Relatório Final do Projeto de Pesquisa "Fortuna Crítica: o Léxico na Poesia de Manoel de Barros", com apoio financeiro do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) nos anos 2013/2014
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O léxico reinventado de Manoel de Barros
1. FORTUNA CRÍTICA: O LÉXICO NA POESIA DE MANOEL DE BARROS
Igor Iuri Dimitri Nakamura ¹ e Kelcilene Grácia Rodrigues ² Rauer Ribeiro Rodrigues ²
¹ Aluno do curso de Letras UFMS, bolsista de Iniciação Científica CNPq – PIBIC 2013/14
² Docente de Letras da UFMS
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar parte do estudo crítico
desenvolvido sobre Manoel de Barros, enfatizando a reinvenção lexical de que o autor faz uso
em sua linguagem poética. Para isso, elaborou-se um levantamento bibliográfico, procedido
de uma sistematização dos trabalhos recolhidos através de categorias. Coletou-se, desse
modo, um material contendo textos críticos de pertinente relevância acadêmica e, para cada
um deles, acrescentou-se um devido comentário. Observa-se, pois, uma desafiadora tentativa
de esclarecer os significados do vocabulário empregado pelo poeta, para definir, assim, o seu
respectivo valor léxico-semântico. Por fim, concluiu-se satisfatoriamente a sistematização e
os textos do material analisado foram devidamente catalogados.
Palavras-chave: poesia brasileira, fortuna crítica, Manoel de Barros
INTRODUÇÃO
Elaborar a catalogação da bibliografia de um autor brasileiro, doravante fortuna crítica,
é um trabalho demasiadamente complexo e, conforme acrescentam Lima e Grácia-Rodrigues,
(2012, p. 329) “é tarefa desafiadora”. No entanto, a fortuna crítica é extremamente
fundamental, visto que fornece ao pesquisador um conjunto de materiais bibliográficos de teor
crítico, e na maioria das vezes acadêmico, reunidos e sistematizados de forma lógica e
objetiva em um banco de dados, no qual é apresentada toda a temática do objeto de estudo.
Rauer (2013, p. 5) advoga a necessidade da elaboração de “bancos de dados que
agilizem o trabalho do pesquisador”, assim como a necessidade de pesquisadores que os
atualizem e corrijam os possíveis equívocos e inadequações. A reunião de trabalhos
acadêmicos em um banco de dados prático e de fácil acesso não só facilita como estimula o
desenvolvimento da pesquisa sobre o tema, objeto ou autor em questão.
Conforme em Rauer (2013, p. 4), o banco de dados é de útil precisão ao pesquisador
ao responder os seguintes questionamentos: “onde encontrar?”, “o que encontrar?”, “para
quê serve o que vou encontrar?”, “por que e para quê esse documento é necessário a essa
pesquisa?” e “como localizar o que se mostra necessário?”. Se respondidos os
2. questionamentos, o pesquisador obterá o ponto de partida para uma nova pesquisa. Sem esse
banco de dados, o trabalho de pesquisa passa pelo mesmo caminho, o da busca por um projeto
só que amalgamada ao levantamento bibliográfico de textos de difícil acesso em um espaço
curto de tempo, sem contribuição às pesquisas futuras com estudos sistematicamente
catalogados.
Ponderando tais importâncias, objetivou-se elaborar uma fortuna crítica em que se
ressaltasse o vocabulário de Manoel de Barros, o cantador das terras pantaneiras e das “coisas
inúteis”, resultando num banco de dados prático e sucinto, com um repertório criteriosamente
qualificado. Isso se deve pelo reconhecimento da poesia desse autor e pelo aumento das
pesquisas sobre ela nos últimos anos dentro das universidades brasileiras. Portanto, a
finalidade maior dessa fortuna crítica é colaborar para o crescimento da pesquisa sobre essa
voz popular sul-mato-grossense para a compreensão do “idioleto manoelês”, que encerra em
si a linguagem e os costumes da cultura regional.
