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Ciências Humanas e suas
Tecnologias - História
Ensino Fundamental, 9º Ano
América Latina no século XXI

América Latina
É dessa maneira que se costuma designar a
imensa fração do continente
americano descoberto, povoado e colonizado
pelos povos ibéricos, espanhóis e portugueses. A
América Latina não se constitui numa
comunidade de interesse comum. Há pontos de
conexão entre os países, porém, eles não
tendem para uma unidade sólida, pelo menos
nesse momento de sua história.
HISTÓRIA, 9º Ano do Ensino Fundamental
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Am%C3%A9rica_Latina

• Nos dias de hoje, a
maioria dos latino-
-americanos vive em
cidades barulhentas e
agitadas ,que tornam
suas sociedades bem
mais urbanizadas do
que as de países em
desenvolvimento na
Ásia e na África;
• megacidades como
Buenos Aires, São Paulo
e Cidade do México há
muito superaram a
marca de dez milhões, e
muitas outras capitais
da região não ficam
muito atrás. A América
Latina é o mundo em
desenvolvimento.
É importante ressaltar que os países latino-americanos vivenciaram um processo
semelhante de conquista e colonização europeia.

Os países latino-americanos vivenciaram um processo
semelhante de conquista e colonização e a grande maioria
tornou-se independente na mesma época (século XIX) e
lutando com problemas semelhantes até o século XX, tanto de
ordem política como econômica, para estabelecer o
desenvolvimento pleno de sua população. A partir dos anos
de 1990, a América Latina deixou para trás décadas de dívida
externa, inflação e estagnação, obtendo a recuperação da
democracia e da economia, possibilitando consignar noções
de direitos humanos, cidadania e integração política e
econômica regional.
http://www.bvmemorial.fapesp.br/php/level.php?lang=pt&component=19&item=3

E a Democracia?
É importante lembrar que na América Latina permaneciam os
vínculos sólidos de dominação que eram fundamentados
principalmente no poder opressor dos latifúndios centrado
em apenas um indivíduo, que sempre eram os grandes
proprietários.
Além disso, a participação política, o privilégio de eleger um
candidato e até mesmo de se eleger para um cargo político
estava diretamente relacionado com a situação econômica de
cada indivíduo. Como grande parte da população vivia em
situação de pobreza, essa classe era marginalizada e o
processo eleitoral envolvia apenas os cidadãos mais
poderosos e com capacidades financeiras estáveis.
http://www.colegioweb.com.br/historia/a-democracia-na-america-latina-.html

Nos anos 90 aparece então o neoliberalismo na América
Latina – já havia surgido nos Estados Unidos e na Europa. Na
América Latina o liberalismo não promoveu a igualdade nem a
democracia e configurou-se em um processo confuso.
CHASTEEN, J. C. América Latina - uma história de Sangue fogo.
Rio de Janeiro: Campus, 2001
Transposição didática: Ivonete da Silva Souza
O trágico passado colonial, aliado às dificuldades internas
dos países após a independência e aos interesses do
capitalismo internacional, impunham ao continente centro e
sul-americano um processo de desenvolvimento
marginal e dependente do capitalismo.

• Em 1980, a maioria dos governos da região eram
ditaduras de vários tipos;
• na primeira metade dos anos 90, o mundo assiste na
América Latina à progressiva superação da grande
crise dos anos 80. Essa crise, que começou com o
uma crise da dívida externa, afinal se revelou uma
profunda crise do Estado;
• em 2000, governos eleitos passaram a predominar. A
globalização da década de 1990 ajudou a América
Latina a deixar para trás a “década perdida” de 1980,
de dívida externa, inflação e estagnação.

América Latina em busca da democracia
Nos últimos anos, a partir da década de 80, por exemplo, os
regimes militares, frutos da chamada política de segurança
nacional, cederam lugar, do Brasil ao Chile, da Bolívia ao
Panamá, do Peru ao Uruguai, às democracias que, com maior
ou menor intensidade, se esforçam para vencer aquele que é,
historicamente, o maior desafio do continente. Unir num
mesmo molde de liberdade uma democracia política sólida
com uma democracia social consistente.

