Este documento apresenta uma revisão de literatura sobre o pensamento descolonial na América Latina, discutindo suas origens no século XIX, as perspectivas pioneiras, e o debate atual sobre a colonialidade do poder e do saber. Aborda temas como a emergência de um pensamento latino-americano, a crítica ao colonialismo interno e a teoria da dependência, as teorias de libertação e o giro descolonial.
Teorial Social, Direito e Epistemologia: os paradigmas e suas interrrelações – Terceira Parte: Pensamento Latino-Americano
1. PET-DIREITO
Grupo de Estudos
Pensamento descolonial: pressupostos e debate atual
I - A libertação no século XIX: “fundação” da idéia de América Latina
• MARTÍ, José. Nossa América (antologia). Tradução de Maria Angélica de
Almeida Trajber e Beatriz Cannabrava. Textos selecionados por Roberto
Fernández Retamar. São Paulo: Hucitec; Associação Cultural José Martí, 1983.
II – Perspectivas pioneiras: a emergência criativa de um pensar latino-americano
• BOMFIM, Manoel. A América Latina: males de origem. Rio de Janeiro: Topbooks,
2005, pp. 103-152.
Literatura complementar
• MARIÁTEGUI, José Carlos. Siete ensayos de interpretación de la realidad peruana.
48 ed. Lima: Amauta, 1986, 352 p. [Peru]
III – O anticolonialismo no nacionalismo brasileiro
• RAMOS, Guerreiro. Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro:
Andes, 1957, 221 p. [Brasil]
• PINTO, Álvaro Vieira. A sociologia dos países subdesenvolvidos: introdução
metodológica ou prática metodicamente desenvolvida da ocultação dos
fundamentos sociais do “vale de lágrimas”. Organização de José Ernesto de
Fáveri. Rio de Janeiro: Contraponto, 2008, 430 p. [Brasil]
IV – A crítica ao colonialismo interno e seus desdobramentos para uma teoria da
dependência
2. • STAVENHAGEN, Rodolfo. “Siete tesis equivocadas sobre América Latina”. Em:
_____; LACLAU, Ernesto; MARINI, Ruy Mauro. Tres ensayos sobre América Latina.
Barcelona: Anagrama, 1973, p. 7-42. [México]
• FRANK, André Gunder. América Latina: subdesarrollo o revolución. 2 ed. México,
D. F.: Era, 1976, 357 p. (em especial, cap. IV – “Política del colonialismo interno
y de clase”, p. 214-323). [Alemanha/Chile]
• MARINI, Ruy Mauro. Dialética da dependência. Petrópolis: Vozes; Buenos Aires:
CLACSO, 2000, 295 p. [Brasil]
V – Repercussões anticolonialistas e dependentistas no debate latino-americano
• RIBEIRO, Darcy. O dilema da América Latina: estruturas de poder e forças
insurgentes. Petrópolis: Vozes, 1978, 263 p. [Brasil]
• CASANOVA, Pablo González. O colonialismo global e a democracia. Tradução
de Márcia Camargo Cavalcanti. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995,
190 p. [México]
VI – O debate fundador da filosofia da libertação
• ZEA, Leopoldo. La filosofía americana como filosofía sin más. 3 ed. México: Siglo
XXI, 1975. [México]
• BONDY, Augusto Salazar. ¿Existe una filosofía de nuestra América? 11 ed.
México: Siglo XXI, 1988. [Peru]
VII – A gestação de teorias de libertação I: a descolonização africana como diáspora
latino-americana
• FANON, Franz. Os condenados da terra. Tradução de Enilce Albergaria Rocha e
Lucy Magalhães. Juiz de Fora-MG: UFJF, 2005, 373 p. [Martinica/Argélia]
• RODÓ, Josi H. Ariel.
VIII – A gestação de teorias de libertação II: mais que colonizados, oprimidos
3. • FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 39 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004,
184 p. [Brasil]
• GUTIÉRREZ, Gustavo. Teología de la liberación: perspectivas. 10 ed. Salamanca:
Sígueme, 1984, 399 p. [Peru]
IX – Outros caminhos das teorias de libertação: filosofia nossa, crítica ao
neoliberalismo e interculturalidade
• GOMES, Roberto. Crítica da razão tupiniquim. 3 ed. Porto Alegre: Movimento/
URGS, 1979, 104 p. [Brasil]
• HINKELAMMERT, Franz J. Critica de la razón utópica.
• FORNET-BETANCOURT, Raúl. Questões de método para uma filosofia intercultural
a partir da Ibero-América. Tradução de Antonio Sidekum e Clóvis Kurtz. São
Leopoldo: UNISINOS, 1994, 124 p. [Cuba/Alemanha]
X – O desencobrimento da América Latina: o mito da modernidade
• DUSSEL, Enrique Domingo. 1492: o encobrimento do outro (a origem do “mito da
modernidade”) – Conferências de Frankfurt. Tradução de Jaime A. Clasen.
Petrópolis: Vozes, 1993, 196 p. [Argentina/México]
XI – Pós-colonialismo: crítica eurocêntrica ao eurocentrismo
• AMIN, Samir. El eurocentrismo. Siglo XXI.
• SANTOS, Boaventura de Sousa. A gramática do tempo: para uma nova cultura
política. São Paulo: Cortez, 2006, 511 p. [Portugal]
XII – Pós-ocidentalismo: crítica à colonialidade do poder e do saber
• LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências
sociais – perspectivas latino-americanas. Tradução de Júlio César Casarin
Barroso Silva. Buenos Aires: CLACSO, 2005, 278 p. [Colômbia]
XIII – O giro descolonial e os movimentos sociais em nossa América
4. • CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón (eds.). El giro decolonial:
reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global.
Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central; PUJ, 2007, 307
p. [Colômbia; Porto Rico]
• MALDONADO-TORRES, Nelson; SHIWY, Freya; MIGNOLO, Walter.
(Des)Colonialidad del ser y del saber (videos indígenas y los límites coloniales de
la izquierda en Bolivia). Buenos Aires: Del Signo, 2006, 124 p. (colección "El
desprendimiento: pensamiento crítico y opción des-colonial", vol. 1). [Porto Rico;
EUAAS; Argentina/EUAAS]
XIV – O direito e a colonialidade do poder/saber
• LINERA, Álvaro García; WALSH, Catherine; MIGNOLO, Walter. Forma
valor/forma comunidade. Buenos Aires: Del Signo, 2006, 123 p. (colección "El
desprendimiento: pensamiento crítico y opción des-colonial", vol. 2). [Bolívia;
EUAAS/Equador; Argentina/EUAAS]