Manoel de Barros, nascido em Cuiabá, passou a sua infância em Corumbá, estudou no
Rio de Janeiro, bacharelou-se em direito e integrou o partido comunista. Leu os clássicos
portugueses, como Vieira e foi influenciado, devido à ampla leitura, pelos mais variados
autores, tanto brasileiros quanto estrangeiros. Sua invenção verbal, mesclada à natureza
pantaneira, à infância, à linguagem coloquial e rural, ao reino da “despalavra”, ao “chão” e a
tudo o que é “inútil”, constitui, além de um estilo marcante e único na poesia brasileira, um
vocabulário próprio chamado por ele de “idioleto manoelês”. Devido a tais renovações, foi e
é, desde o tempo de Drummond, considerado o maior poeta brasileiro em atividade. Há,
inclusive, estudiosos que comparem a sua poética de (re)invenção lexical com a linguagem
prosaica também (re)inventada de Guimarães Rosa, o autor de Grande sertão: veredas. Com
relação ao quadro histórico da literatura brasileira, pode ser enquadrado em dois momentos:
como um poeta ora modernista, ora pós-modernista. Atualmente, reside em Campo Grande,
na fazenda que herdou do pai e lá vive a fazer peraltices com as palavras, “coisas inúteis”,
poesia.
São essas “peraltices com as palavras”, essa (re)construção dos significados tão
corriqueiros através da distorção e recriação lexical, o objeto visado na apresentação dessa
fortuna crítica. Dessa forma, o que se deseja é, como já foi dito, fazer uma exposição sobre a
recepção crítica do poeta para propiciar à pesquisa sobre o tema “vocabulário” de Manoel de
Barros um conjunto de trabalhos reunidos e objetivamente classificados. Acredita-se que,
assim, o trabalho do pesquisador será facilitado e que novas descobertas sobre o universo das
palavras, ou melhor, das “despalavras” se realizarão.
3. METODOLOGIA
Para a elaboração dessa fortuna crítica, fez-se necessário um levantamento
bibliográfico lógico e criterioso no Banco de Teses da CAPES, no Domínio Público, em
periódicos, em acervos de bibliotecas virtuais de universidades e em sites de programas de
pós-graduação em Letras. Para tanto, priorizou-se materiais (textos) que tratassem sobre o
léxico na poesia de Manoel de Barros, num nível de relevância coerente com o objetivo do
trabalho, de forma a contribuir com os futuros estudos sobre o tema em foco. Materiais que
apenas descrevem o léxico na poesia barroseana como característica estilística, sem discorrer
sobre a sua composição, significação ou efeito de sentido, foram desconsiderados.
Concluído o levantamento bibliográfico, objetivou-se sistematizar, ou melhor,
classificar os materiais coletados por categorias. Para tanto, foram realizadas leituras das
pesquisas de Oliveira (1988, 2001), Pires (2008) e Rauer (2006), já que, de acordo com a
observação de Oliveira (1998, p. 39), defronta-se o problema da “ausência de uma teoria dos
gêneros da crítica”, senão a impossibilidade de se criar uma.
Oliveira (1988, p. 22-24) propõe seis categorias para a distribuição do material
recolhido, considerando o valor de cada texto de acordo com a sua utilidade para o
pesquisador: Laudatórios e comemorativos, Biográficos, Introdutórios à obra, Resenhas,
Estudos da obra e Referências avulsas. Vale lembrar que em cada categoria proposta pela
pesquisadora há mais de um gênero, como na categoria Estudos da obra, que contém teses,
dissertações, ensaios e artigos.
Pires (2008, p. 102) estipula, com certa similaridade ao estudo de Oliveira (2001), três
categorias para sistematizar os textos: Bibliográficos, Resenhas e Estudos da obra. Isso
relevando também o valor das categorias e distribuindo, para cada uma, outras subcategorias.
Têm-se, como exemplo, crônicas e reportagens enquadradas na categoria Bibliográficos.
Já Rauer (2006, p. 456-457) em Faces do conto de Luiz Vilela, define vinte categorias
para a qualificação de uma fortuna crítica de autor brasileiro: artigo, chamada, dissertação,
encomiástico, enquete, ensaio, entrevista, estudo, informativo, lista, menção, monografia,
nota, registro, release, reportagem, resenha, resumo, tese e verbete. Em seu Estudo
preliminar para elaboração de fortuna crítica de autor brasileiro contemporâneo, Rauer
(2013, p. 9-11) define 28 categorias e acrescenta ao que havia apresentado anteriormente as
categorias biografia, correspondência, depoimento, didático, folheto, introdução à obra,
livro, memorabilia, notícia e prefácio, incluindo o estudo e o informativo dentro delas.
