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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
Força Chape, o JB News te saúda!
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.258 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrJuarez de Oliveira Castro – Donde se Firmar? (Foco & Ação)
Bloco 3-IrSérgio Quirino Guimarães – Salmo da Maçonaria
Bloco 4-IrRui Jung Neto – Os Três Graus do Rito Schröder
Bloco 5-IrRoman – A Irmandade Pitagórica e a Maçonaria Portuguesa
Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas - Ir Luiz Fernando Fraga e Klock (Florianópolis – SC)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 5 de dezembro e versos do Irmão e Poeta
Franklin Moura homenageando os 48 anos de sua Loja (Vila Velha - ES)
JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 2/31
5 de dezembro
Provável retrato de Colombo, Dinamitação da catedral de Cristo Salvador em 1931
por Sebastiano del Piombo em 1519 por ordem de Joseph Stalin
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 339 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Nova)
Faltam 27 dias para terminar este ano bissexto
Dia Nacional da Past oral da Criança e dia Internacional
do Voluntário para o Desenvolvimento Econômico e Social.
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 3/31
 1492 - Na sua primeira viagem ao Novo Mundo, Cristóvão Colombo descobre a Ilha de Quisqueya.
 1496 - O Rei Dom Manuel I assina o decreto de expulsão dos "hereges" de Portugal.
 1570 - Promulgada a Missa Tridentina pelo Papa Pio V.
 1732 - Inicia-se no México a construção do edifício destinado ao Tribunal da Inquisição.
 1757 - Na Guerra dos Sete Anos, a batalha de Leuthen é ganha por Frederico II, o Grande, para os austríacos.
 1792 - Começa, na Assembléia Nacional, o julgamento do rei Luis XVI, durante a Revolução Francesa.
 1812 - Napoleão Bonaparte abandona seu exército em difíceis condições na Rússia e retorna a Paris.
 1815 - Fundação da cidade de Maceió.
 1847 - Álvares de Azevedo recebe o grau de Bacharel em Letras.
 1889 - A Família Imperial Brasileira chega a Lisboa após deixar o Brasil devido à Proclamação da República.
 1896 - Fundação da cidade de Sertãozinho
 1904 - A esquadra russa é destruída em Port Arthur pelos japoneses. O Japão sairia vencedor da guerra contra
a Rússia.
 1908 - Fundação da Cruz Vermelha Brasileira.
 1917 - Golpe de Estado e assumpção do poder (governo e presidência) por parte de Sidónio Pais, em Portugal.
 1931 - Catedral de Cristo Salvador em Moscou foi destruída por uma ordem de Josef Stalin.
 1933 - A Lei Seca acaba nos Estados Unidos.
 1934 - Três cidades ficam destruídas em terremoto em Honduras: San Jorge, La Encarnación e San Fernando.
 1941
 Durante a Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha declara guerra a Romênia, Finlândia e Hungria.
 Segunda Guerra Mundial: Início do contra-ataque Soviético contra o exército Alemão na batalha de Moscovo.
 Segunda Guerra Mundial: Tropas Aliadas tomam Ravena em Itália.
 1945 - Desaparecimento do Voo 19 na área do Triângulo das Bermudas.
 1946 - Nova York é eleita sede permanente das Nações Unidas.
 1952 - A poluição atmosférica causa, pela primeira vez, a morte de milhares de pessoas, no período conhecido
com Big Smoke, em Londres.
 1956 - Forças britânicas e francesas se retiram do canal de Suez no Egito.
 1957 - Sukarno, líder nacionalista da Indonésia, exige a expulsão de todos os holandeses do país.
 1960 - Gana rompe relações diplomáticas com a Bélgica.
 1962 - Os Estados Unidos e a URSS chegam a um acordo sobre a utilização pacífica do espaço.
 1963 - O senador Arnon de Mello matou outro senador, com um tiro, na tribuna do Senado Federal do Brasil.
 1967 - É criada a Funai - Fundação Nacional do Índio - no Brasil.
 1971 - A URSS veta, no Conselho de Segurança da ONU, a resolução que previa o cessar-fogo entre a Índia e
o Paquistão, no conflito de Caxemira.
 1977 - O Egito/Egipto rompe ligações diplomáticas com a Síria, a Líbia, a Argélia, o Iraque e o Iêmen do Sul.
Estes países eram contra a negociação de paz entre Egito e Israel - posteriormente o panonorama político
mudou.
 1978 - É aprovada a resolução que determina a instituição do Sistema Monetário a 13 de Maio de 1979, segundo
acordo dos bancos centrais dos países da CEE.
 1980 - É decretado o luto nacional, por cinco dias, pela morte do primeiro-ministro português Francisco Sá
Carneiro e do Ministro da Defesa Nacional Adelino Amaro da Costa.
 1983 - É dissolvida a Junta Militar da Argentina. O general Reynaldo Bignone é nomeado presidente provisional,
até que Raul Alfonsin assumiu o posto.
 1984 - É constituída a AMI.
 1985
 Os inventores portugueses conquistam quatro medalhas de ouro, duas de prata e quatro de bronze no
34.º Salão Internacional de Invenções de Bruxelas, Eureka-85.
 O Reino Unido abandona a UNESCO.
 1987 - Pelo menos 22 pessoas morreram após incêndio em um cargueiro panamenho na Espanha.
 1989 - O antigo líder do Partido Comunista da RDA Erich Honecker é colocado em prisão domiciliária.
 1993 - Rafael Caldera é eleito presidente da Venezuela pela segunda vez em 25 anos.
 1994
 A Ucrânia adere ao Tratado de não-proliferação nuclear e promete se desfazer de ogivas herdadas da antiga
União Soviética.
 Entra em vigor o Tratado de Desarmamento Estratégico, START I, assinado em 1991 entre os Estados
Unidos e a URSS.
 1995 - Javier Solana, ministro das Relações Exteriores da Espanha, é nomeado Secretário-Geral da OTAN.
 2003
JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 4/31
 Oficialização do Hino do estado do Ceará.
 Atentado a um comboio no Sul da Rússia, perto da Tchetchénia provoca 40 mortes e 103 feridos.
 2005 - Ministros dos Transportes da União Europeia acordam liberalização dos transportes ferroviários de
passageiros a partir de 2010.
 2006
 Fim do jogo de xadrez entre Vladimir Kramnik e o computador Deep Fritz, que, com 2 vitórias, foi o vencedor
por 4 a 2.
 Portugal: O ministro da Administração Interna, António Costa, assina em Bruxelas a declaração com vista à
adesão de Portugal ao Acordo de Prum, um mecanismo de reforço da cooperação judiciária e policial
transfronteiriça.
 O comandante Frank Bainimarama, apoiado pelas Forças Armadas, lidera um golpe de Estado em Fiji,
derrubando o presidente Josefa Iloilo e o primeiro-ministro Laisenia Qarase.
 2014 - Protestos, após casos de cidadãos negros mortos por policiais, atingem cidades dos Estados
Unidos como Nova York, Chicago, Miami, Washington e Ferguson.
1778 Ato desta data nomeou o brigadeiro Francisco de Barros Moraes Araújo Teixeira Omem, conhecido
como “Sete Carapuças”, governador da capitania de Santa Catarina.
1876 Morre em Itaguaí, no Estado do Rio de Janeiro, o ex-presidente da província de Santa Catarina,
Francisco Ferreira Correa. Exerceu o cargo entre maio de 1870 e janeiro do ano seguinte.
1831 Data atribuída por alguns autores para o Manifesto do Grande Oriente do Brasil, redigido por
Joaquim Gonçalves Ledo e assinado por José Bonifácio, que José Castellani considera como
“certidão de renascimento” da Potência.
1842 Ratificado o Tratado de União do Supremo Conselho do Brasil com o Grande Oriente do
Passeio.
1859 Fundação da Grande Loja de Cuba
1952 Príncipe Philip, duque de Edinburgh, é Iniciado na Loja “Navy” Nr. 2.612, de Londres, da qual
foram Veneráveis os reis Eduardo VII e Jorge VI.
1985 Fundação da Loja “XXV de Agosto” Nr. 2.383 (GOB/SC) em Chapecó.
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
Fatos históricos de santa catarina
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Rua Geral dos Ingleses, nr. 6040 (Estacionamento próprio).
Experimente e continue com a melhor cerveja!
“Três Irmãos” lá estarão para melhor atende-lo.
Venerável Mestre!
De Irmão para Irmão
As publicidades veiculadas nas edições do JB News são cortesia deste informativo,
como apoio aos irmãos em suas atividades profissionais.
Valorize-os, preferindo o que está sendo anunciado.
JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 6/31
Caro Venerável,
Desejas criar e manter um site de qualidade da tua
Loja? Então atente para este anúncio
(Coisa de Irmão para Irmão)
Visite o site da Loja
Professor Mâncio da Costa nr. 1977
www.manciodacosta.mvu.com.br
Florianópolis
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Juarez de Oliveira Castro
Mestre Maçom (Instalado)
Loja “Alferes Tiradentes” Nº 20
Florianópolis – Santa Catarina.
Escreve às segundas-feiras
juacastr@gmail.com – http://www.alferes20.net
Donde se firmar?
É notório e bem claro nos rituais que todos os cargos são importantes, e devem ser exercidos com
amor e dedicação. Uns têm mais notoriedade do que outros, porém todos de importância dentro de
cada necessidade de execução.
No entanto, o cargo de Venerável Mestre é difícil, porém ao mesmo tempo muito fácil, quando se
trata de conduzir uma Loja com Obreiros dedicados e colaborativos, e estando convicto de que não
é o cargo que faz a pessoa ter honra ou não, mas a maneira correta como se opera o cargo.
O Venerável Mestre deve procurar se firmar sempre e seguir o “Código Moral Maçônico” que
enuncia que o Venerável Mestre deve ser “livre sem restrições entre os profanos; grande, sem
orgulho; humilde, mas honrado; e entre os Irmãos, firme, sem ser radical; severo, sem ser
inflexível; e submisso, sem ser servil”.
O importante para um Venerável Mestre é ser constantemente um grande apreciador daqueles que
trabalham para o bem da humanidade, e todos que um dia bateram na Porta de um Templo
Maçônico, e estarem compromissados para fazer uma Humanidade mais feliz. Para isso entramos
para a Ordem Maçônica.
Então está confirmado de que o Venerável Mestre deve ser firme, sem ser radical, mas, também
não deve ceder facilmente aos desejos de opiniões que vão de encontro ao bom andamento dos
trabalhos de Loja, devidamente comprovados de conformidade com os Rituais.
Deve estar convicto de que os Oficiais, Dignitários, Conselho de Mestres Instalados e Comissões
estão na lista da gestão de um Venerável Mestre para auxiliá-lo, porém nunca para ser razão de
dificultar o bom andamento dos trabalhos, dificultando a ascensão de seus obreiros.
Nenhum membro de comissão de uma Loja pode, de última hora, modificar um cronograma de
trabalho por motivos que não foram analisados e planejados com antecedência, prejudicando
obreiros na apresentação de Peças de Arquitetura. Não tem esse direito.
Se tiver algo que não condiz com o Regulamento ou Regimento Interno, compete ao Orador
chamar a atenção do Venerável Mestre para agir de conformidade com o prescrito no Regulamento
e Regimento Interno, nunca na percepção de um membro de Comissão, Oficial ou Dignitário, com
exceção do Orador. Quem decide qualquer Peça de Arquitetura de sua validade é o Plenário da
Loja.
Aí o Venerável Mestre precisa ter o pulso necessário para prosseguir no que foi elaborado para
continuar, principalmente, o correto caminhar dos Irmãos na senda programada.
O Venerável Mestre necessita sempre “ser firme, sem ser radical; severo, sem ser inflexível; e
submisso, sem ser servil”.
2 –Donde se Firmar? - (Foco & Ação)
Juarez de Oliveira Castro
JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 8/31
Ano 10 - artigo 49 - número sequencial 594 – 04 dezembro 2016
Saudações, estimado Irmão!
SALMO DA MAÇONARIA
Qual é o Salmo que pode representar a nossa Ordem?
Certamente, a maioria pensou no 133, por conta de sua leitura sempre presente nos
trabalhos do REAA.
Mas, é, realmente, ele a “chamada de atenção” nos 33 Graus que compõem o Rito
Escocês?
É preciso lembrar que, nos Ritos de York e Schröder, não há leitura. E nos trabalhos do
Rito Adonhiramita, a reflexão recaí nos versículos 6 a 9 do primeiro capítulo do Livro de
João.
O importante é compreendermos o porquê da leitura. Então, vejamos alguns detalhes
interessantes:
Por quê o nome de “Salmo”? Sua origem é os Thehillim (hinos cantados em uníssono
pelos hebreus), que, em desconhecida época, começou a ser cantado, tendo como
acompanhamento um instrumento de cordas de forma triangular, chamado “SALTÉRIO”.
Assim, nos primeiros acordes do saltério, os presentes fechavam os olhos, puxavam
as palavras pela memória e projetavam a mensagem do texto no inconsciente.
Oh! Quão bom e agradável é viverem unidos os Irmãos.
3 – Salmo da Maçonaria
Sérgio Quirino Guimarães
JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 9/31
Pelos usos e costumes, a vinculação do instrumento com os textos, fez com que Saltério
também se tornasse o substantivo que designa os 150 hinos, que são os 150 Salmos.
Dois pontos são interessantes para esclarecimento e informação: Primeiramente,
“Salmos de Davi” são apenas uma versão mítica, pois há indícios históricos que alguns
foram escritos mais de 100 anos antes de seu nascimento e alguns, décadas após sua
morte.
Por outro lado, os salmos não são somente de “concórdia” ou Fraternais. Há os que
tratam do futuro Messias (Messiânicos), os de agradecimento (Gratulatórios), os que
expõem as nossas mazelas (Deprecatórios), os para pedir perdão (Penitenciais), os que
contam a história do povo (Históricos) e os para louvar a Deus (Laudatórios).
Então qual seria o Salmo da Maçonaria?
NENHUM.
MAS, PARA OS MAÇONS, SÃO TODOS!
A CADA AMANHECER, TEMOS A OPORTUNIDADES DE “CANTARMOS” COM
AÇÕES A NOSSA FRATERNIDADE, NOSSA HISTÓRIA, NOSSA FÉ, NOSSO
AGRADECIMENTO, NOSSA VONTADE DE MELHORAR E DE NÃO MAIS ERRAR.
É HORA DE LOUVAR,
POIS O SENHOR ORDENA A BENÇÃO E A VIDA PARA SEMPRE.
Este artigo foi inspirado no livro A TROLHA – COLETÂNEA 8 (vários autores), que na
página 137, há uma interessante instrução: “A forma geralmente usada na poesia dos
salmos se chama “paralelismo”, que é a repetição de uma idéia, com outras palavras na
linha ou nas linhas seguintes. É a repetição de idéias de estrofe a estrofe. Este
paralelismo, nas suas várias formas, e a riqueza de comparações, é que dão graça e
beleza à poesia hebraica” (Irmão Helio Macacchero Jr.)
Neste décimo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção
primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha
de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas.
Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como
ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica.
Fraternalmente
Quirino
Sérgio Quirino - ARLS Presidente Roosevelt 025 - GLMMG
Contato: 0 xx 31 8853-2969 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 10/31
Ir. Rui Jung Neto, ex-V.M., AStM –
da Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56 –
Porto Alegre – Rito Schröder – GLMERGS
Os TRÊS GRAUS DO RITO SCHRÖDER
Uma análise sintética
Antes de tratar especificamente dos três Graus do Rito Schröder, creio ser importante
estabelecer quando surgiram os três Graus simbólicos e, para isto, vou me socorrer da obra do Ir.