Na metade da década de 90, a América Latina
retrocedeu em todos os indicadores sociais:
aumento do desemprego, queda nos índices
de saúde e de escolaridade, crescimento da
violência e da instabilidade. Surgem então,
em protesto a essas reformas neoliberais,
movimentos sociais de resistências ao mundo
capitalista.

O surgimento dos movimentos
sociais (populares e de outra
natureza, de gênero,
ecológicos, indígenas, de
negros, de direitos humanos,
etc.) é gerador de novos
sujeitos sociais que
fortaleceram a sociedade civil
nas últimas décadas,
trazendo práticas inovadoras
que questionaram práticas
tradicionais implementadas
pelo Estado.
Manifesto de artistas do Movimento Humanos Direitos e representantes
das centrais sindicais, de negros, quilombolas, indígenas, ciganos, entre
outros grupos, a favor da aprovação da PEC do Trabalho Escravo.
Imagem:
Antonio
Cruz/Abr
/
Creative
Commons
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3.0
Brazil

• Nos últimos 7 anos, os estados latino-americanos têm
experimentado governos com tendências esquerdistas. Países
como Argentina, Bolívia, Brasil, Uruguai, Venezuela, alguns
menos, outros mais radicais, buscam alternativas para o
imperialismo em seus territórios.
http://br.monografias.com/trabalhos2/ascencao-governos-esquerda/ascencao-governos-esquerda2.shtml
A década de 90 é marcada por grandes mudanças, é a
partir dessa década que a esquerda começa a se
destacar mostrando sua insatisfação com as políticas
que regiam o continente.

Segue, então, a vitória dos governos de
centro esquerda nos países da América
Latina no início do século XXI.
Países como Argentina, Bolívia, Brasil, Uruguai, Venezuela, alguns
menos e outros mais radicais, buscam alternativas para o imperialismo
em seus territórios.
O fracasso do populismo refletido na terrível crise econômica dos
anos 80 contribuiu para que alguns líderes populistas mudassem
sua forma de pensar.

A presidente do Chile, Verónica Michelle
Bachelet Jeria. 18 de setembro de 2009
É possível perceber fortes reações
contra as tendências predominantes
nos últimos 15 anos, da militante
socialista chilena, Michele Bachelet,
no início de 2006, de Daniel Ortega,
na Nicarágua, e Rafael Correa, no
Equador, em novembro de 2006,
foram apenas eventos de uma
tendência que teve início com as
eleições de Hugo Chávez em 1998,
na Venezuela, Luiz Inácio Lula da
Silva, no Brasil, em 2002, Nestor
Kirshner na Argentina e Tabaré
Vasquez no Uruguai.
Imagem: Alex Proimos / Creative Commons
Attribution 2.0 Generic
História, 9º Ano

Na Argentina
Kirchner manteve uma relação
verbal conflituosa com o FMI,
ainda que tenha optado, a
exemplo de Lula, presidente
brasileiro, pelo pagamento
antecipado da totalidade da
dívida com este organismo
internacional (mais de 10
bilhões de dólares). Assim,
apesar das declarações públicas,
o governo de Kirchner foi o que
mais pagou dívidas ao FMI em
toda a história argentina.
Cerimônia
de
posse
do
Antigo
Presidente
da
Argentina
,
Néstor
Kirchner
Imagem: Marcello Casal Jr./Abr /
Creative Commons Attribution 3.0 Brazil

A bandeira da Justiça Social, de uma
revolução social e uma ampla redistribuição
da riqueza
levou ao poder, no início do século XXI, líderes
considerados populistas, com a promessa de
levar saúde, educação, alimentação e moradia
às camadas mais pobres da população.

Líderes populares
Tais líderes (Chávez, Morales) têm origem popular e
não nas elites tradicionais de suas nações. E suas
intenções de construir um 'Socialismo do Século XXI',
que leva em consideração as tradições e culturas
indígenas, radicalizam o processo democrático e
lideram movimentos plurais que contam com ampla
participação popular.