4. Devido à lógica e à objetividade apresentada na classificação dos textos coletados, a
sistematização dessa fortuna crítica se pauta na classificação elaborada por Rauer (2013, p.
11), pois o critério usado por esse pesquisador “não exclui, mas minimiza definir pelo suporte
ou mídia, optando por qualificação do texto”. Logo, as categorias definidas nesse trabalho
para explanar a recepção crítica do léxico de Manoel de Barros foram: artigo, capítulos de
livro, dissertação, livro e tese. Convém destacar, por fim, que as poucas categorias definidas
nesse estudo, assim como a sua brevidade, se devem pelo fato de se enfatizar apenas um tema
sobre o poeta sul-mato-grossense e não a sua temática completa.
RESULTADOS
Poder-se-ia fazer a apresentação dessa sistematização sob diversas perspectivas, tais
quais distribuir os textos catalogados na fortuna crítica segundo as suas categorias ou expô-los
em ordem cronológica de publicação. Entretanto, preferiu-se organizá-los em ordem
alfabética, de acordo com o nome dos autores referenciados. Para cada texto, segue a sua
categoria definida, procedida de uma prévia observação sobre a pertinência com o tema
“léxico” em Manoel de Barros.
AZEVEDO, Cristiane Sampaio de. A “desutilidade poética” de Manoel de Barros: questão de
poesia ou filosofia? Revista.doc, n° 03, jan./jun. 2007, p. 1-17. Disponível em:
<http://www.revistapontodoc.com/3_cristianesa.pdf> Acesso em: 18 jul. 2014.
Categoria: Artigo
Azevedo expõe alguns efeitos de sentido sobre a poesia do “des” de Manoel de Barros e a sua
capacidade de apresentar o real distante do habitual, através da negação, além de analisar
também poemas do Livro de pré-coisas.
BARBOSA, Luiz Henrique. Palavras do chão: um olhar sobre a linguagem adâmica em
Manoel de Barros. 1995. Dissertação (Mestrado em Estudos Literários) – Faculdade de
Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte-MG.
Categoria: Dissertação
Essa dissertação, adequada para o formato de livro, aponta para o olhar que Manoel de Barros
deposita nas coisas ínfimas, assim como a sua tentativa de recriar a linguagem por meio dos
costumes regionais e da natureza pantaneira. Apresenta-se, nos anexos, uma entrevista em
que o poeta fala sobre a distorção da linguagem presente em sua obra.
5. BARBOSA, Luiz Henrique. Palavras do chão: um olhar sobre a linguagem adâmica em
Manoel de Barros. São Paulo: Annablume, FUMEC/UFMG, 2003. Disponível em:
<http://books.google.com.br/books?id=lJlomUjboUEC&pg=PA21&lpg=PA21&dq=Palavras
+do+ch%C3%A3o:+um+olhar+sobre+a+linguagem+ad%C3%A2mica+em+Manoel+de+Barr
os.&source=bl&ots=8R7wOtXu2s&sig=6-v_zlUyGbImgkiiqgNN0feScOo&hl=pt-
BR&sa=X&ei=cZ3OU8ndH_LksASLjYHoBQ&ved=0CDIQ6AEwBA#v=onepage&q=Palav
ras%20do%20ch%C3%A3o%3A%20um%20olhar%20sobre%20a%20linguagem%20ad%C3
%A2mica%20em%20Manoel%20de%20Barros.&f=false>, Acesso em: 20 jul. 2014.
Categoria: Livro
Esse livro, originalmente apresentado como uma dissertação defendida na UFMG em 1995,
visa a valoração que o poeta faz com as coisas ínfimas e recriação da linguagem através da
cultura popular e da natureza pantaneira. No final, há uma entrevista com o poeta sobre a sua
linguagem poética.
