia Cristã, Paulus, São Paulo,
p. 1031).
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1ª leitura (Nm 11,25-29): Participação popular no discerni-
mento e busca da vida
2. O livro dos Números trata da organização e marcha do povo
de Deus rumo à conquista da terra prometida. No capítulo 11
encontramos alguns obstáculos que impedem essa marcha. A
primeira dificuldade é a falta de comida (11,4-9). A seguir, vem a
queixa de Moisés, que antecede imediatamente o texto da liturgia
deste domingo. Moisés se queixa com Javé porque não pode
liderar sozinho esse povo numeroso (v. 14) e, diante dessa situa-
ção, prefere morrer (v. 15).
3. Javé responde à queixa de Moisés, e pede que separe setenta
anciãos do povo, a fim de repartir com eles os encargos de lide-
rança. Os anciãos eram chefes e representantes dos clãs, ou seja,
representantes de grupos de famílias escolhidos e encarregados da
liderança. O número setenta é convencional, indicando totalidade:
portanto, todos os grupos populares têm representantes que de-
fendam os interesses dos grupos.
4. Nesses setenta anciãos Javé põe um pouco do espírito de
Moisés (v. 25). Assim a liderança é partilhada e as decisões to-
madas em conselho. Os representantes dos grupos possuem o
mesmo "espírito" de Moisés, e se reúnem com ele no lugar sagra-
do, na tenda da reunião (v. 17). Eles profetizam, ou seja, discer-
nem o que é melhor para todo o povo na caminhada para a con-
quista da terra. Reunidos com Moisés na tenda da reunião, for-
mam a instituição, e seu profetismo está ligado a ela.
5. Contudo, Javé não pode ser monopolizado por uma institui-
ção, por mais perfeita que pareça ser. De fato, dois dos represen-
tantes não foram à assembléia na tenda da reunião, e mesmo
assim profetizavam no acampamento (v. 26), isto é, no meio do
povo. O espírito age também neles, independentemente de esta-
rem ligados a uma instituição ou não. É o profetismo fora da
instituição. Alguns gostariam que isso não acontecesse: Josué,
futuro sucessor de Moisés na liderança do povo, toma medidas
para impedir que a profecia se manifeste no acampamento, que-
rendo encurralá-la para dentro da tenda: "Moisés, meu senhor!
Manda que eles se calem!" (v. 28). Moisés reconhece o profetis-
mo fora da instituição: "Quem dera que todo o povo do Senhor
fosse profeta, e o Senhor lhe concedesse seu espírito" (v. 29). O
desejo de Moisés é que todo o povo participe, pelo discernimento,
das decisões que visam proporcionar terra e vida para o povo.
Indo além, podemos afirmar que ele espera o dia em que profetas
e mediadores não sejam mais necessários, sendo o próprio povo
senhor de seu destino e construtor de sua história. De fato, se todo
o povo é profeta, que necessidade tem ele de profetas?
6. Os profetas entenderam a transitoriedade de sua função:
"Eles não terão mais que instruir seu próximo ou seu irmão, di-
zendo: 'conheçam a Javé!' Porque todos me conhecerão, dos me-
nores aos maiores" (Jr 31,33-34); "derramarei o meu Espírito
sobre toda carne. Seus filhos e filhas irão profetizar, seus anciãos
vão ter sonhos, seus jovens vão ter visões. Mesmo sobre os escra-
vos e sobre as escravas derramarei o meu espírito" (Jl 3,1-2; cf.
At 2,17-21).
Evangelho (Mc 9,38-43.45.47-48): O nome de Jesus não pode
ser monopolizado
7. O evangelho escolhido para este domingo contém diversos
temas dificilmente sintetizados sob um único título. Apesar disso,
eles se enquadram dentro da perspectiva discipuladora de Mar-
cos: a partir da segunda metade desse evangelho, Jesus se dedica
quase que exclusivamente à instrução dos discípulos (cf. domingo
passado), mostrando-lhes, por um lado, qual é seu messianismo e,
por outro, o que significa ser seguidor desse Messias.
a. O nome de Jesus não é monopólio de ninguém (vv. 38-40)
8. A instrução de Jesus continua. João é um de seus discípulos,
provavelmente de tendência sectária dos zelotes (cf. 10,35-38).