Nicola Aslan: "O Historiador e Ex-V.M. da Loja Quatuor Coronati, Ir. Lionel Vibert, afirma: "os
termos Aprendiz, Companheiro e Mestre-Maçom são escoceses e foram empregados pela primeira
vez pela Maçonaria Inglesa em 1723." Sobre o mesmo assunto escreve R. Le Forrestier: A
inovação mais notável (da G.L. de Londres) foi a criação dos Graus denominados Especulativos
ou Simbólicos. Os talhadores de pedra só tinham uma classe, a dos Companheiros, já que os
Aprendizes não faziam parte da Corporação, cujos membros só possuíam os sinais de
reconhecimento mantidos, ciumenta e zelosamente, secretos. O único ato solene de recepção era,
portanto, o da admissão entre os Companheiros. Na Freemasonry (Franco-Maçonaria)
Especulativa, ao contrário, onde a antiga aprendizagem profissional não tinha mais razão de ser,
os candidatos eram admitidos diretamente na associação e a primeira Cerimônia Ritualística era
agora a recepção ao Grau de Aprendiz. A razão pela qual o termo de Mestre serviu, a partir de
1725, para designar não mais uma função mas uma dignidade e tornou-se a denominação de um
terceiro Grau, parece ter sido o desejo de fazer uma escolha entre os membros cada vez mais
numerosos da associação e de constituir um "High Order of Masonry" (uma "Alta Ordem da
Maçonaria"), como o Grau de Mestre foi algumas vezes denominado."
4 – Os Três Graus do Rito Schröder
Rui Jung Neto
JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 11/31
Atualmente existe, entre os modernos historiógrafos da Maçonaria, o consenso de que a
separação das instruções em três graus não era utilizada nas Lojas operativas. Isto nos leva a
concluir com segurança, que a divisão da Maçonaria Especulativa (modernamente denominada
Simbólica) em três Graus: Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom, que já era utilizada pela
Maçonaria Escocesa desde o Século XVII, ocorreu na Grande Loja de Londres somente entre
1717 e 1725. Desta forma, quando Schröder foi Iniciado em 1774, os três Graus já estavam
consolidados e eram aceitos como universais por todos os sistemas maçônicos (Ritos).
Sabemos que o Rito Schröder teve sua origem baseada principalmente no "Livro das
Constituições" de 1723, da Grande Loja de Londres, e no "Antigo Ritual" descrito no livro "The
Three Distinct Knocks on the Door of the Most Ancient Freemasonry - As Três Batidas Diferentes
na Porta da mais Antiga Franco-Maçonaria", de 1760.
Com base nestas duas fontes, o Ir. Friedrich Ludwig Schröder aboliu o misticismo e os
"altos Graus" introduzidos na Maçonaria Alemã no decorrer do Século XVIII e se utilizou do
simbolismo simples das ferramentas da Arte da Construção como instrumento para promover a
elevação moral dos seus Irmãos. Schröder, um representante do classicismo alemão, através de um
estudo minucioso, procurou a essência da Maçonaria, aconselhando-se com um grande círculo de
Irmãos dentre os mais renomados maçons, escritores e filósofos da sua época (Herder, Fessler,
Meyer, Bode, etc).
O Ritual de Schröder está expresso em uma linguagem insuperável na qual pulsa o
espírito do humanismo clássico e fica evidente a simplicidade original como característica mais
importante da Maçonaria moderna, formando um conjunto harmônico constituído pelos 5 rituais
originais que englobam os três Graus do Rito (Loja de Aprendiz, com a Loja de Mesa e a Loja de
Funeral; Loja de Companheiro e Loja de Mestre).
Neste trabalho, analisarei de forma sintética cada um dos Graus e procurarei destacar
suas características fundamentais a luz do que acredito ter sido o pensamento original do Ir.
Schröder. A meu ver, fruto da sua vasta pesquisa maçônica, mas também do período histórico
excepcional vivido na Europa no final do Século XVII e no decorrer do Século XVIII,
principalmente nas províncias de língua Alemã, na Inglaterra e na França.
Nesta época floresceu o "Iluminismo", movimento cultural que valorizou a razão, aboliu
os preconceitos de raça e religião, libertou o homem do autoritarismo e difundiu a crença no
progresso fundamentado na liberdade de pensar. Sua força afetou todos os ramos do conhecimento
e das artes, sendo considerado pelo filósofo e maçom Lessing como o primeiro movimento a
defender a livre manifestação do pensamento.
Acredito que Schröder, um verdadeiro mestre no domínio da linguagem e da
dramatização, trabalhou em perfeita sintonia com os acontecimentos de seu tempo e o pensamento
dos maiores maçons alemães, muitos dos quais eram seus amigos e com os quais contou para
elaborar seus Rituais, nos quais colocou o que de melhor havia em termos de Filosofia
Racionalista e Humanista, defendendo sempre a igualdade entre os Irmãos e a busca da verdadeira
Fraternidade. Para Schröder, a Franco-Maçonaria era e sempre foi uma Confraria que unia
homens virtuosos para em conjunto estudarem os símbolos da Arte da Construção e
desenvolverem a Moral, a Ética, a Caridade e o Amor Fraternal. Em muitas passagens o Ritual
JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 12/31
enfatiza a confiança que os Irmãos depositam uns nos outros e a harmonia que deve prevalecer na
Fraternidade.
O Grau de Aprendiz Maçom nos ensina que1
: "Os Maçons formam uma Fraternidade
espalhada entre os povos, países e classes, cujo fim consiste no espírito do verdadeiro amor
fraterno para promover a legítima humanidade, isto é, proporcionar o domínio dos puros
princípios morais em todos os círculos e empregar suas atividades em boas obras. Porém em
nossas reuniões usamos símbolos e alegorias para expressar os nossos ideais, e segundo a origem
histórica de nossa instituição, escolhemos como símbolos principais os instrumentos de
construção."
O Ir. Schröder, que acreditava ser a Maçonaria "uma união de virtudes", declarou em um
veemente discurso proferido em 1789 aos Irmãos de Hamburgo: "Meus Irmãos, considerem antes
de tudo, as lições tiradas das vidas virtuosas dos homens sábios, de estabilidade, de prudência e de
sigilo que nos foram ensinadas no Primeiro Grau. Pensem nestes preceitos e nos subseqüentes
modelos! ...elas são a base material da qual a grande corrente da Fraternidade foi formada...".
Expressava assim, a importância dos valores morais contidos simbolicamente nos
instrumentos dos antigos Pedreiros-livres e do Humanitarismo, doutrina filosófica e política que
pretende eliminar as injustiças através da ação direta do homem e, por decorrência, mudar para
melhor a própria sociedade que nos cerca.
Também, sobre a importância da Moral e seu uso no simbolismo da Maçonaria, cito dois
consagrados autores que definem conceitos perfeitamente adequados para a prática maçônica em
geral e para a do Rito Schröder em particular:
- Alec Mellor (maçom e escritor francês) nos lembra que: "A Franco-Maçonaria define-
se como "um sistema particular de moral, velada pela alegoria e ilustrada pelos símbolos." -
definição esta, já utilizada na Inglaterra do Século XVIII”.
- José Castellani (maçom e escritor brasileiro contemporâneo) nos esclarece que: "os
símbolos maçônicos representam a maneira velada através da qual a instituição dá, aos seus
iniciados, as lições de moral e ética, que fazem parte de sua doutrina".
Para Schröder o desenvolvimento da Fraternidade, dentro de princípios éticos e de
elevada moral, é a verdadeira finalidade da Maçonaria e praticar a caridade é materializar o ideal
maçônico de levar o amor fraterno para todos os homens, não só para os Irmãos. A Moral e a
Ética são pré-requisitos indispensáveis do homem-maçom. As Lojas, por reunirem homens
virtuosos, devem reforçar e elevar cada vez mais o padrão ético dos seus integrantes. Cabe
também a Loja de Aprendiz, além da instrução dos significados dos símbolos, estimular o
Aprendiz a pensar e a agir como maçom, levando o modo de vida da Fraternidade Maçônica para
o seu dia-a-dia e não somente algo para ser utilizado nas reuniões da Loja. Este é um desafio que
cada um de nós deve assumir como seu!
Com "fervor, fidelidade e firmeza", o Aprendiz desenvolve um "comportamento
exemplar, seu pensamento livre de preconceitos e sua amizade leal para com seus Irmãos, baseada
JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 13/31
em princípios morais". Por isto, trabalha-se tanto neste Grau, que serve como "alicerce" para a
construção do Templo individual do homem-maçom. Esta também é a base para o
desenvolvimento maçônico dos futuros Companheiros e Mestres e isto deve ser valorizado.
Quero ainda enfatizar que, é na Loja de Aprendiz que tem início a formação futuros
Companheiros e Mestres e, por isto, é muito oportuno realizar reuniões, debates, seminários
incentivando a participação de Aprendizes e Companheiros, sendo acessíveis aos Mestres
interessados, para que os Irmãos tenham condições de aumentar seus conhecimentos, abrir seus
horizontes e assumir suas responsabilidades na Fraternidade.
O Grau de Companheiro Maçom será abordado citando parte da análise do Ir. Hans
Heinrich Solf, membro da Loja de Pesquisas “Quatuor Coronati”, n° 2076, da Grande Loja Unida
da Inglaterra através do Trabalho Origem e Fontes do Ritual Schröder: ... Isto despertou o talento
de Schröder como ator dramático para criar um Ritual inteiramente novo, com sua própria
concepção deste Grau. A uma tanto laboriosa explanação do Painel da Loja que é complemente
omitida, colocou em seu lugar os princípios morais explanados numa bela linguagem e toda a
cerimônia tem o significado de inculcar no candidato esperança e alegria. As viagens são
acompanhadas com comentários encorajadores e flores e música são importantes fatores neste
Grau. ... Ele conhecia todos os Rituais importantes de seu tempo, mas o seu mais ardente desejo
era voltar as fontes. Já foi mencionado que Schröder acreditava que tinha havido somente uma
cerimônia de iniciação aplicada à Maçonaria Operativa mas, quando o estágio da Especulativa
havia sido plenamente desenvolvido, certas velhas usanças tiveram de ser abandonadas e novos
elementos ritualísticos foram portanto introduzidos. Schröder compreendeu que ele não podia
voltar a roda de evolução, mas ele sentiu que os Rituais existentes para a cerimônia de elevação
eram supérfluos. Na verdade nenhum sistema Maçônico (Rito) tem sido capaz de providenciar
uma função satisfatória para este Grau e é afirmado que o melhor conteúdo alegórico é o que
Schröder e seus amigos deram para ele. Com um preciso instinto do espírito do seu tempo, a
aurora do Iluminismo e o surgimento do romantismo, ele recolocou as citações enfadonhas e
explanações do Velho Testamento como simples ensinamentos de Ética e Moral Maçônica. Tão
estritamente quanto possível, porém de nenhum modo sem criticismo, ele conservou seus textos
dentro da estrutura do Ritual que ele havia escolhido e ele o adornou com comentários instrutivos
e encorajadores em vez de citações Bíblicas. O objetivo de trabalho numa Loja maçônica era para
ele o cultivo de uma Fraternal e espiritual comunidade pela prática de cerimônias ritualísticas."...
Neste Grau aprendemos através da calma meditação e da diligência no trabalho a
importância do autoconhecimento e da fidelidade às leis da Fraternidade; a valorizarmos
alegremente a Amizade, a Beleza e a busca da Verdade, conquistando assim a confiança dos
nossos Irmãos e progredindo em nossa caminhada maçônica.
O Grau de Mestre Maçom é, para o Rito Schröder, o último e mais elevado Grau da
Maçonaria, sendo consagrado à busca incessante da perfeição e ao cumprimento inflexível dos
seus deveres, servindo de exemplo de conduta aos Companheiros, Aprendizes e profanos.
Como modelo de perfeição, o Mestre deve conhecer o melhor possível os três Graus, os
Usos e Costumes da Fraternidade, a Legislação da sua Potência e da sua Oficina, bem como as
obrigações inerentes a cada cargo, sejam elas ritualísticas ou administrativas. Prepara-se assim
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para Instruir os Aprendizes e Companheiros, para assumir um cargo de Oficial, chegando ao de
Venerável Mestre da sua Loja por delegação de seus iguais, recebendo a autoridade e o poder para
dirigir os trabalhos por um determinado período. Todo o trabalho em Loja deve procurar educar e
formar o maçom, visando prepará-lo para ser Mestre. Ao Mestre do Rito Schröder cabe também, a
pesquisa e a reflexão filosófica sobre o destino final do homem e sua preparação para a morte e
que representa mais um passo na evolução natural do ser humano.
Por isto, o Mestre Maçom do Rito Schröder deve encarar a morte de quatro maneiras
principais:
a) alegórica ou simbólica: a Lenda do 3o
Grau, significando o cumprimento do dever à custa da
própria vida, exemplo legado pelo Mestre Hiram Abiff;
b) o eterno ciclo da natureza, onde um novo homem nasce (ou renasce) para substituir aquele que
partiu ("ele vive no filho");
c) a crença na imortalidade da Alma (ou do Espírito), que parte para o Oriente Eterno e lá nos
aguarda para o derradeiro reencontro;
d) a certeza de que a morte virá e que devemos nos preparar através do cumprimento das nossas
obrigações pois podemos ser levados a qualquer momento.
O Mestre Maçom deve encarar esta situação como algo natural e normal e, não, com
temor ou horror. Devemos viver com intensidade, pois nossa passagem por este plano pode ser
interrompida a qualquer momento ("Não nos amedronta a Morte!".).
Finalmente, ser Mestre significa trilhar zelosamente a senda da Sabedoria. Significa ser
mestre de si mesmo, trabalhando com ininterrupta força de vontade no seu próprio
aperfeiçoamento e pode ser comparado com a idade adulta do Homem, quando assumimos
plenamente nossas responsabilidades perante a vida.
Para que possamos refletir sobre a real importância do Grau de Mestre no Rito Schröder,
incluo trecho escrito originalmente pelo Ven. Ir. Friedrich Ludwig Schröder, P.G.M.:
Acredito ser evidente que existe uma identidad“A Maçonaria é uma
fraternidade e, como tal, adotou os instrumentos de trabalho do maçom, e por isso não
pode possuir mais do que os três Graus: Aprendiz, Companheiro e Mestre. Assim era
ela em todos os países onde existiam Corporações. Com o grau de mestre fechava-se o
círculo. Àquele que anseia alguma coisa mais além não é mestre, ou seja, não
compreende que são seus deveres e suas habilidades que o tornarão um verdadeiro
mestre. ... Foram os rituais falsificados em vigor, pouco satisfatórios, repletos de
lacunas e defeitos (além de outras causas funestas), que deram motivos para que a
Teosofia, as Ordens de Cavalaria, a Alquimia e a Magia procurassem guarida na
Maçonaria. Nada pôde ser mais nefasto do que quando se passou a confundir a
Maçonaria com uma Ordem. A Maçonaria é uma irmandade voltada ao trabalho, uma
construção, uma obra que, com seus estatutos, provas de admissão e habilidade,
procura ressaltar as virtudes do mestre. Eis o que de mais elevado pode alcançar a
natureza humana.”
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e) doutrinária comum entre os Ritos maçônicos regulares, além do simbolismo das ferramentas
dos antigos construtores e da admissão exclusiva através da Iniciação. Diferencia-se, no entanto,
em muitos outros aspectos, dentre eles, sua liturgia e dramaturgia e o desenvolvimento do seu
Método de Ensino.