BÉDA, Walquíria Gonçalves. O inventário bibliográfico de Manoel de Barros ou “Me
encontrei no azula de sua tarde”. 2002. 271 f. + anexos. Dissertação (Mestrado em Letras)
– Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho”.
Categoria: Dissertação
Béda apresenta a bibliografia crítica sobre Manoel de Barros desenvolvida até 2002, contendo
alguns trabalhos que visam o léxico na poética do autor.
CAMPOS, Alexandre Silveira. Análise sobre o nada: um estudo dos procedimentos
poéticos da obra de Manoel de Barros. 2007. 101 f. Dissertação (Mestrado em Letras: estudos
Literários) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista. Araraquara –
SP. Disponível em:
<http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bar/33004030016P0/2007/campos_as_me
_arafcl.pdf>. Acesso em 13 de nov. de 2013.
Categoria: Dissertação
Essa dissertação explana os procedimentos poéticos de Manoel de Barros nas obras
Compêndio para uso dos pássaros, Arranjo para assobio e Ensaios fotográficos, entre eles a
construção da imagem poética amalgamada à invenção de palavras, o que o pesquisador
chama de reino da despalavra.
6. CARRIJO SILVA, Silvana Augusta Barbosa. A poética manoelina: travessuras lexicais. In:
ROUSSEFF, Ivan; MARINHO, Marcelo dos Santos; SANTOS, Paulo Sérgio Nolasco dos
(Orgs.). Ensaios farpados. 2. ed. Campo Grande: UCDB, 2004, p.151-172.
Categoria: Capítulo de livro
Silvana aponta para as distorções lexicais que Manoel de Barros se utiliza em sua obra e
discorre sobre a significação deles e o seu respectivo efeito de sentido.
CRUZ, Wanêssa Cristina Vieira. Iluminuras: a imaginação criadora em Manoel de Barros.
2009. 136f. Dissertação (Mestrado em Estudos Literários) – Faculdade de Letras,
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte-MG. Disponível em:
<http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/ECAP-
7QRH3M/iluminuras_wan_sssa_cruz.pdf?sequence=1>, Acesso em: 15 nov. 2013.
Categoria: Dissertação
A estudiosa discute alguns neologismos, suas formações e respectivos significados criados
por Manoel de Barros, passando pela poesia do prefixo “–des”.
FILHO, André Luiz Portela. A Memória Cósmica: gênese da poética manoelina. 2008. 93f.
Dissertação (Mestrado em Letras Vernáculas) – Faculdade de Letras, Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Disponível em: <http://www.letras.ufrj.br/posverna/mestrado/MartinsFilhoALP.pdf>. Acesso
em 08 de Nov. 2013.
Categoria: Dissertação
Essa dissertação discorre sobre o sentido que a reinvenção do vocabulário do autor e gera,
bem como o valor semântico inverso de que podem remeter as inovações lexicais.
GOMES, Rosane da Silva. Entre Guimarães Rosa, Manoel de Barros e Bartolomeu
Campos Queirós: a criação de uma infância escrita. 2011. 164f. Tese (Doutorado em Letras:
literatura brasileira) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais. Minas
Gerais. Disponível em:
<http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/ECAP-
8HSKSM/rosane_da_silva_gomes_tese.pdf?sequence=1>. Acesso em 12 de nov. de 2013.
Categoria: Tese
7. Essa tese explana sobre a estética da reinvenção lexical de Manoel de Barros, dissertando
sobre o caráter infantil através da deformidade dos significados, visando algumas expressões
inventadas (neologismos semânticos), assim como perpassa pelo “agramatical” da poética
manoelina.
GRÁCIA-RODRIGUES, Kelcilene. De corixos a veredas: a alegada similitude entre as
poéticas de Manoel de Barros e Guimarães Rosa. Araraquara, 2006. 318 f. Tese (Doutorado,
Estudos Literários) – Faculdade de Ciências e Letras, UNESP. Disponível em:
<http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bar/33004030016P0/2006/rodrigues_kg_d
r_arafcl.pdf>, acesso em 19 jul. 2014.
Categoria: Tese
Grácia Rodrigues busca uma similaridade entre a poética de Manoel de Barros e a prosa de
João Guimarães Rosa, explanando uma analogia na inovação lexical de ambos os autores.