Dirige-se a Jesus chamando-o de Mestre. Relata-lhe que eles
proibiram alguém de expulsar demônios em nome de Jesus só
pelo fato de não fazer parte do grupo dos Doze (v. 38). Nessa
atitude dos discípulos transparece a tentativa de monopólio sobre
o nome de Jesus. Acreditavam ser os únicos responsáveis pela
expulsão de demônios (cf. 3,15), prática que demonstrava a che-
gada do Reino.
9. A resposta de Jesus é muito clara: "Não o proíbam, pois
ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de
mim" (v. 39). Para ser discípulo dele não é necessário pertencer a
um grupo fechado e elitista. Basta estar em sintonia com a práxis
de Jesus. De fato, em Marcos, o primeiro milagre realizado é o da
expulsão de um espírito impuro (cf. 1,21-27). Com esse gesto, ele
mostrou que sua missão é libertar as pessoas de qualquer forma
de alienação e opressão. Portanto, Jesus não é desacreditado (falar
mal) por quem faz as mesmas coisas que ele (cf. 9,14-29, onde os
discípulos não conseguem expulsar o espírito surdo e mudo). A
atitude dos discípulos que proíbem expulsar demônios é prova-
velmente movida pela inveja que nasce da incapacidade de cum-
prir o mandato recebido.
10. Os primeiros cristãos se interrogavam constantemente sobre
as condições para seguir Jesus. O texto de hoje mostra em Jesus
grande tolerância. Não são necessárias grandes coisas. É suficien-
te a sintonia com ele e com sua prática libertadora. É inútil querer
monopolizar o nome de Jesus, encurralando-o para dentro de uma
instituição, por melhor que seja (cf. 1ª leitura, Nm 11,25-29). Pior
ainda seria querer comprá-lo com dinheiro (cf. At 8,18-24).
b. Jesus recompensa os gestos de solidariedade (v. 41)
11. O v. 41 introduz o tema da solidariedade para com os discí-
pulos de Cristo. Para Jesus, qualquer gesto de solidariedade, por
mais insignificante que possa parecer (para o povo da Bíblia, dar
um copo de água era um pequeno gesto de acolhida, semelhante a
oferecer um cafezinho em nossa cultura), não vai ficar sem rece-
ber a recompensa. O versículo procura sensibilizar os futuros
cristãos em vista da hospitalidade e da acolhida. Se adotamos a
antiga hipótese de que o evangelho de Marcos teria sido escrito
em Roma, onde por todos os lados brotam fontes de água, conse-
guiremos entender melhor que, para Deus, a solidariedade não se
mede pela grandeza do gesto realizado, mas pelo sentimento
profundo de querer partilhar o pouco que se tem, mesmo que esse
pouco seja simplesmente um copo de água.
12. A hipótese mais recente de que o evangelho de Marcos teria
sido escrito na Galiléia pouco antes da destruição de Jerusalém
(ano 70) também oferece preciosa consideração. É sabido que os
samaritanos recusavam oferecer água aos judeus da Galiléia que
atravessassem a Samaria, sobretudo se estivessem se dirigindo a
Jerusalém. Ora, é justamente isso que acontece com Jesus: ele se
dirige a Jerusalém, onde enfrentará os poderosos que geram a
morte do povo. Dar um copo d'água seria, nesse caso, sinal de
cooperação e compromisso – ainda que mínimo – com a supera-
ção de uma sociedade marcada pelas injustiças que geram a morte
do povo. Jesus garante que essa cooperação não vai passar des-
percebida a Deus.