Em Loja, o maçom é apresentado ao simbolismo e às cerimônias ritualísticas; ouve as
preleções e instruções contidas nos rituais ou nos trabalhos elaborados por seus Irmãos; apresenta
suas idéias; aprende a ouvir e respeitar idéias divergentes e as minorias (a exigência da
unanimidade em algumas votações da Loja é a máxima prova deste respeito). Se tiver empenho,
estabelecerá uma ligação com a doutrina da Maçonaria, a filosofia do Rito adotado e com o
pensamento da sua Loja. Aprenderá que a moral maçônica é racional, expressada pelo amor à
verdade, pelo respeito à razão, à sinceridade intelectual, à soberania da consciência que se impõe
contra a superstição e contra o dogmatismo. É uma moral solidária, pois pretende que o maçom,
mais do que "ter bons costumes", seja tolerante, dedicado, disposto a servir seus irmãos e
semelhantes e a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para promover o bem estar da sua família,
da sua Pátria, da sua Loja, das suas relações na vida profana e, por decorrência, o Bem da
Humanidade.
Aprender, para poder praticar e ensinar, o conjunto de princípios e práticas do Rito no
qual foi Iniciado ou no qual sua Loja trabalha, é dever de todo o maçom. Conhecer os demais
Ritos, respeitando suas origens, princípios e práticas, demonstra seu interesse na procura do auto-
aperfeiçoamento.
A Maçonaria exige de cada um de nós, a busca constante do conhecimento, da perfeição
e da Verdade e, freqüentar a Loja, é fundamental, mas não é o suficiente. São necessários também,
o estudo constante dos rituais e muita reflexão. para podermos formar nossas próprias convicções
sobre tudo o que vemos, ouvimos, vivenciamos, estudamos e aprendemos.
Com a fraternal saudação do Ir. Rui Jung Neto, AStM,
“Aprendendo, ensinarás. Ensinando, aprenderás.”
Ex-V.M. da Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56 - ao Or. de Porto Alegre – RS – Rito Schröder - GLMERGS
Membro da Loja Maçônica de Estudos e Pesquisas “UNIVERSUM” Nr. 147 - GLMERGS
Membro Correspondente da Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisa Maçônicas (Chico da Botica) – GORGS
Membro do Colegiado Diretor do Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir. Gouveia
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Ir Roman, M.’.M.’.
RL Salvador Allende
GOL
A Irmandade Pitagórica
e a Maçonaria Portuguesa
“Durante muito tempo se pensou que a Maçonaria especulativa, ou seja, a Maçonaria de
tipo actual, derivava directamente, por evolução, da Maçonaria operativa, isto é, das lojas de
pedreiros de origem medieval. Esta tese está hoje muito abalada, «explorando-se a possibilidade
de que os originadores da Maçonaria especulativa se disfarçassem na aparência de uma
organização operativa ou corporação, a fim de encobrir actividades e ideias que, na época, se
tornava impossível praticar abertamente». Assim, as primitivas lojas «maçónicas», surgidas na
Grã-Bretanha em finais do século XVI e no século XVII, poderiam não ser mais do que
associações de convívio político e religioso, opondo-se à intransigência estatal. O seu objectivo
primacial teria sido «a promoção da tolerância e a consequente criação de uma sociedade melhor».
Outra hipótese, com grandes perspectivas de desenvolvimento, faz remontar a Maçonaria
especulativa a associações de socorros mútuos, mais ou menos laicas, surgidas no século XVII e
derivadas do convívio interprofissional conseguido em tabernas, botequins, estalagens, etc. Os
seus primeiros membros seriam, por isso mesmo, comerciantes. Teria então começado a evolução
para uma Maçonaria de tipo filosófico e alegórico.
Para Portugal, não existem ainda estudos sobre associações de qualquer desses tipos,
nomeadamente caritativas, onde tendências similares possam ser encontradas. Além das
corporações, sabe-se terem existido, no século XVIII sociedade de pedreiros operativos, mas nada
se conhece da sua multiplicação e eventuais características especulativas. Também se sabe que a
Irmandade de S. Lucas, fundada em 1602, com compromisso em 1609, além de agremiar pintores,
arquitectos, escultores, iluminadores «ou outras quaisquer pessoas que professarem debuxo»,
podia receber gente de distinção nas Armas e nas Letras. Praticamente extinta em 1755, a
Irmandade foi reconstituída a partir de 1781 sem grandes resultados práticos. O compromisso de
1792-94 permitia a existência de «protectores», que curiosamente foram o duque e a duquesa de
Lafões, recebidos em Maio de 1792.
A Maçonaria portuguesa surge, assim, como um produto de importação de além-Pirinéus.
Todavia, mesmo que fosse essa a Maçonaria que vingou e que prosseguiu até aos nosso dias, nada
obsta a que uma outra Maçonaria ou «para-maçonaria» de origem e tradições nacionais, tenha
existido até finais do século XVIII, como resultado de uma evolução paralela à de outros países. É
uma hipótese que os historiadores do futuro terão de admitir e aprofundar” (O. Marques, pp. 17-
18).
As tradições do Mediterrâneo Oriental (escolas gregas e latinas, gnósticas, pitagóricas e
cristãs) encontram-se no fundamento do pensamento espiritual e filosófico da identidade europeia.
Este é um facto que reconhecemos consensualmente, porém não sabemos exatamente como se
5 - A Irmandade Pitagórica e a Maçonaria Portuguesa
Roman
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desenvolveram as confrarias e irmandades, já que elas por natureza, sempre mantiveram uma
discrição própria ao labor iniciático.
A literatura greco-latina, como a medieval e a renascentista, expressam exaustivamente todo
o universo iniciático, com ou sem alusões de simbólica pagã, mas igualmente num ambiente
cristão, demonstrando assim uma continuidade de tradição e de ritos herdados da síntese elaborada
in illo tempore pelo Imperio Romano e pelas diversas comunidades cristãs.
Em Dante Alighieri — a Divina Comédia apresenta todo um simbolismo alquímico,
pitagórico e gnóstico fluente na altura — como em Petrarca, mas até nas comunidades
espiritualistas do Languedoc, é notória a proximidade com as tradições neopitagóricas e
neoplatónicas apar das chamadas heresias cátaras e bogomilas; a possibilidade de tornar a
mensagem bíblica vivencial (principalmente o Novo Testamento) era uma ideia tão pavorosa para
Roma como a dispersão do movimento cátaro pela Europa; a primeira tradução vulgar do Novo
Testamento foi feita dentro de uma comunidade cátara da Península Ibérica, comunidade que viria
a ser perseguida a praticamente exterminada; mais tarde Damião de Góis tentou igualmente o
mesmo feito e sabemos qual foi o seu fim. Foram estas tradições que contribuíram para a
formação espiritual e filosófica do Renascimento e para a criação da Academia Platónica de
Marcilio Ficino (1433-1499), por exemplo.
É aliás pela via do hermetismo, da alquimia e da filosofia de Pitágoras, de Aristóteles e de
Platão, que vamos encontrar muitos intelectuais e eclesiásticos em Lojas e Fraternidades a partir
do século XVII. Anterior a este período conhecemos apenas nomes que individualmente
emergiram e publicaram estudos e tratados, supostamente baseados nas traduções latinas e em
textos árabes, sem suspeita de terem pertencido a alguma Irmandade, embora isso seja pouco
credível nalguns casos. Roger Bacon, Basil Valentine, Ramon Llull, Geber, Pico della Mirandola,
Giordano Bruno, Tomás Campanella, George Ripley, Paracelcus, Johann Isaac Hollandus, Robert
Fludd e Isaac Newton encontram-se entre esse escol de grandes iniciados.
De entre todos os grandes mestres clássicos, Pitágoras emerge na Tradição como o mais
cotejado e o mais querido (depois de Hermes Trismegisto) dos hermetistas, dos gnósticos, dos
Rosas-cruzes e dos Maçons (depois de Hiram Abiff). No espólio que sobreviveu à destruição da
biblioteca de Silves com a reconquista (acervo que contava com 400.000 volumes em 1189), há
um conjunto de textos tradicionalmente ligados a Aristóteles, Platão, Tales e Zenão, e embora
Pitágoras neles não seja expressamente citado, as ideias tradicionalmente a ele atribuídas,
principalmente sobre a imortalidade da alma, a evolução do número e do círculo, estão aí descritas
de forma sublime. Quer dizer, que a ideias assim expressas demonstram que a realidade é
cognoscível através do número e da geometria, e é isto que está patente em Aristóteles traduzido
pelos árabes. Dos textos de inspiração pitagórica que estavam na biblioteca de Silves podemos
citar alguns: “A ordem em que os seres procedem da causa primeira parece-se com um círculo
ideal”; “O ser dos entes e os números”; “O número é um círculo ideal”; “Dezenas, centenas,
milhares e o círculo ideal”. Muitos destes textos e outros em árabe podem ser encontrados hoje na
Biblioteca da Academia das Ciências, textos que foram compilados e trazidos do Marrocos por
Frei João de Sousa (1735-1812).
Igualmente a questão da imortalidade da alma trespassa profusamente no mesmo corpus,
porém, não a metempsicose, e este aspecto está intrinsecamente ligado ao exclusivismo da fé
islâmica, da mesma forma como sempre encontrou oposição entre os cristãos romanos e
ortodoxos. Mas, tal como analisa Cornelli e nós de acordo com ele, tudo o que Platão diz à cerca
da alma é apropriação das teorias pitagóricas e órficas. Portanto, quando os tradutores e filósofos
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árabes decidiram incluir os clássicos gregos no seu academismo, fizeram-no mas de forma a
aproximar o pensamento mediterrânico tradicional do Islão, embora com algumas variantes
filtradas pelos diversos movimentos sufis. Isto passou-se no Al-Andaluz e criou escola, e foi a via
dos tradutores de Toledo e de Silves e os filósofos árabes em geral que transferiram para a
Península Ibéria os conhecimentos pitagóricos e algumas irmandades, como iremos ver.
Desde a fundação do colégio de Crotona que se torna difícil distinguir os conhecimentos
iniciáticos geralmente atribuídos a Pitágoras, dos grémios de construtores e dos círculos
espirituais ou lojas; os conhecimentos filosóficos e simbólicos de um estão profundamente ligados
à tradição fenícia e egípcia da Maçonaria operativa e especulativa. Mesmo com o aparecimento do
Manifesto Rosa-Cruz traduzido pela primeira vez para inglês em 1620, antecedendo o
aparecimento da Maçonaria Especulativa em Inglaterra em 97 anos (a 24 de Junho de 1717), é
difícil distinguir uma da outra.
Porém, se o Pitagorismo e os ideais Roza-Cruzes criaram raízes no centro e norte da
Europa, pela via itálica, na Ibéria a tradição chegou antes pela presença árabe, e é este aspecto que
tem passado despercebido aos historiadores da Maçonaria portuguesa para identificarem uma
tradição genuína mais antiga — antes mesmo da presença templária e da criação da ordem de
Cristo, já os árabes e os judeus tinham formado escola de pensamento ibérico, que os cristãos
convertos se encarregaram de continuar histórica e socialmente em Portugal e em Espanha. Esta
tradição teve alguns centros no Al-Andaluz (Toledo, Sevilha, Badajoz e Silves) e por ventura o
mais importante de todos em Fez, o centro sufi por excelência do reino do Marrocos e uma das
cidades de peregrinação sufi no mundo árabe ocidental.
A atracção de Portugal pelo Norte de África não foi apenas movida pela “cobiça e vã glória
de mandar”, nem pela missionação franciscana, foi igualmente pelo centro de conhecimento
filosófico e científico que aí existia, atracção dilecta das comunidades moçárabes e judaicas pelas
irmandades iniciáticas sufis que aí existiam. E essa ligação vem desde a criação do Garb Al-
Andaluz. É portanto no Marrocos que se encontra o local de comum convergência entre a
Irmandade Pitagórica árabe, a irmandade Pitagórica cristã e a fundação da Fraternidade Rosa-
Cruz.
Como descreve sucintamente a Fama Fraternitatis (o manifesto Rosa-Cruz dado a público
no século XVII), o seu suposto fundador, o monge Cristiano Rosacruz (provavelmente um monge
franciscano), partiu num périplo para a Terra Santa no ano de 1394. Mas em vez de aí ter chegado
dirigiu-se a Damkar, a cidade dos sábios na Arábia Saudita, onde viveu por três anos e aprendeu o
árabe, a física e a matemática. Daqui dirigiu-se depois para o Egipto onde estudou botânica e
zoologia (as criaturas) e finalmente partiu para Fez onde aprendeu a magia, a cabala judaica e a
doutrina da harmonia e equivalências entre o microcosmos e o macrocosmos.
A cidade de Fez foi e continua a ser hoje em dia, o centro mais importante da peregrinação
sufi do ocidente. E foi precisamente para lá que D. José enviou Frei João de Sousa em 1773 para
tratar da diplomacia e do tratado de paz com o Reino do Marracos. Ali ficou vários anos Frei João
de Sousa traduzindo se não toda quase toda a diplomática marroquina e tudo o que lhe veio à mão
que pudesse esclarecer os negócios estrangeiros de Portugal. Frei João tinha nascido na Síria, em
Damasco, de pais que nasceram na Índia portuguesa. E para além da sua língua materna, o
português falava fluentemente o árabe. Aos 16 anos partiu para a Europa onde continuou os seus
estudos e ingressou na Ordem Franciscana dos Barbadinhos e veio para Portugal. Homem muito
dotado para várias línguas viria a distinguir-se como um dos maiores intelectuais do seu tempo em
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Portugal e um dos primeiros sócios da Academia das Ciências e seu bibliotecário.
Ora, é este homem que em missão no Marrocos, transcreve e traduz pela primeira vez o
Alcorão para português, e descobre o texto fundador da Irmandade Pitagórica em língua Árabe na
cidade de Fez, tendo transcrito na íntegra e traduzido pelo menos uma página em Latim. Este acto
reveste-se de uma enorme importância pois revela que um franciscano estava totalmente ciente da
importância da Irmandade Pitagórica na Europa e que a sua existência no Marrocos, representava
uma continuidade de tradição que remontava pelo menos à fundação da própria Irmandade por S.
Francisco de Assis e da emergência da Rosa-Cruz e da Reforma.
Entre o advento da Fraternidade Rosa-Cruz e o da Maçonaria, um outro acontecimento
transformou o horizonte europeu. E esse foi a Reforma Protestante (1517), que iria ter
repercussões em todos os níveis da sociedade civil e religiosa, e cujo impacto ainda se faz sentir
nos nossos dias.
É de facto a partir desde evento que começam a surgir as primeiras edições de textos
clássicos ligados às tradições neopitagóricas e neoplatónicas. Em 1583 é publicado pela primeira
vez o texto grego dos Versos de Ouro de Pitágoras, com comentários de Hiérocles, numa tentativa
de demonstrar a concordância doutrinal entre Platão e Aristóteles, refutando os sistemas dos
epicuristas e dos estoicos. Este e outros textos atribuídos à Escola de Pitágoras já tinham
aparecido efemeramente em duas edições anteriores mas em latim, a de 1471 (em Pádua) e a de
1475 (em Roma).
O Pitagorismo aparece assim de forma pública, embora reservada apenas aos eruditos, que
“sabiam ler”, que devemos entender como religiosos, académicos e alguns nobres. Os preceitos de
Pitágoras e da sua Irmandade, foram assumidos por várias associações num espectro alargado da
sociedade europeia, incluindo alguns grupos distintos de ordens e de congregações religiosas, e
academias de artes e ofícios. A própria divisão entre os discípulos ou grupos distintos nas
irmandades pitagóricas (acusmáticos e matemáticos), sugere as “idades” maçónicas de Aprendiz e
Companheiro. Mas esta tradição que se enraizou na Europa teve duas origens, como já dissemos, a
via itálica e a marroquina.