GRÁCIA-RODRIGUES, Kelcilene; MARTINS, Waleska. O neologismo como recurso pós-
moderno na poética de Manoel de Barros. Carandá, v. 1, p. 33-47, 2009. Disponível em:
<http://gpluizvilela.blogspot.com.br/2012/01/caranda-n-1.html>, Acesso em: 23 jul. 2014.
Categoria: Artigo
As pesquisadoras explanam sobre o vocabulário criado por Manoel de Barros, apresentando
significados causados por neologismos semânticos, fonéticos, prefixais, sufixais, entre outros
e dissertando sobre a significação dos afixos “–des” e “–al”.
LIMA, Tânia. A travessia da palavra: algumas inutilidades em Manoel de Barros. Encontros
de vista, s. v, s. n. p. 47. Disponível em: <http://ebookbrowsee.net/a-travessia-da-palavra-
algumas-inutilidades-em-manoel-de-barros-pdf-d46852142>, Acesso em 22 de mar. 2014.
Categoria: Artigo
Tânia Lima disserta sobre a amálgama entre a distorção da linguagem manoelina, a
reinvenção do significado da palavra antes corriqueiro, a natureza regional e pantaneira e a
valoração do “inútil” da poesia de Manoel de Barros.
PEREIRA, André Almeida Alves; SILVA, Valdete Nunes. Neologismos e metalinguagem: os
(des)limites da palavra em Ensaios Fotográficos, de Manoel de Barros. SIMELP, 2008, São
Paulo. Anais do I SIMELP, 2008, v. 1, p. 1-8. Disponível em:
<http://www.fflch.usp.br/dlcv/lport/pdf/slp32/02.pdf>, Acesso em: 7 nov. 2013.
8. Categoria: Artigo
André Pereira e Valdete Nunes discorrem sobre os recursos linguísticos usados por Manoel de
Barros em Ensaios fotográficos, como a reinvenção verbal, a metalinguagem e os desvios
gramaticais e ortográficos presentes na obra.
RAMIRES, Emanuela Maria Germignani; RUSSEFF, Ivan. Aspectos semânticos e lexicais da
obra poética de Manoel de Barros. In: ROUSSEFF, Ivan; MARINHO, Marcelo dos Santos;
SANTOS, Paulo Sérgio Nolasco dos (Orgs.). Ensaios farpados. 2. ed. Campo Grande:
UCDB, 2004, p. 129-139.
Categoria: Capítulo de livro
Emanuela Ramires e Ivan Russeff apresentam questões semântico-lexicais presentes na
linguagem poética de Manoel de Barros tais como a criação e reinvenção das palavras.
SANTOS, Suzel Domini. A metalinguagem em Manoel de Barros: uma tática da criação.
Estação Literária. Londrina, v. 8, n° 1, 2011, p. 158-165. Disponível em:
<http://www.uel.br/pos/letras/EL/vagao/EL8BArt16.pdf>, Acesso em: 11 dez. 2013.
Categoria: Artigo
Embora analise a metalinguagem e alguns recursos estilísticos em poemas dos livros O
guardador de águas e O livro das ignorãças, de Manoel de Barros, Suzel trata da
significação do prefixo “–a” em “agramática” e o seu efeito de sentido, propondo, por fim,
uma definição para tal neologismo.
SILVA, Célia Sebastiana. Manoel de Barros: lírica, invenção e consciência criadora.
Fronteiraz, São Paulo, v. 1, nº 5, p. 211-220, 2010. Disponível em:
<http://www4.pucsp.br/revistafronteiraz/numeros_anteriores/n5/download/pdf/revista_frontei
raz5_impresso.pdf >, Acesso em: 15 fev. 2014.
Categoria: Artigo
Célia disserta sobre a invenção poética de Manoel, transcorrendo pelo âmbito linguístico e
observando o efeito negativo da poesia do prefixo “–des” sob a perspectiva do ínfimo, da
pequenez das coisas.