c. Cortar o mal pela raiz (vv. 42-43.45.47-48)
13. Os vv. 42-48 são sentenças de Instrução girando em torno do
tema do escândalo. O v. 42 retoma o tema dos pequenos que
acreditam (cf. evangelho do domingo passado). Jesus adverte
contra o perigo de levar ao pecado, ou seja, à perda da fé e ao
abandono do compromisso, algum dos que crêem nele enquanto
Messias servidor. Nesse sentido, é preferível perder-se do que
perder alguém. Este versículo, portanto, quer regulamentar as
relações dentro da comunidade. Como poderia alguém levar ao
pecado (literalmente: escandalizar) os pequeninos? A resposta já
foi apresentada no evangelho do domingo passado: trata-se da
competição para ver quem é o maior dentro da comunidade, com
a busca do poder e a dominação que divide a comunidade entre
"grandes" e "pequenos". Não conduzir ao pecado, portanto, nada
mais é do que fazer-se pequeno, servidor de todos.
14. Nos vv. 43.45.47 temos três sentenças iguais. Cada uma
delas focaliza um membro do corpo (mão, pé, olho). As três são
construídas da mesma forma e podem ser entendidas no seu con-
junto. Todas estabelecem o contraste entre o caminho para a vida
e o caminho para o inferno (literalmente: geena). A geena era um
vale situado a oeste de Jerusalém, em que se ofereciam crianças a
Moloc (2Rs 23,10). O rei Josias profanou esse lugar que acabou
sendo usado como lixão da cidade, onde o fogo "ardia sem parar".
O v. 48 afirma que, aí, "o verme deles não morre e o fogo não se
apaga". É uma alusão a Is 66,24, denotando símbolo freqüente de
destruição. A partir disso, a geena passou a simbolizar o castigo
futuro. Seu contraste com a vida é evidente.
15. Para a mentalidade judaica daquele tempo, mão, pé e olho
eram a sede dos impulsos pecaminosos e da concupiscência.
Freqüentemente a mão levantada é sinal de rebelião, e o olho está
associado à cobiça. Ainda hoje, em certos países do Oriente, os
ladrões são punidos com a amputação da mão direita. Trata-se de
uma pena substitutiva à pena de morte: mutila-se um membro
para evitar o mal maior.
16. Contudo, a automutilação era proibida pelos judeus. Como,
então, entender as sentenças do evangelho de hoje, em que se
afirma ser preferível entrar na vida mutilado a ir parar no inferno?
Essas sentenças têm caráter simbólico. Mas nem por isso deixam
de ser extremamente exigentes. Em outras palavras, o evangelho
afirma que dominar a cobiça e a ganância (cortar a mão, o pé,
arrancar o olho) é não incorrer no julgamento de Deus. O olho
cobiça, o pé conduz para o objeto cobiçado e a mão alcança o que
se cobiçou. Isso está em sintonia com a ambição dos discípulos
que buscavam postos de honra. Ora, cortar a mão e o pé, e arran-
car o olho, é romper radicalmente com tudo o que torna a pessoa
um senhor despótico e tirano. Não se trata, pois, de mutilar-se
para entrar na vida, mas de eliminar, pela raiz, todos os males que
geram discriminação e opressão na sociedade.
2ª leitura (Tg 5,1-6): Latifundiários gananciosos e assassinos
17. O trecho deste domingo é a mais severa condenação dos
ricos encontrada no Novo Testamento. Na carta de Tiago, os ricos
são declarados ímpios, isto é, praticantes de injustiça, em frontal
contraste com os pobres, que temem a Deus. Mas não é simples
justaposição de categorias sociais. A carta mostra por que há
pobres, e quem é a causa da miséria dessa gente.
18. Não se sabe se os ricos que a carta condena são cristãos ou
não. Mas isso pouco importa, porque o objetivo da carta não é só
a denúncia da injustiça; quer, isso sim, mostrar as raízes da po-
breza e miséria de tantos. E a raiz dessa situação é a ganância dos
ricos. Pertençam ou não à comunidade cristã, são sempre culpa-
dos enquanto fonte de injustiça e desumanidade.