Aproximadamente um século depois da Reforma, e após um outro acontecimento com um
impacto ao nível das cortes e das academias de artes, surgem novas traduções dos Versos de
Pitágoras e respectivas notas clássicas.
Esse outro acontecimento, é a publicação da Fama Fraternitatis (1614) e da Confessio
Fraternitatis (1615) em Kassel, pela Fraternidade Rosa-Cruz, dois panfletos que dão início a uma
transformação sem precedentes. Em 1611 já circulavam versões manuscritas dos dois
documentos, o que indica um trabalho preparatório e uma rede de contactos que se espalhava por
toda a Europa e que mostra uma longa tradição iniciática2
.
Em consequência da sua imensa influência, a Fraternidade Rosa-Cruz como a Maçonaria
ostentam ainda hoje marcas simbólicas e visíveis do pitagorismo e ambas têm orgulho em nomear
o Mestre grego nas suas Lojas. É natural, portanto, que a partir do século XVII, depois da
publicação da Fama e da Confessio, Pitágoras e o pitagorismo tenham ressurgido numa
metamorfose humanista, e que alguns conselheiros de estado, educadores e religiosos tenham
dedicado aos seus protetores (reis e nobres) reedições traduzidas do grego e do latim para as
línguas vernáculas, dos Versos de Ouro, da Letra de Pitágoras e do Homem de Bem.
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Porém, o movimento da Reforma (1517), se por um lado fez reverdecer as fraternidades
cristãs e gnósticas da Europa, por outro e com a Contra-Reforma, principalmente a partir do
Concílio de Trento (no ano de 1545 e depois em 1563), provocou uma reacção entre os
tradicionalistas pitagóricos levando a uma separação sensível na interpretação dos textos
fundadores da Irmandade Pitagórica na Europa e no seu relacionamento com a cultura
mediterrânica.
A primeira e grande cisão que deve ter-se operado no seio desta irmandade, envolveu
precisamente aqueles que se mantiveram fieis ao Catolicismo Apostólico Romano e os que se
agruparam em torno do Movimento Protestante. Devem ter passado a existir, portanto, duas
Irmandades gémeas pitagóricas: uma de fundo Apostólico Romano e outra Protestante. E é esta
mesma oposição religiosas e ideológica que verificamos em Portugal quando as primeiras lojas
maçónicas (de comerciantes e mercadores ingleses) são perseguidas e fechadas.
E é isso o que justamente podemos igualmente observar nas traduções e anotações feitas
entre finais do século XVII e meados do XVIII dos textos pitagóricos, ou tradicionalmente
atribuídos a Pitágoras. É no texto que transcrevemos e que iremos publicar, onde percebemos a
preocupação que Luiz António de Azevedo tem de referir en passant a sua filiação apostólica e
fiel ao Concilio de Trento, muito embora a filosofia que expõe, as explicações que dá e as
anotações que faz, não iliba o Opúsculo de pertencer à melhor tradução gnóstica do Mediterrâneo
oriental. É que Azevedo, embora se defenda, com todo o fundamento cristão, em São Jerónimo e
São Paulo, prefere citar entre outros autores (gregos e latinos) o Padre António Vieira.
A tradução original de que se valeu para fazer a sua, tirou-a certamente e na maioria de
André Dacier (1651-1722), um emérito membro protestante da Academia de Letras de Paris e seu
secretário perpétuo. Os cotejos de Azevedo em todo o opúsculo são maioritariamente retirados
deste comentador.
A tradução portuguesa realizada por Azevedo e publicada em 1795, que apresentamos na
íntegra, encontra-se dentro desta tradição iniciática e revela uma filiação europeia. Noutros países
e à mesma altura em que Azevedo dava à estampa os famosos Versos, também se fez publicar
Pitágoras com a mesma forma editorial e com os mesmos objectivos: educar e cativar os reis e os
nobres e talvez iniciá-los nalguma Loja. De facto, a edição de Dacier (com as notas de Hiérocles)
serviram de exemplo seguido por vários editores.
Seriam estas publicações uma resposta ao apelo lançado pelos Rosas-cruzes na Fama e na
Confessio, um século antes, e uma resposta ao movimento da Contra-Reforma, que no caso
português atingiu a sua maior expressão com a “Viradeira”?
Nessas reedições descobre-se constantemente a afirmação do horizonte moral e ético como
especulativo, alusivos ao julgamento e ao discernimento: “vivendo no nível e pelo esquadro”.
A narrativa da Fraternidade Pitagórica estende-se por toda a história da Europa e do
Mediterrâneo, o que implica reconhecer que houve Lojas pitagóricas na orla do mar interior,
incluindo Marrocos, como iremos ver neste opúsculo.
Este facto é de extraordinária importância para história da Maçonaria e da Rosa-Cruz em
geral, mas igualmente para a história da implantação da Maçonaria em Portugal.
Embora não se saiba ainda como as irmandades ibéricas e particularmente portuguesas
sobreviveram e se mantiveram antes do advento da Maçonaria, podemos fazer uma ideia de como
os elos e as fraternidades entre elas e outras irmandades na Europa possam ter-se mantido.
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É ainda um mistério a forma como a Maçonaria foi implantada sem acolhimento em
Portugal, se pensarmos que as ordens militares e de cavalaria, mesmo estando já em decadência e
muitas sendo apenas honoríficas, mantinham ritos oriundos da Ordem de Cristo, antiga Ordem do
Templo, e que algumas podem ter oferecido resistência à sua entrada em Portugal.
Não se explica facilmente como em 1727 a primeira e única loja de maçons, e mercadores
ingleses fosse interdita pela Inquisição, a não ser por motivos religiosos e políticos. Em 1733
fundava-se em Lisboa a primeira Loja genuinamente portuguesa, “Casa Real dos Pedreiros-Livres
da Lusitânia”, na qual Carlos Mardel era Obreiro, para logo em 1738 abater colunas por
imposição da bula condenatória de Clemente XII.
Qualquer outra Fraternidade que mantivesse neste período uma Loja activa em Portugal,
certamente teria de mover-se com a precaução necessária para não ter que adormecer.
Em 1743 a Loja Coustos era denunciada à Inquisição, levando à prisão e à tortura os seus
Irmãos. Só mais tarde, entre 1760-1770, é que a Maçonaria adquire mais liberdade e força em
Portugal, derivada da acção esclarecida do Marquês de Pombal. Porém, com a sua morte e a partir
de 13 de Março de 1777, a “Viradeira” dá origem a novas e ferozes perseguições que se
prolongaram até 1797, quando chega a Lisboa o corpo expedicionário inglês.
É no contexto da “Viradeira” e da expulsão de vários alunos e professores da Universidade
de Coimbra, acusados de heresia e de serem “enciclopedistas”, que vemos surgir em 1795 a
edição de Azevedo, dedicada a D. João III.
Esta publicação representa um esforço por parte de algumas fraternidades e irmandades
europeias, para “esclarecer” a realeza portuguesa, e assim tentar senão travar a perseguição, pelo
menos aliviar e retardar o seu andamento.
O aparecimento da Maçonaria Portuguesa, como refere Oliveira Marques, pode dever-se à
importação além Pirenéus, mas as suas raízes são mais antigas e ibéricas, onde confluíram os
pensadores e as irmandades árabes, como a Pitagórica, a dos judeus sefarditas e a da Ordem de
Cristo, que na sua síntese reuniu um conhecimento de Jerusalém (diríamos de Damasco) a Fez. Só
assim podemos explicar a adesão quase espontânea de portugueses à Maçonaria durante o reinado
de D. José.
Ir Roman, M.’.M.’.
RL Salvador Allende
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JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 22/31
Este Bloco está sendo produzido
pelo Irmão Pedro Juk, às segundas,
quartas e sextas-feiras
Diáconos e a transmissão
Em 04/05/2016 o Respeitável Irmão Luis Fernando Fraga e Klock, Loja Giuseppe Garibaldi, 76,
GOSC (COMAB), REAA, Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, solicita esclarecimento
no que segue:
fragaeklock@gmail.com
Fiquei apenas com uma dúvida na matéria do JB News 2036 de 29 de abril de 2016.
Quando os Diáconos vão transmitir ou receber a palavra do Venerável Mestre ou Vigilantes ele
está com Bastão e por este motivo não faz o sinal, correto? Apenas o Venerável Mestre e os
Vigilantes soltam o malhete e ficam à Ordem fazendo Sinal, correto?
Não conheço o GOB, a não ser que no GOB o Diácono transmita a palavra sem o bastão.
Considerações:
Na verdade esse assunto não deveria ser tratado como uma prática desta ou daquela
Obediência em se tratando da liturgia e ritualística de um mesmo rito maçônico. Infelizmente os
episódios assim não têm acontecido.
Originalmente, independente de estarem de acordo com um ritual, as minhas
considerações sempre se dão em conformidade com o que é prática autêntica e verdadeira no
Rito em questão.
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 23/31
Nesse sentido, os Diáconos não portam bastão no REAA, daí a minha resposta
mencionada no JB News n° 2.036 não levar essa prática em consideração.
No caso de rituais, mesmo equivocados, mais em vigência numa Obediência
Maçônica, há primeiro que se respeitar o seu conteúdo, assim, mesmo que de modo
contraditório, estiver previsto o porte de bastão pelos Diáconos nessa oportunidade,
obviamente que eles então não fazem Sinal, sobretudo porque estando a mão direita ocupada
com o instrumento não há como se fazer o Sinal, a despeito de que a representação da
aplicação simbólica da pena é sempre feita com a mão direita.
T.F.A.
Pedro Juk
jukirm@hotmail.com
Jun/2016.
Exegese Simbólica
para o Aprendiz Maçom
I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação
Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda Edição. www.atrolha.com.br
- Objetivo – Introdução a interpretação simbólica maçônica. Conteúdo – Resumo histórico das
origens da Maçonaria – Operativa, Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema Latino e Inglês
– Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de Emulação.
Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da Tábua
de Delinear. Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis (Ritualística e
Liturgia, História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico.
https://www.trolha.com.br/loja/
JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 24/31
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis
01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão
11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul
13/12/1983 Nova Aurora Criciúma
18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo
20/12/2003 Luz Templária Curitibanos
22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis
21/12/1999 Silvio Ávila Içara
Data Nome da Loja Oriente
02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau
02/12 Lauro Muller São José
06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma
07/12 Voluntas Florianópolis
09/12 Igualdade Criciumense Criciumense
11/12 Xaver Arp Joinville
13/12 Padre Roma II São José
14/12 Montes de Sião Chapecó
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de Dezembro
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
01.12.04 Luz de São Miguel - 3639 São Miguel do Oeste
02.12.06 Colunas de Antônio Carlos - 3824 Florianópolis
04.12.08 Seara de Luz - 3961 Chapecó
05.12.85 25 de Agosto - 2383 Chapecó
08.12.10 Estrela do Oriente - 4099 Tubarão
11.12.96 Justiça e Paz - 3009 Joinville
11.12.97 União Adonhiramita -3129 São Pedro de Alcântara
11.12.01 Paz do Hermon - 3416 Joinville
12.12.96 Fênix do Sul - 3041 Florianópolis
13.12.52 Campos Lobo - 1310 Florianópolis
13.13.11 Luz do Oriente - 4173 Morro da Fumaça
16.12.96 A Luz Vem do Oriente - 3014 Castelo Branco
16.12.03 Philantropia e Liberdade - 3557 Brusque
17.12.96 Luz do Ocidente - 3015 Chapecó
17.12.96 Perseverança - 3005 Florianópolis
20.12.77 Xv de Novembro - 1998 Caçador
28.12.96 Livre Pensar - 3153 Piçarras
28.12.96 Luz de Navegantes - 3033 (30/06/2010) Navegantes
JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 26/31
LEIA O BOLETIM NR. 105 DE NOVEMBRO de 2016
E OUTROS, NO LINK ABAIXO:
Caro Irmão:
Estamos encaminhado o nosso Boletim nº 105, de novembro de 2016, na esperança de estar
contribuindo com a divulgação da cultura Maçônica.
Caso seja de vossa liberalidade, solicitamos divulgar o mesmo em vossas listas de maçons,
Lojas e Grupos.
Com nossos agradecimentos deixamos um TFA e uma boa leitura.
Marco Antonio Perottoni
Loja Cônego Antonio das Mercês – GORGS
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas – GORGS
Porto Alegre – RS
 Binfo Chico 105 - 30 nov 16.pdf
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Dia 5 de dezembro:
Sanctum Sanctorum
Quando Moisés, no deserto, após a fuga do Egito, construiu o tabernáculo, colocou
nele três compartimentos: o mais interno e preservado denominou "Santo dos
Santos", onde era guardada a Arca da Aliança, o objeto considerado mais sagrado
daquele Templo.
No Sanctum Sanctorum, palavra latinizada, somente tinha acesso o Sumo Sacerdote.
Nos grandes Templos construídos depois - em local definitivo, pois o tabernáculo era
desmontado e armado em outro lugar, consoante o progresso da marcha - o Santo dos
Santos era separado por um véu, pois o povo não podia ver sequer o que existia lá
dentro.
No Terceiro Templo, o de Herodes, quando Jesus expirou na Cruz, o véu do Templo
rompeu-se.
Esse véu era confeccionado com o couro de boi, e para rompê-lo seria necessário um
grande esforço.
O rompimento desse véu simbolizou a retirada da intermediação entre o Senhor e a
criatura humana.
Em Maçonaria, no Grau 4, coloca-se no Oriente a Arca da Aliança e esse local passa
a ser, simbolicamente (paladinamente), denominado Sanctum Sanctorum.
No Templo Interior de cada maçom existe esse local sagrado, que sugere a existência
de profundos mistérios; o maçom, porém, poderá revelá-los de acordo com os
conhecimentos adquiridos.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 358.
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Loja Maçônica Acadêmica Jorro de Luz e Sabedoria – Bahia
Trabalha no Rito Brasileiro (GOB/BA)
Estou começando montar a minha árvore de natal
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(pesquisa e arquivo JB News, vídeos da internet e colaboração de irmãos)
1 –
Esse cãozinho não tem medo de
nada, nem de um tubarão!
2 –
Saiba se a gelatina realmente faz
bem à saúde
3 –
Aprenda a combater a flacidez com
produtos naturais!
4 –
Eu não sabia que o suco de cenoura
tinha tantos benefícios..
5 –
As 10 dicas incríveis sobre o mouse
do seu computador!
6 –
Conheça o paraíso na Terra:
Palma de Mallorca, na
Espanha!
7 - Filme do dia: (Contra o Tempo) - dublado
Sinopse: O capitão Colter Stevens (Jake Gyllenhaal) faz parte de um projeto ultrasecreto denominado Source Code
capaz de transportar um homem para o corpo de outro, assumindo a sua identidade nos oito minutos de vida
restantes de cada alvo escolhido para a “ocupação”. Um atentado terrorista explodiu um trem nos arredores de
Chicago, matando todos os passageiros e agora a sua missão é voltar no tempo, no corpo de uma das vítimas e ...
https://www.youtube.com/watch?v=QnTu4gPM36c
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Ir Franklin dos Santos Moura
Loja Prof. Hermínio Blackman 1761
Vila Velha – GOB-ES
Membro Fundador da ACADGOB-ES
Cadeira 22, Patrono Wagner Araújo
fsmoura1761@yahoo.com.br
(Caro Irmão Jerônimo - Segue poesia em homenagem ao aniversário de 48 anos da Loja que
faço parte, o qual celebraremos dia ...05/12/2016. Será um grande presente aos Irmãos...)