O Indigenismo:
• Indigenismo é uma doutrina, formulada inicialmente
no México como parte do movimento intelectual
nacionalista, caracterizada pela defesa e valorização
das populações indígenas de um país, região etc;
• Indigenismo: política realizada pelos estados
americanos para atender e resolver os problemas
que confrontam as populações indígenas, com o
objetivo de integrá-las à nacionalidade
correspondente. (Alejandro Marroquín, 1972).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Indigenismo

• A partir da
segunda metade
do século XX o
indigenismo como
fenômeno social
adquiriu
expressão e força.
A luta dos povos
indígenas da Região
por direitos que
desde a Conquista
lhe foram, pela
violência, negados
nas terras que eram
suas.
O movimento indígena é um dos principais movimentos sociais na
América Latina. Sobretudo em países como Bolívia, Colômbia, Equador,
Guatemala, México e Peru, onde os povos indígenas obtiveram o
reconhecimento de uma série de direitos.

A eleição para
presidente da Bolívia,
no final de 2005, do
líder indígena Evo
Morales, líder de um
movimento
camponês tradicional
latino- -americano.
Presidente da Bolívia, Evo Morales, dezembro de 2009
Imagem:
Simon
Wedege
/
Creative
Commons
Attribution
3.0
Unported

Hugo Chávez: o Bolívar do século XXI
Hugo Chávez, em particular, apresentou este
movimento como uma continuação da velha
cruzada de Simon Bolívar, El Libertador, quem
há dois séculos dizia tentar libertar a América
Latina das garras da dominação imperialista,
mas que na realidade lançou as bases para a
dominação imperialista durante séculos.

Entre algumas de suas prioridades,
inovadores programas sociais, que
garantiram educação gratuita para
um milhão de crianças pobres e a
alfabetização de 1,2 milhão de
pessoas, que resultaram na
triplicação do orçamento na área da
saúde e que distribuíram terras para
117 mil camponeses. Além de
garantir aos pobres saúde gratuita,
também estatizou uma rede de
supermercado onde são vendidos
produtos a preço popular nas
comunidades mais carentes.
Nenhum regime anterior tinha este
comprometimento com os pobres.
Na Venezuela
Hugo Chávez, em Porto Alegre, Brasil. Jan/26/2003.
Imagem:
Victor
Soares
-
Abr
/
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3.0
Brazil

No Brasil
A eleição de Lula, que
havia sido derrotado
nos anos
de 1989, 1994 e 1998,
é marcada por ter sido
a primeira na história
brasileira de um ex-
-operário ao posto mais
importante do país.
Luiz Inácio Lula da Silva , Presidente do Brasil
Imagem:
Ricardo
Stuckert
/
Presidência
da
República.
/
Creative
Commons
Attribution
3.0
Brazil

Em 2004, Lula cria o Bolsa Família, a junção de
vários programas sociais, como o fome Zero e
o Bolsa Escola. O presidente termina seu
mandato com mais de 12 milhões de pessoas
recebendo uma renda de até R$ 200 por mês.

Quais são os desafios da América Latina no século XXI?
Desenvolvimento
Democratização
Revolução
Modernização
Desigualdade
Imagem: GSFC team, cropped & up-
sampled by Jason Harwell / NOAA, NASA /
public domain.

Em 28 de outubro de 2007 foi eleita 55ª presidente da
Argentina, a primeira mulher eleita pelo voto direto no
país, sendo reeleita em 2011.
No dia 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff foi eleita
presidente do Brasil, cargo a ser ocupado pela primeira
vez na história do país por uma mulher.
Hoje a grande missão política da América
Latina é aprofundar ou aperfeiçoar seu sistema
democrático.

A nova cara da América Latina
Dilma Rousseff, Presidente do Brasil e Cristina Fernández de Kirchner, da
Argentina Presidente durante uma Visita oficial de Dilma Rousseff uma
Buenos Aires in 31 de Janeiro de 2011.
Imagem:
Roberto
Stuckert
Filho/PR
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História, 9º Ano

História, 9º Ano
Memorial da América
Latina
O Memorial da América Latina,
fundado no dia 18 de março de 1989,
no bairro paulistano da Barra Funda,
é um núcleo de cultura, política e
lazer construído com o objetivo de
disseminar as expressões criativas
da América Latina visando
estabelecer laços culturais, políticos
e sociais entre as nações dessa região
continental.
Imagem: Dornicke / public domain
Mão,
escultura
de
Oscar
Niemeyer
no
Memorial
da
América
Latina
(São
Paulo,
Brasil)

Tabela de Imagens
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10 Antonio Cruz/Abr / Creative Commons
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22 Ricardo Stuckert / Presidência da República.
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