1. Números de idosos no brasil.
Segundo o órgão, a população com essa faixa etária
deve passar de 14,9 milhões (7,4% do total), em
2013, para 58,4 milhões (26,7% do total), em 2060.
2. •
•
•
•
•
•
Com a mudança da estrutura etária brasileira, resultado da redução do número de
jovens e do aumento da população idosa, o Brasil deve passar por profundas
transformações socioeconômicas.
A principal delas diz respeito ao que especialistas chamam de "bônus
demográfico" ou "janela de oportunidades".
O conceito engloba as oportunidades que surgem para o país quando o número de
pessoas consideradas economicamente produtivas (as que o IBGE considera em
idade de trabalhar, entre 15 a 64 anos) é maior do que a parcela da população
dependente (ou seja, menores e idosos que não trabalham).
Calcula-se que em 2013 cada grupo de cem indivíduos em idade ativa sustenta 46
indivíduos.
Segundo as estimativas do IBGE, até 2022 esse número irá caindo – indicando um
grande número de pessoas economicamente ativas. Nesse ano, porém, ocorrerá
uma inversão, chegando em 2033 ao mesmo nível de 2013.
Já em 2060, a proporção deverá ser de 65,9, ou seja, cada grupo de
5. População idosa
Idade
Parelhas
Rio Grande do Norte
Homens Mulheres
Homens
Mulheres
Brasil
Homens
Mulheres
60 a 64 anos
334
354
47.273
56.383
3.040.897
3.467.956
65 a 69 anos
231
273
34.185
41.921
2.223.953
2.616.639
70 a 74 anos
178
315
27.411
34.840
1.667.289
2.074.165
75 a 79 anos
146
191
17.196
23.229
1.090.455
1.472.860
80 a 84 anos
133
198
13.194
18.064
668.589
998.311
85 a 89 anos
87
108
7.820
10.544
310.739
508.702
90 a 94 anos
34
50
3.097
4.487
114.961
211.589
95 a 99 anos
6
12
981
1.565
31.528
66.804
0
3
201
499
7.245
16.987
1.149
1.504
151.358
191.532
9.155.656
11.434.013
Mais de 100
anos
total
8. • esperança ou expectativa de vida se caracteriza pela estimativa do número
de anos que se espera que uma pessoa possa viver. Esse dado é um reflexo
das condições de vida e saúde de um determinado lugar. No Brasil, assim
como na maioria dos países, a expectativa de vida está crescendo a cada
ano.
Entre as décadas de 1950 e 1980, o Brasil registrou a maior evolução na
expectativa de vida da população. Os principais fatores responsáveis por
esse fenômeno foram os investimentos nos serviços de saúde, vacinação,
introdução dos antibióticos, medidas preventivas de saúde pública,
instalação de redes de esgoto e água tratada, além de saneamento de
lagoas e pântanos. Todos esses elementos contribuem para a redução da
mortalidade por doença infecciosas, sobretudo entre as crianças, que são
mais vulneráveis às infecções.
9. •
A expectativa de vida do brasileiro ao nascer vem crescendo vertiginosamente. De acordo
com dados oficiais do IBGE, em 2010, era de 73,48 anos (73 anos, 5 meses e 24 dias), tendo
havido um aumento de 0,31 anos (3 meses e 22 dias) em relação a 2009 e de 3,03 (3 anos e 3
dias) em relação ao ano de 2000. Em 2010 os idosos brasileiros representavam 10% da
população brasileira, sendo que até 2030, a população idosa deve chegar a 30%, ano em que,
estima-se, a expectativa de vida do brasileiro estará próxima de 80 anos.
Já a taxa de mortalidade infantil foi de 21,64 mil por nascidos vivos em 2010, indicando
redução de 28,03% em relação ao ano de 2000. Esta situação, apesar de demonstrar um
avanço social, representa um enorme desafio para a sociedade, para as diversas áreas do
direito e principalmente, para a seguridade social.
O rápido envelhecimento da população brasileira, a expectativa de vida aumentada, a
redução da mortalidade infantil e da natalidade, colocam em risco o futuro do sistema
previdenciário, que é solidário e participativo, ou seja, os segurados ativos sustentam os
inativos. Diante deste quadro, importante refletir: O número de trabalhadores ativos será
suficiente para financiar as aposentadorias dos idosos? O que devemos fazer?
A previdência social precisa encontrar um mecanismo para aumentar o número de
contribuições previdenciárias, seja aumentando a idade para a concessão da aposentadoria,
seja concedendo um plus para o segurado aposentado que retornar ao mercado de trabalho,
pois, hoje, este, ao retornar, volta a contribuir para a previdência social tendo em vista o
nosso sistema solidário e contributivo, mas ele mesmo não se beneficiará desta nova
contribuição previdenciária, salvo eventual desaposentação.
10. INPACTO NA PREVIDÊNCIA
• Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro, haverá uma
redução média de 1,67% no benefício do trabalhador que se
aposentar a partir desta segunda-feira por tempo de contribuição.
• De acordo com os dados da tábua de mortalidade projetada para o
ano de 2012, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), a expectativa de vida ao nascer passou de
74,1 anos, em 2011, para 74,6 anos, com acréscimo de 5 meses e
12 dias.
11. • A diminuição se deve ao fator previdenciário, mecanismo utilizado
pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para tentar adiar a
aposentadoria dos trabalhadores mais jovens, penalizando quem se
aposenta mais cedo, já que esse segurado, teoricamente, vai
receber o benefício por mais tempo.
• O cálculo leva em conta a idade ao se aposentar, o tempo de
contribuição para a Previdência Social e a expectativa de sobrevida,
ou seja, quanto tempo o trabalhador deve viver a mais
considerando a idade que tem agora. A nova tabela do fator
previdenciário vale até 30 de novembro de 2014.
• Newton Conde, atuário especializado em previdência, diretor da
Conde Consultoria e professor da Fipecafi-FEA USP, estima que, no
período de idade em que se concedem aposentadorias, dos 40 aos
80 anos, a expectativa de vida dos segurados aumentou, em média,
144 dias entre 2011 e 2012, que corresponde à perda média de
1,67%.
12. • O projeto de descansar antes dos 60 anos, sem a pressão
do relógio, está cada vez mais distante do brasileiro. A
expectativa de vida vem aumentando e o contingente que
já cruzou a faixa dos 60 anos soma hoje 12% da população.
Serão 30% em 2050. Mais gente vivendo por mais tempo
significa maiores despesas. A matemática da longevidade
desafia o caixa da Previdência Social e da Saúde, dupla que
deve sofrer os principais impactos da vida mais longa.
Quem puxa a fila para o futuro é a Previdência. O sistema,
que depende das contribuições de quem está na ativa para
bancar quem saiu do mercado e sustenta perto de 26
milhões, vai resistir para atender aqueles que estão
ingressando hoje no sistema?
13. •
Segundo cálculos do especialista, os gastos com a
Previdência e o funcionalismo federal podem sair dos atuais
14% do Produto Interno Bruto (PIB) e chegar a 28,5% em
2040. Isso se nada for feito para frear os gastos. “Com as
despesas nessa proporção, ficam restritos os recursos para
investimentos. É preciso fazer a reforma ou corEntre as
estratégias de curto prazo para reduzir os impactos do
envelhecimento no caixa da Previdência, algumas medidas
estão em debate, como a mudança das regras para
concessão de pensões e a queda do fator previdenciário,
redutor das aposentadorias, pela fórmula 85/95 que soma
tempo de contribuição e idade para mulheres (85) e
homens (95). O endurecimento das regras da Previdência
para garantir a saúde do sistema.