Um fraternal abraço e uma ótima semana.
Franklin Moura
Soneto Blackman
Obreiros, hoje é dia de festa!
O templo da virtude comemora mais uma primavera
Resistindo a dura jornada, sempre severa.
Sendo a união que supera cada aresta.
Obreiros, hoje é dia de saudade!
Celebrando arautos irmãos que construíram nossa história,
seus feitos repousam vivos em nossa memória.
Assim, combatemos o bom combate da fraternidade.
Obreiros, hoje é dia de gratidão!
Por superar as dificuldades de outrora,
e seguir em frente com o malhete em punho e a sabedoria de
Salomão.
Obreiros, celebrem a nova aurora!
Chegamos ao 48º ano e o futuro é o nosso lugar.
Mas lembrem-se, as sementes do amanhã se plantam agora.
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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte Força Chape, o JB News te saúda! Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.258 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrJuarez de Oliveira Castro – Donde se Firmar? (Foco & Ação) Bloco 3-IrSérgio Quirino Guimarães – Salmo da Maçonaria Bloco 4-IrRui Jung Neto – Os Três Graus do Rito Schröder Bloco 5-IrRoman – A Irmandade Pitagórica e a Maçonaria Portuguesa Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas - Ir Luiz Fernando Fraga e Klock (Florianópolis – SC) Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 5 de dezembro e versos do Irmão e Poeta Franklin Moura homenageando os 48 anos de sua Loja (Vila Velha - ES)
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 2/31 5 de dezembro Provável retrato de Colombo, Dinamitação da catedral de Cristo Salvador em 1931 por Sebastiano del Piombo em 1519 por ordem de Joseph Stalin Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 339 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Nova) Faltam 27 dias para terminar este ano bissexto Dia Nacional da Past oral da Criança e dia Internacional do Voluntário para o Desenvolvimento Econômico e Social. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 3/31  1492 - Na sua primeira viagem ao Novo Mundo, Cristóvão Colombo descobre a Ilha de Quisqueya.  1496 - O Rei Dom Manuel I assina o decreto de expulsão dos "hereges" de Portugal.  1570 - Promulgada a Missa Tridentina pelo Papa Pio V.  1732 - Inicia-se no México a construção do edifício destinado ao Tribunal da Inquisição.  1757 - Na Guerra dos Sete Anos, a batalha de Leuthen é ganha por Frederico II, o Grande, para os austríacos.  1792 - Começa, na Assembléia Nacional, o julgamento do rei Luis XVI, durante a Revolução Francesa.  1812 - Napoleão Bonaparte abandona seu exército em difíceis condições na Rússia e retorna a Paris.  1815 - Fundação da cidade de Maceió.  1847 - Álvares de Azevedo recebe o grau de Bacharel em Letras.  1889 - A Família Imperial Brasileira chega a Lisboa após deixar o Brasil devido à Proclamação da República.  1896 - Fundação da cidade de Sertãozinho  1904 - A esquadra russa é destruída em Port Arthur pelos japoneses. O Japão sairia vencedor da guerra contra a Rússia.  1908 - Fundação da Cruz Vermelha Brasileira.  1917 - Golpe de Estado e assumpção do poder (governo e presidência) por parte de Sidónio Pais, em Portugal.  1931 - Catedral de Cristo Salvador em Moscou foi destruída por uma ordem de Josef Stalin.  1933 - A Lei Seca acaba nos Estados Unidos.  1934 - Três cidades ficam destruídas em terremoto em Honduras: San Jorge, La Encarnación e San Fernando.  1941  Durante a Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha declara guerra a Romênia, Finlândia e Hungria.  Segunda Guerra Mundial: Início do contra-ataque Soviético contra o exército Alemão na batalha de Moscovo.  Segunda Guerra Mundial: Tropas Aliadas tomam Ravena em Itália.  1945 - Desaparecimento do Voo 19 na área do Triângulo das Bermudas.  1946 - Nova York é eleita sede permanente das Nações Unidas.  1952 - A poluição atmosférica causa, pela primeira vez, a morte de milhares de pessoas, no período conhecido com Big Smoke, em Londres.  1956 - Forças britânicas e francesas se retiram do canal de Suez no Egito.  1957 - Sukarno, líder nacionalista da Indonésia, exige a expulsão de todos os holandeses do país.  1960 - Gana rompe relações diplomáticas com a Bélgica.  1962 - Os Estados Unidos e a URSS chegam a um acordo sobre a utilização pacífica do espaço.  1963 - O senador Arnon de Mello matou outro senador, com um tiro, na tribuna do Senado Federal do Brasil.  1967 - É criada a Funai - Fundação Nacional do Índio - no Brasil.  1971 - A URSS veta, no Conselho de Segurança da ONU, a resolução que previa o cessar-fogo entre a Índia e o Paquistão, no conflito de Caxemira.  1977 - O Egito/Egipto rompe ligações diplomáticas com a Síria, a Líbia, a Argélia, o Iraque e o Iêmen do Sul. Estes países eram contra a negociação de paz entre Egito e Israel - posteriormente o panonorama político mudou.  1978 - É aprovada a resolução que determina a instituição do Sistema Monetário a 13 de Maio de 1979, segundo acordo dos bancos centrais dos países da CEE.  1980 - É decretado o luto nacional, por cinco dias, pela morte do primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro e do Ministro da Defesa Nacional Adelino Amaro da Costa.  1983 - É dissolvida a Junta Militar da Argentina. O general Reynaldo Bignone é nomeado presidente provisional, até que Raul Alfonsin assumiu o posto.  1984 - É constituída a AMI.  1985  Os inventores portugueses conquistam quatro medalhas de ouro, duas de prata e quatro de bronze no 34.º Salão Internacional de Invenções de Bruxelas, Eureka-85.  O Reino Unido abandona a UNESCO.  1987 - Pelo menos 22 pessoas morreram após incêndio em um cargueiro panamenho na Espanha.  1989 - O antigo líder do Partido Comunista da RDA Erich Honecker é colocado em prisão domiciliária.  1993 - Rafael Caldera é eleito presidente da Venezuela pela segunda vez em 25 anos.  1994  A Ucrânia adere ao Tratado de não-proliferação nuclear e promete se desfazer de ogivas herdadas da antiga União Soviética.  Entra em vigor o Tratado de Desarmamento Estratégico, START I, assinado em 1991 entre os Estados Unidos e a URSS.  1995 - Javier Solana, ministro das Relações Exteriores da Espanha, é nomeado Secretário-Geral da OTAN.  2003
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 4/31  Oficialização do Hino do estado do Ceará.  Atentado a um comboio no Sul da Rússia, perto da Tchetchénia provoca 40 mortes e 103 feridos.  2005 - Ministros dos Transportes da União Europeia acordam liberalização dos transportes ferroviários de passageiros a partir de 2010.  2006  Fim do jogo de xadrez entre Vladimir Kramnik e o computador Deep Fritz, que, com 2 vitórias, foi o vencedor por 4 a 2.  Portugal: O ministro da Administração Interna, António Costa, assina em Bruxelas a declaração com vista à adesão de Portugal ao Acordo de Prum, um mecanismo de reforço da cooperação judiciária e policial transfronteiriça.  O comandante Frank Bainimarama, apoiado pelas Forças Armadas, lidera um golpe de Estado em Fiji, derrubando o presidente Josefa Iloilo e o primeiro-ministro Laisenia Qarase.  2014 - Protestos, após casos de cidadãos negros mortos por policiais, atingem cidades dos Estados Unidos como Nova York, Chicago, Miami, Washington e Ferguson. 1778 Ato desta data nomeou o brigadeiro Francisco de Barros Moraes Araújo Teixeira Omem, conhecido como “Sete Carapuças”, governador da capitania de Santa Catarina. 1876 Morre em Itaguaí, no Estado do Rio de Janeiro, o ex-presidente da província de Santa Catarina, Francisco Ferreira Correa. Exerceu o cargo entre maio de 1870 e janeiro do ano seguinte. 1831 Data atribuída por alguns autores para o Manifesto do Grande Oriente do Brasil, redigido por Joaquim Gonçalves Ledo e assinado por José Bonifácio, que José Castellani considera como “certidão de renascimento” da Potência. 1842 Ratificado o Tratado de União do Supremo Conselho do Brasil com o Grande Oriente do Passeio. 1859 Fundação da Grande Loja de Cuba 1952 Príncipe Philip, duque de Edinburgh, é Iniciado na Loja “Navy” Nr. 2.612, de Londres, da qual foram Veneráveis os reis Eduardo VII e Jorge VI. 1985 Fundação da Loja “XXV de Agosto” Nr. 2.383 (GOB/SC) em Chapecó. Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal Fatos históricos de santa catarina
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 5/31 Rua Geral dos Ingleses, nr. 6040 (Estacionamento próprio). Experimente e continue com a melhor cerveja! “Três Irmãos” lá estarão para melhor atende-lo. Venerável Mestre! De Irmão para Irmão As publicidades veiculadas nas edições do JB News são cortesia deste informativo, como apoio aos irmãos em suas atividades profissionais. Valorize-os, preferindo o que está sendo anunciado.
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 6/31 Caro Venerável, Desejas criar e manter um site de qualidade da tua Loja? Então atente para este anúncio (Coisa de Irmão para Irmão) Visite o site da Loja Professor Mâncio da Costa nr. 1977 www.manciodacosta.mvu.com.br Florianópolis
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 7/31 Juarez de Oliveira Castro Mestre Maçom (Instalado) Loja “Alferes Tiradentes” Nº 20 Florianópolis – Santa Catarina. Escreve às segundas-feiras juacastr@gmail.com – http://www.alferes20.net Donde se firmar? É notório e bem claro nos rituais que todos os cargos são importantes, e devem ser exercidos com amor e dedicação. Uns têm mais notoriedade do que outros, porém todos de importância dentro de cada necessidade de execução. No entanto, o cargo de Venerável Mestre é difícil, porém ao mesmo tempo muito fácil, quando se trata de conduzir uma Loja com Obreiros dedicados e colaborativos, e estando convicto de que não é o cargo que faz a pessoa ter honra ou não, mas a maneira correta como se opera o cargo. O Venerável Mestre deve procurar se firmar sempre e seguir o “Código Moral Maçônico” que enuncia que o Venerável Mestre deve ser “livre sem restrições entre os profanos; grande, sem orgulho; humilde, mas honrado; e entre os Irmãos, firme, sem ser radical; severo, sem ser inflexível; e submisso, sem ser servil”. O importante para um Venerável Mestre é ser constantemente um grande apreciador daqueles que trabalham para o bem da humanidade, e todos que um dia bateram na Porta de um Templo Maçônico, e estarem compromissados para fazer uma Humanidade mais feliz. Para isso entramos para a Ordem Maçônica. Então está confirmado de que o Venerável Mestre deve ser firme, sem ser radical, mas, também não deve ceder facilmente aos desejos de opiniões que vão de encontro ao bom andamento dos trabalhos de Loja, devidamente comprovados de conformidade com os Rituais. Deve estar convicto de que os Oficiais, Dignitários, Conselho de Mestres Instalados e Comissões estão na lista da gestão de um Venerável Mestre para auxiliá-lo, porém nunca para ser razão de dificultar o bom andamento dos trabalhos, dificultando a ascensão de seus obreiros. Nenhum membro de comissão de uma Loja pode, de última hora, modificar um cronograma de trabalho por motivos que não foram analisados e planejados com antecedência, prejudicando obreiros na apresentação de Peças de Arquitetura. Não tem esse direito. Se tiver algo que não condiz com o Regulamento ou Regimento Interno, compete ao Orador chamar a atenção do Venerável Mestre para agir de conformidade com o prescrito no Regulamento e Regimento Interno, nunca na percepção de um membro de Comissão, Oficial ou Dignitário, com exceção do Orador. Quem decide qualquer Peça de Arquitetura de sua validade é o Plenário da Loja. Aí o Venerável Mestre precisa ter o pulso necessário para prosseguir no que foi elaborado para continuar, principalmente, o correto caminhar dos Irmãos na senda programada. O Venerável Mestre necessita sempre “ser firme, sem ser radical; severo, sem ser inflexível; e submisso, sem ser servil”. 2 –Donde se Firmar? - (Foco & Ação) Juarez de Oliveira Castro
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 8/31 Ano 10 - artigo 49 - número sequencial 594 – 04 dezembro 2016 Saudações, estimado Irmão! SALMO DA MAÇONARIA Qual é o Salmo que pode representar a nossa Ordem? Certamente, a maioria pensou no 133, por conta de sua leitura sempre presente nos trabalhos do REAA. Mas, é, realmente, ele a “chamada de atenção” nos 33 Graus que compõem o Rito Escocês? É preciso lembrar que, nos Ritos de York e Schröder, não há leitura. E nos trabalhos do Rito Adonhiramita, a reflexão recaí nos versículos 6 a 9 do primeiro capítulo do Livro de João. O importante é compreendermos o porquê da leitura. Então, vejamos alguns detalhes interessantes: Por quê o nome de “Salmo”? Sua origem é os Thehillim (hinos cantados em uníssono pelos hebreus), que, em desconhecida época, começou a ser cantado, tendo como acompanhamento um instrumento de cordas de forma triangular, chamado “SALTÉRIO”. Assim, nos primeiros acordes do saltério, os presentes fechavam os olhos, puxavam as palavras pela memória e projetavam a mensagem do texto no inconsciente. Oh! Quão bom e agradável é viverem unidos os Irmãos. 3 – Salmo da Maçonaria Sérgio Quirino Guimarães
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 9/31 Pelos usos e costumes, a vinculação do instrumento com os textos, fez com que Saltério também se tornasse o substantivo que designa os 150 hinos, que são os 150 Salmos. Dois pontos são interessantes para esclarecimento e informação: Primeiramente, “Salmos de Davi” são apenas uma versão mítica, pois há indícios históricos que alguns foram escritos mais de 100 anos antes de seu nascimento e alguns, décadas após sua morte. Por outro lado, os salmos não são somente de “concórdia” ou Fraternais. Há os que tratam do futuro Messias (Messiânicos), os de agradecimento (Gratulatórios), os que expõem as nossas mazelas (Deprecatórios), os para pedir perdão (Penitenciais), os que contam a história do povo (Históricos) e os para louvar a Deus (Laudatórios). Então qual seria o Salmo da Maçonaria? NENHUM. MAS, PARA OS MAÇONS, SÃO TODOS! A CADA AMANHECER, TEMOS A OPORTUNIDADES DE “CANTARMOS” COM AÇÕES A NOSSA FRATERNIDADE, NOSSA HISTÓRIA, NOSSA FÉ, NOSSO AGRADECIMENTO, NOSSA VONTADE DE MELHORAR E DE NÃO MAIS ERRAR. É HORA DE LOUVAR, POIS O SENHOR ORDENA A BENÇÃO E A VIDA PARA SEMPRE. Este artigo foi inspirado no livro A TROLHA – COLETÂNEA 8 (vários autores), que na página 137, há uma interessante instrução: “A forma geralmente usada na poesia dos salmos se chama “paralelismo”, que é a repetição de uma idéia, com outras palavras na linha ou nas linhas seguintes. É a repetição de idéias de estrofe a estrofe. Este paralelismo, nas suas várias formas, e a riqueza de comparações, é que dão graça e beleza à poesia hebraica” (Irmão Helio Macacchero Jr.) Neste décimo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas. Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica. Fraternalmente Quirino Sérgio Quirino - ARLS Presidente Roosevelt 025 - GLMMG Contato: 0 xx 31 8853-2969 / quirino@roosevelt.org.br Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom. Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 10/31 Ir. Rui Jung Neto, ex-V.M., AStM – da Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56 – Porto Alegre – Rito Schröder – GLMERGS Os TRÊS GRAUS DO RITO SCHRÖDER Uma análise sintética Antes de tratar especificamente dos três Graus do Rito Schröder, creio ser importante estabelecer quando surgiram os três Graus simbólicos e, para isto, vou me socorrer da obra do Ir. Nicola Aslan: "O Historiador e Ex-V.M. da Loja Quatuor Coronati, Ir. Lionel Vibert, afirma: "os termos Aprendiz, Companheiro e Mestre-Maçom são escoceses e foram empregados pela primeira vez pela Maçonaria Inglesa em 1723." Sobre o mesmo assunto escreve R. Le Forrestier: A inovação mais notável (da G.L. de Londres) foi a criação dos Graus denominados Especulativos ou Simbólicos. Os talhadores de pedra só tinham uma classe, a dos Companheiros, já que os Aprendizes não faziam parte da Corporação, cujos membros só possuíam os sinais de reconhecimento mantidos, ciumenta e zelosamente, secretos. O único ato solene de recepção era, portanto, o da admissão entre os Companheiros. Na Freemasonry (Franco-Maçonaria) Especulativa, ao contrário, onde a antiga aprendizagem profissional não tinha mais razão de ser, os candidatos eram admitidos diretamente na associação e a primeira Cerimônia Ritualística era agora a recepção ao Grau de Aprendiz. A razão pela qual o termo de Mestre serviu, a partir de 1725, para designar não mais uma função mas uma dignidade e tornou-se a denominação de um terceiro Grau, parece ter sido o desejo de fazer uma escolha entre os membros cada vez mais numerosos da associação e de constituir um "High Order of Masonry" (uma "Alta Ordem da Maçonaria"), como o Grau de Mestre foi algumas vezes denominado." 4 – Os Três Graus do Rito Schröder Rui Jung Neto
