2. Introdução
Estudos Culturais: Uma perspectiva histórica
A construção de uma narrativa ou uma versão
latino-americana
Da ideologia para a Hegemonia
O popular como opção política
Identidades Culturais: Uma discussão em
andamento
Conclusão
6. Texto tem como ponto de partida sua tese
de doutoramento (março de 2000);
Aponta as dificuldades (dupla) de se
elaborar um mapa exaustivo e detalhado
do que poderia ser chamado de uma
cartografia dos estudos culturais;
Eixo central do livro: perspectiva inglesa
dos estudos culturais (com ênfase para os
escritos de Stuart Hall); na América Latina
toma como referência os escritos de
Jesús Martín-Barbero e Néstor García
Canclini;
8. Intenção da autora: abordagem introdutória,
com finalidade didática dos estudos culturais
(mapa mínimo);
Pretende um certo retorno aos clássicos;
adota um ponto de vista historicizado;
Problematizações iniciais: “[...] como algo
denominado como um ‘marco teórico latino-
americano’ tinha sido configurado? Isso
existia? Em que condições ele tinha sido
construído? Quem eram seus formuladores?
9. O ponto de convergência entre os atores
citados (latino-americanos) e os estudos
culturais britânicos se deu através da
discussão sobre o uso do aporte
gramsciano em torno da hegemonia
(cultura e relações de poder);
Recorte da autora: se detém especialmente
nas análises que abordam as relações
entre comunicação e cultura;
10. 4 capítulos:
1. Estudos culturais: uma perspectiva histórica
2. De ideologia para hegemonia
3. O popular como opção política
4. Identidades culturais: uma discussão em andamento
12. Pais Fundadores: Textos Base:
Richard Hoggart The Uses of Literacy
(1957)
Raymond Williams Culture and Society
(1958)
Edward Palmer The Making of the
Thompson English Working
Class (1963)
13. Textos Base:
The Uses of Literacy (1957)
Culture and Society (1958)
The Making of the English
Working Class (1963)
14.
15. Substituiu Hoggart na direção do Centro,
de 1968 a 1979catalizador
Investigação de práticas de
resistência de subculturas
Análise dos meios massivos
e seu papel central na
direção da sociedade
Papel aglutinador e
catalizador
16. FIM DA SEGUNDA GUERRA COLAPSO DO IMPÉRIO
MUNDIAL BRITÂNICO
Impacto do Capitalismo Integridade da nação
nas relações sócio- britânica em jogo
culturais
Alastramento dos meios Crise de identidade
de comunicação de nacional
massa
Ruptura das culturas
tradicionais de classe
17. Ponto de Vista Político
Movimentos sociais
Worker`s Educational
Association
Campaign for Nuclear
Disarmament
Feminismo
Emergência da New Left
18. PONTO DE VISTA TEÓRICO
Insatisfação com os
limites de algumas
disciplinas
Campo
interdisciplinar
19. Objetivo: Analisar a cultura
das relações de poder e as
estratégias de mudança social
Culturas Populares
Meios de Comunicação de
Massa
Identidades Culturais
(sexuais, de classe, étnicas
etc)
20.
21. Periódico: Working Papers – maior visibilidade
e repercussão
Emergência de Subculturas
Culturas Populares
Meios de Comunicação –
o que está acontecendo na tela
Ideologia
Identidades
Feminismo
22.
23. Descentralização dos EC –
além da Grã-Bretanha
Desestabilização das
Identidades – Globalização
Deslocamento da análise dos
meios de comunicação: o que
está acontecendo na frente da tela
(audiência vista como sujeitos
engajados na produção de sentidos)
Método: etnografia
24.
25. Meios de Comunicação: foco na audiência, relações de
poder dentro das análises de recepção e das novas
tecnologias
Constituição de Identidades – global, nacional, local,
individual (raça, etnia, gênero, classe, geracionais,
culturais)
Metodologia: etnografia, observação participante, história
de vida
Reflexão sobre o contexto institucional da própria
pesquisa – a localização do(a) pesquisador(a) em seu
estudo
26. O eixo anglo-saxão já não exerce mais
uma liderança nos EC
(Inglaterra, Europa, EUA)
Descentralização Geográfica
(Austrália, Canadá, Nova Zelândia, América
Latina, Ásia, África)
Multiplicidade Teórica
27.
28. Escosteguy se baseia na tradição britânica
para mostrar o desenvolvimento dos estudos
culturais na América Latina.
Estudos culturais na America Latina
Desenvolvimento singular
Afinidades com a tradição Britânica.
Escosteguy utiliza como teóricos referenciais
Canclini e Barbero.
29. NÉSTOR GARCÍA CANCLINI JESÚS MARTÍN BARBERO
Antropólogo argentino Comunicação – práticas
Comunicação como sociais.
subtema dos estudos
culturais.
Hibridismo cultural
30.
31.
32. Ponto de partida – análise de formas
culturais contemporâneas num
determinado estágio do capitalismo.
Estudos em comunicação
mudanças.(dec.80)
Questionamentos!!!
Interesse central dos estudos culturais.
Lócus do surgimento dos estudos culturais
na América Latina.
33. Movimentos sociais – experiências
coletivas.
Problematização da dominação e discussão
da identidade da América Latina.
Nova valorização do cultural.
Desafio – construção de um discurso.
Experiência do popular
Cultura e Globalização.
43. Pensamento da tríade de autores:
Stuart Hall
Jesús Martín-Barbero
Nestor García Canclini.
Contexto: modernidade e pós-modernidade e a
globalização.
Pós-modernidade: não substitui a modernidade, é um
desenvolvimento de tendências modernas que se
reelaboram nos conflitos multiculturais da globalização.