19. Por que a carta condena tão fortemente os ricos? Em primei-
ro lugar por causa do acúmulo de riqueza (v. 3) que gera depen-
dência de seres humanos. Os ricos que a carta acusa são latifundi-
ários que enriqueceram às custas da retenção do salário dos traba-
lhadores (v. 4). Sua riqueza é iníqua porque feita com o suor dos
pobres explorados e indefesos. Ela esconde grave injustiça. Não
levaram em conta as normas da Lei que protegia o assalariado (cf.
Dt 24,14; Jr 22,13). Mais ainda, são assassinos burladores das
leis, levando os assalariados à morte sem apelação e sem defesa
(v. 6). Além disso, são condenados porque confiaram nas riquezas
como segurança absoluta para suas vidas. São insensatos porque
desfrutam das riquezas injustas, enquanto o dia do Senhor está se
aproximando (v. 5).
20. E Deus? Não toma providências? De que lado se posiciona?
A carta foi escrita crendo que o dia do Senhor estaria chegando:
quando a opressão chega ao máximo, Deus intervém para fazer
justiça. O salário retido dos trabalhadores clama ao céu, como o
sangue derramado de Abel, provocando a intervenção de Deus.
Ele vai intervir e tomar posição. Os latifundiários gananciosos e
assassinos são comparados ao boi gordo pronto para a matança (v.
3). As riquezas não os salvarão, pois a traça – inseto tão pequeno
– é capaz de roer suas roupas finas, enquanto a ferrugem consome
suas riquezas (vv. 2-3). Deus intervém porque é o Deus dos po-
bres e oprimidos que clamam, sem ter quem os defenda. E quem
oprimiu os aliados do Senhor é inimigo de Deus, com quem deve-
rá acertar contas!
21. A carta previa uma intervenção iminente de Deus. Será que
Tiago se enganou? Se aguardarmos passivamente a intervenção
divina, milhões de seres humanos continuarão morrendo por
causa da ganância dos poderosos, que não só conhecem como
burlar a lei, mas até forçam a aprovação de leis que defendam
seus interesses. Como, portanto, trabalhar pastoralmente com esse
texto? À base de denúncias somente? Não será talvez mediante a
mobilização, reivindicação e organização dos pobres e oprimidos,
sem-terra e sem-teto, sem saúde e sem salários condizentes?
Como trabalhar esse texto num país onde uma minoria privilegia-
da enriquece sempre mais às custas da maioria esmagada?
PISTAS PARA REFLEXÃO
22. A 1ª leitura (Nm 11,25-29) levanta a questão das lideranças e da participação popular nas decisões da comunidade e do pa-
ís, para que todos tenham acesso à vida. O espírito de Deus é distribuído a todos. Quem, na comunidade, precisa ter vez e voz?
Qual a função das lideranças? Chegou o momento em que todos, na comunidade, "profetizam"?
23. O evangelho (Mc 9,38-43.45.47-48) alerta contra as tentativas de monopolizar o nome de Jesus. Esse alerta serve para to-
dos, particularmente para as lideranças. Fala, também, da solidariedade na comunidade. O que escandaliza, hoje, os pequeninos
de Deus? Quais os males que é preciso erradicar? Como começar a cortar pela raiz os males que causam a morte do povo?
24. A 2ª leitura (Tg 5,1-6) questiona as riquezas que encobrem a injustiça. O que fazer para não "empurrar pra baixo do tape-
te" a maior condenação que o Novo Testamento faz do latifúndio?