SILVA, Célia Sebastiana. Manoel de Barros: sem margens com as palavras. Fragmentos de
cultura, Goiânia, v. 19, n° 7/8, p. 541-550, jul./ago. 2009. Disponível em:
9. <http://seer.ucg.br/index.php/fragmentos/article/viewFile/1078/754>, Acesso em: 12 dez.
2011.
Categoria: Artigo
Neste artigo, a pesquisadora apresenta a capacidade que Manoel de Barros tem de criar
novas palavras no discurso moderno da negação e através da mudança das classes gramaticais
num processo de verbalização de adjetivos e substantivos.
SPIRONELLI, Simone Cristina. O vocabulário de Manoel de Barros: construindo sentidos
por meio da expressividade das palavras. 2002. 151 f. Dissertação (Mestrado em Letras) –
Universidade de Mato Grosso do Sul, Três Lagoas.
Categoria: Dissertação
O tema dessa dissertação é o vocabulário da poética barroseana. Spironelli lista e classifica as
invenções e reinvenções lexicais da poesia de Manoel de Barros, apresentando, por fim
gráficos contendo as quantidades de neologismos recolhidos e tabelas de listagem dos
neologismos segundo as suas classificações e as respectivas obras do poeta.
SPIRONELLI, Simone Cristina. O vocabulário de Manoel de Barros: construindo sentidos
por meio da expressividade das palavras. Ave Palavra (UNEMAT), Alto Araguaia, v. 1, p.
74-78, 2006. Disponível em:
<http://www2.unemat.br/avepalavra/EDICOES/07/arquivos/SPIRONELLI.pdf>, Acesso em 4
nov. 2013.
Categoria: Artigo
Spironelli apresenta nesse trabalho, originalmente uma dissertação defendida na UFMS, parte
dos resultados coletados da obra de Manoel de Barros que contêm as categorias lexicais da
recriação do vocabulário do autor, assim como as quantidades de inovações do léxico.
SPIRONELLI, Simone Cristina. Vocabulário de Manoel de Barros: questões estilísticas. In:
SEMINÁRIO DO GRUPO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO
– GEL, 50, 2002. Manual de resumo, 2002. Disponível em:
<http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/volumes/32/htm/comunica/cc079.htm>, Acesso
em: 6 nov. 2013.
Categoria: Artigo
Spironelli esclarece questões estilísticas relacionadas à criação lexical de Manoel de Barros
no Livro de pré-coisas, discutindo a composição do afixo “–al”, sua classificação gramatical
10. (quando é prefixo ou sufixo), funcionamento e respectivos significados e efeitos de sentido
em tal obra. Spironelli expõe, em anexo, um gráfico comparativo contendo a quantidade de
neologismos prefixados e sufixados por “–al”.
SPIRONELLI, Simone Cristina. O vocabulário de Manoel de Barros: um estudo sobre os
neologismos In: ROUSSEFF, Ivan; MARINHO, Marcelo dos Santos; SANTOS, Paulo Sérgio
Nolasco dos (Orgs.). Ensaios farpados: arte e cultura no Pantanal e no Cerrado. 2. ed. Campo
Grande: UCDB, 2004, v. 1, p. 188-202.
Categoria: Capítulo de livro
Spironelli oferece uma ampla análise sobre a composição lexical da poesia de Manoel de
Barros, incluindo a inovação neológica de que o autor faz uso.
TORRES, Alan Bezerra. Manoel de Barros e os espaços da infância. 2011. 121f.
Dissertação (Mestrado em Letras, literatura brasileira) – Universidade federal do Ceará,
Fortaleza-CE. Disponível em:
<http://www.repositorio.ufc.br/ri/bitstream/riufc/3438/1/2011_DIS_ABTORRES.pdf>,
Acesso em 18 de nov. 2013.
Categoria: Dissertação
Embora a dissertação tenha como tema a infância na poética de Manoel de Barros, avalia um
a poesia negativa do “–des”, expondo seus valores semânticos.
VIEIRA, Tania Regina e AGUIAR, Ofir Bergemann de. A (re)criação do idioleto manoelês.