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 11/31 Atualmente existe, entre os modernos historiógrafos da Maçonaria, o consenso de que a separação das instruções em três graus não era utilizada nas Lojas operativas. Isto nos leva a concluir com segurança, que a divisão da Maçonaria Especulativa (modernamente denominada Simbólica) em três Graus: Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom, que já era utilizada pela Maçonaria Escocesa desde o Século XVII, ocorreu na Grande Loja de Londres somente entre 1717 e 1725. Desta forma, quando Schröder foi Iniciado em 1774, os três Graus já estavam consolidados e eram aceitos como universais por todos os sistemas maçônicos (Ritos). Sabemos que o Rito Schröder teve sua origem baseada principalmente no "Livro das Constituições" de 1723, da Grande Loja de Londres, e no "Antigo Ritual" descrito no livro "The Three Distinct Knocks on the Door of the Most Ancient Freemasonry - As Três Batidas Diferentes na Porta da mais Antiga Franco-Maçonaria", de 1760. Com base nestas duas fontes, o Ir. Friedrich Ludwig Schröder aboliu o misticismo e os "altos Graus" introduzidos na Maçonaria Alemã no decorrer do Século XVIII e se utilizou do simbolismo simples das ferramentas da Arte da Construção como instrumento para promover a elevação moral dos seus Irmãos. Schröder, um representante do classicismo alemão, através de um estudo minucioso, procurou a essência da Maçonaria, aconselhando-se com um grande círculo de Irmãos dentre os mais renomados maçons, escritores e filósofos da sua época (Herder, Fessler, Meyer, Bode, etc). O Ritual de Schröder está expresso em uma linguagem insuperável na qual pulsa o espírito do humanismo clássico e fica evidente a simplicidade original como característica mais importante da Maçonaria moderna, formando um conjunto harmônico constituído pelos 5 rituais originais que englobam os três Graus do Rito (Loja de Aprendiz, com a Loja de Mesa e a Loja de Funeral; Loja de Companheiro e Loja de Mestre). Neste trabalho, analisarei de forma sintética cada um dos Graus e procurarei destacar suas características fundamentais a luz do que acredito ter sido o pensamento original do Ir. Schröder. A meu ver, fruto da sua vasta pesquisa maçônica, mas também do período histórico excepcional vivido na Europa no final do Século XVII e no decorrer do Século XVIII, principalmente nas províncias de língua Alemã, na Inglaterra e na França. Nesta época floresceu o "Iluminismo", movimento cultural que valorizou a razão, aboliu os preconceitos de raça e religião, libertou o homem do autoritarismo e difundiu a crença no progresso fundamentado na liberdade de pensar. Sua força afetou todos os ramos do conhecimento e das artes, sendo considerado pelo filósofo e maçom Lessing como o primeiro movimento a defender a livre manifestação do pensamento. Acredito que Schröder, um verdadeiro mestre no domínio da linguagem e da dramatização, trabalhou em perfeita sintonia com os acontecimentos de seu tempo e o pensamento dos maiores maçons alemães, muitos dos quais eram seus amigos e com os quais contou para elaborar seus Rituais, nos quais colocou o que de melhor havia em termos de Filosofia Racionalista e Humanista, defendendo sempre a igualdade entre os Irmãos e a busca da verdadeira Fraternidade. Para Schröder, a Franco-Maçonaria era e sempre foi uma Confraria que unia homens virtuosos para em conjunto estudarem os símbolos da Arte da Construção e desenvolverem a Moral, a Ética, a Caridade e o Amor Fraternal. Em muitas passagens o Ritual
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 12/31 enfatiza a confiança que os Irmãos depositam uns nos outros e a harmonia que deve prevalecer na Fraternidade. O Grau de Aprendiz Maçom nos ensina que1 : "Os Maçons formam uma Fraternidade espalhada entre os povos, países e classes, cujo fim consiste no espírito do verdadeiro amor fraterno para promover a legítima humanidade, isto é, proporcionar o domínio dos puros princípios morais em todos os círculos e empregar suas atividades em boas obras. Porém em nossas reuniões usamos símbolos e alegorias para expressar os nossos ideais, e segundo a origem histórica de nossa instituição, escolhemos como símbolos principais os instrumentos de construção." O Ir. Schröder, que acreditava ser a Maçonaria "uma união de virtudes", declarou em um veemente discurso proferido em 1789 aos Irmãos de Hamburgo: "Meus Irmãos, considerem antes de tudo, as lições tiradas das vidas virtuosas dos homens sábios, de estabilidade, de prudência e de sigilo que nos foram ensinadas no Primeiro Grau. Pensem nestes preceitos e nos subseqüentes modelos! ...elas são a base material da qual a grande corrente da Fraternidade foi formada...". Expressava assim, a importância dos valores morais contidos simbolicamente nos instrumentos dos antigos Pedreiros-livres e do Humanitarismo, doutrina filosófica e política que pretende eliminar as injustiças através da ação direta do homem e, por decorrência, mudar para melhor a própria sociedade que nos cerca. Também, sobre a importância da Moral e seu uso no simbolismo da Maçonaria, cito dois consagrados autores que definem conceitos perfeitamente adequados para a prática maçônica em geral e para a do Rito Schröder em particular: - Alec Mellor (maçom e escritor francês) nos lembra que: "A Franco-Maçonaria define- se como "um sistema particular de moral, velada pela alegoria e ilustrada pelos símbolos." - definição esta, já utilizada na Inglaterra do Século XVIII”. - José Castellani (maçom e escritor brasileiro contemporâneo) nos esclarece que: "os símbolos maçônicos representam a maneira velada através da qual a instituição dá, aos seus iniciados, as lições de moral e ética, que fazem parte de sua doutrina". Para Schröder o desenvolvimento da Fraternidade, dentro de princípios éticos e de elevada moral, é a verdadeira finalidade da Maçonaria e praticar a caridade é materializar o ideal maçônico de levar o amor fraterno para todos os homens, não só para os Irmãos. A Moral e a Ética são pré-requisitos indispensáveis do homem-maçom. As Lojas, por reunirem homens virtuosos, devem reforçar e elevar cada vez mais o padrão ético dos seus integrantes. Cabe também a Loja de Aprendiz, além da instrução dos significados dos símbolos, estimular o Aprendiz a pensar e a agir como maçom, levando o modo de vida da Fraternidade Maçônica para o seu dia-a-dia e não somente algo para ser utilizado nas reuniões da Loja. Este é um desafio que cada um de nós deve assumir como seu! Com "fervor, fidelidade e firmeza", o Aprendiz desenvolve um "comportamento exemplar, seu pensamento livre de preconceitos e sua amizade leal para com seus Irmãos, baseada
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 13/31 em princípios morais". Por isto, trabalha-se tanto neste Grau, que serve como "alicerce" para a construção do Templo individual do homem-maçom. Esta também é a base para o desenvolvimento maçônico dos futuros Companheiros e Mestres e isto deve ser valorizado. Quero ainda enfatizar que, é na Loja de Aprendiz que tem início a formação futuros Companheiros e Mestres e, por isto, é muito oportuno realizar reuniões, debates, seminários incentivando a participação de Aprendizes e Companheiros, sendo acessíveis aos Mestres interessados, para que os Irmãos tenham condições de aumentar seus conhecimentos, abrir seus horizontes e assumir suas responsabilidades na Fraternidade. O Grau de Companheiro Maçom será abordado citando parte da análise do Ir. Hans Heinrich Solf, membro da Loja de Pesquisas “Quatuor Coronati”, n° 2076, da Grande Loja Unida da Inglaterra através do Trabalho Origem e Fontes do Ritual Schröder: ... Isto despertou o talento de Schröder como ator dramático para criar um Ritual inteiramente novo, com sua própria concepção deste Grau. A uma tanto laboriosa explanação do Painel da Loja que é complemente omitida, colocou em seu lugar os princípios morais explanados numa bela linguagem e toda a cerimônia tem o significado de inculcar no candidato esperança e alegria. As viagens são acompanhadas com comentários encorajadores e flores e música são importantes fatores neste Grau. ... Ele conhecia todos os Rituais importantes de seu tempo, mas o seu mais ardente desejo era voltar as fontes. Já foi mencionado que Schröder acreditava que tinha havido somente uma cerimônia de iniciação aplicada à Maçonaria Operativa mas, quando o estágio da Especulativa havia sido plenamente desenvolvido, certas velhas usanças tiveram de ser abandonadas e novos elementos ritualísticos foram portanto introduzidos. Schröder compreendeu que ele não podia voltar a roda de evolução, mas ele sentiu que os Rituais existentes para a cerimônia de elevação eram supérfluos. Na verdade nenhum sistema Maçônico (Rito) tem sido capaz de providenciar uma função satisfatória para este Grau e é afirmado que o melhor conteúdo alegórico é o que Schröder e seus amigos deram para ele. Com um preciso instinto do espírito do seu tempo, a aurora do Iluminismo e o surgimento do romantismo, ele recolocou as citações enfadonhas e explanações do Velho Testamento como simples ensinamentos de Ética e Moral Maçônica. Tão estritamente quanto possível, porém de nenhum modo sem criticismo, ele conservou seus textos dentro da estrutura do Ritual que ele havia escolhido e ele o adornou com comentários instrutivos e encorajadores em vez de citações Bíblicas. O objetivo de trabalho numa Loja maçônica era para ele o cultivo de uma Fraternal e espiritual comunidade pela prática de cerimônias ritualísticas."... Neste Grau aprendemos através da calma meditação e da diligência no trabalho a importância do autoconhecimento e da fidelidade às leis da Fraternidade; a valorizarmos alegremente a Amizade, a Beleza e a busca da Verdade, conquistando assim a confiança dos nossos Irmãos e progredindo em nossa caminhada maçônica. O Grau de Mestre Maçom é, para o Rito Schröder, o último e mais elevado Grau da Maçonaria, sendo consagrado à busca incessante da perfeição e ao cumprimento inflexível dos seus deveres, servindo de exemplo de conduta aos Companheiros, Aprendizes e profanos. Como modelo de perfeição, o Mestre deve conhecer o melhor possível os três Graus, os Usos e Costumes da Fraternidade, a Legislação da sua Potência e da sua Oficina, bem como as obrigações inerentes a cada cargo, sejam elas ritualísticas ou administrativas. Prepara-se assim
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 14/31 para Instruir os Aprendizes e Companheiros, para assumir um cargo de Oficial, chegando ao de Venerável Mestre da sua Loja por delegação de seus iguais, recebendo a autoridade e o poder para dirigir os trabalhos por um determinado período. Todo o trabalho em Loja deve procurar educar e formar o maçom, visando prepará-lo para ser Mestre. Ao Mestre do Rito Schröder cabe também, a pesquisa e a reflexão filosófica sobre o destino final do homem e sua preparação para a morte e que representa mais um passo na evolução natural do ser humano. Por isto, o Mestre Maçom do Rito Schröder deve encarar a morte de quatro maneiras principais: a) alegórica ou simbólica: a Lenda do 3o Grau, significando o cumprimento do dever à custa da própria vida, exemplo legado pelo Mestre Hiram Abiff; b) o eterno ciclo da natureza, onde um novo homem nasce (ou renasce) para substituir aquele que partiu ("ele vive no filho"); c) a crença na imortalidade da Alma (ou do Espírito), que parte para o Oriente Eterno e lá nos aguarda para o derradeiro reencontro; d) a certeza de que a morte virá e que devemos nos preparar através do cumprimento das nossas obrigações pois podemos ser levados a qualquer momento. O Mestre Maçom deve encarar esta situação como algo natural e normal e, não, com temor ou horror. Devemos viver com intensidade, pois nossa passagem por este plano pode ser interrompida a qualquer momento ("Não nos amedronta a Morte!".). Finalmente, ser Mestre significa trilhar zelosamente a senda da Sabedoria. Significa ser mestre de si mesmo, trabalhando com ininterrupta força de vontade no seu próprio aperfeiçoamento e pode ser comparado com a idade adulta do Homem, quando assumimos plenamente nossas responsabilidades perante a vida. Para que possamos refletir sobre a real importância do Grau de Mestre no Rito Schröder, incluo trecho escrito originalmente pelo Ven. Ir. Friedrich Ludwig Schröder, P.G.M.: Acredito ser evidente que existe uma identidad“A Maçonaria é uma fraternidade e, como tal, adotou os instrumentos de trabalho do maçom, e por isso não pode possuir mais do que os três Graus: Aprendiz, Companheiro e Mestre. Assim era ela em todos os países onde existiam Corporações. Com o grau de mestre fechava-se o círculo. Àquele que anseia alguma coisa mais além não é mestre, ou seja, não compreende que são seus deveres e suas habilidades que o tornarão um verdadeiro mestre. ... Foram os rituais falsificados em vigor, pouco satisfatórios, repletos de lacunas e defeitos (além de outras causas funestas), que deram motivos para que a Teosofia, as Ordens de Cavalaria, a Alquimia e a Magia procurassem guarida na Maçonaria. Nada pôde ser mais nefasto do que quando se passou a confundir a Maçonaria com uma Ordem. A Maçonaria é uma irmandade voltada ao trabalho, uma construção, uma obra que, com seus estatutos, provas de admissão e habilidade, procura ressaltar as virtudes do mestre. Eis o que de mais elevado pode alcançar a natureza humana.”