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Comentário: 26° Domingo do Tempo Comum - Ano B

  • 1. NINGUÉM MONOPOLIZA DEUS BORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulus, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: B – TEMPO LITÚRGICO: 26° DOM. COMUM - COR: VERDE I. INTRODUÇÃO GERAL 1. "Deus é essencialmente livre ao conceder seus dons. Age diferentemente dos esquemas mentais usuais e das estruturas consagradas, concedendo a 'profecia' também aos que estão fora da tenda (1ª leitura, Nm 11,25-29). É esta também a atitude de Jesus (evangelho, Mc 9,38-43.45.47-48). Convida ao respeito e à confiante expectativa, e a perceber em quem 'não é dos nossos' não um inimigo em potencial ou um concorrente, mas uma sinto- nia interior, que pode terminar sendo a de um 'companheiro de fé'. As instituições podem provir da iniciativa de Deus; mas o que importa é o uso que delas fazem as pessoas. Os profetas não ces- sam de lembrá-lo: Javé é soberanamente livre! Jesus assume as estruturas e instituições do seu povo com toda a liberdade, sem nunca se deixar escravizar por elas. O Espírito sopra onde quer e não está preso a nenhuma estrutura humana. As instituições são feitas para as pessoas e não as pessoas para as instituições" (Mis- sal Dominical – Missal da Assembléia Cristã, Paulus, São Paulo, p. 1031). II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 1ª leitura (Nm 11,25-29): Participação popular no discerni- mento e busca da vida 2. O livro dos Números trata da organização e marcha do povo de Deus rumo à conquista da terra prometida. No capítulo 11 encontramos alguns obstáculos que impedem essa marcha. A primeira dificuldade é a falta de comida (11,4-9). A seguir, vem a queixa de Moisés, que antecede imediatamente o texto da liturgia deste domingo. Moisés se queixa com Javé porque não pode liderar sozinho esse povo numeroso (v. 14) e, diante dessa situa- ção, prefere morrer (v. 15). 3. Javé responde à queixa de Moisés, e pede que separe setenta anciãos do povo, a fim de repartir com eles os encargos de lide- rança. Os anciãos eram chefes e representantes dos clãs, ou seja, representantes de grupos de famílias escolhidos e encarregados da liderança. O número setenta é convencional, indicando totalidade: portanto, todos os grupos populares têm representantes que de- fendam os interesses dos grupos. 4. Nesses setenta anciãos Javé põe um pouco do espírito de Moisés (v. 25). Assim a liderança é partilhada e as decisões to- madas em conselho. Os representantes dos grupos possuem o mesmo "espírito" de Moisés, e se reúnem com ele no lugar sagra- do, na tenda da reunião (v. 17). Eles profetizam, ou seja, discer- nem o que é melhor para todo o povo na caminhada para a con- quista da terra. Reunidos com Moisés na tenda da reunião, for- mam a instituição, e seu profetismo está ligado a ela. 5. Contudo, Javé não pode ser monopolizado por uma institui- ção, por mais perfeita que pareça ser. De fato, dois dos represen- tantes não foram à assembléia na tenda da reunião, e mesmo assim profetizavam no acampamento (v. 26), isto é, no meio do povo. O espírito age também neles, independentemente de esta- rem ligados a uma instituição ou não. É o profetismo fora da instituição. Alguns gostariam que isso não acontecesse: Josué, futuro sucessor de Moisés na liderança do povo, toma medidas para impedir que a profecia se manifeste no acampamento, que- rendo encurralá-la para dentro da tenda: "Moisés, meu senhor! Manda que eles se calem!" (v. 28). Moisés reconhece o profetis- mo fora da instituição: "Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta, e o Senhor lhe concedesse seu espírito" (v. 29). O desejo de Moisés é que todo o povo participe, pelo discernimento, das decisões que visam proporcionar terra e vida para o povo. Indo além, podemos afirmar que ele espera o dia em que profetas e mediadores não sejam mais necessários, sendo o próprio povo senhor de seu destino e construtor de sua história. De fato, se todo o povo é profeta, que necessidade tem ele de profetas? 