Revista de Letras, São Paulo, v. 49, n° 1, p. 09-28, 2009. Disponível em:
<https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&cad=rja&uact
=8&ved=0CD0QFjAD&url=http%3A%2F%2Fseer.fclar.unesp.br%2Fletras%2Farticle%2Fdo
wnload%2F1746%2F1421&ei=6AYZU7KiMI_ykQe6u4DYCg&usg=AFQjCNEKBHklCy1
Cz9wlT1TT_ITfO29p8A>, Acesso em: 2 mar. 2014.
Categoria: Artigo
Embora discutam a tradução de obras de Manoel de Barros, as autoras apontam os problemas
de se traduzir os neologismos derivados do prefixo “–des” para o espanhol e o francês,
transcorrendo, em partes, nas suas significações possíveis e indefinidas.
VIEIRA, Tania Regina. Manoel de Barros: horizontes pantaneiros em terras estrangeiras.
2007. 134f. Tese (Doutorado em Letras e Linguística) – Faculdade de Letras, Universidade de
11. Federal de Goiás, Goiânia-GO. Disponível em:
<http://pos.letras.ufg.br/uploads/26/original_taniaregina_completo.pdf>. Acesso em 06 de
nov. 2013.
Categoria: Tese
Tânia expõe o problema da se traduzir Manoel de Barros, discutindo sobre a questão da
invenção do verbo na obra do autor, explicando como o significado da prefixação “–des” é ou
pode ser compreendido para ser traduzido para o espanhol.
CONCLUSÕES
Ressalta-se que essa explanação sobre a fortuna crítica de Manoel de Barros enfatiza a
temática “comportamento lexical” nas obras do autor e não todo o estudo crítico desenvolvido
sobre elas, o que valeria tempo e esforços relativamente maiores, resultando, assim, num
estudo mais amplo. Não obstante, espera-se ter contribuído, através desse trabalho, para o
aprofundamento das pesquisas sobre o léxico na poesia de Manoel de Barros, oferecendo aos
interessados no tema um material de conteúdo crítico como repertório básico. O intuito de tal
sistematização é estimular ainda mais a pesquisa de forma lógica e objetiva disponibilizando
textos acadêmicos reunidos para o fácil e rápido acesso de qualquer pesquisador.
REFERÊNCIAS
LIMA, Maria José Batista de; GRÁCIA-RODRIGUES, Kelcilene. Orides Fontela: dor e
epifania na fortuna crítica. In: GUERRA, Vânia Maria Lescano; NOLASCO, Edgar César
(Orgs.). Formas, espaços, tempos: reflexões linguísticas e literárias. 1. ed. Campo Grande:
UFMS, 2012, v. 1, p.329-357.
OLIVEIRA, Ana Maria Domingues de. Estudo crítico da bibliografia sobre Cecília
Meireles. São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 2001. 336 p.
OLIVEIRA, Ana Maria Domingues de. Estudo crítico da bibliografia sobre Cecília Meireles.
1988. 212 f. Dissertação (Mestrado em Letras). Instituto de Estudos da Linguagem,
Universidade Estadual de Campinas, Campinas-SP. Disponível em:
<http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000053208>, Acesso em: 10
jun. 2014.
12. PIRES, Roberta Pereira. Vida e literatura: um estudo da fortuna crítica de João Antônio, de
1996 a 2006. 2008. 125 f. Dissertação (Mestrado em Letras). Faculdade de Ciências e Letras,
Universidade Estadual Paulista, Assis-SP. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp072473.pdf>, Acesso em: 8 jun. 2014.
RAUER [Rauer Ribeiro Rodrigues]. Estudo preliminar para elaboração de fortuna crítica de
autor brasileiro contemporâneo. In: POJO, Eliana Campos; RIBEIRO, Joyce Otânia Seixas;
SOCORRO, Rosângela do. (Orgs.) A pesquisa no Baixo Tocantins: contradições teórico-
metodológicas. 1 ed. Curitiba: CVR, 2013, v. único, p. 25-37.
RAUER [Rauer Ribeiro Rodrigues]. Faces do conto de Luiz Vilela. Araraquara, SP, 2006. 2
v., xiv, 547 f. Tese (Doutorado, Estudos Literários) – FCL-Ar, UNESP. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraDownload.do?select_action=&co_
obra=91329&co_midia=2>, Acesso em: 15 mar. 2014.