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A escola pública como a conhecemos é 
muito nova, assim como a entrada de 
educandos negros no sistema educacional 
ainda é muito nova. As conquistas dos 
negros se iniciaram com a criação da Lei do 
Ventre Livre que trouxe alguma 
possibilidade de escolarização elementar 
para a criança negra livre.
Outra conquista da população negra foi a 
Abolição da Escravatura em 1888, e já em 
1867, Perdigão Malheiros manifestava sua 
preocupação com a relação abolição-escolarização, 
ao questionar o que se faria com 
estes novos cidadãos do império. (FONSECA, 
2001).
E será que ele obteve a resposta? 
Conseguimos suprir a necessidade 
educacional da população negra? Como 
isto está acontecendo?
SILVA e ARAÚJO, 2005. Afirmam que os 
negros ao serem cruelmente escravizados 
tiveram diversos direitos violados, inclusive o 
de receber uma educação formal. 
A cruel escravidão a que foram submetidos os 
negros arrancados de suas regiões de origem no 
continente africano, como também muitos de seus 
descendentes, além de representar um conjunto 
de violações de direito, gerou para esta população 
um triste legado: a interdição à educação formal. 
(p.65)
Precisamos compreender a trajetória do negro na 
história pra entender as discrepâncias que há entre 
negros e brancos no sistema educacional. De acordo 
com o IBGE ( Censo 2010), os pretos e pardos 
estudam cerca de 2,3 anos a menos do que brancos na 
faixa etária de 20 a 25 anos. O censo também mostrou 
que a taxa de analfabetismo caiu para todos os grupos, 
mas está entre os negros a maior taxa de 
analfabetismo. A baixa escolarização é determinante na 
vida trabalhista, e encontramos um número maior de 
negros do que brancos ocupando os cargos mais 
subalternos da sociedade. Ainda de acordo com o 
IBGE, os trabalhadores negros e pardos tiveram um 
aumento na sua renda de meio salário mínimo, ao 
passo que os brancos tiveram um aumento de 1 salário 
mínimo.
As relações sociais são evidenciadas quanto se 
discute economia no nosso país, mas é importante 
ressaltar que toda relação social está intimamente 
ligada a questões de cor. 
Então vale questionar: as políticas públicas para a 
educação como o sistema de cotas lei 3708/2001, 
a lei 10639/2003 que inclui no currículo da 
educação básica a obrigatoriedade da temática 
História e Cultura Afro Brasileira, atendem a 
demanda de pretos e pardos? Qual destas ações 
de fato confere ao indivíduo preto a saciedade da 
cidadania a que tem buscado desde sua 
libertação?
Como proporcionar ao estudante preto uma 
educação equiparada à educação privada, que 
dá ao sujeito condições reais de concursar em 
vagas de universidades públicas e de 
concursos diversos?
Precisamos então responder a estes 
questionamentos: Por que ainda há tanta 
diferença racial nas esferas educacionais? Qual 
o melhor caminho para termos resultados que 
levem a uma equidade entre a escolarização de 
pretos e brancos? Pois ainda hoje de acordo 
com o IBGE 2010, o negro estuda menos que o 
branco mesmo havendo maior possibilidade de 
acesso a escolarização. 
Trata-se de estudar a história da educação do 
negro no Brasil, analisar as políticas públicas 
vigentes, e propor novos questionamentos por 
uma busca de um sistema público educacional 
que ofereça uma educação de qualidade para 
TODOS.
Trata-se de estudar a história da educação do 
negro no Brasil, analisar as políticas públicas 
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Negro e Educação

  • 1.
  • 2. A escola pública como a conhecemos é muito nova, assim como a entrada de educandos negros no sistema educacional ainda é muito nova. As conquistas dos negros se iniciaram com a criação da Lei do Ventre Livre que trouxe alguma possibilidade de escolarização elementar para a criança negra livre.
  • 3. Outra conquista da população negra foi a Abolição da Escravatura em 1888, e já em 1867, Perdigão Malheiros manifestava sua preocupação com a relação abolição-escolarização, ao questionar o que se faria com estes novos cidadãos do império. (FONSECA, 2001).
  • 4. E será que ele obteve a resposta? Conseguimos suprir a necessidade educacional da população negra? Como isto está acontecendo?
  • 5. SILVA e ARAÚJO, 2005. Afirmam que os negros ao serem cruelmente escravizados tiveram diversos direitos violados, inclusive o de receber uma educação formal. A cruel escravidão a que foram submetidos os negros arrancados de suas regiões de origem no continente africano, como também muitos de seus descendentes, além de representar um conjunto de violações de direito, gerou para esta população um triste legado: a interdição à educação formal. (p.65)
  • 6. Precisamos compreender a trajetória do negro na história pra entender as discrepâncias que há entre negros e brancos no sistema educacional. De acordo com o IBGE ( Censo 2010), os pretos e pardos estudam cerca de 2,3 anos a menos do que brancos na faixa etária de 20 a 25 anos. O censo também mostrou que a taxa de analfabetismo caiu para todos os grupos, mas está entre os negros a maior taxa de analfabetismo. A baixa escolarização é determinante na vida trabalhista, e encontramos um número maior de negros do que brancos ocupando os cargos mais subalternos da sociedade. Ainda de acordo com o IBGE, os trabalhadores negros e pardos tiveram um aumento na sua renda de meio salário mínimo, ao passo que os brancos tiveram um aumento de 1 salário mínimo.
  • 7. As relações sociais são evidenciadas quanto se discute economia no nosso país, mas é importante ressaltar que toda relação social está intimamente ligada a questões de cor. Então vale questionar: as políticas públicas para a educação como o sistema de cotas lei 3708/2001, a lei 10639/2003 que inclui no currículo da educação básica a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro Brasileira, atendem a demanda de pretos e pardos? Qual destas ações de fato confere ao indivíduo preto a saciedade da cidadania a que tem buscado desde sua libertação?
  • 8. Como proporcionar ao estudante preto uma educação equiparada à educação privada, que dá ao sujeito condições reais de concursar em vagas de universidades públicas e de concursos diversos?
  • 9. Precisamos então responder a estes questionamentos: Por que ainda há tanta diferença racial nas esferas educacionais? Qual o melhor caminho para termos resultados que levem a uma equidade entre a escolarização de pretos e brancos? Pois ainda hoje de acordo com o IBGE 2010, o negro estuda menos que o branco mesmo havendo maior possibilidade de acesso a escolarização. Trata-se de estudar a história da educação do negro no Brasil, analisar as políticas públicas vigentes, e propor novos questionamentos por uma busca de um sistema público educacional que ofereça uma educação de qualidade para TODOS.
  • 10. Trata-se de estudar a história da educação do negro no Brasil, analisar as políticas públicas vigentes, e propor novos questionamentos por uma busca de um sistema público educacional que ofereça uma educação de qualidade para TODOS. ivyscunha@bol.com.br