6. Os profetas entenderam a transitoriedade de sua função: "Eles não terão mais que instruir seu próximo ou seu irmão, di- zendo: 'conheçam a Javé!' Porque todos me conhecerão, dos me- nores aos maiores" (Jr 31,33-34); "derramarei o meu Espírito sobre toda carne. Seus filhos e filhas irão profetizar, seus anciãos vão ter sonhos, seus jovens vão ter visões. Mesmo sobre os escra- vos e sobre as escravas derramarei o meu espírito" (Jl 3,1-2; cf. At 2,17-21). Evangelho (Mc 9,38-43.45.47-48): O nome de Jesus não pode ser monopolizado 7. O evangelho escolhido para este domingo contém diversos temas dificilmente sintetizados sob um único título. Apesar disso, eles se enquadram dentro da perspectiva discipuladora de Mar- cos: a partir da segunda metade desse evangelho, Jesus se dedica quase que exclusivamente à instrução dos discípulos (cf. domingo passado), mostrando-lhes, por um lado, qual é seu messianismo e, por outro, o que significa ser seguidor desse Messias. a. O nome de Jesus não é monopólio de ninguém (vv. 38-40) 8. A instrução de Jesus continua. João é um de seus discípulos, provavelmente de tendência sectária dos zelotes (cf. 10,35-38). Dirige-se a Jesus chamando-o de Mestre. Relata-lhe que eles proibiram alguém de expulsar demônios em nome de Jesus só pelo fato de não fazer parte do grupo dos Doze (v. 38). Nessa atitude dos discípulos transparece a tentativa de monopólio sobre o nome de Jesus. Acreditavam ser os únicos responsáveis pela expulsão de demônios (cf. 3,15), prática que demonstrava a che- gada do Reino. 9. A resposta de Jesus é muito clara: "Não o proíbam, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim" (v. 39). Para ser discípulo dele não é necessário pertencer a um grupo fechado e elitista. Basta estar em sintonia com a práxis de Jesus. De fato, em Marcos, o primeiro milagre realizado é o da expulsão de um espírito impuro (cf. 1,21-27). Com esse gesto, ele mostrou que sua missão é libertar as pessoas de qualquer forma de alienação e opressão. Portanto, Jesus não é desacreditado (falar mal) por quem faz as mesmas coisas que ele (cf. 9,14-29, onde os discípulos não conseguem expulsar o espírito surdo e mudo). A atitude dos discípulos que proíbem expulsar demônios é prova- velmente movida pela inveja que nasce da incapacidade de cum- prir o mandato recebido. 10. Os primeiros cristãos se interrogavam constantemente sobre as condições para seguir Jesus. O texto de hoje mostra em Jesus grande tolerância. Não são necessárias grandes coisas. É suficien- te a sintonia com ele e com sua prática libertadora. É inútil querer monopolizar o nome de Jesus, encurralando-o para dentro de uma instituição, por melhor que seja (cf. 1ª leitura, Nm 11,25-29). Pior ainda seria querer comprá-lo com dinheiro (cf. At 8,18-24). b. Jesus recompensa os gestos de solidariedade (v. 41) 11. O v. 41 introduz o tema da solidariedade para com os discí- pulos de Cristo. Para Jesus, qualquer gesto de solidariedade, por mais insignificante que possa parecer (para o povo da Bíblia, dar um copo de água era um pequeno gesto de acolhida, semelhante a oferecer um cafezinho em nossa cultura), não vai ficar sem rece- ber a recompensa. O versículo procura sensibilizar os futuros cristãos em vista da hospitalidade e da acolhida. Se adotamos a antiga hipótese de que o evangelho de Marcos teria sido escrito em Roma, onde por todos os lados brotam fontes de água, conse- guiremos entender melhor que, para Deus, a solidariedade não se mede pela grandeza do gesto realizado, mas pelo sentimento profundo de querer partilhar o pouco que se tem, mesmo que esse pouco seja simplesmente um copo de água. 12. A hipótese mais recente de que o evangelho de Marcos teria sido escrito na Galiléia pouco antes da destruição de Jerusalém