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 15/31 e) doutrinária comum entre os Ritos maçônicos regulares, além do simbolismo das ferramentas dos antigos construtores e da admissão exclusiva através da Iniciação. Diferencia-se, no entanto, em muitos outros aspectos, dentre eles, sua liturgia e dramaturgia e o desenvolvimento do seu Método de Ensino. Em Loja, o maçom é apresentado ao simbolismo e às cerimônias ritualísticas; ouve as preleções e instruções contidas nos rituais ou nos trabalhos elaborados por seus Irmãos; apresenta suas idéias; aprende a ouvir e respeitar idéias divergentes e as minorias (a exigência da unanimidade em algumas votações da Loja é a máxima prova deste respeito). Se tiver empenho, estabelecerá uma ligação com a doutrina da Maçonaria, a filosofia do Rito adotado e com o pensamento da sua Loja. Aprenderá que a moral maçônica é racional, expressada pelo amor à verdade, pelo respeito à razão, à sinceridade intelectual, à soberania da consciência que se impõe contra a superstição e contra o dogmatismo. É uma moral solidária, pois pretende que o maçom, mais do que "ter bons costumes", seja tolerante, dedicado, disposto a servir seus irmãos e semelhantes e a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para promover o bem estar da sua família, da sua Pátria, da sua Loja, das suas relações na vida profana e, por decorrência, o Bem da Humanidade. Aprender, para poder praticar e ensinar, o conjunto de princípios e práticas do Rito no qual foi Iniciado ou no qual sua Loja trabalha, é dever de todo o maçom. Conhecer os demais Ritos, respeitando suas origens, princípios e práticas, demonstra seu interesse na procura do auto- aperfeiçoamento. A Maçonaria exige de cada um de nós, a busca constante do conhecimento, da perfeição e da Verdade e, freqüentar a Loja, é fundamental, mas não é o suficiente. São necessários também, o estudo constante dos rituais e muita reflexão. para podermos formar nossas próprias convicções sobre tudo o que vemos, ouvimos, vivenciamos, estudamos e aprendemos. Com a fraternal saudação do Ir. Rui Jung Neto, AStM, “Aprendendo, ensinarás. Ensinando, aprenderás.” Ex-V.M. da Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56 - ao Or. de Porto Alegre – RS – Rito Schröder - GLMERGS Membro da Loja Maçônica de Estudos e Pesquisas “UNIVERSUM” Nr. 147 - GLMERGS Membro Correspondente da Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisa Maçônicas (Chico da Botica) – GORGS Membro do Colegiado Diretor do Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir. Gouveia
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 16/31 Ir Roman, M.’.M.’. RL Salvador Allende GOL A Irmandade Pitagórica e a Maçonaria Portuguesa “Durante muito tempo se pensou que a Maçonaria especulativa, ou seja, a Maçonaria de tipo actual, derivava directamente, por evolução, da Maçonaria operativa, isto é, das lojas de pedreiros de origem medieval. Esta tese está hoje muito abalada, «explorando-se a possibilidade de que os originadores da Maçonaria especulativa se disfarçassem na aparência de uma organização operativa ou corporação, a fim de encobrir actividades e ideias que, na época, se tornava impossível praticar abertamente». Assim, as primitivas lojas «maçónicas», surgidas na Grã-Bretanha em finais do século XVI e no século XVII, poderiam não ser mais do que associações de convívio político e religioso, opondo-se à intransigência estatal. O seu objectivo primacial teria sido «a promoção da tolerância e a consequente criação de uma sociedade melhor». Outra hipótese, com grandes perspectivas de desenvolvimento, faz remontar a Maçonaria especulativa a associações de socorros mútuos, mais ou menos laicas, surgidas no século XVII e derivadas do convívio interprofissional conseguido em tabernas, botequins, estalagens, etc. Os seus primeiros membros seriam, por isso mesmo, comerciantes. Teria então começado a evolução para uma Maçonaria de tipo filosófico e alegórico. Para Portugal, não existem ainda estudos sobre associações de qualquer desses tipos, nomeadamente caritativas, onde tendências similares possam ser encontradas. Além das corporações, sabe-se terem existido, no século XVIII sociedade de pedreiros operativos, mas nada se conhece da sua multiplicação e eventuais características especulativas. Também se sabe que a Irmandade de S. Lucas, fundada em 1602, com compromisso em 1609, além de agremiar pintores, arquitectos, escultores, iluminadores «ou outras quaisquer pessoas que professarem debuxo», podia receber gente de distinção nas Armas e nas Letras. Praticamente extinta em 1755, a Irmandade foi reconstituída a partir de 1781 sem grandes resultados práticos. O compromisso de 1792-94 permitia a existência de «protectores», que curiosamente foram o duque e a duquesa de Lafões, recebidos em Maio de 1792. A Maçonaria portuguesa surge, assim, como um produto de importação de além-Pirinéus. Todavia, mesmo que fosse essa a Maçonaria que vingou e que prosseguiu até aos nosso dias, nada obsta a que uma outra Maçonaria ou «para-maçonaria» de origem e tradições nacionais, tenha existido até finais do século XVIII, como resultado de uma evolução paralela à de outros países. É uma hipótese que os historiadores do futuro terão de admitir e aprofundar” (O. Marques, pp. 17- 18). As tradições do Mediterrâneo Oriental (escolas gregas e latinas, gnósticas, pitagóricas e cristãs) encontram-se no fundamento do pensamento espiritual e filosófico da identidade europeia. Este é um facto que reconhecemos consensualmente, porém não sabemos exatamente como se 5 - A Irmandade Pitagórica e a Maçonaria Portuguesa Roman
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 17/31 desenvolveram as confrarias e irmandades, já que elas por natureza, sempre mantiveram uma discrição própria ao labor iniciático. A literatura greco-latina, como a medieval e a renascentista, expressam exaustivamente todo o universo iniciático, com ou sem alusões de simbólica pagã, mas igualmente num ambiente cristão, demonstrando assim uma continuidade de tradição e de ritos herdados da síntese elaborada in illo tempore pelo Imperio Romano e pelas diversas comunidades cristãs. Em Dante Alighieri — a Divina Comédia apresenta todo um simbolismo alquímico, pitagórico e gnóstico fluente na altura — como em Petrarca, mas até nas comunidades espiritualistas do Languedoc, é notória a proximidade com as tradições neopitagóricas e neoplatónicas apar das chamadas heresias cátaras e bogomilas; a possibilidade de tornar a mensagem bíblica vivencial (principalmente o Novo Testamento) era uma ideia tão pavorosa para Roma como a dispersão do movimento cátaro pela Europa; a primeira tradução vulgar do Novo Testamento foi feita dentro de uma comunidade cátara da Península Ibérica, comunidade que viria a ser perseguida a praticamente exterminada; mais tarde Damião de Góis tentou igualmente o mesmo feito e sabemos qual foi o seu fim. Foram estas tradições que contribuíram para a formação espiritual e filosófica do Renascimento e para a criação da Academia Platónica de Marcilio Ficino (1433-1499), por exemplo. É aliás pela via do hermetismo, da alquimia e da filosofia de Pitágoras, de Aristóteles e de Platão, que vamos encontrar muitos intelectuais e eclesiásticos em Lojas e Fraternidades a partir do século XVII. Anterior a este período conhecemos apenas nomes que individualmente emergiram e publicaram estudos e tratados, supostamente baseados nas traduções latinas e em textos árabes, sem suspeita de terem pertencido a alguma Irmandade, embora isso seja pouco credível nalguns casos. Roger Bacon, Basil Valentine, Ramon Llull, Geber, Pico della Mirandola, Giordano Bruno, Tomás Campanella, George Ripley, Paracelcus, Johann Isaac Hollandus, Robert Fludd e Isaac Newton encontram-se entre esse escol de grandes iniciados. De entre todos os grandes mestres clássicos, Pitágoras emerge na Tradição como o mais cotejado e o mais querido (depois de Hermes Trismegisto) dos hermetistas, dos gnósticos, dos Rosas-cruzes e dos Maçons (depois de Hiram Abiff). No espólio que sobreviveu à destruição da biblioteca de Silves com a reconquista (acervo que contava com 400.000 volumes em 1189), há um conjunto de textos tradicionalmente ligados a Aristóteles, Platão, Tales e Zenão, e embora Pitágoras neles não seja expressamente citado, as ideias tradicionalmente a ele atribuídas, principalmente sobre a imortalidade da alma, a evolução do número e do círculo, estão aí descritas de forma sublime. Quer dizer, que a ideias assim expressas demonstram que a realidade é cognoscível através do número e da geometria, e é isto que está patente em Aristóteles traduzido pelos árabes. Dos textos de inspiração pitagórica que estavam na biblioteca de Silves podemos citar alguns: “A ordem em que os seres procedem da causa primeira parece-se com um círculo ideal”; “O ser dos entes e os números”; “O número é um círculo ideal”; “Dezenas, centenas, milhares e o círculo ideal”. Muitos destes textos e outros em árabe podem ser encontrados hoje na Biblioteca da Academia das Ciências, textos que foram compilados e trazidos do Marrocos por Frei João de Sousa (1735-1812). Igualmente a questão da imortalidade da alma trespassa profusamente no mesmo corpus, porém, não a metempsicose, e este aspecto está intrinsecamente ligado ao exclusivismo da fé islâmica, da mesma forma como sempre encontrou oposição entre os cristãos romanos e ortodoxos. Mas, tal como analisa Cornelli e nós de acordo com ele, tudo o que Platão diz à cerca da alma é apropriação das teorias pitagóricas e órficas. Portanto, quando os tradutores e filósofos
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 18/31 árabes decidiram incluir os clássicos gregos no seu academismo, fizeram-no mas de forma a aproximar o pensamento mediterrânico tradicional do Islão, embora com algumas variantes filtradas pelos diversos movimentos sufis. Isto passou-se no Al-Andaluz e criou escola, e foi a via dos tradutores de Toledo e de Silves e os filósofos árabes em geral que transferiram para a Península Ibéria os conhecimentos pitagóricos e algumas irmandades, como iremos ver. Desde a fundação do colégio de Crotona que se torna difícil distinguir os conhecimentos iniciáticos geralmente atribuídos a Pitágoras, dos grémios de construtores e dos círculos espirituais ou lojas; os conhecimentos filosóficos e simbólicos de um estão profundamente ligados à tradição fenícia e egípcia da Maçonaria operativa e especulativa. Mesmo com o aparecimento do Manifesto Rosa-Cruz traduzido pela primeira vez para inglês em 1620, antecedendo o aparecimento da Maçonaria Especulativa em Inglaterra em 97 anos (a 24 de Junho de 1717), é difícil distinguir uma da outra. Porém, se o Pitagorismo e os ideais Roza-Cruzes criaram raízes no centro e norte da Europa, pela via itálica, na Ibéria a tradição chegou antes pela presença árabe, e é este aspecto que tem passado despercebido aos historiadores da Maçonaria portuguesa para identificarem uma tradição genuína mais antiga — antes mesmo da presença templária e da criação da ordem de Cristo, já os árabes e os judeus tinham formado escola de pensamento ibérico, que os cristãos convertos se encarregaram de continuar histórica e socialmente em Portugal e em Espanha. Esta tradição teve alguns centros no Al-Andaluz (Toledo, Sevilha, Badajoz e Silves) e por ventura o mais importante de todos em Fez, o centro sufi por excelência do reino do Marrocos e uma das cidades de peregrinação sufi no mundo árabe ocidental. A atracção de Portugal pelo Norte de África não foi apenas movida pela “cobiça e vã glória de mandar”, nem pela missionação franciscana, foi igualmente pelo centro de conhecimento filosófico e científico que aí existia, atracção dilecta das comunidades moçárabes e judaicas pelas irmandades iniciáticas sufis que aí existiam. E essa ligação vem desde a criação do Garb Al- Andaluz. É portanto no Marrocos que se encontra o local de comum convergência entre a Irmandade Pitagórica árabe, a irmandade Pitagórica cristã e a fundação da Fraternidade Rosa- Cruz. Como descreve sucintamente a Fama Fraternitatis (o manifesto Rosa-Cruz dado a público no século XVII), o seu suposto fundador, o monge Cristiano Rosacruz (provavelmente um monge franciscano), partiu num périplo para a Terra Santa no ano de 1394. Mas em vez de aí ter chegado dirigiu-se a Damkar, a cidade dos sábios na Arábia Saudita, onde viveu por três anos e aprendeu o árabe, a física e a matemática. Daqui dirigiu-se depois para o Egipto onde estudou botânica e zoologia (as criaturas) e finalmente partiu para Fez onde aprendeu a magia, a cabala judaica e a doutrina da harmonia e equivalências entre o microcosmos e o macrocosmos. A cidade de Fez foi e continua a ser hoje em dia, o centro mais importante da peregrinação sufi do ocidente. E foi precisamente para lá que D. José enviou Frei João de Sousa em 1773 para tratar da diplomacia e do tratado de paz com o Reino do Marracos. Ali ficou vários anos Frei João de Sousa traduzindo se não toda quase toda a diplomática marroquina e tudo o que lhe veio à mão que pudesse esclarecer os negócios estrangeiros de Portugal. Frei João tinha nascido na Síria, em Damasco, de pais que nasceram na Índia portuguesa. E para além da sua língua materna, o português falava fluentemente o árabe. Aos 16 anos partiu para a Europa onde continuou os seus estudos e ingressou na Ordem Franciscana dos Barbadinhos e veio para Portugal. Homem muito dotado para várias línguas viria a distinguir-se como um dos maiores intelectuais do seu tempo em
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 19/31 Portugal e um dos primeiros sócios da Academia das Ciências e seu bibliotecário. Ora, é este homem que em missão no Marrocos, transcreve e traduz pela primeira vez o Alcorão para português, e descobre o texto fundador da Irmandade Pitagórica em língua Árabe na cidade de Fez, tendo transcrito na íntegra e traduzido pelo menos uma página em Latim. Este acto reveste-se de uma enorme importância pois revela que um franciscano estava totalmente ciente da importância da Irmandade Pitagórica na Europa e que a sua existência no Marrocos, representava uma continuidade de tradição que remontava pelo menos à fundação da própria Irmandade por S. Francisco de Assis e da emergência da Rosa-Cruz e da Reforma. Entre o advento da Fraternidade Rosa-Cruz e o da Maçonaria, um outro acontecimento transformou o horizonte europeu. E esse foi a Reforma Protestante (1517), que iria ter repercussões em todos os níveis da sociedade civil e religiosa, e cujo impacto ainda se faz sentir nos nossos dias. É de facto a partir desde evento que começam a surgir as primeiras edições de textos clássicos ligados às tradições neopitagóricas e neoplatónicas. Em 1583 é publicado pela primeira vez o texto grego dos Versos de Ouro de Pitágoras, com comentários de Hiérocles, numa tentativa de demonstrar a concordância doutrinal entre Platão e Aristóteles, refutando os sistemas dos epicuristas e dos estoicos. Este e outros textos atribuídos à Escola de Pitágoras já tinham aparecido efemeramente em duas edições anteriores mas em latim, a de 1471 (em Pádua) e a de 1475 (em Roma). O Pitagorismo aparece assim de forma pública, embora reservada apenas aos eruditos, que “sabiam ler”, que devemos entender como religiosos, académicos e alguns nobres. Os preceitos de Pitágoras e da sua Irmandade, foram assumidos por várias associações num espectro alargado da sociedade europeia, incluindo alguns grupos distintos de ordens e de congregações religiosas, e academias de artes e ofícios. A própria divisão entre os discípulos ou grupos distintos nas irmandades pitagóricas (acusmáticos e matemáticos), sugere as “idades” maçónicas de Aprendiz e Companheiro. Mas esta tradição que se enraizou na Europa teve duas origens, como já dissemos, a via itálica e a marroquina. Aproximadamente um século depois da Reforma, e após um outro acontecimento com um impacto ao nível das cortes e das academias de artes, surgem novas traduções dos Versos de Pitágoras e respectivas notas clássicas. Esse outro acontecimento, é a publicação da Fama Fraternitatis (1614) e da Confessio Fraternitatis (1615) em Kassel, pela Fraternidade Rosa-Cruz, dois panfletos que dão início a uma transformação sem precedentes. Em 1611 já circulavam versões manuscritas dos dois documentos, o que indica um trabalho preparatório e uma rede de contactos que se espalhava por toda a Europa e que mostra uma longa tradição iniciática2 . Em consequência da sua imensa influência, a Fraternidade Rosa-Cruz como a Maçonaria ostentam ainda hoje marcas simbólicas e visíveis do pitagorismo e ambas têm orgulho em nomear o Mestre grego nas suas Lojas. É natural, portanto, que a partir do século XVII, depois da publicação da Fama e da Confessio, Pitágoras e o pitagorismo tenham ressurgido numa metamorfose humanista, e que alguns conselheiros de estado, educadores e religiosos tenham dedicado aos seus protetores (reis e nobres) reedições traduzidas do grego e do latim para as línguas vernáculas, dos Versos de Ouro, da Letra de Pitágoras e do Homem de Bem.