44. Doutor em Filosofia pela Universidade de Louvaina (Bélgica).
Vinha eu da filosofia e, pelos caminhos da linguagem, me deparei com a aventura
da comunicação. E da heidegeriana morada do ser fui parar com meus ossos na
choça-favela dos homens, feita de pau-apique mas com transmissores de rádio e
antenas de televisão. Desde então trabalho aqui, no campo da mediação de
massa ...
(Martín-Barbero, l987. p.15)
45. Espanhol de nascimento e colombiano por adoção.
Perdeu a mãe (gostava de poesia) aos 11 anos de idade.
Ex-padre católico.
Tese: “La palavra y la ación: por uma dialetica de La liberación”
para aprovação precisou retirar dois capítulos → ponto de partida
para os seus próximos 30 anos de trabalho.
O diálogo multidisciplinar marca o trabalho de Barbero.
46. As fontes: Benjamim e Gramsci.
Alguns conceitos:
Cultura - Resistência e Identidade: a partir do prisma de
sociedade de classes, temos várias culturas: a cultura
hegemônica e as culturas subalternas que desenvolvem entre si
uma relação constante.
Mestiçagem: identidade cultural AL é uma mistura, onde as
culturas rurais, urbanas, raciais, locais, regionais, nacionais e
transnacional se interagem.
47. IDENTIDADE COMO DESCENTRAMENTO
Hall: identidade como diáspora
Canclini: identidade como hibridismo
Barbero: identidade como descentramento
As sociedades modernas não têm qualquer núcleo ou centro
determinado que produza identidades fixas, existe uma pluralidade
de centros. Há muitos e diferentes lugares a partir dos quais novas
identidades podem emergir e a partir dos quais novos sujeitos
podem se expressar.
(Laclau apud Silva, 2009)
48. Cenário onde se gesta o
pensamento do autor: anos
70 e 80 (processos políticos
e sociais da AL)
Eixo das reflexões:
1978: os discursos
1987: a experiência do sujeito
1997: 1) mediações em tempos de globalização
2) descentramento cultural
49. 1987 - Dos Meios às Mediações (DMM): expõe a originalidade das
formulações do pensamento de Barbero. Propõe o estudo da comunicação a
partir da cultura.
50.
51. Modernidade AL: projeto político de constituição de
uma identidade nacional
“... os governos se empenhavam na construção de nações
modernas — mediante a criação de uma cultura nacional, de uma
sensibilidade ou um sentimento nacional —, a tônica fundava-se
na constituição das identidades nacionais. Os meios de
comunicação aí tiveram uma função determinante.
Apresentavam conteúdos em que as massas se
reconhecessem...”.
A cumplicidade entre o Estado e a mídia teve o objetivo de
promover a união nacional.
53. Novo paradigma: caracterizado pelo fluído e circular em
oposição ao mecânico e linear.
Superação do pensamento linear: “...nova percepção do
poder, ... disperso e transversal que valoriza o espaço local, o
cotidiano, onde se luta e se negocia o poder”.
54. Aproximação com pensamento pós-moderno.
1997 e 1998: tensão entre:
- Permanecer no campo da modernidade
- Aliar-se à posições pós-modernas
- 1997: Globalização comunicacional e descentramento cultural.
- 1998: Da comunicação à filosofia e vice-versa: novos mapas,
novos desafios.
55. Reencontro com a filosofia → questionamento papel do
pensamento crítico.
“... Exilado de seu espaço e, em certa medida, de seu tempo, de
seu passado, o pensamento crítico somente pode vislumbrar o
futuro, tornando-se nômade, aceitando a diáspora.” (Martín-
Barbero apud Escosteguy, 2010).
Forma explicativa de pensar → racionalidade compreensiva.
56. Des-centramento e diáspora → comunicação (movimento de
uma mensagem que circula entre um emissor e um receptor) →
redes (multiplicidade e entrelaçamento de sentidos).
57. Contemporaneidade: um mundo onde se cultua o presente,
fomentado pelos meios de comunicação, com especial destaque
para televisão, e onde a percepção do tempo e do espaço se
transforma.
58. Reflexão de Barbero:
“Uma crítica pessimista da cultura é uma tarefa positiva”.
Tentativa de compreender o desencantado mundo social com o
intuito de transformá-lo.
Repensar as mediações em tempos de globalização e o
descentramento cultural.
62. Objetivo: identificar o movimento de migração de um corpo de
reflexões que, em princípio, tem sua origem na Grã-Betanha e
alcança a AL.
HIPÓTESE FINAL: AL cartografia dos EC: “... um caso bem
sucedido de assimilação e recriação de um conjunto de idéias,
de uma orientação teórica e metodológica...”
(Brandão apud Escosteguy, 2010)
63. EC latino-americanos e não EC localizados na AL.
Forte vinculação a uma base social;
Influência do pensamento gramsciano;
Engajamento de intelectuais dos movimentos políticos
alternativos.
Ambas as vertentes revelaram intensas relações entre cultura e
poder, mas sempre com um objetivo de mudança social.
64. Descentramento do sujeito: traçado pós-moderno na
constituição das identidades.
Ambos criticam o essencialismo.
Hibridismo: idéia presente nas formulações dos três autores.
65. Na atualidade há uma sinalização para um esmaecimento dos
laços entre política e EC.
66. Estabelecimento de um diálogo mais profícuo entre os EC e os
estudos políticos (sociedade civil e cidadania).
Repensar os rumos dos EC, suas potencialidades no campo
acadêmico.
Articulação entre crítica cultural e política → melhor versão dos
EC.