  • 2. (ano 70) também oferece preciosa consideração. É sabido que os samaritanos recusavam oferecer água aos judeus da Galiléia que atravessassem a Samaria, sobretudo se estivessem se dirigindo a Jerusalém. Ora, é justamente isso que acontece com Jesus: ele se dirige a Jerusalém, onde enfrentará os poderosos que geram a morte do povo. Dar um copo d'água seria, nesse caso, sinal de cooperação e compromisso – ainda que mínimo – com a supera- ção de uma sociedade marcada pelas injustiças que geram a morte do povo. Jesus garante que essa cooperação não vai passar des- percebida a Deus. c. Cortar o mal pela raiz (vv. 42-43.45.47-48) 13. Os vv. 42-48 são sentenças de Instrução girando em torno do tema do escândalo. O v. 42 retoma o tema dos pequenos que acreditam (cf. evangelho do domingo passado). Jesus adverte contra o perigo de levar ao pecado, ou seja, à perda da fé e ao abandono do compromisso, algum dos que crêem nele enquanto Messias servidor. Nesse sentido, é preferível perder-se do que perder alguém. Este versículo, portanto, quer regulamentar as relações dentro da comunidade. Como poderia alguém levar ao pecado (literalmente: escandalizar) os pequeninos? A resposta já foi apresentada no evangelho do domingo passado: trata-se da competição para ver quem é o maior dentro da comunidade, com a busca do poder e a dominação que divide a comunidade entre "grandes" e "pequenos". Não conduzir ao pecado, portanto, nada mais é do que fazer-se pequeno, servidor de todos. 14. Nos vv. 43.45.47 temos três sentenças iguais. Cada uma delas focaliza um membro do corpo (mão, pé, olho). As três são construídas da mesma forma e podem ser entendidas no seu con- junto. Todas estabelecem o contraste entre o caminho para a vida e o caminho para o inferno (literalmente: geena). A geena era um vale situado a oeste de Jerusalém, em que se ofereciam crianças a Moloc (2Rs 23,10). O rei Josias profanou esse lugar que acabou sendo usado como lixão da cidade, onde o fogo "ardia sem parar". O v. 48 afirma que, aí, "o verme deles não morre e o fogo não se apaga". É uma alusão a Is 66,24, denotando símbolo freqüente de destruição. A partir disso, a geena passou a simbolizar o castigo futuro. Seu contraste com a vida é evidente. 15. Para a mentalidade judaica daquele tempo, mão, pé e olho eram a sede dos impulsos pecaminosos e da concupiscência. Freqüentemente a mão levantada é sinal de rebelião, e o olho está associado à cobiça. Ainda hoje, em certos países do Oriente, os ladrões são punidos com a amputação da mão direita. Trata-se de uma pena substitutiva à pena de morte: mutila-se um membro para evitar o mal maior. 16. Contudo, a automutilação era proibida pelos judeus. Como, então, entender as sentenças do evangelho de hoje, em que se afirma ser preferível entrar na vida mutilado a ir parar no inferno? Essas sentenças têm caráter simbólico. Mas nem por isso deixam de ser extremamente exigentes. Em outras palavras, o evangelho afirma que dominar a cobiça e a ganância (cortar a mão, o pé, arrancar o olho) é não incorrer no julgamento de Deus. O olho cobiça, o pé conduz para o objeto cobiçado e a mão alcança o que se cobiçou. Isso está em sintonia com a ambição dos discípulos que buscavam postos de honra. Ora, cortar a mão e o pé, e arran- car o olho, é romper radicalmente com tudo o que torna a pessoa um senhor despótico e tirano. Não se trata, pois, de mutilar-se para entrar na vida, mas de eliminar, pela raiz, todos os males que geram discriminação e opressão na sociedade. 