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 20/31 Porém, o movimento da Reforma (1517), se por um lado fez reverdecer as fraternidades cristãs e gnósticas da Europa, por outro e com a Contra-Reforma, principalmente a partir do Concílio de Trento (no ano de 1545 e depois em 1563), provocou uma reacção entre os tradicionalistas pitagóricos levando a uma separação sensível na interpretação dos textos fundadores da Irmandade Pitagórica na Europa e no seu relacionamento com a cultura mediterrânica. A primeira e grande cisão que deve ter-se operado no seio desta irmandade, envolveu precisamente aqueles que se mantiveram fieis ao Catolicismo Apostólico Romano e os que se agruparam em torno do Movimento Protestante. Devem ter passado a existir, portanto, duas Irmandades gémeas pitagóricas: uma de fundo Apostólico Romano e outra Protestante. E é esta mesma oposição religiosas e ideológica que verificamos em Portugal quando as primeiras lojas maçónicas (de comerciantes e mercadores ingleses) são perseguidas e fechadas. E é isso o que justamente podemos igualmente observar nas traduções e anotações feitas entre finais do século XVII e meados do XVIII dos textos pitagóricos, ou tradicionalmente atribuídos a Pitágoras. É no texto que transcrevemos e que iremos publicar, onde percebemos a preocupação que Luiz António de Azevedo tem de referir en passant a sua filiação apostólica e fiel ao Concilio de Trento, muito embora a filosofia que expõe, as explicações que dá e as anotações que faz, não iliba o Opúsculo de pertencer à melhor tradução gnóstica do Mediterrâneo oriental. É que Azevedo, embora se defenda, com todo o fundamento cristão, em São Jerónimo e São Paulo, prefere citar entre outros autores (gregos e latinos) o Padre António Vieira. A tradução original de que se valeu para fazer a sua, tirou-a certamente e na maioria de André Dacier (1651-1722), um emérito membro protestante da Academia de Letras de Paris e seu secretário perpétuo. Os cotejos de Azevedo em todo o opúsculo são maioritariamente retirados deste comentador. A tradução portuguesa realizada por Azevedo e publicada em 1795, que apresentamos na íntegra, encontra-se dentro desta tradição iniciática e revela uma filiação europeia. Noutros países e à mesma altura em que Azevedo dava à estampa os famosos Versos, também se fez publicar Pitágoras com a mesma forma editorial e com os mesmos objectivos: educar e cativar os reis e os nobres e talvez iniciá-los nalguma Loja. De facto, a edição de Dacier (com as notas de Hiérocles) serviram de exemplo seguido por vários editores. Seriam estas publicações uma resposta ao apelo lançado pelos Rosas-cruzes na Fama e na Confessio, um século antes, e uma resposta ao movimento da Contra-Reforma, que no caso português atingiu a sua maior expressão com a “Viradeira”? Nessas reedições descobre-se constantemente a afirmação do horizonte moral e ético como especulativo, alusivos ao julgamento e ao discernimento: “vivendo no nível e pelo esquadro”. A narrativa da Fraternidade Pitagórica estende-se por toda a história da Europa e do Mediterrâneo, o que implica reconhecer que houve Lojas pitagóricas na orla do mar interior, incluindo Marrocos, como iremos ver neste opúsculo. Este facto é de extraordinária importância para história da Maçonaria e da Rosa-Cruz em geral, mas igualmente para a história da implantação da Maçonaria em Portugal. Embora não se saiba ainda como as irmandades ibéricas e particularmente portuguesas sobreviveram e se mantiveram antes do advento da Maçonaria, podemos fazer uma ideia de como os elos e as fraternidades entre elas e outras irmandades na Europa possam ter-se mantido.
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 21/31 É ainda um mistério a forma como a Maçonaria foi implantada sem acolhimento em Portugal, se pensarmos que as ordens militares e de cavalaria, mesmo estando já em decadência e muitas sendo apenas honoríficas, mantinham ritos oriundos da Ordem de Cristo, antiga Ordem do Templo, e que algumas podem ter oferecido resistência à sua entrada em Portugal. Não se explica facilmente como em 1727 a primeira e única loja de maçons, e mercadores ingleses fosse interdita pela Inquisição, a não ser por motivos religiosos e políticos. Em 1733 fundava-se em Lisboa a primeira Loja genuinamente portuguesa, “Casa Real dos Pedreiros-Livres da Lusitânia”, na qual Carlos Mardel era Obreiro, para logo em 1738 abater colunas por imposição da bula condenatória de Clemente XII. Qualquer outra Fraternidade que mantivesse neste período uma Loja activa em Portugal, certamente teria de mover-se com a precaução necessária para não ter que adormecer. Em 1743 a Loja Coustos era denunciada à Inquisição, levando à prisão e à tortura os seus Irmãos. Só mais tarde, entre 1760-1770, é que a Maçonaria adquire mais liberdade e força em Portugal, derivada da acção esclarecida do Marquês de Pombal. Porém, com a sua morte e a partir de 13 de Março de 1777, a “Viradeira” dá origem a novas e ferozes perseguições que se prolongaram até 1797, quando chega a Lisboa o corpo expedicionário inglês. É no contexto da “Viradeira” e da expulsão de vários alunos e professores da Universidade de Coimbra, acusados de heresia e de serem “enciclopedistas”, que vemos surgir em 1795 a edição de Azevedo, dedicada a D. João III. Esta publicação representa um esforço por parte de algumas fraternidades e irmandades europeias, para “esclarecer” a realeza portuguesa, e assim tentar senão travar a perseguição, pelo menos aliviar e retardar o seu andamento. O aparecimento da Maçonaria Portuguesa, como refere Oliveira Marques, pode dever-se à importação além Pirenéus, mas as suas raízes são mais antigas e ibéricas, onde confluíram os pensadores e as irmandades árabes, como a Pitagórica, a dos judeus sefarditas e a da Ordem de Cristo, que na sua síntese reuniu um conhecimento de Jerusalém (diríamos de Damasco) a Fez. Só assim podemos explicar a adesão quase espontânea de portugueses à Maçonaria durante o reinado de D. José. Ir Roman, M.’.M.’. RL Salvador Allende GOL
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 22/31 Este Bloco está sendo produzido pelo Irmão Pedro Juk, às segundas, quartas e sextas-feiras Diáconos e a transmissão Em 04/05/2016 o Respeitável Irmão Luis Fernando Fraga e Klock, Loja Giuseppe Garibaldi, 76, GOSC (COMAB), REAA, Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, solicita esclarecimento no que segue: fragaeklock@gmail.com Fiquei apenas com uma dúvida na matéria do JB News 2036 de 29 de abril de 2016. Quando os Diáconos vão transmitir ou receber a palavra do Venerável Mestre ou Vigilantes ele está com Bastão e por este motivo não faz o sinal, correto? Apenas o Venerável Mestre e os Vigilantes soltam o malhete e ficam à Ordem fazendo Sinal, correto? Não conheço o GOB, a não ser que no GOB o Diácono transmita a palavra sem o bastão. Considerações: Na verdade esse assunto não deveria ser tratado como uma prática desta ou daquela Obediência em se tratando da liturgia e ritualística de um mesmo rito maçônico. Infelizmente os episódios assim não têm acontecido. Originalmente, independente de estarem de acordo com um ritual, as minhas considerações sempre se dão em conformidade com o que é prática autêntica e verdadeira no Rito em questão. 6 – Perguntas & Respostas Pedro Juk Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 23/31 Nesse sentido, os Diáconos não portam bastão no REAA, daí a minha resposta mencionada no JB News n° 2.036 não levar essa prática em consideração. No caso de rituais, mesmo equivocados, mais em vigência numa Obediência Maçônica, há primeiro que se respeitar o seu conteúdo, assim, mesmo que de modo contraditório, estiver previsto o porte de bastão pelos Diáconos nessa oportunidade, obviamente que eles então não fazem Sinal, sobretudo porque estando a mão direita ocupada com o instrumento não há como se fazer o Sinal, a despeito de que a representação da aplicação simbólica da pena é sempre feita com a mão direita. T.F.A. Pedro Juk jukirm@hotmail.com Jun/2016. Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda Edição. www.atrolha.com.br - Objetivo – Introdução a interpretação simbólica maçônica. Conteúdo – Resumo histórico das origens da Maçonaria – Operativa, Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema Latino e Inglês – Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de Emulação. Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da Tábua de Delinear. Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis (Ritualística e Liturgia, História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico. https://www.trolha.com.br/loja/
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 24/31 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis 01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão 11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul 13/12/1983 Nova Aurora Criciúma 18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo 20/12/2003 Luz Templária Curitibanos 22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis 21/12/1999 Silvio Ávila Içara Data Nome da Loja Oriente 02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau 02/12 Lauro Muller São José 06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma 07/12 Voluntas Florianópolis 09/12 Igualdade Criciumense Criciumense 11/12 Xaver Arp Joinville 13/12 Padre Roma II São José 14/12 Montes de Sião Chapecó 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de Dezembro
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 25/31 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 01.12.04 Luz de São Miguel - 3639 São Miguel do Oeste 02.12.06 Colunas de Antônio Carlos - 3824 Florianópolis 04.12.08 Seara de Luz - 3961 Chapecó 05.12.85 25 de Agosto - 2383 Chapecó 08.12.10 Estrela do Oriente - 4099 Tubarão 11.12.96 Justiça e Paz - 3009 Joinville 11.12.97 União Adonhiramita -3129 São Pedro de Alcântara 11.12.01 Paz do Hermon - 3416 Joinville 12.12.96 Fênix do Sul - 3041 Florianópolis 13.12.52 Campos Lobo - 1310 Florianópolis 13.13.11 Luz do Oriente - 4173 Morro da Fumaça 16.12.96 A Luz Vem do Oriente - 3014 Castelo Branco 16.12.03 Philantropia e Liberdade - 3557 Brusque 17.12.96 Luz do Ocidente - 3015 Chapecó 17.12.96 Perseverança - 3005 Florianópolis 20.12.77 Xv de Novembro - 1998 Caçador 28.12.96 Livre Pensar - 3153 Piçarras 28.12.96 Luz de Navegantes - 3033 (30/06/2010) Navegantes
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 26/31 LEIA O BOLETIM NR. 105 DE NOVEMBRO de 2016 E OUTROS, NO LINK ABAIXO: Caro Irmão: Estamos encaminhado o nosso Boletim nº 105, de novembro de 2016, na esperança de estar contribuindo com a divulgação da cultura Maçônica. Caso seja de vossa liberalidade, solicitamos divulgar o mesmo em vossas listas de maçons, Lojas e Grupos. Com nossos agradecimentos deixamos um TFA e uma boa leitura. Marco Antonio Perottoni Loja Cônego Antonio das Mercês – GORGS Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas – GORGS Porto Alegre – RS  Binfo Chico 105 - 30 nov 16.pdf
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 27/31 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Dia 5 de dezembro: Sanctum Sanctorum Quando Moisés, no deserto, após a fuga do Egito, construiu o tabernáculo, colocou nele três compartimentos: o mais interno e preservado denominou "Santo dos Santos", onde era guardada a Arca da Aliança, o objeto considerado mais sagrado daquele Templo. No Sanctum Sanctorum, palavra latinizada, somente tinha acesso o Sumo Sacerdote. Nos grandes Templos construídos depois - em local definitivo, pois o tabernáculo era desmontado e armado em outro lugar, consoante o progresso da marcha - o Santo dos Santos era separado por um véu, pois o povo não podia ver sequer o que existia lá dentro. No Terceiro Templo, o de Herodes, quando Jesus expirou na Cruz, o véu do Templo rompeu-se. Esse véu era confeccionado com o couro de boi, e para rompê-lo seria necessário um grande esforço. O rompimento desse véu simbolizou a retirada da intermediação entre o Senhor e a criatura humana. Em Maçonaria, no Grau 4, coloca-se no Oriente a Arca da Aliança e esse local passa a ser, simbolicamente (paladinamente), denominado Sanctum Sanctorum. No Templo Interior de cada maçom existe esse local sagrado, que sugere a existência de profundos mistérios; o maçom, porém, poderá revelá-los de acordo com os conhecimentos adquiridos. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 358.
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 28/31 Loja Maçônica Acadêmica Jorro de Luz e Sabedoria – Bahia Trabalha no Rito Brasileiro (GOB/BA) Estou começando montar a minha árvore de natal
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 29/31 (pesquisa e arquivo JB News, vídeos da internet e colaboração de irmãos) 1 – Esse cãozinho não tem medo de nada, nem de um tubarão! 2 – Saiba se a gelatina realmente faz bem à saúde 3 – Aprenda a combater a flacidez com produtos naturais! 4 – Eu não sabia que o suco de cenoura tinha tantos benefícios.. 5 – As 10 dicas incríveis sobre o mouse do seu computador! 6 – Conheça o paraíso na Terra: Palma de Mallorca, na Espanha! 7 - Filme do dia: (Contra o Tempo) - dublado Sinopse: O capitão Colter Stevens (Jake Gyllenhaal) faz parte de um projeto ultrasecreto denominado Source Code capaz de transportar um homem para o corpo de outro, assumindo a sua identidade nos oito minutos de vida restantes de cada alvo escolhido para a “ocupação”. Um atentado terrorista explodiu um trem nos arredores de Chicago, matando todos os passageiros e agora a sua missão é voltar no tempo, no corpo de uma das vítimas e ... https://www.youtube.com/watch?v=QnTu4gPM36c
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 30/31 Ir Franklin dos Santos Moura Loja Prof. Hermínio Blackman 1761 Vila Velha – GOB-ES Membro Fundador da ACADGOB-ES Cadeira 22, Patrono Wagner Araújo fsmoura1761@yahoo.com.br (Caro Irmão Jerônimo - Segue poesia em homenagem ao aniversário de 48 anos da Loja que faço parte, o qual celebraremos dia ...05/12/2016. Será um grande presente aos Irmãos...) Um fraternal abraço e uma ótima semana. Franklin Moura Soneto Blackman Obreiros, hoje é dia de festa! O templo da virtude comemora mais uma primavera Resistindo a dura jornada, sempre severa. Sendo a união que supera cada aresta. Obreiros, hoje é dia de saudade! Celebrando arautos irmãos que construíram nossa história, seus feitos repousam vivos em nossa memória. Assim, combatemos o bom combate da fraternidade. Obreiros, hoje é dia de gratidão! Por superar as dificuldades de outrora, e seguir em frente com o malhete em punho e a sabedoria de Salomão. Obreiros, celebrem a nova aurora! Chegamos ao 48º ano e o futuro é o nosso lugar. Mas lembrem-se, as sementes do amanhã se plantam agora.
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.258– Florianópolis (SC) – segunda-feira, 5 de dezembro de 2016 Pág. 31/31