Este documento discute a distinção entre sofistas e filósofos na Grécia Antiga. Os sofistas eram mestres da retórica que ensinavam como persuadir audiências através da linguagem, enquanto os filósofos como Sócrates e Platão criticavam os sofistas por se concentrarem mais na forma do que no conteúdo e na verdade.
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Correção ficha (1)
1. Proposta de correção da ficha de trabalho
1.
1.1. Esta afirmação é falsa, na medida em que, a principal finalidade do sofista
consistia em convencer e manipular o auditório em questão, através da linguagem.
Todavia, esta afirmação seria verdadeira se se referisse ao filósofo.
1.2. Esta afirmação é verdadeira, porque com a chegada da democracia os cidadãos
são convidados a expressarem as suas opiniões e, por isso, a usar livremente a
palavra. Devido ao modelo de educação tradicional, eles não estavam preparados para
defender as suas ideias, daí o surgimento dos sofistas, que vêm colmatar essas falhas,
instauradas pelo modelo educativo tradicional.
1.3. Esta afirmação é falsa, pois as críticas ao movimento sofístico foram dirigidas,
principalmente, por Sócrates e Platão.
1.4. Esta afirmação é verdadeira, visto que, o sofista, mestre da oratória e eloquência,
fez da retórica uma técnica de dar encanto ao discurso, ao recorrer a figuras de estilo,
jogos de palavras e outras estratégias para convencer o auditório. Todas essas
estratégias permitiram que os sofistas fossem associados a excessos estilísticos da
retórica.
2. Os principais representantes da revolução contra os sofistas foram Sócrates e
Platão. Os factores que conduziram às críticas destes dois filósofos baseiam-se na
finalidade do movimento sofístico – a manipulação do auditório, através da
linguagem –; no caráter relativo da verdade; e, por conseguinte, devido à verdade ser
relativa, o conhecimento reduz-se à mera opinião (doxa).
3.
3.1. a) A partir das críticas de Sócrates e Platão, o termo «sofista» foi associado ao
falso saber, a uma sabedoria aparente, por oposição ao filósofo. Estas críticas fizeram
com que, durante largos tempos, os sofistas fossem vistos sob um olhar distorcido o
que, consequentemente, enfermou a relação entre a retórica e a filosofia.
3.2. a) Segundo Sócrates, a retórica assume-se como atividade empírica, na medida
em que, tende a produzir «uma certa espécie de agrado e desagrado» e como
2. simulacro da política, pois não ajuda a encontrar a verdade absoluta, finalidade
pretendida pelo filósofo.
4.
Sofista
Filósofo
Caraterísticas: centrado na forma; procura a verdade; desenvolveu a retórica;
desenvolveu a dialética; a finalidade consistia na manipulação do auditório em
questão; centrado no conteúdo do que está a ser proferido; ensinavam a técnica do
discurso com o objetivo de persuadir através da linguagem; professores itinerantes; o
discurso é baseado nos conceitos Verdade e Bem;