2ª leitura (Tg 5,1-6): Latifundiários gananciosos e assassinos 17. O trecho deste domingo é a mais severa condenação dos ricos encontrada no Novo Testamento. Na carta de Tiago, os ricos são declarados ímpios, isto é, praticantes de injustiça, em frontal contraste com os pobres, que temem a Deus. Mas não é simples justaposição de categorias sociais. A carta mostra por que há pobres, e quem é a causa da miséria dessa gente. 18. Não se sabe se os ricos que a carta condena são cristãos ou não. Mas isso pouco importa, porque o objetivo da carta não é só a denúncia da injustiça; quer, isso sim, mostrar as raízes da po- breza e miséria de tantos. E a raiz dessa situação é a ganância dos ricos. Pertençam ou não à comunidade cristã, são sempre culpa- dos enquanto fonte de injustiça e desumanidade. 19. Por que a carta condena tão fortemente os ricos? Em primei- ro lugar por causa do acúmulo de riqueza (v. 3) que gera depen- dência de seres humanos. Os ricos que a carta acusa são latifundi- ários que enriqueceram às custas da retenção do salário dos traba- lhadores (v. 4). Sua riqueza é iníqua porque feita com o suor dos pobres explorados e indefesos. Ela esconde grave injustiça. Não levaram em conta as normas da Lei que protegia o assalariado (cf. Dt 24,14; Jr 22,13). Mais ainda, são assassinos burladores das leis, levando os assalariados à morte sem apelação e sem defesa (v. 6). Além disso, são condenados porque confiaram nas riquezas como segurança absoluta para suas vidas. São insensatos porque desfrutam das riquezas injustas, enquanto o dia do Senhor está se aproximando (v. 5). 20. E Deus? Não toma providências? De que lado se posiciona? A carta foi escrita crendo que o dia do Senhor estaria chegando: quando a opressão chega ao máximo, Deus intervém para fazer justiça. O salário retido dos trabalhadores clama ao céu, como o sangue derramado de Abel, provocando a intervenção de Deus. Ele vai intervir e tomar posição. Os latifundiários gananciosos e assassinos são comparados ao boi gordo pronto para a matança (v. 3). As riquezas não os salvarão, pois a traça – inseto tão pequeno – é capaz de roer suas roupas finas, enquanto a ferrugem consome suas riquezas (vv. 2-3). Deus intervém porque é o Deus dos po- bres e oprimidos que clamam, sem ter quem os defenda. E quem oprimiu os aliados do Senhor é inimigo de Deus, com quem deve- rá acertar contas! 21. A carta previa uma intervenção iminente de Deus. Será que Tiago se enganou? Se aguardarmos passivamente a intervenção divina, milhões de seres humanos continuarão morrendo por causa da ganância dos poderosos, que não só conhecem como burlar a lei, mas até forçam a aprovação de leis que defendam seus interesses. Como, portanto, trabalhar pastoralmente com esse texto? À base de denúncias somente? Não será talvez mediante a mobilização, reivindicação e organização dos pobres e oprimidos, sem-terra e sem-teto, sem saúde e sem salários condizentes? Como trabalhar esse texto num país onde uma minoria privilegia- da enriquece sempre mais às custas da maioria esmagada? PISTAS PARA REFLEXÃO 22. A 1ª leitura (Nm 11,25-29) levanta a questão das lideranças e da participação popular nas decisões da comunidade e do pa- ís, para que todos tenham acesso à vida. O espírito de Deus é distribuído a todos. Quem, na comunidade, precisa ter vez e voz? Qual a função das lideranças? Chegou o momento em que todos, na comunidade, "profetizam"? 23. O evangelho (Mc 9,38-43.45.47-48) alerta contra as tentativas de monopolizar o nome de Jesus. Esse alerta serve para to- dos, particularmente para as lideranças. Fala, também, da solidariedade na comunidade. O que escandaliza, hoje, os pequeninos de Deus? Quais os males que é preciso erradicar? Como começar a cortar pela raiz os males que causam a morte do povo? 24. A 2ª leitura (Tg 5,1-6) questiona as riquezas que encobrem a injustiça. O que fazer para não "empurrar pra baixo do tape- te" a maior condenação que o Novo Testamento faz do latifúndio?